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PREFEITURA MUNICIPAL DE

CAMPINAS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO (POP)

ENFERMAGEM

Campinas 2020
Versão 03
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 1

Ficha técnica

Prefeito Municipal de Campinas


Jonas Donizette

Secretário Municipal de Saúde


Cármino Antônio de Souza

Departamento de Saúde
Mônica Regina de Toledo M. Nunes

Coordenação Municipal de Enfermagem


Renata Cauzzo Zingra Mariano

Distrito de Saúde Leste


Andreia Nicioli Dias da Silva

Distrito de Saúde Noroeste


Juliana Ahmed de Oliveira Ramos

Distrito de Saúde Norte


Rosana Maria Von Zuben Pacchi

Distrito de Saúde Sudoeste


Deise Fregni Hadich

Distrito de Saúde Sul


Simone Vanzetto Minari
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 2

Grupo de trabalho (Elaboração/ 1ª versão 2014):

Ana Carolina F. Moreira Policlínica II

Camila Monteiro G. Dias Silva Policlínica II

Carla Pinheiro Cagliari Policlínica II

Celso Luis de Moraes CS Capivari

Chaúla Vizelli CS Paranapanema

Cíntia Mastrocola Soubhio Distrito de Saúde Leste

Cristiane da Rocha F. Dias PA Campo Grande

Danilo Jardim Pancotte CS Floresta

Débora Tresoldi Cerri CS Satélite Iris

Deise Duarte Santos Sousa SAMU 192/Campinas

Edméia Aparecida N. Duft SAMU 192/Campinas

Ednilce Fernandes Jesus Santos Policlínica II

Edson Eden de Oliveira SAD Sul

Elizabeth Tieko Fujino CS Perseu

Elton Pallone de Oliveira PA Anchieta

Eunice de Souza Policlínica II

Flávio Ventura dos Santos SAD Sul

Imaculada C. S. Ribeiro Policlínica III

Jamile Nepomuceno Guimarães CS Barão Geraldo

Julimar Fernandes de Oliveira SAD Sul

Kristine Coely Leal Lemos Policlínica II

Leonora Adissi Cordeiro CS Lisa

Livia Agy Loureiro Policlínica III

Luciana Sereno S. Gonçalves Policlínica III

Mariana Charantola CS São Cristóvão


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 3

Marina Akemi Shinya Fuzita CS Dic III

Marisa Ferreira G. Machado CS Santa Barbara

Marli Justina dos Santos Gomes Policlínica III

Mônica de Azevedo Lacerda Policlínica II

Paulo Robson de Castro Recco CS São Quirino

Priscila de Paula Marques Policlínica III

Priscilla Brandão Bacci Pegoraro CS Ipaussurama

Regiane Freitas Alves Policlínica II

Regina Grimaldi de Oliveira CS Boa Vista

Rosana Aparecida Garcia Departamento de Saúde

Rosimeire T. Tavoni Furlan Policlínica III

Shirley Ruriko da Silveira CS Conceição

Tienne de Almeida A. Rampazzo CS Anchieta

Valéria Cristina J. Figueiredo Policlínica III

Vera Lúcia Verdu Distrito de Saúde Norte


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 4

Grupo de trabalho (2ª versão/ 2015)

Analu Lima Ataide


Andrea Aparecida Barbosa Departamento de Vigilância em Saúde
Claudenilza M. Logato Cunha Laboratório Municipal de Campinas
Cláudia Zímaro C. Caiola Laboratório Municipal de Campinas
Cristiane Giacomelli CS São Marcos
Débora Tresoldi Cerri Policlínica II
Eliana Cristina Petoilho CTA Ouro Verde
Fernanda Pimentel CTA Ouro Verde
Glaziela Maria G. Espindola CTA Ouro Verde
Helen Florêncio CS Vila União
Jusiane do Carmo Dias CR-DST/AIDS
Luciana Gonçalves Distrito de Saúde Sudoeste
Mariana Charantola Silva CS São Cristóvão
Márcio Carvalho Departamento de Saúde
Marita Fontenele A. Coelho P.A. São José
Marta de Souza Pereira CS Vista Alegre
Milena Silveira de Pádua CS São Quirino
Priscila de Paula Marques Policlínica III
Regina Conceição S. Guimarães VISA Noroeste
Valéria Cristina Jodjahn Figueiredo Policlínica III
Vanessa Cristina dos Santos CS Jardim Fernanda
Viviane Cristina Claro CS Integração
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 5

Grupo de trabalho (3ª versão/ 2020)

Adriana Cristina D’Orásio Distrito de Saúde Noroeste


Ana Cecília Bueno de Campos P. Zuiani DEVISA
Camila Monteiro G. Dias Silva Distrito de Saúde Sul
Cecília de Morais Barosa Horita CS Aeroporto
Cintia Mastrocola Soubhia Distrito de Saúde Leste
Chaúla Vizelli Distrito de Saúde Norte
Cristiane da Rocha F. Dias CS 31 de Março
Cristina A. B. Albuquerque DEVISA
Deise Duarte S. Sousa Rede Mario Gatti
Ednilce F. Jesus Santos Policlínica II
Edméia Aparecida Nunes Duft Rede Mario Gatti
Eunice de Souza Policlínica II
Fernanda Pimentel CS DIC III
Gabriela Felix Marchesi DEVISA
Grasiela Nogueira CS Vila Ipê
Gustavo de Freitas Correia DPSS
José Jorge Ramos Policlínica II
Juliana A. L. Shikasho CS Paranapanema
Juliane Tsuda Policlínica II
Julimar Fernandes de Oliveira SAD Sul
Kristine Coely Leal Lemos Policlínica I
Larissa de Souza Tressoldi CS Pedro de Aquino
Liliana Vala Zoldan DPSS
Lilian Cristina Primo Distrito de Saúde Sul
Livia Agy Loureiro Distrito de Saúde Norte
Natália Panonto Correia SAD Sul
Paula Valéria Domingues Magri CS São Quirino
Priscila de Paula Marques Distrito de Saúde Sul
Tienne de A. A. Rampazzo Distrito de Saúde Norte
Valéria Cristina Jodjahn Figueiredo Departamento de Saúde
Viviane Sayemi Ito CS Pedro de Aquino
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 6

Colaboradores

Versão 1:

Enfermeira Maria Alice Satto (DEVISA/SMS) – POP 75 – Vacinação.


Prof. Dr. José Luiz Tatagiba Lamas (Faculdade de Enfermagem/Unicamp) – POP 12 –
Aferição de Pressão Arterial.
Dr. Adolfo Tiago Velloso Ferreira (Laboratório Municipal Campinas) – POP 20 (Fluxo de
Coleta de Exames Laboratoriais) e POP 11 (Aferição da Glicemia Capilar).
Claudenilza M. Logato Cunha - (Laboratório Municipal Campinas) – POP 31 (Fluxo de
Coleta de Exames Laboratoriais) e POP 11 (Aferição da Glicemia Capilar).

Versão 2:
Cláudia Zímaro C. Caiola – Laboratório Municipal de Campinas – POP 31 (Revisão do
POP Fluxo de Coleta de Exames Laboratoriais).
Vinicius Parreira – Auxiliar Administrativo Distrito de Saúde Noroeste – POP 62 (Fluxo
de Transferência de Prontuário).
Jesilaine O. S. Coelho – Enfermeira CS Rossin – Distrito de Saúde Noroeste – POP
Administração Medicamento ID, POP Administração Medicamentos IM, POP
transferência de prontuário.

Versão 3:
Felipe Hideo Favaro Kajihara – Coordenadoria Setorial de Informática
Leonel Pereira – Coordenadoria Setorial de Informática
Wilson Pires de Camargo Júnior – Coordenadoria Setorial de Informática

Consulta Pública (Portal de Saúde de Campinas)

Versão 1:
Dezembro de 2013 a 31/01/2014
Versão 2:
14/10/2015 a 14/11/2015
Versão 3:
09/11/2020 a 24/11/2020
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 7

Teste dos POPs (versão 1)


PA Campo Grande – Distrito de Saúde Noroeste
Enfermeiros
Fernanda de Souza Martins
Francine Ariane Vieira
Luiza Martins Piovesan
Milena Varanda Pires
Técnicos/Auxiliar de Enfermagem
Claudia Sanches Francabandiera
Edvaldo Santos Pereira
Juliana da Silva Antonio
Keyla Cristina Braga Rodrigues Maggio

CS Ipaussurama – Distrito de Saúde Noroeste


Enfermeiros
Grasielle Camisão Ribeiro
Maria Helena Siqueira
Thiago de Oliveira Milagres
Auxiliares de Enfermagem
Aparecida Silva de Brito
Débora Rodrigues Izidório de Castro
Doracy Pontes Massulo
Fabelim Maria Antonio O. Flores
Giselda de Oliveira Godoy
Idê Narciso de Souza
Juliana de Paiva Paula Vieira
Maria Bolognesi de Melo
Mercília Aparecida Costa
Rosana Alves Rodrigues Mendes
Rosane Patrocínia Ribeiro Silva
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 8

Sumário
POP 1 PREPARO DE MEDICAMENTO PARA ADMINISTRAÇÃO POR VIA PARENTERAL .............................................11

POP 2 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA INTRAVENOSA ....................................................................16

POP 3 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA INTRAMUSCULAR ..............................................................21

POP 4 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO VIA SUBCUTÂNEA .............................................................................27

POP 5 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA INTRADÉRMICA ..................................................................31

POP 6 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ORAL .................................................................................35

POP 7 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA INALATÓRIA ........................................................................38

POP 8 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA OCULAR ..............................................................................42

POP 9 ADMINISTRAÇÃO E MISTURA DE INSULINAS ................................................................................................45

POP 10 ADMINISTRAÇÃO DE DIETA ENTERAL ......................................................................................................49

POP 11 AFERIÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR ............................................................................................................54

POP 12 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ...........................................................................................................57

POP 13 ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM ................................................................................................................60

POP 14 ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS ...................................................................................................................63

POP 15 AUXÍLIO DE BIÓPSIA DE MAMA GUIADO POR ULTRASSOM .....................................................................68

POP 16 AUXÍLIO A ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO ....................................................................................71

POP 17 AUXÍLIO À ELETROENCEFALOGRAFIA EM VIGILIA ....................................................................................74

POP 18 AUXÍLIO A ELETRONEUROMIOGRAFIA .....................................................................................................79

POP 19 AUXÍLIO DE PAAF (PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA) DE MAMA GUIADO POR ULTRASSOM ......82

POP 20 AUXÍLIO DE PAAF (PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA) DE TIREÓIDE GUIADO POR ULTRASSOM...85

POP 21 AUXÍLIO DE TESTE ERGOMÉTRICO ...........................................................................................................88

POP 22 AUXÍLIO A ULTRASSONOGRAFIA .............................................................................................................92

POP 23 BACILOSCOPIA DE HANSENÍASE ..............................................................................................................95

POP 24 BOTA DE UNNA .......................................................................................................................................99

POP 25 CAMPANHA DE VACINAÇÃO ..................................................................................................................103

POP 26 CATETERISMO VESICAL DE DEMORA .....................................................................................................107

POP 27 CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO .........................................................................................................112

POP 28 CAUTERIZAÇÃO UMBILICAL ...................................................................................................................116

POP 29 COLETA DE CITOLOGIA ONCÓTICA (PAPANICOLAOU) ............................................................................119


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 9

POP 30 COLETA DE CITOLOGIA HORMONAL ÚNICA ...........................................................................................125

POP 31 COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS NAS UNIDADES DE SAÚDE ..........................................................127

POP 32 COLETA PARA VERIFICAÇÃO DO TEMPO DE PROTROMBINA (PUNÇÃO DIGITAL) ...................................133

POP 33 COLETA DE PKU .....................................................................................................................................136

POP 34 COLOCAÇÃO DE COLAR CERVICAL .........................................................................................................140

POP 35 COLOCAÇÃO DO DISPOSITIVO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA ..........................................................143

POP 36 CONTENÇÃO MECÂNICA ........................................................................................................................146

POP 37 DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL CONSERVADOR ..............................................................................149

POP 38 EXAME DE ESPIROMETRIA .....................................................................................................................154

POP 39 EXAME CLÍNICO DAS MAMAS ................................................................................................................158

POP 40 REALIZAÇÃO DE ELETROCARDIOGRAMA ...............................................................................................162

POP 41 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...........................................................................................167

POP 42 HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS ......................................................................................................173

POP 43 HIGIENIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DAS MÃOS ........................................................................................176

POP 44 LAVAGEM GÁSTRICA .............................................................................................................................179

POP 45 LAVAGEM INTESTINAL ...........................................................................................................................182

POP 46 LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS .....................................................................185

POP 47 MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL ..........................................................................................197

POP 48 MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL ..........................................................................................199

POP 49 MEDIDA DE ESTATURA ..........................................................................................................................201

POP 50 MEDIDA DO PERÍMETRO CEFÁLICO .......................................................................................................204

POP 51 MEDIDA DO PERÍMETRO TORÁCICO ......................................................................................................206

POP 52 MEDIDA DO PESO CORPORAL ................................................................................................................208

POP 53 MOVIMENTAÇÃO EM BLOCO ................................................................................................................211

POP 54 MONTAGEM DE CAIXAS TRANSPORTE DE VACINA ................................................................................214

POP 55 OXIGENOTERAPIA .................................................................................................................................218

POP 56 ORGANIZAÇÃO DE SALAS E SETORES .....................................................................................................222

POP 57 PRANCHAMENTO EM POSIÇÃO SUPINA ................................................................................................225

POP 58 REALIZAÇÃO DE CURATIVO ...................................................................................................................228

POP 59 RETIRADA DE PONTOS ...........................................................................................................................233


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 10

POP 60 REALIZAÇÃO PEAK FLOW .......................................................................................................................236

POP 61 SONDAGEM NASOENTERAL ...................................................................................................................239

POP 62 SONDAGEM NASOGÁSTRICA .................................................................................................................244

POP 63 TRANSFERÊNCIA DE PRONTUÁRIO ........................................................................................................248

POP 64 TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL ..........................................................................................................251

POP 65 TESTE DE GRAVIDEZ ...............................................................................................................................254

POP 66 TESTE RÁPIDO PARA HEPATITE B ...........................................................................................................258

POP 67 TESTE RÁPIDO PARA HEPATITE C ...........................................................................................................263

POP 68 TESTE RÁPIDO DUPLO PERCURSO PARA HIV COM AMOSTRA DE FLUIDO ORAL.....................................268

POP 69 TESTE RÁPIDO PARA HIV COM AMOSTRA DE SANGUE ..........................................................................274

POP 70 TESTE RÁPIDO PARA SÍFILIS ...................................................................................................................282

POP 71 TROCA DE BOLSA DE ESTOMIA ..............................................................................................................288

POP 72 TROCA DE GASTROSTOMIA ...................................................................................................................292

POP 73 TROCA DE TRAQUEOSTOMIA ................................................................................................................295

POP 74 TROCA DE SONDA DE CISTOSTOMIA......................................................................................................298

POP 75 USO DE LUVAS ESTÉREIS ........................................................................................................................302

POP 76 VACINAÇÃO – ROTINAS .........................................................................................................................305

POP 77 VERIFICAÇÃO DE FREQUÊNCIA CARDÍACA .............................................................................................311

POP 78 VERIFICAÇÃO DE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ......................................................................................314

POP 79 VERIFICAÇÃO DE TEMPERATURA CORPÓREA ........................................................................................317


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 11

POP 1 Preparo de Medicamento para Administração por Via Parenteral

1. Definição
Método para o preparo de medicamentos não absorvíveis pelo trato gastrointestinal.

2. Objetivo
Oferecer segurança e qualidade nas medicações realizadas pela via parenteral.

3. Contraindicação
Ver contraindicações de cada via de administração de medicamento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
● Bandeja
● Algodão
● Álcool a 70%
● Seringa descartável, com dispositivo de segurança, apropriada à via de
administração e volume
● Agulha descartável apropriada
● Medicamento prescrito
● Etiqueta para identificar o medicamento

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, portando um documento de
identificação com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe; Apresentar-se
ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas
dúvidas antes de iniciar a execução; questionar se o paciente possui alergias;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 12

4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,


legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento, lote, validade, presença de alteração de cor e/ou resíduos da
medicação a ser administrado. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelo
paciente, provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar
procedência, lote, validade, transporte, temperatura, e outros quesitos e solicitar
para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER COREN-SP
40/2013;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);

Se for Ampola:
1 Observar se todo o medicamento está na parte inferior da ampola;
2 Limpar o gargalo com algodão embebido em álcool a 70%;
3 Montar a seringa com agulha de grosso calibre;
4 Quebrar a ampola utilizando algodão ou gaze;
5 Segurar a ampola entre os dedos indicador e médio de uma das mãos, e com a
outra pegar a seringa e introduzir cuidadosamente dentro da ampola sem tocar as
bordas externas, com o bisel voltado para baixo, em contato com o líquido;
6 Aspirar a dose prescrita;

Se for Frasco-Liófilo:
1 Retirar o lacre metálico do frasco superior, limpar a borracha e o gargalo da ampola
com o diluente, usando algodão embebido em álcool a 70%;
2 Aspirar ao diluente da ampola e introduzir o líquido no frasco ampola;
3 Retirar a seringa, sem contaminar a agulha;
4 Realizar rotação do frasco entre as mãos para misturar o líquido ao pó, evitando a
formação de espuma;
5 Colocar ar na seringa, na mesma quantidade do líquido que será aspirado do
frasco;
6 Erguer o frasco verticalmente, com a borracha voltada para baixo, logo após
introduzir a agulha, que está conectada à seringa, no mesmo e injetar o ar,
aspirando a dose prescrita;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 13

Se for Frasco-Ampola:
1 Retirar o lacre metálico superior;
2 Limpar a borracha com algodão embebido em álcool a 70%;
3 Montar seringa com agulha de grosso calibre;
4 Colocar ar na seringa na mesma proporção da quantidade do líquido a ser
aspirado;
5 Erguer o frasco verticalmente, com a borracha voltada para baixo, logo após
introduzir a agulha, que está conectada a seringa, no mesmo e injetar o ar;
6 Aspirar a dose prescrita;

Ao final do preparo:
1 Proteger a agulha com protetor próprio;
2 Deixar a seringa/ agulha para cima em posição vertical, expelindo todo o ar que
tenha penetrado;
3 Trocar a agulha conforme a especificidade do paciente, líquido e via de
administração;
4 Identificar com nome do paciente, nome do medicamento, via de administração,
horário de administração e colocar na bandeja;
5 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Orientar o paciente a comparecer ao serviço trazendo um documento com foto,
garantindo sua segurança nas ações que serão desenvolvidas.
 Evitar conversar durante o processo de preparação de medicamentos.
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP 40/2013.
 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o
enfermeiro (a) do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrado na presença do paciente.
 Antes de administrar qualquer medicamento, assegure-se de que ele está na
temperatura ambiente, evitando dessa forma a ocorrência de hipotermia.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 14

 Durante a reconstituição, diluição e administração dos medicamentos, observe


qualquer mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra
um desses eventos, interrompa o processo e procure a orientação.
 Caso a dose do frasco seja fracionada para vários horários, identificar frasco com
nome do paciente, nome e quantidade do medicamento, data e horário da diluição.
 Diluir o medicamento em soro compatível, como o SF 0,9% ou SG 5%, quando
prescrito, de acordo com o fabricante.
 Permanecer na unidade após administração de medicamentos injetáveis para
observação, se necessário.
 A OMS preconiza que caso a pele esteja limpa, não há necessidade do uso do
álcool a 70% para algumas vias de administração de injetáveis, bem como de
alguns imunobiológicos.

Preparo da Pele e desinfecção


Tipo de Administração Água e sabão Álcool a 70%
Intradérmica Sim Não
Subcutânea Sim Não
Intramuscular – Imunização Sim Não
Intramuscular – Terapêutica Sim Sim
Acesso Venoso Não Sim

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 15

 NÉRI, E. D. R., et al. Protocolos de Preparo e Administração de Medicamentos:


Pulsoterapia e Hospital Dia. Universidade Federal do Ceará. Hospital Walter Cantídio.
Fortaleza, 2008.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Jamile Nepomuceno
Guimarães
COREN/SP 196.665
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Rosana Aparecida Garcia
Santos COREN/SP 72.902
COREN/SP 246362
10/02/2020 03 Adriana Cristina D’Orásio Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 306.501 COREN/SP 181.450
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30.609
Viviane Sayemi Ito
COREN/SP 235.925
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 16

POP 2 Administração de Medicamento por Via Intravenosa

1. Definição
Método de administração de medicamentos ou soluções através de uma veia.

2. Objetivo
Permitir absorção rápida do medicamento. Aplicar medicamentos a pacientes
impossibilitados de utilizar outra via. Administrar doses elevadas de medicamentos e
soros. Manter/ reestabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico.

3. Contraindicação
Lesões de pele. Esclerose venosa e edema no local de punção. Membro com déficit
motor e sensitivo ou fístula arteriovenosa. Membro superior com esvaziamento linfático.
Distúrbios graves de coagulação.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Bandeja
 Luva de procedimento
 Algodão
 Garrote/fita elástica
 Etiqueta para identificar o medicamento
 Seringa descartável com dispositivo de segurança
 Agulha descartável de grosso calibre – para aspiração/preparo do medicamento
 Medicamento/solução prescrita
 Solução prescrita para diluição do medicamento
 Equipo micro ou macrogotas (se necessário)
 Cateter intravenoso periférico (Abocath) ou dispositivo de infusão intravenoso
(Scalp) com número adequado para quantidade e velocidade de infusão, e vaso
escolhido para punção
 Esparadrapo ou fita adesiva microporosa.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 17

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, portando um documento de
identificação com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução. Questionar se o paciente possui
alergias;
4 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
5 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento, lote, validade, presença de alteração de cor e/ou resíduos do
medicamento a ser administrado. No caso de medicamentos trazidos em mãos,
pelo paciente, provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar
procedência, lote, validade, condições de transporte, temperatura, e outros
quesitos e solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme
PARECER COREN-SP 40/2013;
6 Reunir o material;
7 Higienizar as mãos (POP 42);
8 Calçar as luvas de procedimento;
9 Posicionar o paciente de forma adequada, em local iluminado;
10 Avaliar a rede venosa do paciente e selecionar o vaso que será puncionado.
Atentar para possíveis contraindicações;
11 Realizar antissepsia da pele com algodão umedecido com álcool 70% por 30
segundos e aguardar mais 30 segundos para permitir a secagem da pele,
deixando-a sem vestígios do produto, de modo a evitar qualquer interferência do
álcool na aplicação;
12 Garrotear aproximadamente 10 cm acima do local escolhido para a realização da
punção venosa, solicitar ao paciente a realização do movimento de abrir e fechar
das mãos;
13 Utilizar o dispositivo mais adequado para infusão do medicamento conforme as
indicações a seguir.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 18

Punção com dispositivo de infusão intravenoso (Scalp):


1 Realizar a punção com o bisel do scalp voltado para cima;
2 Observar se há retorno venoso, se sim, soltar o garrote;
3 Conectar o equipo, se for o caso, e iniciar a infusão, controlar o gotejamento de
acordo com o tempo em que a solução deve ser administrada;
4 Fixar o dispositivo com micropore ou esparadrapo e orientar o paciente quanto aos
cuidados para não se perder o acesso venoso.

Punção com cateter intravenoso periférico (Abocath):


1 Realizar a punção com o bisel do abocath voltado para cima;
2 Observar se há retorno venoso no dispositivo, se sim, introduzir o cateter, remover
a agulha ou acionar o dispositivo de recolhimento automático;
3 Soltar o garrote;
4 Conectar o equipo e iniciar a infusão, controlar o gotejamento de acordo com o
tempo em que a solução deve ser administrada;
5 Fixar o dispositivo com micropore ou esparadrapo e orientar o paciente quanto aos
cuidados para não se perder o acesso venoso;
6 Administrar o medicamento no tempo correto, conforme prescrição ou indicação do
fabricante, observando atentamente o retorno venoso, o paciente, e as reações
apresentadas (dor, incômodo ou mal estar).

Punção com seringa agulhada


1 Realizar a punção com o bisel da agulha voltado para cima;
2 Observar se há retorno venoso, se sim, soltar o garrote;
3 Administrar o medicamento lentamente, conforme prescrição ou indicação do
fabricante, observando atentamente se a veia não foi transfixada.

Após a finalização da administração medicamentosa:


1 Retirar o dispositivo escolhido para punção e pressionar o local com algodão;
2 Orientar o paciente a manter o braço estendido e não carregar peso;
3 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
4 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
5 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
6 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
7 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
8 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 19

7. Observação
 Orientar o paciente a comparecer ao serviço trazendo um documento com foto,
garantindo sua segurança nas ações que serão desenvolvidas.
 A escolha do dispositivo para punção venosa deve considerar o estado clínico do
paciente, rede venosa, tipo de medicação, volume e tempo de infusão, tempo de
permanência em observação na unidade.
 Em caso de remoção via SAMU, utilizar preferencialmente o Abocath.
 Evitar conversar durante o processo de preparação de medicamentos.
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP 40/2013.
 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o
enfermeiro (a) do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrado na presença do paciente.
 Antes de administrar qualquer medicamento, assegure-se de que ele está na
temperatura ambiente, evitando dessa forma a ocorrência de hipotermia.
 Durante a reconstituição, diluição e administração dos medicamentos, observe
qualquer mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra
um desses eventos, interrompa o processo e procure a orientação.
 Caso a dose do frasco seja fracionada para vários horários, identificar frasco com
nome do paciente, nome e quantidade do medicamento, data e horário da
diluição.
 Diluir o medicamento em soro compatível, como o SF 0,9% ou SG 5%, quando
prescrito, de acordo com o fabricante.
 Permanecer na unidade após administração de medicamentos injetáveis para
observação, se necessário.

8. Referências Bibliográficas
 CAREY, L. P. et al. Administração de Medicamentos. Rio de Janeiro: Editora
Reichmann & Affonso, 2002.
 NÉRI, E. D. R., et al. Protocolos de Preparo e Administração de Medicamentos:
Pulsoterapia e Hospital Dia. Universidade Federal do Ceará. Hospital Walter Cantídio.
Fortaleza, 2008.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Best Practices for Injections and Related
Procedures Toolkit, 2010. Disponível em
http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599252_eng.pdf. Acesso em: 5 out.
2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 20

 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°


40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Uso de Luvas de Procedimento para a
Administração de Medicamentos. Parecer Coren/SP nº 14/2010. Disponível em:
https://portal.corensp.gov.br/wcontent/uploads/2013/07/parecer_coren_sp_2010_14.pd
f. Acesso em: 5 out. 2020.
 SILVA, A. M. et al. Técnicas de Enfermagem. São Paulo: Rideel, 2009.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova
os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Anexo 03: protocolo de segurança
na prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da União, DF, 25
de Setembro de 2013, Seção 1, p. 113. Acesso em 12 de dezembro de 2019.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por

Jamile Nepomuceno Guimarães Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 196.665 COREN/SP 72.902
27/12/2013 01
Paulo Robson de Castro
Recco
COREN/SP 249.882

11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 246362 COREN/SP 72.902
Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano
10/02/2020 03 COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN / SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 21

POP 3 Administração de Medicamentos por Via Intramuscular

1. Definição
Administração de medicamentos em tecido muscular.

2. Objetivo
Utilizar o tecido muscular como via de administração de medicamentos, beneficiando-se
da rápida absorção de substâncias por esse tecido.

3. Contraindicação
Processos inflamatórios locais. Medicação trazida em mãos (externas) pelo usuário e fora
das especificações técnicas (imunoglobulinas, termolábeis, etc). Distúrbios graves de
anticoagulação.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 EPI (luva de procedimento)
 Bandeja
 Seringa – conforme volume a ser injetado (máximo 5 ml)
 Agulha – comprimento/calibre compatível com a massa muscular e solubilidade do
líquido a ser injetado
 Algodão
 Medicamento prescrito

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 22

4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,


legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelo paciente,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
validade, condições de transporte, temperatura, presença de alteração de
cor e/ou resíduos da solução a ser administrada e outras quesitos;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
8 Paramentar-se com os EPIs;
9 Questionar se o usuário tem prótese de silicone ou silicone industrial injetado
e qual a localização;
10 Escolher o local da administração e em caso de dúvida, chamar o enfermeiro (ver
no item 7 deste POP as orientações para cada local de aplicação);
11 Realizar antissepsia da pele com algodão umedecido com álcool 70% por 30
segundos e aguardar mais 30 segundos para permitir a secagem da pele,
deixando-a sem vestígios do produto, de modo a evitar qualquer interferência do
álcool na aplicação;
12 Firmar o músculo, utilizando o dedo indicador e o polegar;
13 Introduzir a agulha com ângulo adequado à escolha do músculo;
14 Aspirar observando se atingiu algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirara a
agulha do local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento);
15 Injetar a solução lentamente, com o polegar na extremidade do êmbolo até
introduzir toda a dose;
16 Retirar a seringa/agulha em movimento único e firme;
17 Fazer leve compressão no local;
18 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
19 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
20 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
21 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
22 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
23 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 23

7. Observação
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP 40/2013.
 Recomenda-se para adultos, de 2 a 3 ml no deltóide e no máximo 5 ml no dorso ou
ventroglúteo; para bebê e crianças, preferencialmente utilizar a via ventroglútea ou
o vasto lateral da coxa, sendo 0,5 a 1 ml para bebês e até 3 ml para crianças,
sempre avaliando e analisando a massa muscular.
 O músculo escolhido para administração do medicamento deve ser bem
desenvolvido, de fácil acesso e não possuir vasos de grosso calibre ou nervos
superficiais. O volume máximo e substância a ser utilizada devem ser compatíveis
com a estrutura muscular.
 Não é recomendado região dorsoglútea para menores de 2 anos, devido risco de
acidentes com nervos e vasos, dada as variações anatômicas, bem como a
musculatura pouco desenvolvida, por não serem deambulantes ainda.
 No caso de pacientes que possuam prótese de silicone na região do glúteo
implantada de maneira adequeada, de acordo com os padrões sanitários vigentes,
é indicada a região ventroglútea para administração de medicamentos via
intramuscular.
 No caso de pacientes que fizeram a injeção de silicone industrial no corpo sem
acompanhamento médico, o enfermeiro deverá avaliar a extensão do material
injetado e se há extravasamento para outros locais como a região ventroglútea.
Caso perceba extravasamento para esta região, uma alternativa para administração
via IM é a região deltóide, respeitando na diluição do fármaco o volume máximo a
ser administrado de 3ml.

Locais de aplicação: O local apropriado para aplicação da injeção intramuscular é


fundamental para uma administração segura. Na seleção do local deve-se considerar:
 Distância em relação a vasos e nervos importantes;
 Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
 Espessura do tecido adiposo;
 Idade do paciente;
 Irritabilidade da droga;
 Atividade do paciente.
 Caso a região glútea (mais comumente utilizada em adultos), não seja
adequada para a realização do procedimento, escolher a região vastolateral ou
ventroglútea, solicitando a avaliação do enfermeiro em caso de dúvidas ou para a
escolha da região deltóide. No caso da escolha da administração de medicamento
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 24

IM em região deltóide, é necessário atentar-se para a diluição em um volume menor


de diluente, levando-se em consideração que nesta região o maior volume
recomendado é de 3 ml.
 Caso o enfermeiro constate o comprometimento da região do deltoide, deverá
informar ao médico para que o tratamento seja prescrito por outra via de
administração.
Dorsoglútea (DG):
1 Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para
dentro, para um bom relaxamento. A posição em pé é contra- indicada, pois há
completa contração dos músculos glúteos, mas quando for necessário, pedir para o
paciente ficar com os pés virados para dentro, pois ajudará no relaxamento;
2 Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma linha imaginária, a partir da
espinha ilíaca póstero-superior até o trocanter do fêmur;
3 Administrar a injeção acima dessa linha imaginária;
4 Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular e
excepcionalmente em crianças com mais de 2 anos, com no mínimo 1 ano de
deambulação.

Ventroglútea (VG):
1 Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal;
2 Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente;
3 Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca ântero-superior
direita;
4 Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca;
5 Espalmar a mão sobre a base do grande trocanter do fêmur e afastar o indicador
dos outros dedos formando um triângulo ou “V”. Realizar a aplicação dentro dessa área
delimitada entre os dedos médios e indicador;
6 Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros, idosos ou
caquéticos.

Vasto Lateral da Coxa:


1 Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado;
2 Traçar um retângulo delimitado pela linha média na região anterior da coxa, (na
frente da Perna) e na linha média lateral da coxa (do lado da perna), 12-15 cm do
grande trocânter do fêmur e de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de
largura;
3 Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 25

Deltóide:
1 Posicionar o paciente em pé, sentado ou decúbito lateral;
2 Localizar músculo deltóide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um
triângulo imaginário com a base voltada para cima e administrar o medicamento no
centro do triângulo imaginário.
Escolha correta do ângulo:
 Vasto lateral da coxa – ângulo 45 em direção podálica;
 Deltóide – ângulo 90º;
 Ventroglúteo – angulação dirigida ligeiramente à crista ilíaca;
 Dorsoglúteo – ângulo 90º.

Escolha correta do calibre da agulha:


Conforme Horta & Teixeira (1973) a dimensão da agulha em relação à solução e à
espessura da tela subcutânea (quantidade de tecido abaixo da pele) na criança e no
adulto, deve seguir o seguinte esquema:
Espessura Solução Oleosa ou
Faixa Etária Solução Aquosa
Subcutânea Suspensão
Magro 25 x 6/7 25 x 8
Adulto Normal 30 x 6/7 30 x 8
Obeso 30 x 8 30 x 8
Magra 20 x 6 20 x 6
Criança Normal 25 x 6/7 25 x 8
Obesa 30 x 8 30 x 8

8. Referências Bibliográficas
 BARE, B. G.; SUDARTH, D. S. BRUNNER: Tratado Enfermagem Médico Cirúrgico.
12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
 DALMONI, I. S. et al. Injeções intramusculares Ventroglúteas e a Utilização pelos
Profissionais de Enfermagem. Enfermagem UFSM. 3 (2): 259-265. mai/ago, 2013.
 HORTA, W.A; TEIXEIRA, M. S. Injeções Parenterais. In: Revista da Escola de
Enfermagem USP. 7(1): 46-79. 1973.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Best Practices for Injections and Related
Procedures Toolkit. 2010. Disponível em
http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599252_eng.pdf. Acesso em: 5 out.
2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 26

 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de


Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os
Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Anexo 03: protocolo de segurança na
prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da União, DF, 25 de
Setembro de 2013, Seção 1, p. 113. Acesso em 12 de dezembro de 2019.
 COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Administração de medicamentos por Via
IM em Pacientes que Usam Prótese de Silicone. Parecer Cofen nº 09/2016. Disponível
em: http://www.cofen.gov.br/parecer-no-092016ctascofen_42147.html. Acesso em 5
out. 2020.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Marina Akemi Shinya Fuzita Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 242.841 COREN/SP 72.902
Celso Luis Moraes
COREN/SP 412.423

11/01/2016 02 Cristiane Giacomelli da Costa Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 165390 COREN/SP 72.902
Fernanda Pimentel
COREN/SP 323.085
10/02/2020 03 Fernanda Pimentel Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 323.085 COREN/SP 181.450
Lívia Agy Loureiro Zanetti
COREN/SP 186.464
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 27

POP 4 Administração de Medicamento Via Subcutânea

1. Definição
Método de administração de medicamentos ou soluções através da hipoderme,
conhecida como tecido subcutâneo, através da pele.
2. Objetivo
Lentificar o tempo de absorção do medicamento administrado.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem

5. Material
 Bandeja
 Luvas de procedimento
 Algodão
 Agulha descartável 1,20x25 (18G) – para aspiração/ preparo do medicamento
 Agulha para aplicação (13x4,5 ou 8x4,5)
 Seringa de 1 ml
 Medicamento prescrito.

6. Descrição do Procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelos pacientes,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 28

validade, condições de transporte, temperatura, presença de alteração de cor e/ou


resíduos da solução a ser administrada e outros quesitos;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
8 Conferir atentamente nome, validade, presença de alteração de cor e/ou resíduos
da solução a ser administrada;
9 Calçar as luvas de procedimento;
10 Escolher o local da administração;
11 Realizar limpeza na pele com água e sabão, caso haja sujidade visível;
12 Pinçar com os dedos a pele do local da administração (correta posição das mãos no
instante de aplicar a injeção: a seringa deve estar posicionada entre o
polegar e o indicador da mão dominante);
13 Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima num ângulo 45° a 90°;
dependendo da quantidade de tecido subcutâneo no local;
14 Aspirar, observando se atinge algum vaso sanguíneo;
15 Injetar o líquido lentamente;
16 Retirar a agulha com movimento único e firme;
17 Fazer leve compressão local com algodão;
18 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
19 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
20 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
21 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
22 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
23 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Sempre que possível, solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem
conforme PARECER COREN-SP 40/2013.
 Evitar conversar durante a o processo de preparação de medicamentos.
 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o
enfermeiro do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrado na presença do paciente.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 29

 Durante a reconstituição, diluição e administração das soluções, observar qualquer


mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra um
desses eventos, interrompa o processo, procure a orientação do farmacêutico ou do
enfermeiro.
 Caso a dose do frasco seja fracionada para vários horários, identificar frasco com
data e horário da diluição.
 Na administração de insulina e heparina não realizar massagem após aplicação.
 Locais de aplicação: região deltoide no terço proximal, face superior externa do
braço, face externa coxa, parede abdominal.
 Administrar volume máximo 0,5 a 1 ml (o tecido subcutâneo é extremamente
sensível a soluções irritantes e grandes volumes de medicamento).
 Realizar rodízio nos locais de aplicação.

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-
545-17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe
Sobre o Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros
Documentos Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte -
Tradicional ou Eletrônico. 2012.
 BARE, B. G.; SUDARTH, D. S. BRUNNER: Tratado Enfermagem Médico
Cirúrgico. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Best Practices for Injections and Related
Procedures Toolkit. 2010. Disponível em
http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599252_eng.pdf. Acesso em: 5
out. 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde.
Manual de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem:
Assistência de Enfermagem. Campinas, 2009.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 30

 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer


Coren/SP n° 40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-
sp.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso
em: 5 out. 2020.
 KOCH. R. M. et. al. Técnicas Básicas de Enfermagem. 22ª ed. Curitiba: Século
XX Livros, 2004.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013.
Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Anexo 03: protocolo de
segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Diário Oficial da
União, DF, 25 de Setembro de 2013, Seção 1, p. 113. Acesso em 12 de dezembro
de 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Marisa F. Gomes Machado Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 45.813 COREN/SP 72.902
Danilo Jardim Pancotte
COREN/SP 257.613
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/246.362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 181.450
COREN/SP 186.464
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN / SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 31

POP 5 Administração de Medicamento por Via Intradérmica

1. Definição
Método de administração de medicamentos ou soluções através da derme.

2. Objetivo
Realizar imunização com vacina antirrábica e BCG. Realizar reações de
hipersensibilidade.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Bandeja
 EPIs (luvas de procedimento e óculos de proteção)
 Algodão
 Seringa descartável de 1 mL
 Agulha descartável 1,20x25 (18G) – para aspiração/preparo do medicamento
 Agulha 10x5 ou 13x4,5 para administração da substância
 Solução prescrita

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento de identificação preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelo paciente,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 32

validade, condições de transporte, temperatura e outros quesitos;


5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
8 Conferir atentamente nome, validade, presença de alteração de cor e/ou resíduos
da solução a ser administrada;
9 Calçar as luvas de procedimento e óculos de proteção individual;
10 Escolher o local da administração (pouca pigmentação, pouco pelo, pouca
vascularização, fácil acesso para leitura);
11 Realizar limpeza da pele com água e sabão, caso haja sujidade visível;
12 Colocar os óculos de proteção;
13 Segurar firmemente com a mão o local, distendendo a pele com o polegar e o dedo
indicador;
14 Introduzir a agulha paralelamente à pele, com o bisel voltado para cima, até que o
mesmo desapareça;
15 Injetar a solução lentamente, com o polegar na extremidade do êmbolo até
introduzir toda a dose;
16 Após a finalização da administração, retirar o polegar da extremidade do
embolo e a agulha da pele;
17 Não friccionar o local;
18 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
19 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
20 Retirar os EPIs;
21 Higienizar as mãos (POP 42);
22 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
23 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
24 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 59).

7. Observação
 Recomenda-se que, sempre que possível o paciente seja identificado com
documento com foto, garantindo a Segurança nas ações desenvolvidas.
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP 40/2013.
 Evitar conversar durante a o processo de preparação de medicamentos.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 33

 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o


enfermeiro do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrada na presença do paciente.
 Antes de administrar soluções intradérmicas, assegure-se de que ela está na
temperatura adequada, evitando dessa forma a inativação da mesma.
 Durante a reconstituição, diluição e administração das soluções, observe qualquer
mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais. Caso ocorra
um desses eventos, interrompa o processo, procure a orientação.
 Caso a dose do frasco seja fracionada para vários horários, identificar frasco
com data e horário da diluição.
 Imediatamente após a administração, aparecerá no local uma pápula de aspecto
esbranquiçado e poroso (tipo casca de laranja), com bordas bem nítidas e
delimitadas, desaparecendo posteriormente.
 A aplicação de imunoterapia com alérgenos – comumente conhecida como “vacina
antialérgica” – deverá seguir o padrão de boas práticas: checar prescritor, instituição
proveniente, rotulagem, orientação acerca da conservação, data de fabricação, data
da validade, periodicidade na administração, dentre outros. As aplicações deverão
ser registradas em prontuário e/ou formulário que garanta o acompanhamento das
dosagens.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Ministério da Saúde. Capacitação de Pessoal em Sala de Vacinação: Manual
do Treinando. Org. Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. 2ª ed.
Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 34

 GIOVANI, A. M. M. Enfermagem Cálculo e Administração de Medicamentos. São


Paulo: Scrinium, 2006.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 SÃO PAULO. Conselho Regional de Enfermagem. Uso de Luvas de Procedimento
para a Administração de Medicamentos. Parecer 14/2010. Disponível em:
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/07/parecer_coren_sp_2010_14.pdf 2010. Acesso em: 5 out
2020.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Best Practices for Injections and Related
Procedures Toolkit. 2010. Disponível em
http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241599252_eng.pdf. Acesso em: 27
nov 2015.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova
os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. Anexo 03: Protocolo de Segurança
na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Diário Oficial da União. DF. 25
de Setembro de 2013, Seção 1, p. 113. Acesso em 12 de dezembro de 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Jamile Nepomuceno Guimarães Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 196.665 COREN/SP 72.902
Paulo Robson de Castro Recco
COREN/SP 249.882
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902

10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano


COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 35

POP 6 Administração de Medicamentos por Via Oral

1. Definição
Técnica pela qual os medicamentos são fornecidos pela boca e deglutidos com líquido ou
dissolvidos na forma sublingual.

2. Objetivo
Utilizar a via oral para a administração de medicamentos orais tais como drágeas,
cápsulas, comprimidos, xaropes e suspensões.

3. Contraindicação
Pacientes com incapacidade de deglutição ou com rebaixamento significativo do nível de
consciência.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Copo descartável ou copo graduado quando xarope ou solução aquosa.
 Medicamento
 Bandeja
 Líquido para ingestão (copo de água)

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento de identificação, preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelos pacientes,
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 36

provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,


validade, condições de transporte, temperatura e outros quesitos;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Separar o medicamento evitando tocá-lo com as mãos. Usar a própria tampa do
frasco ou gaze para auxiliar. Em caso de suspensão aquosa ou xarope, agitar o
frasco e separar a dose prescrita com auxílio de copo graduado ou conta-gotas;
8 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
9 Oferecer o medicamento;
10 Drágeas ou cápsulas: orientar o paciente a não mastigar o medicamento e evitar
consumir outros líquidos durante a absorção;
11 Medicamento sublingual: pedir ao paciente que mantenha o medicamento sob a
língua, não mastigando ou engolindo;
12 Medicamento bucal (de absorção em mucosa da bochecha): orientar o paciente a
alternar as bochechas para evitar a irritação da mucosa;
13 Certificar-se que o medicamento foi deglutido ou completamente dissolvido;
14 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
15 Higienizar as mãos (POP 42);
16 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
17 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Recomenda-se que, sempre que possível o paciente seja identificado com
documento com foto, garantindo a Segurança nas ações desenvolvidas.
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP40/2013.
 Evitar conversar durante a o processo de preparação de medicamentos.
 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o
enfermeiro do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrado na presença do paciente.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 37

8. Referências Bibliográficas
 BARE, B. G.; SUDARTH, D. S. BRUNNER: Tratado Enfermagem Médico Cirúrgico.
12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 KOCH. R. M. et. al. Técnicas Básicas de Enfermagem. 22ª ed. Curitiba: Século XX
Livros, 2004.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por


27/12/2013 01 Marina Akemi Shinya Fuzita Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 242.841 COREN/SP 72.902
Celso Luis Moraes
COREN/SP 142.823
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 38

POP 7 Administração de Medicamento por Via Inalatória

1. Definição
Método de administração de medicamentos ou soluções através do sistema respiratório.

2. Objetivo
Umidificar as vias aéreas. Fluidificar secreções do trato respiratório, facilitando a sua
expectoração. Manter a permeabilidade da via aérea.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Máscara para nebulização
 Copo nebulizador
 Extensão de látex (chicote)
 Seringa descartável de 10 ml com dispositivo de segurança
 Agulha descartável 1,20x25 (18G) – para aspiração da solução para diluição (se
necessário)
 Solução de diluição prescrita
 Medicamento prescrito
 Fonte de oxigênio ou ar comprimido

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento de identificação, preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 39

4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,


legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelo paciente,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
validade, condições de transporte, temperatura e outros quesitos;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
8 Conferir atentamente nome, validade, presença de alteração de cor e/ou resíduos
do medicamento e solução a serem administrados;
9 Aspirar a quantidade prescrita da solução para diluição do medicamento, se
necessário;
10 Preparar corretamente o medicamento prescrito no copo nebulizador (quantidade
de solução associada ao medicamento, conforme prescrição);
11 Conectar o copo nebulizador a extensão de látex (chicote), que está acoplada ao
fluxômetro de ar comprimido/oxigênio;
12 Regular o fluxo (5 a 10 litros/mim). Em caso de oxigênio o fluxo deve estar
prescrito;
13 Orientar o paciente a manter a respiração nasal durante a inalação do
medicamento;
14 Fechar o fluxômetro ao término da inalação e oferecer papel toalha ao paciente
para este secar a umidade do rosto;
15 Comunicar ao prescritor que o procedimento foi finalizado, caso haja a
necessidade de reavaliação após procedimento;
16 Desconectar o copo da extensão de látex (chicote) acoplado ao fluxômetro e
colocar o copo e a máscara para lavagem e desinfecção;
17 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
18 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
19 Higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
21 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
22 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 40

7. Observação
 Recomenda-se que, sempre que possível o paciente seja identificado com
documento com foto, garantindo a Segurança nas ações desenvolvidas.
 Solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem conforme PARECER
COREN-SP 40/2013.
 Evitar conversar durante a o processo de preparação de medicamentos.
 Se não conhecer o medicamento ou tiver dúvida sobre o mesmo, procurar o
enfermeiro do serviço.
 Preparar o medicamento a ser administrado na presença do paciente.
 Durante o preparo de soluções inalatórias, principalmente de Brometo de
Ipratrópio (Atrovent) e Bromidrato de Fenoterol (Berotec) deve-se solicitar ao
paciente ou seu responsável para conferir juntamente com o profissional a dose
prescrita e administrada.
 Durante a reconstituição, diluição e administração das soluções, observe qualquer
mudança de coloração e formação de precipitado ou cristais.
 Caso a solução para diluição esteja em um frasco que será fracionado
para vários procedimentos, identificar frasco com data e horário de abertura e
validade.
 Deve-se fazer a inalação com o paciente sentado ou em decúbito elevado, sempre
que possível, para facilitar a expectoração.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 41

 WILLIAMS, L. & WILLIAMS. Enfermagem Médica e Hospitalar. 1ª ed. São Paulo:


Rideel, 2006.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Jamile Nepomuceno Guimarães Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 196.665 COREN/SP 72.902
Paulo Robson de Castro Recco
COREN/SP 249.882
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 42

POP 8 Administração de Medicamento por Via Ocular

1. Definição
Técnica para instilar colírios ou pomadas oftálmicas na bolsa conjuntival.

2. Objetivo
Administrar medicamentos na bolsa conjuntival como em casos de glaucoma, após
cirurgia de catarata, uso de lágrimas artificiais e vasoconstritores.

