PRINCIPAIS SISTEMAS

PSICOLÓGICOS E SUAS
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA
SOCIAL
AULA 2 – Psicologia Social: noções introdutórias

PROF. JANINE BRIXNER

 MOVIMENTOS PSICOLÓGICOS E A PSICOLOGIA
SOCIAL

A MAIORIA DOS PSICOLÓGOCOS UTILIZA CONCEITOS

ORIUNDOS DE TODOS ESSES SISTEMAS, EMBORA NÃO
DEIXE DE PREDOMINAR EM CADA UM DELES UMA
ORIENTAÇÃO MAIS NITIDAMENTE CARACTERIZADA COMO
GESTALISTA, BEHAVIORISTA OU PSICANALISTA.

Prof. Janine Brixner 2

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL
PSICOLOGIA DA GESTALT = DESTACAM-SE WERTHEIMER, MOSS E KOHLER DA ESCOLA DE GRAZ
CONTRARIAM A RELAÇÃO ESTÍMULO/RESPOSTA DEFENDIDA PELO BEHAVIORISMO
DEFENDEM QUE OS SERES HUMANOS NÃO SE LIMITAM A REAGIR AOS ESTÍMULOS, POIS
ORGANIZAM AS SUAS PERCEPÇÕES, ATRIBUINDO-LHES UM SIGNIFICADO INTELECTUAL, OU SEJA,
RACIONALIZANDO-AS.
OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA PSICOLOGIA DA GESTALT SÃO: 1. A PERCEPÇÃO É ATIVA, ISTO
É, CONSISTE NA INTERIORIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DOS ÓRGÃOS SENSORIAIS; 2. OS
INDIVÍDUOS NÃO SE LIMITAM A ESTA INTERIORIZAÇÃO, POIS CONFEREM-LHE SIGNIFICADOS,
INTERPRETAM-NA E ORGANIZAM-NA; 3. OS INDIVÍDUOS TÊM TENDÊNCIA A SIMPLIFICAR AS
PERCEPÇÕES – TENDÊNCIA DE FECHAMENTO (COMPLETA ESTÍMULOS SENSORIAIS QUE ESTÃO
INCOMPLETOS).
Prof. Janine Brixner 3
 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL
O MOVIMENTO GESTALTISTA FOI O DE MAIOR INFLUÊNCIA EM PSICOLOGIA SOCIAL (SOLOMON
ASCH, KURT LEWIN E FRITZ HEIDER)
DEUTSCH E KRAUSS (1965) – INFLUÊNCIA = POR ESTA SER ORIENTADA DIRETAMENTE PARA A
EXPERIMENTAÇÃO (A PSICOLOGIA SOCIAL SE CARACTERIZA PELA EXPERIMENTAÇÃO).
 O TODO TEM PROPRIEDADES DE SUAS PARTES DIFERENTES DA SOMA DAS PROPRIEDADES DE SUAS
PARTES INTEGRANTES
AO OLHAR UM GRUPO DE PESSOAS CONHECIDAS PARA QUE SE VERIFIQUE A RELEVÂNCIA DE TAL
PRINCÍPIO PARA A PSICOLOGIA SOCIAL, NÃO SERÁ DIFÍCIL VERIFICAR QUE O COMPORTAMENTO
DAS PESSOAS, QUANDO INTEGRADAS NUM TODO CONSTITUÍDO PELO GRUPO, ASSUME
CARACTERÍSTICAS DIVERSAS DAQUELE NORMALMENTE EXIBIDO INDIVIDUALMENTE.

Prof. Janine Brixner 4

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

OU SEJA, NÃO SE PODE DETERMINAR O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS EM GRUPO

ATRAVÉS DO CONHECIMENTO DO COMPORTAMENTO DESTAS PESSOAS INDIVIDUALMENTE.
QUANDO HÁ INTERAÇÃO GRUPAL NOVOS PADRÕES COMPORTAMENTAIS EMERGEM, POR
VEZES, BEM DIVERSOS DAQUELES QUE SERIAM DE ESPERAR-SE PELO CONHECIMENTO
CARACTERÍSTICO INDIVIDUAL.
EX: NÃO SE PODE DIZER DE ANTEMÃO E COM SEGURANÇA, SE UMA PESSOA QUE POSSUI
CARACTERÍSTICAS DE LIDERANÇA, SERÁ NECESSARIAMENTE UM LÍDER DO GRUPO. ESSA
EMERGÊNCIA DA LIDERANÇA DEPENDERÁ DA INTERAÇÃO DOS ELEMENTOS DO GRUPO E DOS
OBJETIVOS DO GRUPO.

Prof. Janine Brixner 5

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

A FORMAÇÃO DE IMPRESSÕES (SOLOMON ASCH) - INFLUENCIADO PELA PSICOLOGIA DA GESTALT,

A TESE DE ASCH ERA QUE:
 A FORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES ACERCA DE OUTRO TINHA UM CARÁCTER HOLÍSTICO, OS
TRAÇOS QUE CARACTERIZAM O INDIVÍDUO ORGANIZAM-SE DE FORMA TAL QUE O TODO É
DIFERENTE DA SOMA DAS PARTES; COMPLEMENTARMENTE, DEFENDIA A EXISTÊNCIA DE TRAÇOS
CENTRAIS E TRAÇOS PERIFÉRICOS NA FORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES.

Prof. Janine Brixner 6

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

PROCESSO EXPERIMENTAL • DOIS GRUPOS A E B OUVIRAM UMA LISTA DE SETE TRAÇOS DE

PERSONALIDADE ACERCA DE UM INDIVÍDUO EM PARTICULAR:
 LISTA A: INTELIGENTE, HÁBIL, INDUSTRIOSO, CALOROSO, DETERMINADO, PRÁTICO, CAUTELOSO
 LISTA B: INTELIGENTE, HÁBIL, INDUSTRIOSO, FRIO, DETERMINADO, PRÁTICO CAUTELOSO
DEPOIS DE OUVIR A LISTA DE TRAÇOS, OS INDIVÍDUOS ESCREVIAM UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE O
INDIVÍDUO DESCRITO.
RESULTADOS = A LISTA A SUSCITOU IMPRESSÕES MUITO MAIS FAVORÁVEIS NOS COMENTÁRIOS
REALIZADOS.
CONCLUSÃO = O BINÓMIO CALOROSO/FRIO PRODUZIU DIFERENÇAS DE IMPRESSÕES
CONSISTENTES.
Prof. Janine Brixner 7
 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

