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VI Teorico
VI Teorico
e Financeiro
Material Teórico
Controle Estratégico: Análise de feedback entre Planejado e
Realizado na Gestão Financeira
Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicarone
Controle Estratégico: Análise de
feedback entre Planejado e Realizado
na Gestão Financeira
• Introdução
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Unidade: Controle Estratégico: Análise de feedback entre Planejado e Realizado na Gestão Financeira
Contextualização
Vamos iniciar esta unidade refletindo sobre como o Planejamento Estratégico pode incluir a
preparação e a organização das ‘Atividades de Controle’ em diferentes áreas e empreendimentos.
A costa brasileira, conhecida mundialmente por suas belíssimas praias e belezas naturais, está
se tornando um negócio bilionário. A descoberta do pré-sal já colocou os mares tupiniquins no radar
das petroleiras e demais empresas que atuam no setor de óleo e gás. Agora é a defesa desse vasto
território marítimo que promete atrair uma nova leva de contratos vultosos e grandes conglomerados
multinacionais. Na sexta-feira 17, a Marinha do Brasil deu o pontapé inicial para a implantação do
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz). Trata-se de uma megalicitação que vai
movimentar R$ 10 bilhões.
Interesse econômico: as reservas do pré-sal estão entre os ativos protegidos pelo Sisgaaz
O valor é semelhante ao da compra dos caças Gripen, da sueca Saab, pela Força Aérea
Brasileira, anunciada no final do ano passado, que vai consumir US$ 4,5 bilhões. O objetivo do
projeto naval é comprar equipamentos de última geração para monitorar e defender a chamada
Amazônia Azul, uma área que se estende por 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à
metade do território terrestre nacional, abrangendo toda a costa do País e uma parte do continente.
O território inclui importantes ativos econômicos para o Brasil, como as reservas do pré-sal, áreas
utilizadas para pesca e portos turísticos e de carga.
Precisamos proteger os interesses econômicos do Brasil em nossas águas, afirmou o vice-
almirante Antônio Carlos Frade Carneiro, que está à frente do projeto, durante apresentação
realizada na Escola de Guerra Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Entre as aquisições previstas no
Sisgaaz estão radares, sistemas de comunicação e captura de imagem, softwares de guerra eletrônica,
equipamentos meteorológicos e até veículos aéreos não tripulados, também conhecidos como vants.
O modelo de licitação será o mesmo utilizado no programa Sisfron (Sistema de Monitoramento de
Fronteiras), cujo pleito, realizado em 2012, foi vencido pelo consórcio Tepro, formado por Savis
e Bradar, companhias controladas pela Embraer. Schneider, da Embraer: “Nos preparamos para
atender às necessidades das Forças Armadas”.
A Marinha vai contratar uma empresa que ficará responsável por implantar o projeto. As
interessadas poderão participar sozinhas ou em consórcios. Companhias nacionais terão prioridade,
mas poderão se unir a estrangeiras. Alguns fornecedores nacionais, como Embraer, Avibras, Imbel
e Odebrecht, levam vantagem por estarem enquadrados pelo governo na categoria de empresa
estratégica de defesa. O status, concedido no ano passado a 26 empresas, dá direito a redução
de impostos para vendas às Forças Armadas. O projeto está aquecendo o mercado de defesa e
segurança. Gigantes do setor, como as brasileiras Embraer, Odebrecht e OAS, a americana Boeing
e a franco-alemã Airbus, estão se movimentando. A empresa participa de outro projeto da Marinha
ligado ao Sisgaaz: o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Lançado em 2008,
ele contempla a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, além de outros quatro
convencionais a diesel. A companhia baiana firmou uma parceria com o estaleiro francês DCNS,
especializado nesse tipo de embarcação, para tocar o projeto.
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Introdução
Implementação Controle do
Análise do Análise do Formulação da
do planejamento planejamento
ambiente externo ambiente interno estratégia
estratégico estratégico
Tomada de Sistemas de
decisão indicadores
Análise de Feedback
(Retroalimentação)
Ainda, apresenta como atividade principal uma seção definindo e orientando sobre os
cálculos necessários à fim de compor uma série de Indicadores de Desempenho Financeiro
básicos que norteiam o controle e aqueles eventuais processos de retroalimentações corretivas
determinadas pelo(a) Gestor(a).
