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Básico em Teologia

"Dá instrução ao sábio, e ele se fará


mais
CNPJ: sábio"
nº 24.497.683/0001-00
D i s c i p l i n a : II

Hermenêutica Bíblica

End. Conjunto Panorama XXI, Quadra 4, Nº 9 – Bairro Mangueirão – Belém - PA – CEP 66.640-870
Fone (0xx91) 98180-8801 - TIM / 99330-6508 – VIVO/ZAP 1
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APRESENTAÇÃO
A paz do Senhor!

Seja bem-vindo à família FATERCA! É um imenso prazer tê-los conosco. Sua


escolha pelo Curso Básico em Teologia é a certeza de que seus estudos serão orientados
pela fidelidade aos princípios da igreja do primeiro século. Afinal, expomos uma TEOLOGIA
ortodoxa, bíblica e histórico-gramatical. Nenhuma exposição sobre Deus seria completa se
não contemplasse Suas obras e Seus caminhos no universo que Ele criou, além de Sua
Pessoa. Toda ciência provêm e mantêm relação com o Criador de todas as coisas e com
Seu propósito na criação. E toda verdade é verdade de Deus, onde quer que ela seja
encontrada. Deus se revelou na criação e nas Escrituras, e a verdade achada pelas ciências
naturais e sociais, por cristãos ou profanos, não é verdade profana; é verdade sagrada de
Deus (Cl. 2: 3).

O termo TEOLOGIA, segundo seus aspectos etimológicos, é composto de duas


palavras gregas: Theos = (Deus) e logos = (palavra, fala expressão). Tanto Cristo, a Palavra
Viva, como a Bíblia, a Palavra Escrita, são o Logos de Deus. Eles são para Deus o que a
expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão. A TEOLOGIA é, portanto,
uma Theo-logia, isto é, uma palavra, uma fala ou expressão sobre Deus; uma doutrina sobre
Deus. É o estudo sobre a revelação de Deus que é a expressão dos Seus pensamentos e,
logo, é, também, o estudo sobre Sua própria Pessoa. Portanto TEOLOGIA é o estudo sobre
Deus, sua obra e sua revelação.

Rev. Profº. Pr. Sandro Monteiro


Diretor Acadêmico
Pós-Graduado em Teologia Histórica

End. Conjunto Panorama XXI, Quadra 4, Nº 9 – Bairro Mangueirão – Belém - PA – CEP 66.640-870
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FATERCA

A FATERCA – Faculdade de Teologia Restaurador do Caminho. Propõe


uma política educacional voltada para a qualidade do ensino teológico, com o objetivo de
formar e preparar pessoas para o exercício do ministério cristão, de todas as igrejas
evangélicas. É um método dinâmico de ensino teológico para facilitar ao máximo seu
aprendizado. Ela se baseia no modelo das mais recentes propostas pedagógicas da
educação teológica no mundo. No terreno da teologia se baseiam em estudo teórico, prático
e pesquisas. O aluno recebe um material didático que apresenta conteúdo programático
necessário para o desenvolvimento de estudo relativo a cada matéria, buscando informar e
resinificar suas práxis ministerial.

O Curso de Teologia propõe uma política educacional voltada para a qualidade do


ensino, com o objetivo de formar e preparar pessoas para o exercício do Ministério
Eclesiástico. É um método dinâmico de ensino teológico para facilitar ao máximo seu
aprendizado. Ela se baseia no modelo das mais recentes propostas pedagógicas na
modalidade de ensino presencial através de sistema modular no campo da educação
teológica do mundo.

O Corpo Técnico-Administrativo é formado pelos seguintes profissionais:

Revª. Prª. Alessandra Monteiro


Diretora Administrativa

Rev. Prof. Pr. Sandro Monteiro


Diretor Acadêmico

Rev. Prof. Pr. Francisco de Oliveira


Coordenador do Núcleo Tenoné

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Bacharelado em Teologia

O Curso Livre de Graduação em Teologia da FACULDADE DE TEOLOGIA


RESTAURADOR DO CAMINHO – FATERCA, prepara pessoas para administrar,
pastorear, fundar e liderar igrejas, convenções, conselhos de pastores, denominações,
entidades religiosas e ministérios. O Curso de Bacharelado em Teologia capacita
pastores e líderes para atuarem de maneira expressiva e dinâmica nas áreas de
administração eclesiástica, evangelismo, discipulado, liderança, supervisão, direção e
aconselhamento pastoral através de gestão executiva integrada, programas de rádio,
TV, internet, livros, revistas, seminários, congressos e eventos em geral. O Curso de
Bacharelado em Teologia visa o conhecimento acadêmico teológico com a finalidade de
formar líderes com perspectivas analíticas em cosmovisões diversificadas e
abrangentes.