3. Contraindicação
Uso de medicamentos que não sejam preparados para a administração oftálmica.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Colírio ou pomada oftalmológica
 Gaze

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento de identificação, preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Conferir o prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição
procedente;
4 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelos pacientes,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
validade, transporte, temperatura e outros quesitos;
5 Reunir o material;
6 Higienizar as mãos (POP 42).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 43

7 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando


todas suas dúvidas antes de iniciar a execução, solicitando que incline a cabeça
para trás;
8 Afastar a pálpebra inferior com o auxílio da gaze, apoiando a mão na face do
paciente e evitando tocá-la, pedindo ao paciente para olhar para cima;
9 Pingar o medicamento na bolsa conjuntival, orientando o paciente a fechar a
pálpebra;
10 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
11 Higienizar as mãos (POP 42);
12 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
13 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
14 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Orientar o paciente a comparecer ao serviço trazendo um documento com foto,
garantindo sua segurança nas ações que serão desenvolvidas.
 Usar o medicamento apenas no olho afetado.
 Sempre que possível, solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem
conforme PARECER COREN-SP 40/2013.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Conselho Regional de Enfermagem. Dupla Checagem. Parecer Coren/SP n°
40/2013. São Paulo: 2013. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/08/parecer_coren_sp_2013_40.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 SÃO PAULO. Conselho Regional de Enfermagem. Uso de Luvas de Procedimento
para a Administração de Medicamentos. Parecer 14/2010. Disponível em:
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/07/parecer_coren_sp_2010_14.pdf 2010. Acesso em: 5 out
2020
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 44

 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o


Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed. São
Paulo, 2012.

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por


27/12/2013 01 Marina Akemi Shinya Fuzita Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 242.841 COREN/SP 72.902
Celso Luis Moraes
COREN/SP 142.823
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902

10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano


COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 45

POP 9 Administração e Mistura de Insulinas

1. Definição
Método para a administração de duas insulinas no mesmo horário.

2. Objetivo
Melhorar o tratamento com as ações complementares destas insulinas numa mesma
aplicação. Evitar duas aplicações subcutâneas.

3. Contraindicação
Incompatibilidade das associações de certas formulações numa mesma seringa.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Algodão
 Álcool a 70%
 Seringa de 01 ml
 Frascos de insulinas (NPH e Regular ou Ultra- Rápida).

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo e pedir para que o paciente (ou
acompanhante) se identifique dizendo o seu nome, recomendando que compareça
à Unidade com um documento de identificação, preferencialmente com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe. Conferir o
prescritor (nome e n° registro no órgão de classe) e a instituição procedente;
3 Checar o medicamento prescrito (droga certa), identificando a data/horário,
legibilidade, dosagem (dose certa), via de administração, resposta ao
medicamento. No caso de medicamentos trazidos em mãos, pelo paciente,
provenientes de outros locais onde foram armazenados, checar procedência, lote,
validade, transporte, temperatura e outros quesitos;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 46

5 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando


todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
6 Retirar o lacre superior do frasco de insulina e limpar a borracha com algodão
embebido em álcool a 70%;
7 Injetar o ar correspondente à dose prescrita de insulina NPH no frasco de insulina
NPH, lentamente, facilitando a aspiração da dose exata desta insulina e evitar a
formação de bolhas;
8 Retirar a agulha do frasco sem aspirar a insulina NPH;
9 Injetar o ar correspondente à dose prescrita de insulina R no frasco de insulina R ou
Ultra- Rápida e retirar a dose;
10 Introduzir novamente a agulha no frasco de insulina NPH, no qual o ar foi
previamente injetado, e puxar o êmbolo até a marca correspondente à soma das
doses das duas insulinas;
11 Retirar a agulha do frasco, e prosseguir seguindo recomendações da técnica de
aplicação de medicamento subcutâneo (POP 4);
12 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
13 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
14 Retirar as luvas de procedimento;
15 Higienizar as mãos (POP 42);
16 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
17 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Orientar o paciente a comparecer ao serviço trazendo um documento com foto,
garantindo sua segurança nas ações que serão desenvolvidas.
 Sempre que possível, solicitar para outro profissional realizar a dupla checagem
conforme PARECER COREN-SP 40/2013.
 No caso de uma aspiração da insulina maior que a necessária, descartar as
insulinas e reiniciar o procedimento. NUNCA devolva para nenhum dos frascos
as insulinas já misturadas.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 47

 Mistura de NPH e regular pode ser utilizada imediatamente ou armazenada em


refrigerador para uso em até 30 dias e mistura de NPH e ultrarrápida deverá ser
utilizada imediatamente após o preparo.
 Aspirar primeiro a insulina de ação rápida (R) ou ultra rápida (Lispro), que
possuem aspecto límpido transparente e, em seguida, a insulina de ação
intermediária (N) que possui aspecto turvo, leitoso. O objetivo é diminuir a
possibilidade de entrada de insulina NPH no frasco de insulina R ou Lispro,
alterando a capacidade destas insulinas agirem rapidamente em outra aplicação.

 Rolar o frasco de insulina de aspecto leitoso (NPH), levemente entre as mãos,


por no mínimo 20 vezes, para garantir ação correta da insulina.

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 Cuidados com a insulina Diabetes. Disponível em: www.diabete.com.br/cuidados-
com-a-insulina. Acesso em 11 out 2018.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Uma Seringa, Duas Insulinas: Aprenda
a Mistura Correta. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/colunistas/39-
dra-janice-sepulveda/162-uma-seringa-duas-insulinas-aprenda-a-mistura-correta.
Acesso em 05 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 SÃO PAULO. Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo. Manual de Orientação
Clínica- Diabetes Mellitus, 2010.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tratamento e Acompanhamento do
Diabetes Mellitus. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2007.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 48

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902

10/02/2020 03 Lívia Agy Loureiro Zanetti Renata Cauzzo Zingra Mariano


COREN/SP 186.464 COREN/SP 181.450
Tienne de A. A. Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 49

POP 10 Administração de Dieta Enteral

1. Definição
Administração de dieta enteral, definida como um alimento para fins especiais, com
ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição
definida ou estimada, industrializado ou não, através de sondas.

2. Objetivo
Oferecer aporte nutricional para melhora clínica do paciente.

3. Contraindicação
 Absoluta: obstrução mecânica.
 Relativa: pancreatite hemorrágica grave, enterocolite necrotizante, íleo paralítico
prolongado, diarreia grave, refluxo de vômito, fístulas entéricas, disfunção da
motilidade intestinal.
 Cada contraindicação deve ser avaliada pela equipe multiprofissional e de maneira
individual.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 EPI (luva de procedimento e óculos de proteção)
 Dieta industrializada ou não
 Frasco para dieta
 Equipo de dieta enteral
 Seringa de 20 ml
 Estetoscópio

6. Descrição do procedimento
1 Conferir o nome do paciente, apresentar-se e explicar o procedimento que será
realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
2 Reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 50

4 Promover a privacidade do paciente;


5 Preparar a dieta conforme recomendações do fabricante ou solicitar a dieta
preparada pelo familiar em residência e colocá-la em frasco próprio, utilizando
técnica limpa e luvas calçadas;
6 Conectar o frasco de dieta ao equipo e preencher o equipo retirando o ar da
extensão, evitando a entrada de ar desnecessária no TGI do paciente e facilitando o
controle de infusão;
7 Colocar o paciente em posição Fowler (45°), quando não contraindicado, evitando o
risco de broncoaspiração;
8 Com auxílio da seringa, injetar 20 ml de ar com pressão e auscultar com
estetoscópio simultaneamente a região epigástrica;
9 Aspirar e medir o resíduo gástrico, colocando-o em um copo plástico para posterior
reintrodução (se menor que 200 ml);
10 Conectar o equipo com dieta à sonda;
11 Abrir a pinça rolete do equipo ajustando apropriadamente a velocidade de infusão;
12 Injetar 40 ml de água na sonda logo após o término da dieta, com auxílio da
seringa;
13 Administrar água conforme prescrição médica;
14 Deixar o paciente em posição de Fowler por cerca de 30 minutos após o término da
infusão, evitando refluxo, broncoaspiração e facilitar a digestão.;
15 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde.
16 Retirar os EPI e higienizar as mãos (POP 42);
17 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
18 Realizar anotação de enfermagem e registrar a produção (POP 13);
19 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Existem diferentes tipos de sondas de alimentações: naso/orogástrica,
naso/oroenteral, gastrostomia e jejunostomia.
 As sondas de gastrostomia e jejunostomia não necessitam de confirmação de
localização antes das administrações de dieta.
 Seguir a prescrição médica/nutricionista em relação ao tipo de dieta do paciente e
valor calórico.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 51

 A dieta enteral deve ser preparada com técnica limpa seguindo as recomendações
do fabricante.
 O equipo e o frasco de dieta deve ser trocado a cada dieta.
 Sempre lavar a sonda com 40 ml de água após administração de dieta, para evitar
obstrução da sonda.
 Realizar higiene oral conforme prescrição de enfermagem;
 Limpar diariamente a narina na qual a sonda está introduzida com água ou SF
0,9%.
 Trocar o local da fixação diariamente para evitar irritação e descamação da pele.
 Aplicar creme ou vaselina nos lábios e narinas para prevenir a formação de crostas.
 Comunicar ao Enfermeiro as alterações ocorridas devido à infusão da dieta
(vômitos, diarreia, constipação).
 As dietas não devem estar muito quentes ou frias.
 As infusões de dietas enterais por sonda devem ser administradas de forma
intermitente, com infusão ou gotejamento lento por gravidade, cinco a seis vezes ao
dia, durante um período de 40 a 60 minutos.
 Antes de cada administração de nova dieta deve-se verificar o resíduo gástrico,
quando este for superior a 200 ml e o paciente apresentar desconforto ou distensão
abdominal, recomenda-se interromper a infusão de dieta enteral e avaliar o paciente
radiologicamente. Na ausência de sintomas digestivos, reavaliar o resíduo
novamente em 1h. Deve-se comunicar o enfermeiro tal alteração. Lembrar sempre
de devolver o resíduo retirado quando este for inferior a 200 ml.

Para o cuidado domiciliar


● Orientar familiar/ cuidador a utilizar 1 frasco/ equipo para dieta e 1 frasco/ equipo
para água e sucos por 7 dias. Após este período desprezar o frasco/ equipo da
dieta, substituindo pelo frasco/equipo da água e abrir novo frasco/ equipo para água
e sucos.
● Utilizar seringa de 20 ml para lavar as sondas após as administrações das dietas,
essa deve ser substituída a cada 7 dias.
● O paciente, sempre que possível, deve ser estimulado a participar da terapia,
cuidando da higiene das narinas e da sonda, e ainda ser instruído sobre os horários
de infusão, bem como a relatar sintomas de desconforto e mal-estar, mudanças no
hábito intestinal ou qualquer alteração que possa indicar uma complicação.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 52

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 453 DE
16/01/2014. Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de
Enfermagem em Terapia Nutricional. 2014. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/resolucoes. Acesso em 06 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo
de Atendimento Domiciliar: Protocolo de Assistência de Enfermagem. Campinas,
2015.
 PREFEITURA MUNICIPAL DO DISTRITO FEDERAL. Secretaria Municipal de Saúde.
Manual de Procedimentos de Enfermagem. Brasília, 2012.
 UNAMUNO M. R. D. L.; JULIO S. M. Sonda Nasogástrica/ Nasoentérica: Cuidados
na Instalação, na Administração da Dieta e Prevenção de Complicações. Ribeirão
Preto, 35: 95-101, jan./mar. 2002.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 53

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 02 Marciana Ferreira de Souza Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 210.837 COREN/SP 181.450
Talita Carlos Rodrigues
Romano
COREN/SP 141.332
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 54

POP 11 Aferição da Glicemia Capilar

1. Definição
Exame sanguíneo que obtem a concentração de glicose nos vasos capilares da polpa
digital.

2. Objetivo
Obter e controlar a glicemia de usuários diabéticos ou não (também é utilizado em
momentos que a avaliação clínica indica, por exemplo, em situações de emergência nas
quais a pessoa encontra-se inconsciente, que utilizam ou não insulinoterapia.

3. Contraindicação
Pacientes com distúrbios de coagulação sanguínea.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Bandeja
 Algodão
 Álcool a 70%
 Luvas de procedimento
 Lanceta
 Glicosímetro
 Fitas reagentes

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmando seu nome, apresentando-se e explicando o
procedimento que será realizado, orientando e sanando eventuais dúvidas;
2 Conferir prescrição de enfermagem ou médica e reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Calçar as luvas de procedimento;
5 Conectar a fita reagente ao glicosímetro;
6 Orientar o paciente a lavar as mãos com água e sabão, enxaguar e secar. Fazer
antissepsia com algodão embebido no álcool a 70% e secar completamente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 55

7 Posicionar o dedo do paciente para baixo e perfurar a lateral do dedo com uso da
lanceta, sem ordenhar o local;
8 Ao formar uma gota de sangue, aproximá-la da tira reagente e aguardar a sucção;
9 Comprimir o local com algodão seco;
10 Aguardar o resultado pelo glicosímetro;
11 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
12 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
13 Retirar as luvas de procedimento;
14 Higienizar as mãos (POP 42);
15 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
16 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
17 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Seguir as instruções dos fabricantes dos glicosímetros, checando recomendações
específicas.
 Evitar locais frios, cianóticos ou edemaciados para a punção para assegurar uma
amostra de sangue adequada.
 Verificar a validade das fitas.
 Verificar a compatibilidade entre o número do “chip” /código com o número do lote
da fita utilizada.
 Comunicar resultado ao enfermeiro, caso esteja alterado.
 Cumprir rodízio dos locais de punção.

8. Referências Bibliográficas
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 PIANUCCI, A. Saber Cuidar: Procedimentos Básicos em Enfermagem. São Paulo:
Senac, 2005.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 56

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997

11/01/2016 02 Elaine Capuano Domingos Rosana Aparecida Garcia


Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 107433
Ricardo Rampazzo
COREN/SP 351392

10/02/2020 03 Marciana Ferreira de Souza Renata Cauzzo Zingra Mariano


COREN/SP 210.837 COREN/SP 181.450
Talita Carlos Rodrigues Romano
COREN/SP 141.332
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 57

POP 12 Aferição da Pressão Arterial

1. Definição
Procedimento para avaliar o nível de pressão arterial sistêmica da pessoa em
atendimento dos indivíduos.

2. Objetivo
Detectar precocemente desvios de normalidade. Indicar variações individuais de níveis
pressóricos.

3. Contraindicação
Aferir em membros com trombose venosa profunda, acessos venosos, lesões ou do lado
em que foi realizada mastectomia.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Algodão
 Álcool a 70%
 Estetoscópio
 Esfigmomanômetro

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se e explicar o procedimento
que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
2 Reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42).
4 Colocar o paciente em repouso, com o braço livre de roupas, relaxado e mantido no
nível do coração, apoiado e com a palma da mão para cima com o cotovelo
ligeiramente fletido;
5 Identificar o manguito adequado (com largura correspondente a 40% da
circunferência do braço), realizar assepsia das olivas e campânula do estetoscópio
com algodão embebido em álcool a 70%;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 58

6 Colocar o manguito no membro, ajustando-o 2 a 3 cm acima da fossa cubital sem


deixar folgas;
7 Palpar a artéria radial, fechar a válvula da pera e insuflar o manguito enquanto
continua a palpar a artéria, tendo o cuidado de que para identificar com exatidão o
primeiro som de KorotKoff, o manguito precisar estar inflado a uma pressão acima
do ponto em que o pulso não pode ser mais sentido e anotar o ponto no manômetro
em que o pulso desaparece (estimativa da pressão sistólica);
8 Desinsuflar o manguito rapidamente;
9 Aguardar 30 segundos para insuflar o manguito novamente (tempo necessário para
diminuição da congestão venosa);
10 Colocar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial e colocar o
manômetro em posição de leitura;
11 Manter o estetoscópio firme sobre o pulso braquial, sem pressão excessiva, e
insufle o manguito gradualmente até o valor da PAS estimada pelo método
palpatório, e continue insuflando até 20-30 mmHg acima desta pressão;
12 Esvaziar lentamente o manguito a uma velocidade de 2-4 mmHg/seg., identificando
pelo método auscultatório a PAS (1º som audível) e a PAD (último som);
13 Desinsuflar totalmente o manguito;
14 Repetir o procedimento, se necessário, após aguardar de 1-2 minutos;
15 Retirar o manguito do braço do paciente;
16 Realizar novamente assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio;
17 Higienizar as mãos (POP 42);
18 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
19 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
20 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Orientar para que o paciente descanse por 5 a 10 minutos em ambiente calmo
antes da aferição e que não fale durante a execução do procedimento.
 Na primeira avaliação fazer a medida da PA com o paciente sentado e em pé,
especialmente em idosos, diabéticos, alcoólicos, em uso de medicação anti-
hipertensiva.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 59

 Certificar-se de que o paciente não esteja com a bexiga cheia, não praticou
exercícios físicos nos últimos 60 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café,
alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da aferição.
 O esfigmomanômetro deve ser periodicamente testado e devidamente calibrado a
cada 6 meses ou sempre que apresentar sinais de descalibração.

8. Referências Bibliográficas
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VII Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Cardiologia. V.107. n.3. set 2016. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf.
Acesso em: 05 out 2020.
 CARMAGNANI, Maria I. S. et al. Procedimentos de Enfermagem: Guia Prático. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por


27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi Shinya Fuzita
COREN/SP 242.841
11/01/2016 02 Elaine Capuano Domingos Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 107433
Ricardo Rampazzo
COREN/SP 351392
10/02/2020 03 Marciana Ferreira de Souza Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 210.837 COREN/SP 181.450
Talita Carlos Rodrigues Romano
COREN/SP 141.332
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 60

POP 13 Anotação de Enfermagem

1. Definição
Anotação de Enfermagem é o registro sistematizado de todas as informações,
observações, avaliações e ações relativas ao processo de cuidar da pessoa.

2. Objetivo
Garantir a qualidade das informações e suporte para análise reflexiva da assistência
prestada, assegurando a continuidade das informações e a comunicação entre a equipe
de saúde.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Prontuário tradicional ou eletrônico ou ficha de atendimento
 Caneta esferográfica preferencialmente azul ou preta
 Carimbo pessoal (com nome do profissional, categoria e número registro no
conselho de classe)

6. Descrição do procedimento
1 Registrar todo e qualquer procedimento realizado no paciente sobre sua
responsabilidade, garantindo o respaldo legal dos profissionais e garantia da
continuidade da assistência prestada (segurança do paciente e do profissional de
Enfermagem);
2 Nunca registrar procedimento ou cuidado realizado por terceiros;
3 Registrar de forma completa, clara, legível, pontual, cronológica e objetiva,
observando ortografia, caligrafia e redação;
4 Devem ser precedidas de data e hora, identificação do profissional com o número
do Coren e assinadas ao final. O uso do carimbo faz parte da assinatura;
5 Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas ou espaços em branco;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 61

6 O registro deve constar em impresso devidamente identificado no cabeçalho com


nome completo do paciente, e complementado com data e horário, bem como
numeração da página;
7 Registrar informações referentes aos cuidados prestados, sinais vitais, observações
efetuadas e sinais/sintomas referidos pelo paciente sem usar termos que deem
conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.);
8 A Anotação de Enfermagem embasa a Sistematização de Enfermagem realizada
pelo Enfermeiro, e deve conter nela as respostas frente aos cuidados prescritos
pelo Enfermeiro;
9 Conter apenas abreviaturas previstas em literatura;
10 Sempre registrar em impressos próprios e padronizados pela instituição.

7. Observação
 A informação deve ser exata, com dados subjetivos ou objetivos claramente
discriminados.
 O conteúdo da anotação deve ser descritiva e não interpretativa.
 Não utilizar corretivos, nem riscar, molhar ou manchar o impresso.
 Em caso de erro na anotação, usar a palavra “digo”, entre vírgulas.
 O prontuário é um documento de valor legal, para o paciente, para a instituição e
para a equipe de saúde e poderá ser utilizado como instrumento de ensino e
pesquisa, além de servir como defesa e respaldo legal a todos.
 As anotações são necessárias para garantir a continuidade na assistência prestada.
 Os registros de estudantes dos diferentes níveis de formação profissional de
Enfermagem deverão ser acompanhados pelos supervisores de atividade prática e
estágio supervisionado, conforme Resolução Cofen n° 441/2013 e ser pactuado
com o órgão responsável pela articulação ensino/serviço (CETS).

8. Referência Bibliográfica
 BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 441/2013. Dispõe
sobre participação do Enfermeiro na supervisão de atividade prática e estágio
supervisionado de estudantes dos diferentes níveis da formação profissional de
Enfermagem, 2013
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Anotações de Enfermagem. Disponível
em http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/manual-anotacoes-de-
enfermagem-coren-sp.pdf. Acesso em: 05 out 2020. São Paulo, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 62

 BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429. Dispõe


sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros
documentos próprios da enfermagem, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Campinas. Guia
de Acolhimento de Novos Profissionais. Campinas, 2011.
 SANTOS, V. E. P.; VIANA, D. L. Fundamentos e Práticas para Estágio em
Enfermagem. 3ª ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2008.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 0514/2016. Aprova o Guia
de Recomendações para os Registros de Enfermagem no Prontuário do Paciente, com
a Finalidade de Nortear os Profissionais de Enfermagem, 2016. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/resolucoes. Acesso em 05 out 2020.

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por

27/12/2013 01 Débora Tresoldi Cerri Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 90271 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53400
Tienne de Almeida A. Rampazzo
COREN/SP 213.414

11/01/2016 02 Marta de Souza Pereira Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 248634 COREN/SP 72.902

10/02/2020 03 Marciana Ferreira de Souza Renata Cauzzo Zingra


COREN/SP 210.837 Mariano
Talita Carlos Rodrigues Romano COREN/SP 181.450
COREN/SP 141.332
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 63

POP 14 Aspiração de Vias Aéreas

1. Definição
É o método utilizado para remover secreções da boca e da faringe, através de sucção,
desobstruindo a entrada de ar nas vias aéreas superiores, bem como da traqueia e
brônquios nos pacientes entubados e traqueostomizados.

2. Objetivo
Manter as vias aéreas permeáveis. Reestabelecer as trocas gasosas melhorando a
oxigenação arterial e pulmonar. Prevenir infecção.

3. Contraindicação
Não existem contraindicações absolutas para este procedimento. A maioria das
contraindicações é relativa e diz respeito ao risco do paciente apresentar reações
adversas ou piora de sua condição clínica.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 EPIs (luva estéril, luvas de procedimento, óculos de proteção, gorro, máscara
cirúrgica)
 Fluxômetro para aspiração
 Fonte de vácuo e oxigênio
 Frasco de aspiração
 Extensão de silicone
 Sonda aspiração 14ou 16 (adulto), 8 ou 10 (pediátrico)
 Ampola de SF 0,9%
 Ressuscitador manual de respiração
 Gaze estéril
 Cânula de Guedel
 Oxímetro de pulso
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 64

6. Descrição do procedimento

Aspiração de Orofaringe:
1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Confirmar o nome do paciente, apresentar-se e explicar o procedimento que será
realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
4 Colocar o paciente na posição Fowler (45°) ou semi-Fowler, se não for
contraindicado, promovendo o conforto, oxigenação, reduzindo o esforço para
ventilação e prevenir vômitos e a aspiração;
5 Conectar a sonda de aspiração ao sistema de aspiração a vácuo, através da
extensão de silicone, expondo apenas a parte que conecta a extensão e abrir fonte
de vácuo;
6 Colocar gorro, máscara cirúrgica, os óculos de proteção e calçar as luvas de
procedimento;
7 Segurar a sonda de aspiração com a mão dominante;
8 Clampear a extensão de látex com a mão não dominante, aspirar a cavidade oral e
a orofaringe até a ausência/redução esperada do conteúdo aspirado;
9 Lavar a extensão com água destilada;
10 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde.
11 Retirar os EPIs;
12 Deixar o paciente confortável;
13 Higienizar as mãos (POP 42);
14 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
15 Realizar anotação de enfermagem (POP 14) e registrar a produção;
16 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

Aspiração Traqueal:
1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Confirmar o nome do paciente, apresentar-se e explicar o procedimento que será
realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 65

4 Posicionar o paciente com a cabeça em extensão para aspiração traqueal e


posição semi-Fowler para aspiração nasal, promovendo o conforto, oxigenação,
reduzir o esforço para ventilação e prevenir êmese;
5 Conectar a sonda de aspiração ao sistema de aspiração a vácuo, através da
extensão de silicone, expondo apenas a parte que conecta a extensão e abrir fonte
de vácuo. Utilize o restante da embalagem para protege a sonda, mantendo-a
estéril;
6 Colocar gorro, máscara cirúrgica, os óculos de proteção e calçar as luvas estéreis
(POP 75);
7 Desconectar o ventilador e conectar o ressuscitador manual para realização de
seis ventilações em 30 minutos, com auxilio de outro profissional, prevenindo
hipoxemia;
8 Com a mão dominante (estéril), introduzir a sonda no tubo mantendo a extensão
clampeada para não aplicar sucção até encontrar resistência (carina), favorecendo
remoção das secreções, e prevenir hipoxia;
9 Soltar o látex para obter sucção, retirando a sonda com movimentos circulares, não
ultrapassando a duração de 10 segundos;
10 Reconectar o tubo do paciente ao ventilador, deixando-o descansar por pelo
menos 30 segundos, favorecendo que o paciente ventile e descanse entre as
aspirações, para corrigir a hipoxemia e amenizar o desconforto;
11 Se necessário, repetir o procedimento, entretanto é recomendado não realizar mais
do que três aspirações por sessão;
12 Ao termino da aspiração traqueal, promover a limpeza da sonda com água
destilada e gaze, e realizar aspiração das vias aéreas superiores;
13 Lavar a extensão do aspirador com água destilada e desprezar a sonda ;
14 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
15 Retirar os EPIs;
16 Fechar fonte de vácuo;
17 Deixar o paciente confortável;
18 Higienizar as mãos (POP 42);
19 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 66

7. Observação
 Instilação de SF 0,9% (até 5 ml) por via intrabronquica é indicada para promover
fluidificação, mobilizar as secreções e estimular a tosse quando ocorrer formações
de rolhas.
 O enfermeiro deve realizar ausculta pulmonar antes e após o procedimento para
avaliação da necessidade de aspiração.
 Quando o paciente estiver em IOT, ficar atento aos dados vitais como SpO2, FR,
FC, PA.
 Deve-se observar o aspecto da secreção do paciente (cor, consistência, quantidade
e odor).
 Monitorar os parâmetros do ventilador, caso esteja em ventilação mecânica. Essa
monitoração deve ser feita antes, durante e após procedimento.

8. Referência Bibliográfica
 AVENA, M. J.; CARVALHO, W. B.; BEPPU.O. S. Avaliação do Mecanismo
Respiratório e da Oxigenação Pré e Pós Aspiração de Secreção em Crianças
Submetidas a Ventilação Pulmonar Mecânica. Universidade Federal São Paulo.
São Paulo, 2007.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 SANTOS F. N. Q. A Influencia da Aspiração Endrotraqueal Sobre a Pressão
Intracraniana no Traumatismo Cranio- Encefalico Grave. Rio de Janeiro, 2008.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 67

 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual


de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Marisa F. Gomes Machado Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 45.813 COREN/SP 72.902
Danilo Jardim Pancotte
COREN/SP 257.613
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Marisa F. Gomes Machado Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 45.813 COREN/SP 72.902
Danilo Jardim Pancotte
COREN/SP 257.613
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230.997
COREN/SP 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283.180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 68

POP 15 Auxílio de Biópsia de Mama Guiado por Ultrassom

1. Definição
Retirada de fragmentos da lesão suspeita através de uma pistola automática que dispõe
de uma agulha, que ao disparar corta o material e o recolhe. Este procedimento é guiado
por ultrassonografia.

2. Objetivo:
Colher material de uma ou mais lesões mamárias suspeitas para avaliação
histopatológica.

3. Contraindicação:
Em alguns pacientes que estão fazendo uso de anticoagulantes ou de aspirina, pode ser
necessária a suspensão desses medicamentos alguns dias antes para se evitar
sangramento.

4. Executante:
Enfermeiro, Auxiliar e Técnico de Enfermagem.

5. Material:
 Agulha 13x4,5
 Agulha para biópsia
 Álcool a 70%
 Avental para paciente
 Anestésico
 Caixa térmica
 Esparadrapo
 Formol
 Gazes estéreis
 Lápis
 Lençol
 Livro de registro de exames
 Luvas de procedimento
 Máscara cirúrgica
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 69

 Micropore
 Óculos de proteção
 Seringa de 3 ou 5 ml

6. Descrição do procedimento:
1 Chamar o paciente e confirmar o nome, apresentar-se, acolher e orientar paciente
sobre o procedimento e aplicar o termo de consentimento do exame, orientando o
paciente a esclarecer possíveis dúvidas com o médico executante;
2 Reunir material necessário para realização do procedimento;
3 Receber a guia de requisição de exames, conferindo documentação do paciente e
exames anteriores;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Encaminhar o paciente para troca de roupa e oferecer avental;
6 Posicionar o paciente de acordo com o procedimento na maca;
7 Oferecer material necessário para o médico durante a realização do exame;
8 Recolher e acondicionar os fragmentos de biópsia em frascos com formol (1/3 do
frasco), previamente identificados com data da coleta, nome do paciente, nome da
mãe, número de prontuário, médico e unidade de saúde;
9 Realizar curativo compressivo ao término do procedimento e orientar paciente
quanto a retirada do mesmo;
10 Higienizar as mãos (POP 42);
11 Registrar em livro de controle (número do prontuário, nome do paciente, data de
nascimento, data da coleta, telefone, nome do médico solicitante, unidade de
origem, local aspirado;
12 Registrar em memorando (duas vias) os dados do paciente e procedimento
realizado;
13 Orientar o paciente quanto ao resultado do exame e retorno médico;
14 Organizar sala após procedimentos, atentando para o descarte de material
perfurocortantes;
15 Acondicionar as seringas identificadas em caixa térmica e as requisições em
envelope, encaminhando-os para o laboratório de análise.

7. Observações
Este procedimento é executado pelo médico, sendo necessário o auxílio do profissional
de enfermagem para realização do procedimento ambulatorial.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 70

8. Referências Bibliográficas
 Biópsia de Mama. Disponível em: <www.mamaimagem.com.br> . Acesso em: 30 nov
2015.
 Protocolo de biópsia de mama. Disponível em: <hcrp.fmrp.usp.br>. Acesso em: 05
Fev 2014.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
11/01/2016 02 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
10/02/2020 03 Camila Monteiro G. Dias Silva Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 242835
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 71

POP 16 Auxílio a Ecocardiograma Transtorácico

1. Definição
Método de exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência, os quais após
atravessarem os tecidos dos órgãos estudados, retornam em forma de ecos fornecendo
imagens instantâneas do coração e dos grandes vasos, e fluxo sanguíneo nos mesmos,
durante o procedimento. A equipe de Enfermagem presta assistência nos períodos pré,
intra e pós-exame.

2. Objetivo
Avaliar o funcionamento do coração, do ponto de vista anatômico e funcional.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para este procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas
 Gel para ultrassonografia
 Lençol descartável
 Balança
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Lençol (se necessário)
 Avental (se necessário)
 Álcool 70%
 Hamper para roupas sujas;
 Equipamentos de Proteção Individual (Conforme a precaução)
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 72

6. Descrição do procedimento
1 Chamar paciente conforme agenda, confirmar o nome do paciente, apresentar-se e
explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de
iniciar a execução;
2 Conferir agendamento, documento de identidade e cartão SUS do paciente;
3 Fornecer avental para o paciente se trocar, orientando manter abertura para frente;
4 Reunir material necessário para o exame;
5 Higienizar as mãos (POP 42);
6 Paramentar-se com EPI, conforme a precaução;
7 Verificar altura (POP 49) e peso (POP 52) e aferir pressão arterial (POP 12);
8 Posicionar paciente na maca, em decúbito lateral direito e membro superior
esquerdo flexionado atrás da cabeça;
9 Retirar o excesso de gel e auxiliar o paciente a levantar-se após o exame, e vestir-
se, se necessário;
10 Orientar o paciente a desprezar o avental utilizado no hamper após a troca;
11 Retirar lençol de papel utilizado e friccionar superfície da maca com álcool 70% por
30 em seguida, repor lençol de papel limpo;
12 Realizar a limpeza do transdutor, conforme observação abaixo;
13 Higienizar as mãos (POP 42);
14 Devolver a documentação do paciente e orientá-lo a aguardar o laudo;
15 Entregar o laudo para paciente;
16 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 O procedimento de ecocardiografia é realizado pelo profissional médico, cabendo a
enfermagem as ações acima descritas.
 Realizar limpeza do transdutor ao término de cada exame com gaze, água e sabão.
 Caso o exame não possa ser realizado por motivos internos do setor (falta de energia,
ausência do médico, defeito no aparelho), remarcar o exame para outro dia ou orientar
a aguardar telefonema para novo agendamento.
 Atentar para risco de queda do paciente da mesa do exame.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 73

8. Referências Bibliográficas
 LIRA FILHO et al. Recomendações para Acreditação de Laboratórios de
Ecocardiografia. Arq Bras Cardiol: Imagem cardiovasc. 2018; 31(2):82-88.
 ARMSTRONG, W. F; RYAN, T. Feigenbaum Ecocardiografia. Rio de Janeiro :
Guanabara Koogan, 2011.
 BERNARDI, G. A; COSTA, T. C. M. Avaliação da Atividade Antimicrobiana do
Alcool 70% em Superfícies Contaminadas. Journal of Infection Control. v.6, n.4,
2017.
 ABCMED. Ecocardiograma: Você Conhece o Exame?. 2013. Disponível em:
<https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/338334/ecocardiograma-voce-
conhece-o-exame.htm>. Acesso em: 17 nov. 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Priscila de Paula Marques
COREN/SP 245050
11/01/2016 02 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Priscila de Paula Marques
COREN/SP 245050
10/02/2020 03 Juliana A. L. Shikasho Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 245718
COREN/SP 181450
Luciana S. S. Gonçalves
COREN/SP 72141
Rosimeire T. T. Furlan
COREN/SP 32487
Valeria Cristina Jodjahn
Figueiredo
COREN/SP 61341
Priscila de Paula Marques
COREN/SP 245050
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 74

POP 17 Auxílio à Eletroencefalografia em Vigilia

1. Definição
Registro da atividade elétrica cerebral através da colocação de eletrodos superficiais no
escalpe para detecção de possíveis anormalidades associadas à uma ampla gama de
sinais e sintomas neurológicos.

2. Objetivo
Avaliar pacientes com fenômenos paroxísticos (epilépticos ou não). Avaliar encefalopatias
tóxicas-metabólicas, infecciosas e degenerativas (demências). Classificar e seguir as
várias modalidades de epilepsias.

3. Contraindicação
Relativas: seborreia excessiva, infecção de pele no couro cabeludo e pediculose, cabelos
úmidos.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas
 Fita métrica
 Lápis para demarcar pontos dos eletrodos
 Pasta para EEG
 Espátula
 Separador de cabelos
 Papéis cortados para fixação dos eletrodos (lençol de papel)
 Gaze
 Cuba rim
 Água morna
 Álcool 70%
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 75

6. Descrição do procedimento
1 Chamar paciente conforme agenda, confirmar o nome do paciente, apresentar-se e
explicar o procedimento que será realizado (longa duração, necessita de
cooperação, não mexer a cabeça, manter os olhos fechados), sanando todas suas
dúvidas antes de iniciar a execução;
2 Conferir agendamento, documento de identidade e cartão SUS do paciente;
3 Verificar se o paciente está com preparo necessário (cabelos limpos e secos).
Inspecionar os cabelos do paciente quanto a umidade, gel, cremes ou pediculose.
Caso não esteja em condições adequadas para realização do exame, o mesmo
deverá ser remarcado;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Reunir material necessário para realização do procedimento;
6 Ajudar o paciente, se necessário, a subir na maca e deitá-lo;
7 Preencher o protocolo do exame EEG com seu respectivo número, entregá-lo ao
paciente ou seu acompanhante, orientando quanto à retirada do laudo;
8 Preencher no sistema a ficha do paciente, contendo nome completo, data de
nascimento, número do prontuário, número do exame, nome do médico(a)
solicitante e origem. No campo observação, anotar informações relevantes como:
cicatriz cirúrgica e sua localização; afundamento de crânio; tremores espontâneos
em membros e face, agitação, demência, pseudocrise, anotar no campo
observações do sistema (informações relevantes, principalmente quando paciente
não cooperante;
9 Iniciar a montagem dos eletrodos, utilizando-se o sistema 10-20 de colocação
utilizando-se montagens mono e bipolares. Separar os cabelos e marcar com lápis
específico os locais para aplicação de pasta condutora e respectivos eletrodos. O
método utiliza quatro pontos padronizados: 1) raiz do nariz (nasiun), 2)
protuberância occipital (inium), ambos no mesmo plano sagital, 3) ponto pré-
auricular (depressão na raiz do zigoma anteriormente ao tragus).Os pontos são
encontrados utilizando 10 e 20 % das medidas encontradas;
10 Demarcar medidas ântero-posterior. Medir a distância entre o nasiun e iniun
passando pelo vértex, na linha média. Cinco pontos são então marcados ao longo
desta linha, designados como pólo frontal (Fp), frontal (F), central (C), parietal (P) e
occipital (O);
11 Marcar o primeiro ponto (Fp) a 10 por cento da distância násiun-íniun, marcá-lo
logo acima do násiun;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 76

12 Marcar segundo ponto (F) a 20 por cento da mesma distância e marcá-lo acima do
Fp;
13 Marcar os pontos central (C), parietal (P) e occipital (O), na linha média a cada 10
por cento da distância násiun- íniun. Todos esses pontos marcados na linha média
são seguidos de “z” no nome do eletrodo (PGND, Fz, Cz, Pz );
14 Medir linha coronal central, da distância os pontos pré-auriculares, passando pelo
ponto central já determinado com a medida ântero-posterior. Dez por cento desta
medida acima do ponto pré-auricular, marcar o ponto temporal médio (T3, T4) e 20
por cento acima do temporal médio está o ponto central (C3, C4);
15 Marcar linha ântero-posterior passando agora sobre a região temporal, frontal e
occipital, medindo-se a distância entre o ponto da linha média Fpz e o ponto
occipital também da linha média, Oz, passando-se pelo ponto temporal já
previamente determinado;
16 Marcar 10 por cento da medida, a partir da posição do Fpz, assim como a partir do
ponto occipital da linha média Oz;
17 Desta forma, marcar outros dois pontos “Fp” (1 e 2), um à direita e outro à
esquerda e ainda dois outros pontos “O” (1 e 2), também um à direita e outro à
esquerda. Os pontos temporal anterior e posterior (T5, T6) estão na posição 20 por
cento da distância a partir dos pontos Fp e O determinados nesta linha;
18 Marcar pontos remanescentes, frontal (F3, F4, F7, F8)) e médio parietal (P3 e P4)
estão posicionados ao longo da linha coronal frontal e parietal respectivamente,
equidistante entre a linha média e a linha temporal. Sendo que, os eletrodos
ímpares ficam posicionados à esquerda e pares, a direita;
19 Ao iniciar o exame, verificar se as configurações estão corretas no sistema;
20 Fazer logo em seguida, na captação elétrica, o teste de impedância;
21 Com a luz apagada, pedir para o paciente fechar os olhos;
22 Iniciar a gravação observando o traçado e o paciente, clicar “vigília”, após 30
segundos pedir para abrir os olhos. Parar a gravação e corrigir artefatos ou
eletrodos que se desprendem fácil do couro cabeludo. Parar quantas vezes for
necessário e anotar qual eletrodo foi trocado;
23 Clicar “olhos abertos”, após 30 segundos pedir para o paciente fechar os olhos e
clicar “olhos fechados”. Em seguida, o maior tempo em vigília, clicar “vigília”,
observando o traçado. Sempre que necessário parar a gravação para recolocar ou
trocar os eletrodos;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 77

24 Observar se o paciente responde aos comandos verbais, orientá-lo antes de iniciar


o estado de hiperventilação para que não haja deslocamento dos eletrodos.
Solicitar que o paciente inspire e expire pela boca. Clicar hiperventilação;
25 Clicar estado de pós hiperpneia, ao término de hiperventilação. Pedir para o
paciente respirar normalmente;
26 Orientar paciente a manter os olhos fechados durante a fotoestimulação e em
seguida clicar na opção flashestimulação;
27 Ao término da fotoestimulação, clicar pós flashestimulação;
28 Clicar também durante a gravação alguns eventos, bocejo, tosse, tremores
espontâneos, sono espontâneo;
29 Ao término da gravação, pedir para o paciente abrir os olhos, acender a luz da
sala, pegar a cuba rim contendo água morna;
30 Tirar os eletrodos um a um, cuidadosamente, limpar a cabeça do paciente com
gaze embebida em água morna e após gaze seca, removendo toda a pasta
restante. Limpar também os eletrodos com gaze e água morna e secar com gaze
seca;
31 Pedir para o paciente sentar, observar possível tontura, ajudar a descer da maca,
se necessário, e se estiver bem dispensá-lo;
32 Retirar lençol de papel, realizar limpeza da maca com álcool 70%, repor lençol de
papel limpo;
33 Higienizar as mãos (POP 42);
34 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Exame deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal;
 Durante a gravação do exame, o profissional deve estar atento ao paciente; pode
acontecer (raramente) que pacientes epilépticos tenham uma crise durante o
procedimento;
 É fundamental que durante o procedimento tanto o celular do profissional quanto
do paciente esteja desligado;
 Necessário a cooperação do paciente para realizar o exame, por isso é realizado
apenas em pacientes maiores de 6 anos quando estão conscientes e orientados. É
possível realizar exames em menores de 6 anos quando estes estiverem em sono
profundo.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 78

8. Referências Bibliográficas
 American Electroencephalographic Society. Guideline Twelve: Guidelines for Long-
Term Monitoring for Epilepsy. J Clin Neurophysiol, 11(1):88-110, 1994.
 Berger H. Ueber das Elektroenkephalogramm des Menschen. Archiv Psychiatr
Nervenkr 1929, 87:527-570.
 Jasper H. H. The Ten-twenty Electrode System of the International Federation.
Electroenceph Clin Neurophysiol 1958;10:370-375.
 Morris III H; Lüders H. Electrodes. In: Gotman J, Ives JR, Gloor P. (eds).
 Electroenceph Clin Neurophysiol 1985; (Suppl. 37):3-26.
 Garzon E. Conventional EEG: The 10/20 system and the rationale for the use of
the 10/10 system. Disponível em:
http://www.lasse.med.br/mat_didatico/lasse1/textos/eliana03.html. Acesso em: 30 nov
2015.
 ABCMED. Eletroencefalograma: Como é Feito? Como Se Preparar Para o Exame?
Quais São as Complicações? Disponível em: https://www.abc.med.br/p/exames-e-
procedimentos/347519/eletroencefalograma-como-e-feito-como-se-preparar-para-o-
exame-quais-sao-as-complicacoes.htm. 2013. Acesso em: 17 nov. 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Marli Justina dos Santos Gomes
COREN/SP 316041
11/01/2016 02 Livia Agy Loureiro Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 186464
COREN/ SP 181450
Marli Justina dos Santos Gomes
COREN/SP 316041
10/02/2020 03 Juliana A. L. Shikasho Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 245718
COREN/ SP 181450
Luciana S. S. Gonçalves
COREN/SP 72141
Rosimeire T. T. Furlan
COREN/SP 32487
Valeria Cristina Jodjahn Figueiredo
COREN/SP 61.341
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 79

POP 18 Auxílio a Eletroneuromiografia

1. Definição
Método de estudo neurofisiológico usado no diagnóstico e prognóstico de lesões do
sistema nervoso periférico.

2. Objetivo
Localizar lesão no sistema nervoso periférico e muscular, prover informações sobre
fisiopatologia da lesão, avaliar grau de comprometimento e o curso temporal da lesão.

3. Contraindicações
Absolutas: Não há contraindicações absolutas para a realização do exame.
Relativas: pacientes com marcapasso, cateter intracardíaco, plaquetopenia, coagulopatia,
uso de anticoagulante e medicamentos anticolinesterásicos e pele com solução de
continuidade.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas
 Gel
 Lençol (se necessário)
 Camisola (se necessário)
 Eletrodos para eletroneuromiografia
 Álcool 70%
 Gaze
 Esparadrapo microporoso

6. Descrição do procedimento
1 Chamar paciente conforme agenda, confirmar o nome do paciente, apresentar-se e
explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de
iniciar a execução;
2 Conferir agendamento, documento de identidade e cartão SUS do paciente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 80

3 Verificar se o paciente está com preparo necessário. (não ter usado cremes, óleos
ou loções na pele. Orientar retirar adornos metálicos (brincos, anéis, cordões,
pulseiras, etc.). Caso não esteja em condições adequadas para realização do
exame, o mesmo deverá ser remarcado;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Reunir material necessário para realização do procedimento;
6 Ajudar o paciente, se necessário, a subir na maca e deitá-lo;
7 Posicionar o paciente conforme exame a ser realizado, preservando sua
privacidade. Oferecer camisola, se necessário;
8 Retirar excesso de gel da pele e auxiliar o paciente a levantar-se após o exame, e
vestir-se, se necessário;
9 Realizar curativo oclusivo, se algum ponto permanecer com sangramento;
10 Retirar lençol de papel utilizado e friccionar superfície da maca com álcool 70% por
30 segundos. Em seguida, repor lençol de papel limpo;
11 Higienizar as mãos (POP 42);
12 Devolver a documentação e orientar paciente a aguardar o laudo;
13 Entregar o laudo para paciente;
14 Desprezar perfurocortantes no descarpack, se restar algum;
15 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 O procedimento de eletroneuromiografia é realizado pelo profissional médico,
cabendo a enfermagem as ações acima descritas.
 Pode haver leve dor ou a formação de hematomas nos locais de inserção da
agulha.

