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QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Como a associação de estratégias on-line e off-line pode promover a


TEMAS ATUAIS DA EDUCAÇÃO Imprimir

potencialização das práticas pedagógicas?


Dayse de Souza Lourenço Simões

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UNIDADE 1 – ENSINO HÍBRIDO E AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM Todavia, Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) assinalam a importância de

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diferenciarmos as duas concepções em torno do ensino híbrido. A primeira -
Nesta disciplina você, nosso estudante, terá a oportunidade de refletir sobre os
blended learning ou b-learning - voltada ao ensino superior, é entendida como o
tópicos mais discutidos e relevantes da atualidade no cenário educacional
modelo em que o método tradicional e presencial mistura-se com o ensino a
brasileiro com um viés de articulação entre a realidade escolar, que é
distância, sendo algumas disciplinas ministradas de maneira presencial e outras
multifacetada. Dentre eles, destacamos: o ensino híbrido, a autorregulação da
on-line. A segunda concepção vem sendo utilizada também na educação básica e
aprendizagem, os temas contemporâneos transversais e, ainda, a polidocência e o
consiste na personalização da aprendizagem, a qual é vista como um processo
ensino colaborativo.
cíclico e que ocorre em diferentes formas e diferentes espaços.
1. O QUE É ENSINO HÍBRIDO? Adotar o ensino híbrido, portanto, pressupõe uma reorganização da sala de aula,
Quando você pensa em ensino híbrido, possivelmente, associa-o ao processo de bem como do plano pedagógico e da gestão do tempo na escola. Dessa forma,
ensino e aprendizagem alicerçado em plataformas virtuais e uso de destacamos que o papel do professor e do aluno passa por alterações em
computadores.  comparação às práticas tradicionais.

No entanto, para estruturar o ensino híbrido, basta colocar computadores na Assim, a configuração das aulas, no ensino híbrido, promove momentos de
escola e deixar os alunos ali sem orientação alguma? interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais.

Aqui, refletiremos sobre o que é o ensino híbrido.


INDICAÇÃO DE LINK

Segundo o dicionário on-line Michaelis, híbrido: “Que é composto de elementos Conheça um pouco mais sobre o conceito e sobre a aplicação prática do
distintos ou disparatados.” Diante da definição do dicionário Michaelis de Língua ensino híbrido. Leia a matéria, publicada pela revista Nova Escola,
Portuguesa, entendemos que a palavra híbrido tem, em sua essência, a ideia de denominada Ensino híbrido: conheça o conceito e entenda na prática. Para
inter-relacionar dois ou mais elementos. tanto, veja em: https://bit.ly/3y4Jd2K. Acesso em: 17 jul. 2021.

Assim, assimilamos que o ensino híbrido associa o ensino presencial e o ensino on-
1.1 CARACTERÍSTICAS DO ENSINO HÍBRIDO
line a partir da integração da tecnologia às práticas educativas, como explicam
Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015). O ensino híbrido, que é um dos temas mais Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) explicam que o ensino híbrido centra-se na

discutidos na área da educação no século XXI, visa aliar o que há de melhor nas personalização das práticas pedagógicas, em que o ensino on-line e o presencial se

estratégias on-line e off-line, a fim de promover a potencialização das práticas complementam, como a figura a seguir ilustra:

pedagógicas.

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1.2 VANTAGENS DO ENSINO HÍBRIDO


A metodologia de ensino híbrido traz inúmeras vantagens. Dentre elas, uma das
principais que podemos destacar é a promoção de maior liberdade do aluno no
processo de ensino e aprendizagem, bem como o distanciamento do ensino

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Fonte: Adaptado de Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015).
estritamente tradicional.

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SAIBA MAIS
Posto isto, compreendemos que o ensino é customizado a fim de que o aluno, que
No artigo indicado, a seguir, é abordado o conceito de ensino híbrido a
está no centro do processo de ensino e aprendizagem, possa aprender de maneira
partir de questões como o papel do professor e do aluno nesta perspectiva
eficiente e autônoma.
metodológica. CASTRO, Eder Alonso; RIBEIRO, Vanessa Coelho; SOARES,
INDICAÇÃO DE VÍDEO Rosania; SOUSA, Lierk Kalyany Silva de; PEQUENO, Juliana Olinda Martins;
Conheça as principais características do ensino híbrido com o vídeo MOREIRA, Jonathan Rosa. Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade?
denominado Como funciona o ensino híbrido. Disponível em: Projeção e docência. [periódico on-line]. Taguatinga. v. 6, n. 2, 2015.
https://bit.ly/3minQsK. Acesso em: 16 jul. 2021.
Uma palavra de destaque é a autonomia dos estudantes nesta metodologia, haja
Dentre as características do ensino híbrido, Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) vista que o ambiente virtual, presente no ensino híbrido, permite que o indivíduo
destacam: tome suas decisões sobre os elementos do estudo, incentivando que o aluno seja
capaz de organizar sua rotina diária, aperfeiçoar sua disciplina, estruturar
Transformação no papel do professor: a postura do professor transforma-se de
possibilidades para potencializar seu aprendizado entre outros.
transmissor do conhecimento para mediador e facilitador.
Diante desse cenário, compreendemos que, consequentemente, o aluno
Mudança no processo de aprendizado: a compreensão de que cada aluno
apresentará mais envolvimento com o processo de ensino e aprendizagem o que o
aprende melhor de determinada forma possibilita a criação de estratégias para
levará ao maior aproveitamento e, logo, a potencialização dos resultados.
que os alunos possam trilhar os caminhos do aprendizado.