Reconhecimento

O Curso de Teologia é um "Curso Livre" em nível de graduação, válido para fins


eclesiásticos (religiosos), reconhecido pelo CFT-Conselho Federal de Teólogos;
respaldos nos pareceres: 241 de 15/03/99; 296 de 10/08/99; 97 de 06/04/99; 241/99;
Decreto Lei 1051/69 art. 1º; Decreto Lei nº 9394 de 20/12/96 art. 50 (LBD); Decreto nº
5.622 de 20/12/05; Art. 80 da LBD (Lei 9394/96).

Duração

A duração do Curso de Teologia depende da disponibilidade de tempo,


dedicação, compromisso e esforço pessoal do aluno. Geralmente nossos alunos fazem
este curso em média de 54 (cinquenta e quatro) meses, presencial com 04 à 05
encontros mensais com duração de 2h e 30m cada encontro, sendo que o básico em
média de 18 (dezoito) meses, presencial com 04 à 05 encontros mensais com duração
de 2h e 30m cada encontro e com 19 (dezenove) disciplinas, o médio em média de 18
(dezoito) meses, presencial com 04 à 05 encontros mensais com duração de 2h e 30m
cada encontro e com 19 (dezenove) disciplinas e o avançado (Bacharelado) em média
de 18 (dezoito) meses, presencial com 04 à 05 encontros mensais com duração de 2h e
30m cada encontro e com 19 (dezenove) disciplinas.

Público alvo

O Curso de Teologia é altamente indicado para Líderes, Pastores, Missionários,


Diáconos, Professores de Escolas Dominical, Obreiros e Membros. E também
Estudantes e Profissionais de Psicanálise, Psicologia, Antropologia, Direito, História,
Filosofia; e ainda, todos os que pretendem liderar, pastorear, ministrar em congressos,
eventos, convenções e conselhos de pastores, seminários teológicos, institutos
teológicos, fazer missões, lecionar, escrever livros, apostilas, material de escolas
bíblicas, ministrar estudos bíblicos, seminários, conferências, campanhas, palestras; e
se habilitar no conhecimento, teológico, linguístico, filosófico, bíblico, ministerial e
exegético.

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Disciplina II: Hermenêutica Bíblica

1. CONCEITO:

Hermenêutica é a ciência e a arte que estuda a interpretação da Bíblia.


Ciência porque estabelece regras positivas e invariáveis; arte porque suas regras
são práticas. A Bíblia Sagrada é diferente de qualquer outro livro secular. Ela
contém o Livro e a Mensagem!

- Como livro, ela contém 39 no Antigo Testamento, e 27 no Novo


Testamento.

- Como mensagem, ela é a Palavra de Deus.

Suas escrituras são compostas de histórias, profecias, poesias, enigmas,


parábolas, romances, figuras e biografias.

O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuein, "interpretar". A


Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras.
Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra
de Deus.

2. A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO

a. O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os


indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15 e 16).

b. A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor


ou ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).

c. As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro


exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico,
conforme os princípios hermenêuticos.

3. REGRAS

A REGRA FUNDAMENTAL

A Escritura é explicada pela Escritura.

A Bíblia interpreta a própria Bíblia.

1. PRIMEIRA REGRA

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Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e
ordinário.

2. SEGUNDA REGRA

É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto


da frase. Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se
as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado.

Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento
do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.

3. TERCEIRA REGRA

É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos


que precedem e seguem o texto que se estuda.

4. QUARTA REGRA

É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em


que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.

5. QUINTA REGRA

É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais


pelas espirituais (I Cor 2:13). (I Cor 2:13).

