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Tipos de paráfrases:

Reprodução/tradução Texto 1, original: “Se posso prever tudo o que uma pessoa me vai dizer, a

livre/substituição mensagem é totalmente redundante e eu posso abster-me de a ouvir ou

ela de o dizer; ao contrário, se nada posso prever do que ela me vai dizer

– caso alguém que se dirigisse a mim numa língua que desconheço


• Quando se repete, com
completamente – a comunicação também é impossível. Em ambos os
palavras simples, mas
casos não há possibilidade de intercâmbio de informação” (Pignatari,
próprias, o pensamento do
1988)
texto original.
Texto 2, paráfrase: Quando se pode prever tudo aquilo que uma pessoa

vai falar, o conteúdo de sua exposição é inteiramente redundante e eu

posso deixar de prestar-lhe atenção ou ela de o dizer; diferentemente, se

não posso conjeturar nada do que ela vai falar-me – caso alguma pessoa

se dirigisse a mim num idioma que não conheço totalmente – a

comunicação também não é possível. Nos dois casos, é impossível o

intercâmbio de informação.

Comentário explicativo Texto 1, original: “O apogeu já é decadência, porque sendo estagnação

não pode conter em si um progresso, uma evolução ascensional. Bilac

representa uma fase destrutiva da poesia, porque toda perfeição em arte

significa destruição.” (Mário de Andrade)


• Amplia ideias para que o Texto 2, paráfrase: Se o apogeu é considerado o último degrau de uma

texto original se torne mais escada, a partir do momento em que é alcançado, passa-se à estagnação,

claro. que é índice de deterioração, ou inicia-se o processo de declínio. A poesia

parnasiana, que alcançou em Bilac um defensor máximo, representa uma

estética literária que, levada às últimas conseqüências, destrói o poético

da poesia. Mário de Andrade revela-se cuidadoso para não ferir

susceptibilidades: considera Bilac um poeta rigoroso quanto aos

princípios parnasianos, mas acrescenta que, chegando a esse limite, a

poesia retorna de sua caminhada, na busca de outros elementos que faz

a poética. E seu principal ingrediente acaba revelando-se a dinamicidade

da procura.

Paródia Texto 1: Nosso céu tem mais estrelas. / Nossas várzeas têm mais flores./

Nossos bosques têm mais vida./ Nossa vida mais amores. (Gonçalves
Repetição com
Dias – Canção do exílio)
distanciamento crítico.

Texto 2: Nossas flores são mais bonitas / nossas frutas mais gostosas /

mas custam cem mil réis a dúzia. (Murilo Mendes – Canção do exílio)

Resumo A ser visto em aula específica.

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