Importância do feedback para o professor: o feedback possibilita que o docente 1.3 A ORIGEM
reflita sobre a sua prática e como pode melhorar a aula a fim de tornar o O termo blended learning - ensino misto ou combinado, em tradução livre - teve
ensino personalizado. sua aparição em meados dos anos 60 nos Estados Unidos.  Com o advento da

Autonomia do aluno: o professor não dita o ritmo do aprendizado da turma, Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Eletrônica,

mas cada aluno o faz. houve o início da produção em massa de computadores, os quais foram sendo
incorporados, pouco a pouco, à educação.
Tecnologia como facilitadora: as ferramentas tecnológicas facilitam o trabalho
do professor, bem como o processo de aprendizagem do aluno.

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  Ainda, vislumbramos que, a partir de 1970, esse movimento ganhou ainda mais possibilitaram a criação de outros meios como, por exemplo, “as concepções
força com a inserção do Ensino Assistido por Computador (EAC). Já em 1990, com o teóricas, as abordagens pedagógicas, as finalidades da EaD e os processos de
crescimento paulatino da acessibilidade aos computadores, a concepção de ensino avaliação da aprendizagem dos alunos” (VALENTE, 2014, p. 83).
híbrido foi ganhando seus contornos. Dessa forma, destacamos que as pioneiras,

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Ressaltamos, no entanto, que as TICs não transformaram somente a Educação a
nessa metodologia, são as instituições de ensino superior e, gradativamente, as
Distância, mas possibilitaram o desenvolvimento do ensino híbrido, o qual tem, em

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escolas da educação básica foram implementando essas estratégias.
sua essência, o uso de soluções mistas entre os diversos métodos e estratégias de
ensino e aprendizagem, como explicam Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015).
QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Por que as instituições de ensino superior são as pioneiras na perspectiva Horn e Staker (2015) explicam que o ensino híbrido tem se tornado cada vez mais
de ensino híbrido? comum, ocupando o topo da lista de temas atuais relacionados às transformações
na educação. Para os autores, Sal Khan, fundador da Khan Academy - que atende
1.4 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O ENSINO HÍBRIDO milhões de estudantes todos os meses em mais de 200 países - tem papel
No Brasil, a Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, conceitua, em seu artigo 39, a relevante na explosão do alcance do ensino híbrido.
Educação a Distância como uma modalidade de ensino que:
INDICAÇÃO DE LINK


Art. 39 [...] “caracteriza-se pela mediação didático pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem que Khan Academy é uma organização que tem como missão proporcionar
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
uma educação gratuita e de alta qualidade para todos e em qualquer lugar.
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”.
—  (BRASIL, 2010) Para conhecer, acesse o link: https://bit.ly/3z5Xwp9. Acesso em: 16 jul. 2021.

Sabemos que a Educação a Distância tem seu espaço desde a Terceira Revolução Outro ponto que protagonizou a ascensão do ensino híbrido é a adoção desse
Industrial. Todavia, destacamos que, com o advento das Tecnologias da modelo por diversas instituições de ensino superior.
Informação e Comunicação (TICs), ela deu um salto significativo quanto à sua
abrangência e significação. INDICAÇÃO DE VÍDEO

