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ECV 5251 - Estruturas de Madeira I

Ligações
Baseado no capítulo 8 da NBR 7190:1997

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Prof. Dra. Ângela do Valle


Colaboração MSc. Arq. Natália Biscaglia Pereira

Departamento de Engenharia Civil

Florianópolis, SC-2015
2

Ligações
• São todos os dispositivos que permitem assegurar a
união e a transmissão de esforços entre os elementos de
uma estrutura.

• A limitação do comprimento das peças de madeira e as


caraterísticas de peças estruturais do tipo barra, são
consequência da extração de troncos de árvores; eis a
razão pela qual são exigidas ligações e emenda das peças
estruturais. Assim também ocorre na união das barras
componentes de estruturas reticuladas.
3

Ligações
• As ligações são os pontos que exigem maior atenção no
projeto de estruturas de madeira. Deve-se ter o máximo
de cuidado tanto no cálculo quanto na execução destas
uniões.
Os principais tipos de ligações comumente utilizados
são:

1.Cola 2. Prego 3. Parafuso

4.Entalhe 5.Conector
4

Ligações
• Os entalhes e encaixes são ligações em que a madeira
trabalha à compressão, às vezes associada ao esforço de corte.
Nessas ligações, a madeira realiza o principal trabalho de
transmissão dos esforços. Os encaixes são mantidos no lugar
com cavilhas, pregos, parafusos ou grampos que não são
levados em conta no cálculo destas ligações.

Fonte:
http://www.hobbithouseinc.com/personal/
woodpics/_g_M.htm
5

Ligações
• A colagem é utilizada em grande escala, nas fábricas de peças
de madeira laminada e madeira reconstituída. As emendas
realizadas na obra não são coladas, pois a colagem deve ser
feita sob controle rigoroso da cola, da umidade da madeira, da
pressão e da temperatura.
• Os pregos são peças metálicas cravadas na madeira com
impacto. Eles são utilizados em ligações de montagem e
ligações definitivas.
• Os parafusos utilizados nas ligações
estruturais são cilíndricos e lisos, tendo numa
extremidade uma cabeça e na outra uma
rosca e porca, com apoio de arruelas.

Fonte: http://www.hobbithouseinc.com/personal/woodpics/_g_B.htm
6

Ligações
• Os parafusos auto-atarraxante possuem rosca em um corpo
cônico, possuem ponta e são de aço temperado. Esse tipo de
parafuso elimina a necessidade de preparar um furo roscado
ou de usar porca como elemento final de fixação.
•A NBR7190:1997 não apresenta critério de projeto para este
tipo de parafuso.

Fonte: http://www.guiadomarceneiro.com/forum/auto-brocante-vs-auto-atarraxante-t13038.html
7

Ligações
• As cavilhas são pinos de madeira torneados feitos com
madeira dura e são introduzidas por cravação com pré-
furação sem folga nas peças de madeira. A NBR7190 exige que
as cavilhas deverão ser de madeiras classe C60. Para
estruturas são consideradas apenas cavilhas com 16mm
(5/8”), 18mm (3/4”) e 20mm (1”) e os furos devem ser exatos.
A cavilha deve estar perfeitamente seca, caso contrário há
retração após sua colocação, o que provoca folgas.

Fonte: http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2013/02/ligacoes-em-estruturas-de-madeira.html
8

Ligações
• Os conectores são anéis ou chapas metálicas especiais. Os
anéis são encaixados em ranhuras feitas na superfície da
madeira. Para cada anel, coloca-se um parafuso para
impedir a separação das peças ligadas.

Fonte:
http://tukangarsitek.blogspot.com/2010/12/stru
ctural-materials-timber.html

Fonte:http://clevelandsteel.thomasnet.com/viewitems/s
hear-plates-split-rings-spike-grids/teco-split-rings-
Fonte: timber-rings-?
http://www.bpcfixings.com/index.php?route=product/category&p
ath=18_61
9

Ligações
• As chapas metálicas são usadas como
peças de transição para transmissão das
forças nas ligações.

