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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO DE BATATAIS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA

PROJETO INTEGRADOR DA DISCIPLINA “Orçamento Empresarial”

TAYANNE MARTINS PESSOA

Orçamento Empresarial Anual da Cardoso Cadeiras

Fortaleza do Tabocão-TO
NOV/2016
TAYANNE MARTINS PESSOA

Orçamento Empresarial Anual da Cardoso Cadeiras

Projeto Integrador do Curso Superior de


Tecnologia em Gestão Financeira do Centro
Universitário Claretiano de Batatais, como
requisito obrigatório para a carga horária de
atividades.

ORIENTADOR/TUTOR: Prof. Dr. Elvisney Aparecido Alves

Fortaleza do Tabocão-TO
NOV/2016
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................04
SEÇÃO 1: Descrição da empresa ..............................................................................04
1.1.Resultados anteriores.................................................................................................04
1.2.Missão e características da empresa...........................................................................05

SEÇÃO 2: Orçamentos ..............................................................................................05


2.1 Orçamento de vendas..............................................................................................06
2.2 Orçamento de Produção..........................................................................................08
2.3 Orçamento de Matéria-prima ..................................................................................09
2.4 Orçamento de Mão de obra direta .........................................................................10
2.5 Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação.......................................................11
2.6 Despesas comerciais, administrativas e de pessoal ................................................12
2.7 Custo das vendas.................................................................................................... 14

SEÇÃO 3: Demonstrações Contábeis...................................................................... 14


3.1. Orçamento de Caixa...............................................................................................14
3.2. Considerações sobre o orçamento de caixa............................................................16
3.3.Demonstração do Resultado do Exercício..............................................................16
3.4. Considerações sobre a DRE ..................................................................................18

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................


Introdução

O presente trabalho, chamado de Projeto Integrador, aborda a projeção orçamentária anual de


uma empresa, além de evidenciar o histórico da empresa e estratégias de vendas. E serão
projetados o fluxo de caixa e o demonstrativo de resultado, analisando esses dados contábeis
que possibilitarão ver a real situação da empresa tanto no meio externo (resultado perante a
concorrência) quanto interno (aumento do lucro).

Conforme CHIAVENATO (1999), as empresas planejam suas ações antecipadamente, elas


não trabalham de improviso. O orçamento nada mais é do que uma forma de planejamento da
empresa.

WELSCH (1983) define orçamento como um planejamento administrativo que abrange todas
as fases das operações da empresa em um determinado tempo. São os planos, objetivos e
metas estabelecidas pela administração para a empresa em sua totalidade.

Na concepção de ZDANOWICZ (2003) o orçamento deve conter estimativas da receitas,


custos, despesas e investimentos necessários para a realização das atividades projetadas pela
empresa, e tem de definir objetivos, metas e estratégias da empresa.

Uma das grandes desvantagens do orçamento é o custo em sua elaboração e o resultado


orçado nem sempre condiz à realidade. Mas se feito eficazmente traz grandes vantagens à
empresa, onde problemas podem ser rapidamente detectados e resolvidos.

1. Descrição da empresa

Cardoso é uma fábrica que produz, reforma e distribui cadeiras de “macarrão” ou “espaguete”
localizado em Palmas-TO; que tem como proprietário-administrador Thiago Cardoso. A
fábrica Cardoso é de pequeno porte e, portanto produz somente três tipos de produtos (no caso
as cadeiras de macarrão): A Simples, Moderada e a Conforto maxi.

A empresa opera na capital do Estado do Tocantins, a concorrência em relação a fábricas que


produzem o mesmo produto é relativamente pequena, o grande problema ao administrador são
pessoas físicas que fazem essas cadeiras de menor porte com custos bem baixos, ou seja, são
vendidas a menor preço, porém não tem grande capacidade produtiva.