6. SEXTA REGRA

Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia ter significado para seu
autor ou seus leitores.

7. SÉTIMA REGRA

Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações


de vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a
Palavra de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.

4. As principais leis da Hermenêutica que auxiliam na interpretação das


Escrituras:

Lei do Contexto

A parte que vem antes ou depois do texto. Diz-se que não se deve interpretar um
texto sem o auxílio do contexto, para não se fazer um pretexto: Lc 19:28-44; At 8:30-31;
Is 53:7.

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Lei do Texto Paralelo

Um texto deve ser auxiliado na sua interpretação utilizando o mesmo assunto que
ocorre em outras partes das Escrituras Sagradas: Jo 19:18; Mc 15:27; Mt 27:38; Lc
23:39-43.

Lei da Autoria do Texto

Os diferentes autores da Bíblia viveram em tempos, culturas, situações sociais e


regiões diferentes. Portanto, a forma de apresentação de um determinado texto para um
povo que vivia situações diferentes, deve ser comparado com outros em tempo ou forma
remota: Ef 5:22-27; I Pe 2:5-10; Ct 8:5-10.

Lei da Interpretação do Texto

A interpretação do texto é aquilo que a passagem quer dizer no tempo, no espaço


e nas circunstâncias que foram escritas. O literalismo busca o que o texto quer dizer (Jo
21:6); o simbolismo busca o que a figura quer dizer (Ap 3:20).

Lei da Aplicação do Texto

Um mesmo texto pode ser aplicado a pessoas ou clãs vivendo épocas ou


situações geográficas diferentes: Mt 13:24-30.

Lei da Implicação do Texto

Num sentido filosófico, pode se dizer que uma pessoa geme porque está doente.
Ai está a lei da implicação – a manifestação patente do latente. Se uma pessoa tem seu
rosto plácido é porque o coração está alegre. Como o batismo no Espírito Santo
biblicamente é evidenciado pelo crente falar em outras línguas, assim só se pode
profetizar os que receberam, de igual forma, a virtude desse Espírito: Mt 13:25; Ap 3:18-
20.

5. A HERMENÊUTICA E A SUA RELAÇÃO COM A EXEGESE.

A HERMENÊUTICA estuda e sistematiza os princípios e técnicas, com as quais,


partindo de determinados pressupostos, se busca compreender o sentido original do
texto bíblico;

A EXEGESE, designa a prática destes princípios e técnicas; e aplicação,


designando a busca da relevância do texto ao nosso contexto específico.

A exegese pode ser definida como a verificação do sentido do texto bíblico dentro
dos seus contextos históricos e literários. A exegese é a interpretação propriamente dita
da bíblia, ao passo que hermenêutica consiste nos princípios pelos quais se verifica os
sentidos.

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6. PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO

a. Histórico cultural

– Considera o ambiente cultural do autor, a fim de entender suas relações,


referências e propósitos.

b. Contextual

– Considera a relação de uma passagem com o corpo todo do escrito de um


autor, para melhores resultados de uma compreensão proveniente de um conhecimento
do pensamento geral.

c. Gramatical

– (Lexico – sintática) – atenta para a compreensão das definições de palavras e


suas relações umas com as outras a fim de compreender com maior exatidão o
significado que o autor tencionava transmitir.

d. Histórica

- É impossível entender um autor e interpretar corretamente suas palavras sem


que ele seja visto à luz de suas circunstâncias histórico-Teológicas – estuda o nível de
compreensão teológica na época da redação a fim de averiguar o significado texto para
seus primitivos destinatários.

e. Criticismo ou crítica bíblica

– Surgiu com a pretensão de tornar científicos os estudos bíblicos, ou seja, faze-


los compatíveis com o modelo científico e acadêmico da época. É utilizado pelo
liberalismo teológico. Trata-se sem dúvida de uma hermenêutica racionalista. Ao invés
da revelação governa a razão, a razão é que determina a revelação.

f. Alegórica

– Segundo este método, as passagens das escrituras teriam quatro sentidos: um


literal, e três sentidos espirituais: moral, alegórico e anagógico.