Fonte:
Fonte:
http://structure.kes.ne.jp/KesTechnicalArchi
http://en.wikipedia.org/wiki/Woodworking_joints
tecture/architecture/index.html

• As chapas dentadas ou com dentes estampados são


cobrejuntas metálicas, que resistem à tração, flexão e
cisalhamento.

Fonte: www.gangnail.com.br Fonte:


http://www.revistatechne.com.br/en
genharia-civil/138/artigo102211-1.asp
10

Exemplos de ligações entre vigas e


• Considerando a forma pela qual pilares classificadas segundo o tipo de
transmissão de esforços
os esforços são transmitidos nas
ligações, estas são classificadas
em três grupos (LE GOVIC, 1995)
 Transmissão direta ou por contato
direto, esforços N ou V;
- entalhes ou sambladuras;
 Transmissão por justaposição,
esforços N, V ou M;
- com superfície de transpasse;
 Transmissão indireta, esforços N,
V ou M.
- com elementos intermediários
tipo pinos ou chapas.
Fonte: (LE GOVIC, 1995)
11

Ligações
• Para o cálculo das ligações, segundo a NBR7190:1997, não
é permitido considerar o atrito das superfícies de contato
nem de esforços transmitidos por estribos, braçadeiras ou
grampos.

Fonte: NETO, Miguel


(2007)

• A ligação colada possui comportamento mais rígido, com


menores deformações, quando comparada às ligações
parafusadas.
12

Ligações
• As ligações pregadas possuem rigidez variável em função
da concentração de pregos e do número de ciclos de carga
na ligação.

• As ligações com 3 ou menos parafusos são consideradas


deformáveis, as com 4 ou mais pinos são consideradas
rígidas desde que obedeçam os limites de pré-furação
estabelecidos pela norma.
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Ligações
As ligações mecânicas das peças de madeira podem
ser feitas por meio dos seguintes elementos:
•Encaixes;
•Pinos metálicos (pregos e parafusos);
•Cavilhas (pinos de madeira torneada);
•Conectores ( anéis ou chapas metálicas).

Obs: de acordo com a NBR7190:1997, ligações por


cola somente podem ser usadas em juntas
longitudinais de madeira laminada colada.
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• As ligações por encaixes são praticadas até hoje


em estruturas simples, para peças sujeitas à
compressão. Para peças tracionadas, são
antieconômicas e são pouco usadas.

Fonte: adaptado de NETO,


Miguel (2007)
15

Ligações por encaixes: alguns exemplos


Fig 3

Fig 1

Encaixes japoneses Fig 2 Fig 4


Fonte:http://estruturasdemadeira.blog
spot.com
Fonte figuras 1,2,3 e 4 - (NOLL, T. 2003)
16

Ligações por encaixes: alguns exemplos

Exemplos de encaixes japoneses utilizados no Pará Fonte: NUMAZAWA,Camila-


dissertação de mestrado
PósArq UFSC (2009)
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• As ligações com pinos metálicos são as mais


conhecidas e praticadas no Brasil.

• As ligações com anéis são mais comuns em


países europeus e norte americanos. No
Brasil, as chapas dentadas começaram a
ser utilizadas, nos últimos anos, devido à sua Fonte: NETO, Miguel
grande praticidade. (2007)
Fonte: (LE GOVIC, 1995)

• As ligações com cola, que não caracterizam


união de barras em nós estruturais,
começam também no Brasil a ganhar maior
utilização, com o uso crescente de peças
industrializadas, produzidas a partir de
lâminas coladas entre si.
Fonte: PFEIL,
Walter(2003)
18

Ligações: alguns exemplos

Fig 1 Fig 2 Fig 3

Fonte figuras 1,2 e 3 (LE GOVIC, 1995)

Fig 4 Fig 5 Fig 6

Fonte figura 4,5 e 6 Escritório Peter Hulbert Arquitectos


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Ligações: alguns exemplos

Fontes: http://dc416.4shared.com/doc/Z3e_IwwE/preview.html
http://www.finehomebuilding.com/how-to/articles/raising-timber-frame.aspx http://www.crtc.ie/glulam.html

http://www.timberframedesign.net/joinery.html http://www.barntoolbox.com/post-and-beam-barns.htm
20