NUMA SEGUNDA FASE, O PROCEDIMENTO FOI IGUAL, LIMITANDO-SE A SUBSTITUIR O BINÓMIO

CALOROSO/FRIO PELO BINÓMIO POLIDO/RUDE.
RESULTADO = NÃO SE REGISTARAM DIFERENÇAS SUBSTANCIAIS NOS COMENTÁRIOS DOIS
GRUPOS.
ESTES RESULTADOS LEVARAM ASCH A APRESENTAR O PRIMEIRO PAR DE TRAÇOS COMO TRAÇOS
CENTRAIS DE PERSONALIDADE E O SEGUNDO COMO TRAÇOS PERIFÉRICOS DE PERSONALIDADE.
CONCLUSÃO GERAL É A DE QUE OS TRAÇOS PERIFÉRICOS PRODUZEM ESCASSO EFEITO NA
FORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES.

Prof. Janine Brixner 8

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

KURT LEWIN = SALIENTA O SEU CONTRIBUTO PARA O ESTUDO DOS GRUPOS E, ESPECIFICAMENTE,
DAS DINÂMICAS DE GRUPO.
TESES PRINCIPAIS =
a) O INDIVÍDUO, INSERIDO NUM GRUPO, MODIFICA O SEU COMPORTAMENTO E INDUZ MUDANÇAS
NOS COMPORTAMENTOS DOS RESTANTES MEMBROS DO GRUPO
b) É MAIS FÁCIL ALTERAR O COMPORTAMENTO DE UM GRUPO, COMO UM TODO, QUE O
COMPORTAMENTO DOS MEMBROS ISOLADOS

Prof. Janine Brixner 9

 MOVIMENTO GESTALTISTA E A PSICOLOGIA SOCIAL

CONCLUSÃO = O SENTIDO DE UMA AFIRMAÇÃO, SEU CONTEÚDO COGNITIVO, SUA DIREÇÃO, SEU
ALCANCE, SUA TONALIDADE – É DETERMINADO PELO PAPEL QUE DESEMPENHA NO CONTEXTO. ESSA
MESMA AFIRMAÇÃO PODE SE ALTERAR RADICALMENTE EM AMBIENTES DIFERENTES.

Prof. Janine Brixner 10

 O MOVIMENTO BEHAVIORISTA E A PSICOLOGIA
SOCIAL

O BEHAVIORISMO PROPÕE UM SISTEMA PSICOLÓGICO “VERDADEIRAMENTE CIENTÍFICO”,

ONDE TODO O SUBJETIVISMO É ELIMINADO E APENAS A CONSIDERAÇÃO OBJETIVA DO
COMPORTAMENTO É QUE CONSTITUI MATERIAL PARA SUAS INVESTIGAÇÕES (IGNORA O
PAPEL ATIVO E CRIADOR DO SER HUMANO) – REDUZ O COMPORTAMENTO HUMANO A UM
SIMPLES ACERVO DE RESPOSTAS A DETERMINADOS ESTÍMULOS.
POR APRESENTAR UM RIGOR METODOLÓGICO ELOGIÁVEL, ESSE MOVIMENTO DESEMPENHOU
NOTÁVEL PAPEL NA CONSOLIDAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA RESPEITÁVEL.
PRINCIPAL ENFOQUE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Prof. Janine Brixner 11

 O MOVIMENTO BEHAVIORISTA E A PSICOLOGIA
SOCIAL
NÃO HÁ O QUE NEGAR QUE NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO A APRENDIZAGEM
DESEMPENHA PAPEL DE SINGULAR RELEVÂNCIA.
A ATITUDE PRECONCEITUOSA, QUE TANTA ATENÇÃO RECEBE EM PSICOLOGIA SOCIAL HÁ
DÉCADAS, É UMA ATITUDE APRENDIDA E NELA SE PODEM VER EM ATUAÇÃO PROCESSOS
EXPLORADOS A FUNDO PELOS PARTIDÁRIOS DO MOVIMENTO BEHAVIORISTA.
RECONHECE-SE A PERTINÊNCIA DOS PROCESSOS DE CONDICIONAMENTO E DO RELEVANTE
PAPEL DESEMPENHADO PELO REFORÇO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO NA OCORRÊNCIA DE TAIS
FENÔMENOS PSICOSSOCIAIS.

Prof. Janine Brixner 12

 O MOVIMENTO BEHAVIORISTA E A PSICOLOGIA
SOCIAL
NO ESTUDO DA FORMAÇÃO DE UMA RELAÇÃO SOCIAL E SUA MANUTENÇÃO, A CONTRIBUIÇÃO
BEHAVIORISTA É BASTANTE ÚTIL, PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DA IDEIA DO REFORÇO E PUNIÇÃO.
COMO TAMBÉM QUANDO O PSICÓLOGO SOCIAL ESTUDA O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE
NORMAS SOCIAIS, SUA MANUTENÇÃO E SUA MUDANÇA; ASSIM COMO, QUANDO ELE ESTUDA A
DEPENDÊNCIA INFANTIL NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO.
FENÔMENO DA IMITAÇÃO = CONSIDERADO COMO FENÔMENO POR EXCELÊNCIA A SER
CONSIDERADO PELA PSICOLOGIA SOCIAL, PODE SER FACILMENTE EXPLICADO ATRAVÉS DOS
PRINCÍPIOS BEHAVIORISTAS: “O COMPORTAMENTO DO MODELO (DE IMITAÇÃO) É INICIALMENTE
NEUTRO PARA O OBSERVADOR EM RELAÇÃO ÀS FUNÇÕES TANTO DE ORIENTAÇÃO COMO DE
INSTIGAÇÃO” – MODELO ADQUIRE UMA FUNÇÃO ORIENTADORA SE O OBSERVADOR É
RECOMPENSADO POR IMITAR A RESPOSTA DO MODELO.

