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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Trabalho de Campo 1
Sessão I
Tema: Elaboração de guiões de experiências

Barteloide Ricardo Ernesto - 708183081

Curso: Licenciatura em Ensino de Química


Disciplina: Laboratório IV
Ano de frequência: 4º Ano

Nampula, junho de 2021


Folha de feedback
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4
Experiência 1 - O azeite .................................................................................................................. 5
1.1. Introdução ............................................................................................................................. 5
1.2. Objetivos .............................................................................................................................. 6
1.2.1. Objetivo principal .......................................................................................................... 6
1.2.2. Objetivos específicos ..................................................................................................... 6
1.3. Parte experimental ................................................................................................................ 6
1.3.1. Materiais ........................................................................................................................ 6
1.3.2. Reagentes ....................................................................................................................... 6
1.4. Procedimentos ...................................................................................................................... 6
Experiência 2 - Saponificação do azeite pela soda cáustica ........................................................... 6
2.1. Introdução ............................................................................................................................. 6
2.2. Objetivos .............................................................................................................................. 8
2.2.1. Objetivo geral ................................................................................................................ 8
2.2.2. Objetivos específicos ..................................................................................................... 9
2.3. Parte experimental ................................................................................................................ 9
2.3.1. Materiais ........................................................................................................................ 9
2.3.2. Reagentes ....................................................................................................................... 9
2.4. Procedimentos ...................................................................................................................... 9
Experiência 3 – Preparação de dispersões ...................................................................................... 9
3.1. Introdução ............................................................................................................................. 9
3.2. Objetivos ............................................................................................................................ 11
3.2.1. Objetivo Geral.............................................................................................................. 11
3.2.2. Objetivo específico ...................................................................................................... 11
3.3. Materiais ............................................................................................................................. 11
3.4. Reagentes............................................................................................................................ 12
3.5. Procedimentos .................................................................................................................... 12
3.5.1. Preparação de uma solução verdadeira ........................................................................ 12
3.5.2. Preparação de uma solução colonial ............................................................................ 12
3.5.3. Preparação de uma suspensão ...................................................................................... 13
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 14
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Introdução

Guião de observação é vista como um procedimento didático que relata todos os detalhes da
experiência realizada, eles contêm todas informações dos factos sentidos pelos órgãos de sentido.
Este documento por descrever factos observados, requer uma participação do autor na realização
da experiência.

Este guião tem como importância refletir sobre cada decisão que foi ou será tomada, permite
aprimorar o trabalho diário e adequá-lo com frequência às necessidades dos alunos, antecipar o
que pretende alcançar em sala e pensar em como trabalhar com o grupo.

Dentro de um guião encontra-se o roteiro, argumento ou guião é a forma escrita de qualquer


actividades audiovisual. O roteiro é um documento narrativo, sistemático e ordenado para prever
a execução de uma aula experimental. Nele contêm todas informações da experiência e as soluções
de todos os problemas técnicos que se prevê na execução da experiência.

O roteiro tem como importância orientar o executador da experiência, facilita na preparação da


própria aula, diminui improvisos de uma aula experimental e organiza as actividades e economiza
o tempo.

Para dirigir essa aula deve ser competente, saber os riscos da experiência, ter conhecimento sobre
regras de segurança, ter domínio sobre os conhecimentos da aula e ser capaz de definir os materiais
e as substâncias necessárias para a aula.

O objetivo deste trabalho é a descrição de guião de experiencias como azeite, saponificação do


azeite pela soda caustica e preparação de dispersões, este guião ira até a fase de procedimentos,
pois só ira se descrever as observações depois de realizar a experiencia na segunda secção.

De modo a garantir a segurança dos alunos durante a realização das atividades experimentais, O
estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve: conhecer todos os detalhes do
experimento que irá realizar, ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem
utilizadas, familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo, ter um protocolo experimental
escrito envolvendo todas as atividades a serem realizadas e vestir e óculos de segurança sempre
que trabalhar no laboratório (itens de uso pessoal que devem ser providenciados pelo aluno).
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Experiência 1 - O azeite

1.1. Introdução

O azeite é produzido a partir da azeitona, fruto advindo das oliveiras. As três grandes categorias
de azeite são o Extra Virgem, o Virgem e, simplesmente, Azeite de Oliva ou Puro.