1.1 Resultados Anteriores


O histórico de vida da empresa começou quando Thiago decidiu implantar a empresa apenas
por oportunidade de negócio sem nenhum conhecimento administrativo, mas após alguns
anos que a fábrica não estava tendo os resultados esperados, por um dos problemas era que ela
funcionava sem qualquer planejamento, logo o histórico operacional não era o almejado.
Thiago decidiu se formar em sua área de atuação, a administração de empresas.

Recém-formado em administração, ele já obtinha a fábrica há 2 anos, mas devido a sua


inexperiência administrativa a fábrica estava tendo muitos problemas financeiros,
ocasionando a baixa liquidez da empresa, logo após obter alguns conhecimentos, soube o
quanto era essencial realizar um orçamento da empresa, decidiu fazer a projeção anual de sua
empresa.

A base para fazerem-se os diversos orçamentos da Cardoso foi feito a partir da análise do
resultado realizado. Onde Thiago obtinha algumas anotações das vendas do ano anterior que
já se obtinha os sinais de crise no comércio.

1.2 Missão e Características da empresa

A missão da empresa é fabricar e reformar cadeiras tendo como base a qualidade, eficiência e
produtividade. E garantir que seus produtos tenham maior vida útil.

A estratégia de vendas da empresa são meios que a empresa dispõe para aumentar o seu lucro.
A empresa distribui seus produtos a outros revendedores, portanto já tem a sua parcela de
mercado, é situada na capital, mas os seus clientes potenciais se localizam no interior do
estado, o que ocasiona em maior frete para entrega e tem que ter uma boa política de
marketing, pois necessita atingir maiores distâncias.

Como já citado a empresa convive com pouca concorrência, mas busca meios de aumentar as
suas vendas para cobrir os custos e gerar maior riqueza aos investidores. Em fevereiro, por
exemplo, a empresa investe em política de marketing, a fim de aumentar as suas vendas.

A empresa realiza uma atividade de vendas para fidelizar os seus clientes, por exemplo,
durante o mês das crianças são produzidas uma parcela de cadeiras infantis que serão
distribuídas aos seus clientes fiéis e aqueles consumidores que comprarem um determinado
número de produtos. Além do mais, a empresa em parceira com um artesão da cidade Palmas,
disponibiliza cadeirinhas miniatura que servem como decoração aos novos clientes potenciais.

2. Orçamentos
O orçamento é um planejamento da empresa em um todo, direcionando as suas ações, de
acordo com os objetivos e metas de curto e longo prazo. Além disso, este fornece a execução
de planos, avaliação e controle dos resultados obtidos pela empresa aos projetados para o
período determinado. (ZDANOWICZ, 2003).

De fato é um instrumento que traz grandes vantagens para a empresa se feito eficazmente.
Sabendo disso, Thiago decidiu planejar as suas vendas, produção, custos, etc. realizando um
orçamento empresarial anual que conferimos a seguir.

2.1 Orçamento de vendas

Para ZDANOWICZ (2003, p.149) o orçamento de vendas: “é o instrumento que relacionará


produtos e linhas de produtos a serem distribuídos logisticamente pela empresa nos diversos
segmentos mercadológicos, considerando a quantidade, o preço unitário e receita total”.
Como o próprio nome diz, ele trata da quantidade de vendas da empresa em certo período de
tempo. As vendas da empresa são demasiadamente importantes, pois se relacionam
diretamente ao resultado operacional da empresa. A seguir veja o cálculo do orçamento de
vendas da empresa:

Cadeira Simples:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Quantidade 5000 6000 6500 7000 7500 8000
Preço R$ 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
Impostos 20% 20% 20% 20% 20% 20%
Indiretos 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00
Total Bruto 150.000 180.000 195.000 210.000 225.000 240.000
Receita Líquida 120.000 144.000, 156.000 168.000 180.000 192.000

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


8000 8000 8000 8100 8500 9000
30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
20% 20% 20% 20% 20% 20%
6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00
240.000 240.000 240.000 243.000 255.000 270.000
192.000 192.000 192.000 194.400 204.000 216.000

