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TRABALHO DA DISCIPLINA DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

9º PERÍODO - DIREITO
FAC/FAPAR

QUESTÃO 1 –

Em se tratando do procedimento especial de jurisdição voluntária de Interdição, é


incorreto afirmar:

A
A interdição pode ser promovida: I - pelo cônjuge ou companheiro; II - pelos parentes
ou tutores; III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o
interditando; IV - pelo Ministério Público.
B
O interditando poderá constituir advogado, e, caso não o faça, deverá ser nomeado
curador especial. Caso o interditando não possua condições financeiras para constituir
advogado, o juiz nomeará defensor dativo, sendo vedada a admissão, como assistentes
no processo, do seu cônjuge, companheiro ou de qualquer parente sucessível.
C
O Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença mental grave: I - se o
cônjuge ou companheiro, parentes, tutores ou representante da entidade em que se
encontra abrigado o interditando não existirem ou não promoverem a interdição; II - se,
existindo, forem incapazes o cônjuge ou companheiro, parentes e tutores.
D
O Ministério Público, quando não for autor da ação, intervirá sempre como fiscal da
ordem jurídica;

Resposta: A alternativa INCORRETA é a letra “B” pois: a) apesar da primeira parte


da alternativa está correta: “O interditando poderá constituir advogado, e, caso não o
faça, deverá ser nomeado curador especial” que é a reprodução do §2º do artigo 752 do
Código de Processo Civil; b) a segunda parte - “Caso o interditando não possua
condições financeiras para constituir advogado, o juiz nomeará defensor dativo, sendo
vedada a admissão, como assistentes no processo, do seu cônjuge, companheiro ou de
qualquer parente sucessível” está incorreta já que o §3º do artigo 752 do CPC afirma:
“Caso o interditando não constitua advogado, o seu cônjuge, companheiro ou qualquer
parente sucessível poderá intervir como assistente”, ou seja, não há a vedação do
cônjuge, companheiro ou de qualquer parente sucessível para atuação como assistente
no processo de interdição e também não há a menção de nomeação de defensor dativo
pelo juízo pelo CPC conforme afirmado na alternativa B incorreta.
Justificativa das demais alternativas:

- A letra “A” está correta pois é a reprodução do que determina o artigo 747, Incisos I a
IV, do Código de Processo Civil.
- A letra “C” está correta pois é a reprodução do que determina o artigo 748, Incisos I e
II do CPC.
-A letra “D” está correta pois é a reprodução do que determina o §1º do Artigo 752 do
CPC.

QUESTÃO 2 –

Manuel  propôs  uma ação  de  separação judicial em  face  de Fernanda. Após a  citação e já 


ultimada a fase instrutória, as partes peticionaram, em conjunto, apresentando requerimento 
de homologação de proposta de acordo de divórcio, partilha e alimentos entre si.  Nesse 
cenário: 
A
Poderá o juiz homologar o acordo, uma vez que não está obrigado a observar o critério de 
legalidade estrita; 
B
Poderá  o  juiz  homologar  o  acordo  apenas  quanto  à  partilha  e  alimentos,  pois 
inéditos, e  indeferir o divórcio; 
C
Poderá o juiz homologar o acordo apenas no tocante ao divórcio, pois tem a mesma causa
de  pedir já estabilizada; 
D
Não poderá o juiz homologar o acordo, uma vez que os pedidos têm ritos diferenciados;
E
Não  poderá  o  juiz  homologar  o  acordo,  uma  vez  que  a  demanda  é  de  separação  e 
já  se  estabilizou. 

Resposta: A alternativa CORRETA é a letra “A” pois o juízo tem amparo no parágrafo
único do artigo 723 do Código de Processo Civil: “O juiz não é obrigado a observar
critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que
considerar mais conveniente ou oportuna”.

Justificativa das demais alternativas:

-A alternativa B está incorreta pois o divórcio integra a chamada jurisdição voluntária que é
processada em juízo, mas não possui litígio entre os interessados – assim, a intervenção do
juiz tem o objetivo apenas de fiscalizar a regularidade jurídica do acordo de vontades entre os
consortes, estabelecidos nos artigos 731 a 734 do CPC.
- As alternativas C, D, e E estão incorretas pois estão em desacordo ao artigo 731, Incisos I a IV,
do CPC já que se trata de pedido de divórcio, partilha e alimentos de modo consensual e não
menciona existência de nascituros e filhos incapazes, assim não há que ser falar em rito
diferenciado nem mesmo suscitar questões de estabilidade das demandas - bem como o
artigo 733 do CPC, quando consensualmente, permite a formalização até mesmo por escritura
pública: “ O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união
estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão
ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731”.

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