Assista ao vídeo Ensino híbrido: bate-papo com educadores de referência


INDICAÇÃO DE LINK
com os principais autores da área. Disponível em: https://bit.ly/3mipfQ2.
Conheça um pouco mais a educação a distância segundo o Ministério da Acesso em: 16 jul. 2021.
Educação. Leia a publicação do MEC que está disponível em:
https://bit.ly/3z1hLnS. Acesso em: 17 jul. 2021. 1.5 A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO HÍBRIDO NO BRASIL
A regulamentação da proposta de ensino híbrido no Brasil iniciou-se a partir da
Destacamos, neste cenário, que até a década de 1980, a EaD era alicerçada, portaria do Ministério da Educação de n° 2.253 (2001) que, posteriormente, foi
predominantemente, em material impresso enviado aos alunos, os quais revogada pela Portaria 4.059 (2004), sendo atualizada pela Portaria 1.134 (2016) e,
estudavam conforme sua disponibilidade de tempo e de espaço. Todavia, as TICs recentemente, pela Portaria 2.117 de 06 de dezembro de 2019. 
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Assinalamos que a Portaria 1.134 (2016) é conhecida por “Portaria dos 20%”, pois Considerando os dados apontados pelo site Educa Insights (2020), observamos que
sugere a utilização de até 20% da carga horária total dos cursos de graduação o ensino híbrido tem ganhado cada vez mais espaço no cenário nacional. Com a
presenciais na modalidade EaD. Já a Portaria 2.117 (2019) pode ser conhecida por aceleração paulatina do acesso a internet e a aparelhos de celular e/ou
“Portaria dos 40%”, já que regulamenta a utilização de até 40% da carga horária computador, refletimos sobre o crescimento da adesão do ensino híbrido em

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total dos cursos de graduação presenciais, cursadas na modalidade EaD. diferentes espaços e contextos.

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Dessa forma, explicamos que a Portaria do MEC 1.134 (2016) e agora, em vigor, a
SAIBA MAIS
Portaria 2.117 (2019) mesclaram as modalidades de ensino, possibilitando uma
No texto indicado, são abordados os espaços e vivências do ensino híbrido
flexibilidade no que se refere aos horários e aos espaços físicos em que o processo
no Ensino Fundamental em contextos contemporâneos, refletindo sobre
de ensino e aprendizagem ocorre (BATISTA JUNIOR; CAVALCANTE, 2017; ROLINDO,
quais as contribuições o ensino híbrido pode apresentar para potencializar
J.M.R.; REIS, M.A.; ALMEIDA, F.F.; et al.; 2019). Todavia,
práticas pedagógicas inovadoras para otimizar o processo de ensino e
aprendizagem.


Embora seja uma prática normatizada pelo Ministério da Educação - MEC, muitas instituições não a colocam em
execução por vários motivos: resistência por parte dos alunos e docentes, falta de estrutura física e tecnológica,
HOFFMANN, Elíria Heck. O ensino híbrido no ensino fundamental:
falta de interesse da gestão ou até mesmo desconhecimento da legislação que faculta à instituição de ensino a
implantação de uma carga horária à distância em seus cursos presenciais. possibilidades e desafios. Monografia (Especialização em Educação na
— (BATISTA JUNIOR; CAVALCANTE, 2017, p. 3)
Cultura Digital). Universidade Federal de Santa Catarina, 2016. Disponível
em:https://bit.ly/37X42Tf . Acesso em: 16 jul. 2021.
Apesar de certa resistência em relação ao ensino híbrido, os números de
matrículas em cursos híbridos só crescem. Em 2016, contabilizava apenas 1% e, já
1.7 AS PROPOSTAS DE ENSINO HÍBRIDO
em 2019, passou para 7%. Em 2020, foram contabilizados oito milhões de
No ensino híbrido, professores transformam a forma de estudar a fim de que os
matrículas no país, conforme dados do site Educa Insights (2020).
estudantes possam ser ativos em sua aprendizagem. Assim, destacamos que as
Segundo dados do site Educa Insights (2020), o perfil majoritário do aluno do propostas de ensino híbrido organizados conforme a figura a seguir ilustra:
híbrido consiste em trabalhador com mais de 26 anos, das classes B2 e C,
responsável pelo pagamento da mensalidade.

Destacamos, ainda, que esse perfil é, também, do aluno que estuda no período
noturno, o que estreita a relação entre a identidade do aluno do período noturno e
da modalidade híbrida.

QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Qual é a importância de conhecer o perfil do alunado brasileiro?

1.6 O ESPAÇO PARA O ENSINO HÍBRIDO

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No método de rotação por estações, a sala de aula é dividida em estações, as quais


têm atividades independentes umas das outras para que os alunos possam ir
passando entre elas. 

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Todavia, Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) destacam que, dentre as estações, ao
menos uma deve ter ferramentas ligadas à internet, seja para pesquisa, ou para

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aplicação de determinado tópico.

INDICAÇÃO DE VÍDEO

Assista ao vídeo Como funciona a Rotação por Estações? - Ensino Híbrido


para conhecer como esse método é possível ser aplicado na prática.
Disponível em: https://bit.ly/3ghG0H8.  Acesso em: 16 jul. 2021.

