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CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA DE
DESLIGAMENTOS FORÇADOS E DO
DESEMPENHO DE PROTEÇÃO,
RELIGAMENTO AUTOMÁTICO E
SEP
Dezembro/2013
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Metodologia de Classificação Estatística
Sumário
1 Introdução ............................................................................ 3
2 Objetivo ............................................................................... 4
3 Metodologia de classificação estatística ..................................... 5
3.1 Definições básicas.............................................................. 5
3.1.1 Componente ............................................................... 5
3.1.2 Desligamento forçado .................................................... 6
3.1.3 Tentativa de restabelecimento .......................................... 6
3.1.4 Perturbação ................................................................ 7
3.1.5 Sistema de proteção ...................................................... 7
3.1.6 Função proteção .......................................................... 7
3.2 Classificação estatística ....................................................... 8
3.2.1 Desligamento forçado .................................................... 8
3.2.2 Tentativa de restabelecimento ........................................ 14
3.2.3 Atuação de Proteção ................................................... 14
3.2.4 Atuação do Esquema de Religamento Automático ................ 21
3.2.5 Atuação de Sistemas Especiais de Proteção - SEP .............. 25
4 Referências......................................................................... 27
Anexo 1: Exemplos de classificação de Origem da Causa do Desligamento . 28
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Metodologia de Classificação Estatística
1 Introdução
3
Metodologia de Classificação Estatística
2 Objetivo
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Metodologia de Classificação Estatística
Componente LT
G
FG
G
Componente CR
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Metodologia de Classificação Estatística
3.1.4 Perturbação
A perturbação se trata de uma ocorrência no SIN caracterizada pelo
desligamento forçado de um ou mais de seus componentes, que acarreta
quaisquer das seguintes conseqüências: corte de carga, desligamento de
outros componentes do sistema, danos em equipamentos ou violação de
limites operativos.
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Metodologia de Classificação Estatística
iii. Localização;
• Automático
Este tipo de desligamento ocorre quando a abertura dos disjuntores é
comandada automaticamente por atuação (correta ou não) de
proteção/SEP ou por acidentalidade provocada por falha humana ou
anormalidade em fiação ou sistema de comando e controle.
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Metodologia de Classificação Estatística
• Manual
O desligamento forçado manual é caracterizado quando da abertura dos
disjuntores pelo comando não programado do operador. Enquadram-se
nesses casos manobras de emergência (abertura desejável), acidentais
ou incorretas.
• Fictício
Trata-se de um desligamento cadastrado para viabilizar o registro de
atuação acidental ou recusa de atuação de proteção de equipamento
que não tenha sofrido desligamento forçado, mas que a atuação
acidental ou a recusa de atuação tenha provocado desligamento forçado
de outros componentes.
• Interna
A origem da causa do desligamento é classificada como Interna quando
a causa se relaciona com as partes principais do componente em
análise, em geral energizadas, incluindo seus equipamentos terminais
(Ex.: isoladores, o lado primário de transformadores de instrumentos,
estator, mancal, eixo de um gerador, disjuntores, seccionadoras, etc.).
• Secundária
A origem da causa do desligamento é classificada como Secundária
quando a causa se relaciona com os equipamentos secundários,
complementares ou auxiliares do componente em análise (Ex.: fiação,
proteção, controle, comando, serviços auxiliares, sistema de ventilação e
resfriamento, etc.).
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Metodologia de Classificação Estatística
• Externa
A origem da causa do desligamento é classificada como Externa quando
ocorre:
• Operacional
A origem da causa do desligamento é classificada como Operacional
quando a causa se relaciona com naturezas elétricas sistêmicas
(oscilações, sobretensões, sobrefrequência, etc.).
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Metodologia de Classificação Estatística
3.2.1.3 Localização
A função deste atributo é identificar o local com o qual a causa do
desligamento.
Por critério adotado por esta metodologia, quando da utilização das causas
relacionadas a descargas atmosféricas/temporal, a localização deve ser
classificada como “Sem localização específica”. E se a causa do desligamento
for classificada como “Vegetação” ou “Ventos fortes”, a localização deve ser
classificada como “Condutor”.
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Metodologia de Classificação Estatística
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Metodologia de Classificação Estatística
• Automático
Este tipo de restabelecimento é verificado na ocasião de atuação
satisfatória do esquema de religamento automáticos de linhas de
transmissão.
• Manual
O restabelecimento manual é caracterizado quando da normalização do
componente por comando manual.
• Indisponível
Classifica-se o restabelecimento como “Indisponível” nos casos em que
o componente foi entregue à equipe de manutenção.
• Conveniência operativa
Esta classificação é utilizada no caso um componente sofra um
desligamento forçado e, após sua liberação para operação, venha a
permanecer desligado por conveniência operativa. Caso ocorra uma
atuação de proteção que implique insucesso da tentativa de
restabelecimento, na ocasião do restabelecimento de equipamentos que
se encontravam desligados por conveniência operativa, este evento é
cadastrado como desligamento e classificado como do tipo
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Metodologia de Classificação Estatística
“conveniência operativa”.
• Relé
Este tipo de proteção é utilizada na classificação estatística quando se
deseja registrar a atuação de proteção elétrica, associada a um relé de
proteção.
• Intrínseca
Este tipo é usado para o caso de atuação de proteção intrínseca do
componente.
• Externa
Registra-se a atuação desse tipo de proteção quando um componente é
desligado por proteção de outro componente.
• Especial
Para os casos especiais, não enquadrados nos demais tipos, a proteção
do tipo Especial é utilizada de forma a garantir que cada terminal, de
todos os componentes desligados em uma perturbação, seja analisado.
Este tipo de proteção encontra-se detalhado no item 3.2.3.5 deste
documento.
