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Estudando: Introdução a Dinâmicas de Grupo

Histórico da Dinâmica de Grupo


Podemos iniciar nossa viagem no tempo, no século XIX, quando a Psicologia tornara-se objetiva e experimental com a
criação dos seus primeiros laboratórios, entre 1880 e 1890, voltando-se para a compreensão da personalidade individual,
enquanto que a Sociologia, criada oficialmente no século XIX, por Augusto Comte, orientara-se para o estudo das
instituições políticas, dos fenômenos coletivos dos grandes grupos humanos e das mentalidades sócio-culturais.

Nessa época, percebe-se que a evolução dessas duas ciências caminhava para um meio tempo, voltando-se para o
estudo dos pequenos grupos, onde a Psicologia interessava-se pelos problemas do comportamento em grupos, enquanto
a Sociologia identificava as subculturas, nas culturas, acabando por definir, assim, as competências de atuação entre as
duas ciências irmãs a partir do enfoque de seus interesses, para explorar esse novo campo.

É, então, em Comte (1793-1857), que vemos surgir a denominação Psicologia Social, destinada a estudar problemas do
comportamento dos pequenos grupos, enquanto a Sociologia se ocupava dos estudos dos grandes grupos humanos e de
suas culturas. Ele dizia que o homem é, ao mesmo tempo, conseqüência e causa da sociedade.

Dürkheim, dedicado principalmente a pesquisa científica, procurou definir a autonomia da Sociologia, mostrando que ela
deveria testar hipóteses, reformular teorias, analisar os problemas de comunicação, verificar interações, devendo ocupar-
se dos macrogrupos.

Em contrapartida, Kurt Lewin afirmava que somente através do estudo dos pequenos grupos poderíamos compreender o
macrogrupo. Foi Lewin quem abriu novos caminhos para a Psicologia Social, transformando-a em uma ciência
experimental autônoma, diferenciando-a, desta forma, da Sociologia e da Psicologia.

Nessa época, a Psicologia Social estava inserida na Sociologia e na Biologia, uma vez que o social deveria absorver o
psíquico, segundo as tendências, então, dominantes. Com a criação dos seus primeiros laboratórios, no final desse
século, a Psicologia torna-se experimental, voltando seus interesses para a compreensão da personalidade individual.

Vejamos, então, quem foi Kurt Lewin.

Lewin era psicólogo prussiano que, por ser judeu, imigrou para os Estados Unidos, desde 1933, saindo da Alemanha
devido ao fato desta estar sob o regime nazista, em ascensão. O próprio fato de pertencer a um grupo minoritário dentro
da sociedade alemã, sendo perseguido ideologicamente dentro da mesma, segundo o anti-semitismo nazista, utilizou
essa experiência como fonte de movimentação, constituindo-se num tema de estudos importantes em sua obra.

Através de seus estudos foi possível compreender melhor como o indivíduo vive ligado, inevitavelmente, a grupos. Grupos
estes que podem ser classificados quanto ao número de pessoas como menores (a família, os grupos de vizinhos, dos
colegas da escola, de religiosos) ou maiores (as classes sociais, as sociedades) dos quais faz parte. O indivíduo estará,
na maioria das vezes, com seu destino interligado com os outros indivíduos pertencentes aos grupos que convive. Ele irá
atuar de acordo com a sua própria personalidade, desenvolvendo papéis, tendo seu “status” próprio, suas motivações,
seus interesses, seus preconceitos e opiniões, em constante interação com os outras indivíduos.

De modo geral, as pessoas são dotadas de sua historicidade, escritas por suas vivências pessoais e profissionais, bem
como por suas características de personalidade e, ao se encontrarem numa situação de interação grupal, terão não
apenas ações e reações individuais como, também, serão influenciadas pelo grupo.

Lewin é reconhecido principalmente pelo desenvolvimento da teoria de campo, cuja proposição básica é que o
comportamento humano é função do indivíduo e do seu ambiente. Isto significa que o comportamento de uma pessoa
está relacionado tanto às características pessoais quanto à situação social na qual está inserida.

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Sua teoria de campo consistiu na observação e manipulação de variáveis em situações complexas, envolvendo grupos de
pessoas. Utilizavam a pesquisa social empírica, a ação social e a avaliação controlada das situações grupais. Lewin partiu
da premissa que, cientificamente, não havia, naquela ocasião, técnicas de exploração e instrumental conceitual que
possibilitassem fazer experiências que envolvesse a sociedade de forma global, como também, os grandes conjuntos
sociais. Segundo ele, seria mais válido fazê-lo por etapas, provavelmente longas, desmontando psicologicamente os
mecanismos de integração e de crescimento dos diferentes tipos de micro grupos, explorando toda a problemática
presente no psicológico social, elencadas aos poucos através da observação dos fatos, buscando-se evidenciar certos
comportamentos constantes na formação e evolução dos grupamentos dos seres humanos.

Ele foi o principal responsável pelo avanço dos estudos da Dinâmica de Grupo. Sua atuação, a partir da década de 30, foi
determinante para a Psicologia Social e, conseqüentemente, para o estudo da mesma. Atualmente, ainda podemos notar
suas influências nas pesquisas e publicações sobre o assunto. A partir de 1944, ele iniciou suas pesquisas, buscando
caracterizar os domínios da Dinâmica de Grupo, consagrando esta expressão até os dias de hoje.

A Dinâmica de Grupo surge da GESTALT da Psicologia Topológica de Kurt Lewin, insistindo na interdependência das
forças existentes dentro do grupo, estabelecendo uma teoria dinâmica da personalidade. Parte dos princípios da teoria de
campo para criar uma nova ciência de interação humana – a Dinâmica de Grupo – tomando-se por base o conceito de
dinâmica dado pela física, em oposição a estática.

E qual é o conceito de Dinâmica de Grupo? Será ela uma metodologia de ensino?

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