8. Referências Bibliográficas
 HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Eletroneuromiografia. Disponível em:
<https://www.einstein.br/especialidades/neurologia/exames-
tratamentos/eletroneuromiografia>. Acesso em 17 nov 2019.
 INTERFISIO. Eletroneuromiografia. Disponível em:
<https://interfisio.com.br/eletroneuromiografia>. Acesso em 17 nov 2019.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 81

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Luciana Sereno S. Gonçalves
COREN/SP 72.141
11/01/2016 02 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186.464 COREN/SP 72.902
Luciana Sereno S. Gonçalves
COREN/SP 72.141
10/02/2020 03 Valeria Cristina Jodjahn Renata Cauzzo Zingra Mariano
Figueiredo
COREN/ SP 181450
COREN/SP 61.341
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 82

POP 19 Auxílio de PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) de


Mama Guiado por Ultrassom

1. Definição
A punção aspirativa com agulha fina é um procedimento médico, sendo um método
diagnóstico inicial na avaliação de doenças mamárias. A equipe de enfermagem realiza o
preparo da sala pré e pós-procedimento ambulatorial e auxilia o médico durante
realização do exame.

2. Objetivo
A punção aspirativa com agulha fina ou PAAF é um procedimento simples no qual se
introduz uma agulha muito fina na lesão da mama a ser avaliada. Através de aspiração,
são retiradas algumas células que serão analisadas no microscópio. O procedimento é
realizado com anestesia e guiado por ecografia.

3. Contraindicação
Em alguns pacientes que estão fazendo uso de anticoagulantes ou de aspirina, pode ser
necessária a suspensão desses medicamentos alguns dias antes para se evitar
sangramento.

4. Executante
Enfermeiro, Auxiliar e Técnico de Enfermagem.

5. Material
 Agulha 40x12
 Álcool a 70%
 Avental para paciente
 Bisnaga de cloridrato de lidocaína geléia à 2%
 Caixa térmica
 Esparadrapo
 Gazes estéreis
 Lâminas
 Lápis
 Lençol
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 83

 Livro de registro de exames


 Luvas de procedimento
 Máscara cirúrgica
 Micropore
 Óculos de proteção
 Seringa de 20 ml

6. Descrição do Procedimento
1 Reunir material necessário para realização do procedimento;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se, acolher e orientar paciente
sobre o procedimento e aplicar o termo de consentimento do exame, orientando o
paciente a esclarecer possíveis dúvidas com o médico executante;
3 Receber a guia de requisição de exames, conferindo documentação do paciente e
exames anteriores;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Encaminhar o paciente para troca de roupa e oferecer avental;
6 Posicionar o paciente de acordo com o procedimento na maca;
7 Oferecer material necessário para o médico durante a realização do exame;
8 Recolher a seringa com material colhido, identificá-la com data da coleta, nome
paciente, nome da mãe, número de prontuário, médico, data de nascimento e
unidade de saúde;
9 Realizar curativo compressivo ao término do procedimento e orientar paciente
quanto a retirada do mesmo;
10 Higienizar as mãos (POP 42);
11 Registrar em livro de controle (número do prontuário, nome do paciente, data de
nascimento, data da coleta, telefone, nome do médico solicitante, unidade de
origem, local aspirado;
12 Registrar em memorando (duas vias) os dados do paciente e procedimento
realizado;
13 Orientar o paciente quanto ao resultado do exame e retorno médico;
14 Acondicionar as seringas identificadas em caixa térmica e as requisições em
envelope, encaminhando-os para o laboratório de análise;
15 Manter o ambiente limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 84

7. Observações
Este procedimento é executado pelo médico, sendo necessário o auxílio do profissional
de enfermagem para realização do procedimento ambulatorial.

8. Referências Bibliográficas
 PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMEIRA. Manual de Preparo para Exames e
Procedimentos Ambulatoriais: Guia Rápido. Versão 2.0. Limeira, 2012.
 CÂNCER DE MAMA BRASIL. O que é PAAF?. Disponível em:
<https://www.cancerdemamabrasil.com.br/o-que-e-paaf/>. Acesso em: 04 Fev 2014.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
11/01/2016 02 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
10/02/2020 03 Camila Monteiro Gonçalves Dias Renata Cauzzo Zingra
Silva Mariano
COREN/SP 242835 COREN/ SP 181450
Regiane Freitas Alves
COREN/SP 322510
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 85

POP 20 Auxílio de PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) de


Tireóide guiado por ultrassom

1. Definição
A punção aspirativa com agulha fina é um procedimento médico, sendo um método
diagnóstico inicial na avaliação da doença nodular da tireóide. A equipe de enfermagem
realiza o preparo da sala pré e pós procedimento ambulatorial e auxilia o médico durante
realização do exame.

2. Objetivo
A punção aspirativa com agulha fina ou PAAF é um procedimento simples no qual se
introduz uma agulha muito fina no nódulo de tireoide que se quer avaliar. Através de
aspiração, são retiradas algumas células que serão analisadas no microscópio. O
procedimento é realizado com anestesia e guiado por ecografia.

3. Contraindicação
Em alguns pacientes que estão fazendo uso de anticoagulantes ou de aspirina, pode ser
necessária a suspensão desses medicamentos alguns dias antes para se evitar
sangramento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Luvas de procedimento
 Gazes estéreis
 Óculos de proteção
 Bisnaga de cloridrato de lidocaína geléia à 2%
 Máscara cirúrgica
 Álcool a 70%
 Lâminas
 Agulha 30x8
 Seringa de 20 ml
 Frasco porta lâminas de plástico contendo álcool à 70%
 Lápis
 Caixa térmica
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 86

 Livro de registro de exames


6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se ao paciente acolhendo o
paciente e responsável com atenção;
2 Receber a guia de requisição de exames, conferindo documentação do paciente e
exames anteriores;
3 Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida e com letra legível,
contendo: nome completo do paciente, matrícula, número do cartão do SUS, data
de nascimento ou idade, data da solicitação, identificação do profissional solicitante
(nome, número do registro e carimbo);
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado e aplicar o termo de
consentimento do exame, orientando o paciente a esclarecer possíveis dúvidas
com o médico executante;
6 Posicionar paciente em maca;
7 Oferecer material necessário para o médico durante a realização do exame;
8 Expor as lâminas em área plana identificadas a lápis com as iniciais do paciente e
local a ser aspirado;
9 Acondicionar as lâminas em frascos apropriados, contendo álcool à 70%,
previamente identificados com uma etiqueta contendo: nome completo do paciente,
data de nascimento, sexo, n° do prontuário, nome da mãe, local aspirado, médico
que realizou o procedimento, nome da unidade e data;
10 Registrar em livro de controle (número do prontuário, nome do paciente, data de
nascimento, data da coleta, telefone, nome do médico solicitante, unidade de
origem, local aspirado e quantidade de frascos);
11 Registrar em memorando (3 vias) os dados do paciente e procedimento realizado;
12 Orientar o paciente quanto ao resultado do exame e retorno médico;
13 Organizar sala após procedimentos, atentando para o descarte de material
perfurocortantes;
14 Acondicionar os frascos identificados em caixa térmica e as requisições em
envelope, encaminhando-os para o laboratório de análise.

7. Observações
Este procedimento é executado pelo médico, sendo necessário o auxílio do profissional
de enfermagem para realização do procedimento ambulatorial.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 87

8. Referências Bibliográficas
 YOKOZAWA, Tamotsu. Câncer da Tireóide Detectado pela Punção Aspirativa por
Agulha Fina Guiada pelo Ultra-Som. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 1998,
vol.42, n.4, pp. 296-298.
 MAIA, Ana Luiza et al . Nódulos de Tireóide e Câncer Diferenciado de Tireóide:
Consenso Brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo, v. 51, n. 5, p. 867-893,
July 2007 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302007000500027&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 07 out 2020.
 PITOIA, Fabián et al . Recommendations of the Latin American Thyroid Society on
Diagnosis and Management of Differentiated Thyroid Cancer. Arq Bras Endocrinol
Metab. São Paulo, v. 53, n. 7, p. 884-887. Oct. 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302009000700014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 07 out 2020.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Ana Carolina F. Moreira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 323329 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro Gonçalves Dias
Silva
COREN/SP 242835
Freitas Alves
COREN/SP 322510
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
16/01/2016 02 Ana Carolina F. Moreira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 323329 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro Gonçalves Dias
Silva
COREN/SP 242835
Regiane Freitas Alves
COREN/SP 322510
Rosalina Aparecida Menegão
COREN/SP 0210317
10/02/2020 03 Camila Monteiro Gonçalves Dias Renata Cauzzo Zingra
Silva Mariano
COREN/SP 242835 COREN/ SP 181.450
Regiane Freitas Alves
COREN/SP 322510
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 88

POP 21 Auxílio de Teste Ergométrico

1. Definição
Método diagnóstico de doenças cardiovasculares, de determinação prognóstica, avaliação
da resposta terapêutica, da tolerância ao esforço e de sintomas compatíveis com arritmias
ao exercício.

2. Objetivo
Avaliar resposta clínica, hemodinâmica, autonômica, eletrocardiográfica, metabólica e,
eventualmente, ventilatória ao exercício.

3. Contraindicação
Gerais: embolia pulmonar; enfermidade aguda, febril ou grave; limitação física ou
psicológica; intoxicação medicamentosa; distúrbio hidroeletrolíticos e metabólicos não
corrigidos.
Relativas: estenoses valvares moderadas e graves; insuficiências valvares graves;
taquiarritmias e arritmias ventriculares complexas; afecções não cardíacas capazes de
agravamento pelo TE.
Contraindicações de alto risco: IAM não complicado; angina instável estabilizada; lesão
conhecida e tratada de tronco de coronária esquerda ou equivalente; arritmias
ventriculares complexas; arritmias com repercussões clínicas e hemodinâmicas sob
controle; síncopes por provável etiologia arritmogênica ou bloqueio atrioventricular de alto
grau; presença de desfibrilador implantado; insuficiência cardíaca compensada Classe
Funcional III (NYHA); lesões valvares estenóticas moderadas e graves em indivíduos
assintomáticos e nas insuficiências valvares graves; hipertensão pulmonar; cardiomiopatia
hipertrófica não obstrutiva; insuficiência respiratória, renal ou hepática. Dor torácica aguda

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Álcool 70%
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 89

 Gaze
 Cuba rim
 Eletrodo descartável
 Balança
 Avental (se necessário)

6. Descrição do procedimento
1 Conferir lacre do carrinho de urgência;
2 Verificar funcionamento da balança, desfibrilador e laringoscópio;
3 Chamar paciente conforme agenda, confirmar o nome do paciente, apresentar-se e
explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de
iniciar a execução;
4 Orientar paciente a ler e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, caso
esteja de acordo com a realização do exame. Em caso de impossibilidade de leitura
pelo paciente, ler e explicar o termo para paciente e carimbar a impressão digital;
5 Conferir agendamento, documento de identidade e cartão SUS do paciente.
Paciente deve estar usando roupas confortáveis que não limitem movimentos,
mulheres devem estar vestindo top ou sutiã, homens devem estar com o tórax
tricotomizado, deve estar calçando tênis ou sapato confortável. Verificar se ingeriu
refeição leve, deve estar portando receita de medicação em uso;
6 Conferir preparo específico com paciente;
7 Orientar o paciente quanto ao procedimento, aferir pressão arterial (POP 12), medir
estatura (POP 49) e pesar (POP 52);
8 Registrar os dados e apresentá-los ao cardiologista, juntamente com a receita para
confirmar a realização do exame;
9 Reunir material necessário para o exame;
10 Higienizar as mãos (POP 42);
11 Se exame confirmado, oferecer avental e limpar com gaze e álcool 70% os locais
onde serão colados os eletrodos;
12 Monitorizar paciente com eletrodos nas seguintes localizações:
13 (RA) na região acrômio-clavicular D,
14 (LA) na região acrômio-clavicular E,
15 (RL) em crista ilíaca D,
16 (LL) em crista ilíaca E,
17 (V1) no 2° espaço intercostal a D,
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 90

18 (V2) no 2° espaço intercostal a E,


19 (V3) entre V2 e V4,
20 (V4) na linha hemiclavicular no 3° espaço intercostal,
21 (V5) na linha axilar anterior no 3° espaço intercostal, e
22 (V6) na linha axilar média no 3° espaço intercostal;
23 Auxiliar paciente a subir na esteira, posicionando o manguito no braço esquerdo,
preferencialmente;
24 Acompanhar exame para auxiliar em eventuais intercorrências;
25 Ao término do exame, retirar o manguito do braço do paciente, auxiliar paciente a
descer da esteira e retirar os eletrodos;
26 Encaminhar o paciente para se vestir, devolver a documentação e orientar paciente
a aguardar o laudo;
27 Higienizar as mãos (POP 42);
28 Entregar o laudo para paciente;
29 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Procedimento é realizado pelo profissional médico, cabendo a enfermagem as
ações acima descritas.
 Antes de iniciar os exames, em cada plantão, realizar teste operacional do
desfibrilador da seguinte forma:
 Verifique se o cabo de energia está ligado na tomada, desligue e verifique o
acionamento da bateria.
 Ligue o desfibrilador, apertando a tecla LIGA (ON). Retire as pás e as mantenha no
local de encaixe para disparo da carga.
 Selecione uma carga baixa, clicando ou girando o botão de seleção.
 Dê a carga no aparelho e dispare a carga pressionando os botões (conforme
orientação do fabricante). Perceba sinal sonoro ou visual indicando o disparo da
carga.
 Coloque as pás nos locais de encaixe se estas tiverem sido retiradas ou aS
mantenha no encaixe.
 Desligue o desfibrilador clicando ou girando o botão para a posição DESLIGA
(OFF).
 Religue o cabo de energia à tomada e mantenha ligado.
 Registre o teste realizado em impresso próprio.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 91

 Caso o exame não possa ser realizado por motivos internos do setor (falta de
energia, ausência do médico, defeito no aparelho) remarcar o exame para outro dia
ou orientar a aguardar telefonema para novo agendamento.
 Atentar para risco de queda do paciente da esteira.

8. Referências Bibliográficas
 MINISTÉRIO DA SÁUDE. ANVISA. Abordagem de Vigilância Sanitária de Produtos
para Saúde Comercializados no Brasil. Brasília, 2011.
 MENEGHELO, R. S.; ARAÚJO C. G. S.; STEIN, R.; MASTROCOLLA, L. E.;
ALBUQUERQUE, P. F.; SERRA, S. M.; ET AL. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arq Brás
Cardiol. 2010; 95 (5 supl.1); 1-26.
 ABCMED. Teste Ergométrico ou Teste de Esforço: O que Devo Saber Sobre Ele?.
Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/738767/teste-
ergometrico-ou-teste-de-esforco-o-que-devo-saber-sobre-ele.htm>. Acesso em: 17
nov. 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Valeria Cristina Jodjahn Figueiredo Rosana Aparecida
COREN/SP 61341 Garcia
Livia Agy Loureiro Zanetti COREN/SP 72.902
COREN/SP 186464
Rosimeire T. Tavoni Furlan
COREN/SP 32487
16/01/2016 02 Valeria Cristina Jodjahn Figueiredo Rosana Aparecida
COREN/SP 61341 Garcia
Livia Agy Loureiro Zanetti COREN/SP 72.902
COREN/SP 186464
Rosimeire T. Tavoni Furlan
COREN/SP 32487
10/02/2020 03 Juliana A. L. Shikasho Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 245718 Mariano
Luciana S. S. Gonçalves COREN/ SP 181.450
COREN/SP 72141
Rosimeire T. T. Furlan
COREN/SP 32487
Valeria Cristina Jodjahn Figueiredo
COREN/SP 61341
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 92

POP 22 Auxílio a Ultrassonografia

1. Definição
Método de exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência, os quais após
atravessarem os tecidos dos órgãos estudados, retornam em forma de ecos fornecendo
imagens instantâneas durante o procedimento.

2. Objetivo
Avaliar órgãos e estruturas internas do corpo humano.

3. Contraindicação
Não há contraindicação absoluta para realização deste procedimento. Existem
contraindicações relativas pertinentes a cada tipo de exame. Porém, sugere-se evitar a
ultrassonografia em pacientes com febre, processo inflamatório no local do exame,
transvaginal no período menstrual, e exame com Doppler no primeiro trimestre
gestacional. Por questões legais, não se pratica ultrassonografia transvaginal em
pacientes virgens.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas
 Gel para ultrassonografia
 Lençol descartável
 Avental (se necessário)
 Preservativo sem lubrificante (para exame transvaginal)
 Álcool 70%
 Hamper para roupas sujas
 Equipamentos de Proteção Individual

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente confirmando o nome, apresentar-se ao paciente e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 93

2 Conferir agendamento, documento de identidade e cartão SUS do paciente;


3 Conferir se o paciente fez preparo específico para cada tipo de exame;
4 Fornecer avental para o paciente se trocar, quando necessário;
5 Reunir material necessário para o exame;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Paramentar-se com EPI;
8 Posicionar paciente conforme exame a ser realizado, preservando sua privacidade;
9 Retirar o excesso de gel e auxiliar o paciente a levantar-se após o exame, e vestir-
se, se necessário;
10 Orientar o paciente a desprezar o avental utilizado no hamper após a troca;
11 Retirar lençol descartável utilizado e desprezar em lixo comum se não houver
sangue, secreções dos pacientes e/ou gel após contato com mucosa de paciente.
Friccionar superfície da maca com álcool 70% por 30 segundos, repor lençol
descartável limpo;
12 Realizar a limpeza dos transdutores de ultrassom conforme observação abaixo;
13 Higienizar as mãos (POP 42);
14 Devolver a documentação do paciente e orientá-lo a aguardar o laudo;
15 Entregar o laudo para paciente;
16 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Procedimento de ultrassonografia é realizado pelo profissional médico, cabendo a
enfermagem as ações acima descritas.
 Realizar limpeza dos transdutores linear e convexo ao término de cada exame com
gaze, água e sabão, e do transdutor endocavitário, com gaze, água e sabão, e após
friccionar com álcool 70% por 30 segundos.

8. Referências Bibliográficas
 RUMACK, C. M. ; WILSON, S. R. ; CHARBONEAU, J. W. Tratado de
Ultrassonografia Diagnóstica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
 MASSELLI, I. B.; WU, D. S. K. Manual Básico de Ultrassonografia. São Paulo:
Departamento de Diagnóstico por Imagem da UNIFESP, 2013.
 BERNARDI, G. A.; COSTA, T. C. M. Avaliação da Atividade Antimicrobiana do
Álcool 70% em Superfícies Contaminadas. Journal of Infection Control, v.6, n.4,
2017.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 94

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por

27/12/2013 01 Livia Agy Loureiro Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Imaculada C. S. Ribeiro
COREN/SP 53475
11/01/2016 02 Livia Agy Loureiro Zanetti Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 186464 COREN/SP 72.902
Imaculada C. S. Ribeiro
COREN/SP 53475
10/02/2020 03 Juliana A. L. Shikasho Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 245718
COREN/ SP: 181450
Luciana S. S. Gonçalves
COREN/SP 72141
Rosimeire T. T. Furlan
COREN/SP 32487
Valeria Cristina Jodjahn
Figueiredo
COREN/SP 61341
Priscila de Paula Marques
COREN/SP 245050
Fernanda Pimentel
COREN/SP 323.085
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 95

POP 23 Baciloscopia de Hanseníase

1. Definição
Coletar amostras biológicas de material humano para auxiliar o diagnóstico e tratamento
da Hanseníase.

2. Objetivo
Realizar coleta de linfa cutânea para diagnóstico e acompanhamento da Hanseníase.

3. Contraindicação
Não se aplica

4. Executante
Enfermeiro Técnico e Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Algodão hidrófilo
 Avental/Jaleco
 Álcool 70°GL ou 70%
 Esparadrapo ou bandagem antisséptica
 Fósforo
 Garrote
 Gaze não estéril
 Lâmina de vidro para microscopia, nova, limpa e desengordurada, com extremidade
fosca
 Lamparina a álcool 90°GL ou bico de Bunsen
 Lâmina de bisturi nº 15 ou bisturi descartável
 Lápis comum
 Livro-registro para controle de exames realizados
 Luvas de procedimento
 Máscara
 Óculos
 Pinça Kelly curva ou reta para fazer isquemia no local da incisão
 Porta-lâminas de plástico para o transporte da amostra
 Recipiente para descarte do material utilizado
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 96

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, conferir o nome, apresentar-se e acolher o paciente com
atenção;
2 Receber a guia de requisição de exames;
3 Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida e com letra legível,
contendo: nome completo do paciente, matrícula, número do cartão do SUS, data de
nascimento ou idade, data da solicitação, exames solicitados, identificação do
profissional (nome, número do registro e carimbo);
4 Explicar o procedimento que será realizado;
5 Identificar a lâmina com as iniciais do nome do paciente, o número da etiqueta do
formulário único e data da coleta;
6 Verificar e coletar os sítios de coleta indicados na solicitação do exame.
7 Higienizar as mãos (POP 42);
8 Calçar as luvas de procedimento, máscara cirúrgica, óculos e avental;
9 No momento de cada coleta realizar antissepsia com álcool a 70º GL ou 70%, dos
sítios indicados na solicitação médica;
10 Utilizar a padronização do Laboratório Municipal de Campinas, realizando
a coleta da linfa do lóbulo auricular direito (LD), lóbulo auricular esquerdo (LE), cotovelo
direito (CD) e cotovelo esquerdo (CE);
11 Caso haja solicitação de outros sítios de coleta, por exemplo, Joelho D
(JD), Joelho E (JE), Lesão (L), entre outros, confeccionar outra lâmina, conforme
orientação abaixo;
12 Com o auxílio da pinça Kelly, com suas pontas envolvidas por garrote,
fazer uma prega no sítio de coleta, pressionando a pele o suficiente para obter a
isquemia, evitando o sangramento. Manter a pressão até o final da coleta tomando o
cuidado de não travar a pinça;
13 Fazer um corte na pele de aproximadamente 5 mm de extensão por 3mm
de profundidade. Colocar o lado não cortante da lâmina do bisturi em ângulo reto em
relação ao corte e realizar o raspado intradérmico das bordas e do fundo da incisão,
retirando quantidade suficiente e visível do material;
14 Desfazer a pressão e distribuir o material coletado na lâmina, fazendo
movimentos circulares do centro para a borda numa área aproximadamente de 5 – 7
mm de diâmetro, mantendo uma camada fina e uniforme;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 97

15 O primeiro esfregaço deverá ser colocado na extremidade mais próxima


da identificação do paciente (parte fosca), e o segundo próximo ao primeiro observando
uma distância, de pelo menos 0,5 cm entre cada amostra e assim sucessivamente;

16 Entre um ponto de coleta e outro, limpe a lâmina e a pinça com álcool a


70%;
17 Fazer curativo compressivo nos sítios de coleta;
18 Deixar a lâmina secar em temperatura ambiente durante cinco a dez
minutos. Após essa etapa os esfregaços devem ser fixados passando-se as lâminas
duas a três vezes, rapidamente, na chama de uma lamparina ou bico de Bunsen, com
os esfregaços voltados para cima;
19 Após a fixação, acondicionar as lâminas em porta-lâminas de plástico;
20 Os porta-lâminas deverão ser acondicionados conforme normas de
biossegurança e identificadas, com a etiqueta do laboratório, contendo a unidade de
origem, o endereço de destino e o remetente, para serem transportadas à unidade
laboratorial no prazo máximo de 24h, acompanhada do formulário próprio do
laboratório;
21 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
22 Registrar em livro-controle data da coleta, os dados do paciente e os
exames solicitados, colocando o número da etiqueta controle e registrar em planilha de
produção;
23 Orientar o paciente quanto ao resultado do exame;
24 Higienizar as mãos (POP 42);
25 Manter o ambiente limpo e organizado (POP 56).

7. Observações
Se não houver porta-lâminas de plástico disponíveis, para realização do transporte, pode-
se colocar espátulas entre as lâminas para não haver o contato das mesmas e embrulhar
o material com papel alumínio.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 98

8. Referências Bibliográficas
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde.
Padronização da Fase Pré-analítica das Análises Laboratoriais nas Unidades
Básicas da Rede Municipal de Saúde de Campinas. Laboratório Municipal de
Patologia Clínica. pg. 68. Campinas, 2010/2012.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilancia em Saúde. Departamento de
Vigilancia Epidemiologica. Guia de Procedimentos Técnicos: Baciloscopia em
Hanseníase. Brasília, 2010.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância e Saúde. Departamento de
Vigilância em Doenças Transmissíveis. Guia Prático sobre Hanseníase. Brasília,
2017.

Histórico de Alterações

Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por

27/12/2013 01 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Carla Pinheiro Cagliari
COREN/SP 0245915
Ednilce F. Santos
COREN/SP 050086
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
11/01/2016 02 Regiane Freitas Alves Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 322510 COREN/SP 72.902
Carla Pinheiro Cagliari
COREN/SP 0245915
Ednilce F. Santos
COREN/SP 050086
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
10/02/2020 03 Michelle F. L. Gardini Renata Cauzzo Zingra
CRF/SP 68891 Mariano
Cristina A. B. Albuquerque COREN/ SP: 181450
COREN/SP 52406
Paula Valéria Domingues
COREN/SP
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
Jose Jorge Ramos
COREN/SP 10456633
Juliane Tsuda
COREN/SP 0972868
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 99

POP 24 Bota de Unna

1. Definição
É uma bandagem de algodão umedecida e não aderente, impregnada principalmente de
óxido de zinco, glicerina, óleo de castor ou mineral, utilizada para a realização de terapia
de contenção em MMII.

2. Objetivo
Realizar a contenção, auxiliando o retorno venoso, reduzir o edema e em consequência a
cicatrização de lesões em membros inferiores.

3. Contraindicação
Lesões arteriais e mistas. Presença de infecção e miíase. Sensibilidade conhecida a
algum de seus componentes. Pacientes que não deambulam. Cardiopatia
descompensada.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Mesa auxiliar ou bandeja
 Bacia/cuba, se necessário
 Pacote de curativo contendo uma pinça anatômica, uma pinça dente de rato e uma
pinça Kelly (se necessário)
 Cabo e lâmina de bisturi (se necessário)
 Tesoura
 Pacote de gazes esterilizadas
 Atadura de rayon estéril (se necessário)
 Solução fisiológica 0,9% preferencialmente morno ou temperatura ambiente
 Seringa de 20 ml
 Agulha 25x12 ou 40x12
 Sabão neutro
 Luvas de procedimento
 Esparadrapo
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 100

 Atadura de crepe
 Espátula (se necessário)
 Bota de Unna
 Soluções, medicamentos e/ou coberturas conforme característica da lesão
 EPI (óculos, avental e máscara)
 Gaze não-estéril

6. Descrição do procedimento
1 Conferir a prescrição;
2 Higienizar as mãos (POP 45);
3 Reunir o material;
4 Chamar o paciente confirmando o nome apresentar-se ao paciente e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
5 Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada.
Repouso mínimo de 15 minutos, com MMII elevados, preferencialmente pela
manhã, na primeira aplicação, ou quando necessário;
6 Higienizar novamente as mãos;
7 Calçar luvas de procedimento e outros EPIs necessários;
8 Retirar a bota anterior (se houver);
9 Observar a ferida com relação ao aspecto da lesão, tamanho, exsudato, pele ao
redor e presença de edema, hiperemia, calor ou dor local e odor;
10 Mensurar com fita métrica a circunferência da panturrilha e tornozelo e registrar;
11 Se necessário proceder à limpeza de membros, áreas próximas da ferida e pele
periférica com sabonete neutro e água corrente tratada e secar com gaze não-
estéril;
12 Trocar luvas de procedimento;
13 Acoplar seringa de 20 ml na agulha 25X12 ou 40X12;
14 Limpar o leito da ferida irrigando com jatos de SF 0,9% e se necessário utilizar de
desbridamento instrumental conservador;
15 Utilizar o produto/cobertura adequado;
16 Iniciar pelos artelhos, aplicando progressivamente até a tuberosidade tibial.
Realizar até 3 voltas próximas aos dedos dos pés;
17 Cruzar a faixa em sentido diagonal no dorso do pé;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 101

18 Após realizar até três vezes o enfaixamento em oito no tornozelo, seguir cobrindo o
calcanhar, podendo enfaixar até duas voltas na região do calcâneo, em posição de
dorsiflexão;
19 Terminar o enfaixamento do pé e tornozelo, seguir sempre reto o enfaixamento
quando estiver na região posterior e cruzado na região anterior formando
visualmente um X;
20 Ao chegar à altura da panturrilha, manter o pé apoiado na maca, de modo que esta
musculatura fique relaxada;
21 Realizar o enfaixamento em 8 (oito) até tuberosidade da tíbia, aproximadamente 2
dedos abaixo do joelho;
22 Enfaixar com atadura de crepe, colocar gazes/ chumaços por cima da atadura no
local da lesão. Colocar atadura sobre a gaze. Desprezar os materiais utilizados nos
lixos apropriados;
23 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
24 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
25 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 No caso de úlceras mistas a Bota de Unna poderá ser realizada desde que indicada
pelo especialista que irá avaliar o IPTB (índice pressão tornozelo- braço) com auxílio
do Doppler vascular para verificação do grau de comprometimento arterial.
 A indicação da Bota de Unna é realizada por médicos e enfermeiros capacitados.
 Em MMII de maior tamanho (largura e comprimento), reduzir número de voltas na
região do pé e calcâneo.
 É possível realizar além do enfaixamento em 8, o enfaixamento circular. Avaliar a
melhor técnica de acordo com o produto.
 Na presença de sujidade na atadura secundária e nas gazes as mesmas podem ser
trocadas. Após a primeira colocação agendar retorno após 48 hs. para reavaliação.
Orientar e avaliar sinais de alerta como piora da dor, cianose de extremidades,
formigamento e piora do edema. As demais trocas devem permanecer em até 7 dias
ou antes de acordo com a necessidade, assim como o curativo secundário deve ser
trocado diariamente ou conforme a quantidade de exsudato.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 102

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM. Parecer Técnico Coren/SP 007/2013:
Competência e capacitação para realização de curativo bota de Unna. Disponível
em: <https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2013/07/parecer_coren_sp_2013_7.pdf. Acesso em 05 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde.
Sistematização da Assistência de Enfermagem no Tratamento de Feridas.
Campinas, 2006.
 PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Assistência Integral às Pessoas com Feridas, 2011.
 Jorge S. A.; Dantas S. R. P. E. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas.
São Paulo: Atheneu, 2003.
 BRIZZIO, E. Bandagens e Técnicas de Aplicação. Rio de Janeiro: Rúbio, 2009.
 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Protocolo de Prevenção e
Tratamento de Úlceras Crônicas, São Paulo, 2010.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Shirley Ruriko da Silveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 44.822 COREN/SP 72.902
Regina Grimaldi de Oliveira
COREN/SP 68.635
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30.609
Julimar Fernandes de Oliveira
COREN/SP 230.997
11/01/2016 02 Shirley Ruriko da Silveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 44.822 COREN/SP 72.902
Regina Grimaldi de Oliveira
COREN/SP 68.635
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30.609
Julimar Fernandes de Oliveira
COREN/SP 230.997
10/02/2020 03 Regina Grimaldi de Oliveira Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 68.635 COREN/ SP: 181.450
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30.609
Julimar Fernandes de Oliveira
COREN/SP 230.997
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 103

POP 25 Campanha de Vacinação

1. Definição
Determinação das normas e procedimentos necessários na organização e funcionamento
das campanhas de vacinação.

2. Objetivo
Organizar o processo de trabalho antes, durante e após a campanha de vacinação.
Controlar a ocorrência de agravos preveníveis por vacinação. Garantir a máxima
segurança na administração de imunobiológicos.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Informe técnico da campanha a ser realizada
 Plano operativo (população alvo, meta de vacinação, mapeamento geográfico da
população alvo, cronograma, número de postos fixos e volantes, previsão de
insumos e RH, distribuição das ações de divulgação e comunicação)
 Mapa para registro da temperatura das caixas de transporte
 Mapa de registro de doses aplicadas na campanha
 Material informativo
 Impresso para registro da vacina administrada
 Cartão de vacina
 Adesivos de campanha
 Seringas
 Agulhas
 Caixas térmicas
 Termômetros digitais
 Bobina de gelo reutilizável
 Caixa de perfurocortantes
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 104

6. Descrição do procedimento

Antes da Campanha
1 Preencher o plano operativo e enviar para a VISA de referência;
2 Realizar reunião com a equipe de enfermagem, orientando os fluxos e atualizando
quanto aos procedimentos e orientações do Programa Nacional de Imunização e do
DEVISA para a campanha em curso;
3 Organizar a escala de trabalho para o período da campanha, garantindo que os
funcionários que participarão da campanha passem por reunião prévia de
atualização;
4 Organizar a equipe de postos fixos e volantes, observando que os postos volantes
podem funcionar por meio período, a critério do planejamento prévio feito na
Unidade;
5 Divulgar com antecedência na região, o dia, horário de funcionamento e local dos
postos de vacinação;
6 Na véspera da campanha, separar e organizar todo o material a ser utilizado,
identificando por posto de vacinação;

Durante a campanha
1 Reunir a equipe para distribuir o material e dar as últimas instruções, assegurando
que a equipe de trabalho esteja completa e que tenha os insumos necessários;
2 Preparar as caixas térmicas segundo procedimento padrão para rede de frio,
realizando a ambientação das bobinas reutilizáveis;
3 Verificar a temperatura das caixas térmicas durante TODO o período da campanha e
registrar em impresso próprio a cada 3h;
4 Avaliar o desenvolvimento da campanha e alterar as estratégias, se necessário, para
captar maior número de pessoas durante a campanha (Enfermeiro);
5 Registrar as doses realizadas no sistema de informação vigente, controlar os
estoques de vacinas e insumos;
6 Consolidar as informações (doses aplicadas nos grupos específicos, perdas
eventuais e intercorrências) e enviar o consolidado de campanha para o
coordenador da campanha da VISA de referência, conforme a periodicidade
pactuada para cada campanha.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 105

Após a campanha
1 Realizar reunião com os participantes da campanha, avaliando as estratégias
utilizadas, problemas ocorridos, propostas para novas campanhas, cobertura
vacinal, homogeneidade e efetividade de captação dos postos extramuros;
2 Arquivar os registros da avaliação da campanha, a fim de subsidiar o planejamento
de campanhas futuras.

7. Observação
 Planejamento das doses de vacina necessárias para campanha: considerar a
população a ser vacina somando um percentual de 20% para perdas eventuais.
 Postos fixos e volantes: a localização dos postos de vacina, a divulgação dos
locais e cumprimento dos horários de funcionamento devem ser estratégicos para
o alcance das metas.
 Atualização da Equipe de Enfermagem que trabalhará na Campanha: o
Enfermeiro deverá registrar toda capacitação técnica ofertada aos funcionários que
estiverem na sala de vacina e/ou que participarão de futuras campanhas de vacina.
 Escala de Campanha: a composição da equipe mínima de vacinação é composta
por: um anotador, um preparador e um vacinador e, se necessário, um organizador
de fila.
 O dimensionamento de referência do Ministério da Saúde para o vacinador é de
cerca de 30 doses de vacinas injetáveis ou 90 doses de vacinas administradas por
via oral, por hora de trabalho.
 As unidades de saúde deverão manter um arquivo com o registro do processo de
organização das campanhas anteriores (plano operativo, equipe de trabalho,
etapas, consolidado) para facilitar o processo de trabalho de campanhas
posteriores.

8. Referências Bibliográficas
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da
Rubéola no Brasil. Brasília, 2008.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação.
Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-
procedimentos-vacinacao-web.pdf.>. Acesso em 30 jan 2015.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 106

 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos
Adversos Pós-Vacinação. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-
adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf.> Acesso em 30 jan 2015.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de Rede de Frio do Programa Nacional de
Imunizações. Disponível em: <
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/manual-rede-frio.pdf.>
Acesso em 30 jan 2015.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Milena Silveira de Pádua Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP: 301.451
COREN/SP 72.902
Mariana Charantola Silva
COREN/SP: 154.624
Regina Conceição S. Guimarães
COREN/SP: 30.306
Andrea Aparecida Barbosa
COREN/SP – 121388
11/01/2016 02 Milena Silveira de Pádua Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP: 301.451
COREN/SP 72.902
Mariana Charantola Silva
COREN/SP: 154.624
Regina Conceição S. Guimarães
COREN/SP: 30.306
Andrea Aparecida Barbosa
COREN/SP – 121388
10/02/2020 03 Cristina A. B. Albuquerque Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 52406
COREN/ SP 181450
Paula Valéria Domingues
COREN/SP 180.960
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 107

POP 26 Cateterismo Vesical de Demora

1. Definição
Cateterismo vesical: É a introdução de um cateter na bexiga, através da uretra para
drenagem de urina. Uretral supra púbica: Uretra feminina= 3 a 4 cm. Uretra masculina
aproximadamente 18 cm.

2. Objetivo
Controlar o volume urinário. Possibilitar a eliminação da urina em pacientes imobilizados,
inconscientes ou com obstrução.

3. Contraindicação
Obstrução mecânica do canal uretral; Uretrite; Hipertrofia prostática (relativa – necessário
avaliação médica)

4. Executante
Enfermeiro (privativo)

5. Material
● EPIs (avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção, luva estéril)
● Biombo
● Bandeja de cateterismo vesical esterilizada (contendo cuba rim, pinça para
antissepsia, cuba redonda, gazes esterilizadas e campo fenestrado)
● Sonda de Foley de calibre adequado
● Sistema fechado de drenagem urinária estéril
● Ampola de água destilada (quantidade para encher o balonete conforme
discriminado na sonda)
● Agulha para aspiração
● Seringa de 20 ml sem luer lock
● Lidocaína gel 2%
● Fita adesiva (esparadrapo ou adesivo hipoalergênico)
● Gaze estéril se necessário
● Clorexidina degermante Solução 2% e ou aquoso 1%
● Materiais para higiene íntima se necessário (água e sabão).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 108

6. Descrição do procedimento

Paciente do sexo feminino


1 Explicar o procedimento a paciente e posicioná-la confortavelmente;
2 Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento;
3 Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal com os joelhos flexionados e
afastados, os pés sobre o leito;
4 Realizar a higiene íntima;
5 Lavar as mãos novamente;
6 Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica. Colocar o recipiente
para os resíduos em local acessível;
7 Calçar as luvas estéreis;
8 Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato uretral seja
visualizado, mantendo-os afastados até que o cateterismo termine;
9 Realizar antissepsia da região perineal com clorexidina 2% e gaze estéril com
movimentos únicos. Colocar campo fenestrado;
10 Lubrificar a sonda com xylocaína 2%;
11 Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de drenagem de sistema fechado,
por 5 a 7 cm no meato uretral, utilizando técnica asséptica estrita;
12 Insuflar o balonete com água destilada conforme orientação do fabricante. Certifique
que a sonda está drenando adequadamente. Tracionar suavemente a sonda até
sentir resistência;
13 Fixar a sonda de demora juntamente com o equipo de drenagem na coxa;
14 Secar a área e manter paciente confortável;
15 Higienizar as mãos (POP 42);
16 Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
17 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

Paciente do sexo masculino


1 Explicar o procedimento ao paciente e posicioná-lo confortavelmente;
2 Lavar as mãos calçar as luvas de procedimento;
3 Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas;
4 Realizar a higiene íntima;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 109

5 Lavar as mãos novamente;


6 Abrir o pacote de cateterismo usando técnica asséptica;
7 Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
8 Colocar dentro do campo do cateterismo sonda vesical de demora, gazes e seringa;
9 Calçar luvas estéreis;
10 Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xylocaína;
11 Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução antisséptica;
12 Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal, com movimento único
e firme, desprezando a gaze para cada movimento. Usar gazes para segurar o
pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no sentido longitudinal, de cima para baixo,
do lado mais distante ao mais próximo, sempre utilizando uma gaze para cada
movimento;
13 Limpar o corpo do pênis;
14 Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o prepúcio para baixo,
de modo a expor a glande. Limpar a glande com movimentos circulares, começando
a partir do meato;
15 Limpar o orifício da uretra;
16 Colocar o campo fenestrado;
17 Injetar 10 ml de xylocaína no meato;
18 Introduzir a sonda pré-conectada a um coletor de drenagem de sistema fechado
pela uretra, de forma a deslizar até que flua a urina;
19 Insuflar balonete com água destilada de acordo com a orientação do fabricante;
20 Fixar a sonda de demora, prendendo-a abaixo do umbigo na direção vertical;
21 Secar a área e manter paciente confortável;
22 Higienizar as mãos (POP 42);
23 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
24 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Para realizar este procedimento é necessária prescrição médica (sondagem e
retirada da sonda).
 A mudança de cateteres de demora ou bolsas de drenagem em intervalos fixos de
rotina não é recomendada. Em vez disso, a troca de cateteres e bolsas de
drenagem acontece com base em indicações clínicas como infecção, obstrução ou
quando o sistema fechado está danificado. Segundo orientações da ANVISA a
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 110

equipe de saúde não precisa monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática em


pacientes com cateter, mas recomenda-se a sua retirada precocemente.
 Respeitar a privacidade do paciente, mesmo que este esteja inconsciente.
 Manter o sistema de drenagem fechado, a não ser em situações específicas, como
nas irrigações urinárias.
 Escolher sondas de menor calibre (12 a 16F) em adultos. Utilizar sondas de maior
calibre (20 a 24 F) quando for passível a formação de coágulo.
 Trocar todo sistema de drenagem fechado quando ocorrer obstrução do cateter ou
do tubo coletor, suspeita ou evidência de incrustações na superfície interna do
cateter, violação ou contaminação do cateter e/ou do sistema de drenagem e febre
sem outra causa conhecida.
 Manter bolsa coletora abaixo do nível da bexiga e orientar o paciente a mantê-la
nesta posição.
 Clampear a extensão quando for necessário elevar o coletor acima do nível da
bexiga.
 Alternar os locais da fixação e trocar a fita adesiva a cada 24 horas.
 Manter o ponto distal de drenagem do coletor de urina suspenso, ou seja, sem que
este encoste no solo.
 Realizar higiene íntima com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos duas
vezes ao dia.
 Perguntar ao paciente se este apresenta alergia a látex, Clorexidina e/ou fita
adesiva (micropore ou esparadrapo).

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Parecer n° 006/2015.
 Sondagem/cateterismo Vesical de Demora, de Alívio e Intermitente no Domicílio.
Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2015/07/parecer%2006-2015.pdf>. Acesso em 05 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. Disponível em: <
http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/resolucoes>. Acesso em 05 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 111

 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Deise Duarte Santos Sousa
COREN/SP 250.719
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 112

POP 27 Cateterismo Vesical de Alívio

1. Definição
É a introdução de uma sonda/cateter estéril da uretra até a bexiga com finalidade
diagnóstica ou terapêutica.

2. Objetivo
Colher material para exame. Esvaziar a bexiga em caso de retenção urinária.

3. Contraindicação
Obstrução mecânica do canal uretral. Uretrite. Hipertrofia prostática (relativa – necessário
avaliação médica).

4. Executante
Enfermeiro

5. Material
● EPIs (avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção e luva estéril)
● Biombo
● Bandeja de cateterismo vesical esterilizada (contendo cuba rim, pinça para
antissepsia, cuba, redonda gazes esterilizadas e campo fenestrado)
● Sonda uretral de alívio
● Lidocaína gel 2%
● Gaze estéril se necessário
● Clorexidina degermante Solução 2% e ou aquoso 1%
● Materiais para higiene íntima se necessário (água e sabão)

6. Descrição do procedimento

Paciente do sexo feminino


1. Explicar o procedimento a paciente e posicioná-la confortavelmente;
2. Lavar as mãos (POP 42) e calçar luvas de procedimento;
3. Colocar a paciente em posição de decúbito dorsal com os joelhos flexionados e
afastados, os pés sobre o leito;
4. Realizar a higiene íntima;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 113

5. Lavar as mãos novamente (POP 42);


6. Abrir a bandeja de cateterismo usando a técnica asséptica. Colocar o recipiente
para os resíduos em local acessível. Calçar as luvas estéreis (POP 75);
7. Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo que o meato uretral seja
visualizado, mantendo-os afastados até que o cateterismo termine;
8. Realizar antissepsia da região perineal com clorexidina 2% e gaze estéril com
movimentos únicos. Colocar campo fenestrado;
9. Evitar contaminar a superfície da sonda;
10. Realizar o esvaziamento total da bexiga ou coletar a urina caso seja para exame
laboratorial;
11. Remover a sonda suavemente, quando a urina parar de fluir;
12. Secar a área, tornar o paciente confortável;
13. Lavar as mãos (POP 42);
14. Realizar anotação de enfermagem na receita do paciente, registrando lote e
validade do medicamento administrado (rastreabilidade), assinar e carimbar;
15. Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
16. Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

Paciente do sexo masculino


1 Explicar o procedimento ao paciente e posiciona-lo confortavelmente;
2 Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
3 Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendida;
4 Realizar a higiene íntima;
5 Lavar as mãos novamente;
6 Abrir o pacote de cateterismo usando técnica asséptica;
7 Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
8 Colocar dentro do campo do cateterismo sonda vesical de alívio, gazes e seringa;
9 Calçar luvas estéreis (POP 75);
10 Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xylocaín;
11 Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução antisséptica;
12 Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal, com movimento
único e firme, desprezando a gaze para cada movimento. Usar gazes para segurar
o pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no sentido longitudinal, de cima para
baixo, do lado mais distante ao mais próximo, sempre utilizando uma gaze para
cada movimento;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 114

13 Limpar o corpo do pênis;


14 Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o prepúcio para baixo,
de modo a expor a glande. Limpar a glande com movimentos circulares,
começando a partir do meato;
15 Limpar o orifício da uretra;
16 Colocar o campo fenestrado;
17 Injetar 10 ml de xylocaína no meato;
18 Introduzir delicadamente o cateter no interior do meato uretral e observar se há
uma boa drenagem urinária;
19 Depois de esvaziar a bexiga totalmente ou coletar a urina caso seja para exame
laboratorial remover delicadamente o cateter;
20 Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre a glande, pois sua
posição retraída pode vir a causar edema;
21 Posicionar o paciente confortavelmente;
22 Lavar as mãos (POP 42);
23 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
24 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Respeitar a privacidade do paciente, mesmo que este esteja inconsciente.
 Escolher sonda que sejam adequadas ao diâmetro da uretra do paciente.