Cadeira Moderada:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Quantidade 4000 4500 4800 5000 5220 5500
Preço R$ 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00
Impostos 20% 20% 20% 20% 20% 20%
Indiretos 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
Total Bruto 240.000 270.000 288.000 300.000 313.200 330.000
Receita Líquida 192.000 216.000 230.400 240.000 250.560 264.000

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


5500 5500 5500 5600 6100 7000
60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00
20% 20% 20% 20% 20% 20%
12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
330.000 330.000 330.000 336.000 366.000 420.000
264.000 264.000 264.000 268.800 292.800 336.000

Cadeira Conforto:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Quantidade 1000 1500 1800 2000 2200 2500
Preço R$ 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00
Impostos 20% 20% 20% 20% 20% 20%
Indiretos 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
Total Bruto 150.000 225.000 270.000 300.000 330.000 375.000
Receita 120.000 180.000 216.000 240.000 264.0003 300.000
Líquida

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


2500 2500 2500 2600 2800 3000
150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00
20% 20% 20% 20% 20% 20%
30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
375.000 375.000 375.000 390.000 420.000 450.000
300.000 300.000 300.000 312.000 336.000 360.000

Total de Cadeiras:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Total das 10.000 12.000 13.100 14.000 14.920 16.000
vendas
Faturamento 540.000 675.000 753.000 810.000 868.200 945.000
Bruto
Impostos 135.000 168.750 188.250 202.500 217.050 236.250
Receita 405.000 506.250 564.750 607.500 651.150 708.750
Líquida
Descrição Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Total das 16.000 16.000 16.000 16.300 17.400 19.000
vendas
Faturamento 945.000 945.000 945.000 969.000 1.041.000 1.140.000
Bruto
Impostos 236.250 236.250 236.250 242.250 260.250 285.000
Receita 708.750 708.750 708.750 726.750 780.750 855.000
Líquida

Como se pode observar as cadeiras simples, por terem menor valor aquisitivo são as líderes de
vendas. E que conforme o passar dos meses as vendas aumentam em média 10%, devido ao
fato de que nos primeiros meses do ano os clientes tem inúmeras dividas (Escola, IPVA,
IPTU), isto segundo os próprios clientes, onde Thiago já havia realizado uma pesquisa de
opinião. Nota-se que o total das vendas aumentou de janeiro para fevereiro de 20%, e depois
de fevereiro a março 10%. As vendas aumentaram consideravelmente em Fevereiro, porque
Thiago realiza uma grande promoção para melhorar as vendas. Além do mais entre junho e
setembro as vendas se mantém estáveis, isso deve ao fato de que segundo a pesquisa, em
dezembro os clientes recebem seus 13° salário, por isso as vendas não aumentam nestes
meses que antecedem dezembro, porque em dezembro tem o ápice das vendas.

A empresa não trabalha com vendas a prazo, pois como ela tem uma pequena capacidade
produtiva, não tem como armazenar muitos estoques e nem matéria-prima, ela busca utilizar-
se de recursos próprios para financiar as suas operações. Thiago está analisando se as vendas
a prazo trarão reais benefícios a empresa, se os recursos de terceiros não trarão riscos ao seu
negócio. Os valores das vendas são recebidas no ato da entrega das mercadorias, pois a
empresa vende geralmente a empresas pequenas de outras cidade da capital. Thiago também
está planejando abranger o negócio em outros estados.

2.2 Orçamento de Produção

A elaboração do orçamento de produção cria um diálogo maior entre as áreas de produção e


vendas, avaliando suas argumentações e, se preciso, reformulando o orçamento de vendas, o
que daria maior atenção a produtos mais rentáveis sob o ponto de vista da produção
(SANVICENTE; SANTOS, 1995). É feito após se definir as metas de vendas. Além de se
definir o melhor produto a ser produzido, é importante também sob o aspecto de se manter a
melhor política de estoques possível.