Ligações: Rigidez x deformação


LIGAÇÃO ARTICULADA

LIGAÇÃO SEMIRÍGIDA

LIGAÇÃO RÍGIDA
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Critério de dimensionamento das Ligações


• Deve obedecer à condição de segurança ao estado
limite último:
Sd ≤ Rd
Solicitação Resistência
de cálculo de cálculo
• Os valores das resistências de cálculo devem ser
verificados nos possíveis modos de ruptura da ligação:
a)a resistência da madeira ao esmagamento e ao cisalhamento
pelos contatos,
b)a resistência do próprio elemento de ligação (pino, chapa etc.).
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Critério de dimensionamento das Ligações

Modos de ruptura das ligações com pinos:


(a) plastificação do pino, (b) embutimento na madeira,
(c) cisalhamento da madeira, (d) fendilhamento (ALMEIDA, 1995)
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Ligações com pinos metálicos

• São as ligações com a utilização de parafusos ou pregos.

• As ligações com 2 ou 3 pinos são consideradas


deformáveis, sendo permitidas exclusivamente quando a
estrutura é isostática.
• Nunca serão utilizadas ligações com um único pino.
• As ligações com 4 ou mais pinos podem ser consideradas
rígidas quando respeitados (tanto para prego ou
parafuso) os diâmetros de pré-furação especificados na
NBR7190:1997.
24

Ligações com pinos metálicos

• A resistência ao embutimento da
madeira (fe,m), que é o esmagamento
na área de contato entre o pino e as
peças de madeira, pode ser
determinada experimentalmente pelas
expressões (NBR7190:1997):

feo,m = Feo/td (embutimento paralelo às fibras)

fe90,m = Fe90/td (embutimento normal às fibras)


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Ligações com pinos metálicos

• Na falta de valor experimental, fe,d pode


ser estimada pelas expressões
(NBR7190:1997):

Sendo que αe está relacionado ao diâmetro


do pino e é expresso pela
tabela 20 (apostila).
26

Ligações com pinos metálicos


• Quando nas ligações houver esforço inclinado em
relação às fibras de um ângulo α, usa-se a
expressão de Hankinson para estimar a resistência
equivalente :

feαd
27

Ligações com pinos metálicos


Exemplo: fc0d=50MPa; diâmetro do pino = 12.5 mm
• Se embutimento perpendicular às fibras:
fe90d=0,25.fc0d.αe Assim, quanto mais próximo de
fe90d=0,25.50.1,68 (tab.20) perpendicular às fibras for o
fe90d=21MPa esforço transmitido pelos pinos
(parafusos/pregos) menor será
• Se embutimento paralelo às fibras: a resistência ao embutimento
fe0d=fc0d da madeira .
fe0d=50 MPa
• Se embutimento inclinado às fibras, ângulo de 25º
fe25d= ______fe0d. fe90d________
fe0d.sen²25˚ +fe90d.cos²25˚
fe25d= 50 x 21 _ = 40,19 MPa
50x0,178 + 21x0,82
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Ligações pregadas: pré-furação


• Pregos: obrigatória a pré-furação com diâmetro d0 não maior
que o diâmetro def do prego, com os seguintes valores.

Coníferas d0= 0,85 def


Folhosas d0= 0,98 def

• def é o diâmetro efetivo ou nominal medido nos pregos a serem


utilizados.
• Em estruturas provisórias, admite-se o uso de ligações
pregadas sem pré-furação, desde sejam usadas madeiras
macias de densidade baixa ap ≤600 kg/m³, sendo que o
diâmetro d não seja maior que 1/6 da menor espessura e com
espaçamento entre pregos mínimo de 10 d.
29

Ligações parafusadas: pré-furação


• Parafusos: obrigatória a pré-furação e, para que seja
considerada uma ligação rígida, o diâmetro da pré-
furação não deve ultrapassar o limite.

http://www.trabalhosemmadeira.com/dica-da-semana-mesa-para-furadeira-de-bancada/
30