ROTAÇÃO DE LABORATÓRIO
Fonte: Adaptado de HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: using disruptive innovation to improve schools.
Wiley, 2015. A rotação de laboratório é uma das estratégias mais utilizadas no ensino híbrido.
Nela, são combinados momentos na sala de aula e no laboratório de informática,
A partir desse esquema, vamos entender melhor sobre cada um dos modelos e o com conteúdos complementares. 
que eles possibilitam para as práticas de ensino e aprendizagem.
E como isso pode acontecer? Vamos pensar em um exemplo:

MODELO DE ROTAÇÃO Em determinada disciplina, a primeira aula pode ser realizada em um laboratório

Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) explicam que, no modelo de rotação, os de informática, utilizando recursos on-line a fim de promover o primeiro contato

alunos alternam as atividades consoante a um horário fixo ou orientação do com o tema. Já na aula seguinte, para dar continuidade aos conteúdos abordados

professor. anteriormente, os alunos, mediados pelo professor, podem aprofundar o que


aprenderam. Para tanto, a aplicação dos conceitos estudados pode ocorrer de
Essas atividades podem envolver discussões em grupo, exercícios escritos, leituras
diferentes formas, como por meio de desenvolvimento de projetos, realização de
e, indispensavelmente, uma atividade on-line.
debates acerca de um tópico central, resolução de exercícios e outros.
O modelo de rotação divide-se nas seguintes propostas: rotação por estações,
Desse modo, o estudante recebe estímulos diversos, bem como para refletir e
rotação de laboratório, rotação individual e sala de aula invertida. 
pensar de maneira crítica, trabalhar em grupo e entender como o conteúdo pode
ser aplicado. Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) assinalam que o aluno assume a
ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES
função de protagonista, enquanto o professor atua como orientador.

ROTAÇÃO INDIVIDUAL

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A rotação individual consiste em um roteiro criado pelos professores Se quiser conhecer um pouco sobre ele, acesse o link:
especificamente para cada aluno.  https://bit.ly/37W4jFZ. Acesso em: 16 jul. 2021.

Para Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015), neste método, o grande objetivo é fazer
MODELO À LA CARTE

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com que o estudante percorra pelas estações mais importantes para suprir suas
principais necessidades e dificuldades. No modelo à la carte, o discente é responsável pela organização de seus estudos,

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os quais são organizados a partir dos objetivos a serem alcançados. Bacich, Tanzi
SALA DE AULA INVERTIDA Neto e Trevisani (2015) esclarecem que, neste modelo, o professor colabora com a
A sala de aula invertida associa a experiência digital e a de sala de aula, organização do aluno para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de
potencializando o aprendizado. O conceito de sala de aula invertida requer muita maneira personalizada e eficiente.
disciplina dos alunos, atestam Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015).
MODELO VIRTUAL ENRIQUECIDO
Trata-se de uma pré-aula, ou seja, um material dado antes da aula - que pode ser
O modelo virtual enriquecido é incomum no Brasil e trata-se de uma experiência
um vídeo, um texto ou outro - o qual o aluno estuda por conta própria para, então,
realizada por toda a escola, em que determinada disciplina (como português, por
posteriormente, o professor conduzir a aula em continuidade com o que foi
exemplo) é realizada entre a aprendizagem on-line e presencial. 
estudado.
Nesse modelo, os alunos podem ir à escola, presencialmente, apenas uma vez por
Em seguida, o docente pode organizar discussões, dinâmicas de grupo, bem como
semana, assinalam Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015).
outras atividades no ambiente escolar.

INDICAÇÃO DE VÍDEO
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Assista ao vídeo O que é ensino híbrido? Modelos disruptivos flex: a la carte
De que forma a sala de aula invertida pode colaborar com a formação de
e modelo virtual enriquecido aprimorado. Disponível em:
alunos da educação básica?
https://bit.ly/2UvYfkq.  Acesso em: 16 jul. 2021.

MODELO FLEX SAIBA MAIS

Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015) explicam que, no modelo flex, os estudantes O artigo indicado, a seguir, é um relato de experiência sobre práticas
têm uma lista a ser realizada tendo como escopo o ensino on-line. Neste modelo, o inovadoras de ensino híbrido aplicadas na educação básica brasileira.
ritmo de cada aluno é individual e o professor permanece à disposição para
OLIVEIRA, E. C. L. et al. Práticas inovadoras: trajetos para o ensino híbrido 
auxiliar em caso de dúvidas.
na  educação  básica. LIBERTAS:  Rev.  Ciênci.  Soc.  Apl., Belo Horizonte, v.
INDICAÇÃO DE LINK 11, n. 1, p. 136-149, jan./jul.2021.
O Projeto Âncora é um dos exemplos desse tipo de abordagem.
2. O QUE É AUTORREGULAÇÃO?