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Parecer n° 006/2015.
Sondagem/cateterismo Vesical de Demora, de Alívio e Intermitente no Domicílio.
Disponível em: <https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2015/07/parecer%2006-2015.pdf> . Acesso em 05 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 115

 POTTER P. A.; PERRY A. G.; Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PUPULIM J. S.L.; SAWADA N. O., Privacidade Física Referente à Exposição e
Manipulação Corporal: Percepção de Pacientes Hospitalizados. Revista Texto
Contexto – Enfermagem. Florianópolis, 2010 Jan-Mar; 19(1): 36-44.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Bexiga Urinária: Cateterismo
Intermitente. Projeto Diretrizes. Brasília: ABM; CFM, 2008. Disponível em:
http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/12-Bexiga.pdf. Acesso em: < 26 dez
2013.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Cateterismo Vesical Intermitente.
Disponível em: <http://portaldaurologia.org.br/medicos/wp-
content/uploads/2016/11/Recomenda%C3%A7%C3%B5es_Cateterismo-Vesical-SBU-
2016_final.pdf> . Acesso em 26 nov 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Deise Duarte Santos Sousa
COREN/SP 250.719
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 116

POP 28 Cauterização Umbilical

1. Definição
Aplicação de nitrato de prata para realizar cicatrização completa do coto umbilical.

2. Objetivo
Remover granuloma presente em região da cicatriz umbilical. O granuloma umbilical
consiste em tecido de granulação de cor avermelhada resultante da persistência de
pequena porção do cordão umbilical.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem

5. Material
● Luvas de procedimentos
● Gazes
● Álcool a 70%
● Haste de algodão flexível (cotonete®)
● Bastão de nitrato de prata
● AGE, óleo de amêndoa ou similar

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente/acompanhante, confirmar o nome do paciente, apresentar-se e
explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de
iniciar a execução;
2 Reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Encaminhar o bebê junto com a mãe ou responsável para um local privativo;
5 Calçar as luvas de procedimento;
6 Realizar limpeza da cicatriz umbilical, com haste de algodão embebida em álcool a
70%;
7 Proteger a pele ao redor da cicatriz umbilical com óleo;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 117

8 Abrir a cicatriz umbilical, a fim de visualizar o granuloma;


9 Aproximar o bastão de nitrato de prata sobre o granuloma da cicatriz umbilical e
aplicar por alguns segundos até ocorrer leve mudança na coloração. Trocar de
região até passar por todo o coto umbilical;
10 Proteger o coto com uma gaze sem fixar, cobrir com a fralda;
11 Orientar a mãe ou responsável para realizar as trocas das fraldas normalmente e
após o banho realizar a higienização do coto com álcool a 70%, sempre
observando se o mesmo mantém-se seco;
12 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
13 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
14 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
15 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Reavaliar diariamente e fazer aplicação uma vez ao dia até cicatrização completa
por até três dias.
 Sempre observar presença de sinais flogísticos no local (hiperemia, calor, dor,
secreção). Em caso de qualquer alteração, solicitar avaliação do enfermeiro
imediatamente.

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. Disponível em: <
http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/resolucoes>. Acesso em 05 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª ed.
São Paulo, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 118

 PREFEITURA MUNICIPAL DE SAÚDE DE GOIÁS. Secretaria Municipal de Saúde.


Protocolo de Enfermagem em Atenção à Saúde. Goiás, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA. Secretaria Municipal de Saúde.
Protocolo Clínico de Saúde da Criança. 1ª ed. Londrina, 2006.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Marisa Ferreira G. Machado
COREN/SP 45.813
11/01/2016 02 Tienne de Almeida A. Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Marisa Ferreira G. Machado
COREN/SP 45.813
10/02/2020 03 Tienne de Almeida A. Rampazzo Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 213.414
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 119

POP 29 Coleta de Citologia Oncótica (Papanicolaou)

1. Definição
O exame de prevenção pela técnica de Papanicolaou ou citologia oncótica, consiste na
coleta e análise de material celular da cérvice uterina para o rastreamento do câncer de
colo uterino e de suas lesões precursoras, antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
É um exame bastante aceito pela comunidade científica e de relevância para a Saúde
Pública, por ser de baixo custo e fácil realização.

2. Objetivo
Realizar coleta de material cervical (endocérvice e ectocérvice) de colo uterino para
rastreamento e diagnóstico de patologias cervicais e prevenção do câncer de colo uterino.

3. Contraindicação
Presença de sangramento vaginal expressivo e/ou menstruação; Relação sexual nas
últimas 48 horas. Paciente virgem, a coleta deverá ser realizada por profissional médico.

4. Executante
Enfermeiro

5. Material
● EPIs: avental e luvas de procedimentos
● Espéculo vaginal inoxidável estéril ou espéculo vaginal descartável estéril
● Lâmina de vidro com uma extremidade fosca para identificação
● Espátula de Ayres
● Escova cervical
● Solução de fixação apropriada
● Recipiente para acondicionamento das lâminas
● Gaze
● Pinça Cheron
● Solução de Lugol
● Camisola/Avental para paciente
● Lençol
● Formulário de Requisição do exame e de remessa de exames
● Livro de registro
● Lápis para identificação da lâmina
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 120

6. Descrição do procedimento
1 Chamar a paciente pelo nome completo e pedir para que a mesma identifique-se,
dizendo o seu próprio nome. Apresentar-se a paciente, recepcionando-a no local onde
será feita a coleta;
2 Realizar anamnese e registrar em prontuário (DUM, data última coleta, idade,
antecedentes pessoais e obstétricos, queixas, dentre outros);
3 Orientar a paciente quanto ao procedimento, apresentando os materiais que serão
utilizados;
4 Preencher formulário de solicitação do exame;
5 Identificar a lâmina na extremidade fosca, com lápis grafite (iniciais do nome, FF e
código do CS), colocando- a na mesa auxiliar, para receber o material coletado;
6 Oferecer camisola/avental à paciente encaminhando-a ao banheiro/local reservado
solicitando que retire toda a roupa, vista o avental com a abertura para frente e esvazie
a bexiga;
7 Higienizar as mãos (POP 42);
8 Solicitar à paciente que se deite sobre a mesa ginecológica, cobrindo-a com o
lençol;
9 Expor as mamas e realizar exame clínico das mamas, sempre explicando o
procedimento;
10 Em seguida auxiliar a paciente a se posicionar na mesa ginecológica
adequadamente, para a coleta do exame citopatológico;
11 Colocar os EPI’s;
12 Realizar inspeção dos órgãos genitais externos (observar: integridade do clitóris,
meato uretral, grandes e pequenos lábios vaginais, presença de lesões anogenitais),
anotando qualquer alteração como lesões esbranquiçadas ou hipercrômicas, nódulos,
verrugas e/ou feridas, lesões, pólipos, leucorréias;
13 Escolher o espéculo adequado (vide observações);
14 Introduzir o espéculo, na posição vertical, ligeiramente inclinado (15º), fazendo uma
rotação de 90º mantendo- o em posição transversa de modo que a fenda do espéculo
fique na posição horizontal;
15 Abrir o espéculo lentamente e com delicadeza;
16 Se ao visualizar o colo uterino houver grande quantidade de muco ou secreção,
seque-o delicadamente com uma gaze montada em uma pinça Cheron, sem esfregar,
para não perder a qualidade da amostra;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 121

Coleta Ectocervical
1 Encaixar a ponta mais longa da espátula de Ayres no orifício do colo, apoiando-a
com firmeza, e com movimento rotativo de 360º ao redor de todo o orifício. Caso
mostra não tenha sido representativa repetir o movimento;
2 Estender na lâmina o material ectocervical coletado, dispondo-o no sentido vertical
ou horizontal, ocupando 2/3 iniciais da parte transparente da lâmina, com
movimento de cima para baixo, utilizando as duas laterais da espátula;

Coleta Endocervical
1 Utilize a escova de coleta endocervical, introduzindo-a delicadamente no canal
cervical realizando movimento circular em 360º;
2 Estender o material ocupando o 1/3 restante da lâmina, rolando a escova de cima
para baixo, em sentido único;

Fixação do Material coletado


1 Fixar o esfregaço imediatamente após a coleta, garantindo a manutenção das
características originais das células, preservando-as do dessecamento (fixação
inadequada) que impossibilita a leitura do exame;
2 Possíveis formas de fixação da lâmina:
Polietilenoglicol (mais recomendada): Pingar 3 ou 4 gotas da solução fixadora sobre o
material, que deverá ser completamente coberto pelo líquido. Deixar secar ao ar livre,
em posição horizontal, até a formação de uma película leitosa e opaca na sua
superfície.
Álcool 95%: A lâmina com material deve ser submersa no álcool 95%, em vidros de
boca larga.
Propinilglicol: Borrifar a lâmina com o spray fixador a uma distância de 20 cm.

Teste de Schiller:
Preparar a pinça Cheron com uma gaze na ponta e umedecer em solução iodada (Lugol),
pressionar a gaze delicadamente contra o colo uterino e proceder à leitura do exame:
Positivo: quando a reação com o iodo for negativa, ou seja, quando não houver
coloração do colo uterino. Resultado Alterado.
Negativo: quando houver fixação do iodo nas células e o colo se apresentar colorido
após aplicação do lugol. Resultado Normal.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 122

1 Fechar o espéculo, retirando-o delicadamente. Colocar em recipiente próprio;


2 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
3 Retirar as luvas e auxiliar a paciente a descer da mesa ginecológica, encaminhando-
a para vestir-se;
4 Informar sobre a possibilidade de discreto sangramento após a coleta com cessação
espontânea;
5 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
6 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
7 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 A faixa etária prioritária para o rastreamento do Câncer de Colo Uterino: mulheres de
25 a 64 anos. Mulheres em outra faixa etária a coleta do Exame de Citopatologia
fica a critério clínico.
 Na faixa etária de 25 – 64 anos, a coleta do Exame de Citopatologia para
rastreamento do Câncer Uterino deve ser feita com a seguinte periodicidade: os
dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os
resultados forem normais, o próximo exame deve ser feito a cada três anos
(Ministério da Saúde, 2016).
 Os serviços de saúde que realizam a coleta de citologia oncótica com acesso à
colposcopia e biópsia o teste de Schiller perde sua importância.
 Caso a visualização do colo não seja possível solicitar que a paciente tussa ou faça
pequena força com o períneo.
 Não coletar de mulheres menstruadas: aguardar o 5º dia após término da
menstruação.
 Não usar creme vaginal, ducha vaginal, ou ter relação sexual ou submeter-se a
exames intravaginais (ex. ultrassom) dois dias antes do exame.
 Em mulheres idosas, com vagina ressecada recomenda-se molhar o espéculo com
solução salina (SF 0,9%). Não lubrificar o espéculo com solução oleosa.
 Em paciente gestante ou com suspeita de gravidez realizar apenas coleta de
material ectocervical.
 Em caso de histerectomia subtotal (com permanência do colo do útero), deve seguir
rotina de rastreamento.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 123

 Em caso de histerectomia total: não se faz mais rastreamento, pois a possibilidade


de encontrar lesão é desprezível. EXCEÇÃO: Se histerectomia foi realizada como
tratamento de câncer de colo do útero ou lesão precursora (ou foram
diagnosticados na peça cirúrgica), seguir o protocolo de controle de acordo com o
caso (lesão precursora – controles cito/ colposcópicos semestrais até dois exames
consecutivos normais; câncer invasor – controle por cinco anos (trimestral nos
primeiros dois anos e semestral nos três anos seguintes); se controle normal,
citologia de rastreio anual.
 Na requisição do exame, informar sempre a indicação da histerectomia (lesão
tratada).
 Os procedimentos de acondicionamento, conferência, preenchimento de lâminas,
preenchimento de guia de remessa e envio ao Laboratório de Citologia podem ser
realizados pelos Técnicos/ Auxiliares de Enfermagem, tendo os seguintes cuidados:
a) As lâminas devem ser acondicionadas em local próprio e adequado para o
transporte (caixa plástica).
b) Conferir cada lâmina com o formulário de solicitação do exame;
c) Preencher a relação de remessa na mesma sequência das lâminas e das
requisições;
d) Enviar as lâminas ao Laboratório de Citologia conforme rotina do serviço;

Tamanho do espéculo:

Tamanho Indicação

Pequeno Mulheres jovens, sem parto vaginal, magras ou menopausadas;

Médio Mulheres com IMC normal;

Grande Multíparas, Obesas.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÙDE. Cadernos de Atenção Básica nº 13. Controle dos
Cânceres de Colo de Útero e de Mama. DF: Brasília, 2006.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. Disponível em: <
http://www.cofen.gov.br/categoria/legislacao/resolucoes>. Acesso em 05 out 2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 124

 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o


Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 381. Normatiza a Execução,
pelo Enfermeiro, da Coleta de Material para Colpocitologia Oncótica pelo Método de
Papanicolaou. Disponível em: < http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-
3812011_7447.html> Acesso em: 06 out 2020.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS: Secretaria de Saúde. Manual de Normas
e Rotinas de Procedimentos para a Enfermagem: Assistência de Enfermagem.
Campinas, 2009.
 SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem
Médico-Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das
Mulheres. DF: Brasília, 2016.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida
COREN/SP 184.203 Garcia
Cristiane da Rocha F. Dias COREN/SP 72.902
COREN/SP 120.740
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida
COREN/SP 246362 Garcia
Chaúla Vizelli COREN/SP 72.902
COREN/SP 173.997
Tienne de Almeida Antonio Rampazzo
COREN/SP 213.414
10/02/2020 03 Chaúla Vizelli Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 173.997 Mariano
Tienne de Almeida Antonio Rampazzo COREN/SP 181.450
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 125

POP 30 Coleta de Citologia Hormonal Única

1. Definição
Coletar amostras biológicas de material humano para auxiliar o diagnóstico e tratamento.

2. Objetivo
Avaliar a ação hormonal, por meio da leitura dos esfregaços com secreção vaginal para
diagnóstico de telarca precoce.

3. Contraindicação
Não se aplica.

4. Executante
Enfermeiro

5. Material
● Luvas de procedimento
● Máscara cirúrgica
● Álcool a 70%
● Lâminas
● Cotonetes
● Frasco porta-lâminas de plástico
● Lápis
● Caixa térmica
● Requisição de exame
● Livro de registro de exames

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se e acolher o paciente e
responsável com atenção;
2 Receber a guia de requisição de exames;
3 Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida e com letra legível,
contendo: nome completo do paciente, matrícula, número do cartão do SUS, data
de nascimento ou idade, data da solicitação, exames solicitados, identificação do
profissional (nome, número do registro e carimbo);
4 Identificar as lâminas com iniciais do nome e número do prontuário a lápis;
5 Identificar o frasco porta-lâmina com nome do paciente, número do prontuário e
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 126

nome da unidade;
6 Orientar paciente e responsável quanto à coleta, posicionando a paciente na maca
com auxílio do responsável;
7 Realizar a coleta de secreção vaginal, em introíto vaginal com cotonete;
8 Realizar esfregaço da secreção, em duas lâminas, em forma de Z e três esfregaços
paralelos nos lados não fosco, acondicionando-as em frasco porta-lâminas
preenchidos com álcool à 70%;
9 Orientar a responsável sobre o resultado do exame e retorno à consulta médica;
10 Registrar em livro de controle o número do prontuário, nome do paciente, data da
coleta, nome do médico solicitante;
11 Acondicionar os frascos identificados em caixa térmica e as requisições em
envelope, encaminhando-os para o laboratório de análise.

7. Observações
Orientar a responsável pela criança no momento do agendamento do exame, para que a
mesma não realize higiene intima na criança 12 horas antes da coleta do exame.

8. Referências Bibliográficas
 Caderno de Coleta de Exames Laboratoriais. Secretaria Municipal da Saúde São
Paulo, 2006. Disponível em: <
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/atencao_basica/index.php?p
=1930> Acesso em 12 nov 2019.
 Manual de Exames Laboratoriais. Instituto de Patologia Clínica. Campinas, 2010.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Ednilce F. Jesus Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 050086 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
11/01/2016 02 Ednilce F. Jesus Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 050086 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
10/02/2020 03 Ednilce F. Jesus Santos Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 050086 Mariano
Camila Monteiro G. Dias Silva COREN/SP 181.450
COREN/SP 242835
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 127

POP 31 Coleta de Exames Laboratoriais nas Unidades de Saúde

1. Definição
Coletar amostras biológicas de material humano para auxiliar o diagnóstico e/ou
tratamento.

2. Objetivo
Realizar exames laboratoriais para diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças.

3. Contraindicação
Distúrbios de coagulação

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem

5. Material
 EPIs (luvas de procedimento, óculos de proteção, avental, máscara cirúrgica)
 Tubos para coleta de sangue à vácuo
 Agulha descartável
 Seringa descartável
 Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável
 Kit estéril para urocultura
 Kit não estéril para Urina I
 Frasco para exame protoparasitológico de fezes
 Frasco para coleta de Urina 24 h
 Caixa térmica azul com gelo reciclável congelado (para urina, fezes, baciloscopia,
biópsias e outros exames. Cada tipo de material em uma caixa separada e
devidamente identificada na parte externa)
 Caixa vermelha sem gelo reciclável para hemoderivados que deverão ser
separados em estantes pela cor da tampa
 Gelo reciclável
 Caixa para descarte de material perfurocortante
 Livro de registro para controle de exames realizados
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 128

Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente pelo nome completo com o formulário único de requisição de
exames nas mãos. Solicitar documento com foto e conferir com o nome constante
no exame;
2 Apresentar-se ao usuário e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas as dúvidas antes de iniciar a execução;
3 Separar a guia de requisição de exames;
4 Verificar quais exames foram solicitados e se contém, quando necessário, os
demais documentos anexados (SADT, SINAN, Filipeta);
5 Solicitar ao paciente que assine o Termo de Consentimento para realização dos
exames;
6 Verificar se os dados estão completos e igualmente descritos em todos os
documentos, com letra legível respeitando os espaços dos quadrados do formulário,
contendo os dados: nome completo do paciente (sem abreviaturas), sexo, data de
nascimento, matrícula, dados completos do solicitante (nome, categoria profissional,
número do conselho de classe, assinatura e carimbo), número do cartão SUS e
data da solicitação do exame. Se for gestante, assinalar o campo gestante do
formulário;
7 Confirmar com o paciente se este encontra-se com o tempo de jejum adequado e
demais preparos para os exames solicitados (vide Manual do Laboratório
Municipal);
8 Questionar sobre os medicamentos de uso contínuo do usuário, orientando-o a
ingeri-los/administrá-los após a coleta de sangue, evitando sempre que possível
ultrapassar o horário de costume;
9 Identificar o(s) frasco(s) dos exames entregues pelo usuário (fezes e urina), com as
etiquetas, de acordo com o tipo de exame. Checar se os frascos estão bem
vedados e colocar nas respectivas caixas térmicas, as quais deverão estar com
gelo reciclável congelado na quantidade padronizada (vide versão atualizada do
Manual de Coleta do Laboratório Municipal de Campinas) e devidamente fechada;
10 Identificar a guia de requisição com a etiqueta controle;
11 Registrar em livro-controle: data da coleta, dados do paciente e discriminar os
exames solicitados, colocando o número da etiqueta controle;
12 Orientar o paciente quanto ao resultado do exame;
13 Fornecer etiqueta com número do exame para controle;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 129

14 Encaminhar o paciente à sala de coleta, quando necessário, de acordo com exames


solicitados;
15 Deixar a guia de exames juntamente com as etiquetas e os tubos separados para
proceder a coleta de sangue, de modo que o usuário não fique de posse desse
material;

Na sala de coleta:
1 Chamar o paciente pelo seu nome completo e apresentar-se cordialmente ao
usuário ou ao responsável, no caso de incapaz e/ou menor de idade;
2 Conferir o nome do usuário, pedindo para que repita seu nome completo e
apresente o documento com foto. Conferir os exames solicitados e os tubos;
3 Posicionar o usuário para a coleta, sentado ou deitado, a depender das condições
do indivíduo e da faixa etária;
4 Proceder ou orientar a coleta do exame solicitado (vide Manual do Laboratório
Municipal de Campinas);
5 Higienizar as mãos utilizando água e sabão (POP 42) ou utilizar o álcool 70% (vide
procedimento no Manual de coleta do Laboratório Municipal de Campinas);
6 Devidamente paramentado (EPIs), calçar as luvas de procedimento e fazer a
escolha do local da punção;
7 Fazer a desinfecção do local escolhido com gaze ou algodão embebido em álcool a
70%, realizando um único movimento de dentro para fora. Aguardar o álcool secar
naturalmente e não tocar o local da punção. Se o paciente estiver usando roupas de
mangas longas dobradas, verificar se a manga está prendendo a circulação. Se for
o caso, desdobrar a manga, afrouxando-a;
8 Abrir o material na frente do paciente. Realizar a quebra do lacre da agulha e
conectá-la ao adaptador, certificando-se sempre de que o conjunto está bem
acoplado;
9 Garrotear aproximadamente a uns 04 cm do local escolhido para punção, não
ultrapassando o tempo de 1 minuto para não haver alteração nos resultados;
10 Retirar a proteção da agulha e, imediatamente, fazer a punção na veia escolhida.
Segurar o dispositivo entre os dedos polegar e indicador da mão dominante,
posicionando o bisel da agulha para cima. Fazer a punção numa angulação oblíqua
de aproximadamente 30°;
11 Inserir o tubo de coleta à vácuo mantendo o adaptador imóvel e quando o sangue
começar a entrar no tubo, desgarrotear e pedir para que o usuário abra a mão;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 130

12 Aguardar o total preenchimento do tubo para depois colocar o próximo e é essencial


obedecer à sequência dos tubos preconizada pela CLSI (Clinical and Laboratory
Standards Institute): 1º tubo de tampa azul- (Citrato / para Unidades autorizadas), 2º
tubo de tampa amarela e/ou vermelha com Gel Ativador, 3º tubo de tampa roxa
(EDTA) e por último, 4º tubo de tampa cinza (fluoreto de sódio/EDTA/ K2 ou K3);
13 Homogeneizar por inversão suavemente todos os tubos no mínimo oito vezes,
inclusive o de tampa amarela e/ou vermelha. Uma inversão é contada após virar o
tubo para baixo e retorná-lo à posição inicial;
14 Retirar a agulha da veia acionando, imediatamente, o dispositivo de segurança da
agulha, e colocando uma gaze ou algodão sobre o local e pedir para o paciente
pressionar o local sem dobrar o braço;
15 Descartar a agulha em caixa própria para resíduos perfurocortantes; separar o
adaptador de agulha (canhão) para posterior higienização e desinfecção;
16 Após a coleta dos exames na presença do usuário, etiquetar os tubos corretamente;
17 Mostrar ao usuário submetido ao exame e/ou seu responsável os tubos etiquetados
buscando a confirmação de que todas as amostras de sangue estão corretamente
identificadas;
18 Realizar novamente a checagem e separação das guias de solicitação de exames e
acondicionar em local que garanta sua integridade;
19 Encaminhar ao Laboratório Municipal as guias de exames em malote próprio e os
materiais coletados separados em caixas térmicas contendo gelo reciclável e
acondicionados adequadamente;
20 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
21 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
22 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

6. Observação
 Não entregar para o usuário os tubos e/ou o pedido de exame enquanto ele
aguarda ser chamado na sala de coleta.
 Recomenda-se um fluxo único para o procedimento de coleta e não dividido por
equipes de referência.
 Recomenda-se arquivar as guias de solicitação de exames na Unidade, evitando
assim que o usuário rasure a mesma.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 131

 Deve-se identificar o nome do funcionário que efetuou cada coleta ou que recebeu
amostras, mantendo-se o registro na unidade de forma a garantir a rastreabilidade,
conforme a RDC nº 302 de 13/10/2005.
 Orienta-se a registrar em livro de coleta quando o paciente trouxer a guia de
exames em mãos, vinda de outro serviço (Policlínicas, Hospital Mario Gatti, etc).
 Para os usuários incapacitados de realizar coleta espontânea de urina, deve-se
realizar Cateterismo Vesical de Alívio (POP 27).
 Para coleta de cada exame e orientar o paciente quando este for realizar coleta em
residência ver descrição do procedimento no Manual de Coleta de Exames
Laboratoriais. Campinas/SP - 2012, do Laboratório Municipal de Patologia Clínica
de Campinas.
 Exames de DST/AIDS deverão ser realizados de acordo com a Portaria n° 77
MS/GM 12/01/2012.
 Exames de Microbiologia: as amostras para exames de: A fresco de Secreção
vaginal – Grupo 13, Culturas em Geral (úlceras, Secreções de ferida, ocular e
orofaringe) – Grupo 15 e Cultura de fezes – Grupo 16, DEVEM SER
ARMAZENADAS E TRANSPORTADAS AO LABORATÓRIO EM MALOTE SEM
GELO, A TEMPERATURA AMBIENTE.
 RDC 302 (item 6.1.7): “A amostra deve ser identificada no momento da coleta ou da
sua entrega quando coletada pelo paciente”. O descarte das etiquetas da cartela
não utilizadas é de responsabilidade do profissional da coleta.
 Atenção: usar 01 adaptador de agulha por paciente a cada dia, realizando a
desinfecção posteriormente.

7. Referência Bibliográfica
 BRASIL. Portaria n°77 MS/GM de 12/01/2012. Disponível em;<
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0077_12_01_2012.html>.
Acesso em: 12 nov 2019. Brasília, 2012.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de
Diretoria Colegiada – RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 14 out 2005.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Coleta de Exames Laboratoriais. Disponível em: <
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/unidades/laboratorio/Manual_de_Coleta_de_Exa
mes.pdf >. Acesso em 12 nov 2019. Campinas, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 132

 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual


de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde.
Caderno de Coleta de Exames Laboratoriais. São Paulo, 2006.
 LABORATÓRIO MUNICIPAL DE CAMPINAS. Fluxograma para coleta de sangue,
2015

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rampazzo 27/12/2013
COREN/SP 213.414
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Cristiane Giacomelli da Costa
COREN/SP: 165.390
Débora Tresoldi Cerri
COREN/SP 90271
Marcio Vieira Carvalho
COREN/SP 127.548
Cláudia Zímaro C. Caiola
CRF/SP 14.289
10/02/2020 03 Michelle F. L. Gardini Renata Cauzzo Zingra
Mariano
CRF/SP 68891
Laboratório Municipal de COREN/SP 181.450
Campinas
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 133

POP 32 Coleta para verificação do Tempo de Protrombina (punção


digital)

1. Definição
Método de exame com amostra de sangue capilar onde mede-se o tempo de Protrombina
(PT). É apresentado em valores de RNI (Relação Normalizada Internacional), informação
chave necessária para se escolher a dose mais correta do medicamento anticoagulante.

2. Objetivo
Monitoramento de RNI em pacientes recebendo tratamento com varfarina como
alternativa ao monitoramento laboratorial convencional, em especial para o tratamento da
fibrilação atrial crônica.

3. Contraindicação
Uso de álcool no local da punção capilar. Condições adversas (estados febris, diarreia,
náuseas e vômitos).

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Luva
 Gaze
 Lanceta
 Tiras testes
 Aparelho de análise de coagulação humana

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente e confirmar documento de identidade, apresentar-se e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas as dúvidas antes de iniciar a
execução;
2 Reunir o material apropriado para a técnica a ser realizada;
3 Colar a etiqueta no pedido laboratorial;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 134

5 Ligar o aparelho e seguir as instruções do fabricante;


6 Posicionar o paciente na cadeira e avaliar o dedo que se encontra em melhor
condição para a punção capilar (sem lesões e com melhor perfusão periférica);
7 Calçar as luvas de procedimento;
8 Realizar a antissepsia da região lateral do dedo escolhido, aguardando a total
evaporação do álcool;
9 Introduzir a tira teste no aparelho e seguir as instruções do fabricante;
10 Realizar a punção digital com lanceta e pressionar o dedo a fim de obter uma gota
de sangue volumosa e depositá-la no local indicado na fita;
11 Desprezar a lanceta no perfurocortante;
12 Orientar o paciente a pressionar o dedo com gaze por alguns instantes até parar o
sangramento;
13 Aguardar a análise do aparelho e anotar o resultado no impresso disponível;
desprezar a tira teste no perfurocortante;
14 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
15 Informar o resultado ao paciente;
16 Registrar o resultado no pedido do exame e no livro de controle interno. Anotar o
horário, assinar e carimbar;
17 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 As temperaturas elevadas do ambiente influenciam na sensibilidade do aparelho.
 Sempre que for utilizado um novo frasco, colocar o novo chip que acompanha as
tiras. A utilização do chip de código trocado pode produzir resultados incorretos.
 Manter o aparelho numa superfície horizontal, plana ou segurá-lo na posição
horizontal. O frasco recipiente das tiras devem permanecer sempre fechado.
 O local de inserção da fita no aparelho deve ser limpo com álcool 70 o. Carregar o
aparelho após o uso para manter a bateria na próxima utilização.
 Realizar o teste controle semanalmente conforme orientação do fabricante.

8. Referências Bibliográficas
 Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS -
CONITEC. Coaguchek XS no Monitoramento do INR em Pacientes recebendo
tratamento com varfarina. Disponível em: <www.saude.gov.br/sctie> Acesso em 12
nov 2019. Brasília, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 135

 RAMOS, F. S; HOLGADO, J. S, et al. Protocolo de Anticoagulación Oral. Disponível


em: <
https://www.fundacionsigno.com/bazar/1/Protocolo_Anticoagulacion%20Oral.pdf>
Acesso em: 12 nov 2019. Castilla-La Mancha, 2007.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscila P. Marques Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 245050 COREN/SP 72.902
Valéria Cristina J. Figueiredo
COREN/SP 61341
11/01/2016 02 Priscila P. Marques Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 245050 COREN/SP 72.902
Valéria Cristina J. Figueiredo
COREN/SP 61341
10/02/2020 03 Juliana A. L. Shikasho Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 245718
COREN/ SP 181450
Luciana S. S. Gonçalves
COREN/SP 72141
Rosimeire T. T. Furlan
COREN/SP 32487
Valéria Cristina Jodjahn Figueiredo
COREN/ SP 61341
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 136

POP 33 Coleta de PKU

1. Definição
Exame laboratorial realizado com a amostra de sangue coletado do recém-nascido (após
48 horas de vida e antes de 28 dias, preferencialmente entre o 3º e 5º dia), normalmente
através de punção do calcanhar.

2. Objetivo
Diagnosticar precocemente doenças genéticas, endocrinológicas e metabólicas com
sintomatologia inespecífica ou assintomática no período neonatal.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, auxiliares/ técnicos de Enfermagem.

5. Material
● Luvas de procedimento
● Álcool a 70%
● Gaze ou algodão
● Lanceta
● Papel filtro específico para coleta

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Apresentar-se ao responsável/família e explicar o procedimento que será realizado,
sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
4 Preencher os formulários, livros de registros e cartão de coleta, checando todas as
informações com a família;
5 Calçar as luvas de procedimento;
6 Solicitar ao responsável que permaneça em pé e segure a criança na posição
vertical;
7 Massagear suavemente o calcanhar da criança para ativar a circulação;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 137

8 Realizar antissepsia no local;


9 Secar o excesso de álcool, evitando que haja diluição da amostra e hemólise;
10 Segurar o pé e o tornozelo da criança, envolvendo com o dedo indicador e o
polegar, todo o calcanhar;
11 Puncionar, com movimento firme e contínuo, uma das laterais da região plantar do
calcanhar;
12 Desprezar a primeira gota, evitando a interferência de outros fluidos teciduais nos
resultados;
13 Encostar o verso do papel filtro na nova gota que se formar na região demarcada
para a coleta e fazer movimentos circulares com o papel, até o preenchimento de
todo o círculo;
14 Deixar o sangue fluir naturalmente e de maneira homogênea no papel;
15 Repetir o procedimento até preencher todos os círculos;
16 Colocar a criança deitada, após a coleta, e comprimir levemente o local da punção
com algodão ou gaze;
17 Colocar a amostra para secar, em temperatura ambiente, na posição horizontal, por
cerca de 3 horas;
18 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado.
19 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Não há necessidade de jejum da criança.
 Não preencher os espaços vazios dos círculos com pequenas gotas de sangue para
completar a área total, pois proporciona sobreposição do sangue e interfere nos
resultados.
 Caso necessário, faça uma nova punção para obter a gota adequada, que deverá
ser próximo da primeira, nunca no mesmo local, utilizando nova lanceta.
 Não expor as amostras ao sol para evitar o ressecamento.
 Após secar, as amostras devem ser acondicionadas em um único envelope, e estes
colocados dentro de caixa térmica com gelox e enviar ao laboratório.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 138

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 822. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/prt0822_06_06_2001.html>.
Acesso em: 12 nov 2019. Brasília, 2001.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem: Atenção Básica. 2ª Ed.
São Paulo, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, 2009.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais
do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Disponível em:
< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal.pdf>
Acesso em: 12 nov 2019. Brasília, 2002.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 139

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740.
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740.
10/02/2020 03 Chaúla Vizelli Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 173.997 Mariano
Cristiane da Rocha F. Dias COREN/ SP 181450
COREN/SP 120.740.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 140

POP 34 Colocação de Colar Cervical

1. Definição
Imobilização da coluna cervical de uma vítima de trauma e manutenção da tração e do
alinhamento da cabeça e pescoço.

2. Objetivo
Proteger a coluna cervical de compressão. Evitar o agravamento de possíveis lesões.

3. Contraindicação
Resistência ao movimento. Espasmos dos músculos do pescoço. Aumento da dor.
Comprometimento da via aérea ou da ventilação.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Colar cervical de tamanhos variados e/ou ajustáveis.

6. Descrição do procedimento
1 Explicar o procedimento ao paciente caso este esteja consciente e solicitar que não
mova a cabeça e nem o pescoço;
2 Primeiro socorrista: fazer a estabilização manual da cabeça e do pescoço da
vítima em posição alinhada neutra; utilizar ambas as mãos, colocando o 2º ao 5º
dedo e palmas da mão sob a região occipital e cada um dos polegares na região
temporomandibular. Manter ligeira tração cefálica e o alinhamento da coluna
cervical, eixo nariz, umbigo, pés;
3 Segundo socorrista: retirar suavemente, roupas e adereços do pescoço e orelhas,
para que esses não interfiram na colocação do colar cervical. Medir a distância
entre a mandíbula e uma linha imaginária na base do pescoço (músculo trapézio)
com uma das mãos, em posição transversal e avaliar o número de dedos que cabe
nesse espaço, para determinar o tamanho do colar. Utilizar a medida feita com os
dedos na lateral do colar (considerando apenas o plástico rígido e não a parte de
espuma), para a seleção do tamanho adequado ou para fazer a regulagem nos
colares ajustáveis;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 141

4 Colocar o colar de tamanho apropriado, enquanto o primeiro socorrista mantém a


estabilização neutra alinhada da cabeça. Se a vítima estiver sentada a colocação
deve ser iniciada pela frente, a partir do mento e o fechamento com o velcro na
parte posterior, de forma firme, porém sem apertar. Na vítima deitada, a colocação
deve ser iniciada pela parte da nuca, tendo o cuidado de dobrar o velcro para não
enroscar nos cabelos e prender cabelos compridos, se necessário. Concluir a
colocação do colar ajustando-o ao mento e fazer o fechamento com o velcro na
lateral, mantendo uma folga apenas para conforto; Em caso de utilização de colar
ajustável, certificar-se que este está travado no tamanho correto, antes de colocá-lo
no pescoço da vítima;
5 Primeiro Socorrista: Permanecer na posição inicial de estabilização manual da
cabeça e do pescoço até que a vítima esteja totalmente imobilizada e não apenas
com o colar cervical.

7. Observação
 Os colares devem ser de tamanho adequado para cada paciente.
 O colar não deve impedir a abertura da boca do paciente (espontânea ou realizada
pelo socorrista caso ocorra saída de secreção/ êmese).
 O colar não deve obstruir ou dificultar a ventilação.

8. Referência Bibliográfica
 PHTLS/NAEMT. Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado. Tradução Renata
Acavone ET al. – 7ªed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 142

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia

COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902

Cristiane da Rocha F. Dias

COREN/SP 120.740

Edméia Ap. Nunes Duft

COREN/SP 52.754

11/01/2016 02 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia

COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902

Cristiane da Rocha F. Dias

COREN/SP 120.740

Edméia Ap. Nunes Duft

COREN/SP 52.754

10/02/2020 03 Deise Duarte S. Sousa Renata Cauzzo Zingra


Mariano
COREN/SP 250.719
COREN/ SP 181450
Cristiane da Rocha F. Dias

COREN/SP 120.740

Edméia Ap. Nunes Duft

COREN/SP 52.754
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 143

POP 35 Colocação do Dispositivo para Incontinência Urinária

1. Definição
Dispositivo de uso externo utilizado em pacientes do sexo masculino com incontinência
urinária ou inconscientes.

2. Objetivo
Conforto e controle da diurese em pacientes incontinentes ou inconscientes.

3. Contraindicação
Alergia ao látex.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
● EPI (luva de procedimento)
● Bandeja
● Material para higiene: água morna, sabão, bacia e toalha
● Material para tricotomia, se necessário
● Dispositivo para incontinência urinária de tamanho adequado
● Coletor de urina sistema aberto
● Fita hipoalergênica
● Tesoura

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar a paciente, confirmar o nome, e explicar o procedimento que será realizado,
sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
5 Preparar os materiais, cortando a fita hipoalergênica previamente (1 tira de 20cm);
6 Paramentar-se com os EPI;
7 Realizar a tricotomia dos pêlos pubianos se necessário;
8 Realizar higiene íntima, secando o pênis;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 144

9 Colocar o dispositivo como um preservativo, deixando um espaço livre na ponta do


pênis;
10 Enrolar a fita hipoalergênica, metade sobre o dispositivo e metade sobre a pele para
garantir a fixação;
11 Conectar o coletor ao dispositivo;
12 Recolher o material utilizado;
13 Retirar o EPI e higienizar as mãos (POP 42);
14 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
15 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Trocar o dispositivo diariamente.
 Realizar a higiene do pênis e do dispositivo, com água e sabão e secar muito bem.
 Se possível, retirar o dispositivo durante a noite, dando preferência ao uso de fralda.
 Observar frequentemente: garroteamento, fixação, vazamentos e lesões
decorrentes do trauma pela fita hipoalergênica.
 Suspender o uso se apresentar lesões ou edema no pênis. Aguardar
restabelecimento da pele.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Prático do Cuidador. Secretaria de Atenção
à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. 2ª ed. Brasília,
2009.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
para Cuidadores Informais de Idosos. Campinas, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 145

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Débora Tresoldi Cerri Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 90.271 COREN/SP 72.902
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Débora Tresoldi Cerri Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 90.271 COREN/SP 72.902
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN/ SP 181450
Natalia Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 146

POP 36 Contenção Mecânica

1. Definição
É uma técnica de contenção física, com finalidade terapêutica, que utiliza dispositivos
manuais para restringir os movimentos físicos do paciente no leito, em consequência de
alterações psíquicas e comportamentais.

2. Objetivo
Evitar danos à integridade física do paciente, da equipe e de outras pessoas ao redor,
com indicação restrita aos quadros psicopatológicos que coloquem em risco a vida do
paciente e/ou das pessoas ao redor.

3. Contraindicação
Deve ser usado apenas quando todos os outros recursos terapêuticos se mostraram
ineficazes ou quando paciente se encontra agitado. Sendo vedado o uso da contenção
com o com o propósito de disciplina, punição e coerção.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
● Conjunto de faixas específicas para contenção física
● Lençol
● Algodão Ortopédico

6. Descrição do procedimento
1 É necessário que um dos membros coordene as ações, explicando o procedimento
ao paciente e orientando a equipe;
2 Iniciar a aplicação sempre pelo membro que apresenta maior risco de ser solto pelo
paciente - dos MMSS pelos punhos e dos MMII pelos tornozelos, protegendo com
algodão ortopédico e mantendo a faixa dobrada;
3 Abrir a faixa, juntar as pontas e passá-las pelo lado oposto da faixa com os
punhos/tornozelos no meio, amarrando na lateral da cama;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 147

4 Proceder a contenção do tórax passando a faixa própria pela linha média mamilar e
sem atingir a região do diafragma. Em caso de mulheres, utilizar a região
inframamária colocando a faixa embaixo das mamas devolvendo-as à posição
original;
5 Colocar os dedos médio e indicador entre a faixa e o tórax, avaliando se há
compressão excessiva. Se os dedos entrarem com dificuldade deve-se relaxar a
tração e se entrarem com muita facilidade deve-se ajustá-la. A faixa não pode ser
colocada sob as costas e passada por debaixo das axilas e tracionada para cima
(em mochila);
6 Proceder a contenção dos tornozelos envolvendo-os e fixando a faixa na lateral do
leito;
7 Reavaliar o paciente continuamente mantendo a elevação da cabeça do paciente,
perfusão sanguínea, edema e pulsos periféricos dos quatro membros, avaliando se
há presença de lesões cutâneas, expansão da caixa torácica, nível de consciência e
estado psíquico, verificando sinais vitais antes e após a administração de fármacos
e outros cuidados gerais;
8 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
9 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
10 Avaliar continuamente a necessidade de manter a contenção.

7. Observação
 A contenção mecânica deve ter o envolvimento da equipe multidisciplinar para que
a decisão de a realizar faça parte de um projeto terapêutico baseado clinicamente,
não o realizando com finalidade punitiva ou intimidadora.
 Técnicos ou Auxiliares de Enfermagem, excetuando-se as situações de urgência e
emergência, somente poderão empregar a contenção mecânica do paciente sob
supervisão direta do enfermeiro.
 Deve-se iniciar a retirada das faixas de contenção a partir do membro inferior não
dominante e cerca de um minuto após, retira-se a faixa do membro superior do lado
contrário, aguardando novamente um minuto até a liberação de um outro membro.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 427/2012.
Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção mecânica de
pacientes. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-
4272012_9146.html> Acesso em 12 nov 2019. Brasília, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 148

 MARCOLAN, J. F. A contenção Física do Paciente: Uma Abordagem Terapêutica.


São Paulo. 2004.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740. COREN/SP 72.902
Marina Akemi Shinya Fuzita
COREN/SP 242.841
11/01/2016 02 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740. COREN/SP 72.902
Marina Akemi Shinya Fuzita
COREN/SP 242.841
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 398938
COREN/ SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 149

POP 37 Desbridamento Instrumental Conservador

1. Definição
É a remoção do material estranho ou não viável da lesão traumática ou crônica, infectada
ou não, até expor-se o tecido saudável. Consiste na remoção do tecido desvitalizado no
qual são utilizados objetos cortantes, tais como tesouras ou bisturis. Poderá ser utilizado
para remoção de necrose de coagulação (escara seca), área de necrose extensas e de
necrose de liquefação (esfacelo).

2. Objetivo
Promover a limpeza da ferida, deixando-a em condições adequadas para cicatrizar.
Reduzir o conteúdo bacteriano, impedindo à proliferação dos mesmos e, também,
preparar a ferida para intervenção cirúrgica (ex. enxerto e cicatrização por terceira
intenção).

3. Contraindicação
Paciente em fase terminal. Necrose no calcanhar de pacientes com insuficiência vascular.
Necrose seca em membros com insuficiência vascular. Pacientes em terapia
anticoagulante e distúrbios hemorrágicos (contra-indicação relativa).

4. Executante
Enfermeiro capacitado.

5. Material
 EPI (luvas de procedimento, avental, óculos de proteção, máscara cirúrgica)
● Mesa auxiliar ou bandeja
● Bacia/cuba, se necessário
● Pacote de curativo contendo uma pinça anatômica, uma pinça dente de rato e uma
pinça Kelly
● Cabo e lâmina de bisturi
● Tesoura curva (se necessário)
● Pacote de gazes esterilizadas
● Solução fisiológica 0,9% (morno ou temperatura ambiente)
● Agulha 25x12 ou 40x12
● Luvas de procedimento e/ou estéril
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 150

● Equipamento de proteção individual


● Produtos/ cobertura padronizados selecionados

6. Descrição do procedimento
1 Chamar paciente confirmando o nome e apresentar-se e explicar o procedimento
que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
2 Reunir material necessário para o procedimento;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Paramentar-se com os EPI’s;
5 Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
6 Observar o curativo anterior antes da remoção;
7 Remover curativo anterior com cuidado, umedecer com SF 0,9% (s/n) para a
retirada da fita adesiva hipoalergênica e desprendimento da cobertura;
8 Observar a ferida com relação ao aspecto da lesão, tamanho, exsudato, pele ao
redor e presença de edema, hiperemia, calor ou dor local e odor;
9 Se necessário proceder à limpeza, nas áreas próximas da ferida e pele peri-ferida
com sabonete neutro e água corrente tratada e secar com gaze;
10 Retirar luvas e higienizar as mãos (POP 42);
11 Abrir o pacote utilizando técnica asséptica, arrumar as pinças no campo e abrir os
pacotes de gazes e colocar junto às pinças;
12 Calçar luvas de procedimento ou estéreis;
13 Acoplar a seringa de 20 ml na agulha 25X12 ou 40X12;
14 Limpar o leito da ferida irrigando com jatos de SF 0,9%;
15 Secar a pele periférica com gaze;
16 Realizar a mensuração da ferida com régua de papel e/ou registro fotográfico (com
autorização do paciente), semanal/quinzenal;
17 Tracionar com a pinça dente de rato o tecido não viável, próximo à borda, em
seguida corta-se paralelamente ao leito, removendo o tecido como uma tampa.
Outra opção é realizar a técnica de escarotomia que consiste na realização de
incisões quadriculadas de aproximadamente 2 a 5 mm de profundidade,
favorecendo a escarectomia;
18 Realizar o curativo utilizando produtos/coberturas indicadas;
19 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
20 Retirar as luvas de procedimento/estéreis;
21 Higienizar as mãos (POP 42);
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 151

22 Agendar retorno de acordo com a necessidade;


23 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
24 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
Desbridamento métodos:
 Seletivo: remove apenas o tecido inviável sem afetar o tecido vivo.
 Não-seletivo: pode remover tecido viável e inviável.