* O sentido literal seria registro do que aconteceu (o fato);

* O sentido moral conteria a exortação quanto a conduta (o que fazer) ;

* O sentido alegórico ensinaria uma doutrina a ser criada (o que crer);

* O sentido anagógico apontaria para uma promessa a ser cumprida (o que esperar).
Este método fornece esplêndidas interpretações, todavia poderá desviar o interprete do
verdadeiro sentido texto.

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7. ESTUDANDO AS FIGURAS DE LINGUAGEM

Ocorre quando uma palavra ou expressão é usada em sentido diferente daquele


que lhe é próprio. Baseiam-se em certas semelhanças ou em relações definidas.

a. METÁFORA

– É uma figura de linguagem em que um objeto é assemelhado a outro,


afirmando ser o outro, o falando de si mesmo como se fosse o outro. É a figura em que
se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou com o que se
compara. (Zc 3.8).

Ex: Salmo 18:2. – Lc. 13: 32

Existem dois tipos de metáforas na bíblia.

Antropopatismo – atribui-se a Deus emoções, paixões e desejos humanos (Gn. 6-


6; Deut. 13:17; Ef. 4:30).

Antropomorfismo - Atribui-se a Deus membros corporais e atividades físicas (Êx.


15:16; Sl. 34:16; Lam. 3:56; Zac. 14:4; Tg. 5:4).e parábolas.

b. ALEGORIAS E PARÁBOLAS

– A alegoria se caracteriza pelo uso de alguma história ou fato que se admite. Sl.
80: 8-15; Jo. 10.1-18. Diferencia-se da parábola devido ao fato de que , a parábola é em
si mesma a suposta história ou fato. É a narrativa em que as pessoas representam
idéias ou princípios (Gl.4.21-31).

A alegoria usa palavras no sentido metafórico, e sua narrativa, ainda que em si


mesma seja possível, é manifestamente fictícia.

c. EUFEMISMO

– Consiste numa linguagem light (branda), para evitar impacto (At. 7.60) “e
quando disse isto, adormeceu”.

d. HIPÉRBOLE

– De uso vasto, consiste no uso de um exagero retórico (Gn. 22:17; Deut. 1:28; II
Crô. 28:4).

- É a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas


(Dt.1.28).

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e. IRÔNIA

– Contém censura ou ridículo camuflado de louvor ou elogio ( Jó. 12:2; I Reis


22:15; I Co. 4:6 ... I Co. 4:8; I Reis 18:27; - É a expressão dum pensamento em palavras
que, literalmente entendidas, exprimem sentido oposto (Gn.3.22;Jz.10.14; Jó.12.2;
Mt.27.40).

f. SÍMILE

- também afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, sendo
que apresenta um elemento comparador. (Is.53.2).

g. METONÍMIA

- O emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação
(Gn.25.26; Lc.16.29; Gn.41.13; Jó.32.7)

h. SINÉDOQUE

- A substituição de uma ideia por outra que lhe é associada (Mt.3.5; 6.11;
Gn.3.19; 19.20).

i. PROSOPOPÉIA

- É a personificação de coisas ou de seres irracionais (Sl.35.10; Jó.12.7; Gn.4.4).

j. ANTROPOMORFISMO:

- É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e até órgãos e


membros do corpo humano (Gn.8.12; Sl.74.11).

l. ENIGMA:

- É a enunciação duma ideia em linguagem difícil de entender. (Jz.14.14)

m. PARÁBOLAS:

- É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais,


que lança luz sobre uma lição moral ou religiosa. A parábolas usa palavras em sentido
literal, e sua narrativa nunca ultrapassa os limites daquilo que poderia ter acontecido.

n.PROFECIA:

- A profecia da Escritura pode ser definida como a inspirada declaração da


vontade e propósitos divinos. (Ver. Is.61.1,2; Lc.4.21). Não se deve esquecer que Jesus
é o tema de toda a profecia (I Pe.1.10,11).
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o. TIPOS:

- É uma classe de metáforas que não consiste meramente em palavras, mas em


fatos, pessoas ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas, ou objetos no
porvir (Hb.9.8,9; Jo.3.14; Mt.12.40).

p. SÍMBOLOS:

- É uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato, por
meio doutra coisa ou fato conhecido, para servir de semelhança ou representação. É
diferente do tipo por não prefigurar a coisa que representa. Ele simplesmente representa
o objeto (Ap.5.5; I Pe.5.8; Js.2.18).

