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História em quadrinhos sobre a importância das mulheres no processo de lutas na Bahia

Joana Angélica de Jesus


Quadrinho 1

O cenário é a sala de aula, a PROFESSORA começa a dar o assunto.

PROFESSORA: Bom dia classe, como eu disse na semana passada, hoje estaremos
discutindo sobre a vida e luta de três figuras femininas que foram de extrema importância
para a emancipação baiana.

Quadrinho 2

A PROFESSORA encosta na mesa.

PROFESSORA: E vamos começar com a religiosa Joana Angélica de Jesus.

Quadrinho 3

O cenário muda para se adequar a descrição, a partir de agora as falas da PROFESSORA


serão a narração da história.

PROFESSORA (narrando): Joana Angélica sempre teve uma inclinação pela vida religiosa e
na época das lutas pela independência, ocupava a liderança do Convento da Lapa...

Esse quadrinho vai ser acompanhado


do desenho dessa imagem
Quadrinho 4

PROFESSORA (narrando): Por achar que teriam armas escondidas no claustro, vizinho ao
quartel, os portugueses tentaram invadir o recolhimento, do qual Joana Angélica era
abadessa.

Quadrinho 5

JOANA estará de frente ao convento

Imagem de inspiração

PROFESSORA (narrando): Joana se postou com bravura à porta de entrada diante dos
soldados como uma barreira em uma tentativa de impedir que aquele local que era proibido a
homens.

O personagem de JOANA falará suas palavras:

JOANA: Recuai ou só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver.

Quadrinho 6

Nesse ponto a história volta para a sala de aula com a PROFESSORA explicando a história.

PROFESSORA: A abadessa foi atacada a golpes de baioneta, isso aconteceu no dia 19 de


fevereiro de 1822, no dia 20 de fevereiro Joana estava morta.

Quadrinho 7

Uma aluna levanta a mão


PROFESSORA: Sim, Luiza?

Quadrinho 8

LUIZA: Joana teve reconhecimento pelo que ela fez?

Quadrinho 9

Cenário: O Convento de Lapa Moderno

PROFESSORA: Nos dias de hoje Joana é lembrada por sua coragem e considerada um mártir
da independência do Brasil. Em sua homenagem a avenida ao lado do Convento da Lapa leva
o seu nome.

Imagem de inspiração:
Convento de Lapa

Maria Felipa

Antes de continuar, segue descrição da aparência física de Maria Felipa “Maria Felipa de
Oliveira é descrita como uma negra alta e audaz, é desenhada sempre vestida com saia
rodada, bata, torso e chinelas”

Quadrinho 10

CARLOS (aluno da sala) fala, com a mão levantada

CARLOS: Professora, de qual outra mulher a senhora vai falar agora?

Quadrinho 11

Ainda na sala de aula


PROFESSORA: Bem, agora vou falar sobre Maria Felipa de Oliveira, uma marisqueira que
de certa forma tornou-se fundamental na organização da resistência insular...

Quadrinho 12

Imagem de Maria Felipa discursando na frente de várias pessoas

PROFESSORA (narrando): Maria Felipa liderou homens e mulheres de classes sociais e


etnias diferentes durantes batalhas

Quadrinho 13

PROFESSORA (narrando): e fez uma grande diferença incendiando inúmeras embarcações


durante as batalhas, enviando mantimentos para O Recôncavo e além disso vigiava as praias
para prevenir e evitar o desembarque dos portugueses.

Imagem de um barco com a bandeira portuguesa queimando

P.S. No canto do quadrinho vai ter um adendo com o significado de Recôncavo baiano “é a
região geográfica localizada em torno da Baía de Todos-os-Santos"

Quadrinho 14

Sala de aula

PROFESSORA (rindo): a Canhoneira Dez de Fevereiro, em 1º de outubro de 1822, na praia


de Manguinhos; a Barca Constituição, em 12 de outubro de 1822, na Praia do Convento; em
7 de janeiro de 1823, esses foram apenas alguns dos barcos que ela incendiou.

