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Profa. Dra.

Helena
Nunes
Coleta de Dados
Qualitativos
COLETA DE DADOS
QUALITATIVOS

Os dados qualitativos são coletados de


diversas formas. A escolha depende do
tipo e objetivo da pesquisa.

A entrevista é uma dessas formas.

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A entrevista é forma de
A interação social. É uma
forma de diálogo

ENTREVISTA assimétrico em que o


pesquisador coleta dados
e o entrevistado é a fonte
COMO de informação.

TÉCNICA DE
COLETA DE É uma das técnicas de
coleta de dados mais

DADOS
utilizadas nas pesquisas
sociais.

É utilizada para obter-se


informações sobre o que
as pessoas sabem,
crêem, esperam, sentem,
pretendem fazer, fazem
ou fizeram (SELLTIZ, et
al.1967, p.273)

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TIPOLOGIA
DAS É menos estruturada, é

ENTREVISTAS recomendada nos estudos


exploratórios que visam abordar
realidades pouco conhecidas pelo
- ENTREVISTA pesquisador, ou oferecer visão
aproximativa do problema

INFORMAL
pesquisado.

Aplica-se:
Pessoas-chaves; especialistas no
tema em estudo, lideres formais
ou informais

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TIPOLOGIA DAS
ENTREVISTAS -
ENTREVISTA FOCALIZADA
É livre como a informal, mais enfoca um tema
bem específico. O pesquisador deixa o
entrevistado falar livremente sobre o tema, mas
se há desvios do tema central, retoma o assunto.

O pesquisador confere ao entrevistado a


liberdade de expressar-se sobre o assunto

Requer grande habilidade do pesquisador na


condução da entrevista

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TIPOLOGIA DAS
ENTREVISTAS - ENTREVISTA
ESTRUTURADA
Desenvolve-se a partir de uma relação fixa de
perguntas, cuja a ordem e redação não mudam
para todos os entrevistados. Este tipo de entrevista
permite o tratamento quantitativo dos dados.

Vantagens:
•Rapidez na aplicação
•Pouca exigência de preparo do pesquisador
•Análise estatística dos dados

Desvantagem:
•Não permitem profundidade de análise dos fatos

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TIPOLOGIA DAS
ENTREVISTAS - ENTREVISTA
SEMI-ESTRUTURADA OU
POR PAUTAS
Tem certo grau de estruturação, pois é guiada
por uma relação de pontos de interesse do
pesquisador.

São recomendadas quando os respondentes não


se sentem à vontade para responder a questões
formuladas de forma muito rígida

Exige do pesquisador uma boa memória e


rapidez na anotação das respostas, quando não
for possível a gravação. (GIL,1995)

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Entrevistas em
ambientes virtuais

Questionamentos:
• como entrevistas podem ser
remodelados em ambientes on-
line, de maneira a permitir que
o pesquisador obtenha dados
profundos e descritivos on-line,
e adquira novos entendimentos
da experiência humana?
• Coleta de dados relatada
minuciosamente (Por quem?
Como? Quando? Onde?)
ENTREVISTAS VIRTUAIS

As entrevistas podem ser realizadas:

por e-mail (assíncronas e síncronas) que


oferecem um grande potencial ao
pesquisador qualitativo;
por videoconferência – possibilitam
interação e gravação para posterior análise
(síncrona)
Por telefone – permitem interação, mas não
possibilitam a percepção de gestos e outras
expressões corporais (síncrona)
ENTREVISTAS VIRTUAIS

Entrevistas por mensagens instantâneas (chat,


whatsapp ) Normalmente, utiliza-se um roteiro
semi-estruturado.

Estabeleça as regras da entrevista (tempo,


anonimato, interação)

Entrevistas face a face virtuais (Skype, Zoom,


Google Meet...)

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PLANEJANDO A
ENTREVISTA
como serão feitas as
Quais ferramentas
entrevistas
de coleta podem ser
(estruturadas ou
utilizadas?
abertas)?