A azeitona contém ácidos oleico, linoleico, palmítico e esteárico, sais minerais, traços de vitamina
A e D e oleoeuropeosídio (iridóide amargo). Enquanto a maior parte do azeite (>95%) é constituída
por ácidos graxos ligados ao glicerol, os chamados triglicéridos, há um elevado número de
componentes que apenas estão presentes em pequenas quantidades. No entanto, estes componentes
secundários desempenham um papel importante, sendo que alguns deles são benéficos para a
saúde, enquanto que outros melhoram a estabilidade do próprio azeite, e outros ainda são
responsáveis pelo paladar único desta fonte de gordura. Os componentes secundários do azeite
podem ser subdivididos em tocoferóis, fenóis, compostos aromatizantes, hidrocarbonetos e
esteróis.

O azeite contém α-tocoferol, o tocoferol com a mais elevada atividade da vitamina E, em


quantidades que variam entre 1,2 e 43mg/100g. Em média, a quantidade presente no azeite é de
cerca de 12 a 25mg/100g; outras fontes determinam valores ainda mais elevados, de 24 a
43mg/100g. É óbvio que a quantidade presente no azeite depende de vários fatores. Embora o
material científico disponível sobre esta questão seja relativamente escasso, parece que o processo
de cultura, a maturidade dos frutos, às condições e o tempo de armazenagem têm uma especial
importância para o azeite.

Segundo Nogueira-de-Almeida et al (2015), o azeite apresenta características ou propriedades


como rico em ácidos graxos monoinsaturados, compostos fenólicos do azeite têm mostrado
propriedades antioxidantes mais elevadas do que a da vitamina E; quando aquecidos induzem
importantes alterações químicas, sendo que esta degradação, umidade e a temperatura, que fazem
parte da operação de fritura, levam à reação de hidrólise; aquecimento na presença de oxigênio
causa a conversão parcial de óleos e gorduras em compostos voláteis; exposição a fatores como a
luz, temperatura, presença de água e oxigénio leva também a alterações físicas: a cor escurece, a
viscosidade aumenta e aparece algum fumo.
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1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo principal

 Reconhecer as propriedades do azeite.

1.2.2. Objetivos específicos

 Consolidar os conhecimentos teóricos sobre o tema;


 Desenvolver habilidades no uso material laboratorial.

1.3. Parte experimental

1.3.1. Materiais

 Copo de precipitação;
 Tina de vidro;
 Balão de Erlenmeyer.

1.3.2. Reagentes

 Azeite;
 Gelo;
 Sal.

1.4. Procedimentos

 Introduz certa quantidade de azeite bem lípido no balão de Erlenmeyer;


 De seguida mergulha-se o balão numa tina com mistura frigorifica de gelo e sal comum.

Experiência 2 - Saponificação do azeite pela soda cáustica

2.1. Introdução

O azeite é produzido a partir da azeitona, contém α-tocoferol, o tocoferol. O azeite faz parte de
óleos e gorduras, os óleos e gorduras são formados por diversos compostos simples que
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quimicamente são ésteres. O componente alcoólico é invariavelmente o glicerol, um triol com três
grupos hidroxílicos, e o componente ácido é formado pelos ácidos monocarboxílicos não
ramificados ou ácidos graxos.

Entre as gorduras vegetais as mais usadas para essa finalidade são: o óleo de palma extraído do
fruto do dendezeiro ou popularmente como óleo de dendê e o óleo de coco, extraído,
principalmente do babaçu. Caobianco (2015)

Todos os óleos e gorduras animais e vegetais destinados à fabricação de sabão devem ser os mais
livres possíveis de matérias insaponificáveis, de uma boa cor e aparência, em uma condição de
frescor.

Caobianco (2015), escreve que o hidróxido de sódio ou o hidróxido de potássio desempenham


papel de primeira ordem na fabricação de sabões, eles são misturados com os óleos e gorduras que,
ao reagirem, desencadeiam o processo de saponificação.