- Os símbolos podem ser apresentados na forma de:

objetos (sangue, ouro, etc.);

nomes (Abraão, Israel, Jacó, etc);

números (seis, sete, oito, etc.)

cores (púrpura, escarlate, etc.).

q. POESIA:

- É a mensagem de Deus revelada através do lirismo da poesia judaica. Está


presente desde Gênesis até o Apocalipse. A poesia hebraica não possui rima.

Composta por paralelismo: sinônimico – o segundo verso repete com sinônimos


(Sl.20.2,3; Pv.23.24,25); antitético – o segundo verso é uma antítese ao primeiro.
(Sl.1.6; 71.7; Pv.12.1,2) e sintético – o segundo verso amplia a mensagem do primeiro
(Sl.19.7; 119.97,103; Pv.23.23)

8. Tipos de abordagem do texto bíblico

Nem sempre se faz uma distinção clara entre o que é um método de


interpretação de um texto bíblico e o que é um tipo de abordagem de um texto bíblico.

Seguindo o documento da Pontifícia Comissão Bíblica, A interpretação da Bíblia


na Igreja, tipos de abordagem são modos de interpretação do texto bíblico segundo
determinadas perspectivas.

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Estas perspectivas são parciais e podem funcionar como complementares aos
métodos de interpretação expostos anteriormente. Destaquemos, inicialmente, dois
grupos de abordagens.

8.1. Abordagens baseadas na tradição.

Um primeiro modo deste tipo de abordagem consiste em procurar situar o texto


bíblico no contexto da própria tradição bíblica, chamada de abordagem canônica.

Outro modo consiste na pesquisa das tradições judaicas de interpretação da


Escritura situando aí os textos bíblicos.

Nesta pesquisa, é importante levar em consideração a pluralidade destas


tradições: a exegese rabínica, os documentos de Qumran, a exegese simbólica de Filon
de Alexandria, as tradições da LXX e dos targumin aramaicos.

Também é preciso estar consciente da diferença de perspectiva destas tradições


com o cristianismo, que nos acontecimentos pascais do Cristo encontrou a chave de
interpretação de toda a Escritura.

Todo texto bíblico também formou uma história de interpretação. A reconstrução


desta história através dos séculos pode se constituir numa abordagem interessante.

Por exemplo: a passagem do encontro de Jesus com a Samaritana conheceu


diversas formas de interpretação em séculos de exegese.

Quais as grandes linhas desta história? Muitas.

Um breve estudo, porém muito interessante, a este respeito foi feito por J.-M.
POFFET, Jésus et la Samaritaine (Jean 4,1-42), avec la collaboration de G.
BERCEVILLE et al., Cahiers Evangile Sup. 93 (1995).

Passagens bíblicas influenciaram diversas expressões artísticas.

Por exemplo: como a parábola do filho pródigo foi retratada nas diversas artes?

8.2. Abordagens baseadas nas ciências humanas.

As principais ciências humanas que contribuíram para a criação de tipos de


abordagem do texto bíblico foram a sociologia, a antropologia cultural, e a psicologia e a
psicanálise.

A sociologia propôs que se compreendesse melhor as sociedades ou grupos


que produziram os textos bíblicos.

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A antropologia cultural, por sua vez, buscou compreender os aspectos culturais
destas sociedades e grupos: suas festas, mitos, modos de celebração, formas básicas
de construção do pensamento, papel das relações interpessoais.

Enfim, as várias escolas de psicologia e psicanálise chamaram a atenção para


o que poderíamos chamar de arquétipos do comportamento humano, religioso ou não,
presentes nos textos bíblicos enquanto expressão da experiência humana.

8.3. Abordagens contextualizadas.

Estas abordagens colocam o acento primeiramente na situação do leitor do texto


bíblico.

Do ponto de vista da hermenêutica, elas pressupõem uma hermenêutica da vida


ou existencial, ou seja, aquela que se preocupa menos com compreender o texto e mais
com compreender a existência com o auxílio do texto.