Prof. Janine Brixner 13

 O MOVIMENTO PSICANALÍTICO E A PSICOLOGIA
SOCIAL
O IMPACTO DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO DE FREUD NO PENSAMENTO HUMANO FOI DE TAL
MAGNITUDE QUE EXTRAPOLA O DOMÍNIO DA PSICOLOGIA E CAPTA A ATENÇÃO DE TODOS
AQUELES QUE ACOMPANHAM O DESENVOLVIMENTO DA HUMANIDADE.
CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE PARA A PSICOLOGIA SOCIAL:
1) SOCIALIZAÇÃO DO INDIVÍDUO
2) ESTRUTURA E DINÂMICA DA FAMÍLIA
3) PSICOLOGIA DE GRUPO
4) ORIGEM DA SOCIEDADE
5) NATUREZA DA CULTURA HUMANA
AS CONTRIBUIÇÕES PSICANALÍTICAS FICAM NO NÍVEL DE ESPECULAÇÃO, SEM QUALQUER
DEMONSTRAÇÃO EMPÍRICA DE SUA VERACIDADE
Prof. Janine Brixner 14
 COGNIÇÃO SOCIAL
ESQUEMAS, PENSAMENTO AUTOMÁTICO

Prof. Janine Brixner 15

 COGNIÇÃO SOCIAL

CONCEITO = ESTUDO DE COMO AS PESSOAS FORMAM INFERÊNCIAS COM BASE NAS

INFORMAÇÕES SOCIAIS FORNECIDAS PELO AMBIENTE

AO ENTRARMOS EM CONTATO COM O AMBIENTE SOCIAL QUE NOS RODEIA, PERCEBEMOS
OUTRAS PESSOAS, CONHECEMOS MEMBROS DE DIFERENTES GRUPOS E INTERAGIMOS COM
ESTAS PESSOAS E GRUPOS.

Prof. Janine Brixner 16

 COGNIÇÃO SOCIAL
NOSSO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO CONSTITUI UM INCESSANTE INTERCÂMBIO COM OS
MAIS DIFERENTES ESTILOS SOCIAIS (PESSOAS, CLASSES, GRUPOS, FAMÍLIA, ESCOLAS), E NESSE
INTERCÂMBIO, COLETAMOS E PROCESSAMOS INFORMAÇÕES, E CHEGAMOS A JULGAMENTOS
COGNIÇÃO SOCIAL DIZ RESPEITO A ESSE PROCESSO COGNITIVO POR MEIO DO QUAL
SOMOS INFLUENCIADOS POR:
A) ESQUEMAS SOCIAIS
B) HEURÍSTICAS (ATALHOS UTILIZADOS NO CONHECIMENTO DA REALIDADE SOCIAL)
C) AUTOMATISMO (COMPORTAMENTO EXIBIDO INCONSCIENTEMENTE)
TANTO PARA NOS CONHECER COMO PARA CONHECER OS OUTROS, A PARTIR DELE DAMOS
SENTIDO AO CONTEXTO SOCIAL EM QUE VIVEMOS.

Prof. Janine Brixner 17

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
CONCEITOS =
1) ESTRUTURAS MENTAIS QUE GIRAM EM TORNO DE UM TEMA ESPECÍFICO E QUE NOS
AJUDAM A ORGANIZAR INFORMAÇÃO CONCERNENTE AO AMBIENTE SOCIAL (BRARON,
BRASCOMBE, BYRNE)
2) ESTRUTURAS MENTAIS QUE AS PESSOAS USAM PARA ORGANIZAR SEU CONHECIMENTO DO
MUNDO SOCIAL EM TORNO DE TEMAS OU ASSUNTOS QUE INFLUENCIAM A INFORMAÇÃO
QUE AS PESSOAS PERCEBEM, PENSAM A RESPEITO E RECORDAM (ARONSON, WILSON,
AKERT)
3) ESTRUTURAS MENTAIS QUE NOS POSSIBILITAM REUNIR EM TORNO DE CERTOS TEMAS
ASPECTOS DA REALIDADE SOCIAL QUE, UMA VEZ ESTABELECIDOS, INFLUENCIARÃO A
MANEIRA PELA QUAL REAGIMOS A ESTÍMULOS SOCIAIS.

Prof. Janine Brixner 18

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS

ASSIM, TEMOS ESQUEMAS ACERCA DE PESSOAS (ENGENHEIROS, ARTISTAS, POLÍTICOS,

CONTADORES), DE NÓS MESMOS (TÍMIDOS, DESPORTISTAS, CONTEMPLATIVOS), DO
COMPORTAMENTO DOMINANTE EM CERTOS AMBIENTES (FESTAS, FUTEBOL, IGREJAS), DE
DETERMINANTES GRUPOS (NEGROS, INDÍGENAS, MUÇULMANOS), DE GÊNERO (FEMININO,
MASCULINO, INDIFERENCIADO), ETC.
EM DECORRÊNCIA DE POSSUIRMOS ESQUEMAS RELATIVOS A ESSES ASPECTOS DE REALIDADE,
SOMOS POR ELES INFLUENCIADOS QUANDO NOS DEPARAMOS COM ESSES MESMOS DADOS.

Prof. Janine Brixner 19

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
PARA AQUELE QUE JÁ FOI NUM JOGO DE FUTEBOL IMPORTANTE, OCORRE:
 TRÁFEGO INTENSO
 LONGAS FILAS PARA COMPRAR O INGRESSO OU PARA ENTRAR
 BANDEIRAS DOS CLUBES
 AMBULANTES
 CORRERIA
 GRITARIA
 PROCURA DE LUGAR PARA SENTAR
 INÍCIO DO JOGO
NADA DISSO SURPREENDERÁ, POIS JÁ TEVE ESSA EXPERIÊNCIA, E SEU PENSAMENTO SE FORMA UM
ESQUEMA RELATIVO A ASSISTIR A JOGOS DE FUTEBOL EM ESTÁGIOS.
PARA QUEM NUNCA FOI, TAIS EXPECTATIVAS NÃO EXISTEM E ESSA SEQUENCIA DE FATOS PODERIA
LHE CAUSAR SURPRESA E CERTA ANSIEDADE

Prof. Janine Brixner 20

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
A EXISTÊNCIA DE ESQUEMAS SOCIAIS NOS PERMITE “PREENCHER AS LACUNAS” TODA VEZ QUE
NOS DEPARAMOS COM UMA SITUAÇÃO SOCIAL A QUE ELE SE APLICA.
CONSEQUÊNCIAS DOS ESQUEMAS SOCIAIS = EXERCEM INFLUÊNCIA EM NOSSA ATENÇÃO
FAZENDO COM QUE PRESTEMOS MAIS ATENÇÃO A INFORMAÇÕES COERENTES COM OS MESMOS;
INFLUENCIAM A MANEIRA PELA QUAL GUARDAMOS A INFORMAÇÃO EM NOSSA MEMÓRIA E A
FORMA PELA QUAL RECORDAMOS A INFORMAÇÃO ARMAZENADA.
AS INFORMAÇÕES CONTRÁRIAS AO ESQUEMA QUE POSSUÍMOS NÃO SÃO PERCEBIDAS.
INFORMAÇÕES MUITO CONTRÁRIAS AO ESQUEMA SÃO CAPAZES DE SEREM CONSERVADAS EM
NOSSA MEMÓRIA.
VIA DE REGRA = FILTRAMOS AS INFORMAÇÕES PERCEBENDO, ARMAZENANDO E RECORDANDO
AQUELAS QUE SÃO TÍPICAS DO ESQUEMA QUE POSSUÍMOS E COM ELE COERENTES.