Quadrinho 15

LUIZA: Uau, ela foi responsável por tudo isso?

Quadrinho 16

PROFESSORA: Tudo isso e mais, estudiosos dizem que ela também liderou
aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias

Quadrinho 17
Bandeira da Bahia se mexendo na imagem

PROFESSORA: Maria Filipa não descansou nem depois da independência, dizem que seu
grupo invadiu Armação de Pesca de Araújo Mendes, e surrou o vigia Guimarães das Uvas
deixando definitivo que não se calariam

Quadrinho 18

Maria Felipa em pé falando sua frase: “Aprender com o passado e mudar o futuro”

PROFESSORA (narrando): Maria Felipa invoca lutas de resistência, força e inspiração

Quadrinho 19

Imagem de Maria Felipa

PROFESSORA (narrando): Ela foi uma heroína de guerra e é conhecida como a Heroína
Negra da Independência se tornando um símbolo de tudo que defende

Maria Felipa

Maria Quitéria
Quadrinho 1

Ainda na sala de aula

PROFESSORA: então queridos alunos, já vimos Joana Angélica e Maria Felipa, agora por
último, mas não menos importante, tem Maria Quitéria, uma mulher que se vestiu de homem
para poder entrar no exército.

Quadrinho 2

Maria Quitéria conversando com seu pai


PROFESSORA (narrando): Essa é Maria Quitéria, uma mulher que queria lutar pelo seu país
e o seu estado, mas teve a permissão negada pelo seu pai;

Personagem de MARIA QUITÉRIA diz

MARIA: “É verdade, que não tendes filhos, meu pai. Mas lembrai-vos que manejo as armas e
que a caça não é mais nobre que a defesa da pátria…”

Quadrinho 3

Maria Quitéria se vestindo de soldado

PROFESSORA (narrando): Mesmo assim ela não deixou se abalar e com a ajuda de sua
meia-irmã ela se disfarça de soldado Medeiros e entra para o exército;

Quadrinho 4

Maria Quitéria se alistando

PROFESSORA (narrando): Maria quitéria entrou em um batalhão popularmente chamado de


batalhão dos periquitos;

Quadrinho 5

De volta a sala, os alunos com rosto de dúvida perguntam a professora

ALUNOS: Professora, por que batalhão dos periquitos?

PROFESSORA (soltando um sorriso no rosto): Assim! os membros do batalhão dos


periquitos usavam roupas com golas e detalhes na manga verdes;

Quadrinho 6

Imagem de Maria Quitéria em uma luta

PROFESSORA (narrando): E ela lutou na Bahia de Todos os Santos em ilha de Maré, Barra
do Paraguaçu e na cidade do Salvador na estrada da Pituba;

Quadrinho 7

Os prisioneiros sendo levados para o acampamento

PROFESSORA (narrando): E foi durante essas lutas que ela teve o seu “batismo de fogo”,
onde ela venceu uma trincheira inimiga levando um grupo de prisioneiros para seu
acampamento e também participou da defesa do Foz do Paraguaçu;
Quadrinho 8

Maria Quitéria sendo condecorada

PROFESSORA (narrando): Maria Quitéria marcou o Brasil e o mundo, e por sua coragem
ela foi condecorada como Primeiro Cadete e Alferes de Linha, além de ser reconhecida como
padroeira do quadro complementar

Quadrinho 9

Maria Quitéria conhecendo Dom Pedro I

PROFESSORA (narrando):Ela chegou também a conhecer Dom Pedro I e chegou a pedir a


ele que mandasse uma carta a seu pai para que perdoasse ela, e sim, ele perdoou.

Quadrinho 10

Um quadro de Maria Quitéria na parede

PROFESSORA (narrando):E suas homenagens não acabaram por aí não, ela ganhou uma
estátua em sua homenagem e uma praça em seu nome, sem contar que sua imagem está
presente em todos os quartéis do país.

Maria Quitéria

Quadrinho 11

De volta a sala

PROFESSORA: Essas foram as três mulheres que marcaram a história lutando pela Bahia!
Todos liberados, podem ir para o intervalo.

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