A escolha do álcali vai influenciar diretamente na dureza do sabão acabado, onde sabões
formulados com hidróxido de potássio formam sabões moles já com hidróxido de sódio formarão
sabões duros.

Ainda o autor acima citado diz que grande importância se deve dar a água na produção de sabões,
pois durante o processo ela produz a emulsão das matérias graxas e facilita assim a combinação
destas com os álcalis, melhorando a saponificação.

O processo de produção do sabão passa das seguintes fases: índice de saponificação (número de
miligramas de hidróxido de potássio ou sódio necessário para saponificar um grama de gordura ou
óleo.); Sistema de fervura integral ou convencional (nesse processo, a gordura, o óleo e a soda
cáustica líquida são adicionados numa caldeira ocorrendo a saponificação, seguindo-se os estágios
os de semi - cotura, refino e descanso).

Saponificação é a hidrólise de ésteres, em presença da base, formando o sal do ácido carboxílico


e um álcool. O que realmente ocorre é uma hidrólise lenta do triglicerídeo de ácidos graxos, sob
influência de KOH presente em alta concentração nas cinzas. Formam-se glicerina e os sais de
potássio dos ácidos graxos. Os últimos, por terem uma “cabeça” polar e uma “cauda” apolar,
mostram propriedades tensoativas.
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Na prática a hidrólise da gordura é um processo rápido e fácil, na ordem de meia hora a 50 °C, a
hidrólise do éster é ilustrada na figura 1.

Figura 1: reação de hidrólise do éster

Fonte: Caobianco (2015)

Após a hidrólise adiciona-se a base ocorrendo a reação de saponificação, conforme a figura 2.

Figura 2: reação de saponificação

Fonte: Caobianco (2015)

2.2. Objetivos

2.2.1. Objetivo geral

 Verificar as propriedades dos sabões.


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2.2.2. Objetivos específicos

 Consolidar os conhecimentos teóricos sobre o tema.


 Desenvolver habilidades no uso de material laboratorial.

2.3. Parte experimental

2.3.1. Materiais

 Capsula de porcelana;
 Vareta;
 Fonte de equipamento;
 Tripe;
 Rede.

2.3.2. Reagentes

 Azeite;
 Soda caustica.

2.4. Procedimentos

 Numa capsula grande de porcelana, misturam-se 20 ml de azeite com uma solução


hidracoolica de soda caustica, obtida com 3 gramas de soda em 10 ml de agua e 15 ml de
álcool;
 Ferve-se;
 Agita-se com uma vareta, incessantemente.

Experiência 3 – Preparação de dispersões

3.1. Introdução

Dispersões são sistemas formados a partir de “misturas de duas ou mais substâncias, em que uma
das fases (denominada dispersa) se encontra distribuída sobre a outra fase (denominada
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dispergente). São classificadas, genericamente, de acordo com o tamanho das partículas dispersas,
sendo eles: soluções, coloides e suspensões. Carvalho et al (2019)

Nesta experiencia foca-se no estudo de sistemas com partículas classificadas como coloides,
demostrando suas principais características estruturais, propriedades cinéticas e importância.

Sistemas coloidais são caracterizados por misturas heterogêneas, em que o tamanho médio das
partículas se encontra na faixa de 10-9 a 10-6 metros (ou seja, entre 1ηm e 1 μm). Diferenciam-se
de soluções e suspensões pelo fato de serem passíveis de separação de fases por um ultrafiltro e,
dessa forma, as duas fases distintas podem ser visualizadas em um ultramicroscópio. Os coloides
podem ser classificados, principalmente, a partir de 3 critérios distintos: os estados físicos em que
se encontram o dispergente e o disperso; a natureza das partículas da fase dispersa ou o
comportamento termodinâmico da mistura.

De forma geral, todas as combinações binárias entre fases (sólida, líquida e gasosa), com exceção
de misturas gás-gás possuem uma denominação específica. Tais classificações são apresentadas
na figura 3 abaixo.