A seguir o orçamento de produção da Cardoso:


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Produção 9.000 18.000 7.100 14.000 14.920 16.000
Estoque 1.000 0 6.000 0 0 0
inicial
Previsão 10.000 12.000 13.100 14.000 14.920 16.000
de vendas
Estoque 0 6.000 0 0 0 0
final

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


16.000 16.000 16.000 16.500 17.500 20.000
0 0 0 0 200 300
16.000 16.000 16.000 16.300 17.400 19.000
0 0 0 200 300 1.300

Note que devido à promoção que foi comentada acima, a produção cresceu consideravelmente
em fevereiro, e sobrou estoque dos produtos, e logo após em março a produção diminui e
usaram-se os estoques para suprir as vendas.

A empresa não tem um grande espaço para se armazenar as cadeiras, por isso a produção da
empresa segue o estilo de produção ao nível de vendas, onde o estoque é o mínimo possível.
Pois se a empresa adotasse o regime de estoque ela teria um alto custo de armazenagem de
produtos, que iria aumentar o preço dos produtos, o que diminuiria sua vantagem competitiva.

2.3 Orçamento de Matéria-Prima

O orçamento de Matéria-Prima é onde são orçado o tanto de matéria-prima que são


necessárias até a produção do produto final. LUNKES (2008) diz que: “o objetivo é comprar
estes materiais no momento certo e a preço planejado”. Comprar matéria-prima ao preço
planejado é demasiadamente importante, porque são fatores que incidem diretamente no preço
do produto a ser produzido.

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Previsão de 10.000 12.000 13.100 14.000 14.920 16.000
Produção
Matéria prima 2 2 2 2 2 2
por unidade
(metros)
Total de Matéria 20.000 24.000 26.200 28.000 29.840 32.000
prima necessária
(metros)
Estoque Final 2.000 2.000 2.000 2.000 2.160 2.160
Estoque matéria 0 2.000 2.000 2.000 2.000 2.160
prima inicial
Previsão de 22.000 24.000 26.200 28.000 30.000 32.000
compra matéria
prima (metros)
Previsão preço de 6 6 6 6 6 6
matéria prima
Total compra de 132.000 144.000 157.200 168.000 180.000 192.000
matéria prima

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


16.000 16.000 16.000 16.300 17.400 19.000
2 2 2 2 2 2
32.000 32.000 32.000 32.600 34.800 38.000
2.160 2.160 2.160 2.560 2.760 0
2.160 2.160 2.160 2.160 2.560 2.760
32.000 32.000 32.000 33.000 35.000 35.240
6 6 6 6 6 6
192.000 192.000 192.000 198.000 210.000 211.440

Os custos incidentes da matéria prima da fabricação das cadeiras são: ferro, “macarrão” e
tinta. Note que como a empresa não tem muito espaço de estoque, o seu estoque de matéria-
prima fica sempre em torno de 2.000, esse estoque de matéria prima é consumida em
dezembro quando há o aumento das vendas, portanto em janeiro não há estoque.

2.4 Orçamento de Mão de Obra Direta

LUNKES (2008) afirmou que o objetivo principal do orçamento de mão-de-obra direta é


estimar a necessidade de pessoal para a fabricação dos produtos orçados pela empresa. Além
de estimar a necessidade de recrutamento, treinamento, avaliação de desempenho, distribuição
das tarefas e a forma como o salário está sendo administrado.

A seguir o orçamento de mão-de-obra:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Previsão 10.000 12.000 13.100 14.000 14.920 16.000
de
produção
Mão de 1 1 1 1 1 1
obra por
unidade
Total de 10.000 12.000 13.100 14.000 14.920 16.000
MOD
Valor 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00
hora da
mão de
obra
Encargos 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50
salarias
R$ horas
Custo 65.000 78.000 85.150 91.000 96.980 104.000
total da
mão de
obra

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


16.000 16.000 16.000 16.300 17.400 19.000
1 1 1 1 1 1
16.000 16.000 16.000 16.300 17.400 19.000
5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00
1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50
104.000 104.000 104.000 105.950 169.650 182.250

A mão de obra cresce de acordo com a sua produção, note que em dezembro tem o ápice das
vendas, logo as horas trabalhadas pelos funcionários da empresa não são necessárias para
atender a produção, então se adota o regime de hora extra. Os funcionários da fábrica não têm
salários fixos eles recebem de acordo a sua produção, então como a empresa vende mais em
dezembro ela também paga mais aos seus funcionários.