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Frente ao cenário de fracasso escolar vivenciado por alunos em todas as etapas de ensino, estudiosos das O terceiro pressuposto, conforme explica Pintrich (2004), diz respeito às metas,
áreas de Educação e Psicologia têm refletido acerca das causas desse problema e, também, de estratégias para
revertê-lo.
critérios ou padrão, ou seja, o indivíduo continuamente monitora os processos de
aprendizagem em direção à meta e, se necessário, altera as estratégias.
Neste contexto, pesquisadores defendem que o desenvolvimento da autorregulação é uma forma eficiente de
reduzir parte dos desafios enfrentados pelos alunos durante o processo de aprendizagem.

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Por fim, para o quarto pressuposto dessa abordagem, as atividades
Segundo o dicionário on-line Michaelis, autorregulação é a “Capacidade de um sistema para mudar seu autorreguladoras são mediadoras entre as características pessoais, as de contexto

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desempenho em resposta ao meio ambiente.”
e as do próprio desempenho, o qual é resultado da autorregulação.
Diante da definição do dicionário Michaelis de Língua Portuguesa, entendemos que a palavra autorregulação
associa-se à capacidade de ajustar e/ou adequar sua própria ação e desempenho consoante às necessidades
do meio em que está inserido. 2.2 A TEORIA SOCIAL COGNITIVA DE BANDURA (TSC)

Já quando pensamos na autorregulação da aprendizagem, podemos compreender que ela é definida como um Na década de 1980, a Teoria Social Cognitiva (TSC) foi criada por Albert Bandura. A
processo de autorreflexão e ação no qual o discente estrutura, monitora e avalia o seu próprio aprendizado. TSC reflete sobre a relação estabelecida no funcionamento humano entre pessoa,
Assim, a aprendizagem autorregulada associa-se à melhor retenção do conteúdo, maior envolvimento com os
comportamento e ambiente.
estudos e melhor desempenho acadêmico.

Posto isto, para Zimmerman (2013, p. 137), “define-se aprendizagem autorregulada como o grau em que os
INDICAÇÃO DE VÍDEO
alunos são metacognitivamente, motivacionalmente e comportamentalmente participantes ativos de seus
próprios processos de aprendizagem”. Assim, a aprendizagem autorregulada diz respeito à forma com que os Para conhecer um pouco mais sobre a Teoria Social Cognitiva de Bandura,
alunos controlam e monitoram suas próprias atividades de aprendizagem, realizando-se como um processo assista ao vídeo disponível em: https://bit.ly/3CYhtk6. Acesso em: 18 jul.
autodirigido.
2021.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Qual é a importância da autorregulação para o processo de ensino e Destacamos que, para Bandura (1986), os indivíduos têm responsabilidade sobre
aprendizagem? os resultados, todavia, não são os únicos a determiná-los. Assim, Bandura (1986)
explica que existe uma reciprocidade triádica entre fatores pessoais,
2.1 PRESSUPOSTOS DA APRENDIZAGEM AUTORREGULADA comportamentais e ambientais. Essa relação é ilustrada a seguir:
A aprendizagem autorregulada foi dividida, por Pintrich (2004), em quatro
pressupostos básicos:

O primeiro pressuposto refere-se ao papel ativo e construtivo que o aluno


desempenha no processo de aprendizagem. Segundo Pintrich (2004), os
estudantes são ativos na construção dos significados, objetivos e adoção de
estratégias. 

O segundo pressuposto alicerça-se na concepção de que todo aluno tem o


potencial para monitorar, controlar e regular suas cognições, sua motivação, seus
comportamentos e até determinados aspectos do ambiente.  Fonte: Adaptado de Bandura (1986).

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Assim, ressaltamos que, na TSC, por influência recíproca, entendemos que o


indivíduo tem a capacidade de influenciar no ambiente e vice-versa. Todavia,
assinalamos que não há uma simetria de forças entre as influências bidirecionais já
que, conforme Bandura (1986) explica, a influência de cada um dos três elementos

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varia consoante às atividades, às pessoas e às circunstâncias. 

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Ainda, Bandura (1986) aduz a existência de uma agência humana para o
autodesenvolvimento humano voltada à adaptação e mudanças, assim, os
indivíduos não são simplesmente uma reação às influências internas ou externas,
mas, são auto-organizadores, proativos, autorreflexivos e autorreguladores.

