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A relação entre psicologia e psicologia social deve ser compreendida por meio da
sua perspectiva histórica. Como nos anos 50 em que se iniciaram as
sistematizações em termos da psicologia social e dentro de duas tendências
predominantes:
1- tradição pragmática dos Estados Unidos, visando alterar e /ou criar atitudes,
para assim interferir nas relações grupais com o objetivo de harmonizá-las e assim
garantir a produtividade do grupo.
Porém nos anos 60, até o final dos anos 70, a psicologia social passou a ser
questionada, quando as análises críticas apontavam para uma “crise do
conhecimento” psicossocial, em que a abordagem não conseguia intervir nem
explicar, muito menos prever comportamentos sociais. As contestações, em
pesquisas e experimentos ainda assim não permitiram formular leis, os estudos
interculturais apontavam para uma complexidade de variáveis que desafiavam os
pesquisadores e estatísticos. Com as variáveis das pesquisas e experimentos, fez
com que ocorresse o retorno das análises fatoriais e novas técnicas de análise de
multivariância, ou seja, afirmavam a existência da relação do meio social com o ser
humano, porém não se perguntavam como ou porque.
Porém, não era tão simples constatar a teoria psicológica como fatídica, visto que o
homem fala, pensa, aprende e ensina e transforma a natureza. Afinal o homem é
cultura, é história. Este homem biológico não sobrevive por si só e nem é uma
espécie que se reproduz por conta de variações climáticas, por apenas alimentação
e etc. O seu organismo é uma infra-estrutura que permite o desenvolvimento de
uma superestrutura que é social e, portanto, histórica.
O positivismo por seu objetivismo não focava na possibilidade do ser humano ser
agente de mudança da história.
O homem ou era socialmente determinado ou era causa de si mesmo: sociologismo
vs biologismo? Fatores ambientais vs genéticos?
Dentro das críticas feitas a psicologia social, todas geraram teoria abstratas que não
contribuíram para uma prática psicossocial que visa atingir um indivíduo concreto e
a sua totalidade histórico-social. Com isso a partir de críticas à psicologia social
“tradicional" e ao retorno do estudo do empirico, pôde-se perceber e compreender
dois fatos para o conhecimento do Indivíduo:
1) o homem não sobrevive a não ser que esteja em relação com outros homens,
portanto a divisão Indivíduo X Grupo é falsa, já que desde o seu nascimento ou até
mesmo antes, o homem está inserido num grupo social
Assim, uma atividade implica ações ordenadas, junto a outros indivíduos, para a
satisfação de uma necessidade comum. Para haver esta ordenação é necessária a
comunicação (linguagem) assim como um plano de ação (pensamento), que por sua
só acontece mediante a atividade realizadas anteriormente. E refletir sobre uma
atividade já realizada implica repensar suas ações, ter consciência de si mesmo e
dos outros envolvidos, refletir sobre os sentidos pessoais atribuídos às palavras e as
consequências geradas pela atividade desenvolvida pelo grupo
social, e nesta reflexão se entende a consciência do indivíduo.
Toda a psicologia é social