Figura 3: classificação dos coloides de acordo com as fases dispersa e de dispersão

Fonte: Carvalho et al (2019)

Ainda segundo Carvalho e al (2019), a classificação dos coloides pode obedecer:

 Quanto à natureza das partículas do disperse (os coloides podem ser: coloide micelar,
coloide molecular e coloide iónico);
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 Quanto à estabilidade termodinâmica e reversibilidade do sistema: coloides liofílicos e


liofóbicos (podem se encontrar as dispersões coloidais, soluções verdadeiras de
macromoléculas “naturais ou sintéticas” e coloides de associação “ou eletrólitos
coloidais”. Entretanto, principalmente em sois e emulsões, as notações mais utilizadas para
caracterizar a estabilidade entre a superfície da partícula e o meio de dispersão são:
coloides liofílicos e coloides liofóbicos.
 Forma das partículas em fase dispersa (os coloides são classificados em corpusculares,
laminares e lineares);
 Interações Superficiais: dupla camada elétrica e teoria DLVO (as interações coloidais que
abordam tanto as interações partícula-partícula quanto as interações partícula-solvente são
elas repulsão devido à dupla camada elétrica, repulsão estérica, interações hidrofóbicas,
atração devido a forças de Van der Waals, atração entre compostos poliméricos e
solvatação);
É sabido que os coloides podem ser classificados como liofílicos ou liofóbicos e, uma vez que os
liofílicos se dispersam espontaneamente, apenas os coloides liofóbicos exigem métodos especiais
de preparação. Tais métodos são separados em dois grupos: os métodos de Aglomeração (existem
três técnicas principais de formação de coloides baseadas na aglomeração são elas: reação química,
lavagem e mudança de dispersante) e os métodos de Fragmentação (dentre os métodos de
fragmentação encontram-se a pulverização, a pulverização elétrica e pulverização por ultrassom).

3.2. Objetivos

3.2.1. Objetivo Geral

 Consolidar os conhecimentos teóricos sobre o tema.

3.2.2. Objetivo específico

 Desenvolver habilidades no uso de material laboratorial.

3.3. Materiais

 Anteparo com uma fenda;


 Copo de precipitação;
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 Espátula;
 Lâmpada de Reuter;
 Proveta;
 Vareta de vidro.

3.4. Reagentes

 Agua destilada;
 Cloreto de Sódio;
 Soluções saturadas de:
 Brometo de sódio;
 Hidróxido de sódio;
 Nitrato de chumbo (‫)׀׀‬
 Sulfato de magnesio

3.5. Procedimentos

3.5.1. Preparação de uma solução verdadeira

 Meca numa proveta 50 ml de agua destilada;


 Transfira a agua para um copo de precipitação; adicione-lhe 0,25 g de cloreto de sódio e
agite com a vareta;
 Adapte o anteparo com uma fenda de lâmpada de Reuter;
 Coloque o copo com a solução em frente ao feixe luminoso.

3.5.2. Preparação de uma solução colonial

 Meca 25 ml de solução saturada de sulfato de magnésio e transfira-a para um copo de


precipitação;
 Meca 25 ml de solução saturada de hidróxido de sódio e adicione-a ah solução de sulfato
de magnésio;
 Repita os procedimentos 3 e 4 do ponto 3.5.1.
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3.5.3. Preparação de uma suspensão

 Meca 25 ml de solução saturada de brometo de sódio e transfira-a para um copo de


precipitação;
 Meca 25 ml de solução saturada de nitrato de chumbo (II) e adicione-a ah solução de
brometo de sódio.
 Repita os procedimentos 3 e 4 do ponto 3.5.1
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Referências bibliográficas

1. Caobianco, Gabriel (2015). Produção de sabão a partir do óleo vegetal utilizado em frituras,
óleo de babaçu e sebo bovino e análise qualitativa dos produtos obtidos. Universidade de São
Paulo. Lorena – SP.

2. Carvalho, André Luiz da Silva; Coura, Carlos Alberto de Carvalho; Silva, Danilo Marcos Zanin
(2019). Fenômenos de superfície e eletroquímica sistemas coloidais: características, obtenção e
propriedades cinéticas. Universidade de São Paulo. Lorena – SP.

3. Nogueira-de-Almeida, Carlos Alberto; Filho, Durval Ribas; Mello, Elza Daniel de (2015).
Azeite de Oliva e suas propriedades em preparações quentes: revisão da literatura. International
Journal of Nutrology.

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