A Unidade conclui com uma análise sobre como é possível gerenciar as complexas atividades
empresariais à partir do controle estratégico das táticas e operações já implementadas, conforme
ocorrido na etapa anterior do PE.
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Unidade: Controle Estratégico: Análise de feedback entre Planejado e Realizado na Gestão Financeira
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Nesse sentido, podemos observar que, entre aqueles números orçados e os efetivamente
realizados, houve uma superestimativa dos indicadores de Liquidez da firma, o que ‘encurtou’
os recursos de curto prazo da ABC S/A, já que seus Ativos Circulantes (ou Correntes) (R$ 38
Mi) ficaram aproximadamente 42% (R$ 27 Mi) abaixo daquela meta financeira estabelecida
(R$ 65 milhões).
Assim, esses recursos previstos para suprir a necessidade de giro operacional da empresa
durante o ano vieram a financiar, inesperadamente, 50% da aquisição de ativos fixos, o que
resultou num valor total de R$ 54 Mi que não estava anteriormente orçado nos planos financeiros,
tendo sido, portanto, subestimados pelo orçamento.
Verifica-se, também, que a outra metade desse financiamento - imprevisto - para o Ativo
Fixo - subestimado pela peça orçamentária - veio da captação de Passivos de Longo Prazo,
tendo esse tipo de financiamento efetivado, nesse Ano 1, uma diferença, a mais, de R$ 27 Mi na
comparação entre o valor orçado sobre aquele que efetivamente - através da Ação Empresarial
Integrada - foi realizado.
Com relação à atividade operacional da ABC, a Figura 3 apresenta o mesmo tipo de
documento pró-forma, da Figura 2, mas, na planilha abaixo, podem-se observar os dados
relativos ao ‘DRE’ da empresa.
Figura 3. Demonstrativo de Resultados: Planilha simples para ‘Controle Orçamentário’.
Pelo documento orçamentário comparativo acima, podemos verificar que, mesmo mantendo
igual nível de receitas, conforme previsto pela Peça Orçamentária e, portanto, realizando 100%
da Meta de Vendas líquidas impostas pelo Orçamento Geral Integrado, o lucro líquido da ABC,
ao final do ano 1, foi de zero reais (R$ 0,0).
Podemos perceber que, em relação ao previsto, o Custo dos Produtos Vendidos pela ABC
($CPV) ficou maior em 9,1%, enquanto houve uma redução das Despesas Gerais, Administrativas
e de Vendas ($VGA) da ordem de 0,7%, naturalmente insuficiente esta para compensar o custo
a mais de 28,2% além do previsto (R$ 28,2 milhões).
Tais checagens e verificações de ‘Controle através de Metas’ tornam possível, ao(à)
profissional envolvido(a) na Gestão Financeira, analisar e extrair conclusões sobre os fatores
financeiros que determinaram o ‘subdesempenho’ da ABC em seu ciclo de curto prazo,
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ocasionando uma redução no Lucro Esperado ($(LODI) da ordem de 100%, sendo isso
representado pelo descompasso entre a expectativa de R$ 5,8 milhões de lucro - destacado
na Peça Orçamentária - e o valor de fato obtido pela ação empresarial.
Como conclusão, pode-se perceber, por exemplo, que o nível do Risco de Liquidez da ABC
aumentou ao final da ação empresarial, uma vez que ativos de longo prazo terminaram o
período com saldos acima da meta, sendo tal aumento nos investimentos financiado pela
subtração efetiva de Capital Circulante Líquido ($CCL) daquele montante planejado.
Note-se, ainda, que este, esperava-se, deveria ser de R$ 26 Mi ao final do ano 1, tendo, contudo,
ficado abaixo de zero, negativando o capital de giro de curto prazo da ABC em R$ 1 Milhão.
Feedback
(Retroalimentação)
Atender aos
padrões
Feedback
(Retroalimentação)
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Para o Controle Financeiro, alguns Indicadores de Desempenho são especialmente
relevantes quando se trata da sobrevivência e sucesso de uma empresa.
Destacaremos, a seguir, três desses indicadores que são usuais nas finanças corporativas,
lembrando que sua análise, dependendo da finalidade desta, pode-se dar em termos tanto
do Regime Contábil de Competência como também de Caixa.
