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CASO CLÍNICO 4 (SISTEMA IMUNITARIO)

1- Por que Chiquinha foi tratada primeiramente com epinefrina na sala de


emergência?

Chiquinha apresentou o rápido início clássico dos sintomas de anafilaxia, que é a forma mais
grave de hipersensibilidade. O medicamento mais comum nesse caso é a epinefrina. Esse
medicamento causa contração do musculo liso vascular e aumenta o debito cardíaco, relaxa
o musculo da via aérea e inibe a degranulação de mastócitos.

2- Como atuam o Benadril (hidrocloreto de difenidramina) e o corticosteroide


Solu-Medrol (metilprednisolona)?

O hidrocloreto de difenidramina é um anti-histamínico, bloqueador de receptores H1, de


primeira geração, com atividade anticolinérgica, indicado para prevenção e tratamento de
reações alérgicas relacionadas à transfusão de sangue ou plasma e como adjuvante da
epinefrina na anafilaxia. Esse medicamento bloqueia a ação da histamina em vasos e
músculos lisos.
A Metilprednisolona é um potente esteroide sintético (tipo de hormônio produzido em
laboratório) com função anti-inflamatória (medicamento que controla a reação do sistema de
defesa a agressão) e metabólica, que funciona relaxando o musculo liso e reduzindo a
inflamação.

3- Por que se realizou um teste para histamina no sangue de Chiquinha?

Foi realizado um hemograma em Chiquinha para identificar a histamina pois esta aumenta
seus níveis em caso de alergia, por isso é um medidor da inflamação. A histamina age
destruindo substâncias estranhas em alergias e é também responsável pelos seus sintomas
adversos.

4- A reação anafilática é um tipo de distúrbio hemodinâmico denominado de


choque. Além do choque anafilático, há o choque séptico, hipovolêmico e
cardiogênico. Todos têm como principal característica a queda brusca da
pressão (hipotensão). Diferencie os tipos de choque quanto a sua origem.

O choque anafilático tem sua origem por uma reação de hipersensibilidade potencialmente
grave, mediada por imunoglobulinas E (IgE) e G (IgG), que ocorre após exposição a um
antígeno em pessoas previamente sensibilizadas. Sua manifestação clínica é multissistêmica,
de instalação aguda, envolvendo pele, mucosas, vias aéreas, sistemas cardiovascular e
gastrintestinal.
O Choque Cardiogênico ocorre como consequência de uma falência da bomba cardíaca,
resultando na incapacidade do coração de manter uma adequada perfusão tecidual, mesmo
na presença de volume intravascular adequado. O infarto agudo do miocárdio (IAM)
afetando ventrículo esquerdo representa 74,5% das suas causas.
O choque hipovolêmico é resultante da redução do volume intravascular secundário a perda
de sangue ou fluidos e eletrólitos,5 gerando assim uma redução da pré-carga e
consequentemente do débito cardíaco (DC).4 A resistência vascular sistêmica (RVS) aumenta
numa tentativa de manter a perfusão de órgãos vitais. Sua causa mais comum é a
hemorragia.
O choque séptico é caracterizado por sepse com hipotensão arterial persistente, mesmo
após adequada reposição volêmica, associado com a redução da perfusão, acidose lática,
oligúria e alteração do estado mental. Através da presença de agente patológico identificado
ou não, capaz de produzir respostas sistêmicas, incluindo hipotensão severa, danos teciduais,
e estado clínico infeccioso grave associado. O germe mais comum é a bactéria, porém vírus,
fungos e protozoários podem desencader a síndrome séptica. O choque séptico é do grupo
distributivo, definido como estado de falência circulatória aguda associada a foco infeccioso
ou com predomínio de componente endotóxico.

5- Você esperaria que Chiquinha também tivesse testes alérgicos positivos para
outros alérgenos? Por quê?

Provavelmente sim, pois a alergia ao amendoim ocorre quando o sistema


imunológico identifica as proteínas de amendoim como prejudiciais. A causa
específica, entretanto, não é clara. A condição está associada a várias proteínas
comuns nas alergias alimentares. Pelo menos 11 alérgenos de amendoim foram
descritos além de que risco à alergia ao amendoim aumenta nas pessoas que têm
outros tipos de alergia ou que já tenham tido alergia passada ao amendoim. Então é
de se esperar que Chiquinha também tenha que evitar outros alimentos devido à
probabilidade de contaminação cruzada, quando um alimento entra em contato com
outro e suas proteínas se misturam durante o processo de fabricação.

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