Classificação quanto ao mecanismo de ação:


 Autolítico: refere-se à lise natural da necrose pelos leucócitos e enzimas
digestivas do próprio corpo, que entraram em contato no leito da ferida, durante a
fase inflamatória (ex: hidrogel, hidrocoloide, etc).
 Químico: são substâncias enzimáticas exógenas e são seletivas, porém se o
tecido viável estiver presente pode ser levemente dolorido (ex: papaína gel).
 Biológico: são utilizadas larvas de moscas que secretam coquetel de enzimas
proteolíticas que liquefazem a necrose e facilita a limpeza da ferida. Desbridamento
seletivo.
 Mecânico: Consiste na remoção dos tecidos mortos ou de corpos estranhos do
leito da ferida com a utilização de força física (ex: fricção, úmido seco, irrigação
com SF 0,9 %). Esse é um método não seletivo.
 Instrumental conservador: este método é realizado com a utilização de objetos
cortantes, tais como tesoura, lâminas de bisturi e outros instrumentais necessários
dependendo da agressividade do procedimento, e pode variar desde a retirada de
calosidades até grandes excisões (Atenção: o plano de fáscia é o limite do
enfermeiro). Os enfermeiros devem ser qualificados para realizar a técnica.
 A escolha do método deve considerar as condições clínicas do paciente, a urgência
do tratamento (infecção, sepse, osteomielite), o tipo de tecido necrosado e a
habilidade e competência do profissional.
 As situações clínicas citadas NAS CONTRAINDICAÇÕES são consideradas
exceções para a prática, porém se houver instalação de processo infeccioso, essas
orientações não se aplicam e o desbridamento deve ser implementado.
 Na presença de sangramento ou reação de sensibilidade à dor avaliar a
continuidade do procedimento.
 Avaliar os casos de pacientes em uso de antiplaquetários ou anticoagulantes.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 152

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 JORGE S. A; DANTAS S. R. P. E. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de
Feridas. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2003.
 SANTOS, J. B. D; PORTO, S. G; SUZUKI, L. M.; SOSTIZZO, L. Z; ANTONIAZZI, J. L.
Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Avaliação e Tratamento de Feridas:
Orientações aos profissionais de saúde. Porto Alegre, 2011.
 HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP. Manual de Processos de Trabalho da
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS E
ESTOMAS. Disponível em:< https://intranet.hc.unicamp.br/manuais/emptfe.pdf>.
Acesso em: 12 nov 2019. 2ª ed. Campinas, 2011.
 SOBEST. Guia De Boas Práticas: Preparo Do Leito Da Lesão e Desbridamento.
Disponível em: <https://82721500-4ad7-4e03-84fb-
41a0aefba7a4.filesusr.com/ugd/78b27d_565938ac508a40f68e6ebad03ad65cfa.pdf>
Acesso em 08 out 2020. São Paulo, 2017.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 153

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Shirley Ruriko da Silveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 44822-SP COREN/SP 72.902
Regina Grimaldi de Oliveira
COREN/SP 68635
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30609
Flavio Ventura
Edson Eden de Oliveira
COREN/SP 24259
Mariana Charantola Silva
COREN/SP 154624
11/01/2016 02 Shirley Ruriko da Silveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 44822-SP COREN/SP 72.902
Regina Grimaldi de Oliveira
COREN/SP 68635
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30609
Flavio Ventura
Edson Eden de Oliveira
COREN/SP 24259
Mariana Charantola Silva
COREN/SP 154624
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP: 230997 Mariano
Regina Grimaldi de Oliveira COREN/ SP 181450
COREN/SP 68635
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30609
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 154

POP 38 Exame de Espirometria

1. Definição
A espirometria também conhecida como Prova de Função Pulmonar ou Prova Ventilatória
é o exame que permite avaliar a velocidade e a quantidade de ar que um indivíduo é
capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões por meio do espirômetro.

2. Objetivo
A espirometria serve para diagnosticar ou acompanhar a evolução de doenças
pulmonares e avaliar a capacidade pulmonar. Indica se a quantidade de ar inspirado está
sendo suficiente às necessidades do indivíduo.

3. Contraindicação
Instabilidade cardiocirculatória, infarto do miocárdio recente, tromboembolismo pulmonar,
aneurismas cerebral, torácico ou abdominal, cirurgia ocular recente, náusea ou vômitos e
cirurgia torácica e abdominal recente ou qualquer outra situação que limite a adequada
técnica do exame (pertuito de traqueostomia que não haja oclusão adequada, diminuição
do nível do sensório, incapacidade para permanecer sentado).

4. Executante
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem (habilitado pela
Sociedade Brasileira Pneumologia e Tisiologia).

5. Material
● Álcool 70%
● EPI (Avental descartável, máscara N95, luvas de procedimento)
● Gazes
● Bocal descartável
● Clips nasal
● Papel toalha
● Medicação broncodilatadora (prescrição médica)
● Caneta azul
● Lápis comum
● Papel sulfite A4
● Balança calibrada
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 155

● Esfigmomanômetro e estetoscópio
● Computador com programação específica para o exame
● Impressora
● Espirômetro
● Filtro descartável para função pulmonar
● Seringa calibradora

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmando o nome, apresentando e explicando o
procedimento que será realizado;
2 Conferir se a guia de requisição está preenchida com letra legível contendo: nome
completo do paciente, matrícula, número do cartão SUS, data de nascimento ou
idade, data da solicitação, exames solicitados, identificação do profissional (nome,
número do registro e carimbo);
3 Verificar se as orientações do preparo para exame foram seguidas;
4 Solicitar a presença de um acompanhante;
5 Preparar e calibrar o espirômetro (computador), conferir os parâmetros conforme
normas técnicas (SBPT);
6 Mensurar dados antropométricos;
7 Higienizar as mãos (POP 42);
8 Calçar luvas de procedimento, avental descartável, máscara N95, e outros EPIs
necessários;
9 Preparar e orientar os pacientes, verificando se há contraindicações;
10 Manter paciente sentado de 5 a 10 minutos, pedir que respire através do tubo
contendo o bocal conectado ao espirômetro;
11 Colocar presilha de borracha no nariz, respiração pela boca e tenha que passar pelo
aparelho;
12 Pedir que o paciente respire tranquilamente por algum tempo;
13 Encher o pulmão de ar completamente e assoprar com máxima de força e rapidez
possível depois lentamente;
14 Aplicar a medicação broncodilatadora spray (prescrição medica), aguardar 20
minutos em repouso;
15 Repetir o exame novamente;
16 Orientar o paciente a higienizar a cavidade oral pós uso da medicação
broncodilatadora;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 156

17 Entregar o resultado do exame em duas vias para o paciente;


18 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
19 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 O paciente deve estar em repouso por 5 a 10 minutos antes do exame.
 Não é necessário jejum.
 Não ingerir chás, cafés, ou bebidas alcóolicas 6 horas antes do inicio do exame
 Suspender por 4 horas o uso do broncodilatadores de ação rápida (Sabutamol) e por
10 horas de ação prolongada (Tiotropio).
 Não fumar nas 2 horas que antecedem o exame.

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TIRIOLOGIA. Espirômetros:
Requisitos Rio de Janeiro, 1996: pp. 1-9.
 JARDIM, J. R. B; ROMALDINI, H; RATTO, O. R. Proposta para Unificação dos
Termos e Símbolos Pneumológicos no Brasil. J Pneumol 1983: PP 9:45-51.
 PEREIRA, C. A. C, NEDER, J. A. Sociedade de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
Diretrizes para Testes de Função Pulmonar. J Pneumol. 2002; 28(3): S1 –S 238.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 157

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Eunice de Souza Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 57.076 COREN/SP 72.902
Mônica de Azevedo Lacerda
COREN/SP 0366530
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323.329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
11/01/2016 02 Eunice de Souza Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 57.076 COREN/SP 72.902
Mônica de Azevedo Lacerda
COREN/SP 0366530
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323.329
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242835
10/02/2020 03 Camila Monteiro G. Dias Silva Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 242835
COREN/ SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 158

POP 39 Exame Clínico das Mamas

1. Definição
Avaliação clínica das mamas para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, com
periodicidade anual.
Procedimento compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher,
devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária.

2. Objetivo
● Identificar alterações e anormalidade;
● Avaliar sintomas referidos pela paciente;
● Detectar precocemente nódulos mamários.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro

5. Material
● Camisola/Avental.
● Lâmina para coleta de secreção papilar (se necessário)

6. Descrição do procedimento
1 Chamar a paciente e pedir para que a mesma confirme seu nome.
2 Apresentar-se a paciente, recepcionando-a no local onde será feita o exame.
3 Reunir o material;
4 Higienizar as mãos (POP 45);
5 Realizar anamnese e registrar em prontuário;
6 Oferecer camisola/avental à paciente encaminhando-a ao banheiro/local reservado
solicitando-a que retire a parte superior da roupa e coloque a camisola com a
abertura para frente;
7 Solicitar à paciente que sente na maca;
8 Realizar a inspeção estática das mamas, observando lesões, alterações na pele,
retrações, edemas e abaulamentos;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 159

9 Realizar a inspeção dinâmica das mamas: Solicitar à paciente que abra os braços
paralelos ao corpo e levante até a cabeça, e com as mãos na cintura contraia a
musculatura peitoral;
10 Realizar palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares ainda com a paciente
sentada.
11 Solicitar à paciente que deite na maca e coloque os braços atrás da cabeça;
12 Observar o acrômio BREAST (em inglês):
B - massa na mama (breast mass),
R - retração (retraction),
E - edema (edema),
A - linfonodos axilares (axillary nodes),
S - ferida no mamilo (scaly nipple) e
T - sensibilidade na mama (tender breast);
13 Realizar palpação das mamas, uma de cada vez;
14 Utilizar as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos para examinar todo o tecido mamário
de forma circular da área distal para proximal do mamilo;
15 Cada quadrante deve ser examinado com três níveis de pressão: leve, médio e
profundo;
16 A região da aréola e da papila (mamilo) deve ser palpada e não pressionada
(comprimida) a menos que haja descarga papilar espontânea;
17 Auxiliar a paciente a descer da mesa ginecológica, encaminhando-a para vestir-se;
18 Orientar a paciente sobre os achados e solicitar exame complementar se
necessário;
19 Higienizar as mãos (POP 45);
20 Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar no prontuário, Resolução
COFEN n° 545/2017 e 429/2012 (POP 13);
21 Registrar o procedimento, conforme sistemas vigentes
22 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 59).

7. Observação
 Em caso de mulheres mastectomizadas a palpação deve ser realizada na parede
do tórax, pele e incisão cirúrgica;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 160

 Em caso de descarga papilar presente, independente do aspecto, proceder à coleta


da secreção em uma lâmina, identificando a mama coletada. Preencher impresso
específico para coleta de secreção papilar. Encaminhar ao laboratório e anotar
procedimento no prontuário;
 O exame clínico das mamas deve ser feito sempre que houver alguma queixa
relacionada às mamas;
 Em caso de alterações/achados durante o exame clínico das mamas é necessário a
solicitação de exames complementares;

8. Referências Bibliográficas
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo
da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Disponível em:
<www.campinas.sp.gov.br/saúde>. Acesso em: 18 nov 2019.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e Mudança nas Siglas das Categorias Profissionais. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Resolu%C3%A7%C3%A3o-545-
17.pdf. Acesso em: 5 out. 2020.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe Sobre o
Registro das Ações Profissionais no Prontuário do Paciente, e em Outros Documentos
Próprios da Enfermagem, Independente do Meio de Suporte - Tradicional ou
Eletrônico. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242097. Acesso
em 5 out 2020.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo
de Saúde da Mulher. Disponível em: <www.campinas.sp.gov.br/saude>. Acesso em:
12 nov 2019. Campinas, 2017.
 SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem
Médico-Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº 13. Controle dos
Cânceres de Colo de Útero e de Mama. Brasília, 2006.
 BARROS, S. M. O. de Enfermagem Obstétrica E Ginecológica: Um Guia Para A
Prática Assistencial. São Paulo: Rocca, 2002.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 161

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 184.203 COREN/SP 72.902
Débora Tresoldi Cerri
COREN/SP 90.271
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
10/02/2020 03 Chaúla Vizelli Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 173.997
Tienne de Almeida Antonio COREN/SP 181450
Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 162

POP 40 Realização de Eletrocardiograma

1. Definição
Registro gráfico de alterações em potencial elétrico da atividade cardíaca, cujo produto
final resulta no eletrocardiograma.

2. Objetivo
Obter registro gráfico da atividade cardíaca para obtenção de diagnóstico, avaliação da
terapêutica medicamentosa e evolução clínica.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Eletrocardiógrafo;
 Papel milimetrado;
 Eletrodo Cardioclip (Braçadeiras de ECG);
 Eletrodo descartável ou eletrodo de sucção (eletrodo precordial - Pêra de ECG);
 Álcool a 70%;
 Algodão seco ou gaze;
 Gel condutor;
 Dispositivo para realização de tricotomia (se necessário);
 Lençol;
 Lençol descartável.

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmando o nome, apresentando-se ao paciente e
explicando o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes
de iniciar a execução;
2 Checar a prescrição/solicitação;
3 Reunir o material;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 163

4 Higienizar as mãos (POP 42);


5 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
6 Checar o funcionamento do eletrocardiógrafo, verificando a integridade do cabo de
força, fio terra e cabo do paciente e conectado à rede de energia. Atentar para
orientações do fabricante);
7 Solicitar a retirada e/ou retirar objetos metálicos e/ou eletrônicos;
8 Solicitar e/ou posicionar o paciente em decúbito dorsal, com membros superiores e
inferiores paralelos ao corpo, de forma não adjacente, relaxados, Certificando-se
que o paciente não esteja em contato com alguma parte metálica no leito;
9 Solicitar e/ou expor tornozelos, punhos e tórax;
10 Cobrir o paciente, com o auxílio do lençol, para que o mesmo não fique totalmente
exposto;
11 Inserir papel milimetrado no local indicado;
12 Ligar o aparelho e iniciar o ECG, seguindo as orientações do fabricante;
13 Solicitar ao paciente que permaneça em repouso, evite tossir ou conversar,
enquanto o ECG está sendo registrado;
14 Efetuar a remoção de gordura, com algodão/gaze embebido em álcool a 70%, das
faces internas dos punhos e das faces internas dos tornozelos (acima dos maléolos
internos);
15 Instalar/colocar eletrodos em membros superiores e membros inferiores, (conforme
orientação do fabricante), para obtenção dos registros das derivações monopolares
e bipolares, seguindo o seguinte arranjo com o cabo do paciente:
Cabo vermelho (RA) em membro superior direito;
Cabo amarelo (LA) em membro superior esquerdo;
Cabo preto (RL) em membro inferior direito;
Cabo verde (LL) em membro inferior esquerdo.
16 Colocar os eletrodos de sucção (preferencialmente), ou eletrodos descartáveis no
tórax, para obtenção dos registros das derivações precordiais, seguindo o seguinte
arranjo com o cabo do paciente:
Cabo vermelho (V1) em 4º espaço intercostal, à direita do esterno;
Cabo amarelo (V2) em 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno;
Cabo verde (V3) em 5º espaço intercostal, diagonalmente entre V2 e V4;
Cabo marrom (V4) em 5º espaço intercostal, na linha média clavicular;
Cabo preto (V5) em 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior;
Cabo roxo (V6) em 5º espaço intercostal, na linha axilar média.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 164

17 Verificar, no aparelho, as luzes de alerta para: pilha/bateria, memória, saturação,


ruído, eletrodo solto, filtro, ganho, velocidade, modo de operação, up/down,
calibração e derivações e, caneta e haste de plotagem. Corrigir problemas que
forem detectados;
18 Iniciar o exame;
19 Avaliar se o registro efetuado pelo equipamento é compatível com o esperado para
um traçado eletrocardiográfico;
20 Aguardar o sinal sonoro, que indica o término da aquisição dos potenciais elétricos;
21 Retirar todos os eletrodos cardioclip (braçadeira);
22 Realizar limpeza do tórax, membros superiores e membros inferiores;
23 Retirar e/ou destacar folha do ECG;
24 Identificar o ECG com: nome completo do paciente, idade, data de nascimento,
data e hora da realização, carimbo e assinatura do profissional, nome da
instituição;
25 Desligar o aparelho, desconectando os cabos do paciente;
26 Auxiliar o paciente a levantar da maca, se necessário;
27 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
28 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
29 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
30 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Paciente deve estar em repouso absoluto para a realização do procedimento, no
mínimo 15 minutos e 30 minutos para quem estava fumando;
 Realizar tricotomia, caso seja necessário;
 Realizar limpeza imediata e eficaz das porções metálicas dos eletrodos Cardioclip
(braçadeiras) e eletrodos de sucção, para não acumular sujidades e consequente
alteração na capacidade de aquisição dos potenciais elétricos;
 Alertar o paciente quanto a possibilidade de pequenas lesões na utilização de
eletrodos de sucção, que devem evoluir com regressão do hematoma em dois dias;
 Utilizar a convenção de programação com: ganho N, velocidade de aquisição de 25
mm/s, modo automático e derivação DII;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 165

 É possível alteração na disposição das derivações precordiais quando as mesmas


estiverem voltadas para a direita (V1R, V2R, V3R, V4R, V5R, V6R) e com
derivações posteriores à esquerda (V7, V8, V9, V10, V11, V12). Nos referidos
casos, deve-se identificar as novas derivações no ECG;
 Em situações nas quais os eletrodos cardioclip (braçadeiras) não possam ser
utilizados nos membros devido a amputações, imobilizações e/ou traumas, devem
ser utilizados eletrodos descartáveis nas porções proximais dos membros;
 Em crianças, dependendo da idade, devemos utilizar eletrodos descartáveis nos
membros, em substituição ao eletrodo cardioclip (braçadeiras);

8. Referências Bibliográficas
 SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem
Médico-Cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
 VASCONCELOS, C. C. C. S. Eletrocardiograma. Natal, 2010.
 FISCHBACH, F. T. Manual De Enfermagem: Exames Laboratoriais E
Diagnósticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
 SOUZA, L. P; LIMA, M. G. Atuação Do Enfermeiro Na Realização e Interpretação do
Eletrocardiograma (ECG) Em Unidade De Terapia Intensiva (UTI). UNINGÁ n.37,
p.173-194, 2013. Disponível em:
 <http://www.mastereditora.com.br/periodico/20131122_175052.pdf>. Acesso em 11
Set 2018.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 166

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elton Pallone de Oliveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 156.486 COREN-SP 72.902
Cristiane da Rocha Ferreira
Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Priscila de Paula Marques Rosana Aparecida Garcia
COREN-SP 245050 COREN-SP 72.902
Valeria Cristina Jodjahn
Figueiredo
COREN-SP 61341
10/02/2020 03 Priscila de Paula Marques Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN-SP 245050
COREN/SP 181450
Valeria Cristina Jodjahn
Figueiredo
COREN-SP 61341
Grasiela Nogueira
COREN-SP
Paula Valéria Domingues Magri
COREN/ SP 180960
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 167

POP 41 Equipamento de Proteção Individual

1. Definição
Obrigatoriedade de uso dos Equipamentos de Proteção Individual nas Unidades de
Saúde.

2. Objetivo
Garantir a saúde e a proteção do servidor, minimizando e/ou evitando consequências
negativas em casos de acidentes de trabalho. O EPI também é usado para garantir que o
profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a
capacidade de trabalho e de vida durante e depois da fase ativa de trabalho.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Descrição
1 Utilizar em todos os locais/ situações de trabalho que possuam riscos ambientais
capazes de causar danos à saúde dos servidores e/ou nas áreas identificadas por
aviso;
2 A Prefeitura Municipal de Campinas deverá fornecer os EPI's gratuitamente aos
seus servidores cuja atividade exija a sua utilização, sendo obrigatório o uso nas
circunstâncias ou situações de trabalho definidas no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA;
3 Os EPI's, por questão de organização e higiene, devem ser de uso individual, ou
seja, cada servidor deve possuir o seu;
4 Os servidores poderão solicitar informação/ treinamento específico sobre EPI
quando necessário;
5 O servidor deverá ser responsabilizado pela conservação e guarda dos EPI's
distribuídos, no caso de dano, perda ou extravio dos mesmos, o servidor deverá
receber outro em substituição;
6 A recusa, por parte do servidor, da utilização de qualquer EPI estabelecido pela
Prefeitura, o sujeitará as sanções legais;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 168

7 Medidas de controle a serem adotadas:

- Os Equipamentos de Proteção Individual devem ser utilizados durante todo o período


em que a atividade realizada ofereça risco a segurança e saúde do servidor, não
podendo levá-los para a residência e tão pouco a trabalhos realizados fora do
expediente que não sejam a serviço da Prefeitura Municipal de Campinas.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Luva para Bota
Avental
Óculos Máscara Máscara proteção Luva de em
Atividade Luva Touca Avental descartável Japona
de Cirúrgica N95 / contra procedimento EVA
realizada/ EPI térmica descartável plástico manga térmica
proteção descartável PFF2 agentes (látex ou vinil) ou
longa
químicos PVC

Vacina X

Expurgo /
Lavagem de X X X X X X X
materiais
Preparo e
acondiciona/to. X* X X X
área limpa
Pequenas X
X X X X
cirurgias Luva estéril
Autoclave X
Assistência a
pacientes com
Tuberculose,
Varicela
X X
(Catapora) e
Herpes Zoster,
Sarampo e
Influenza.

Limpeza da
Unidade (uso de
X X
produtos
domissanitários)
Motorista material
X X
de coleta
Atividades na
X X
câmara fria
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 169

EPI OBJETIVO MODELO

Avental descartável, Proteger de respingos e contato com materiais biológicos tais como sangue, fluidos
manga longa corporais, secreções ou excreções.

Avental plástico Proteger parte frontal do usuário contra riscos químicos, biológicos e físicos.

Bota em PVC ou EVA Proteger os membros inferiores contra umidade e produtos químicos.

Proteger as mãos contra riscos biológicos e químicos. Obrigatório quando houver


Luva de
possibilidade de contato com sangue, secreções e excreções, como mucosas ou
procedimento
áreas da pele não íntegra, ferimentos, escaras e feridas cirúrgicas, procedimentos
descartável (látex,
ginecológicos, etc.. As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e
vinil e/ou nitrílica)
assépticos.

Luva em borracha
Proteger as mãos do usuário contra riscos químicos.
nitrílica

Luva térmica em
Proteger as mãos do usuário contra agentes térmicos – temperatura até 250 Cº.
silicone

Proteger o servidor da Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à


curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam
Máscara cirúrgica
atingir suas vias respiratórias; minimizar a contaminação do ambiente com secreções
descartável
respiratórias geradas pelo próprio servidor ou pelo paciente em condição de
transporte.

Proteger as vias respiratórias para evitar contaminação por agentes biológicos e


químicos. Deve ser usada na assistência a pacientes em Precauções Aéreas, ou seja,
Respirador semifacial
sempre que houver possibilidade de contato com partículas suspensas no ar (≤5µm),
PFF2 / N95
das seguintes doenças: Tuberculose, Varicela (Catapora) e Herpes Zoster, Sarampo e
Influenza. (aerossóis)

Proteger durante procedimentos que haja a possibilidade de respingo de sangue e


Óculos de segurança
outros fluidos corpóreos, sendo indicados também durante a manipulação de produtos
lente incolor
químicos em atividades no expurgo e desinfecção de materiais.

Proteger o servidor contra exposição a fluídos infectantes; prevenir de contaminação


Touca descartável dos cabelos dos funcionários (no expurgo) e a queda dos cabelos no preparo de
produtos para a saúde (no preparo, esterilização e arsenal).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 170

8 Sequência de paramentação dos EPI's:

1 – Avental
2 – Máscara
3 – Óculos
4 – Luvas

9 Retirada correta dos EPI's:

1 – Luvas
2 – Óculos
3 – Máscara
4 – Avental

10 Orientação higienização e conservação dos Equipamentos de Proteção Individual –


EPI's:

- Caso o EPI seja lavável, prefira sempre realizar a lavagem com sabão neutro;
- Esteja atento para EPI's que devem ser higienizados com produtos específicos;
- Seque os EPI's na sombra, pois eles podem ser danificados quando expostos ao
sol;
- Tome cuidado para não derrubar o EPI durante a higienização, pois isso pode
comprometer sua integridade;
- Assim que utilizar o EPI, guarde-o corretamente em local seguro e livre de fatores
potencialmente prejudiciais ao material do equipamento — como calor ou umidade;
- Nunca guarde o EPI molhado ou úmido, pois ele pode criar mofo ou outras
bactérias;
- Não utilize os calçados de segurança sem meias;
- Se o EPI foi descartável sempre faça o descarte em um local adequado.

11 Reutilização e guarda do respirador PFF2 / N95:


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 171

- As PFF podem ser reutilizadas pela mesma pessoa enquanto estiverem em bom
estado, isto é, com vedação aceitável, tirantes elásticos íntegros e não estiverem sujas
ou contaminadas por fluidos corpóreos.

- Para a guarda recomenda-se colocá-la em embalagem individual não hermética, de


forma a permitir a saída da umidade (por exemplo, embalagem plástica perfurada). Não
é recomendável o uso de embalagem de papel ou de outro material que absorva
umidade ou sirva de substrato para a proliferação do patógeno.

12 Como colocar máscara cirúrgica descartável e PFF2 / N95:

Máscara cirúrgica descartável

Colocar sobre o nariz, boca e queixo;

Adaptar a peça flexível sobre o nariz;

Amarrar logo acima das orelhas e na nuca;

Respirador descartável PFF2/ N95


Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 172

6. Referências Bibliográficas

 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de proteção respiratória


contra agentes biológicos para trabalhadores de saúde. Brasília/DF; ANVISA; 1ª
ed.; 2009. 95 p. tab, ilus. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-
busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col
_id=column-
1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101
_assetEntryId=327062&_101_type=document>. Acesso em: 6 jan. 2020.

 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de proteção


individual. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf>. Acesso
em: 6 jan. 2020.

 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 32 – Segurança e saúde no trabalho


em serviços de saúde. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf> .
Acesso em: 6 jan. 2020.

 BRASIL. RESOLUÇÃO – RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html>.
Acesso em: 6 jan. 2020.

 TRAMONTINI, Cibele Cristina et al. Composição da fumaça produzida pelo bisturi


elétrico: revisão integrativa da literatura. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 50,
n. 1,p. 144-153, Feb. 2016. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342016000100144&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 Nov. 2019.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
Gustavo de Freitas Correa
Renata Cauzzo Zingra Mariano
06/01/2020 01
COREN 181.450
Liliana Vala Zoldan
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 173

POP 42 Higienização simples das mãos

1. Definição
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde.

2. Objetivo
Remover a sujidade e outros resíduos, reduzir a microbiota transitória e prevenir a
transmissão de microorganismos patogênicos.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Pia
 Papel toalha
 Almotolia de sabão líquido neutro ou soluções antissépticas

6. Descrição do procedimento
1 Confirmar a presença dos materiais necessários para o procedimento;
2 Retirar adornos;
3 Arregaçar a manga do vestuário até altura do cotovelo, se necessário;
4 Posicionar-se em frente a pia, sem encostar-se à mesma;
5 Abrir a torneira;
6 Molhar as mãos;
7 Fechar a torneira;
8 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido neutro para cobrir
toda superfície das mãos;
9 Friccionar toda a superfície de 10 a 15 segundos:
 palma contra palma;
 palma direita sobre dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos;
 palma esquerda sobre o dorso da mão direita, entrelaçando os dedos;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 174

 palma contra palma com os dedos entrelaçados, friccionando os espaços


interdigitais;
 parte posterior dos dedos em oposição à palma, com movimentos de vai e vem;
 rotação dos polegares direito e esquerdo;
 friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão
esquerda fechada em concha fazendo movimento circular e vice- versa;
 esfregar punho esquerdo com auxílio da palma da mão direita em movimento
circular e vice- versa;
10 Abrir a torneira;
11 Enxaguar as mãos no sentido dos dedos para os punhos;
12 Enxugar as mãos com papel toalha, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos;
13 Fecha a torneira com auxílio do mesmo papel toalha que enxugou as mãos e
desprezá-lo na lixeira de resíduos comuns.

7. Observação
 Segundo a NR32 não se deve usar adornos no local de trabalho.
 Os cinco momentos para a higienização das mãos são: antes de contato com o
paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após risco de exposição a
fluidos corporais, após contato com o paciente, após contato com as áreas próximas
ao paciente.
 Manter unhas curtas e limpas e não utilizar unhas artificiais.
 Evite espirrar, pois os microrganismos disseminam-se com maior facilidade em
superfícies úmidas.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo para prática de higiene das mãos em
serviços de saúde. Elaborado pela Equipe técnica da ANVISA. Brasília, 2013.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 STACCIARINI T.S.G., Procedimentos operacionais padrão em enfermagem.
Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba, MG, 2011.
 BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Portaria n° 485 de 11 de
novembro de 2005. Norma Regulamentadora nº 32 (NR32): Segurança e Saúde no
Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. ANEXO I, artigo 32.2.4.5 b, 2005.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 175

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Leonora Adissi Cordeiro
COREN/SP 280.535
11/01/2016 02 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Leonora Adissi Cordeiro
COREN/SP 280.535
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 398938
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 176

POP 43 Higienização Pré-Operatória das Mãos

1. Definição
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde.

2. Objetivo
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de
proporcionar efeito residual na pele do profissional. Prevenir a transmissão de
microorganismos patogênicos.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
● Solução antisséptica degermante
● Escova cirúrgica estéril
● Compressa cirúrgica estéril
● Espátula caso seja necessário

6. Descrição do procedimento
Utiliza-se a mesma técnica para a lavagem das mãos simples, substituindo-se o sabão
por uma solução degermante (POP 42).
1 Confirmar a presença dos materiais necessários para o procedimento;
2 Retirar adornos;
3 Arregaçar a manga do vestuário até altura do cotovelo, se necessário;
4 Posicionar-se em frente a pia, sem encostar-se à mesma;
5 Abrir a torneira;
6 Molhar as mãos, antebraços e cotovelos;
7 Recolher com as mãos em concha, a solução antisséptica e espalhar nas mãos,
antebraços e cotovelos. No caso de usar escova impregnada com antisséptico,
pressionar a parte da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 177

8 Friccionar ou escovar, com a escova estéril, as mãos, antebraços e cotovelos, por 3


a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos;
9 Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador (espátula);
10 Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos,
retirando todo o resíduo do produto usado;
11 Manter as mãos em um nível mais alto que os cotovelos;
12 Fechar a torneira com o cotovelo, se a torneira não for fotossensível;
13 Enxugar as mãos e antebraços com compressa estéril, iniciando pelas mãos e
seguindo por antebraço e cotovelo;
14 Colocar a compressa estéril em local apropriado.

7. Observação
 Segundo a NR32 não se deve usar adornos no local de trabalho.
 Manter unhas curtas e limpas e não utilizar unhas artificiais.
 A degermação das mãos deve ser sempre realizada antes de procedimentos
cirúrgicos ou invasivos.
 Antes de iniciar a degermação das mãos e antebraços, colocar a touca, a máscara
cirúrgica e os óculos de proteção.
 Evitar o uso de água muito quente ou muito fria na lavagem das mãos para evitar
ressecamento da pele.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria MS/GM n° 529, de 01 de abril de 2013.
Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília:
Ministério da Saúde. 2013.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em
Serviços de Saúde. MINISTERIO DA SAÚDE / ANVISA / FIOCRUZ, 2013.
 BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Manual de procedimentos de
enfermagem. COREN DF. Distrito Federal, 2012.
 SÃO PAULO. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Parecer 14/2010. Uso
de luvas de procedimento para a administração de medicamentos, São Paulo, 2010
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em
Serviços de Saúde. Higienização das Mãos. Brasília/DF, 2009.
 BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Portaria n° 485 de 11 de
novembro de 2005. Norma Regulamentadora nº 32 (NR32): Segurança e Saúde
no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. ANEXO I, artigo 32.2.4.5 b, 2005.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 178

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Leonora Adissi Cordeiro
COREN/SP 280.535
11/01/2016 02 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Leonora Adissi Cordeiro
COREN/SP 280.535
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938 COREN/SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 179

POP 44 Lavagem Gástrica

1. Definição
Procedimento realizado para diminuir a absorção de agentes tóxicos (por ingestão de
alimentos ou medicamentos), bem como remover secreções irritantes à mucosa gástrica.

2. Objetivo
Diminuir a exposição dos agentes tóxicos por medidas de esvaziamento gástrico ou pela
diminuição da absorção intestinal. Drenar secreções da cavidade gástrica. Limpar e
remover secreções irritantes. Diagnosticar e tratar hemorragia gástrica. Obter conteúdos
gástricos para análise laboratorial. Esvaziar o estômago para preparo de exame
endoscópico.

3. Contraindicação
Ingestão de substância corrosiva.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
● EPI (luva de procedimento)
● Sonda nasogástrica calibrosa
● Gaze não estéril
● Gel hidrossolúvel
● Seringa de 20ml
● Soro Fisiológico 0,9%
● Equipo macro gotas
● Bolsa coletora.

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
2 Checar a prescrição;
3 Reunir o material;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 180

4 Higienizar as mãos (POP 42);


5 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
6 Paramentar-se com o EPI;
7 Proceder à técnica de Sondagem nasogástrica, se o paciente não estiver sondado
(POP 62);
8 Se estiver com sonda, conectar o equipo da solução na sonda nasogástrica e
infundir lentamente;
9 Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo elevado com cabeça fletida,
diminuindo a passagem do conteúdo gástrico para o duodeno durante a lavagem
gástrica;
10 Administrar volumes fracionados de SF 0,9% conforme prescrição médica,
permitindo retorno do líquido infundido. Repetir o procedimento até que o líquido
instilado retorne claro e não se observe resíduos;
11 Retirar a sonda e recolher o material;
12 Após a sondagem oferecer gargarejo para limpar a boca;
13 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
14 Retirar os EPIs e higienizar as mãos;
15 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
16 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
17 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Em crianças, utiliza-se SF 0,9% aquecido a 38°C para evitar hipotermia.
 Durante a lavagem, observar o volume de retorno, que deverá ser o mesmo do
infundido.
 Checar a necessidade de coleta de material para análise laboratorial, que deve
anteceder a lavagem gástrica.
 Observar continuamente qualquer alteração de nível de consciência e monitorar
frequentemente os sinais vitais, pois a resposta vagal natural à intubação pode
diminuir a frequência cardíaca do paciente.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 181

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. Brasil, 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
Brasil, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
 Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Edméia Aparecida N. Duft
COREN/SP 52754
11/01/2016 02 Tienne de Almeida A. Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Edméia Aparecida N. Duft
COREN/SP 52754
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN/SP 181450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 182

POP 45 Lavagem Intestinal

1. Definição
Lavagem intestinal consiste no processo de introdução no intestino de solução,
medicamentosa ou não, por meio de sonda retal. O processo de lavagem intestinal
também é denominado enteroclisma. Quando a quantidade de solução infundida é menor
(de 50ml a 500ml) é denominada clister ou enema.

2. Objetivo
Auxiliar no amolecimento do conteúdo fecal viabilizando sua exteriorização, aliviando a
constipação. Preparo e realização de procedimento diagnóstico ou terapêutico.

3. Contraindicação
● Portadores de apendicite
● Obstrução intestinal
● Hemorragia retal não diagnosticada
● Lesões intestinais

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem

5. Material
● EPI (luvas de procedimento, óculos, avental)
● Solução prescrita
● Sonda retal
● Equipo macrogotas
● Suporte de soro
● Comadre ou fralda descartável
● Xylocaína 2% (se for necessário realizar toque retal)
● Biombo se necessário

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 183

2 Checar a prescrição;
3 Reunir o material;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
6 Aquecer a solução prescrita a 37º e conectar o equipo macrogotas e a sonda retal;
7 Paramentar-se com os EPIs;
8 Posicionar o paciente em DLE, se possível, com MIE estendido e MID fletido;
9 Lubrificar a sonda retal com a própria solução a ser administrada ou utilize xylocaina
2%;
10 Introduzir a sonda retal lentamente no ânus, cerca de 5 a 7 cm nas crianças e 10 a
13 cm nos adultos;
11 Infundir a solução de acordo com a prescrição médica;
12 Após o término da infusão, retirar a sonda e comprimir as nádegas;
13 Oferecer a comadre, colocar fralda descartável ou encaminhar o paciente ao vaso
sanitário, conforme condições clínicas;
14 Deixar o paciente confortável;
15 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
16 Retirar os EPIs e higienizar as mãos;
17 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
18 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
19 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Observar lesões de pele e mucosa antes e após o procedimento.
 Nunca forçar a introdução da sonda, em caso de resistência comunicar o enfermeiro
ou médico.
 Na ocorrência de desconforto abdominal, suspender o uso imediatamente.
 O enfermeiro deve avaliar os riscos e habilidade do cuidador para permanência ou
não do profissional de enfermagem no domicilio até o final do gotejamento.
 O cuidador deverá avisar a equipe por meio de ligação telefônica sobre o resultado do
procedimento.
 Combinar sempre que possível com o cuidador o melhor horário a ser realizado o
procedimento, pois neste dia, os cuidados lhe tomarão mais tempo.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 184

8. Referências Bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo
de atendimento domiciliar: Protocolo de assistência de enfermagem. Campinas/SP,
2014.
 SÃO PAULO. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Parecer n° 032/2010.
Lavagem Intestinal, 2010.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Flavio Ventura dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 224.222 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha Ferreira Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Flavio Ventura dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 224.222 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha Ferreira Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN/SP 181450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 185

POP 46 Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Materiais

1. Definição
Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente
nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza,
por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas
(lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio do profissional,
adequadamente limpo e preparado para desinfecção e ou esterilização, conforme
especificidade dos artigos, garantindo a eficácia do processamento.

2. Objetivo
Diminuir carga microbiana dos artigos através da remoção de biofilmes e endotoxinas.
Remover resíduos orgânicos e inorgânicos para que os mesmos não comprometam a
integridade dos artigos e nem a eficácia do processamento, tornando-se barreira física
que impeça a ação do agente desinfetante e esterilizante.

3. Contraindicação
Não há.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material (por sala)


Expurgo: Descontaminação prévia/Limpeza:
 EPIs: gorro, máscara, óculos de proteção, luvas de borracha, avental impermeável,
sapato fechado impermeável, antiderrapante, protetor auricular se necessário
 Recipientes plásticos de cor opaca com tampa
 Seringa de 20 ml
 Jarra medidora 1litro
 Detergente enzimático
 Panos limpos e macios e/ou toalhas descartáveis que não soltem resíduos,
preferencialmente de cor clara
 Escovas de cerdas duras, finas e acessórios de limpeza não abrasivos não liberem
partículas, ou cerdas
 Álcool 70%
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 186

 Protetor auditivo se necessário


 Detergente neutro próprio para limpeza de produtos para saúde (proibido uso de
detergente doméstico)

Preparo e esterilização de materiais


 EPIs: Luvas de procedimento, máscara cirúrgica, gorro, sapato fechado
impermeável, antiderrapante, protetor auricular se necessário
 Embalagem: Papel grau cirúrgico
 Tesouras
 Panos limpos e macios e/ou toalhas descartáveis que não soltem resíduos e de cor
clara
 Álcool 70%
 Detergente neutro próprio para limpeza de produtos para saúde (proibido uso de
detergente doméstico)
 Caixas plásticas com tampa
 Máquina seladora
 Pacote desafio tipo BOWIE & DICK
 Pacote desafio com indicador biológico e integrador químico classe 5, ampolas com
indicador biológico para controle
 Pacote desafio com integrador químico classe 5 (liberador de carga)
 Incubadora para indicador biológico
 Caneta adequada para registro no papel grau cirúrgico
 Etiquetas
 Livro de registro para monitoramento do processo de esterilização contendo o
resultado dos testes (BOWIE & DICK, indicador biológico e integrador químico) e
impressos da autoclave com os parâmetros de cada ciclo (tempo, temperatura e
pressão) e da incubadora
 Instrumento para controle dos parâmetros físicos (tempo, temperatura e pressão) da
autoclave (na falta da impressão da autoclave)
 Local para armazenamento (armários, recipientes com tampas, estantes)
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 187

Desinfecção de materiais termossensíveis


 EPIs: luvas de borracha, máscara (compatível com a toxicidade do germicida),
óculos de proteção, gorro, avental impermeável, sapato fechado impermeável
antiderrapante, protetor auricular se necessário;
 Recipiente plástico de cor opaca e com tampa para solução química;
 Recipientes plásticos com tampa para armazenamento e transporte de materiais;
 Embalagens plásticas;
 Detergente enzimático;
 Seringa de 20 ml;
 Jarra medidora 1litro;
 Instrumento para controle dos parâmetros físicos/ químicos da solução e tempo de
imersão;
 Solução química desinfetante (Ex:Hipoclorito de sódio 1%, Dióxido de cloro 7%,
Ácido Peracético, álcool 70%);
 Toalhas descartáveis que não soltem resíduos
 Escovas de cerdas duras, finas e acessórios de limpeza não abrasivos que não
liberem partículas, ou cerdas;
 Detergente neutro próprio para limpeza de produtos para saúde (proibido uso de
detergente doméstico);
 Fita adesiva para identificação dos recipientes com soluções (conter: nome do
produto, data do preparo, validade da solução, nome do profissional e COREN).
 Seladora.

6. Descrição do procedimento

Expurgo – Área Suja: Descontaminação Prévia/Limpeza:


1 Higienizar as mãos (POP 42);
2 Colocar os EPIs, proporcionando barreira física entre o profissional e os fluídos
corporais e matéria orgânica;
3 Separar os artigos que serão processados, desmontar peças que apresentam
articulações, encaixes ou conexões;
4 Remover o excesso de matéria orgânica visivelmente presente com auxílio de
gaze, pois a presença de matéria orgânica protege os microrganismos do contato
com agentes desinfetantes e esterilizantes, tornando o método ineficaz;
5 Preparar recipiente com solução contendo detergente enzimático, conforme
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 188

orientação de diluição do fabricante, colocando os materiais em imersão completa,


sem sobreposição de material, mantendo o recipiente tampado, durante tempo
recomendado pelo fabricante e não excedendo este tempo, para a solução não se
tornar substrato para as bactérias, propiciando aumento da contaminação dos
artigos;
6 Retirar os materiais e desprezar a solução com detergente enzimático, a qual
deverá ser utilizada uma única vez;
7 Enxaguar os materiais em água corrente para remoção da solução;
8 Esta etapa deve ser feita com o artigo dentro de uma solução para que não haja
dispersão de gotículas no ambiente. O uso do detergente enzimático não substitui
a fricção dos artigos;
9 Realizar limpeza manual com auxílio de escova/bucha não abrasiva e detergente,
com movimentos de fricção. A presença de ferrugem, crostas, umidade, oxidações,
ranhuras comprometem a qualidade do processo de esterilização;
10 Enxaguar novamente até completa remoção dos resíduos;
11 Colocar os materiais sobre uma bancada forrada com toalha descartável, para
secagem do material;
12 Secar individualmente cada material com o auxílio de toalha descartável e realizar
atenta inspeção a fim de identificar presença de resíduos, ranhuras, oxidações,
umidade ou secreções. Caso perceba alguma inadequação do material, este
deverá ser separado para novo processo de limpeza ou inutilização;
13 Colocar os materiais secos em recipiente limpo e encaminhar para a sala de
preparo e esterilização de materiais;
14 Após o manuseio dos materiais, deixar o ambiente de trabalho em ordem (POP
56): hamper vazio, pia limpa e seca passando álcool 70% em todas as bancadas;
15 Higienizar as caixas plásticas e as lavar as luvas de borrachas;
16 Higienizar as mãos (POP 42).

Área Limpa - Preparo e esterilização de materiais


1 Higienizar as mãos (POP 42);
2 Preparar o setor para o início das atividades verificando se todos os insumos,
testes para monitoramentos químico, físico e biológico, todos os tamanhos de
sistema de barreira estéril, livro de registros e soluções estão disponíveis e aptos
para uso;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 189

3 Realizar limpeza diária da câmara interna da autoclave com solução de detergente


neutro e posteriormente umedecidas apenas com água até a remoção total dos
resíduos de detergente. Isso aumenta a vida útil do equipamento e evita a
obstrução do dreno com resíduos liberadas pelo sistema de barreira estéril;
4 Realizar limpeza diária da face externa da autoclave e demais equipamentos
observando as orientações dos fabricantes, quanto a limpeza dos mesmos;
5 Realizar desinfecção das mesas, bancadas e armários com álcool a 70% antes de
iniciar as atividades;
6 Higienizar novamente as mãos (POP 42);
7 Colocar os EPIs - luvas de procedimento, gorro e máscara;
8 Separar os materiais que serão embalados e observar limpeza, integralidade e
funcionalidade;
9 Montar kits para procedimentos conforme necessidade do serviço;
10 Cortar o papel grau cirúrgico de modo que o material fique bem-acondicionado,
evitando pacotes muito grandes ou muito pequenos em relação ao material a ser
acondicionado, garantindo uma embalagem que não comprometa o processo de
esterilização (abertura e manuseio do material sem risco de contaminação). Ao
utilizar embalagem dupla garantir que não apresentem dobras internas.
11 Selar o pacote de modo que permita sua abertura sem contaminação do material
estéril, garantindo que a selagem seja contínua, pois pequenas falhas permitem a
entrada de microrganismos;
12 Dispor os artigos de modo vertical para facilitar a entrada e circulação do vapor. O
acondicionamento adequado dos pacotes dentro da autoclave permite a circulação
do ar e do vapor, garantindo que todos os materiais sejam expostos ao agente
esterilizante, à temperatura e ao tempo previsto;
13 Manter as paredes livres e espaços entre os pacotes, não ultrapassando 70% da
capacidade da câmara. Os pacotes dos materiais devem ser dispostos de modo
que o lado filme fique em contato com o lado filme do outro pacote;
14 Posicionar o Indicador Biológico “pacote desafio” no local com maior dificuldade de
circulação do vapor - em cima do dreno e na posição horizontal, no primeiro ciclo,
diariamente, atentando para que as paredes da câmara permaneçam livres e
também deixar espaço entre os pacotes;
15 Ligar autoclave conforme orientações do fabricante e aguardar completar ciclo de
esterilização, registrando os parâmetros do ciclo em impresso próprio;
16 Observar durante o ciclo de esterilização se temperatura e pressão foi atingida;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 190

17 Ao final do ciclo, aguardar o manômetro indicar ausência total de pressão e


entreabrir a porta por dez minutos para saída do vapor;
18 Quando os pacotes estiverem frios, higienizar as mãos e retirá-los da câmara da
autoclave;
19 Observar integralidade dos pacotes e presença de umidade, manchas, sujidade,
perfurações, rasgos. Caso ocorre alguma alteração, comunicar a enfermeira e
reprocessar o material;
20 Separar o Teste Biológico “pacote desafio”, colocar na incubadora para realizar
leitura conforme orientação do fabricante e registrar em livro controle. Liberar os
materiais para uso conforme resultado da leitura do teste. A Incubadora deverá ser
ligada 1 hora antes da incubação. As cargas não devem ser liberadas quando
houver alteração nos parâmetros físicos (tempo, temperatura e pressão), os
indicadores químicos presentes no papel grau cirúrgico não corarem indicando que
os materiais não foram expostos à esterilização ou o indicador biológico der
resultado positivo;
21 Identificar os pacotes processados com a data da esterilização, data de validade,
ciclo e funcionário responsável. As anotações podem ser feitas na aba de papel de
manuseio do material;
22 Armazenar em local limpo, seco e arejado os materiais esterilizados, evitando
sobrecarga de peso, amassar os pacotes ou amarrar com fitas e elásticos, pois
danificam a integridade do papel grau cirúrgico;
23 Observar os materiais já estocados quanto a integralidade da embalagem e
validade da esterilização (7 dias) e se necessário encaminhar para ser
reprocessado;
24 Manter a sala em ordem (POP 56).