Deve-se observar que sua verificação pode ocorrer a partir de diferentes abordagens, tais
como Lucro Bruto, Lucro Operacional, Lucro Líquido, Lucro Antes dos Juros, do Impostos
de Renda e da Depreciação e Amortização (LAJIRDA ou, em inglês, EBITDA).
2. Taxa de Retorno: considerando as condições de mais longo prazo e que incluem uma
avaliação do investimento patrimonial realizado pela empresa e pelos seus sócios, este
indicador de desempenho financeiro conjuga valores obtidos a partir do DRE (Lucro)
com valores discriminados no balanço (BP).
Nesses termos, aqui é possível distinguir duas famílias de indicadores básicos: a ‘Taxa
de Retorno para os Sócios’ (retorno sobre o PL - Patrimônio Líquido) e a ‘Taxa de Retorno
da Empresa’ (calculada sobre o valor do Ativo Total - AT), sendo possível, aqui, também a
utilização de diferentes abordagens, seja pelo viés do lucro utilizado ou, ainda, através de
técnicas mais sofisticadas, como a avaliação denominada ‘Análise DuPont’.
3. Lucro Econômico: numa visão que se amplia a partir das informações financeiras
apresentadas nos relatórios contábeis, considera-se relevante a composição de um
outro indicador que seja capaz de tratar a lucratividade em termos de Valor Adicionado.
Esse, por sua vez, representa o adicionamento, considerando o valor financeiro, das
operações de investimento e de captação geral da empresa, aí incluídos tanto os custos
do financiamento de terceiros como aquela taxa de retorno direcionada pela empresa
para os sócios.
Uma técnica bastante disseminada para o cálculo desse Valor Econômico Adicionado
ou Lucro Econômico foi idealizada pela empresa norte-americana de consultoria ‘Stern
Stewart’, a qual detém a marca registrada ‘EVA - Economic Value Added’, que apresenta
uma medida de desempenho que utiliza o Lucro Operacional e o Custo Médio Ponderado
de Capital (CMPC) como base de cálculo.
Grosso modo, o lucro econômico sob essa perspectiva corresponde ao valor residual de
lucratividade remanescente na empresa após a remuneração dos sócios e dos credores externos.
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A Figura 5 abaixo, apresenta os elementos que compõem a fisiologia da cadeia de valores
interna de uma empresa.
Atividades primárias
Fonte: Extraído de Porter, 1992.
Nessa figura, é possível distinguir duas Atividades sempre desempenhadas pelas empresas:
as ‘Primárias’ e as ‘de Apoio’.
É a partir desses dois grupos de atividades empresariais que as ‘Atividades de Valor’ são
geradas e definem, internamente, um nível de margem excedente de valor.
Essa visão sistêmica da Empresa - a qual inclui fluxos, processos e atividades - é estudada
pelo campo da Contabilidade Gerencial e configura-se como uma espécie de contraponto à
perspectiva trazida pela Contabilidade Financeira.
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Unidade: Controle Estratégico: Análise de feedback entre Planejado e Realizado na Gestão Financeira
Algumas técnicas e ferramentas vêm sendo desenvolvidas ao longo das últimas décadas
tendo em vista viabilizar uma análise mais integral da realidade das empresas.
Essas metodologias visam estabelecer um modelo prático que seja capaz de identificar,
classificar, instrumentalizar e direcionar os fluxos de atividades e processos que se apresentam
sob uma forma não apenas quantitativa ou financeira, tendo em vista o ordenamento e controle
dos fluxos organizacionais.
Dentre essas técnicas gerenciais para avaliação do desempenho holístico - por assim dizer -
da firma, podemos ressaltar como muito relevantes o Sistema de Custeio por Atividades - ABC,
o Balanced ScoreCard - BSC e, também, os modernos Sistemas Informativos e Gerenciais
baseados em Tecnologia da Informação.
Concluindo, é através do Controle Estratégico que os gestores da empresa podem ajustar a
qualidade do Alinhamento Organizacional Obtido àquele Alinhamento Adequado Pretendido,
ou seja, àquele posicionamento esperado quando se leva em conta os objetivos primordiais
declarados na etapa de formulação da estratégia e que estão destacados nos planos estratégicos
traçados pela Alta Administração da empresa.
Exemplos
A Decisão de Orçamento de Capital é a questão financeira de longo prazo mais importante para
uma empresa, uma vez que é a partir dela que serão definidas todas as fontes de financiamento que
suprirão e sustentarão as decisões de investimento da firma, correspondendo ao seu custo de captação
de recursos e que adicionarão (ou não) valor econômico para a empresa, observado através do
indicador financeiro correspondente ao Lucro Econômico ($LE), conforme apresentaremos abaixo.