Prof. Janine Brixner 21

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
CONSEQUÊNCIAS DOS ESQUEMAS = SÃO MAIS FLAGRANTES QUANDO ESTÃO FORTEMENTE
ARRAIGADOS EM NOSSA MENTE; E QUANDO NOS CONFRONTAMOS COM UM GRANDE
NÚMERO DE INFORMAÇÕES A SEREM PROCESSADAS.
OS ESQUEMAS SOCIAIS TAMBÉM INFLUEM EM NOSSO COMPORTAMENTO = A CHAMADA
PROFECIA AUTORREALIZADORA É UMA FORMA DE MANUTENÇÃO DOS ESQUEMAS SOCIAIS –
CONSISTE NA INIBIÇÃO DE UM PADRÃO DE COMPORTAMENTO QUE, GUIADO POR
ESQUEMAS, FAZ COM QUE A PESSOA SEJA INFLUENCIADA POR ELE E RESPONDA DE FORMA
COERENTE COM AS EXPECTATIVAS.
NÃO SÃO OS FATOS QUE COMPROVAM NOSSOS ESQUEMAS, MAS É NOSSA MANEIRA DE
PROCEDER QUE INDUZ À COINCIDÊNCIA DOS FATOS COM NOSSAS EXPECTATIVAS.

Prof. Janine Brixner 22

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
ATIVAÇÃO DOS ESQUEMAS SOCIAIS = SÃO COLOCADOS EM PRÁTICA A PARTIR DE
PROCESSOS CONHECIDOS COMO PRIMAZIA, PRIMING E IMPORTÂNCIA DA SITUAÇÃO.
PRIMAZIA SE REFERE À RECENTIVIDADE DA INFORMAÇÃO CAPAZ DE DESENCADEAR O
ESQUEMA. QUANTO MAIS NO INÍCIO DA INTERAÇÃO O ESQUEMA É ATIVADO, MAIS
INFLUENTE ELE É.
EX: “GOSTARIA DE LHE APRESENTAR FRANCISCO, QUE ESTÁ CONCORRENDO À ELEIÇÃO PARA
DEPUTADO FEDERAL PELO PARTIDO SOCIALISTA”; IMEDIATAMENTE ATIVAMOS NOSSOS
ESQUEMAS RELATIVOS A POLÍTICOS E A PESSOAS DE ESQUERDA E ELES PASSAM A FILTRAR
NOSSA PERCEPÇÃO À MEDIDA QUE A INTERAÇÃO COM O CANDIDATO SE DESENVOLVE.

Prof. Janine Brixner 23

 COGNIÇÃO SOCIAL – ESQUEMAS SOCIAIS
PRIMING PENSAMENTOS RECENTES INFLUEM NO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO QUE
LHES SEGUE. ESSE EFEITO OCORRE INCONSCIENTEMENTE.
QUANTO MAIS FREQUENTEMENTE UM ESQUEMA TEM SIDO ATIVADO NO PASSADO, MAIOR A
PROBABILIDADE DE ELE VIR A SER ATIVADO NOVAMENTE. EX: POLICIAIS QUE LIDAM COM
INFRATORES TORNAM-SE PROPÍCIOS A PERCEBER O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS EM
TERMOS DE CRIMINALIDADE.
DEPENDENDO DA IMPORTÂNCIA DA SITUAÇÃO SOCIAL, ESQUEMAS SÃO ATIVADOS DE
IMEDIATO SEM QUE SE RECORRA A ELES COM MUITO ESFORÇO. QUANDO A SITUAÇÃO
ASSUME MAIOR IMPORTÂNCIA PARA AS PESSOAS, MAIS TEMPO É DEDICADO À ATIVAÇÃO DE
OUTROS ESQUEMAS SUSCITADOS POR UMA ANALISE MAIS CUIDADOSA DA SITUAÇÃO.

Prof. Janine Brixner 24

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS
HEURÍSTICAS - É UMA REGRA EM QUE O INCONSCIENTE REFORMULA UM PROBLEMA E O
TRANSFORMA EM UM MAIS SIMPLES, QUE PODE SER RESOLVIDO FACILMENTE, QUASE QUE
AUTOMATICAMENTE, OU SEJA, É UMA ESPÉCIE DE TRUQUE QUE A MENTE USA PARA FACILITAR
AS TOMADAS DE DECISÕES.
MUITOS JULGAMENTOS E TOMADAS DE DECISÃO DO COTIDIANO SÃO FEITOS SOB INCERTEZA
QUANDO DESCONHECEMOS AS PROBABILIDADES ASSOCIADAS AOS POSSÍVEIS RESULTADOS
DE UMA TAREFA DECISÓRIA.
NÃO GOSTAMOS DE GASTAR MUITO ESFORÇO COGNITIVO NA TENTATIVA DE ENTENDER O
MUNDO SOCIAL QUE NOS RODEIA

Prof. Janine Brixner 25

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS
REPRESENTATIVIDADE - HEURÍSTICA QUE CONSISTE EM LEVAR-SE EM CONTA A SEMELHANÇA
ENTRE 2 OBJETOS PARA INFERIR QUE UM TEM AS CARACTERÍSTICAS DAQUELE COM O QUAL SE
PARECE.
“FACILIDADE DE SE CHEGAR A UMA CONCLUSÃO”
EX: PESSOA “METICULOSA + ORDEIRA + ATENTA + DETALHISTA”, É UM FAZENDEIRO? UM
CONTADOR? OU UM MÉDICO?
DESCRIÇÃO MAIS REPRESENTATIVO DE CONTADOR, POR MAIS QUE NÃO SEJA...
TENDEMOS A CONSIDERAR COMO MELHORES PRODUTOS OS MAIS CAROS
USAMOS UM ATALHO PARA CHEGAR A UMA CONCLUSÃO, UTILIZANDO A SEMELHANÇA DA
SITUAÇÃO PRESENTE COM UM ESQUEMA COGNITIVO PREVIAMENTE ADQUIRIDO. JULGAMOS QUE
A NOVA SITUAÇÃO É REPRESENTATIVA DO ESQUEMA ANTERIOR E ASSIM RAPIDAMENTE
CHEGAMOS A UM JULGAMENTO.