O percentual dos encargos trabalhistas é de 30% sobre a folha de pagamento.

2.5 Orçamento de Custos Indiretos da fabricação

Os custos indiretos de fabricação abrangem todos os itens de produção, que não são
classificados como matéria-prima ou mão de obra, mas que ocorrem durante o processo
produtivo. De acordo com Sanvicente e Santos (1995), os custos indiretos de fabricação
afetam o departamento ou a fábrica num aspecto global, ou seja, eles também são de
responsabilidade dos gerentes dos respectivos departamentos de fabricação. Estes podem ser
fixos ou variáveis.

A Cardoso é uma empresa que usa em seu processo produtivo máquinas elétricas, portanto a
energia elétrica para a empresa é um custo variável, logo a empresa gasta mais em energia no
mês de dezembro, onde a maior produção. Você verá que há um aumento de mão de obra
indireta em novembro e dezembro, isso porque são pagos o 13° salário. A seguir o orçamento
de custos indiretos de fabricação:

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Mão de obra 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
indireta
Aluguel 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Seguros e 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
taxas
Energia 300,00 340,00 390,00 420,00 450,00 500,00
Elétrica
Manutenção 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000
Depreciação 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Total 29.800 29.840 29.890 29.920 29.950 30.000

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


10.000 10.000 10.000 10.000 15.000 15.000
5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
3.500 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
500,00 500,00 500,00 520,00 550,00 600,00
6.000 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000
5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
30.000 30.000 30.000 30.020 35.050 35.100
2.6 Despesas Comerciais, Administrativas e de Pessoal

Segundo LUNKES (2008) as despesas comerciais, administrativas e de pessoal são os gastos


necessários às operações da empresa, gastos relativos há comissões de vendedores, salário de
vendedores, fretes, propaganda e promoção, telefone, agua, energia elétrica, férias, entre
outros. Despesas que devem ser consideradas para a definição do preço do produto.

A empresa Cardoso entrega seus produtos a cidades distantes da sede da empresa conforme
aumenta as vendas também aumenta o frete e a comissão dos vendedores, como o salário é
fixo, ele permanece igual. Se tratando de propaganda a empresa investe mais em janeiro e
fevereiro que são os meses de menores vendas.

Como a empresa paga aos seus funcionários de acordo a produção ela paga a cada mês um
percentual a mais. E como durante os primeiros meses do ano a produção é baixa não são
pagas horas extras, as férias são feitas a cada mês um funcionário as recebe para não desfalcar
a equipe.

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Comerciais
Comissões de 500,00 550,00 580,00 600,00 620,00 650,00
vendedores
Salário de 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
vendedores
Fretes 1.000 1.500 2.000 2.500 2.800 3.000
Propaganda e 800,00 900,00 700,00 600,00 500,00 400,00
promoção
Administrativas
Salários 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
Honorários de 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 800,00
diretoria
Telefone, agua, 300,00 300,00 250,00 250,00 250,00 300,00
luz.
Material de 200,00 200,00 220,00 280,00 300,00 320,00
escritório
Pessoal
Salário 18.000 19.000 20.000 22.000 25.000 30.000
Aluguel 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Férias 824,00 824,00 824,00 824,00 824,00 824,00
Horas extras 0 0 0 4.000 4.000 5.000
Total 34.124 35.774 37.074 43.554 46.794 53.294
Provisão 13° 2.833 2.916 3.000 3.166 3.416 3.833
salário
(vendedores,
administração e
mão de obra
direta e indireta)