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E(CCT%) = ($J / $PT) * 100
E(CCT%) = ($9,67 / 156) * 100
E(CCT%) = (0,062) * 100
E(CCT%) = 6,2%, antes da aplicação do Escudo Fiscal.
Portanto, incorporando o ‘Escudo Fiscal’, teremos que o Custo de Capital de Terceiros efetivo
da ABC será:
E(CCT%) = 6,2% * (1 - 0,30)
E(CCT%) = 6,2% * (0,70)
E(CCT%) = 4,34%.
Portanto, a Taxa esperada para o Custo do Capital de Terceiros da ABC S/A, no Ano 1, é de
4,34% aproximadamente.
Exemplo 2: Taxa esperada de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL%) ou Custo do
Capital Próprio (CCP%)
Ainda utilizando os dados da ABC referentes aos saldos das contas do BP (Balanço Patrimonial)
e do DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício), no Ano1, apresentados nas unidades
anteriores, a estimativa da ‘Taxa de Custo sobre o Capital Próprio’ - E(CCP%), deverá ser:
Resolução:
E(RSPL%) = E(CCP%) = [E($LLDI) / E($PL)] * 100
E(RSPL%) = E(CCP%) = [22,1 / 104] * 100
E(RSPL%) = E(CCP%) = [0,2125] * 100
E(RSPL%) = E(CCP%) = 21,25%.
Resposta: A expectativa para a Taxa de Retorno sobre o PL ou, em outras palavras, o Custo
do Capital Próprio da ABC é de, aproximadamente, 21,3%.
Exemplo 3: Participação Percentual do Capital de Terceiros na Estrutura de Capital da
ABC – T(PT)%
A seguir, vamos calcular a taxa de participação percentual do PT no Ativo Total da empresa,
a qual representa, proporcionalmente, o componente de financiamento de terceiros na Estrutura
de Capital da ABC:
T(PT)% = ($PT / $AT) * 100
T(PT)% = ($156 / $260) * 100
T(PT)% = (0,60) * 100
T(PT)% = 60%
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Exemplo 7: Estimativa do Valor Econômico Adicionado ou Lucro Econômico ($LE) em
termos monetários ($LE)
O Lucro Econômico ($LE), captado através da abordagem do Valor Econômico Adicionado,
deverá ser:
$LE = $LODI - $CMPC
$LE = $22,1 - $24,5
$LE = - R$ 2,4 Mi.
Portanto, a ABC teve um Prejuízo ou Perda Econômica - resultado apurado em termos de
valor econômico adicionado - no montante de R$ 2,4 milhões.
Exemplo 8: Estimativa da Taxa de Retorno do Lucro Econômico ou Valor Econômico
Adicionado (LE%)
Calculemos, por fim, a taxa estimada de retorno para o valor econômico adicionado, tomando
como base o Investimento Total da ABC:
(LE%) = ($LE / $IT) * 100
(LE%) = (-$2,4 / $221) * 100
(LE%) = (-0,0109) * 100
(LE%) = -1,1%.
A Taxa de Retorno da ABC, em termos de valor econômico adicionado, correspondeu, de
fato, a uma taxa negativa e, portanto, a um prejuízo econômico de 1,1%.
Finalmente, observe-se que, se a empresa for capaz de gerar o lucro estimado de R$ 22,1 Mi,
ocorrerá - em termos de valor adicionado - um Prejuízo Econômico da ordem de 1,1%, ou de
R$ 2,4 milhões
Em outras palavras, a ABC S/A projeta, para o Ano1, uma ‘Destruição’ de valor econômico
da ordem de R$ 2.400.000.
Conclusão
‘Para fixação’: E(CCT%) - Taxa esperada para o Custo do Capital de Terceiros ; RSPL% -
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido ou CCP% - Custo do Capital Próprio ; CMPC%
- Taxa para o Custo Médio Ponderado de Capital ; $CMPC – Valor monetário do Custo Médio
Ponderado de Capital; $LE - Valor Econômico Adicionado ou Lucro Econômico, em termos
monetários ; LE% - Taxa de Lucro Econômico.