Prof. Janine Brixner 26

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS
ACESSIBILIDADE - HEURÍSTICA QUE CONSISTE EM FAZERMOS JULGAMENTOS DE
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE EVENTO COM BASE NA FACILIDADE COM QUE O EVENTO
NOS VEM À MENTE.
EX: SE UMA TURMA DE PSICOLOGIA TEM 90% DE ESTUDANTES MULHERES, UM ALUNO DESTA
CLASSE É MAIS PROPENSO A DIZER QUE A MAIORIA DOS PSICÓLOGOS SÃO MULHERES DO
QUE UM ALUNO DE UMA CLASSE COM UMA PORCENTAGEM MENOR.

Prof. Janine Brixner 27

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS

USO DE PONTO DE REFERÊNCIA - AO EMITIRMOS JULGAMENTOS MUITO FREQUENTEMENTE

UTILIZAMOS UM PONTO DE REFERÊNCIA E, COM BASE NELE, CHEGAMOS A UMA CONCLUSÃO.
UM DOS PONTOS DE REFERÊNCIA MAIS COMUMENTE UTILIZADOS É O NOSSO PRÓPRIO EU.
EX: SE EU SOU TÍMIDO, TENDO A JULGAR UMA PESSOA NORMALMENTE SOCIÁVEL COMO
SENDO EXTREMAMENTE EXTROVERTIDA E SOCIÁVEL.

Prof. Janine Brixner 28

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS
FALSO CONSENSO - TEMOS A TENDÊNCIA DE ACHAR QUE NOSSA POSIÇÃO É PARTILHADA POR
UM GRANDE NUMERO DE PESSOAS. E ISSO NOS LEVA A ACEITAR, SEM CRÍTICA, A VERACIDADE DE
NOSSOS PONTOS DE VISTA.
RECONHECE-SE À HEURÍSTICA DO “FALSO CONSENSO” PARA CERTIFICAR-SE DA SUA POSIÇÃO.
“TODO MUNDO ACHA ISSO”
É UMA MANEIRA ECONÔMICA (MAS FALHA) DE CRER QUE ESTAMOS CERTOS EM NOSSAS
POSIÇÕES.
FALSA UNICIDADE – TENDÊNCIA DE PENSAR QUE SOMOS OS ÚNICOS A TER DETERMINADA
POSIÇÃO.
IGNORÂNCIA PLURALÍSTICA – CONSISTE EM SUPOR NOSSAS ATITUDES, OPINIÕES E INTENÇÕES,
SÃO DIFERENTES DAQUELAS DA MAIORIA DAS PESSOAS, APESAR DE NÃO HAVER DIFERENÇA NO
COMPORTAMENTO EXIBIDO.

Prof. Janine Brixner 29

 COGNIÇÃO SOCIAL – HEURÍSTICAS

RECORREMOS AOS ATALHOS ILUSTRADOS PELAS DIFERENTES HEURÍSTICAS

QUANDO:
1) NOS SENTIMOS SOBRECARREGADOS COGNITIVAMENTE
2) O ASSUNTO NÃO É MUITO IMPORTANTE
3) ESTAMOS SOB PRESSÃO DE TEMPO PARA EMITIR JULGAMENTOS
4) DISPOMOS DE POUCA INFORMAÇÃO SOBRE O ASSUNTO

Prof. Janine Brixner 30

 COGNIÇÃO SOCIAL – PENSAMENTO AUTOMÁTICO

AUTOMATISMO = SE REFERE AO CONTROLE DE PROCESSOS PSICOLÓGICOS INTERNOS DE

UMA PESSOA POR ESTÍMULOS E ACONTECIMENTOS EXTERNOS PRESENTES NO AMBIENTE EM
QUE A PESSOA SE ENCONTRA.
PESQUISAS TÊM REVELADO QUE GRANDE PARTE DO NOSSO COMPORTAMENTO SOCIAL É
GUIADO POR UM PENSAMENTO AUTOMÁTICO, NÃO CONSCIENTE, NO QUAL REPRESENTAÇÕES
MENTAIS SÃO DESENCADEADAS POR FATORES AMBIENTAIS.
EX: PESSOA QUE COMEÇA A APRENDER A DIRIGIR (ATENÇÃO AOS DETALHES E NÃO SE ATENTA
A OUTRA ATIVIDADE), DEPOIS QUE ADQUIRE O TREINAMENTO NECESSÁRIO, CONCENTRAÇÃO E
RACIOCÍNIO SÃO DESEMPENHADOS NATURALMENTE E SEM ESFORÇO (MUDA ESTAÇÃO DE
RÁDIO, FALA AO TELEFONE)

Prof. Janine Brixner 31

 COGNIÇÃO SOCIAL – PENSAMENTO AUTOMÁTICO

PENSAMENTO SOCIAL = PODE SER SISTEMÁTICO, LÓGICO E REQUERER ESFORÇO E

CONCENTRAÇÃO, MAS PODE SER RÁPIDO, IMEDIATO E INDEPENDENTE DE ESFORÇO.
DE ACORDO COM A NEUROLOGIA, NOSSO CÉREBRO POSSUI 2 SISTEMAS NEURAIS DISTINTOS
CAPAZES DE PROCESSAR A INFORMAÇÃO PROVENIENTE DA INTERAÇÃO SOCIAL E QUE SÃO
LOCALIZADOS EM 2 REGIÕES DIFERENTES DO CÉREBRO.
A PESSOA É INDUZIDA A ATIVAR UM ESQUEMA SEM SE APERCEBER, EM SEGUIDA, O
COMPORTAMENTO DA PESSOA É OBSERVADO EM REAÇÃO A DIFERENTES ESTÍMULOS. OS
ESTUDOS REVELAM QUE, UMA VEZ ATIVADO UM ESQUEMA, A PESSOA PASSA A PENSAR DE
ACORDO COM A ESTRUTURA MENTAL CORRESPONDENTE AO ESQUEMA ATIVADO E SEU
COMPORTAMENTO PASSA A SER AUTOMATICAMENTE GUIADO POR ELE SEM QUE A PESSOA
DISSO SE APERCEBA.