Resistência dos pinos


• Nas ligações com até 8 pinos dispostos em linha,
paralelamente ao esforço a ser transmitido, a resistência
total é dada pela soma das resistências de cada pino. Nas
ligações com mais de 8 pinos alinhados, os pinos
suplementares devem ser considerados com apenas 2/3
de sua resistência individual.
Exemplo: 10 pinos alinhados

n0= 8 + 2/3 (n-8)


n0= 8+ 2/3( 2)
n0= 9,33 pinos efetivos

Fonte: NETO, Miguel


(2007)
31

Resistência dos pinos

Fonte: NBR7190:1997
adaptada por
GESUALDO,F.(2003)
32

Resistência dos pinos


• Quanto à ruptura destas ligações, devem ser consideradas
as seguintes possibilidades :
• Ruptura da madeira
Esmagamento na área de contato madeira e pino;

Cisalhamento da madeira.

• Ruptura do pino metálico


Flexão
Fonte: NETO, Miguel
(2007)
33

Resistência dos pinos


A resistência de cálculo de um pino metálico,
correspondente a uma seção de corte, é determinada em
função das seguintes características:
a) resistência ao embutimento da madeira das duas
madeiras interligadas : fed
b) resistência de escoamento dos pinos : fyd
c) diâmetro do pino metálico : d
d) espessura convencional: t (relativa à seção de corte
correspondente)
•Ligações parafusadas: t≥2d t1

•Ligações pregadas: t≥5d t2


t3
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Resistência dos pinos: espessura t


• No caso de duas peças de madeira, correspondente a corte simples, t será a
menor das espessuras t1 e t2 das peças a serem unidas.

Dados: Dados:
Ligação com prego Ligação com parafuso
t1= 2cm t2= 4cm t1= 3cm t2= 2cm d= 10mm
t4= 3cm d= 3mm ____________________
_______________ Menor valor entre t1 e t2=t=t2=2cm
Menor valor entre t1 e t2=
t=t1=2cm Verificando: t≥2d = t≥2.1cm=2cm
Verificando: t4≥12d = 2cm≥2cm ok!
t4≥12.0,3cm=3,6cm
t4<t2 3,6cm≥4cm ok!
Verificando:
t≥5d = 2 cm≥5.0,3cm
2cm≥1,5cm ok!
Pinos em corte simples (NBR 7190:1997)
35

Resistência dos pinos: espessura t


• No caso de três peças, correspondente a corte duplo, será adotado o menor
dos valores entre t1 , t2 /2 e t3.
Dados: Dados:
Ligação com prego Ligação com parafuso d= 10mm
d=3mm t1= 2cm t2= 4cm t3= 3cm
t1= 2cm t2= 4cm ____________________
t3= 2cm t4= 1,8cm Menor valor = t=t2/2 ou t1=2cm
_______________ Verificando: t≥2d = t≥2.1cm=2cm
Menor valor entre t1 e 2cm≥2cm ok!
t2/2 e t3= t=2cm
Verificando: t4≥12d = Se ligação com parafuso d= 16mm
t4≥12.0,3cm t1= 2cm t2= 4cm t3= 3cm
1,8cm≥3,6cm Não está ____________________
ok!, no caso se usa então Menor valor = t=t2/2 ou t1=2cm
t4=t3= 2cm Verificando: t≥2d = t≥2.1,6cm
Verificando: 2cm≥3,2cm não ok -> assim, diminuir o diâmetro do
t≥5d = 2 cm≥5.0,3cm Pinos em corte duplo (NBR 7190:1997)
parafuso, por exemplo.
2cm≥1,5cm ok!
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Resistência dos pinos

• A resistência total de um pino é dada pela soma das


resistências correspondentes a cada uma das seções de
corte, para cada elemento de ligação.

RVd1 é a resistência do
pino correspondente a
uma seção de corte.