Em Síntese
‘O que vimos’: Controle Estratégico; Controle Tático; Controle Operacional; Controle Orçamentário;
Decisão de Investimento Orçamento de Capital; Indicadores de Desempenho Operacional, Financeiro,
Patrimonial; Valor Econômico Adicionado; Lucro Econômico.
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Material Complementar
Revista Exame
(Edição 1054 - ano 47 - n°22 - 27/11/2013)
Algo INTERESSANTE sobre alguns parâmetros de Controle e Governança Corporativa das empresas
no Brasil:
Vigiar e punir
Nova Lei Anticorrupção do país, que impõe responsabilidades às empresas, também beneficia aquelas
que adotam boas práticas de governança corporativa.
1. As Mudanças
Responsabilidades - Com a nova lei anticorrupção, as empresas passarão a ser responsabilizadas por
qualquer ato de corrupção praticado por funcionários no Brasil e no exterior, não podendo alegar
desconhecimento do que ocorria em sua operação.
Fornecedores - As companhias também poderão responder na Justiça pelo comportamento de
fornecedores e parceiros comerciais. Investidores que detenham participação acionária em empresas sob
investigação correm o risco de sofrer sanções judiciais.
Cooperação - As empresas que reportarem irregularidades às autoridades poderão firmar acordos de
delação premiada. Os benefícios são apenas mais brandos se for comprovada a existência de programas
de compliance.
2. As Penas
Multas - As empresas pegas em caso de corrupção poderão receber multas que chegam a 60 milhões
de reais ou a 20% do faturamento do ano anterior ao da instauração do processo. A lei não é retroativa.
Portanto, ela valerá para casos apurados a partir do fim de janeiro.
Proibição - As companhias envolvidas em pagamento de propina poderão ser impedidas de receber
subsídios e financiamentos de instituições públicas, pelo prazo de até cinco anos.
Devolução - As empresas também deverão devolver integralmente o prejuízo causado aos cofres públicos.
Além disso, correm risco de ter suas atividades suspensas e de aparecer em listas de empresas autuadas
por corrupção.
3. O Que Fazer
Código de Ética - É preciso criar um código de conduta que explique de forma didática a todos os
funcionários regras sobre doações a políticos e convites de almoço a funcionários públicos.
Canal de Denúncias - As empresas devem adotar mecanismos que incentivem os empregados a denunciar
irregularidades, como a criação de linhas telefônicas gratuitas. Por segurança, algumas multinacionais
preferem que o canal de comunicação seja no exterior.
Boas Práticas Corporativas - É recomendado às empresas de médio e grande porte criar um comitê de
compliance e boas práticas corporativas. É essa estrutura que deverá centralizar as denúncias recebidas
na empresa e conduzir a apuração dos casos.
Fontes: Veirano Advogados, TozziniFreire, Demarest, Levy & Salomão e Covington.
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Referências
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Hall, 2002.
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Wiley & Sons, Inc., 1996.
CLAYMAN, Michelle R. Corporate finance: a practical approach. New Jersey: John Wiley &
Sons, Inc., 2008.
FERREIRA, Ademir A.; REIS, Ana Carla F.; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial de
Taylor aos nossos dias – evolução e tendências da moderna administração de empresas. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1997.
GWARTNEY, James D. STROUP, Richard L. Economics Private and Public Choice. 17. ed.
Florida: The Dryden Press, 1995.
HAMEL, Gary. PRAHALAD, C. K. Competing for the Future. HBS Press. Boston, 1994.
HIGGINS, Robert C. Analysis for financial management. 5 ed. Boston: Irwin/McGraw-Hill 1998.
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Unidade: Controle Estratégico: Análise de feedback entre Planejado e Realizado na Gestão Financeira
HUNT, Daniel V. Process mapping: how to reengineer your business processes. New York:
John Wiley & Sons, Inc., 1996.
MARCH, James G. SIMON, H. A. Teoria das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, Serv. De publicações, 1972.
MILES, R. E.; SNOW, C. C. Organizational Fit: fit, failure and the hall off ame. Vol. 26.
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PEREZ, H. José Jr.; PESTANA, O. A.; FRANCO, S. P. C. Controladoria de gestão. São Paulo:
Atlas, 1995.
RIMOLI, C. A.; ESTEVES, L. R. Administração estratégica: conceito. São Paulo: Atlas, 2000.
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Anotações
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