Observações: o primeiro ciclo do dia deverá ser realizado sem carga contendo o
teste de Bowie&Dick, seguindo orientações do fabricante. No primeiro ciclo com
carga, deverá ser realizado o teste biológico com integrador químico e em todos
os demais ciclos, apenas o teste com integrador químico.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 191

Desinfecção de materiais
1 Higienizar as mãos (POP 42);
2 Colocar os EPIs, proporcionando barreira física entre o profissional, os fluídos
corporais, matéria orgânica e não orgânica;
3 Preparar o setor para o início das atividades verificando se todos os materiais,
acessórios e soluções estão disponíveis e aptos para uso, fazendo higienização e
desinfecção das mesas, bancadas, caixas e armários com álcool a 70%;
4 Efetuar limpeza dos materiais conforme descrito no item: Expurgo: Área suja;
5 Respeitar as barreiras técnicas na ausência de barreira física ao realizar a
desinfecção química, cuidando de utilizar entre outras coisas, acessórios de
limpeza exclusivos para produtos que serão desinfetados e pia exclusiva para
limpeza, para garantir que não tenha contaminação cruzada entre o ambiente sujo
e o limpo;
6 Secar individualmente cada material com o auxílio de pano limpo e macio ou toalha
descartável de cor clara que não liberem fibras, inspecionando a limpeza, do
sentido proximal para o distal (controle do processo de limpeza), mantendo
desmontadas e desconectadas todas as peças removíveis. Os artigos com lumens
devem ser secos com ar sob pressão;
7 Escolher o agente desinfetante de acordo com a classificação dos produtos para
saúde: artigos semicríticos ou não críticos;
8 Observar a compatibilidade dos artigos em relação ao desinfetante e seu tempo de
ação: O hipoclorito a 1% é corrosivo com metais, tem ação descolorante, é
inativado na presença de matéria orgânica, quando exposto a radiação ultravioleta
e ao calor. O álcool 70% deixa opaco o acrílico, resseca alguns plásticos e
borrachas e não é recomendado para produtos óticos;

Desinfecção de nível intermediário com hipoclorito a 1%:


1 Preparar a solução desinfetante de hipoclorito a 1% em recipiente opaco, com
tampa e de uso exclusivo, previamente identificado com o nome da solução;
2 Preencher instrumento para controle do processo de desinfecção e rastreamento, o
qual deve conter: identificação da solução desinfetante, horário que foi preparada,
tempo de validade, assinatura/COREN do profissional que realizou o preparo da
solução e o teste de concentração, horário de imersão e retirada dos produtos,
itens desinfetados e assinatura/COREN do profissional executor;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 192

3 Imergir completamente todas as peças no recipiente contendo solução de


hipoclorito a 1%, preenchendo todas as estruturas ocas e lumens com o auxílio de
uma seringa de 20 ml. Os materiais leves, que tendem a boiar, devem ser mantidos
imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas colocadas sobre
os itens;
4 Retirar os materiais após 30 minutos, cronometrados a partir do último item imerso
na solução;
5 Enxaguar abundantemente em água potável até a retirada total do agente
desinfetante, a presença de resíduos de hipoclorito nos artigos inalatórios pode
causar irritação na mucosa respiratória dos pacientes.
6 Colocar os artigos sobre pano limpo ou toalha descartável de cor clara que não
liberem fibras e secar de forma minuciosa, imediatamente após enxague,
inspecionando novamente do sentido proximal para o distal (monitoramento do
processo de desinfecção), montar as peças removíveis/ kits e secar os lumens com
ar sob pressão;
7 Encaminhar os produtos secos para área de preparo em caixa com tampa
previamente limpa e desinfetada;
8 Embalar os artigos em sacos plásticos atóxicos, selando-os (quando aplicável) e/ou
guardá-los em recipiente plástico com tampa previamente limpo, desinfetado e
identificados;
9 Identificar os materiais desinfetados com o nome do artigo, nome do agente
desinfetante, data da desinfecção, data de validade e assinatura e COREN do
profissional executor;
10 Armazenar os materiais desinfetados em local separados dos esterilizados;
11 Desprezar solução de hipoclorito após o vencimento, lavar e secar recipiente e
tampa para evitar a criação de biofilme. A solução de hipoclorito de sódio 1% tem
validade de 24 horas, porém recomenda-se desprezá-la a cada 12 horas, ou
conforme necessidade;

Desinfecção de nível intermediário com Álcool 70%:


1 Friccionar os artigos não críticos ou superfícies após a limpeza, com álcool 70%
por 30 segundos, aguardando a secagem por evaporação ou passar o álcool em
toda superfície do artigo por 3 vezes, aguardando a evaporação total do mesmo
em todas elas. O processo de desnaturação proteica dos componentes
microbianos ocorre durante a evaporação do álcool 70%;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 193

2 Encaminhar os produtos secos para área de preparo em caixa com tampa


previamente limpa e desinfetada;
3 Embalar os artigos em sacos plásticos atóxicos, selando-os (quando aplicável) e/ou
guardar os artigos em recipiente plástico com tampa previamente limpo,
desinfetado e identificado;
4 Identificar os materiais desinfetados com o nome do artigo, nome do agente
desinfetante, data da desinfecção, data de validade, assinatura e COREN do
profissional executor;
5 Armazenar os materiais desinfetados em local separados dos esterilizados;
6 Manter o álcool 70% em recipiente fechado, previamente identificado (almotolia),
em local ventilado e fresco, distante de fonte de faísca, por ser volátil e inflamável.
Este produto em almotolia tem validade de 7 dias.

Desinfecção de alto nível com dióxido de cloro estabilizado a 7%:


1 Preparar a solução desinfetante de dióxido de cloro estabilizado a 7% em
recipiente opaco, com tampa e de uso exclusivo, previamente identificado com o
nome da solução, diluindo o produto conforme orientação do fabricante (5 ml para
cada litro de água);
2 Aguardar a homogeneização do produto (10 minutos) e testar a sua concentração
com fita dosadora. Esse teste deve ser realizado logo após o preparo e/ou a cada
troca de plantão, se necessário. Se houver alteração da concentração deve se
desprezar a solução;
3 Identificar a data de abertura e data de validade após aberto do frasco de fitas
dosadoras, sempre que abrir um novo;
4 Preencher instrumento para controle do processo de desinfecção e rastreamento, o
qual deve conter: identificação da solução desinfetante, horário que foi preparada,
tempo de validade, assinatura/COREN do profissional que realizou o preparo da
solução e o teste de concentração, horário de imersão e retirada dos produtos,
itens desinfetados e assinatura/COREN do profissional executor;
5 Imergir completamente todas as peças no recipiente contendo dióxido de cloro
estabilizado a 7%, preenchendo todas as estruturas ocas e lumens com o auxílio
de uma seringa de 20 ml. Os materiais leves, que tendem a boiar, devem ser
mantidos imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas
colocadas sobre os itens;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 194

6 Retirar os materiais após 15 minutos, cronometrados a partir do último item imerso


na solução;
7 Enxaguar abundantemente em água potável até a retirada total do agente
desinfetante;
8 Colocar os artigos sobre pano limpo ou toalha descartável de cor clara que não
liberem fibras e secar de forma minuciosa, imediatamente após enxague,
inspecionando novamente do sentido proximal para o distal (monitoramento do
processo de desinfecção), montar as peças removíveis/ kits e secar os lumens com
ar sob pressão;
9 Encaminhar os produtos secos para área de preparo em caixa com tampa e
previamente limpa e desinfetada;
10 Embalar os artigos em sacos plásticos atóxicos, selando-os (quando aplicável) e/ou
guardar os artigos em recipiente plástico com tampa previamente limpo,
desinfetado e identificado;
11 Identificar os materiais desinfetados com o nome do artigo, nome do agente
desinfetante, data da desinfecção, data de validade, assinatura e COREN do
profissional executor;
12 Armazenar os materiais desinfetados em local separados dos esterilizados;
13 Desprezar solução de dióxido de cloro ao fim do processo de trabalho, esta
solução desinfetante tem validade de 24 horas após a diluição.
14 Após processo de desinfecção dos produtos para saúde higienizar e guardar as
caixas plásticas para evitar formação de biofilme. Lavar, secar, desinfetar (quando
aplicável) e guardar as EPI reutilizáveis (luvas de borrachas, óculos ou protetor
facial), guardar os produtos desinfetantes utilizados no processo em local
adequado, deixar hamper vazio, pia limpa e seca, friccionar álcool 70% em todas
as bancadas, após limpeza;
15 Manter a sala em ordem (POP 56).
16 Higienizar as mãos (POP 42);

7. Observações
 Limpeza: primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e
esterelização, sendo um processo mecânico de remoção de sujidade de artigos e
superfícies, mediante o uso da água e detergente neutro ou detergente enzimático.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 195

 Desinfecção: processo físico ou químico de destruição de microrganismos, exceto


os esporulados, realizada através de água quente ou em ebulição (acima de
60°C). Quando utiliza produtos desinfetantes (hipoclorito de sódio, glutaraldeído,
álcool 70%) é chamada desinfecção por meio químico.
 Esterelização: processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive
esporulados, não sendo mais possível detectá-los através de testes microbiológicos
padrão. A esterilização é realizada pelo calor, germicidas químicos, óxido de
etileno, radiação e outros.
 Após retirar os pacotes da autoclave não colocar sobre superfícies frias, para evitar
a condensação do vapor que ainda resta dentro deles.
 Fazer limpeza das autoclaves com pano umedecido em água diariamente e
controlar seu funcionamento, mantendo caderno de registro dos parâmetros de
cada ciclo da esterilização, verificando se o processo está dentro do padrão
estabelecido.
 Ao condicionar os materiais na autoclave, colocar bacias, vidros e cubas
sempre com sua abertura voltada para baixo. No momento da embalagem, esses
materiais devem ter a abertura voltada para o lado papel do papel grau cirúrgico.
 Não utilizar esponja de aço ou produtos abrasivos, pois danificam o material e
facilitam sua corrosão.
 A Comissão de Processamento de Artigos Médico-Odontológicos - S.M.S
Campinas, definiu como prazo de validade dos materiais - 07 dias, tendo em
vista a diversidade de condições de estocagem.

8. Referências Bibliográficas
 BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações gerais para central de esterilização
- Série A normas e manuais técnicos nº 108. Brasília, 2001. Disponível em:
<http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/popup/orientacoes_gerais_cen
tral_es terilizacao.html>. Acesso em: 27 dez. 2013.

 PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Manual de normas e rotinas


de processamento de artigos e superfícies para a rede municipal de
saúde de Florianópolis. 2008. Disponível em:
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_10_2009_10.50.39.d685b58707
6a740 1197dd7a94b 058abd.pdf. Acesso em: 13 dez. 2013.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde.
Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção
Básica. 2ª edição. São Paulo/SP, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 196

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida Antonio Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Vera Lúcia Verdu
COREN/SP 41.409
11/01/2016 02 Tienne de Almeida Antonio Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Vera Lúcia Verdu
COREN/SP 41.409
10/02/2020 03 Chaúla Vizelli Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 173.997
COREN/ SP 181450
Lilian Cristina Primo
COREN 96835
Tienne de Almeida Antonio
Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 197

POP 47 Medida da Circunferência Abdominal

1. Definição
Técnica para avaliar aproximadamente a massa de gordura intra-abdominal e da gordura
total do corpo.

2. Objetivo
Avaliar a distribuição de gordura nos indivíduos, visto que algumas complicações, como
as doenças metabólicas crônicas, estão associadas à deposição da gordura abdominal.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Fita métrica não extensível/ inelástica.

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Solicitar ao paciente que fique em pé, ereto, abdome relaxado, braços estendidos
ao longo do corpo e as pernas paralelas, ligeiramente separadas;
5 Afastar a roupa do paciente de forma que a região da cintura fique despida;
6 Posicionar-se lateralmente ao paciente e localizar o ponto médio entre a última
costela e a crista ilíaca;
7 Segurar o ponto zero da fita métrica com uma mão e com a outra passar a fita ao
redor da cintura sobre o ponto médio localizado;
8 Verificar se a fita está no mesmo nível em todas as partes da cintura; não deve ficar
larga, nem apertada;
9 Pedir ao paciente que inspire e, em seguida, que expire totalmente;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 198

10 Realizar a leitura antes que a pessoa inspire novamente;


11 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
12 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
13 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
A medida não deve ser feita sobre a roupa ou cinto.

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Orientações para Coleta e Análise de Dados
Antropométricos em Serviços de Saúde. Brasília/DF, 2011.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Prefeitura Municipal de Campinas. Campinas/SP, 2009.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Priscilla Bacci Pegoraro
COREN/SP 184.203
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Priscilla Bacci Pegoraro
COREN/SP 184.203
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 398.938 Mariano
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 199

POP 48 Medida da Circunferência do Quadril

1. Definição
Medida da circunferência do quadril obtida ao nível das espinhas ilíacas anteriores.

2. Objetivo
Indicar indiretamente a quantidade de gordura visceral no corpo quando relacionada com
a circunferência abdominal do indivíduo.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Fita métrica não extensível/inelástica.

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Orientar o paciente a permanecer em pé, ereto, com braços afastados do corpo e com
mínimo de roupas possível;
5 Colocar a fita métrica ao redor do quadril, ao nível das espinhas ilíacas anteriores, sem
comprimir a pele, levando em consideração a porção mais volumosa do glúteo;
6 Manter a fita métrica ajustada no mesmo nível em todas as partes;
7 Realizar a leitura;
8 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
9 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
10 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 200

7. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Prefeitura Municipal de Campinas. Campinas/SP, 2009.
 PORTO, CC. Exame clínico - Bases para a prática médica. Guanabara Koogan- 4ª
edição; 2000.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938 COREN/SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 201

POP 49 Medida de Estatura

1. Definição
Técnica para obtenção da altura dos indivíduos.

2. Objetivo
Obter o valor preciso da altura dos indivíduos para avaliação antropométrica.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Antropômetro

6. Descrição do procedimento
 Reunir o material;
 Higienizar as mãos (POP 42);
 Apresentar-se ao paciente/acompanhante e explicar o procedimento que será
realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;

Crianças menores de 2 anos:


1 Deitar a criança no centro do antropômetro descalça e com a cabeça livre de
adereços;
2 Manter, com a ajuda do responsável: a cabeça da criança, apoiada firmemente
contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do
peito; os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio do antropômetro;
os braços estendidos ao longo do corpo, as nádegas e os calcanhares da criança
em pleno contato com a superfície que apoia o antropômetro;
3 Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos,
mantendo-os estendidos. Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas.
Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com cuidado para que
não se mexam;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 202

4 Realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se


moveu da posição indicada;
5 Retirar a criança;
6 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
7 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
8 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

Crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos:


1 Posicionar o paciente descalço, com a cabeça livre de adereços, no centro do
equipamento;
2 Solicitar ao paciente que permaneça de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo
do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos;
3 Solicitar ao paciente que encoste os calcanhares, ombros e nádegas em contato com
o antropômetro/ parede;
4 Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão
suficiente para comprimir o cabelo;
5 Solicitar ao paciente que desça do equipamento, mantendo o cursor imóvel;
6 Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento;
7 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
8 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
9 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
Antropômetro vertical deve estar fixado numa parede lisa e sem rodapé.

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Orientações para Coleta e Análise de Dados
Antropométricos em Serviços de Saúde. Brasília/DF, 2011.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 203

 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual


de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Prefeitura Municipal de Campinas. Campinas/SP, 2009.
 PORTO, CC. Exame clínico - Bases para a prática médica. Guanabara Koogan - 4ª
edição; 2000.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938 COREN/SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 204

POP 50 Medida do Perímetro Cefálico

1. Definição
Medida da circunferência fronte-occipital, correspondendo ao perímetro cefálico máximo.

2. Objetivo
Avaliar o desenvolvimento cerebral e detectar precocemente anomalias.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Fita métrica não extensível/inelástica.

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Deitar a criança na maca e posicioná-la em decúbito dorsal;
5 Passar a fita métrica por baixo da cabeça da criança posicionando-a sobre as
proeminências occipital, parietal e frontal, para determinar a circunferência máxima;
6 Manter a fita ajustada no mesmo nível em todas as partes da cabeça;
7 Realizar a leitura;
8 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
9 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
10 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Não incluir pavilhão auricular.
 Podem ser necessárias várias medidas, selecionando-se a maior.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 205

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Jamile Nepomuceno
COREN/SP 196.665
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Jamile Nepomuceno
COREN/SP 196.665
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938 COREN/SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 206

POP 51 Medida do Perímetro Torácico

1. Definição
Medida da circunferência torácica obtida na altura dos mamilos.

2. Objetivo
Avaliar o desenvolvimento da criança comparando às outras medidas antropométricas.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Fita métrica não extensível/inelástica.

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Colocar a criança deitada ou sentada caso já consiga permanecer nessa posição;
5 Segurar a fita métrica, no ponto zero, passando-a pelo dorso, na altura dos mamilos;
6 Manter a fita ajustada no mesmo nível em todas as partes do tórax;
7 Realizar a leitura;
8 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
9 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
10 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
A medida não deve ser feita sobre a roupa.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 207

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio
 de suporte - tradicional ou eletrônico. 2012.
 PREFEITURA MUNICPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de
Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE COLOMBO. Secretaria Municipal de Saúde.
Procedimentos Operacionais Padrão para as Unidades Básicas de Saúde.
Colombo/PR, 2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Marina Akemi S. Fuzita
COREN/SP 242.841
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938 COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 208

POP 52 Medida do Peso Corporal

1. Definição
Método para obtenção da medida do peso corporal dos indivíduos.

2. Objetivo
Avaliar a evolução pondero estatural do indivíduo.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Balança mecânica ou digital
 Papel toalha

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Forrar a base da balança com papel- toalha;
5 Verificar as condições de a balança destravá-la, tarar e travá-la (mecânica) ou ligá-
la e verificar a tara (eletrônica);
6 Pedir ao paciente para subir na balança após retirar os sapatos;
7 Ler o valor obtido (balança eletrônica), ajustar os massores e verificar o peso
(balança mecânica);
8 Ajudar o paciente a descer da balança;
9 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
10 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
11 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
12 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 209

7. Observação
 Aferir periodicamente as balanças.
 Calibragem: a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal.
Caso não esteja, girar lentamente o calibrador, observando a nivelação da agulha.
 Certificar que as balanças estão apoiadas sobre uma superfície plana, lisa e firme.
 Pesar os pacientes com a menor quantidade possível de roupas.
 Em crianças menores de 15 kg, deve-se utilizar a balança infantil (de bandeja),
colocando a criança deitada com todo o corpo sobre a bandeja, com a mão próxima
para evitar quedas.
 Deve-se despir totalmente a criança (inclusive calçados e fraldas) para evitar
alteração de resultado.
 Crianças impossibilitadas de se movimentar devem ser pesadas no colo do
profissional e descontar o peso do colaborador.

8. Referências bibliográficas
 CARMAGNANI, M. I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Manual de Normas, Rotinas e
Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª edição. São Paulo/SP, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS: Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 210

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53400
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53400
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398938
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 211

POP 53 Movimentação em Bloco

1. Definição
Deslocar/rolar em bloco o paciente enquanto se mantém a estabilização manual, com
mínimo movimento da coluna. O rolamento em bloco é indicado para colocar o paciente
na prancha longa, ou outro dispositivo que facilite o transporte do mesmo, e para virar o
paciente com suspeita de trauma vertebromedular para examinar seu dorso.

2. Objetivo
Impedir a angulação da coluna cervical.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar/ de Enfermagem.

5. Material
● Prancha longa
● Colar cervical

6. Descrição do procedimento
Para realizar este procedimento com segurança é necessário a presença de três
socorristas.

Paciente em Decúbito Dorsal Horizontal ou Posição Supina:


1 Realizar colocação do colar cervical adequada e eficiente, protegendo a coluna
cervical de compressão (POP 34);
2 Primeiro socorrista: manter a cabeça do paciente estabilizada em posição neutra
alinhada durante todo procedimento;
3 Segundo socorrista: ajoelhar-se na altura da metade do tórax;
4 Terceiro socorrista: ajoelha-se na altura dos joelhos do paciente;
5 Esticar os braços do paciente e colocá-los juntos ao corpo com as palmas das
mãos voltadas para o tronco, enquanto as pernas são colocadas em posição
neutra alinhada;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 212

6 Segurar o paciente pelos ombros (segundo socorrista) e quadris (terceiro


socorrista) de tal forma que se mantenha a posição neutra alinhada das
extremidades inferiores;
7 Rolar o paciente “em bloco”, ou seja, ao mesmo tempo, para decúbito lateral;
8 Posicionar a prancha longa, de forma que a borda inferior fique entre os joelhos e
os tornozelos do paciente e a borda superior se estenda além da
cabeça do paciente;
9 Manter a prancha longa contra o dorso do paciente, e deslocá-lo em bloco sobre a
mesma, que deve ser abaixada ao chão com o paciente sobre;
10 Logo após deve-se segurar o paciente firmemente pelos ombros, pelve e
extremidades inferiores;
11 Movimentar o paciente para cima e lateralmente sobre a prancha longa (a
estabilização neutra alinhada é mantida sem puxar a cabeça ou o pescoço do
paciente);
12 Verificar se o paciente encontra-se posicionado na prancha longa com sua cabeça
no topo da prancha e seu corpo centrado.

Paciente em Decúbito Ventral ou Semipronação:


1 Primeiro socorrista: manter a cabeça do paciente estabilizada em posição neutra
alinhada durante todo procedimento.
2 Segundo socorrista: ajoelhar-se na altura da metade do tórax e segurar o ombro, o
punho e a pelve do lado oposto.
3 Terceiro socorrista: ajoelha-se na altura dos joelhos do paciente e segurar o punho,
a pelve e as extremidades inferiores.
4 Colocar a prancha longa na borda lateral e posicionada entre o paciente e os
socorristas;
5 Posicionar a prancha longa, de forma que a borda inferior fique entre os joelhos e os
tornozelos do paciente e a borda superior se estenda além da cabeça do paciente;
6 Após ter colocado o paciente deitado em posição supina sobre a prancha longa
deve-se movimentar o paciente para cima e lateralmente sobre a prancha longa (a
estabilização neutra alinhada é mantida sem puxar a cabeça ou o pescoço
do doente);
7 Após posicionar o paciente corretamente na prancha deve-se colocar o colar cervical
correto e então fixá-lo na prancha longa.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 213

7. Observação
 Os braços do paciente são posicionados prevendo-se a posição final que o este
ficará após a rotação completa. No método do rolamento em bloco com o paciente
em semipronação, o colar cervical só pode ser colocado com segurança quando o
paciente estiver em posição supina alinhada sobre a prancha longa e nunca antes
que isso ocorra.
 Sempre que possível, o paciente deve ser girado na direção oposta daquela para
onde sua face está direcionada.

8. Referência bibliográfica
 PHTLS/NAEMT. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Tradução Renata
Acavone ET AL. 7ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Cristiane da Rocha Ferreira Renata Cauzzo Zingra
Dias Mariano
COREN/SP 120.740 COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 214

POP 54 Montagem de caixas transporte de Vacina

1. Definição
Procedimentos necessários para a retirada dos imunobiológicos da Sala de Vacinas para
outro serviço ou setor em caso de falta de energia ou problemas na rede de frio, a fim de
garantir as condições adequadas de armazenamento.

2. Objetivo
Manter os imunobiológicos em temperaturas adequada (entre +2° e +8°C), de forma a
preservar a eficácia do produto.

3. Contraindicação
Não realizar transferência de imunobiológicos que tenham passado por altas
temperaturas (incêndio); ou enchentes; ou que tenham sofrido descaracterização do
rótulo ou embalagem.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Caixas térmicas para transporte de imunobiológicos, de preferência de material
Poliuretano, ou isopor (para grandes volumes), em quantidade e tamanho suficiente
para garantir o transporte adequado (temperatura adequada e baixa mobilidade do
produto)
 Bobinas reutilizáveis em quantidade suficiente a manter a temperatura dos
imunobiológico nas caixas térmicas
 Impresso: Controle de Imunobiológicos em Situação de Transferência para
outra unidade/almoxarifado (guarda provisória) – para situações que não
ocorreram alteração de temperatura
 Impresso: Ficha de Notificação de Alteração de Temperatura (da Divisão de
Imunização/CVE/SES) – para situações que ocorreram alteração de temperatura
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 215

6. Descrição do procedimento

Falta de energia elétrica:


1 Ligar para a central de atendimento da companhia de energia - CPFL, munido do
CEP da unidade, a fim de obter elementos para a tomada de decisão (Fones: 0800
101010/ 3756-8627/ 3756-8625);
2 Em caso de retorno da energia em período menor que 2 horas: não abrir a
geladeira/câmara até o retorno da energia;
3 Em caso de interrupção da energia por um período maior que 2 horas ou a
previsão de retorno da energia ocorrer no horário em que a unidade de saúde
estiver fechada, o enfermeiro deverá seguir os procedimentos semelhantes a
problemas na rede de frio;

Problemas na rede de frio dos imunobiológicos:


1 Higienizar as mãos (POP 42);
2 Montar a caixa para transporte de vacinas;
3 Comunicar a VISA de referência do ocorrido e o Distrito de Saúde para providenciar
o transporte desses imunobiológicos até o almoxarifado/ou outra unidade para
armazenamento. Em horários, fora do expediente administrativo (segunda a sexta,
das 17:00 às 22:00h; ou sábado, domingo e feriados) acionar o Plantão DEVISA
(fone: 99529-6722) para o transporte dos imunobiológicos para o almoxarifado;
4 Relacionar as vacinas (vacina e quantidade de frascos) a serem transferidas em 2
vias do impresso - CONTROLE DE IMUNOBIOLÓGICOS EM SITUAÇÃO DE
TRANSFERÊNCIA PARA OUTRA UNIDADE/ALMOXARIFADO - Guarda
Provisória, e encaminhar 1 via junto com a caixa de vacinas para o
almoxarifado/outra unidade receptora. Atenção: este impresso somente deverá ser
utilizado se não ocorrer alteração de temperatura dos imunobiológicos;
5 Se houve alteração de temperatura dos imunobiológicos (transporte para
quarentena) deve-se acrescentar 1 via do impresso Ficha de Notificação de
Alteração de Temperatura preenchida. Quando a situação ocorrer à noite, finais
de semana ou feriados, a ficha deve ser encaminhada junto com as vacinas para o
almoxarifado; quando ocorrer em horário administrativo esta ficha deve ser
encaminhada a VISA Regional. A unidade de origem é a responsável pela
notificação da alteração de temperatura ao sistema de vigilância em saúde;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 216

6 O Enfermeiro responsável pela sala de vacinas da UBS deverá verificar e testar a


adequação da rede de frio para receber os imunobiológicos retirados da unidade,
caso o transporte tenha sido realizado por alteração na rede elétrica;
7 Providenciar transporte para buscar os imunobiológicos armazenados em outra
Unidade/Almoxarifado, montar caixa térmica e abastecer a câmara de vacina
novamente;
8 Em caso de defeito da Câmara de Vacina, encaminhar e-mail para a Manutenção
(saude.manutencaochamado@campinas.sp.gov.br) e Marta Baron
(marta.baron@campinas.sp.gov.br), com cópia para Visa Regional. Neste chamado
descrever o equipamento, número de patrimônio e alterações apresentadas pelo
equipamento. Após o conserto da geladeira/câmara, executar os passos 6 e 7 desta
orientação;
9 Se for necessário, providenciar pedido eventual de vacina ao Almoxarifado para as
atividades diárias, até a decisão da viabilidade de utilização das vacinas quando os
imunobiológicos estiverem em quarentena;

7. Observação
O coordenador da UBS e/ou equipe de enfermagem da unidade são os responsáveis pela
montagem da caixa e acondicionamento das vacinas para o transporte ao
almoxarifado/outra unidade.

8. Referências bibliográficas
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Rede de Frio do Programa
Nacional de Imunizações. 5ª edição, Brasília, 2017. 136 p.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 217

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
10/02/2020 01 Cristina A. B. Albuquerque Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 52406
COREN/ SP 181450
Gabriela Felix Marchesi
COREN/SP 278006
Paula Valéria Domingues
COREN/SP 180960
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 218

POP 55 Oxigenoterapia

1. Definição
É a administração de oxigênio suplementar em concentrações maiores àquelas do ar
ambiente, visando tratar ou prevenir os sintomas ou manifestações de hipóxia.

2. Objetivo
Melhorar a oxigenação, a perfusão tecidual e corrigir a acidose respiratória.

3. Contraindicação
Altas concentrações de O2 em pacientes com DPOC.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 EPI (luvas de procedimento)
 Bandeja ou cuba rim
 Kit cateter nasal e/ou kit máscara de Venturi e/ou kit máscara de nebulização
 Fonte de oxigênio
 Água destilada
 Fluxômetro de O2

6. Descrição do procedimento
1 Conferir a prescrição médica;
2 Reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando
todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
5 Paramentar-se com o EPI;
6 Posicionar adequadamente o paciente (elevando a cabeceira do leito se acamado
ente 30 a 45º).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 219

Cateter nasal
 Medir a distância do cateter entre a ponta do nariz e o lóbulo da orelha,
identificando com esparadrapo para saber até que ponto o cateter será introduzido;
 Lubrificar a ponta do cateter, antes da introdução, com lubrificante hidrossolúvel;
 Introduzir o cateter nasal até local marcado;
 Fixar o cateter com esparadrapo e/ou micropore sobre a testa ou face do paciente,
garantindo que o mesmo sinta-se confortável;
 Preencher o umidificador com água destilada até o nível recomendado pelo
fabricante;
 Conectar o umidificador no fluxômetro de oxigênio;
 Conectar a extensão de silicone da máscara no umidificador de oxigênio;

Máscara de nebulização
 Preencher o umidificador com água destilada até o nível recomendado pelo
fabricante;
 Conectar o umidificador no fluxômetro de oxigênio;
 Conectar a traqueia da máscara no umidificador de oxigênio;

Máscara de Venturi
 Conectar o umidificador, sem água destilada, no fluxômetro de oxigênio;
 Conectar a extensão de silicone da máscara no umidificador de oxigênio;
 Abrir válvula reguladora e do fluxo de oxigênio do fluxômetro, de acordo com a
prescrição médica, certificando-se da sua permeabilidade;
 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Kit cateter nasal é composto por: cateter com numeração adequada, extensor de
silicone e umidificador.
 Kit máscara de Venturi é composto por: máscara facial, extensor de silicone,
traqueia, umidificador, regulador de fluxo de oxigênio e adaptador para nebulização.
 Kit máscara de nebulização é composto por: máscara facial, traqueia, cadarço e
umidificador.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 220

 Observar a verificação da permeabilidade, ou seja, sem dobras, fixação do


fluxômetro de oxigênio, fluxo de saída de oxigênio.
 Verificar se a fonte de oxigênio contem oxigênio suficiente para liberar a quantidade
prescrita.
 Observar estado das mucosas e vias aéreas superiores do paciente a fim de evitar
ressecamento das mesmas.
 Fornecer cuidados orais de higiene frequente.
 Ajustar corretamente e frequentemente a força da fita elástica e/ou outros
dispositivos para fixação, fazendo o uso de protetores, se necessário, para evitar
lesões.
 Registrar a liberação de oxigênio e o fluxo em litros, relatando a resposta do
paciente à terapia e instruções dadas ao paciente e familiar.

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 HOSPITAL GETÚLIO VARGAS. Procedimento Operacional Padrão: Enfermagem,
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde.
Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica.
2ª edição. São Paulo/SP, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO. Procedimento Operacional
Padrão de Enfermagem. Rio de Janeiro, 2014.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 221

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elton Pallone de Oliveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 156.486 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997
Deise Duarte S. Sousa
COREN/SP 250.719
Edméia Ap. N. Duft
COREN/SP 52.754
11/01/2016 02 Elton Pallone de Oliveira Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 156.486 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
Chaúla Vizelli
COREN/SP 173.997
Deise Duarte S. Sousa
COREN/SP 250.719
Edméia Ap. N. Duft
COREN/SP 52.754
10/02/2020 03 Talita Carlos Rodrigues Romano Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 141.332
COREN/SP 181.450
Marcelle Regina Silva Benetti
COREN/SP 73.273
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 222

POP 56 Organização de Salas e Setores

1. Definição
Compreende a preparação da sala ou setor para as atividades de enfermagem a serem
desenvolvidas no plantão. Inclui a desinfecção e conservação das superfícies fixas e
equipamentos permanentes nas diferentes áreas de uma unidade de saúde e a
providencia dos materiais necessários para o desenvolvimento das atividades.

2. Objetivo
Preparar o ambiente para suas atividades, mantendo a ordem e conservando
equipamentos e instalações, evitando principalmente a disseminação de microrganismos
responsáveis pelas infecções relacionadas à assistência à saúde.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Luvas de borracha
 Álcool a 70%
 Panos limpos
 Solução com hipoclorito de sódio 1% (para locais com presença de matéria
orgânica)
 Lista com os materiais a serem reabastecidos na sala ou setor

6. Descrição do procedimento
1 Descartar materiais com validade vencida ou com a qualidade comprometida;
2 Checar o funcionamento de todos os aparelhos e equipamentos do setor no início
de cada plantão. Em caso de algum problema ou mau funcionamento, comunicar
imediatamente o enfermeiro responsável;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Calçar as luvas;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 223

5 Umedecer o pano limpo com álcool 70% e realizar a limpeza com bastante pressão
utilizando sempre o mesmo sentido, de uma extremidade para outra e do mais alto
para o mais baixo;
6 Se houver locais com presença de matéria orgânica, proceder primeiro a limpeza
com hipoclorito de sódio 1%, aguardar 10 minutos e remover com água e sabão.
Após, secar a superfície e limpar com álcool a 70% conforme descrição no item
anterior;
7 Verificar os materiais em falta no setor e providenciar a reposição.

7. Observação
 As superfícies referidas neste protocolo compreendem: mobiliários, equipamentos
para a saúde, bancadas, pias, macas, divãs, suporte para soro, balança,
computadores e outros com os quais o profissional e os materiais terão contato
durante o trabalho.
 Ao término do plantão a unidade deve estar limpa, organizada e com os materiais
repostos. Nas situações em que isso não for possível, comunicar as pendências ao
profissional a assumir a unidade e registrar os motivos no livro de ocorrência.
 Após a realização de procedimentos em que haja contaminação da sala por
secreções ou produtos, deve ser realizada uma limpeza sistemática, concorrente ou
terminal de acordo com cada situação a ser definida pelo enfermeiro na rotina de
cada serviço.
 Enfermeiro deve ser responsável por determinar a execução e a periodicidade do
procedimento de limpeza a fim de garantir o atendimento seguro ao paciente e ao
profissional.
 Para realização de limpeza concorrente e terminal utilizar o POP 42.

8. Referência bibliográfica
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em
serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília/DF, 2010.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 CUNHA F. M. B.; et al. Manual de boas práticas para o serviço de limpeza –
abordagem técnica e prática. Faculdade de odontologia, São José dos Campos/ SP,
2010.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 224

 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO. Procedimento Operacional


Padrão de Limpeza Hospitalar. Hospital Universitário Julio Müller – Serviço de
Controle de Infecção Hospitalar. Disponível em:
www.ufmt.br/hujm/arquivos/0d06282c06e20b99866b120ae0e0e523.pdf. Acesso em:
30 nov. 2015.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de A. Antonio Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Celso Luís de Moraes
COREN/SP 142.823
11/01/2016 02 Tienne de A. Antonio Rampazzo Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 213.414 COREN/SP 72.902
Celso Luís de Moraes
COREN/SP 142.823
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 398938
COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 225

POP 57 Pranchamento em Posição Supina

1. Definição
Imobilizar a coluna do paciente traumatizado e que deambula, e que tenha a indicação
para imobilização da coluna.

2. Objetivo
Imobilização total do paciente em pé na prancha longa enquanto a cabeça e o pescoço
são mantidos em posição neutra, diminuindo o risco de outras lesões.

3. Contraindicação
Não existe contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
● Prancha longa
● Colar cervical

6. Descrição do procedimento

Três ou mais Socorristas:


1 Os socorristas devem realizar a estabilização e o alinhamento manuais tanto pela
frente como por trás do paciente;
2 Uma vez obtida a estabilização alinhada manual da cabeça e do pescoço do
paciente, o colar cervical de tamanho correto pode ser colocado (POP 34);
3 A prancha longa é colocada atrás do paciente e pressionada contra ele. Assim que a
prancha estiver no lugar, mantém-se a estabilização manual por todo o
procedimento e o paciente é fixado na prancha longa;
4 Dois socorristas ficam em pé de cada lado do paciente, virados na direção do deste,
e inserem a mão que se encontra mais próxima do paciente sob a axila dele,
segurando a alça mais próxima sem movimentar o ombro do paciente. A outra mão
segura a alça superior da prancha. Enquanto o alinhamento e a estabilização
manuais são mantidos o paciente e a prancha são deitados no chão;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 226

5 Conforme o paciente é baixado ao chão, o socorrista, atrás dele, mantém a


estabilização manual, rotacionando suas mãos;
6 Os outros socorristas, posicionados um de cada lado da maca, precisam soltar sua
porção superior e colocar as mãos sob o braço do profissional responsável pela
estabilização manual da cabeça e do pescoço do paciente;
7 Com o paciente e a prancha no chão, este é imobilizado na prancha longa.

Dois Socorristas:
1 O primeiro socorrista faz e mantêm a estabilização manual da cabeça e do pescoço
do paciente, enquanto o segundo socorrista verifica a medida e coloca o colar
cervical de tamanho adequado (POP 34);
2 Após a colocação do colar, o segundo socorrista posiciona a prancha atrás do
paciente e na frente do primeiro socorrista;
3 O segundo socorrista segura a prancha com a mão mais próxima a ela. Esse
profissional agora põe a outra mão, com a palma e os dedos estendidos, na cabeça
do paciente, e aplica uma leve pressão para auxiliar a manutenção da estabilização
manual;
4 O primeiro socorrista agora pode liberar a cabeça do paciente com as mãos mais
próximas do segundo socorrista. Com sua outra mão, o socorrista se reposiciona ao
lado da cabeça do paciente, aplicando pressão lateral enquanto se move e
posiciona a prancha à altura da cabeça do paciente ou mais acima;
5 O paciente e a prancha são colocados no chão, enquanto os dois socorristas
mantêm a estabilização manual, exercendo igual pressão lateral na cabeça do
paciente. Os socorristas responsáveis pelo atendimento pré-hospitalar precisam
trabalhar juntos durante esse movimento, garantindo a máxima estabilização
manual;
6 Assim que o paciente e a prancha estiverem no chão, a estabilização manual pode
ser mantida por um socorrista localizado acima da cabeça do indivíduo, até que
este seja imobilizado na prancha longa;

7. Observação
Quando três ou mais socorristas não estão disponíveis, dois socorristas podem realizar a
imobilização conforme descrito acima.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 227

8. Referência bibliográfica
 Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado, PHTLS/NAEMT; [tradução Renata
Acavone ET AL.] – 7ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Deise Duarte S. Sousa Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 250.719 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra Mariano
COREN/SP 398.938 COREN/SP 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 228

POP 58 Realização de curativo

1. Definição
O curativo consiste no cuidado dispensado a uma região do corpo em que há ruptura da
integridade de um tecido corpóreo. O procedimento compreende o processo de limpeza
e/ou desbridamento, seleção e aplicação de cobertura e/ou tratamento tópico em uma
determinada lesão a fim de proporcionar um meio adequado ao processo de cicatrização.

2. Objetivo
Manter a ferida limpa, prevenir infecções e traumas físicos, aliviar a dor, promover
isolamento térmico, conforto físico e psicológico, permitir trocas sem traumas, manter a
umidade no leito da ferida em proporções adequadas (absorver/controlar o excesso de
exsudato) viabilizando o processo de cicatrização e cura.

3. Contraindicação
É importante verificar se há contraindicações específicas da cobertura indicada ao tipo de
tecido e/ou etiologia da lesão, e se o paciente apresenta alergia a algum componente do
material a ser utilizado (Consultar Manual de Curativos 2016).

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Mesa auxiliar ou bandeja
 Pacote de curativo contendo uma pinça anatômica, uma pinça dente-de-rato e uma
pinça Kelly
 Cabo e lâmina de bisturi (se necessário)
 Tesoura
 Pacote de gazes esterilizadas
 Atadura de rayon estéril
 Solução fisiológica 0,9% preferencialmente morno ou temperatura ambiente
 Agulha 25x12 ou 40x12
 Seringa de 20 ml
 Álcool 70%
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 229

 Luvas de procedimento e/ou estéril


 Micropore/ Esparadrapo
 Atadura de crepe de largura adequada a extensão da lesão
 Espátula
 Soluções, medicamentos e/ou coberturas conforme as características da lesão
 EPI (óculos, avental e máscara), se necessário
 Papel Toalha

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome e o número do prontuário, apresentar-se ao
paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas
dúvidas, antes de iniciar a execução;
2 Conferir a prescrição médica ou de enfermagem, se não houver, solicitar avaliação;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Reunir todo o material, conforme o ambiente (UBS/ domicílio);
5 Aquecer o soro;
6 Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;
7 Higienizar novamente as mãos;
8 Calçar as luvas de procedimento e outros EPIs necessários;
9 Observar o curativo anterior antes da remoção;
10 Remover o curativo anterior com cuidado, umedecendo com SF 0,9%, se houver
aderência, removendo a cobertura sem traumatizar a lesão;
11 Caracterizar a ferida quanto ao tamanho (extensão e profundidade), evolução, tipo
de tecido, exsudato, odor, bordas e pele ao redor, atentando-se a presença de
sinais de infecção (edema, hiperemia, calor e dor). Solicitando reavaliação do caso
pelo enfermeiro/médico se necessário;
12 Na presença de sujidades em áreas próximas da ferida ou ao redor, proceder a
limpeza com sabonete neutro, água corrente tratada, e secar com gaze ou papel
toalha;
13 Descartar curativo anterior e luvas no lixo apropriado;
14 Abrir o pacote de curativo utilizando a técnica asséptica, arrumar as pinças no
campo, abrir os pacotes de gazes e colocar junto às pinças;
15 Calçar as luvas de procedimento e outros EPIs necessários;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 230

16 Perfurar o frasco de SF 0,9% com agulha 25X12 ou 40X12 realizando desinfecção


prévia do local com álcool 70%. Utilizar preferencialmente o frasco de SF0,9% de
250 ml ou seringa de 20 ml para realizar a irrigação;
17 Com o auxílio das pinças limpar a pele circundante da ferida com gaze umedecida
em SF 0,9%;
18 Limpar o leito da ferida irrigando com jatos de SF 0,9%, removendo detritos,
bactérias, exsudatos, corpos estranhos, resíduos de agentes tópicos da superfície
da ferida. Evitar limpeza mecânica e/ou fricção onde houver tecido de granulação;
19 Na presença de tecido desvitalizado (leito/bordas, aderido/solto), solicitar a
avaliação do enfermeiro para remoção/desbridamento;
20 Secar apenas a região perilesional e bordas com gaze, a fim de evitar a maceração
dos mesmos;
21 Realizar a mensuração da ferida com régua de papel e/ou registro fotográfico
(mediante autorização prévia do paciente), semanal ou quinzenalmente;
22 Utilizar o produto e/ou cobertura primária prescrita pelo enfermeiro/médico*, e
ocluir o curativo conforme a necessidade (gazes, rayon, cobertura secundária,
atadura de crepe);
23 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
24 Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;
25 Orientar o paciente quanto a periodicidade de troca de curativos
primários/secundários conforme a prescrição do enfermeiro/médico, bem como os
cuidados na manutenção do curativo e retornos programados a Unidade;
26 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
27 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
28 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observações
 Os curativos crônicos devem ser avaliados pelo Enfermeiro desde o primeiro
atendimento, contemplando a Sistematização da Assistência de Enfermagem, com a
prescrição do cuidado a ser prestado, e se responsabilizando pelas subsequentes
evoluções e avaliações periódicas necessárias, sendo delegada aos profissionais de
nível médio a execução do procedimento.
 Para a realização de curativos, há a possibilidade de escolher a técnica estéril ou
limpa considerando características da ferida, riscos de contaminação da lesão,
características do paciente e local da realização do curativo. No domicílio
recomenda-se a técnica limpa.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 231

 Na Unidade a técnica limpa pode ser utilizada sempre criteriosamente e recomenda-


se o uso de instrumentais estéreis (pinças) ou utilizar luvas estéreis na ausência dos
mesmos.
 A cobertura colocada diretamente sobre a lesão é denominada como primária e se
houver outra cobertura, sobre o curativo primário, é chamado de secundário.
 A realização de curativo de imobilização ortopédica pode ser realizada por
profissional de enfermagem capacitado (antes ou após a imobilização), sob
indicação do médico (prescrição escrita do médico de referência para o
procedimento ortopédico) e supervisão, direção e orientação do Enfermeiro,
conforme parecer Coren 07/2015.
 *O desbridamento só pode ser realizado por enfermeiros e médicos.
 A indicação dos produtos/coberturas deve ser feita considerando o momento
evolutivo da lesão, tipo de tecido, patologia, adesão ao tratamento, recursos
disponíveis, materiais padronizados e protocolo de uso da Secretaria Municipal de
Saúde. Consultar o Manual de Curativos Nov/2016 e o Guia de Tratamento de
Feridas Nov/2016 no site da SMS.