Fonte: NETO, Miguel (2007)


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Resistência dos pinos: Rvd1 para uma seção corte


• O valor de cálculo da resistência para uma única seção de corte, de um
pino metálico, será fornecido de acordo com o parâmetro β e βlim a seguir.
Exemplo: da madeira
->Espessura convencional
Com t= 2cm, e parafusos de 10mm de diâmetro
->Diâmetro do pino
Madeira: Aroeira com fc0k=82,4MPa a
12%umidade
->resistência
Kmod= 0,56 de cálculo do aço ao escoamento
fyk= 240MPa
β= t/d
->resistência de cálculo da madeira ao embutimento
β=2cm/1cm = 2
->resistênciafyd(parafuso)=
característica do aço ao escoamento
240MPa/ 1,10= 218,18MPa
feod= fcod
fcod= 0,56 x 82,4/1,4-> embutimento
fcod= 32,96MPa = feod
->coeficienteβlim=1,25√218,18/32,96=
de minoração do aço do pino
βlim= 3,22
38

Resistência dos pinos


• Estabelecidos os valores de β e βlim , determina-se o tipo de
ruptura que define os valores de RVd1 :

a) embutimento da madeira, se β ≤ βlim :

b) flexão do pino, se β > βlim :

Exemplo:
Com t= 2cm, em parafusos de 10mm de diâmetro
β=2RVd1 ->resistência de cálculo de um pino correspondente a uma
βlim= 3,22
seção de->corte
βlim≥β Então-> embutimento da madeira
fcod=
fyd32,96MPa = feod
->resistência de cálculo ao escoamento
Rvd1= 0,40.t²/β. feod Fonte: PFEIL,
fed->resistência
Rvd1= 0,40.400mm2de /2.cálculo ao embutimento
32,96MPa = 2.636,8 N Walter(2003)

Força resistente de cálculo correspondente a uma seção de corte do pino


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Espaçamentos mínimos recomendados entre


elementos de ligação
• Força nos pinos paralela
à direção longitundinal

• Força nos pinos perpendicular


à direção longitundinal
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Padrão de pregos disponíveis no mercado


Especificação de pregos usada no Brasil (NBR 6627:1981 Pregos comuns e
arestas de aço para madeiras)
Padrão da NBR 6227:1981 Exemplo: prego comum de cabeça cônica, polido, com
diâmetro 3,5 mm e 63 mm de comprimento –
prego comum de cabeça cônica, polido - 35 x 63.

https://mrtreco.wordpress.com/tag/ferramentas/

Observação: utilizar pregos galvanizados ou, em ambientes agressivos, aço


inoxidável.
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Padrão de pregos disponíveis no mercado


Especificação de pregos usada no Brasil (NBR 6627:1981 Pregos comuns e
arestas de aço para madeiras)
Padrão da NBR 6227:1981 Exemplo: prego comum de cabeça cônica, polido, com
diâmetro 3,5 mm e 63 mm de comprimento –
prego comum de cabeça cônica, polido - 35 x 63.

No Brasil, é comum a especificação de pregos para construção em escalas


não muito amigáveis. Na prática são comuns os critérios:
JP x LPP: JP é o diâmetro em JDP (Jauge de Paris). LPP é o comprimento e
significa Linha de Polegada Portuguesa, equivalente a 2,30 mm.
Poleg x BWG: Poleg é o comprimento em polegadas e BWG é o diâmetro.

A tabela a seguir apresenta a equivalência entre padrão NBR6627 e dois


usuais do mercado.
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Padrão de pregos disponíveis no mercado


