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5 Infra-estruturasPortuárias
5 Infra-estruturasPortuárias
Levamos o conhecimento
mais longe!
Luís Moita
Curso de Gestão Portuária
Infraestrutura Portuária
2. Infra-estrutura Portuária
a. Os Vários Tipos de Cais
b. Alternativas aos Portos
Convencionais
c. O Trabalho Portuário
d. O Número de Cais Necessários
e. O Congestionamento
Luís Moita
Curso de Gestão Portuária
Introdução
• As infra-estruturas portuárias são constituídas pelas zonas afectas à
actividade marítimo-portuária e integram uma zona terrestre, que pode
abranger a zona de antepraia e areal, terraplenos, construções e o plano
de água associado.
• Por outras palavras, a infra-estrutura portuária é composta pelos activos
fixos sobre os quais é realizada a movimentação de cargas entre os
navios e os modais terrestres.
– Os componentes da infra-estrutura constituem imobilizados, já que não podem facilmente
ser colocados em uso noutros lugares ou servir para outras actividades.
• Os condicionamentos a que estão sujeitas as infra-estruturas portuárias
têm como objectivos:
• a) A protecção da integridade biofísica do espaço;
• b) A garantia das condições de desenvolvimento das
actividades;
• c) A compatibilização de usos.
• A infra-estrutura terrestre permite o transporte de bens entre os navios e
os limites da área do porto, por meio das vias ferroviárias e rodoviárias,
condutas e correias transportadoras, e também dos parques dos
terminais de embarque e de desembarque de cargas e de passageiros e
das plataformas das áreas de armazenagem.
• A infra-estrutura referente ao plano de água é composta pelos canais de
acesso aos portos, bacias de evolução e manobra, quebra-mares e
berços de atracação.
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Curso de Gestão Portuária
Introdução
• Como toda e qualquer infra-estrutura, a infra-estrutura portuária
é essencial para a competitividade e criação de riqueza de
qualquer país.
• Seguindo esta linha de raciocínio, surge-nos o conceito de
“essential facility”,
– que traduz a ideia do bem ou do serviço essencial à comunidade, e que não
pode ser objecto de restrições por parte daquele que detém o direito de
exploração.
• Este conceito surgiu quando os Estados começaram os
processos de privatização dos portos, terminais e serviços
portuários que anteriormente estavam sob a sua administração.
• Isto significa que as empresas que dominam o mercado têm a
obrigação de adoptar uma conduta de não discriminação.
• Ou seja, os detentores e, ou, operadores de ‘essential facilities’
estão obrigados, normalmente por contrato (ou por Lei), a
proporcionar o acesso às ‘infra-estruturas’ (‘essential facilities’)
a todos os clientes, a preços razoáveis.
• E tem o fim último de manter o ambiente concorrencial como
qualquer outra actividade empresarial.
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Curso de Gestão Portuária
Introdução
Luís Moita
Curso de Gestão Portuária
Tipos de cais
• Cais de Carga Geral Fraccionada
– Caracterizado por:
• Ser de mão-de-obra intensiva (podem suceder ternos com 20
homens, ou mais)
• Ser relativamente lento (movimento entre 20 a 30 tons por hora, por
terno)
• Ser pouco flexível em termos de funcionamento e horários.
• Necessita de uma área aproximada de 0,4 ha (4.000 m2)
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Tipos de cais
• Cais para Carga Paletizada
– é muito semelhante aos tradicionais de
carga geral
– regra geral, são antigos cais
transformados/adaptados, cujas gruas foram
retiradas, repavimentados para facilitar o
tráfego de empilhadores, que agora
movimentam a carga directamente do navio,
a partir de portas no costado ou de rampas,
para o armazém de trânsito.
– Uma ou duas gruas móveis poderão
coexistir para apoio, se necessário.