A primeira delas é a abordagem a partir do mundo dos pobres ou a


abordagem a partir da teologia da libertação.

Enquanto teologia, a teologia da libertação não é propriamente um método de


interpretação da Bíblia, mas ela suscita uma preocupação de que a Bíblia seja lida a
partir da realidade vivida pelos pobres, que são, de fato empobrecidos por sistemas
econômicos injustos e por regimes políticos opressores.

Este tipo de abordagem nasceu na América e se serviu amplamente de


pressupostos da sociologia em sua leitura da Bíblia.

Na base desta leitura, aparece a compreensão de que há semelhanças muito


grandes entre a situação vivida pelo povo de Deus na Bíblia e a situação dos
empobrecidos hoje e que, portanto, compreender a situação do povo de Deus na Bíblia
ajuda a compreender a situação dos pobres hoje.

Um grande nome deste tipo de leitura é o de Carlos Mesters. Ele escreveu não
apenas para estudiosos, mas também para o próprio povo.

Mesters propõe a necessidade do encontro entre a exegese científica,


notadamente aquela devedora do método histórico-crítico, com a leitura popular da
Bíblia, feita de modo especial nas Comunidades Eclesiais de Base.

Na seqüência da abordagem a partir do mundo dos pobres, outras abordagens


contextualizadas podem ser propostas: a abordagem a partir das mulheres (feminista
ou feminina), ou a partir da ecologia, ou a partir de questões étnicas, ou a partir de
questões de sexualidade (homossexuais), e outras.

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Todas estas abordagens colocam questões de grande importância para a
Sagrada Escritura, uma vez que nela há textos que parecem contradizer o que estas
abordagens propõem como princípios de seus respectivos pontos de partida.

De fato, vista em seu conjunto, todas estas perspectivas de leitura colocam uma
questão de suma importância para a Sagrada Escritura: há preconceito na Bíblia? A
Bíblia ajuda a libertar ou ajuda a oprimir quem vive numa situação de opressão? Como
refletir sobre estas questões?

Deus abençoe a todos!!!!

Curso Basico em Teologia

Diretor: Rev. Profº. Pr. Sandro Monteiro

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INTEGRAÇÃO TEOLOGICA - DO BÁSICO AO BACHAREL (AVANÇADO)

GRADE CURRICULAR

DISCIPLINAS DISCIPLINAS DISCIPLINAS


01B Introdução Bíblica 20M Antropologia Bíblica 39A Introd. ao Hebraico
02B Hermenêutica Bíblica 21M Geografia Bíblica 40A Introd. ao Grego
03B Exegese Bíblica 22M Tipologia Bíblica 41A Arqueologia Bíblica
04B Teontologia 23M História de Israel 42A Teologia Sistemática
05B Fundamentos do A.T. 24M História do Cristianismo 43A Ética Cristã
06B Pentateuco 25M Romanismo 44A Oratória
07B Hamartiologia 26M Livros Apócrifos 45A Homilética
08B Livros Históricos 27M Angelologia 46A Pedagogia Cristã
09B Livros Poéticos 28M Evangelismo e Discipulado 47A Educação Cristã
10B Profetas Maiores 29M Apologética 48A Relações Humanas
11B Profetas Menores 30M Seitas e Heresias 49A Antropologia Cultural
12B Fundamentos do N.T. 31M Batalha Espiritual 50A Introd. a Sociologia
13B Evang. e Livro de Atos 32M Livre Arbítrio e Predestinação 51A Introd. a Psicologia
14B Cristologia 33M Ecumenismo 52A Psicologia Pastoral
15B Epistolas Paulinas 34M Missiologia 53A Filosofia da Religião
16B Soteriologia 35M Culto Bíblico 54A Liderança Cristã
17B Epistolas Gerais 36M Dispensações e/ou Alianças 55A Admin. Eclesiástica
18B Paracletologia 37M Daniel e o Apocalipse 56A Metod. e Pesq. Cientif.
19B Eclesiologia 38M Escatologia 57A Orient. de Monografia
MONOGRAFIA
TERMO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC
ARTIGO MONOGRÁFICO

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