Equivalência de pregos (NBR 7190:1981, Anexo, Tabela 4 )
Designações Designações Designações
NBR 6627:1981 JP x LPP Poleg x BWG NBR 6627:1981 JP x LPP Poleg x BWG NBR 6627:1981 JP x LPP Poleg x BWG
11 x 14 4 x6 ½ x 19 28 x 63 16 x 27 2 ½ x 12 50 x 120
6 x7 32 x 63 17 x 24 5x6
11 x 18 7x8 5/8 x 18 17 x 27 2 ½ x 11 50 x 130 22 x 54 5x5
7x9 32 x 71 17 x 30 23 x 54 6x4
8x8 18 x 24 23 x 60
12 x 20 8 x 10 ¾ x 17 35 x 63 18 x 27 2 ½ x 10 63 x 150 24 x 60
9x9 19 x 27 2½x9 24 x 66
14 x 25 9 x 12 2½x8 71 x 165 24 x 72
10 x 10 18 x 30 25 x 72
10 x 11 1 x 17 35 x 71 19x 30 80 x 190 26 x 78 7x1
16 x 25 10 x 12 20 x 30 26 x 84 7½x1
11 x 11 1 x 16 18 x 24 2 x 10
11 x 12 35 x 80 18 x 33 3 x 10
16 x 32 10 x 15 18 x 36
18 x 32 12 x 12 19 x 33 3x9
12 x 15 1 ¼ x 15 19 x 36 3x7
13 x 15 3x8
20 x 35 14 x 15 1 ¼ x 14 40 x 90 19 x 39 3½ x9
15 x 15 1 ¼ x 13 20 x 36 3½ x8
20 x 40 13 x 18 1 ½ x 15 20 x 39
14 x 18 1 ½ x 14 20 x 42
22 x 45 14 x 21 2 x 14 45 x 100 20 x 45
15 x 18 1 ½ x 13 21 x 42 3½ x7
25 x 50 14 x 21 2 x 13 21 x 45 4 x6
15 x 21 20 x 48 4 x6
25 x 56 15 x 24 2 ½ x 13 21 x 48
16 x 21 2 x 12 22 x 42
28 x 56 16 x 24 22 x 45
17 x 21 2 x 11 22 x 48 4 x4
43

Padrão de pregos disponíveis no mercado

Fonte:/www.comercialgerdau.com.br/produtos/downloa
d/8_Pregos.pdf
44

Conversão de bitolas de pregos

Prego 21/2” x 10 (Polegada x BWG)


21/2” (h) = 2,5 x 25,4 mm = 63,5 mm
10 BWG = 3,40 mm

Fonte:/www.belgobekaert.com.br/Produtos/Documents/Folder-
Pregos-Belgo-Bekaert-Arames.pdf
45

Padrão de parafusos disponíveis no mercado


• Aço ASTM A 307 Grau A ou B: Limite de resistência 413,68 MPa (60 ksi)
fyk pode ser estimado em 310 MPa (45 ksi)
ou
• Aço ASTM A 325 tipo 1: Limite de resistência 723,94 MPa (105 ksi)
fyk pode ser estimado em 550 MPa (80 psi) Fonte:
http://www.metalurgicavera.com.
br/fichas/ficha23.htm

Fonte:
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/201
3_02_01_archive.html

PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de


madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2003.
46

Barras roscadas para comprimentos maiores


• barras costumam ser comercializadas com L= 100 cm

Bitolas Polegada (mm)


3/8 9,5
½ 12,7
5/8 16
¾ 19
7/8 22,2

Fonte: http://www.idealferros.com.br/2011/06/barra-
rosqueada-polida-e-zincada.html
47

Referências
AMBROSE, James. Simplified Design of wood structures. 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6627:1981, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Pregos comuns e arestas de aço para madeiras. NBR6627:1981. Rio de Janeiro: ABNT, 1981. 8p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-7190:1997, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Projeto de Estruturas de Madeira. NBR-7190:1997. Rio de Janeiro: ABNT, 1997. 107p.

GESUALDO, Francisco A. Romero. Apostila estruturas de madeira.Uberlândia: UFB,notas de aula, 2003.

LE GOVIC, Claude. Les assemblages dans la construction en bois. CTBA, 1995.

SZUCS, C. et. al. Apostila estruturas de madeira.Florianópolis:UFSC, Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira, 2008.

NETO, Miguel. Apostila estruturas de madeira. Curitiba: UFPR, 2007.

NOLL,Terrie. The Joint Book- the complete guide to wood joinery, Popular Woodworking Books ,2003.

NUMAZAWA,Camila Thiemy Dias. Arquitetura japonesa no Pará: estudo de caso em edificações de técnica construtiva que
favoreceu uma maior durabilidade da arquitetura em madeira no município de tomé-açu. 2009. . Dissertação (Mestrado
em Arquitetura)-Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2003.

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