Descrição Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Comerciais
Comissões de 650,00 650,00 650,00 680,00 700,00 750,00
vendedores
Salário de 3.000 3.000 3.000 3.000 7.000 7.000
vendedores
Fretes 3.000 3.000 3.000 3.200 3.500 4.000
Propaganda e 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 600,00
promoção
Administrativas
Salários 3.000 3.000 3.000 3.000 7.000 7.000
Honorários de 800,00 800,00 800,00 820,00 850,00 880,00
diretoria
Telefone, agua, 300,00 300,00 300,00 320,00 350,00 400,00
luz.
Material de 320,00 320,00 320,00 350,00 380,00 400,00
escritório
Pessoal
Salário 30.000 30.000 30.000 30.000 45.000 45.000
Aluguel 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Férias 824,00 824,00 824,00 824,00 824,00 824,00
Horas extras 5.000 5.000 5.000 5.100 5.200 5.500
Total 53.294 53.294 53.294 53.694 79.204 80.354
Provisão 13° 3.833 3.833 3.833 3.833 4.750 4.750
salário
(vendedores,
administração e
mão de obra
direta e indireta)

2.7 Custo das vendas

O cálculo do custo dos produtos vendidos inclui o custo de matéria prima, o MOD e o CIF
pela quantidade produzida. O cálculo foi feito tendo como base o total geral das vendas
mensais, em quantidade, vezes o custo da matéria-prima. Como o valor de custo médio de
compra da matéria-prima não mudou ao longo do período, não foi necessário calcular o
movimento de estoque de matéria-prima, em valor.

Janeiro Fevereiro Março


120.000 + 65.000 + 29.800 144.000 + 78.000 + 29.840 157.200 + 85.150 + 29.890
= 214.800 = 251.840 = 272.240
Abril Maio Junho
168.000 + 91.000 + 29.920 179.040 + 96.980 + 29.950 192.000 + 104.000 + 30.000
= 288.920 = 305.970 =326.000
Julho Agosto Setembro
192.000 +104.000 + 30.000 192.000+104.000 + 30.000 192.000 + 104.000 + 30.000
=326.000 =326.000
=326.000
Outubro Novembro Dezembro
198.000 + 105.950 +30.020 210.000 + 169.650+35.050 211.440 + 182.250+35.100
=333.970 =414.700 =428.790

A empresa é constituída mais de custos fixos por isso ao se aumentar a produção, os custos
ficam mais baixos, pois os custos fixos foram atingidos e os variáveis variam pouco na
empresa.

3. Demonstrações Contábeis

Demonstração contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais registros da


contabilidade da empresa em um exercício financeiro. São cerca de 6 demonstrações
contábeis. O presente projeto integrador só abordará o Fluxo de Caixa e a Demonstração do
resultado do exercício da Cardoso Cadeiras. A empresa não tem costume de fazer essas
projeções, pois o empresário não tinha conhecimento da importância destas, mas a partir deste
ano terá um Contador a disposição da empresa para efetuá-los.

3.1 Orçamento de Caixa

Orçamento de caixa é uma ferramenta onde se evidencia as entradas e saídas de recursos da


empresa. Onde o administrador poderá financiar suas operações se o orçamento de caixa
projetar falta de caixa ou aplicação em caso de excedente de caixa GITMAN (1997). É uma
importante ferramenta ao administrador no sentido de se buscar um equilíbrio financeiro para
a empresa. Onde o administrador poderá buscar meios de satisfazer as necessidades de curto
prazo, por exemplo.

Descrição Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Saldo Inicial 500.000 299.076 499.943 693.433 885.838 1.092.668
Entradas
Receitas 540.000 675.000 753.000 810.000 868.200 945.000
Total em Caixa 1.040.000 974.076 1.252.943 1.503.433 1.754.038 2.037.668
Saídas
Fornecedores 132.000 144.000 157.200 168.000 180.000 192.000
Mão de obra 95.000 65.000 78.000 85.150 91.000 96.980
Custo Indireto 29.800 29.840 29.890 29.920 29.950 30.000
de Fabricação
Vendas e 34.124 35.774 37.074 43.554 46.794 53.294
administração
Imposto sobre 290.000 135.000 168.750 188.250 202.500 217.050
vendas
Imposto de 160.000 64.519 88.596 102.721 111.126 120.597
renda
Total das Saídas 740.924 474.133 559.510 617.595 661.370 709.921
Saldo Final 299.076 499.943 693.433 885.838 1.092.668 1.327.747