Prof. Janine Brixner 32

 COGNIÇÃO SOCIAL – PENSAMENTO AUTOMÁTICO

O AMBIENTE EXTERNO É CAPAZ DE INFLUENCIAR O COMPORTAMENTO DE FORMA NÃO

PERCEBIDA CONSCIENTEMENTE PELA PESSOA, E ASSIM O COMPORTAMENTO SER EMITIDO DE
FORMA AUTOMÁTICA, SEM PARTICIPAÇÃO CONSCIENTE.
BARGH E CHARTRAND (1999) AFIRMAM QUE NA VIDA REAL OS ESTEREÓTIPOS NÃO SÃO
ATIVADOS A PARTIR DE PALAVRAS, MAS SIM PELA COR DA PELE, CARACTERÍSTICAS DE GÊNERO
E OUTROS ASPECTOS TÍPICOS DOS MEMBROS DE UM GRUPO FACILMENTE DETECTADOS.
ASSIM, O ESTEREÓTIPO PODE CRIAR UMA PROFECIA AUTORREALIZADORA, POIS DE FORMA
TOTALMENTE INCONSCIENTE ELES LEVAM A PESSOA A COMPORTAR-SE DE FORMA TAL QUE
INDUZA A OUTRA PESSOA COM QUEM INTERAGE A RESPONDER DE MANEIRA COERENTE
COM O ESTEREÓTIPO (INTERAÇÃO SOCIAL).

Prof. Janine Brixner 33

 O EU SOCIAL
CONHECENDO-NOS A NÓS MESMOS

Prof. Janine Brixner 34

 O EU SOCIAL

O CONTATO SOCIAL É TÃO RELEVANTE À FORMAÇÃO DE NOSSO AUTOCONCEITO QUE

NOSSO EU É VISTO COMO UM FENÔMENO SOCIAL.
2 FATORES LEVARAM OS PSICÓLOGOS SOCIAIS A SE INTERESSAR PELO “EU”:
1) NOSSO CONCEITO É FORMADO EM DECORRÊNCIAS DE FATORES INTERPESSOAIS E SOCIAIS
(GRANDE PARTE)
2) NOSSO AUTOCONCEITO É RELEVANTE EM UMA VARIEDADE DE SITUAÇÕES SOCIAIS.
“NÃO VEMOS AS COISAS COMO ELAS SÃO, MAS COMO NÓS SOMOS” = É IMPORTANTE
SABER COMO SOMOS A FIM DE MELHOR ENTENDER A INFLUÊNCIA QUE ISSO TEM NO
PROCESSO DE INTERAÇÃO SOCIAL.

Prof. Janine Brixner 35

 O EU SOCIAL

É A PARTIR DA PERCEPÇÃO DE NÓS MESMOS E DA PERCEPÇÃO DE COMO NOS

RELACIONAMOS E NOS COMPARAMOS COM OS OUTROS QUE NOSSO AUTOCONCEITO SE
FORMA.

QUEM SOU EU?

O CONTEXTO SOCIAL E A CULTURA INFLUENCIAM A MANEIRA PELA QUAL RESPONDEMOS A

ESTA PERGUNTA
Prof. Janine Brixner 36
 O EU SOCIAL

AUTOCONHECIMENTO = REFERE-SE À IDEIA QUE TEMOS DE NOSSO COMPLEXO E

MULTIFACETADO EU.

PARA FORMAR NOSSO AUTOCONHECIMENTO UTILIZAMOS VÁRIAS FONTES DE INFORMAÇÃO.

A PARTIR DO PROCESSO DE CONHECIMENTO DE NOSSO AUTOCONHECIMENTO FORMA-SE

UMA ESTRUTURA COGNITIVA = O AUTOESQUEMA (GENERALIZAÇÕES COGNITIVAS ACERCA
DO AUTOCONCEITO – QUE DECORREM DE NOSSA EXPERIÊNCIA PASSADA E PASSAM A TER
PAPEL ATIVO NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES SOBRE NÓS MESMOS)

Prof. Janine Brixner 37

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?
1- INTROSPECÇÃO = REFERE-SE AO PROCESSO DE “OLHAR-SE PARA DENTRO” E TENTAR
CONHECER NOSSOS PENSAMENTOS, EMOÇÕES E MOTIVAÇÕES.

CRÍTICAS = DERIVA DO MECANISMO DE REPRESSÃO DE QUE NOS FALA A PSICANÁLISE –

COMO PODEMOS VIR A NOS CONHECER REALMENTE, SE TENDEMOS A MANTER FORA DE
NOSSA CONSCIÊNCIA, POR MEIO DO MECANISMO DE REPRESSÃO, TUDO O QUE NOS
PROVOCA ANSIEDADE E NOS AMEAÇA?

Prof. Janine Brixner 38

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?
2- PERCEPÇÃO DE NOSSO COMPORTAMENTO = A MANEIRA PELA QUAL NOS COMPORTAMOS
CONSTITUI UMA IMPORTANTE FONTE DE INFORMAÇÃO ACERCA DE COMO SOMOS.

HÁ UMA MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA = QUE VEM DE DENTRO E INDEPENDE DE ESTÍMULOS

EXTERNOS
HÁ UMA MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA = QUE DERIVA DA PRESENÇA DE RECOMPENSAS EXTERNAS

O SENSO COMUM TENDE A SUGERIR QUE SE DEEM RECOMPENSAS ÀS CRIANÇAS DURANTE O

APRENDIZADO

Prof. Janine Brixner 39

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?
3- PROCESSOS DE COMPARAÇÃO SOCIAL = PODEMOS NOS CONHECER MELHOR A PARTIR DE
COMPARAÇÃO COM OUTROS SEMELHANTES

A ESCOLHA DE COM QUEM NOS COMPARAR = A TENDÊNCIA É ESCOLHERMOS PESSOAS

SEMELHANTES A NÓS
COMPARAÇÃO COM PESSOAS DIFERENTES PODE AJUDAR-NOS A VALIDAR A CORREÇÃO DE
NOSSAS OPINIÕES.
PARA PODERMOS SABER QUEM SOMOS NÓS “POR DENTRO”, É PRECISO QUE DIRIJAMOS
NOSSO OLHAR PARA “FORA DE NÓS”

Prof. Janine Brixner 40

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?