• Correta
A atuação de uma função proteção é considerada correta quando essa
função é solicitada e atua dentro da finalidade para a qual foi
aplicada, para as grandezas supervisionadas dentro das faixas
adequadamente ajustadas, para o defeito, falha ou outra anormalidade,
dentro de sua área de supervisão e em tempo apropriado para as
condições verificadas.
• Incorreta
Neste caso, a função proteção é solicitada e atua em desacordo com
a finalidade para a qual foi aplicada, para as grandezas
supervisionadas dentro das faixas adequadamente ajustadas, para o
defeito, falha ou outra anormalidade dentro de sua área de supervisão e
em tempo apropriado para as condições verificadas.
• Recusa de atuação
Caso uma função de proteção seja solicitada e deixa de atuar, quando
existem todas as condições e a necessidade para atuar, a recusa dessa
função é caracterizada.
• Acidental
A atuação é classificada como acidental quando a função proteção atua
sem ocorrência de falta ou anormalidade o sistema elétrico de potência,
ou seja, quando não há sua devida solicitação. Normalmente, este tipo
de atuação é consequência de fatores externos que venham a interferir
no seu desempenho normal, tais como erros humanos, falhas ou
defeitos em relés, problemas na fiação de entrada dos TCs e TPs,
vibrações, objetos estranhos no painel, etc.
Cabe ressaltar que atuações de proteção cuja causa for classificada como
“Problema em terminal remoto” são desconsideradas estatisticamente, para
que uma atuação incorreta ou acidental não seja contabilizada tanto no
terminal remoto quanto no análise, por ter sido a atuação deste último
consequência do primeiro (terminal remoto).
Caso a função especial SIST (item 3.2.3.5.f deste documento) tenha sido
cadastrada para um determinado terminal de um componente, a atuação global
e a causa global serão iguais aquelas atribuídas à função SIST. Caso contrário,
por critério desta metodologia, a classificação da atuação global segue a
seguinte regra:
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Metodologia de Classificação Estatística
• Atuação correta
A atuação é considerada correta quando o esquema é solicitado e atua
dentro da sua função, para as grandezas elétricas, dentro das faixas
ajustadas, com desempenho previsto em sua aplicação, dentro do tempo
adequado.
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Metodologia de Classificação Estatística
• Atuação incorreta
A atuação é considerada incorreta quando o esquema é solicitado e atua
fora de sua função, sem apresentar o desempenho previsto em sua
aplicação.
Por critério, a atuação incorreta está relacionada aos casos em que não se
espera que ocorra o restabelecimento do terminal, mas este ocorre
incorretamente em virtude de falha de bloqueio ou na presença de
condições sistêmicas desfavoráveis não verificadas adequadamente pelo
sistema supervisório. Ou seja, há de fato motivos para não se dar
continuidade à atuação do esquema, mas por erro de informação a ele
fornecida, a sua atuação implica no restabelecimento no terminal quando
não deveria.
• Recusa de atuação
É considerada a recusa do esquema quando não ocorre sua atuação na
ocasião da sua solicitação, quando da presença condições para tal dentro
das finalidades de sua aplicação.
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Metodologia de Classificação Estatística
• Atuação satisfatória
A atuação é considerada satisfatória quando o esquema restabelece todos
os terminais da linha de transmissão com sucesso, mesmo que haja um
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Metodologia de Classificação Estatística
• Atuação insatisfatória
A atuação é considerada insatisfatória quando não é possível realizar o
religamento automático dos terminais da linha de transmissão com sucesso
por reincidência de defeito ou por um motivo externo ao esquema, a saber:
impossibilidade de sincronismo, devido a condições desfavoráveis do
sistema (LT viva no terminal líder, LT morta no terminal seguidor ou não
atendimento das condições sistêmicas), bloqueio por proteção ou problema
relacionado a disjuntores.
• Falha
Considera-se como falha do esquema o resultado do não fechamento
automático de um dos terminais da linha de transmissão, devido a alguma
anormalidade no esquema de religamento que tenha provocado a sua
recusa de atuação.
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Metodologia de Classificação Estatística
• Manobras de componentes;
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Metodologia de Classificação Estatística
4 Referências
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Metodologia de Classificação Estatística
E, S
G R
SISTEMA
ii. Falta interna no transformador TR1, com sua proteção atuando sobre os
disjuntores A, B e C
E I
G1 TR 1 L1
SISTEMA
A
G2
B C D
BARRA 1 BARRA 2
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Metodologia de Classificação Estatística
E
E G1 TR 1 L1
SISTEMA
I A
G2
B C D
BARRA 1 BARRA 2
iv. Falta interna no transformador TR1, com sua proteção atuando sobre os
disjuntores 1, 2 e 3. A proteção do transformador 3 atuou incorretamente.
E TR 1 I
LINHA 1
G1 SISTEMA
1
2 3 4
TR 2
B3
TR 3
B1 CARGA
E 5
S
B2
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Metodologia de Classificação Estatística
SEP
DEE
S TR1 L1
SISTEMA
G2
TR2 B2 B3
G1 L2
L3 O
L4
ERAC
E I E
L1
G1
TR-3
L2
L3
L4
BA-1
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Metodologia de Classificação Estatística
SE/A SE/B
TR-3
L1
G1
RE-1
viii. Falta interna no banco de capacitores BC-1, com sua proteção atuando
sobre os disjuntores 1, 2 e 3.
SE/A
1
TR-1
3
BC-1
2
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Metodologia de Classificação Estatística
ix. Falta interna no TR-3, com recusa de atuação de sua proteção. O curto-
circuito é eliminado pela abertura dos disjuntores do gerador G1 e das
linhas L1, L2, L3 e L4.
E E
L1
G1
L2
T R -3
L3
I
L4
B A -1
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