Como estabelecer
Qual é amostra a ser
contato com as
entrevistada?
pessoas?

Como elaborar o Como obter o


protocolo de consentimento das
entrevista? pessoas?
PLANEJANDO AS
PERGUNTAS
1. Tenha uma pergunta de pesquisa clara que
você deseja explorar em seu projeto de
pesquisa – isso é importante para direcionar o
foco do estudo e as perguntas a fazer na
entrevista.

2. Tenha uma série de metas ou objetivos claros


que ajudem a focar mais o estudo e que serão a
base para formular as perguntas da entrevista.

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PLANEJANDO AS
PERGUNTAS

3. Comece observando seu primeiro objetivo e


depois faça uma lista de duas ou três questões
que pertençam ao objetivo

4. Esboce uma ou mais perguntas que buscariam


explorar (direta ou indiretamente) cada uma
das questões.

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PLANEJANDO AS
PERGUNTAS
5. Repita o procedimento com seus outros
objetivos até chegar a uma lista de perguntas
que possibilite a abordagem de todos os seus
objetivos

6. Organize-as na ordem em que você deseja fazê-


las, lembrando-se da importância de se
encaminhar para perguntas mais delicadas
e/ou ameaçadoras (LEECH, 2002 • CHARMAZ,
2014).

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PLANEJANDO AS
PERGUNTAS
7. Pense em como essas perguntas poderiam se
interligar e considere possíveis perguntas
complementares (de sondagem) que possam
ser necessárias para explorar ou esclarecer
mais algumas questões.

8. Acrescente uma ou duas perguntas de abertura


e conclusão.

9. Finalmente, teste suas perguntas quanto à sua


adequação.

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PLANEJANDO AS
PERGUNTAS

Você também pode perguntar aos participantes do


seu teste o que eles acharam das perguntas.

Depois, ajuste as perguntas da sua entrevista e a


ordem do plano.

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FLUXO DAS
PERGUNTAS

O fluxo das
Separar as
perguntas
perguntas por
precisa ser claro
temas
e lógico.

Fazer perguntas Iniciar com


menos pessoais perguntas gerais
e depois as e depois as mais
pessoais específicas
REFERÊNCIAS
BRAUN, Virginia. Coleta de dados qualitativos : um guia prático para
técnicas textuais, midiáticas e virtuais; tradução de Daniela Barbosa
Henriques. Petrópolis : Vozes, 2019.
CHARMAZ, K. Constructing grounded theory: A practical guide through
qualitative analysis.Thousand Oaks, CA:Sage Publications, 2014.
GIBSON, Lucy. Digite sua resposta: gerando dados de entrevistas. In:
BRAUN, Virginia. Coleta de dados qualitativos : um guia prático para
técnicas textuais, midiáticas e virtuais; tradução de Daniela Barbosa
Henriques. Petrópolis : Vozes, 2019. p.289-316
HANNA, Paul; MWALE, Shadreck. Entrevistas face a face virtuais. In:
BRAUN, Virginia. Coleta de dados qualitativos : um guia prático para
técnicas textuais, midiáticas e virtuais; tradução de Daniela Barbosa
Henriques. Petrópolis : Vozes, 2019. p. 343-364.

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REFERÊNCIAS
LANNUTTI, Pamea J. Um chat produtivo: entrevistas por mensagens
instantâneas. In: BRAUN, Virginia. Coleta de dados qualitativos: um guia
prático para técnicas textuais, midiáticas e virtuais; tradução de Daniela
Barbosa Henriques. Petrópolis : Vozes, 2019. p.317-342.
LEECH, B. Asking questions: Techniques for semistructured interviews.
Political Science & Politics, v. 35 n.4, p. 665-668, 2002.
SELLTIZ, C.; JAHODA, M.; DEUTSCH, M.; COOK, S. M. Métodos de
pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967.

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