INDICAÇÃO DE LINK
Fonte: Adaptado de Zimmerman (2013).
Entenda a teoria da aprendizagem social criada pelo professor da
Universidade Stanford, Albert Bandura. Leia em: https://bit.ly/3D4vhcG.
Observamos que o modelo triádico proposto por Zimmerman (2013) apresenta
Acesso em: 18 jul. 2021.
uma dependência cíclica das três fontes de feedback, as quais norteiam as
SAIBA MAIS possibilidades de relação.
Os pressupostos aqui adotados sobre autorregulação são baseados na
  Para Zimmerman (2013), há três formas diferentes de autorregulação: a
Teoria Social Cognitiva (TSC) de Bandura, principalmente, na análise triádica
comportamental, a ambiental e a pessoal.
do funcionamento humano, que culmina no seu modelo de aprendizagem
A forma comportamental refere-se a quando uma pessoa observa o próprio
autorregulada. Para tanto, indicamos a leitura a seguir:
desempenho em determinada atividade, fazendo adaptações necessárias.
BANDURA, Albert. A evolução da teoria social cognitiva. Disponível em:
As condições ambientais são naturalmente transformadas ou, ainda, podem ser
https://bit.ly/3gjoyCe. Acesso em: 14 jul. 2021.
transformadas pela ação de indivíduos. Assim, entendemos que a forma ambiental
2.3 APRENDIZAGEM AUTORREGULADA SEGUNDO ZIMMERMAN de autorregulação refere-se à capacidade de o estudante monitorar os efeitos das
condições e controlá-las estrategicamente.
Zimmerman (2013) alicerçou-se na concepção proposta por Bandura (1986) sobre
autorregulação do comportamento e, a partir de suas observações e estudos,
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
incorporou o papel das estratégias e do feedback em seu modelo, conforme
Os fatores externos ao indivíduo impactam em sua autorregulação?
ilustramos na imagem a seguir:

Ainda, a forma pessoal trata-se da capacidade de o estudante em observar e


adaptar seus pensamentos e sentimentos.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 15/24 https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 16/24


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Dessa forma, entendemos que as três formas de autorregulação, propostas por Já o comprometimento com as metas educativas consiste nas metas acadêmicas
Zimmerman (2013), são distintas, porém, interdependentes. Assim, Zimmerman do aluno que o impulsionam a determinada finalidade como, por exemplo, obter
(2013) explica que um processo educativo deve permitir que o aluno desenvolva boas notas.
igualmente as três formas. 

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Desse modo, entendemos que a autorregulação da aprendizagem engloba
aspectos diversos do estudante no ambiente educacional, como a motivação, a

seõçatona reV

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INDICAÇÃO DE VÍDEO
autoeficácia, controle acerca dos processos cognitivos, estratégias de
Evely Boruchovitch explica sobre a aprendizagem autorregulada. Para
aprendizagem e, ainda, as metas almejadas.
acompanhar, assista ao vídeo disponível em: https://bit.ly/3y2uYLK. Acesso
em: 18 jul. 2021. SAIBA MAIS

No artigo indicado a seguir, discute-se sobre a aprendizagem autorregulada


2.4 CONDIÇÕES PRÉVIAS PARA O ALUNO SER AUTORREGULADO
a partir da Teoria Social Cognitiva. Ainda, apresenta propostas de
Para Zimmerman (2008), é possível promover uma aprendizagem autorregulada
intervenções no contexto educacional.
durante o processo de escolarização formal e esse é, justamente, um dos objetivos
do processo educativo. POLYDORO, Soely Aparecida Jorge; AZZI, Roberta Gurgel. Autorregulação da
aprendizagem na perspectiva da teoria sociocognitiva: introduzindo
Todavia, Zimmerman (2013) reflete que, na forma tradicional de ensinar, os
modelos de investigação e intervenção. Psicologia da Educação. São Paulo,
docentes controlam a maior parte dos elementos norteadores da aula e os alunos
2009. Disponível em: https://bit.ly/2Uy9AR9. Acesso em: 16 jul. 2021.
são mais passivos, assim, possuem poucas oportunidades para estabelecer a
autorregulação. 2.5 O DESENVOLVIMENTO DA AUTORREGULAÇÃO 
Zimmerman (2013) elencou três elementos essenciais para que o aluno alcance A necessidade de o estudante lidar com diversos processos de aprendizagem e,
seus objetivos de aprendizagem, os quais são: o uso de estratégias de ainda, obter bons resultados, pauta-se em variáveis da autorregulação. Neste
aprendizagem autorregulada; a percepção de autoeficácia e o comprometimento escopo, ressaltamos que a promoção da autorregulação não se realiza por
com as metas educativas. intermédio de um processo individual. Além disso, não ocorre de maneira
espontânea.
O uso de estratégias de aprendizagem autorregulada refere-se às ações e aos
processos orientados para obter informação ou habilidade. Entre as estratégias,
INDICAÇÃO DE LINK
destacamos a busca de informação, organização e transformação da informação,
A revista Nova Escola publicou uma matéria com estratégias para promover
anotações em classe e auxílio à memória.
o desenvolvimento da autorregulação. Veja em: https://bit.ly/3kbuCxw.
A percepção de autoeficácia refere-se à percepção do indivíduo acerca de suas Acesso em: 18 jul. 2021.
próprias capacidades de realizar ações que conduzam a determinados resultados. 