4- INFLUÊNCIA DO CONTEXTO SOCIAL = TENDÊNCIA DOS MEMBROS DE CULTURAS

INDIVIDUALISTAS A SEREM DIFERENTES; ENQUANTO OS DE CULTURAS COLETIVISTAS
PREFEREM IDENTIFICAR-SE COMO SEMELHANTES AOS MEMBROS DE SEU GRUPO.

Prof. Janine Brixner 41

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?

5- CONHECENDO NOSSAS EMOÇÕES = INTERPRETAMOS O TIPO DE EMOÇÃO QUE

EXPERIMENTAMOS A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DE CERTAS TRANSFORMAÇÕES FISIOLÓGICAS
E DA SITUAÇÃO EM QUE ELAS OCORREM.

Prof. Janine Brixner 42

 COMO CONHECEMOS O NOSSO EU?

6- INFLUÊNCIA DA CULTURA NA FORMAÇÃO DO AUTOCONCEITO = INTERPRETAMOS O TIPO

DE EMOÇÃO QUE EXPERIMENTAMOS A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DE CERTAS TRANSFORMAÇÕES
FISIOLÓGICAS E DA SITUAÇÃO EM QUE ELAS OCORREM.

Prof. Janine Brixner 43

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA
UMA VEZ FORMADO NOSSO AUTOCONCEITO (PROCESSO COGNITIVO) DESENVOLVEMOS
UM AFETO, GERALMENTE POSITIVO, EM RELAÇÃO A ELE (PROCESSO AFETIVO).
AUTOESTIMA = É O RESULTADO DA AUTOAVALIAÇÃO DE NOSSO AUTOCONCEITO
NO PROCESSO DE AUTO-OBSERVAÇÃO POSSUÍMOS UM EU REAL E UM EU IDEAL.
EU REAL = CONHECIMENTO QUE TEMOS DE COMO SOMOS
EU IDEAL = REFERE-SE AO QUE GOSTARÍAMOS DE SER
QUANTO MAIOR A DISCREPÂNCIA ENTRE O EU REAL E O EU IDEAL, MENOR A NOSSA
AUTOESTIMA.

Prof. Janine Brixner 44

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA
AUTOSSERVIDORA = TENDÊNCIA QUE TEMOS A MANTER UMA IMAGEM POSITIVA
(PSICOLOGIA COGNITIVA)
O EGO REJEITA UMA IDEIA INSUPORTÁVEL E AFETO A ELA ASSOCIADO A SE COMPORTA
COMO SE ESSA IDEIA JAMAIS TIVESSE OCORRIDO
MANTEMOS ILUSÕES POSITIVAS A FIM DE NOS SENTIR BEM E CONTINUARMOS TENDO UMA
AUTOIMAGEM POSITIVA.
AO ANALISARMOS A REALIDADE, AO INVÉS DE ENCONTRARMOS UM CIENTISTA EM GENUÍNA
PROCURA DA VERDADE, NÓS NOS DEPARAMOS COM A CONSTRANGEDORA FIGURA DE UM
CHARLATÃO PROCURANDO FAZER COM QUE OS DADOS APAREÇAM DA FORMA MAIS
VANTAJOSA POSSÍVEL PARA A CONFIRMAÇÃO DE SUAS TEORIAS.

Prof. Janine Brixner 45

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

TEMOS UMA TENDÊNCIA DE PROTEGER NOSSO AUTOCONCEITO E NOSSA

AUTOESTIMA.

ISSO É TÃO ENRAIZADO EM NÓS QUE FREQUENTEMENTE NOS RECUSAMOS A

RECONHECER NOSSOS ERROS.

Prof. Janine Brixner 46

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

MANEJO DE IMPRESSÃO = TEMOS TENDÊNCIA A CAUSAR BOA IMPRESSÃO NOS OUTROS

A MANEIRA PELA QUAL SOMOS TRATADOS POR OUTROS DEPENDE DE COMO NÓS LHES
PARECEMOS, DA IMPRESSÃO QUE LHES DAMOS DE NÓS MESMOS.
PODEMOS INFLUENCIAR A MANEIRA PELA QUAL AS PESSOAS NOS VEEM A PARTIR DE NOSSO
COMPORTAMENTO.
ASSIM, É DE NOSSO INTERESSE APRESENTARMO-NOS AOS OUTROS DE MODO FAVORÁVEL
COM O OBJETIVO DE EVITAR CONSTRANGIMENTO E PRESERVAR NOSSA AUTOESTIMA

Prof. Janine Brixner 47

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

JÁ QUE ESTAMOS CONSTANTEMENTE BUSCANDO PROJETAR UMA IMAGEM FAVORÁVEL DE

NOSSO EU E, PARA ISSO, UTILIZAMOS TÁTICAS COMO AS DE BAJULAÇÃO (ELOGIOS
DIRIGIDOS AOS OUTROS NA ESPERANÇA DE QUE ISSO CRIE NELES UMA IMAGEM POSITIVA
DE NÓS MESMOS) E A TÁTICA DA AUTODEPRECIAÇÃO (CRIAÇÃO DE DESCULPAS E
INDICAÇÃO DE OBSTÁCULOS DE FORMA A JUSTIFICAR UM EVENTUAL DESEMPENHO
INSATISFATÓRIO).
REPRESENTAMOS NA VIDA REAL COMO SE ESTIVÉSSEMOS EM UM PALCO, COM ROTEIROS,
FIGURINOS, CENÁRIOS, FALAS APROPRIADAS, ETC, TUDO PARA AJUDAR A “VENDER UMA
IMAGEM” POSITIVA DE NÓS MESMOS.

Prof. Janine Brixner 48

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

OTIMISMO IRREALISTA = TENDÊNCIA A ACREDITAR QUE DIVERSIDADES DE TODA SORTE

OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE COM OS OUTROS DO QUE CONOSCO.
SOMOS INCLINADOS A PENSAR QUE SOMOS MENOS VULNERÁVEIS A OCORRÊNCIAS
NEGATIVAS EM NOSSAS VIDAS DO QUE OUTRAS PESSOAS.
POSTURA DEFENSIVA QUE PODE NOS INDUZIR A UMA EXCESSIVA CONFIANÇA EM NOSSA
INVULNERABILIDADE A EVENTOS NEGATIVOS, E COMO RESULTADO, NEGLIGENCIAR MEDIDAS
CAPAZES DE PREVENI-LOS.