8. Referências bibliográficas:
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Parecer n° 07/2015. Realização de
curativo pelo técnico de imobilização ortopédica. 2015.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Guia de
Tratamento de Feridas. Campinas/SP, 2016.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Curativos. Campinas/SP, 2016.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde.
Sistematização da Assistência de Enfermagem no Tratamento de Feridas.
Campinas/SP 2006
 POTTER P. A.; PERRY A. G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
 HESS, C. T. Tratamento de Feridas e Úlceras. Rio de Janeiro: Editora Reichmann &
Affonso, 2002.
 RIBEIRÃO PRETO. SMS. Manual de Assistência Integral às Pessoas com
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 232

Feridas, 2011.
 SANTOS,J. B. D.; PORTO,S. G; Suzuki,L. M.; Sostizzo, L. Z.; Antoniazzi, J. L. Hospital
das Clínicas de Porto Alegre, RS. Avaliação e Tratamento de Feridas: Orientações
aos profissionais de saúde. 2011

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53.400 COREN/SP 72.902
Edson Eden de Oliveira
COREN/SP: 24.259
Mariana Charantola Silva
COREN/SP: 154.624
Regina Grimaldi Oliveira
COREN/SP: 44.822
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP: 30.609
Marisa F. Gomes Machado
COREN/SP 45.813
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP: 22.422
Shirley Ruriko da Silveira
COREN/SP: 44.822
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Regina Grimaldi de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP 68.635 Mariano
Cíntia Mastrocola Soubhia COREN/SP 181.450
COREN/SP 30.609
Julimar Fernandes de Oliveira
COREN/SP 230.997
Cecília de Morais Barbosa Horita
COREN/SP 207.373
Thaís Gomes do Nascimento
COREN: 128.914
Grasiela Nogueira
COREN/SP: 325500
Paula Valéria Domingues Magri
COREN/SP: 180960
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 233

POP 59 Retirada de Pontos

1. Definição
Retirada de fios colocados para aproximar as bordas de uma lesão (sutura).

2. Objetivo
Facilitar a cicatrização.

3. Contraindicação
Sinais de processos inflamatórios ou infecciosos.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
● EPIs: luvas de procedimentos e avental
● Pacote de retirada de pontos: Tesoura de Íris, pinça Kelly, pinça anatômica, dente
de rato ou Kocker
● Soro Fisiológico 0,9%
● Gazes (estéreis)

6. Descrição do procedimento
1. Reunir o material;
2. Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3. Higienizar as mãos (POP 42);
4. Paramentar-se com os EPIs;
5. Expor a área na qual o procedimento será feito e realizar limpeza local com soro
fisiológico;
6. Tracionar o ponto pelo nó com a pinça e cortar, em um dos lados, próximo a pele
com a tesoura de Íris;
7. Colocar os pontos retirados sobre uma gaze;
8. Cobrir a ferida se houver necessidade;
9. Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 234

10.Retirar os EPIs e higienizar as mãos;


11. Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
12. Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
13.Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Certificar-se do tipo de fio utilizado na sutura. Em geral, suturas com fios
absorvíveis não precisam ser retiradas.
 Nos casos em que houver sinais de processos inflamatórios ou infecciosos, solicitar
avaliação do enfermeiro.
 Retirada de pontos de curativos Pós-Operatórios devem ter a supervisão do
Enfermeiro e a prescrição médica (Parecer n° 39/2013 COREN/SP).
 Entendemos que o Parecer 39/2013 excetua a retirada de pontos de ferimentos
leves corto-contusos e sem sinais flogísticos.

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer 039/2013.
Realização de sutura e retirada de pontos por profissionais de Enfermagem. 2013.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer 039/2013.
Realização de sutura e retirada de pontos por profissionais de Enfermagem. 2013.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Manual de Normas, Rotinas e
Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª edição. São Paulo/SP, 2015.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 235

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Celso Luis de Moraes Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 142.823 COREN/SP 72.902
Jamile Nepomuceno Guimarães
COREN/SP 196.665
11/01/2016 02 Vanessa Cristina dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 246.362 COREN/SP 72.902
10/02/2020 03 Regina Grimaldi de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 68.635
COREN/SP 181.450
Cíntia Mastrocola Soubhia
COREN/SP 30.609
Julimar Fernandes de Oliveira
COREN/SP 230.997
Cecília de Morais Barbosa Horita
COREN/SP 207.373
Thaís Gomes do Nascimento
COREN/SP 128.914
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 236

POP 60 Realização Peak Flow

1. Definição
O Peak Flow meter (debitómetro) é um instrumento que serve para medir a eficácia da
função pulmonar e indicando permeabilidade vias respiratórias.

2. Objetivo
Diagnosticar doenças respiratórias como: asma, bronquite crônica e enfisema.
Avaliar severidade das doenças.
Monitorizar a evolução das doenças e registrar dados objetivos,
instrumentando o médico para intervenções específicas.
Verificar a resposta à medicação. Prevenir crises.

3. Contraindicação
 Deficiência da capacidade cognitiva
 Afecções da cavidade bucal
 Algumas situações podem representar um potencial risco para o paciente devido às
manobras forçadas realizadas durante o exame, sendo sempre necessário a
avaliação médica para indicação do exame

4. Executante
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem habilitado.

5. Material
 Peak Flow meter (debitómetro)
 Planilha específica para registro dos dados pessoais do paciente
 Balança para mensurar altura e peso do paciente
 Planilha de Pico de Fluxo Expiratório (PFE)
 Lápis
 Bocal descartável

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se, acolher o paciente e
responsável com atenção;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 237

2 Receber a guia de requisição de exames, conferindo documentação do paciente e


exames anteriores;
3 Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida e com letra legível,
contendo: nome completo do paciente, matrícula, número do cartão do SUS, data
de nascimento ou idade, data da solicitação, identificação do profissional solicitante
(nome, número do registro e carimbo);
4 Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado;
5 Mensurar peso e altura do paciente;
6 Preencher a planilha de pico de fluxo expiratório com nome do paciente, idade,
sexo, peso e altura;
7 Solicitar ao paciente que realize o exame em pé;
8 Certifique-se de que o “contador” está a zero;
9 Encaixar o bocal no fluxômetro;
10 Solicite ao paciente que inspire o mais profundamente possível;
11 Posicione o bocal descartável, solicitando ao paciente que o aperte a boquilha com
os lábios para evitar que o ar se escape para fora do medidor;
12 Oriente o paciente a soprar o mais forte e rapidamente que conseguir, durante 2
segundos;
13 Orientar o paciente a não tossir, nem bloquear a boquilha com saliva ou com a
língua;
14 Anote o valor obtido;
15 Repita o processo mais duas vezes e aponte o valor mais elevado no seu registro
(os três valores obtidos devem ser similares).

7. Observações
Este procedimento é executado pelo profissional de enfermagem habilitado, porém o
laudo médico é realizado pelo pneumologista.

8. Referências Bibliográficas:
 CAMELO, J. S.; TERRA FILHO, J. ; MANÇO, J. C. Pressões respiratórias máximas
em adultos normais. Jornal de Pneumologia, v.11, n.4, p. 181-184, 1985.
 COSTA, D. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo. Editora Atheneu, 1999.
 COSTA, D; SAMPAIO, L. M. M.; LORENZZO, V. A. P.; JAMAMI, M.; DAMASO, A.
 R. Avaliação da força muscular respiratória e amplitudes torácicas e abdominais
após a RFR em indivíduos obesos. Rev. Latino-Am. Enfermagem. v. 11, n. 2, p.156-
160, 2003.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 238

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Eunice de Souza Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 57.076 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242.835
Ana Carolina F. Moreira
COREN/SP 323.329
11/01/2016 02 Eunice de Souza Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 57.076 COREN/SP 72.902
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242.835
10/02/2020 03 Eunice de Souza Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 57.076
COREN/SP 181.450
Camila Monteiro G. Dias Silva
COREN/SP 242.835
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 239

POP 61 Sondagem Nasoenteral

1. Definição
Introdução de uma sonda maleável, com fio guia metálico, flexível e radiopaco, através da
narina até o intestino.

2. Objetivo
Permitir a administração de dietas e medicamentos de maneira mais segura,
principalmente nos pacientes idosos, acamados, com reflexos diminuídos, inconscientes
e/ou com dificuldade de deglutição.

3. Contraindicação
Pacientes com desvio de septo. Pacientes com TCE, fraturas faciais e/ou suspeita de
fratura de base de crânio. Pacientes com relato e/ou que possuem documentação
indicando varizes, lesões e/ou estenose/obstrução esofagiana. Paciente com relato ou
que possuem documentação indicando coagulopatia grave.

4. Executante
Enfermeiro

5. Material:
 EPIs (luva de procedimento, máscara e óculos)
 Bandeja
 Sonda nasoenteral tipo Dobhoff
 Gel hidrossolúvel tópico (lubrificante)
 Gaze não estéril
 Seringa de 20ml
 Esparadrapo ou adesivo hipoalergênico
 Estetoscópio
 Soro fisiológico 0,9%
 Toalha ou papel toalha
 Biombo (se necessário)
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 240

6. Descrição do procedimento
1 Checar a prescrição;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Reunir o material;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
6 Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contraindicação.
Caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal
horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;
7 Paramentar-se com os EPIs;
8 Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo;
9 Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de prótese dentária;
10 Colocar toalha ou papel toalha sobre o tórax do paciente;
11 Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário;
12 Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice
xifóide adicionando 15 a 20 cm, marcando com fita adesiva;
13 Lubrificar a sonda com gel hidrossolúvel;
14 Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, que
indica que a sonda atingiu a nasofaringe e nesse ponto, peça ao paciente para fletir
ligeiramente a cabeça, ocorrendo o fechamento da traquéia e abertura do esôfago;
15 Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça
movimentos de deglutição;
16 Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do
paciente até o ponto pré- marcado;
17 Suspender a progressão da sonda caso o paciente apresente náuseas, vômitos,
tosse, dispnéia e/ou cianose;
18 Testar o posicionamento, injetando 20ml de ar com seringa. Auscultar com
estetoscópio simultaneamente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;
19 A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina
utilizada, com fita adesiva fina;
20 Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral direito, facilitando o
posicionamento da sonda para o duodeno através dos movimentos peristálticos;
21 Deixar o paciente confortável;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 241

22 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta


segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
23 Higienizar as mãos;
24 Encaminhar o paciente para controle radiológico;
25 Após confirmar a localização da sonda pela radiografia, retirar o fio guia e iniciar a
nutrição/medicação;
26 Guardar o mandril na embalagem original da sonda, adequadamente enrolado e
identificado, para repassar a sonda se necessário;
27 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
28 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
29 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Lubrificar a sonda internamente com 10 ml de água ou SF antes da passagem da
sonda, para facilitar a saída do fio guia;
 Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem orogástrica, sob
suspeita de fratura de ossos da base do crânio;
 Em pacientes com suspeita de trauma raquimedular, não elevar o decúbito;
 No sistema de sondagem nasoenteral, o RX é considerado padrão ouro para
verificar localização da sonda e segurança no procedimento, pelas Sociedades
Americana, Européia e Brasileira de Terapia Nutricional (ASPEN, ESPEN, SBNPE);
 Aguardar 30 minutos para realizar a radiografia, devido ao tempo de migração da
sonda para duodeno/jejuno;
 Checar a permeabilidade e o posicionamento da sonda antes de iniciar uma nova
dieta e antes de administrar medicamentos;
 Realizar higiene oral a cada 6h;
 Manter o paciente posicionado em decúbito elevado a pelo menos 30 graus para
evitar refluxo e broncoaspiração, se não houver contraindicação;
 Lavar a sonda com 40 ml de água após administração de medicação, para evitar
obstrução da sonda;
 Trocar fixação da sonda a cada 24h (após banho), ou quando necessário, para
evitar saída acidental;
 Higienizar as narinas do paciente pelo menos uma vez ao dia;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 242

 Se houver resistência durante a passagem, girar a sonda e ver se ela avança. Se


ainda houver resistência, retirar a sonda, deixar que o paciente descanse, lubrificar
novamente a sonda, e passar pela outra narina;
 Deixar toalhas próximas do paciente, para o caso deste sentir náuseas por
estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o procedimento
temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o paciente,
retomando o procedimento mediante avaliação.

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 453/2014. 0453/2014 -
Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em
Terapia Nutricional.2014.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada - RDC nº 63 de 6 de julho de 2000. Aprova o regulamento
técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição enteral.
Brasília/DF, 2000.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 243

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado Validado por
por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Chaula Vizelli
COREN/SP 173.997
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Chaula Vizelli
COREN/SP 173.997
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Renata Cauzzo Zingra
Oliveira Mariano
COREN/SP 230.997 COREN/SP 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283.180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 244

POP 62 Sondagem Nasogástrica

1. Definição
Introdução de uma sonda maleável através da narina até o estômago.

2. Objetivo
Drenar conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem gástrica e administração
de medicação/alimento.

3. Contraindicação
Pacientes com desvio de septo. Pacientes com TCE, fraturas faciais e/ou suspeita de
fratura de base de crânio. Pacientes com relato e/ou que possuem documentação
indicando varizes, lesões e/ou estenose/obstrução esofagiana. Paciente com relato ou
que possuem documentação indicando coagulopatia grave. Pacientes com neoplasia de
esôfago ou estômago. Pacientes com mal formação e/ou obstrução mecânica/ cirúrgica
do trato gastrointestinal.

4. Executante
Enfermeiro, Técnicos / Auxiliares de Enfermagem.

5. Material
 EPIs (luva de procedimento, máscara e óculos)
 Bandeja
 Sonda nasogástrica tipo Levine
 Gel hidrossolúvel tópico (lubrificante)
 Gaze não estéril
 Seringa de 20ml
 Esparadrapo ou adesivo hipoalergênico
 Estetoscópio
 Toalha ou papel toalha
 Coletor de secreção (se necessário)
 Biombo (se necessário)
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 245

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
3 Checar a prescrição;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário);
6 Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contra-indicação.
Caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal
horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;
7 Paramentar-se com os EPIs;
8 Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo;
9 Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de prótese dentária;
10 Colocar toalha ou papel toalha sobre o tórax do paciente;
11 Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário;
12 Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice
xifóide adicionando dois dedos, marcando com fita adesiva;
13 Lubrificar a sonda com gel hidrossolúvel;
14 Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse
ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;
15 Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça
movimentos de deglutição;
16 Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do
paciente até o ponto pré- marcado;
17 Suspender a progressão da sonda caso o paciente apresente náuseas, vômitos,
tosse, dispnéia ou cianose;
18 Testar o posicionamento, injetando 20ml de ar com seringa. Auscultar com
estetoscópio simultaneamente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo
gástrico;
19 A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina
utilizada, com fita adesiva fina;
20 Acoplar a sonda ao coletor caso sonda tenha como objetivo a drenagem de
conteúdo gástrico. Manter coletor abaixo do nível da cintura do paciente, a fim de
possibilitar a drenagem;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 246

21 Deixar o paciente confortável;


22 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
23 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
24 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
25 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem orogástrica, sob
suspeita de fratura de ossos da base do crânio;
 Em pacientes com suspeita de trauma raquimedular, não elevar o decúbito;
 Checar sempre a permeabilidade e o posicionamento da sonda antes de iniciar uma
nova dieta e antes de administrar medicamentos;
 Realizar higiene oral a cada 6h;
 Manter o paciente posicionado em decúbito elevado a pelo menos 30 graus para
evitar refluxo e broncoaspiração, se não houver contraindicação;
 Sempre lavar a sonda com 40 ml de água após administração de medicação, para
evitar obstrução da sonda;
 Trocar fixação da sonda a cada 24h (após banho), ou quando necessário, para
evitar saída acidental;
 Higienizar as narinas do paciente pelo menos uma vez ao dia;
 Deixar toalhas próximas, pois, durante a passagem da sonda, o paciente pode
sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o
procedimento temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o
paciente, retomando o procedimento mediante avaliação;
 Em caso de perda ou deslocamento da sonda em pacientes de pós- operatório de
cirurgias de esôfago e estômago a sonda não pode ser repassada nem mesmo
reintroduzida sem avaliação médica.

8. Referência bibliográfica
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 453/2014. 0453/2014 -
Aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em
Terapia Nutricional.2014.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 247

 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o


registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas/SP, 2009.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/ DF, 2012.
 UNAMUNO M.R.D.L,; JULIO S.M. Sonda nasogástrica/nasoentérica: cuidados na
instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina,
Ribeirão Preto, 35: 95-101, jan./mar. 2002.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado Validado por
por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo
COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Cristiane da Rocha Ferreira
Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Cristiane da Rocha Ferreira
Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Renata Cauzzo Zingra
Oliveira Mariano
COREN/SP 230.997 COREN/SP 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283.180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 248

POP 63 Transferência de Prontuário

1. Definição
Prontuário do paciente é o conjunto de documentos e informações relativos à assistência
prestada a um Usuário. A instituição de saúde é a responsável legal pela guarda e
conservação desses documentos. Transferência é o ato de deslocar / movimentar esses
documentos de um serviço de saúde para outro.

2. Objetivo
Realizar a movimentação de prontuário de usuários, de forma a preservar e conservar as
informações nele contidas.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Administrativo com apoio de equipe multiprofissional da qual a equipe de enfermagem
(Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem) faz parte.

5. Material
 Guia de remessa específica
 Envelope
 Prontuário do paciente

6. Descrição do procedimento
Ação Administrativa
1 Solicitar ao usuário endereço antigo e endereço atual obrigatoriamente;
2 Verificar qual o CS destino da área de abrangência de transferência;
3 Numerar as folhas do prontuário (apenas a frente da folha) e anotar o total de folhas
na última página do prontuário, como o modelo: “Nesta data, feito a transferência
deste prontuário para o CS XXXX, com um total de número de folhas de 98 até o
momento”;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 249

4 Transferência intramunicipais: Fazer guia de remessa em QUATRO vias


completas (1ª via: CS de origem; 2ª via: CS de origem após assinatura do CS de
destino; 3ª via: CS de destino, 4ª via: Distrito). Transferências
intermunicipais/interestaduais: utilizar mesmo fluxo enviando ao DRS;
5 Atentar para que todos os nomes contidos no prontuário estejam completos e com o
respectivo número da FF;
6 Colocar novo endereço no sistema SIGA e alterar vínculo para a nova unidade de
referência.

Descrição do procedimento:
1 Colocar as fichas individuais em pasta específica (para melhor organização interna)
que será retirada na rotina do malote.
2 Profissional do Distrito, no ato da retirada do malote, assina de forma legível a
primeira via da guia de remessa e a deixa no serviço.

Entrada de Prontuário
1 Verificar os prontuários (inclusive o conteúdo), assinar a planilha de controle do
distrito, assinar a 2ª via da guia de remessa recebida e entregar para o profissional
do distrito, devolvendo-a para a origem.
2 Guias de remessa (prontuários) sem endereço atual serão devolvidas para a
unidade de origem.

7. Observação
 Recomenda-se que transferência do prontuário seja realizada pelo Agente
Comunitário de Saúde da área de abrangência do Usuário, ou por outro profissional
indicado pela gestão local.
 Recomenda-se que nas transferências entre municípios, seja realizada cópia do
prontuário para transferência e o prontuário original fique arquivado na unidade.
 Recomenda-se que após o recebimento do prontuário, este seja incluído no arquivo
da unidade.
 Recomenda-se que o prontuário não seja transferido pelo próprio usuário.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 250

8. Referências bibliográficas
 ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC N° 63 de 25 de Novembro de
2011. Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os
Serviços de Saúde.
 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM N°1.638/2002 (Publicada no
D.O.U. de 9 de agosto de 2002, Seção I, p.184-5). 2002.
 CONARQ. Conselho Nacional de Arquivos. Resolução N° 22, 30 de junho de 2005.
Dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de documentos em instituições de saúde.
2005.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado Validado por
por
20/09/15 01 Helen Florêncio Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP COREN/SP 72.902
Márcio Carvalho
COREN/SP - 0127548

11/01/2016 02 Helen Florêncio Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP COREN/SP 72.902
Márcio Carvalho
COREN/SP - 0127548

10/02/2020 03 Larissa de Souza Renata Cauzzo Zingra


Tressoldi Mariano
COREN/SP 398938 COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 251

POP 64 Terapia de Reidratação Oral

1. Definição
Terapia realizada através da administração de sais de reidratação oral para repor líquido
e eletrólitos.

2. Objetivo
Corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico pela reidratação oral, prevenindo a desidratação e
os seus agravos.

3. Contraindicação
Pacientes apresentando desidratação grave, impossibilitado de receber líquido por via
oral na quantidade adequada, (íleo paralítico, abdômen agudo, alteração do estado de
consciência ou convulsões e choque hipovolêmico).

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Envelope de Soro de Reidratação Oral – SRO
 Água filtrada ou fervida (fria)
 Jarra de 1 litro (vidro ou plástico com tampa)
 Copo descartável

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se e explicar o procedimento que
será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
3 Conferir prescrição de enfermagem ou médica;
4 Higienizar as mãos (POP 42);
5 Diluir um envelope de SRO em 1 litro de água;
6 Ofertar ao paciente em curtos intervalos toda vez que ele desejar;
7 Solicitar reavaliação do paciente após o término da terapia;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 252

8 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados garantindo a correta


segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
9 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
10 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
11 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Crianças poderão receber o SRO no volume de 50 a 100 ml/kg de peso, por um
período máximo de 4 a 6h.
 Considera-se fracasso da reidratação oral se as dejeções aumentam, se ocorrem
vômitos incoercíveis, ou se a desidratação evolui para grave.
 Não apresentando melhora do quadro, solicitar a avaliação médica.
 Durante a permanência do paciente ou acompanhante no serviço de saúde, orientar
a reconhecer os sinais de desidratação, preparar e administrar a Solução de
Reidratação Oral, praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem
adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos).

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª
edição. São Paulo/SP, 2012.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia Prático de Atualização
Departamento Científico de Gastroenterologia. Diarreia aguda: diagnóstico e
tratamento. N.01. Março, 2017.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 253

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53.400
11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53.400
10/02/2020 03 Adriana Cristina D’Orásio Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 306.501
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 254

POP 65 Teste de Gravidez

1. Definição
Exame realizado com fita reagente, em mulheres em idade fértil que apresentem atraso
menstrual (geralmente igual ou maior a 7 dias), para identificação do hormônio
gonadotrofina coriônica (HCG) em uma amostra de urina.

2. Objetivos
Detectar precocemente a gravidez. Identificar situações oportunas para uso de
anticoncepção de emergência. Orientar planejamento reprodutivo. Identificar situações de
exposição à violência sexual e ao risco de infecção por doenças sexualmente
transmissíveis.

3. Público alvo
Mulheres em idade fértil que apresentem atraso menstrual.
Mulheres com atraso do MAC >3 dias.

4. Contraindicação
Mulheres em idade não fértil (acima de 49 anos) ou que não tenham atividade
sexual;

5. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

6. Material
 Luvas de procedimento
 Frasco limpo e seco de plástico ou vidro, sem nenhum conservante
 Tiras reagentes para Teste Rápido HCG urinário

7. Descrição do procedimento
1 Chamar a paciente pelo nome completo e pedir para identificar-se dizendo o seu
nome e para que apresente um documento de identidade com foto;
2 Em caso de nomes comuns ou semelhantes/ homônimos, pedir ao paciente para
que diga a data de seu nascimento (dia, mês e ano) e nome da mãe;
3 Reunir o material;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 255

4 Higienizar as mãos (POP 42);


5 Apresentar-se a paciente e explicar o procedimento a ser realizado, sanando as
dúvidas antes de iniciar a execução;
6 Questionar a paciente sobre o período de amenorreia e sintomas, registrando em
prontuário;
7 Calçar as luvas de procedimento;
8 Oferecer o frasco ou copo descartável e encaminhá-la ao sanitário;
9 Orientar a paciente a coletar uma pequena amostra de urina;
10 Anotar o lote e validade do teste rápido no prontuário da paciente e abrir a
embalagem do teste;
11 Receber a amostra de urina e proceder à realização do teste, introduzir a tira em
posição vertical com as setas na posição vertical e para baixo;
12 Emergir até a linha “Mark line” retire a tira após 10-15 segundos e colocar a tira sob
material ou superfície não absorvente;
13 Esperar as faixas coloridas aparecerem e aguardar tempo da reação completa de 5
minutos;
14 Interpretar o resultado (ENFERMEIRO):
a. Negativo: aparece apenas uma faixa na região do controle.
b. Positivo: aparecem duas faixas iguais e separadas de cores na região do
controle e do teste;
15 Explicar o resultado a paciente;
16 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados, realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
17 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
18 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
19 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

8. Observação
 A intensidade da cor das faixas do teste pode variar visto que estágios diferentes da
gravidez têm concentrações diferentes do hormônio de hCG.
 É recomendado que o teste seja feito na Unidade Básica de Saúde, caso seja feito
fora deve orientar o paciente a realizar um teste confirmatório sob supervisão da
equipe de enfermagem.
 O enfermeiro deve estar atento a mudanças de marca utilizada e, após leitura da
bula, capilarizar possíveis mudanças à equipe.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 256

 Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã, por conter maior


concentração do hormônio.
 Poderá ser também utilizada outra amostra de qualquer período do dia, respeitando
o intervalo entre micções recomendado pelo fabricante.
 Não há necessidade de realizar teste rápido de gravidez se atraso menstrual for
acima de 15 a 16 semanas. Deve ser confirmada a gravidez pelo exame clínico,
com palpação e ausculta de batimentos cardíacos fetais.
 Preferencialmente acolher a usuária em sala que possua sanitário.
 Em caso de resultado positivo, agendar o mais breve possível a primeira consulta
de pré-natal.
 Caso a gravidez seja indesejada, a paciente deverá ser encaminhada para
atendimento da equipe de referência e de IMEDIATO com o enfermeiro.
 Caso resultado negativo com manifestação de desejo de engravidar: agendamento
de consulta para orientações.
 Caso resultado negativo sem manifestação de desejo de engravidar: agendamento
de planejamento reprodutivo para escolha e indicação de método anticoncepcional.

9. Referências bibliográficas
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Teste Rápido de gravidez na Atenção Básica:
guia técnico./Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações programáticas Estratégicas. Brasília, 2014.
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer n° 031 /2013 –
CT PRCI n° 101.092. Realização de teste de gravidez e informação do resultado.
2015.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 257

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado Validado por
por
27/12/2013 01 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53.400

11/01/2016 02 Chaúla Vizelli Rosana Aparecida Garcia


COREN/SP 173.997 COREN/SP 72.902
Analu Lima Ataíde
COREN/SP 236.871
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248.634
Viviane Cristina Claro
COREN/SP 124.521
Tienne de Almeida
Antonio Rampazzo
COREN/SP 213.414
10/02/2020 03 Chaúla Vizelli Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 173.997
COREN 181.450
Tienne de Almeida
Antonio Rampazzo
COREN/SP 213.414
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 258

POP 66 Teste Rápido para Hepatite B

1. Definição
Teste qualitativo utilizado na triagem da infecção pelo vírus da hepatite B, por meio da
detecção do de antígeno do HBs (HBsAg) no soro, plasma ou sangue total.

2. Objetivo
Fornecer resultado no mesmo dia em uma variedade de situações e locais, fora do
ambiente de laboratório, por pessoal capacitado. Detectar precocemente a infecção,
permitindo a antecipação do início do tratamento. Evitar a progressão hepática e suas
complicações, como o câncer e a cirrose.

3. Contraindicação
Não deve ser utilizado em fase post-mortem;

4. Executante
Técnicos e Auxiliares de enfermagem capacitados poderão executar o teste, porém o
laudo é privativo do enfermeiro.

5. Material
 Equipamentos de proteção individual (EPIs): óculos de proteção, avental e luvas de
procedimentos
 Kit diagnóstico: lanceta para punção digital, pipeta ou tubo capilar, dispositivo ou
placa de teste, frasco de solução tampão
 Manual de instrução
 Álcool 70%
 Algodão ou gaze não estéril
 Cronômetro ou relógio
 Caneta esferográfica
 Caneta de tinta permanente
 Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante
 Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos
 Laudo TR HBsAg (anexo 1)
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 259

6. Descrição do procedimento
1 Ler o manual de instrução;
2 Observar as orientações de acordo com cada laboratório;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Colocar os EPIs;
5 Conferir o prazo de validade do kit e anotar o número do lote (caixa do kit*) na folha
de trabalho de realização dos Testes Rápidos, garantindo a qualidade e
rastreabilidade do teste;
*Cada componente do kit diagnóstico (dispositivo ou placa de teste, diluente, etc.)
possui um número de lote. Sendo assim deve-se considerar o número de lote da
embalagem do conjunto de kit.
6 Deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente, antes de iniciar o teste;
7 Separar todos os componentes do kit, sobre uma superfície plana, limpa, livre de
vibrações, seca e forrada com material absorvente;
8 Retirar da embalagem os componentes do kit e inspecionar a integridade do
dispositivo de teste. Se houver rachaduras despreze esse material e recomece;
9 Escrever as iniciais do nome do usuário, no dispositivo ou placa de teste;
10 Recepcionar o usuário com atenção de forma acolhedora;
11 Orientar o usuário quanto ao procedimento e sobre as limitações do teste;
12 Realizar punção digital;
13 Fazer a coleta da amostra utilizando o tubo capilar ou pipeta capilar evitando a
formação de bolhas. Realizar nova coleta, caso ocorra a formação de bolhas. Para
eficiente aspiração do sangue, mantenha o tubo capilar na posição horizontal e
colete o sangue até o completo preenchimento do capilar, sem que haja a formação
de bolhas de ar.

Tubo Capilar

Pipeta Capilar
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 260

14 Colocar o tubo capilar na posição vertical e dispensar três gotas da amostra no


poço (S) do dispositivo de teste (verificar o manual do fabricante).

15 Adicionar uma gota de solução tampão no poço, sobre a amostra (verificar o manual
do fabricante).
16 Aguardar 15 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado; se resultado
negativo aguardar mais 15 minutos.
17 Fazer a interpretação conforme:
a. Se após 30 minutos aparecer apenas uma linha azul na área de controle, a
amostra será considerada NÃO REAGENTE.

b. Se aparecer a linha vermelha na área de controle e azul na área de teste, a


amostra será considerada REAGENTE.

c. Se a linha na área de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo


determinado pelo fabricante, mesmo que a linha vermelha apareça na área de
teste (T), o teste será considerado INVÁLIDO. Armazene para análise técnica
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 261

do problema. Comunique o ocorrido ao SAC do Departamento de DST/Aids e


Hepatites Virais pelo e-mail diagnostico@aids.gov.br

18 Descartar o material utilizado em recipiente apropriado para descarte de materiais


com risco biológico;
19 Retirar os EPIs;
20 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
21 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
22 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Um resultado não reagente no teste rápido não permite excluir uma infecção pelo
vírus da hepatite B. Este resultado deve ser sempre interpretado em conjunto com
outras informações clínicas disponíveis.
 Em casos de resultados reagentes, agendar atendimento para acompanhamento no
ambulatório de hepatites virais, via sistema on-line.
 Resultados positivos devem ser confirmados com um teste confirmatório.

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de treinamento para teste rápido
hepatites B (HBsAg) e C (anti-HCV). Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Brasília, 2011. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/page/2012/50770/manual_para_capaci
tacao_de_tr_para_as_hepatites_b__17745.pdf> Acesso em: 10 fev. 2020.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diagnóstico de Hepatites Virais. Telelab
diagnóstico e monitoramento, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Universidade de Federal de Santa Catarina. Brasília,
2014. Disponível em: <http://www.telelab.aids.gov.br>. Acesso em: 10 fev. 2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 262

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
20/09/2015 01 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
11/01/2016 02 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo
Zingra Mariano
COREN/SP 398938
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 263

POP 67 Teste Rápido para Hepatite C

1. Definição
Teste qualitativo utilizado na triagem da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV), por meio
da detecção do anticorpo anti-HCV no soro ou sangue total

2. Objetivo
Fornecer resultado no mesmo dia em uma variedade de situações e locais, fora do
ambiente de laboratório, por pessoal capacitado. Detectar precocemente a infecção,
permitindo a antecipação do início do tratamento. Evitar a progressão hepática e suas
complicações, como o câncer e a cirrose.

3. Executante
Técnicos e Auxiliares de enfermagem capacitados poderão executar o teste, porém o
laudo é privativo do enfermeiro.

4. Material
 Equipamentos de proteção individual (EPIs): óculos de proteção, avental e luvas de
procedimentos
 Kit diagnóstico: lanceta para punção digital, pipeta ou tubo capilar, dispositivo ou
placa de teste, frasco de solução diluente
 Manual de instrução
 Álcool 70%
 Algodão ou gaze não estéril
 Cronômetro ou relógio
 Caneta esferográfica
 Caneta de tinta permanente
 Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante
 Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos
 Laudo TR HCV (anexo 1)

5. Descrição do Procedimento
1 Ler o manual de instrução;
2 Observar as orientações de acordo com cada laboratório;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 264

3 Higienizar as mãos (POP 42);


4 Colocar os EPIs;
5 Conferir o prazo de validade do kit e anotar o número do lote (caixa do kit*) na folha
de trabalho de realização dos Testes Rápidos, garantindo a qualidade e
rastreabilidade do teste;
*cada componente do kit diagnóstico (dispositivo ou placa de teste, diluente, etc.)
possui um número de lote. Sendo assim deve-se considerar o número de lote da
embalagem do conjunto de kit.
6 Deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente, antes de iniciar o teste;
7 Separar todos os componentes do kit, sobre uma superfície plana, limpa, livre de
vibrações, seca e forrada com material absorvente;
8 Retirar da embalagem os componentes do kit e inspecionar a integridade do
dispositivo de teste. Se houver rachaduras despreze esse material e recomece;
9 Escrever as iniciais do nome do usuário, no dispositivo ou placa de teste;
10 Recepcionar o usuário com atenção de forma acolhedora;
11 Orientar o usuário quanto ao procedimento e sobre as limitações do teste;
12 Realizar punção digital;
13 Fazer a coleta da amostra utilizando o tubo capilar ou pipeta.
a. Para eficiente aspiração do sangue, mantenha o tubo capilar na posição
horizontal e colete o sangue até o completo preenchimento do capilar, sem
que haja a formação de bolhas de ar.

Tubo Capilar

Pipeta Capilar
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 265

b. Colocar o tubo capilar na posição vertical e dispensar uma gota da amostra


no poço do dispositivo de teste.
c. Adicionar três gotas de solução tampão no poço, sobre a amostra.
d. Aguardar 15 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado;
14 Fazer a interpretação conforme:
a. Se aparecer apenas uma linha vermelha na área de controle, a amostra será
considerada NÃO REAGENTE.

b. Se aparecer a linha vermelha na área de teste e vermelha na área de


controle, a amostra será considerada REAGENTE.

c. Se a linha na área de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo


determinado pelo fabricante, mesmo que a linha vermelha apareça na área
de teste (T), o teste será considerado INVÁLIDO. Armazene para análise
técnica do problema. Comunique o ocorrido ao SAC do Departamento de
DST/Aids e Hepatites Virais pelo e-mail <diagnostico@aids.gov.br>.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 266

15 Descartar o material utilizado em recipiente apropriado para descarte de materiais


com risco biológico;
16 Retirar os EPIs;
17 Realizar anotação de enfermagem e registrar a produção (POP 14);
18 Emitir o laudo diagnóstico em duas vias;
19 Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 59).

6. Observação
 Em casos de resultados reagentes, agendar atendimento para acompanhamento no
ambulatório de hepatites virais, via sistema on-line.
 Resultados positivos devem ser confirmados com um teste confirmatório.

7. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de treinamento para teste rápido
hepatites B (HBsAg) e C (anti-HCV). Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Brasília, 2011. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/page/2012/50770/manual_para_capa
citacao_de_tr_para_as_hepatites_b__17745.pdf> Acesso em: 10 fev. 2020.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diagnóstico de Hepatites Virais. Telelab
diagnóstico e monitoramento, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Universidade de Federal de Santa Catarina. Brasília,
2014. Disponível em: <http://www.telelab.aids.gov.br>. Acesso em: 10 fev. 2020.
 MESTRINER, C.A. Teste-rápido no diagnóstico laboratorial da hepatite c. Wama
Diagnóstico, Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. Disponível em:
<https://www.wamadiagnostica.com.br/reagentes/imuno-rapido/> Acesso em: 10 fev.
2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 267

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
20/09/2015 01 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
11/01/2016 02 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia COREN/SP
COREN/SP 59305
72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo
Zingra Mariano
COREN/SP 398938
COREN181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 268

POP 68 Teste Rápido Duplo Percurso para HIV com Amostra de


Fluido Oral

1. Definição
Diagnóstico da infecção pelo HIV por meio da detecção de anticorpos contra o vírus no
fluído oral.

2. Objetivo
Ampliar o acesso da população em geral, principalmente das populações mais
vulneráveis, ao diagnóstico da infecção pelo HIV. Detectar precocemente a infecção,
permitindo a antecipação do início do tratamento.
Fornecer resultado no mesmo dia em uma variedade de situações e locais, fora do
ambiente de laboratório, por pessoal capacitado. Diminuir o risco de transmissão vertical.

3. Contraindicação
Indivíduos infectados pelo HIV imunossuprimidos ou imunocomprometidos podem não
produzir anticorpos contra o vírus;
Uso prolongado de antirretroviral;
Crianças menores de 02 anos, filhos de mãe soropositiva.

4. Executante
Técnicos e Auxiliares de enfermagem capacitados poderão executar o teste, porém o
laudo é privativo do enfermeiro.

5. Material
 Equipamentos de proteção individual (EPIs): óculos de proteção, avental e luvas de
procedimentos
 Kit diagnóstico: Coletor de amostras de fluido oral, frasco para eluição da amostra,
com dosador e tampa, suporte de teste HIV e frasco com solução-tampão de corrida
 Manual de instrução
 Gaze não estéril
 Cronômetro ou relógio
 Caneta esferográfica
 Caneta de tinta permanente
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 269

 Recipiente para descarte de material biológico


 Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos
 Laudo TR DPP HIV Fluído Oral (anexo 2)

6. Descrição do procedimento
1 Ler o manual de instrução;
2 Observar as orientações de acordo com cada laboratório, pois a quantidade de
sangue e diluente utilizados poderá ser modificada conforme fabricante.
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Colocar os EPIs;
5 Conferir o prazo de validade do kit e anotar o número do lote (caixa do kit*) na folha
de trabalho de realização dos Testes Rápidos, garantindo a qualidade e
rastreabilidade do teste;
⃰ cada componente do kit diagnóstico (dispositivo ou placa de teste, diluente, etc.)
possui um número de lote. Sendo assim deve-se considerar o número de lote da
embalagem do conjunto de kit.
6 Deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente, antes de iniciar o teste;
7 Separar todos os componentes do kit, sobre uma superfície plana, limpa, livre de
vibrações, seca e forrada com material absorvente;
8 Retirar da embalagem os componentes do kit e inspecionar a integridade do
dispositivo de teste. Se houver rachaduras ou na plataforma de duplo percurso não
for visível duas linhas, uma na área de controle e outra na área do teste, despreze
esse material e recomece;
9 Escrever as iniciais do nome do usuário, no dispositivo ou placa de teste e no frasco
de eluição, com caneta de tinta permanente;
10 Abrir o frasco para eluição da amostra;
11 Recepcionar o usuário com atenção de forma acolhedora;
12 Orientar o usuário quanto ao procedimento e sobre as limitações do teste;
13 Questionar o usuário, antes de iniciar o teste, para saber se ele comeu, fumou,
bebeu, inalou qualquer substância, escovou os dentes ou praticou qualquer
atividade oral 30 minutos antes do teste. Em caso afirmativo, orientar o usuário a
lavar a boca com água e aguardar 30 minutos para fazer a coleta de fluido oral;
14 Solicitar a retirada total de batom antes do teste, fornecendo gaze não estéril;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 270

15 Orientar o usuário a inserir o coletor acima dos dentes, no espaço que fica entre o
final da gengiva e o começo da bochecha, realizar ligeira fricção, passando o coletor
gentilmente, quatro vezes, tanto na arcada superior quanto na arcada inferior;
16 Inserir o coletor no frasco de eluição, identificado, quebrar a haste, fechar o frasco e
agitar suavemente por 10 segundos;
17 Retirar a tampa do dosador e, com o frasco na posição vertical, colocar duas gotas
na área 01; realizar novo teste, caso ocorra a formação de bolhas no poço;

Plataforma para imunocromatografia de duplo percurso

18 Aguardar 05 minutos (relógio ou cronômetro) e verificar, na área de leitura se as


linhas nas áreas T e C desapareceram;
19 Pegar o tampão na posição vertical e derramar quatro gotas na área 03 (conforme
orientação do fabricante);
20 Aguardar10 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado;
21 Fazer a interpretação conforme:
a. Se aparecer a linha rosa ou roxa somente na área de controle, a amostra
será considerada NÃO REAGENTE.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 271

b. Se aparecer a linha rosa ou roxa na área de teste e na área de controle, a


amostra será considerada REAGENTE.

c. Se a linha na área de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo


determinado pelo fabricante, mesmo que a linha vermelha apareça na área
de teste (T), o teste será considerado INVÁLIDO. Armazene para análise
técnica do problema. Comunique o ocorrido ao SAC do Departamento de
DST/Aids e Hepatites Virais pelo e-mail diagnostico@aids.gov.br

7. Observação
 Se o resultado do exame for considerado REAGENTE para a infecção pelo HIV,
realize um segundo teste rápido, de outro fabricante para confirmação do
diagnóstico;
 Após confirmação, encaminhar o usuário para o Centro de Referência DST/AIDS
com referência/contra referência, em horário comercial de segunda à sexta.
 Em casos de resultados discordantes, encaminhe amostra de sangue para o
Laboratório Municipal (formulário LMC campo 06 HIV).

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Orientações para utilização de Teste Rápido
DPP HIV com amostra de fluido oral. Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Brasília, 2014. Disponível em:
<http://telelab.aids.gov.br>. Acesso em 10/02/2020.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual Técnico para diagnóstico da infecção
pelo HIV. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/bvs>. Acesso em
10/02/2020.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 272

 SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Recomendações para o


funcionamento dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) do estado de
São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, Coordenação do
Programa Estadual DST/Aids-SP, Coordenadoria de Controle de Doenças. Informes
Técnicos Institucionais. Rev. Saúde Pública 2009; 43(2):383-6. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43n2/IT-SES.pdf>. Acesso em 10/02/2020.
 SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Capacitação para o diagnóstico da
infecção pelo HIV utilizando testes rápidos. Centro de Referência e Treinamento em
DST/Aids, Coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP, Coordenadoria de
Controle de Doenças. Manual treinando, 2011.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
11/01/2016 02 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 398938
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 273
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 274

POP 69 Teste Rápido para HIV com Amostra de Sangue

1. Definição
Diagnóstico da infecção pelo HIV I e II por meio da detecção qualitativa de anticorpos
contra o vírus no sangue total venoso, soro e plasma. Existem vários formatos de TR, os
mais frequentemente disponibilizados pelo Ministério da Saúde, utilizam como método a
imunocromatografia, com plataforma de fluxo lateral ou plataforma de duplo percurso
(DPP).

2. Objetivo
Ampliar o acesso da população em geral, principalmente das populações mais
vulneráveis, ao diagnóstico da infecção pelo HIV. Detectar precocemente a infecção,
permitindo a antecipação do início do tratamento. Fornecer resultado por pessoal
capacitado no mesmo dia em uma variedade de situações e locais, fora do ambiente de
laboratório. Diminuir o risco de transmissão vertical.

3. Contraindicação
Indivíduos infectados pelo HIV imunossuprimidos ou imunocomprometidos podem não
produzir anticorpos contra o vírus. Uso prolongado de antirretroviral. Crianças menores de
02 anos, filhos de mãe soropositiva.

4. Executante
Técnicos e Auxiliares de enfermagem capacitados poderão executar o teste, porém o
laudo é privativo do enfermeiro.

5. Material
 Equipamentos de proteção individual (EPIs): óculos de proteção, avental e luvas de
procedimentos
 Manual de instrução
 Álcool 70%
 Algodão ou gaze não estéril
 Cronômetro ou relógio
 Caneta esferográfica
 Caneta de tinta permanente
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 275

 Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante


 Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos
 Folha de trabalho de realização dos Testes Rápidos
 Laudo TR HIV (anexo 2)
 Kit diagnóstico – imunocromatografia em plataforma de fluxo lateral: lanceta para
punção digital, pipeta ou tubo capilar, dispositivo ou placa de teste, frasco de
solução diluente;
 Kit diagnóstico – imunocromatografia em plataforma de duplo percurso: lanceta
para punção digital, alça coletora descartável, frasco para eluição da amostra, com
dosador e tampa, plataforma de teste DPP Sífilis e frasco com solução-tampão de
corrida;

6. Descrição do procedimento
1 Ler o manual de instrução;
2 Observar as orientações de acordo com cada laboratório;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Colocar os EPIs;
5 Conferir o prazo de validade do kit e anotar o número do lote (caixa do kit*) na folha
de trabalho de realização dos Testes Rápidos, garantindo a qualidade e
rastreabilidade do teste;
* cada componente do kit diagnóstico (dispositivo ou placa de teste, diluente, etc.)
possui um número de lote. Sendo assim deve-se considerar o número de lote da
embalagem do conjunto de kit.
6 Deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente, antes de iniciar o teste;
7 Separar todos os componentes do kit, sobre uma superfície plana, limpa, livre de
vibrações, seca e forrada com material absorvente;
8 Retirar da embalagem os componentes do kit e inspecionar a integridade do
dispositivo de teste. Se houver rachaduras ou na plataforma de duplo percurso não
for visível duas linhas, uma na área de controle e outra na área do teste, despreze
esse material e recomece;
9 Escrever as iniciais do nome do usuário, no dispositivo ou placa de teste e no frasco
de eluição, com caneta de tinta permanente;
10 Abrir o frasco para eluição da amostra se for realizar o teste de duplo percurso;
11 Recepcionar o usuário com atenção de forma acolhedora;
12 Orientar o usuário quanto ao procedimento e sobre as limitações do teste;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 276

13 Realizar punção digital;


14 Fazer a coleta da amostra utilizando o tubo capilar, alça coletora ou pipeta capilar
evitando a formação de bolhas. Realizar nova coleta, caso ocorra a formação de
bolhas.

Tubo Capilar

Alça Coletora

Pipeta Capilar

15 Realização do Teste:
 Imunocromatografia de fluxo lateral

Plataforma para imunocromatografia de fluxo lateral

1 Colocar a pipeta capilar na posição vertical e dispensar uma gota da


amostra no poço do dispositivo de teste A. Realizar novo teste, caso ocorra
a formação de bolhas no poço;
2 Adicionar quatro gotas de diluente no poço em que foi colocada
anteriormente a amostra;
3 Aguardar 20 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 277

 Imunocromatografia em plataforma de duplo percurso

Plataforma para imunocromatografia de duplo percurso

1 Inserir a alça coletora no frasco de eluição, identificado, quebrar a alça


coletora, fechar o frasco e agitar suavemente por 10 segundos;
2 Retirar a tampa superior do dosador e, com o frasco na posição vertical,
colocar duas gotas na área 01. Realizar novo teste, caso ocorra a formação
de bolhas no poço (conforme orientação do fabricante);
3 Aguardar 05 minutos (relógio ou cronômetro) e verificar, na área de leitura
se as linhas nas áreas T e C desapareceram;
4 Pegar o tampão na posição vertical e derramar quatro gotas na área 03;
5 Aguardar 10 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado

16 Interpretação do Teste:
a. Se aparecer a linha rosa ou roxa somente na área de controle, a amostra
será considerada NÃO REAGENTE.

b. Se aparecer a linha rosa ou roxa na área de teste e na área de controle, a


amostra será considerada REAGENTE.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 278

c. Se a linha na área de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo


determinado pelo fabricante, mesmo que a linha vermelha apareça na área
de teste (T), o teste será considerado INVÁLIDO. Armazene para análise
técnica do problema. Comunique o ocorrido ao SAC do Departamento de
DST/Aids e Hepatites Virais pelo e-mail diagnostico@aids.gov.br

d. Não interpretar o teste após o período padronizado para a realização da


leitura;

17 Descartar o material utilizado em recipiente apropriado para descarte de materiais


com risco biológico;
18 Retirar os EPIs;
19 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Se o resultado do exame for considerado REAGENTE para a infecção pelo HIV,
realize um segundo teste rápido, de outro fabricante para confirmação do
diagnóstico.
 Após confirmação, encaminhar o usuário para o Centro de Referência DST/AIDS
com referência/contra referência, em horário comercial de segunda à sexta.
 Nos casos de resultados discordantes, encaminhe amostra de sangue para o
Laboratório Municipal (formulário LMC campo 06 HIV).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 279

 Alguns fatores podem intervir no resultado ou gerar resultado falso


negativo:Paciente em janela imunológica; Amostra coagulada ou lipêmica; Volume
incorreto de amostra e tempo incorreto de leitura.
 Alguns fatores podem intervir no resultado ou gerar resultado falso positivo:
Doença autoimune; Vacina influenza; Transplantes.