Descrição Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Saldo Inicial 1.327.747 1.524.052 1.720.357 1.916.662 2.128.597 2.306.059
Entradas
Receitas 945.000 945.000 945.000 969.000 1.041.000 1.140.000
Total em Caixa 2.272.747 2.469.052 2.665.357 2.885.662 3.169.597 3.446.059
Saídas
Fornecedores 192.000 192.000 192.000 198.000 210.000 211.440
Mão de obra 104.000 104.000 104.000 105.950 160.000 190.000
Custo Indireto de 30.000 30.000 30.000 30.020 35.050 35.100
Fabricação
Vendas e 53.294 53.294 53.294 53.694 79.204 80.354
administração
Imposto sobre 236.250 236.250 236.250 236.250 242.250 260.250
vendas
Imposto de renda 133.151 133.151 133.151 133.151 137.034 150.036
Total- Saída 748.695 748.695 748.695 757.065 863.538 927.180
Saldo Final 1.524.052 1.720.357 1.916.662 2.128.597 2.306.059 2.518.879

3.2 Considerações sobre o resultado do orçamento de caixa

Como há a evolução da produção ao longo dos meses, há também o crescimento das receitas.
A empresa vende seus produtos a um preço muito perto de seus custos. O custo indireto de
fabricação da empresa é composto mais por custos fixos, por isso quase não muda ao longo
dos meses. A energia elétrica que é geralmente associada ao custo fixo na Cardoso ela
participa da conta dos variáveis, pois a empresa utiliza-se de diversas máquinas elétricas na
fabricação das cadeiras, inclusive Thiago está planejando adquirir placas solares para a
empresa, elas serão adquiridas através de um financiamento no ano seguinte, pois a empresa
quando há aumento de produção usa muita energia, o que gera aumento de custos, além do
mais o rio Tocantins que gera energia no estado está diminuindo os seus níveis de água, por
isso Thiago também quer economizar energia elétrica visando à causa real e ambiental. A mão
de obra na empresa é calculada através da produção, portanto aumenta a produção aumentam-
se os salários.
Note que os fornecedores e o imposto sobre vendas são pagos no mês em que são gerados,
isso se deve ao fato de que a empresa como vende somente à vista logo tem dinheiro em caixa
rapidamente para pagar as suas obrigações.
O valor de mão de obra em janeiro é alto porque são os salários pagos do mês de dezembro,
que é constituído, por muitas horas extras. Além do mais são constituídos também pelo 13°
salário.

3.3 Demonstração do resultado do exercício (DRE)


A DRE é uma demonstração contábil que resume as receitas e despesas da empresa em certo
período. Fazer a projeção das demonstrações contábeis encerra todo o processo de orçamento
anual, possibilitando aos gestores fazer as análises financeiras.
A seguir a DRE da Cardoso com base nos orçamentos:
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Faturamento 540.000 675.000 753.000 810.000 868.200 945.000
Bruto das
Vendas
Deduções das 30.000 40.000 45.000 50.000 70.000 80.000
Vendas

Faturamento 510.000 635.000 708.000 760.000 798.200 865.000


Líquido das
vendas
Custo das 214.800 251.840 272.240 288.920 305.970 326.000
mercadorias
vendidas

= Lucro Bruto 295.200 383.160 435.760 471.080 492.230 539.000


Despesas 34.124 35.774 37.074 43.554 46.794 53.294
Operacionais
Depreciação 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Lucro 241.076 327.386 378.000 407.526 425.436 465.706
Operacional
Provisão 13° 2.833 2.916 3.000 3.166 3.416 3.833
salário
=Lucro antes 238.243 324.470 375.000 404.360 422.020 461.873
do imposto de
renda
Imposto de 64.519 88.596 102.721 111.126 120.597 133.151
renda (25%)
=Lucro 173.724 235.874 272.279 293.234 301.423 328.722
Líquido