Prof. Janine Brixner 49

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

PESSIMISMO DEFENSIVO = MANEJA SUA ANSIEDADE FRENTE A TAREFAS FUTURAS

CONTEMPLANDO TUDO QUE PODE DAR ERRADO EM SUA TENTATIVA DE OBTER SEUS
OBJETIVOS.
DÁ A SENSAÇÃO DE MAIOR CONTROLE DA SITUAÇÃO.

Prof. Janine Brixner 50

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

ILUSÕES POSITIVAS = SE REFEREM:

a) UMA VISÃO POSITIVA DO NOSSO EU
b) À CRENÇA EM NOSSA CAPACIDADE DE EXERCER CONTROLE
c) AO OTIMISMO IRREALISTA

ESSAS ILUSÕES ULTRAPASSAM O LIMITE DO RAZOÁVEL E TORNAM-SE PURAS FANTASIAS E

NÃO MODERADAS ILUSÕES, SEUS EFEITOS SERÃO CERTAMENTE NEGATIVOS.

Prof. Janine Brixner 51

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

FAZ PARTE DE NOSSA AUTOESTIMA A CRENÇA DE QUE POSSUÍMOS UM ELEVADO SENSO MORAL.
VIOLAÇÕES DESSAS NORMAS OCORREM E AS PESSOAS SE DEFENDEM CONTRA O
RECONHECIMENTO DE QUE AS VIOLARAM DESENGAJANDO-SE MORALMENTE DO
COMPORTAMENTO EXIBIDO.
DESENGAJAMENTO MORAL= É O QUE SER VERIFICA QUANDO, A PARTIR DE RECONSTRUÇÃO DE
REALIDADE, NEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PESSOAL. MINIMIZAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DE
NOSSOS ATOS, ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE À VÍTIMA, ETC (OUTROS MECANISMOS DE
DEFESA), PROTEGEMOS NOSSA AUTOESTIMA, POIS ROMPEMOS A CONEXÃO EXISTENTE ENTRE
NOSSOS VALORES MORAIS E O COMPORTAMENTO REPROVÁVEL EXIBIDO.

Prof. Janine Brixner 52

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

COLOCANDO-NOS EM DESVANTAGEM (SELF-HANDICAPPING) = TENDÊNCIA DE UMA

PESSOA COLOCAR-SE EM DESVANTAGEM COMO JUSTIFICAÇÃO PARA SEUS POSSÍVEIS
FRACASSOS.
A RAZÃO DA OCORRÊNCIA DESSE FENÔMENO É O DESEJO DE PROTEGER NOSSA
AUTOESTIMA; CRIANDO SITUAÇÕES EM QUE UM BOM DESEMPENHO SE TORNE QUASE
IMPOSSÍVEL FRACASSO AMEAÇADOR DE SUA AUTOESTIMA.
OCORRE COM MAIS FREQUÊNCIA QUANDO PESSOAS ESTÃO INSEGURAS ACERCA DE COMO
SE DESEMPENHARÃO NUMA TAREFA IMPORTANTE.

Prof. Janine Brixner 53

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

ATRIBUIÇÃO DE CAUSALIDADE = É ATRIBUIR NOSSOS FRACASSOS A CAUSAS EXTERNAS E

NOSSOS SUCESSOS A CAUSAS INTERNAS
EX: RESPONSABILIZAR O JUIZ PELA PERDA DO JOGO DE FUTEBOL
EX: ACUSAR O PROFESSOR DE EXPLICAR MAL E POR ISSO TIRAR NOTA BAIXA
EX: CULPAR O OUTRO MOTORISTA ENVOLVIDO NO ACIDENTE PELO OCORRIDO
TENDENCIOSIDADE AUTOSSERVIDORA = É ESSA TENDÊNCIA A ATRIBUIR A UMA CAUSA
INTERNA NOSSOS SUCESSOS E NOSSOS FRACASSOS A CAUSAS EXTERNAS

Prof. Janine Brixner 54

 AUTOESTIMA E A TENDÊNCIA A PROTEGÊ-LA

TENDÊNCIA A OBTER SUCESSO OU A EVITAR FRACASSO = EXISTEM 2 TENDÊNCIAS

QUANDO TENTAMOS EMPREENDER ALGO.
DIANTE DA REALIZAÇÃO DE UMA TAREFA QUE TEMOS PELA FRENTE, SOMOS MOTIVADOS
POR 2 TIPOS DE FORÇAS: UMA TENDÊNCIA DE APROXIMAÇÃO E UMA DE EVITAÇÃO.
AO MESMO TEMPO QUE DESEJAMOS OBTER ÊXITO TEMOS TAMBÉM MEDO DE FRACASSAR.

Prof. Janine Brixner 55

 BEM-ESTAR PSICOLÓGICO

É OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA POSITIVA (SELIGMAN E CSIKSZENTMIHALYI, 2000).

O CAMPO DA PSICOLOGIA POSITIVA, NO ASPECTO SUBJETIVO, DIZ RESPEITO AO VALOR
DE EXPERIÊNCIAS ÍNTIMAS: BEM-ESTAR, CONTENTAMENTO E SATISFAÇÃO (NO PASSADO);
ESPERANÇA E OTIMISMO (NO FUTURO); E TRANQUILIDADE E FELICIDADE (NO PRESENTE).
É DESEJÁVEL QUE TENHAMOS UM AUTOCONCEITO POSITIVO E SENTIMENTO DE ALTA
AUTOESTIMA ELEVADO, POIS ISSO NOS TRAZ BEM-ESTAR PSICOLÓGICO

Prof. Janine Brixner 56

 REFERÊNCIAS
RODRIGUES, AROLDO. PSICOLOGIA SOCIAL PARA PRINCIPIANTES: ESTUDO DA INTERAÇÃO
HUMANA. 14. ED. PETRÓPOLIS/RJ: VOZES, 2012.

RODRIGUES, AROLDO; ASSMAR, EVELINE M. L.; JABLONSKI, BERNARDO. PSICOLOGIA

SOCIAL. 32. ED. PETRÓPOLIS/RJ: VOZES, 2015.

STREY, MARLENE NEVES ET AL. PSICOLOGIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA: LIVRO-TEXTO. 21.

ED. PETRÓPOLIS/RJ: VOZES, 2013.

Prof Janine Brixner 57