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 17/24 https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 18/24


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Zimmerman (2013), ao considerar o papel ativo do aluno e as limitações impostas Por fim, o quarto nível consiste na autorregulação propriamente dita. Para
por um ensino tradicional - no qual o professor controla os processos -, aponta Zimmerman (2013), é a capacidade do estudante em adaptar, de maneira
para a necessidade de interações específicas entre o aluno e o social. Posto isto, organizada, sistemática e autônoma as habilidades adquiridas segundo as
organiza as interações em quatro níveis, as quais demonstram como que, a partir necessidades, não apenas as pessoais, mas também aquelas provenientes de

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de interferências ambientais, o estudante pode se tornar autorregulado. mudanças que o cercam. São, portanto, ações conscientes de gerenciamento dos

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próprios atos.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
É justamente por esse fator que estudantes autorregulados são capazes de ter
A autorregulação ocorre de maneira progressiva, isto é, pouco a pouco, ou
ações conscientes de gerenciamento dos próprios atos e, ainda, são capazes de
ela é repentina?
superar seus pares nos resultados sobre o desempenho.

O nível inicial, segundo Zimmerman (2013), é o processo de modelação, o qual é o Posto isto, destacamos que os quatro níveis propostos por Zimmerman (2013)
mais crítico de todos os níveis, já que as demais fases dependem desta. Desse evidenciam a importância do professor na condição de modelo para o aluno,
modo, a primeira condição é o educando observar as pessoas significativas de seu oferecendo-lhe orientação e feedback, além de possibilitar transformação em seus
contexto - como professores, pais ou colegas - ou seja, aqueles que já praticam próximos comportamentos.
autorregulação. Assim, por meio da observação desses modelos, o aluno terá um
INDICAÇÃO DE VÍDEO
vasto repertório de padrões que colaborará com o desenvolvimento de sua
Há formas diferentes de promover e estimular a autorregulação no aluno.
motivação.
Para conhecer algumas delas. Veja em: https://bit.ly/3ghQhmG. Acesso em:
O segundo nível, denominado emulação, caracteriza-se como a prática do aluno 19 jul. 2021.
que tem por referência aquilo que observou nos modelos. Zimmerman (2013)
salienta que, nesse nível, o estudante pode não se atentar a todos os detalhes das 2.6 PROMOVENDO A AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM
ações dos modelos, mas, ao praticar, mostrará o que foi observado e, assim, terá Quando o aluno aprende a controlar seu processo de construção do
oportunidade de aperfeiçoar sua prática e melhorar sua motivação. conhecimento, ele potencializa seu desempenho escolar e, consequentemente,
Zimmerman (2013) explica que, no terceiro nível, o acadêmico é guiado por seu processo de aprendizagem. Para tanto, destacamos a importância da
imagens mentais e verbalizações mentais da figura do modelo, de modo promoção da autorregulação da aprendizagem.
automatizado, mesmo sem a sua presença. Então, é capaz de exercer o   A autorregulação da aprendizagem pode ser desenvolvida a partir de
autocontrole e, também, ser guiado por representações mentais dos padrões coordenação de aptidões cognitivas, metacognitivas e motivacionais. Logo, o
desenvolvidos anteriormente. O autocontrole é a principal característica desse professor tem papel primordial no desenvolvimento da autorregulação. 
nível e é completado quando o aluno constata seu desempenho e se autorreforça
O docente pode aperfeiçoar as estratégias de autorregulação da aprendizagem por
conforme a necessidade de cada contexto.
meio de atividades de ensino capazes de estimular os alunos quanto ao
automonitoramento e controle de seu desempenho. Posto isto, segundo Rosário

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 19/24 https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 20/24


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(2004), o professor pode promover um ambiente em que o aluno tenha maior BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino híbrido:
autonomia e responsabilidade no processo de aprendizagem. personalização e tecnologia na educação. In: BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo;
TREVISANI, Fernando de Mello (Orgs.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia
SAIBA MAIS
na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

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No estudo indicado a seguir, reflete-se sobre o sistema de atividades no
BANDURA, A. Social foundation of thought and action: A social-cognitive view.