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diagnóstico do HIV. Telelab diagnóstico e
monitoramento, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais. Universidade de Federal de Santa Catarina. Brasília, 2014.
Disponível em: <http://www.telelab.aids.gov.br>. Acesso em 10/02/2020.
 SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Recomendações para o
funcionamento dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) do estado de
São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, Coordenação do
Programa Estadual DST/Aids-SP, Coordenadoria de Controle de Doenças. Informes
Técnicos Institucionais. Rev. Saúde Pública 2009; 43(2):383-6. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43n2/IT-SES.pdf>. Acesso em 10/02/2020.
 SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Capacitação para o diagnóstico da
infecção pelo HIV utilizando testes rápidos. Centro de Referência e Treinamento
em DST/Aids, Coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP, Coordenadoria de
Controle de Doenças. Manual treinando, 2011.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 280

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
11/01/2016 02 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Josiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo
Zingra Mariano
COREN/SP 398938
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 281
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 282

POP 70 Teste Rápido para Sífilis

1. Definição
Teste Rápido (TR) utilizado para triagem da infecção pelo Treponema pallidum, que
permite a detecção dos anticorpos específicos anti-T. pallidum no soro ou sangue total.
Existem vários formatos de TR, os mais frequentemente disponibilizados pelo Ministério
da Saúde, utilizam como método a imunocromatografia, com plataforma de fluxo lateral ou
plataforma de duplo percurso (DPP);

2. Objetivo
Fornecer resultado no mesmo dia em uma variedade de situações e locais, fora do
ambiente de laboratório, por pessoal capacitado. Ampliar o diagnóstico e detectar
precocemente a infecção, agilizando a resposta aos indivíduos e permitindo o rápido
encaminhamento para assistência médica e início de tratamento. Prevenir a sífilis
congênita.

3. Contraindicação
Não deve ser utilizado no controle de tratamento e/ou suspeita de reinfecção;

4. Executante
Técnicos e Auxiliares de enfermagem capacitados poderão executar o teste, porém o
laudo é privativo do enfermeiro.

5. Material
 Equipamentos de proteção individual (EPIs): óculos de proteção, avental e luvas de
procedimentos
 Manual de instrução
 Álcool 70%
 Algodão ou gaze não estéril
 Cronômetro ou relógio
 Caneta esferográfica
 Caneta de tinta permanente
 Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante
 Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 283

 Laudo TR Sífilis (anexo 1)


 Kit diagnóstico – imunocromatografia em plataforma de fluxo lateral: lanceta para
punção digital, pipeta ou tubo capilar, dispositivo ou placa de teste, frasco de
solução diluente;
 Kit diagnóstico – imunocromatografia em plataforma de duplo percurso: lanceta
para punção digital, alça coletora descartável, frasco para eluição da amostra, com
dosador e tampa, plataforma de teste DPP Sífilis e frasco com solução-tampão de
corrida;

6. Descrição do procedimento
1 Ler o manual de instrução;
2 Observar as orientações de acordo com cada laboratório;
3 Higienizar as mãos (POP 45);
4 Colocar os EPIs;
5 Conferir o prazo de validade do kit e anotar o número do lote (caixa do kit*) na folha
de trabalho de realização dos Testes Rápidos, garantindo a qualidade e
rastreabilidade do teste;
* cada componente do kit diagnóstico (dispositivo ou placa de teste, diluente, etc.)
possui um número de lote. Sendo assim deve-se considerar o número de lote da
embalagem do conjunto de kit.
6 Deixar os reagentes atingirem a temperatura ambiente, antes de iniciar o teste;
7 Separar todos os componentes do kit, sobre uma superfície plana, limpa, livre de
vibrações, seca e forrada com material absorvente;
8 Retirar da embalagem os componentes do kit e inspecionar a integridade do
dispositivo de teste. Se houver rachaduras ou na plataforma de duplo percurso não
for visível duas linhas, uma na área de controle e outra na área do teste, despreze
esse material e recomece.
9 Escrever as iniciais do nome do usuário, no dispositivo ou placa de teste e no
frasco de eluição, com caneta de tinta permanente;
10 Abrir o frasco para eluição da amostra se for realizar o teste de duplo percurso.
11 Recepcionar o usuário com atenção de forma acolhedora;
12 Orientar o usuário quanto ao procedimento e sobre as limitações do teste;
13 Realizar punção digital;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 284

14 Fazer a coleta da amostra utilizando o tubo capilar, alça coletora ou pipeta capilar
evitando a formação de bolhas. Realizar nova coleta, caso ocorra a formação de
bolhas.

Tubo Capilar

Alça Coletora

Pipeta Capilar

15 Realização do Teste
 Imunocromatografia de fluxo lateral

Plataforma para imunocromatografia de fluxo lateral

1 Colocar a pipeta capilar na posição vertical e dispensar uma gota da


amostra no poço do dispositivo de teste A. Realizar novo teste, caso ocorra
a formação de bolhas no poço (conforme orientação do fabricante);
2 Adicionar quatro gotas de diluente no poço em que foi colocada
anteriormente a amostra (conforme orientação do fabricante);
3 Aguardar 20 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 285

 Imunocromatografia em plataforma de duplo percurso

Plataforma para imunocromatografia de duplo percurso

1 Inserir a alça coletora no frasco de eluição, identificado, quebrar a alça


coletora, fechar o frasco e agitar suavemente por 10 segundos;
2 Retirar a tampa superior do dosador e, com o frasco na posição vertical,
colocar duas gotas na área 01. Realizar novo teste, caso ocorra a formação
de bolhas no poço;
3 Aguardar 05 minutos (relógio ou cronômetro) e verificar, na área de leitura
se as linhas nas áreas T e C desapareceram;
4 Pegar o tampão na posição vertical e derramar quatro gotas na área 03;
5 Aguardar 10 minutos e realizar a leitura do teste em local iluminado.

16 Interpretação do Teste
a. Se aparecer a linha rosa ou roxa somente na área de controle, a amostra
será considerada NÃO REAGENTE.

b. Se aparecer a linha rosa ou roxa na área de teste e na área de controle, a


amostra será considerada REAGENTE.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 286

c. Se a linha na área de controle (C) não aparecer dentro do tempo máximo


determinado pelo fabricante, mesmo que a linha vermelha apareça na área
de teste (T), o teste será considerado INVÁLIDO. Armazene para análise
técnica do problema. Comunique o ocorrido ao SAC do Departamento de
DST/Aids e Hepatites Virais pelo e-mail diagnostico@aids.gov.br

d. Não interpretar o teste após o período padronizado para a realização da


leitura;
17 Descartar o material utilizado em recipiente apropriado para descarte de materiais
com risco biológico;
18 Retirar os EPIs;
19 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Um resultado não reagente no teste rápido não permite excluir uma infecção pelo
Treponema pallidum. Este resultado deve ser sempre interpretado em conjunto com
outras informações clínicas disponíveis (janela imunológica).
 Em casos de resultados reagentes, encaminhe amostra de sangue para o
Laboratório Municipal (formulário LMC campo 06 sífilis).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 287

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diagnóstico de Sífilis. Telelab diagnóstico e
monitoramento, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais. Universidade de Federal de Santa Catarina. Brasília, 2014.
Disponível em: http://www.telelab.aids.gov.br

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Jusiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
11/01/2016 02 Eliana Cristina Petoilho Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 59305
COREN/SP 72.902
Graziela Maria G. Espindola
COREN/SP 89391
Jusiane do Carmo Dias
COREN/SP 073073
Marita Fontenele A. Coelho
COREN/SP 151929
Marta de Souza Pereira
COREN/SP 248634
10/02/2020 03 Larissa de Souza Tressoldi Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 398938
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 288

POP 71 Troca de Bolsa de Estomia

1. Definição
Higienização e troca da bolsa coletora de efluentes intestinais ou urinários em pacientes
portadores de colostomia, ileostomia ou urostomia.

2. Objetivo
Reter/coletar os efluentes. Manter a higienização do estoma. Proporcionar o conforto e
bem estar ao paciente. Prevenir possíveis infecções e lesões de pele.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 EPIs (luvas de procedimento, máscara cirúrgica)
 Comadre
 Tesoura curva
 Soro fisiológico 0,9%
 Gaze ou papel higiênico
 Sabão de uso habitual
 Bolsa de estomia indicada ao paciente
 Escala de medida do estoma
 Placa da bolsa se houver (dispositivo de duas peças)
 Protetor de pele (se necessário)
 Pasta de resina sintética (se necessário)

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Confirmar o nome do paciente, apresentar-se e explicar o procedimento que será
realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 289

4 Promover a privacidade do paciente expondo apenas a área do estoma, colocando-


o em decúbito dorsal;
5 Paramentar-se com os EPIs;
6 Esvaziar a bolsa coletora, observando o aspecto do material coletado (cor,
consistência, quantidade, odor) e desprezar na comadre ou no vaso sanitário;
7 Umedecer a região do adesivo da bolsa ou da placa com gaze embebida em SF
0,9% aquecido e remover cuidadosamente da pele, evitando lesões na pele
periestoma e facilitar a remoção da bolsa ou da placa;
8 Limpar o estoma e região periestomal com gaze, água e sabão ou SF 0,9%,
observando as condições da pele e mantendo-a seca para aplicação do dispositivo.
Utilizar gaze sobre o mesmo para evitar drenagem de urina ou fezes enquanto
prepara a nova bolsa coletora;
9 Medir o estoma com escala de medidas, traçar molde no verso da bolsa, deixando
área de segurança de 1mm e recortar. Estoma irregular, preparar molde sob
medida;
10 Colocar a pasta de resina sintética (se necessário), preenchendo os espaços vazios
na região periestoma. Aplicar pó protetor na pele periestoma em caso de sinais de
irritação local;
11 Retirar o papel protetor da base adesiva da bolsa ou da placa;
12 Adaptar a nova bolsa coletora, ajustando sua abertura ao estoma, pressionando
suavemente contra a parede abdominal. Colocar o clamp/presilha no dispositivo e
fechar. A bolsa drenável pode ser lavada com água e sabão e reutilizada várias
vezes;
13 Em caso de dispositivo com duas peças (placa mais bolsa coletora), traçar o molde
no verso da placa e recortar conforme medida. Após, adaptar a placa a abertura do
estoma e pressionar a placa para baixo sobre a pele periostomal. Fixar a bolsa
sobre os bordos da placa;
14 Deixar o paciente confortável;
15 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados;
16 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
17 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
18 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 290

7. Observação
 Existem estomias intestinais e urológicas, deve ser utilizada bolsa coletora
específica para cada caso.
 As bolsas coletoras podem ser de peça única (na mesma peça está a bolsa coletora
e a barreira protetora de pele) ou de duas peças (bolsa coletora e barreira protetora
de pele/placa separadas).
 As bolsas coletoras podem ser abertas (reutilizáveis) ou fechadas (uso único). A
bolsa aberta é drenável e deve ser lavada com água e sabão e mantida enquanto
houver boa aderência à pele.
 Remover o sistema de bolsas se o paciente reclamar de queimação ou coceira sob
ele ou se houver drenagem purulenta ao redor do estoma.
 Se o dispositivo for de duas peças, conectar a bolsa à base de modo que facilite o
esvaziamento, levando-se em conta a preferência do paciente.
 Usar apenas soro fisiológico ou água e sabão na pele ao redor do estoma para
realizar limpeza.
 Reservar o clamp/ presilha para ser reutilizado após limpeza.
 A bolsa coletora deve ser esvaziada sempre que o efluente atingir um terço ou, no
máximo, metade da sua capacidade, a fim de evitar vazamento ou desprendimento
da bolsa.
 Esvaziamento e a higienização regular da bolsa coletora aumenta sua durabilidade,
o conforto e evita constrangimento ao paciente.
 Orientar o paciente para eliminar o gás através da abertura do clamp.

8. Referências bibliográficas
 BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Orientações
sobre ostomias, 2003. Disponível em:
http://www.inca.gov.br/publicacoes/ostomias.pdf. Acesso em: 11 out. 2018.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 291

 PORTAL OSTOMIZADOS. Disponível em: http://www.ostomizados.com/index.html


Acesso em: 27 nov. 2015.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Tienne de Almeida A. Rosana Aparecida Garcia
Rampazzo
COREN/SP 72.902
COREN/SP 213.414
Flavio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 03 Kristine Coely Leal Lemos Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 51558
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 292

POP 72 Troca de Gastrostomia

1. Definição
Gastrostomia é uma abertura feita cirurgicamente no estômago para o meio externo, com
finalidade de facilitar a alimentação enteral para o paciente e administração de líquidos ou
medicamentos, quando a mesma está impossibilitada por via oral. Em casos no qual há
necessidade do uso prolongado da nutrição enteral é indicado realização gastrostomia,
desde que o paciente tenha condições clínicas para o procedimento cirúrgico e que seja
avaliado pela equipe multiprofissional. A substituição da gastrostomia se dá em casos de
rompimento balão, alterações estoma bem como processos infecciosos, obstrução, perda,
tempo prolongado e desgaste natural. Em média essa troca acontece a cada 3 meses
podendo prorrogar até 1 ano de acordo qualidade e tipo do material adquirido.

Razões para substituir um tubo ou dispositivo de gastrostomia: O dispositivo não


está funcionando adequadamente (vazando, bloqueando regularmente, sujidade aderida);
O dispositivo está deteriorado; O dispositivo está causando complicações no local do
estoma; O dispositivo saiu acidentalmente.

2. Objetivo
Proporcionar uma alternativa de via nutricional

3. Contraindicação
Hemorragias e vômitos persistente.

4. Executante
Enfermeiro

5. Material
 EPIs (luva de procedimento, avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção)
 Sonda foley com número ou gastrostomia adequada
 Gel de lidocaína 2%
 Seringa de 20 ml
 Água destilada – ampola

6. Descrição do procedimento
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 293

1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Chamar o paciente confirmando o nome, apresentar-se ao paciente e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
4 Posicionar o paciente adequadamente em decúbito dorsal;
5 Paramentar-se com os EPIs;
6 Retirar o Cateter antigo e rapidamente;
7 Lubrificar a ponta da sonda com lidocaína 2%;
8 Introduzir a sonda delicadamente na abertura do estoma cerca de 12cm;
9 Insuflar o balonete com água destilada (aproximadamente 10 ml), ou de acordo com
recomendação do fabricante e fixar o cateter;
10 Aplique curativo no local da inserção, fixando-os com micropor, a fim de evitar que
ele se movimente para dentro e para fora. E retirar os EPIs e higienizar as mãos;
11 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
12 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
13 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Referências bibliográficas
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. DISTRITO FEDERAL. Parecer n°
007/99. Papel do Enfermeiro na troca de sondas de cistostomia e gastrostomia.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 SANTOS ET AL. Gastrostomia e jejunostomia: aspectos da evolução técnica e da
ampliação das indicações. Medicina (Ribeirao Preto) [Internet]. 30º de março de 2011
[citado 2º de outubro de 2020];44(1):39-50. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/47321>. Acesso em: 10 fev. 2020
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 294

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Julimar Fernandes de Rosana Aparecida Garcia
Oliveira COREN/SP 72.902
COREN/SP 230997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Julimar Fernandes de Rosana Aparecida Garcia
Oliveira COREN/SP 72.902
COREN/SP 230997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Renata Cauzzo Zingra
Oliveira Mariano
COREN/SP 230997 COREN 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 295

POP 73 Troca de Traqueostomia

1. Definição
O termo traqueostomia refere-se à operação que realiza uma abertura e exteriorização da
luz traqueal. O paciente traqueostomizado mantém uma via aérea artificial e,
consequentemente, necessita de cuidados para evitar complicações relacionadas à
presença cânula plástica com ou sem cuff ou cânula de metal, lesões e infecção local,
ressecamento das secreções pulmonares, obstrução da cânula, risco de broncoaspiração
e desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação mecânica. Dentre esses
cuidados está a necessidade de troca, manter subcânula limpa, cuidados com a pele e o
tubo traqueal. A troca de uma traqueostomia ocorre se necessário ou de acordo
características individuais do paciente e do equipamento e varia de 30 dias a 6 meses
dependendo do material utilizado (aço, alumínio, plástico ou silicone).

2. Objetivo
Facilitar o processo respiratório.

3. Contraindicação
Dispneia severa.

4. Executante
Enfermeiro.

5. Material
 EPIs (luva de procedimento, avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção)
 Compressas de gazes
 Traqueostomia com número adequado ao procedimento
 Cadarço de fixação
 Gel de lidocaína 2%
 Soro fisiológico 0,9%
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 296

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Chamar o paciente confirmando o nome, apresentar-se ao paciente e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
4 Posicionar o paciente adequadamente em decúbito dorsal;
5 Paramentar-se com os EPIs;
6 Retirar a traqueostomia antiga e rapidamente;
7 Lubrificar a nova traqueostomia com lidocaína 2%;
8 Introduzir a traqueostomia delicadamente na abertura do estoma;
9 Retire a cânula suavemente e introduza a nova cânula e fixe-a. Troque as gazes
entre a pele e o tubo traqueal;
10 Retirar os EPIs e higienizar as mãos;
11 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
12 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
13 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Respeitar a privacidade do paciente, mesmo que este esteja inconsciente.
 Quanto a realização de aspiração de secreção do estoma traqueal ou da cânula de
traqueostomia definitiva no ambiente domiciliar, pode ser realizado por um cuidador
familiar não remunerado, desde que capacitado pelo Enfermeiro, devendo o
paciente ser acompanhado sistemático e supervisionado do Enfermeiro na
execução dos procedimentos citados.
 O profissional Enfermeiro tem competência técnico-científica para a execução da
troca da cânula de traqueostomia (externa e interna), tanto no ambiente hospitalar
como no ambiente domiciliar. Obs: Traqueostomia deve ser trocada apenas por
uma de mesmo material.

8. Referências bibliográficas
 BRASIL. Portaria no. 400, de 16 de novembro de 2009. Atenção à Saúde à Pessoas
Ostomizadas. Disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html.>
Acesso em: 11 out. 2018.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 297

 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer n° 23/2013.


Procedimento de aspiração de secreção por cânula de traqueostomia. 2013.
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer n° 006/2013,
Troca de Cânula de Traqueostomia por enfermeiro. 2013
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo
de atendimento domiciliar. Protocolo de assistência de enfermagem. Campinas/SP,
2014.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Julimar Fernandes de Rosana Aparecida Garcia
Oliveira COREN/SP 72.902
COREN/SP 230997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
11/01/2016 02 Julimar Fernandes de Rosana Aparecida Garcia
Oliveira COREN/SP 72.902
COREN/SP 230997
Flávio Ventura dos Santos
COREN/SP 224.222
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Renata Cauzzo Zingra
Oliveira Mariano
COREN /SP 230997 COREN 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 298

POP 74 Troca de Sonda de Cistostomia

1. Definição
É a introdução de um cateter urinário estéril é introduzido e mantido em uma abertura
cirúrgica (cistostomia supra púbica ou vesicostomia), formando um trajeto alternativo para
a saída da urina contida na bexiga.

2. Objetivo
Drenar a urina contida na bexiga.

3. Contraindicação
Pós-operatório imediato.

4. Executante
Enfermeiro.

5. Material
 EPIs (luva de procedimento, avental, máscara cirúrgica, óculos de proteção)
 Kit sondagem (cuba rim, pinças, cuba redonda, gazes esterilizadas e campo
fenestrado)
 Sonda foley ou de silicone de duas vias com calibre adequado
 Bolsa drenagem de urina sistema fechado (Bolsa coletora)
 Luva estéril
 Gaze estéril
 Duas seringas de 20ml
 Agulha para aspiração
 Ampola de água destilada
 Lidocaína gel 2%
 Solução aquosa clorexidina 0,2%
 Fita adesiva hipoalérgica
 Biombo
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 299

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente/confirmar o nome, apresentar-se e explicar o procedimento que
será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Promover a privacidade do paciente;
5 Posicionar o paciente adequadamente em decúbito dorsal;
6 Paramentar-se com os EPIs;
7 Abrir os materiais descartáveis (sonda, seringa, agulha, gaze estéril e sistema
coletor fechado) e adicioná-los ao campo estéril com técnica asséptica;
8 Abrir a ampola de água destilada sobre a mesa de cabeceira do paciente;
9 Desprezando o primeiro jato, colocar solução de Clorexidina 0,2% nas gazes
estéreis que se encontram na cuba redonda;
10 Abrir a bisnaga de lidocaína gel 2% e colocar um pouco em local estéril;
11 Com auxílio de uma seringa de 20ml desinsufle o balonete da sonda que esta no
paciente e retire-a. Desprezar sonda e bolsa no lixo adequado;
12 Calçar um par de luvas estéreis (POP 75);
13 Com auxílio de uma seringa de 20ml e uma agulha de aspiração, sem contaminar
as mãos, aspirar água destilada necessária para insuflar o balonete. Testar o
balonete introduzindo toda a água, após o teste reservar a seringa com água no
campo estéril;
14 Com auxílio da pinça, proceder antissepsia do estoma;
15 Colocar o campo fenestrado sobre o estoma;
16 Lubrificar a ponta da sonda com lidocaína 2%;
17 Introduzir a sonda delicadamente no estoma cerca de 20cm e insuflar o balonete
com água destilada;
18 Conectar a bolsa coletora;
19 Tracionar lentamente a sonda até sentir resistência;
20 Retirar o campo fenestrado sem desconectar a bolsa coletora;
21 Proteger o estoma e a base da sonda com gaze estéril e ocluir com fita
hipoalérgica;
22 Prender a bolsa coletora na parte inferior da cama após colocar a data, hora e nome
do executante;
23 Deixar o paciente confortável. Lavar e secar a área perineal conforme for
necessário;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 300

24 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados realizando a correta


segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos;
25 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
26 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
27 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Respeitar a privacidade do paciente, mesmo que este esteja inconsciente.
 Para realizar este procedimento é necessária prescrição médica (sondagem e
retirada da sonda).
 A mudança de cateteres de cistostomia ou bolsas de drenagem em intervalos fixos
de rotina não é recomendada. Em vez disso, a troca de cateteres e bolsas de
drenagem acontece com base em indicações clínicas como infecção, obstrução ou
quando o sistema fechado está danificado. Segundo orientações da ANVISA
a equipe de saúde não precisa monitorar rotineiramente bacteriúria assintomática
em pacientes com cateter, mas recomenda-se a sua retirada precocemente.
 Manter o sistema de drenagem fechado, a não ser em situações específicas, como
nas irrigações urinárias.
 Utilizar sondas de maior calibre (20 a 24 F) quando for passível a formação de
coágulo.
 Trocar todo sistema de drenagem fechado quando ocorrer obstrução do cateter ou
do tubo coletor, suspeita ou evidência de incrustações na superfície interna do
cateter, violação ou contaminação do cateter e/ou do sistema de drenagem e febre
sem outra causa conhecida; (nunca trocar somente a bolsa coletora).
 Manter bolsa coletora abaixo do nível da bexiga e orientar o paciente a mantê-la
nesta posição.
 Clampear a extensão quando for necessário elevar o coletor acima do nível da
bexiga.
 Alternar os locais da fixação e trocar a fita adesiva a cada 24 horas.
 Manter o ponto distal de drenagem do coletor de urina suspenso, ou seja, sem que
este encoste no solo.
 Realizar higiene íntima com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos duas
vezes ao dia.
 Perguntar ao paciente se este apresenta alergia a látex, PVPI e/ou fita adesiva
hipoalérgica ou esparadrapo).
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 301

 Em caso de urgência, (bexigoma, infecções de urina, entre outras) a troca do CVD


poderá ser delegada a profissional auxiliar/técnico de enfermagem devidamente
capacitado.
 Realizar o curativo do estoma a cada 24 horas.

8. Referências bibliográficas
 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. SÃO PAULO. Parecer n° 041/ 2012.
Troca de sonda de cistostomia, 2012.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Flavio Ventura dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 224.222 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
11/01/2016 02 Flavio Ventura dos Santos Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 224.222 COREN/SP 72.902
Cristiane da Rocha F. Dias
COREN/SP 120.740
10/02/2020 03 Julimar Fernandes de Oliveira Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 230997
COREN 181.450
Natália Panonto Correia
COREN/SP 283180
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 302

POP 75 Uso de Luvas Estéreis

1. Definição
É a colocação e retirada adequada das luvas esterilizadas com a finalidade de evitar
contaminação.

2. Objetivo
Evitar contaminação de procedimentos assépticos e contaminação das mãos na retirada
da luva.

3. Contraindicação
Procedimentos que não necessitem de tal material.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Luvas esterilizadas na numeração adequada.

6. Descrição do procedimento
1 Higienizar as mãos (POP 42);
2 Abrir a embalagem externa pela borda de abertura até o final;
3 Retirar a embalagem interna, colocando-a sobre uma superfície limpa;
4 Abrir as dobras horizontais do envelope;
5 Abrir os dois lados das dobras verticais do papel pelas abas presentes nestas,
expondo as luvas de forma a não contaminar o campo estéril;
6 Segurar com o polegar e indicador da mão não dominante a dobra do punho da luva
da outra mão, expondo a abertura da mesma;
7 Unir os dedos da mão dominante, com a palma da mão voltada para cima e
introduzi-la na abertura da luva, tracionando a luva com a mão não dominante em
direção ao punho, até calçá-la por completo, desfazendo a dobra do punho;
8 Ajustar os dedos da mão que estão dentro da luva na medida em que a traciona;
9 Colocar os dedos da mão enluvada por baixo da dobra do punho da luva da outra
mão, expondo a abertura;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 303

10 Unir os dedos da mão não dominante e introduzir na abertura da luva com a palma
da mão voltada para cima, tracionando a luva em direção ao punho até calça-la por
completo, desfazendo a dobra do punho;
11 Ajustar as luvas de ambas às mãos;
12 Manter a mão enluvada longe do corpo e outras superfícies;
13 Desprezar o papel envelope da luva apenas após término do procedimento
asséptico a ser realizado.

RETIRAR AS LUVAS
1 Segurar com o polegar e o indicador de uma das mãos a luva da outra mão,
próximo ao punho desta;
2 Puxar a luva em direção aos dedos, virando-a para o lado avesso, a medida que vai
sendo retirada;
3 Segurar a luva retirada com a mão que encontra- se com luva; permitir a retirada
das luvas, evitando a contaminação das mãos e do ambiente;
4 Repetir o procedimento na outra mão, encapando a luva que era segurada;
5 Desprezar as luvas na lixeira correta (lixo comum ou infectante), dependendo da
quantidade de sangue/secreção contida nestas;
6 Higienizar as mãos.

7. Observação
 Higienizar as mãos antes e depois de calçar as luvas. As luvas não oferecem
proteção completa contra a contaminação, razão que justifica a importância da
correta higienização das mãos antes de calçar as luvas.
 Utilizar luvas esterilizadas sempre que for manipular campos/materiais estéreis.

8. Referências bibliográficas
 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Manual de
Procedimentos de Enfermagem. Brasília/DF, 2012.
 PREFEITURA DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual de Normas,
Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª edição. São
Paulo/SP, 2012.
 BRASILIA. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: Considerações sobre seu
uso. Boletim Informativo de Técnovigilância. Brasília, n.2, abr-jun, 2011.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 304

 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de


Janeiro: Elsevier, 2009.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53400
11/01/2016 02 Cristiane da Rocha F. Dias Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 120.740 COREN/SP 72.902
Elizabeth Tieko Fujino
COREN/SP 53400
10/02/2020 03 Adriana Cristina D’Orásio Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP 306.501
COREN 181.450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 305

POP 76 Vacinação – rotinas

1. Definição
Determinação das normas e procedimentos necessários na organização do trabalho em
sala de vacina.

2. Objetivos
Padronizar a organização e funcionamento da Sala de Vacinas, a fim de garantir a
máxima segurança na administração de imunobiológico.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
Para o Controle da temperatura da geladeira:
 Termômetro de refrigerador (digital de máxima e mínima)
 Mapa de controle diário da temperatura
 Ficha de Notificação de Alteração de Temperatura
 Livro para registro de intercorrências
Para a execução da limpeza concorrente:
 Água e sabão
 Álcool a 70%
Para organização dos insumos:
 Câmara Fria ou refrigerador exclusivo para imunobiológico
 Caixa Térmica de uso diário
 Planilha Diária e Mensal de Controle de Frascos de Imunobiológicos padronizada
para o SI-PNI (vacina, lote, validade e quantidade- entradas e saídas)
 Planilha para controle de doses em estoque padronizada para o Sistema de
informação vigente (entrada e saída)
 Material de insumo médico-hospitalar
 Recipiente rígido para acondicionamento de material perfurocortante
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 306

Para atendimento ao paciente:


 Bandeja
 Seringas e agulhas
 Imunobiológicos
 Cartão de vacinas
 Cartão espelho (no sistema ou no papel)
 Carimbo
 Material de escritório (lápis, caneta, borracha e régua)
 Termômetro de ambiente
 Computador com acesso à internet

6. Descrição do procedimento
1 Averiguar a limpeza e organização da sala;
2 Verificar e anotar a temperatura da câmara de vacinas, certificando-se que as
vacinas se mantiveram na temperatura entre +2ºC a +8ºC (este registro deve ser
realizado no início, no meio e ao final do dia de trabalho). O procedimento de
verificação das temperaturas das câmaras frias segue a instrução do fabricante do
equipamento;
3 Anotar os valores da temperatura máxima, mínima e do momento em impresso
próprio e mantendo-o arquivado na Sala de Vacinas;
4 Comunicar ao enfermeiro se houver alteração de temperatura na câmara fria
(inferior a 2ºC ou superior a 8ºC); não utilizar estes imunobiológicos, mantendo-os
separados e em temperatura adequada até o transporte ao almoxarifado central; e
comunicar a VISA Regional;
5 Preencher a Ficha de Notificação de Alteração de Temperatura. A decisão de
utilização ou descarte dos imunobiológicos com alteração de temperatura é do
Programa Estadual de Vacinação, esta informação é repassada pela VISA Regional
e desta para a unidade, a fim de que possa registrar adequadamente na
movimentação de estoque;
6 Verificar o funcionamento, limpeza e temperatura do ar condicionado da Sala de
Vacinas, e registrar a temperatura do ambiente;
7 Manter os registros das manutenções preventivas e corretivas da câmara fria e ar
condicionado arquivados na sala de vacinas;
8 Manter arquivos eletrônicos ou físicos atualizados com os manuais, orientações do
programa de imunização, e arquivos do sistema informatizado, para consulta dos
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 307

profissionais;
9 Organizar os impressos e material de escritório necessário para as atividades;
10 Realizar a limpeza concorrente das superfícies com água e sabão e após
desinfecção com álcool a 70%;
11 Higienizar as mãos (POP 42);
12 Checar e repor os materiais necessários para o atendimento, verificando o prazo de
validade;
13 Organizar o estoque de consumo diário de imunobiológicos e diluentes, segundo o
quantitativo populacional e demanda de cada unidade;
14 Semanalmente, separar os imunobiológicos para utilização, realizando o controle
dos lotes e validade, utilizando o Sistema de informação vigente, bem como a
inclusão dos mesmos no e-SUS AB. Após a organização do estoque semanal,
realizar a transferência de saldo, pelo Sistema de informação vigente, para que o
almoxarifado possa disponibilizar a cota adequada. A transferência de saldo deve
estar atualizada com antecedência de, no máximo, quatro (04) dias antes da
entrega do BEC;
15 Checar a capacidade do recipiente de perfurocortantes e trocá-lo se necessário;
16 Se utilizar a caixa térmica de uso diário, ao final do dia, verificar o prazo de
utilização dos imunobiológicos restantes e os que estiverem dentro do prazo de
utilização deverão ser armazenados na câmara fria;
17 Diariamente registrar em Planilha Diária de Controle de Imunobiológicos
padronizada para o SI-PNI o número de frascos utilizados, bem como perdas e
remanejamentos de imunobiológico. Importante lembrar que o SI-PNI trabalha com
número de frascos e o Sistema de informação vigente com número de doses;
18 Checar e registrar sempre a “entrada” dos imunobiológicos recebidos do
almoxarifado no Sistema de informação vigente para o controle adequado do
estoque;
19 Realizar movimentação de imunobiológico no SI-PNI mensalmente, no último dia do
mês, com levantamento do número de frascos que foram recebidos, utilizados,
perdidos ou remanejados, partindo da planilha de controle diário de frascos. Este
procedimento possibilita o relatório consolidado de doses aplicadas e perdas, a ser
enviado a VISA regional, até o 5º dia útil de cada mês.

Atendimento ao paciente
1 Chamar o paciente para o atendimento;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 308

2 Solicitar a carteira de vacinação e cartão SUS. Pedir para que o paciente ou


acompanhante se identifique, dizendo o nome (dupla checagem, atentando para
nomes semelhantes e homônimos);
3 Adicionar o paciente a lista de atendimentos no e-SUS AB, selecionando o tipo de
serviço “VACINA”, caso paciente não possua cartão SUS (CADWEB) atualizado,
encaminhá-lo para atualização de cadastro;
4 Explicar o procedimento que será realizado, sanar as dúvidas e orientar sobre a
vacina a ser administrada e sua importância;
5 Consultar no cartão espelho, SI-PNI ou e-SUS AB a situação vacinal do paciente;
6 Higienizar as mãos (POP 42);
7 Preparar o imunobiológico conforme sua especificidade (via de administração, dose
e local de aplicação de acordo com a faixa etária);
8 Lavar com água e sabão o local de aplicação caso apresente sujidade;
9 Solicitar à mãe ou responsável que segure a criança de forma adequada,
garantindo uma imobilização segura;
10 Não massagear o local de aplicação, fazer apenas uma leve compressão com
algodão seco e não fazer curativo;
11 Desprezar os materiais perfurocortantes em recipiente adequado;
12 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados realizando a correta
segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde
(verificar o PGRSS da unidade);
13 Orientar quanto a não utilização de pomadas ou compressas no local da aplicação;
14 Informar sobre os eventos adversos, orientando retornar à unidade se necessário
(consultar Manual de Eventos Adversos);
15 Registrar no cartão do paciente, no e-SUS AB e no cartão espelho, selecionando a
dose de cada vacina que será administrada, conferindo o número de lote/fabricante
e validade registrados no sistema, selecionar a estratégia de imunização, via de
administração e local de aplicação. Checar as informações do registro de cada dose
antes de salvar/finalizar para evitar erros e inconsistências;
16 Realizar aprazamento no e-SUS AB (ou manualmente, se necessário o uso de
intervalos mínimos) e anotar no cartão do paciente (e s/n no cartão espelho) a data
de retorno para próxima vacinação, conforme calendário vacinal e faixa etária;
17 Identificar no cartão do paciente, o local de aplicação, quando aplicações
simultâneas;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 309

18 Realizar orientações sobre o seguimento do calendário vacinal preconizado e sobre


a importância da guarda e conservação do comprovante ou caderneta de
vacinação;
19 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
20 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
21 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Conforme a Portaria nº 2.499/GM/MS de 23 de setembro de 2019, o e-SUS AB foi
implantado como estratégia de reestruturação de registro de informações na
Atenção Primária, sendo atualmente o Sistema para o registro de vacinação
adotado em todo o país.
 O SI-PNI se mantém ativo para consultas, relatórios, digitação de consolidados de
Campanhas / Monitoramento Rápido da Vacinação (MRC), notificação de EAPV e
digitação mensal da Movimentação de Imunobiológicos.
 Em caso de inutilização de imunobiológico, preencher e enviar planilha específica e
realizar “saída” do imunobiológico no Sistema de informação vigente.
 Realizar convocação de faltosos a partir dos relatórios do SI-PNI, cartão espelho
e/ou da DNV para os primeiros 2 anos de vida.
 Solicitar ao zelador que realize diariamente limpeza concorrente e semanalmente
limpeza terminal da sala de vacina ou conforme necessidade.
 Realizar a limpeza interna da geladeira mensalmente, antes da chegada dos
imunobiológicos (no dia anterior), preferencialmente no início da semana e no início
da jornada de trabalho.
 Verificar o tempo de uso recomendado após a diluição de cada vacina e identificar
no frasco a validade.
 Notificar a VISA em caso de eventos adversos utilizando ficha específica. Eventos
graves e/ou inusitados devem ser notificados imediatamente por telefone.
 Solicitação de imunobiológicos especiais deve ser feita em impresso próprio do
CRIE e encaminhada a VISA.

8. Referência bibliográfica
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos
Adversos Pós-Vacinação. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pos-vacinacao.pdf
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 310

Acesso 30 nov.2015.
 SECRETARIA DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Comissão Permanente de
Assessoramento em Imunizações. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de
Vigilância Epidemiológica. Norma Técnica do Programa de Imunização, 2016. 85 p.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS: Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas e Rotinas de Procedimentos para Enfermagem: Assistência de
Enfermagem. Campinas, SP; 2009.
 BRASIL. Portaria nº 2.499/GM/MS, de 23 de setembro de 2019 (Altera a forma de
registro de dados de aplicação de vacinas, imunoglobulinas e soros realizada nas
unidades de Atenção Primária à Saúde para apenas um sistema, o e-SUS AB)
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. E-SUS Atenção Básica:
Manual de Uso do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão-PEC versão 3.2.
Brasília: Ministério da Saúde, 2019. (Disponível em:
http://aps.saude.gov.br/ape/esus/manual_3_2/capitulo6)

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53400 COREN/SP 72.902
Tienne de A. Antonio Rampazzo
COREN/SP 213414
11/01/2016 02 Elizabeth Tieko Fujino Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 53400 COREN/SP 72.902
Tienne de A. Antonio Rampazzo
COREN/SP 213414
10/02/2020 03 Ana Cecília Bueno de Campos P. Renata Cauzzo Zingra
Zuiani Mariano
COREN/SP 83305 COREN/ SP 181450
Cristina A. B. Albuquerque
COREN/SP 52406
Grasiela Nogueira
COREN/SP 325500
Paula Valéria Domingues
COREN/SP 180960
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 311

POP 77 Verificação de Frequência Cardíaca

1. Definição
Determinar a resposta cardíaca expressa pelo batimento de uma artéria pressionada
sobre uma saliência óssea. Envolve os critérios de frequência, volume e ritmo avaliados
por 1 (um) minuto.

2. Objetivo
Verificar e estado geral da saúde cardiovascular e a resposta ao organismo a outros
desequilíbrios, instrumentalizando a equipe de saúde para intervenções específicas.
Avaliar estado geral do paciente. Auxiliar no diagnóstico e tratamento de alterações.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Relógio com marcador de segundos
 Estetoscópio se necessário

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se ao paciente e explicar o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
2 Reunir o material;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Manter o paciente em posição confortável;

Verificação de Pulso Apical


1 Expor a região torácica;
2 Posicionar o estetoscópio devidamente higienizado com álcool a 70% na região
torácica (3º a 5º espaço intercostal à D);
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 312

3 Auscultar as bulhas cardíacas por 60 segundos ininterruptos (avaliar quanto à


fonética, ritmo e frequência);

Verificação de Pulso Arterial


1 Posicionar os dedos indicador e médio sobre a artéria escolhida, pressionando
levemente contra saliência óssea;
2 Enumerar as pulsações por 60 segundos ininterruptos (avaliar quanto a volume,
ritmo e frequência);

Ao final do procedimento
1 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
2 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
3 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Comunicar ao enfermeiro qualquer alteração.
 Considerar se o paciente realiza atividade física regular, neste caso, a frequência
padrão pode ser inferior.

8. Referências bibliográficas
 ARCHER, E. et al;. Procedimentos e Protocolos; revisão técnica Marléa Chagas
Moreira e Sônia Regina e Souza. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Manual de Normas, Rotinas e
Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2ª edição. São Paulo/SP, 2012.
 HOSPITAL GETÚLIO VARGAS. Procedimento Operacional Padrão: Enfermagem,
2012.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª edição, Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 313

 RIO GRANDE DO NORTE. Secretaria de Saúde Pública. Hospital Monsenhor


Walfredo Gurgel. Manual de Procedimentos, 2010.

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 184.203
COREN/SP 72.902
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
11/01/2016 02 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 184.203
COREN/SP 72.902
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
10/02/2020 03 Talita Carlos Rodrigues Romano Renata Cauzzo Zingra
Mariano
COREN/SP: 141332
COREN/ SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 314

POP 78 Verificação de Frequência Respiratória

1. Definição
Determinar a resposta pulmonar expressa pelos movimentos respiratórios envolve os
critérios de frequência, amplitude/profundidade, ritmo e simetria que devem ser avaliados
por 1 (um) minuto.

2. Objetivo
Avaliar resposta do organismo a desequilíbrios, instrumentalizando a equipe de saúde
para intervenções específicas. Avaliar estado geral do paciente/paciente, auxiliar no
diagnóstico e tratamento de alterações. Acompanhar a evolução da doença.

3. Contraindicação
Não há

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de Enfermagem.

5. Material
 Relógio com marcador de segundos
 Estetoscópio se necessário

6. Descrição do procedimento
1 Chamar o paciente, confirmar o nome e apresentar-se a paciente, explicando o
procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a
execução;
2 Higienizar as mãos (POP 42);
3 Reunir o material e levá-lo para próximo do paciente;
4 Apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;
5 Manter o paciente em posição confortável;
6 Colocar a mão no pulso do paciente simulando a verificação do pulso;
7 Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax – os dois movimentos
(inspiratório e expiratório) somam um movimento respiratório;
8 Contar os movimentos respiratórios por 60 segundos;
9 Higienizar as mãos;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 315

10 Realizar desinfecção dos materiais utilizados com álcool a 70%;


11 Comunicar enfermeiro se alterações;
12 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
13 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
14 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observações
 Observar os padrões de frequência respiratória:
IDADE Batimentos por minuto*
Recém-Nascido 35-40
Lactentes (06 meses) 30-50
Crianças que começam a andar 25-32
Crianças 20-30
Adolescentes 16-19
Adultos 14-20
* valores conforme referência no repouso (acordado ou dormindo).

8. Referências bibliográficas
 ARCHER, E. et al. Procedimentos e Protocolos; revisão técnica Marléa Chagas
Moreira e Sônia Regina e Souza. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 HOSPITAL GETÚLIO VARGAS. Procedimento Operacional Padrão: Enfermagem,
2012.
 GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Secretaria de Saúde
Pública. Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Manual de Procedimentos, 2010.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 316

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 184.203 COREN/SP 72.902
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
11/01/2016 02 Priscilla Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida Garcia
COREN/SP 184.203 COREN/SP 72.902
Edméia Ap. Nunes Duft
COREN/SP 52.754
10/02/2020 03 Talita Carlos Rodrigues Romano Renata Cauzzo Zingra
Mariano,
COREN/SP: 141332
COREN/ SP 181450
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 317

POP 79 Verificação de Temperatura Corpórea

1. Definição
Determinar a temperatura corpórea (da superfície da pele).

2. Objetivo
Avaliar resposta do organismo a desequilíbrios, instrumentalizando a equipe de saúde
para intervenções específicas. Avaliar estado geral do paciente; Auxiliar no diagnóstico e
tratamento de alterações. Acompanhar a evolução da doença.

3. Contraindicação
Não há contraindicação para a realização deste procedimento.

4. Executante
Enfermeiro, Técnico/Auxiliar de enfermagem.

5. Material
 Algodão
 Álcool a 70%
 Termômetro coluna de mercúrio ou digital

6. Descrição do procedimento
1 Reunir o material;
2 Chamar o paciente, confirmar o nome, apresentar-se e explicar o procedimento que
será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução;
3 Higienizar as mãos (POP 42);
4 Manter o paciente em posição confortável;
5 Realizar desinfecção do termômetro zerando a temperatura armazenada
anteriormente (para crianças preferir o termômetro digital);
6 Selecionar local apropriado, livre de lesões (preferencialmente região axilar);
7 Aguardar por 03 minutos (termômetro de mercúrio) ou até a emissão de sinal
sonoro (termômetro digital);
8 Realizar desinfecção dos materiais utilizados com álcool a 70% e zerar a
temperatura armazenada;
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 318

9 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados realizando a correta


segregação e acondicionamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;
10 Retirar os EPIs e higienizar as mãos (POP 42);
11 Realizar anotação de enfermagem (POP 13) e registrar a produção;
12 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado (POP 56).

7. Observação
 Comunicar ao enfermeiro qualquer alteração.
 Em crianças observar se vestimenta adequada à estação do ano ou temperatura
ambiente ou fatores externos que possam alterar a temperatura.

8. Referências bibliográficas
 ARCHER, E et al;. Procedimentos e Protocolos; revisão técnica Marléa Chagas
Moreira e Sônia Regina e Souza. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 545/2017. Anotação de
Enfermagem e mudança nas siglas das categorias profissionais. 2017.
 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n° 429/2012. Dispõe sobre o
registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos
próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico.
2012.
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Saúde. Manual
de Normas, Rotinas e Procedimentos de Enfermagem – Atenção Básica. 2 ed.
São Paulo, 2012.
 HOSPITAL GETÚLIO VARGAS. Procedimento Operacional Padrão: Enfermagem,
2012.
 RIO GRANDE DO NORTE. Secretaria de Saúde Pública. Hospital Monsenhor
Walfredo Gurgel. Manual de Procedimentos, 2010.
 POTTER P.A.; PERRY A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem 319

Histórico de Alterações
Data Versão Elaborado ou Revisado por Validado por
27/12/2013 01 Priscila Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 184.203
COREN/SP 72.902
Débora Tresoldi
COREN/SP 90.271
11/01/2016 02 Priscila Brandão B. Pegoraro Rosana Aparecida
Garcia
COREN/SP 184.203
COREN/SP 72.902
Débora Tresoldi
COREN/SP 90.271
10/02/2020 03 Talita Carlos Rodrigues Romano Renata Cauzzo Zingra
COREN/SP: 141332 Mariano
COREN/ SP 181450

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