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Vendas 945.000 945.000 945.000 969.000 1.041.000 1.140.000
Deduções das 80.000 80.000 80.000 83.000 87.000 90.000
Vendas
Faturamento 865.000 865.000 865.000 886.000 954.000 1.050.000
Líquido das
vendas
Custo das 326.000 326.000 326.000 333.970 414.700 428.790
mercadorias
vendidas
= Lucro 539.000 539.000 539.000 552.030 539.300 621.210
Bruto
Despesas 53.294 53.294 53.294 53.694 79.204 80.354
Operacionais
Depreciação 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Lucro 465.706 465.706 465.706 478.336 440.096 520.856
Operacional
Provisão 13° 3.833 3.833 3.833 3.833 4.750 4.750
salário
=Lucro antes 461.873 461.873 461.873 474.503 435.346 516.106
do imposto
de renda
Imposto de 133.151 133.151 133.151 137.034 150.036 170.402
renda (25%)
=Lucro 328.722 328.722 328.722 337.469 285.310 345.704
Líquido
Resultado Final do Exercício 3.559.905

3.4 Considerações sobre a DRE

Na DRE subtraem-se das receitas as despesas e aponta-se o lucro ou prejuízo líquido. A


empresa Cardoso não teve prejuízos. O mês de maior produção é dezembro.

A empresa convive com um preço de venda bem perto ao dos custos para se favorecer diante
da concorrência. A empresa não efetua vendas a prazo o que favorece a sua liquidez e também
a Cardoso não toma recursos de terceiros para satisfazer as necessidades de curto prazo,
utiliza apenas capital próprio.

Thiago está analisando a possibilidade de efetuar algumas vendas a prazo, para que a empresa
consiga aumentar suas vendas no exercício.

Como já relatado a empresa tem suas vendas e custos estáveis de junho a setembro, isso fica
bem evidenciado na DRE, pois eles obtém o mesmo lucro líquido. A empresa tem pouco mais
de 4 milhões de resultado do exercício, uma grande vantagem sobre a concorrência que
fabrica produtos semelhantes.

A depreciação da empresa são considerados custos, pois se tratam de máquinas elétricas do


setor de produção que foram adquiridas por R$ 240.000,00, por isso os valores de
R$20.000,00 é o desgaste dessas máquinas. A compra dessas máquinas foram feitas no
exercício anterior sob forma de pagamento à vista financiadas com capital próprio de lucros
acumulados que seriam distribuídos aos investidores.

Considerações Finais

O presente trabalho baseia-se na empresa Cardoso os dados são projetados, assim como os
resultados obtidos pelo Fluxo de caixa e o Demonstrativo de Resultado.

No presente trabalho foram cumpridos os requisitos necessários: orçamento empresarial


anual, fluxo de caixa e a DRE. A Cardoso efetuou o seu primeiro orçamento anual, Thiago o
administrador pode considerar aspectos sobre a sua empresa, que antes não eram de seu
conhecimento. Ele pode considerar estratégias para que a empresa consiga atingir a sua meta
de vendas no primeiro semestre do ano.

Além do mais, Thiago pode “ver as respostas” que as demonstrações contábeis podem dar aos
administradores. E também a partir de ter realizado o seu primeiro orçamento, Thiago
resolveu auferir a responsabilidade de se projetar as vendas, produção, custos, etc. da empresa
durante toda a vida da organização.

Referências Bibliográficas

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro:


Campus, 1999.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo: Harbra,


1997.

LUNKES, Rogério J. Orçamento empresarial: manual de elaboração. 5ed. São Paulo:


Atlas, 2008.

SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na administração de empresas:


planejamento e controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

WELSCH, Glenn A. Orçamento empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1983.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle


financeiro. 8. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003.

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