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processo de ensino e aprendizagem que promovem o desenvolvimento de
Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1986.
estratégias de autorregulação da aprendizagem. 
BATISTA JÚNIOR, Roberto Oliveira; CAVALCANTE, Patrícia Smith. Ensino Híbrido:
BASSO, Fabiane Puntel; ABRAHÃO, Maria Helena Barreto. Atividades de
um estudo sobre as resoluções de Universidades públicas. Recife/PE. 2017.
Ensino que Desenvolvem a Autorregulação da Aprendizagem. Educação &
Disponível em: https://bit.ly/3swGHkC. Acesso em: 12 jul. 2021.
Realidade, vol. 43, núm. 2, 2018.
BRASIL. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da
PARA DISCUTIR
BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o Art.80 da Lei nº
Ao longo das discussões, observamos que há um processo até que a
9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: https://bit.ly/3xZp51V. Acesso
autorregulação se concretize. Neste sentido, qual é papel do professor para
em: 12 jul. 2021.
colaborar com a promoção da autorregulação da aprendizagem?
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
RESUMO DA UNIDADE da Educação Nacional. Disponível em: https://bit.ly/3gfofrU. Acesso em: 12 jul.
Nesta unidade, conhecemos o que é o ensino híbrido, bem como os caminhos 2021.
pelos quais tem percorrido. Ainda, conhecemos os principais métodos e propostas BRASIL. Portaria Normativa nº 11, de 20 de junho de 2017, estabelece normas para
de ensino híbrido que podem ser utilizados dentro do processo de ensino e o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a distância, em
aprendizagem. conformidade com o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. MEC. Disponível em:
  Ainda, entendemos o que é autorregulação da aprendizagem, a qual se alicerça https://bit.ly/2W5yLLa. Acesso em: 12 jul. 2021.
na Teoria Social Cognitiva, que também discutimos nesta unidade. Para tanto, BRASIL. Portaria Normativa nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, dispõe sobre a
refletimos sobre as principais propostas para a promoção da autorregulação da oferta de carga horária na modalidade de Ensino a Distância - EaD em cursos de
aprendizagem, a qual reflete na potencialização dos processos e da ação docente e graduação presenciais ofertados por Instituições de Educação Superior - IES
discente. pertencentes ao Sistema Federal de Ensino. MEC. Disponível em:
https://bit.ly/3D2lHqT. Acesso em 12 fev. 2020.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010. Define as Diretrizes Curriculares
AUTORREGULAÇÃO. Michaelis: dicionário brasileiro da Língua Portuguesa. s.a.
Nacionais Gerais para a Educação Básica. DF, Brasília, 2010.
Disponível em: https://bit.ly/37WfMFx. Acesso em: 14 jul. 2021.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 21/24 https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 22/24


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COLLOR, Natália. O futuro da IES é híbrido: conheça 4 razões que provam isso. OLIVEIRA, E. C. L. et al. Práticas inovadoras: trajetos para o ensino híbrido  na 
Disponível em: https://bit.ly/3iYDQ0T. Acesso em: 12 jul. 2021. educação  básica. LIBERTAS:  Rev.  Ciênci.  Soc.  Apl.,  Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p.
136-149, jan./jul.2021.
HÍBRIDO. Michaelis: dicionário brasileiro da Língua Portuguesa. s.a. Disponível em:

0
https://bit.ly/3miWC58. Acesso em: 10 jul. 2021. POLYDORO, Soely Aparecida Jorge; AZZI, Roberta Gurgel. Autorregulação da
aprendizagem na perspectiva da teoria sociocognitiva: introduzindo modelos de

seõçatona reV

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HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a
investigação e intervenção. Psicologia da Educação. São Paulo, 2009.
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PINTRICH, P. R. A conceptual framework for assessing motivation and self-


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ROLINDO, J.M.R.; REIS, M.A.; ALMEIDA, F.F.; et al. Modelo híbrido: possibilidade de
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ROSÁRIO, Pedro. (Des)venturas do Testas: estudar o estudar. Porto: Porto


Editora, 2004.

ZIMMERMAN, B. J. From cognitive modeling to self-regulation: A social cognitive


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ZIMMERMAN, B. J. An essential dimension of self-regulated learning. Motivation


and self-regulated learning: Theory, research, and applications, v. 1, 2008.

REFERÊNCIAS RECOMENDADAS
BANDURA, Albert. A evolução da teoria social cognitiva. Disponível em:
https://bit.ly/3y1iLqM. Acesso em: 14 jul. 2021.

CASTRO, Eder Alonso; RIBEIRO, Vanessa Coelho; SOARES, Rosania; SOUSA, Lierk
Kalyany Silva de; PEQUENO, Juliana Olinda Martins; MOREIRA, Jonathan Rosa.
Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade? Projeção e docência. [periódico
on-line]. Taguatinga. v. 6, n. 2, 2015. 

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 23/24 https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=RFABIANA371%40GMAIL.COM&usuarioNome=FABIANA+ASSUNÇÃO+DE+OLIVEIRA&disciplinaDescricao=TEMAS+ATUAIS+EM+EDU… 24/24

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