– Área necessária idêntica ao de carga geral
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Tipos de cais
• Cais para Contentores
• Uma das diferenças mais visíveis está nas dimensões. O cais OCL nº 39,
em Tilbury, terá sido o primeiro terminal de contentores a ser construído
no Reino Unido e é simultaneamente um dos mais pequenos – com
pouco mais de 5 ha – pelo que os contentores têm de ser estivados a 5
alturas, quando o ideal seria ter espaço suficiente para não sobrepor as
caixas.
• De entre uma amostra de 20 modernos terminais de portos situados por
todo o mundo, conseguimos perceber que um terminal de contentores
deve ter:
– 7,4 Hectares por grua pórtico, e
– 170 metros de frente de cais por grua pórtico
• Devem ter disponíveis equipamentos especiais para:
– Movimentar os contentores, que podem pesar até um pouco mais de 30 toneladas e têm
de ser posicionados com grande precisão.
– Os carregar e descarregar rapidamente são necessárias gruas caríssimas.
– Os contentores frigoríficos são necessárias instalações e ligações próprias.
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Tipos de cais
• Para aguentar este peso os cais têm de ser especialmente
construídos para o efeito, o que os torna dispendiosos.
• Os requisitos de mão-de-obra andam à volta de 12 a 15 pessoas por
turno (existem terminais que conseguiram uma alta taxa de
automação, pelo que precisarão de menos), e em muitos deles
trabalham-se três turnos de 8 horas, todos os dias.
• Trabalhando individualmente com um navio, podem ser
movimentados 50 contentores por hora (aproximadamente 500
toneladas, assumindo a média de 10 toneladas por TEU) e por cada
grua, isto durante largos períodos.
• Comparando com o cais de carga geral convencional, por área
ocupada, o cais de contentores tem uma saída de carga similar.
Cais de Contentores
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Tipos de cais
• O cais Roll-on/Roll-off (Ro/Ro)
• Este é dos tipos de cais mais simples de construir. Apenas 7 acres (cerca de
28.000 m2) são necessários para o parqueamento de autos e zorras ou
reboques de carga, e o único equipamento necessário é uma rampa de carga
ajustável. Alguns destes cais também possuem uma grua móvel.
• A mão-de-obra necessária é mínima, já que cada veículo é acompanhado de
condutor, ou pertencem a passageiros, embora existam terminais que
fornecem este serviço aos seus clientes. A velocidade de movimentação de
carga é muito elevada.
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Tipos de cais
• Terminais de produtos petrolíferos
• São, por norma, longos cais que se prolongam de terra para as águas
profundas.
• Devido à conjuntura e evolução económica, com a utilização de navios cada
vez maiores, é cada vez mais necessário espaço de tancagem junto dos cais.
• Para evitar duplo transporte de petróleo cru (ou bruto), a localização de um
terminal e de uma refinaria fazem usualmente parte de um projecto comum.
• Associados a um terminal deste tipo são expectáveis instalações de recepção
de petróleo e de equipamento de protecção e combate a poluição.
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Tipos de cais
• Outros cais especializados
• Com o crescimento do transporte de carga a granel e o
consequente aumento no tamanho dos navios, têm sido
construídos vários tipos de cais especializados.
• Têm equipamento de movimentação de carga específico, com
grande capacidade e ritmos de trabalho muito apreciáveis,
com o mínimo de força de trabalho necessária (p.e. minério,
grão, fosfatos, carvão, vinho, etc.).
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Trabalho portuário
• No porto, o operador tem de se preocupar com aqueles
que estão envolvidos com a movimentação de carga, caso
dos estivadores e dos conferentes que representam a
maioria dos trabalhadores portuários.
• O operador do navio pretende uma rápida e eficiente
rotatividade para o seu navio e o melhor escoamento da
carga que transportou.
– A força de trabalho portuário é, em geral, a causa mais provável para
o possível inêxito do empreendimento (transporte, negócio, etc.).
• São célebres, por todo o mundo as greves dos
trabalhadores portuários,
– que provocaram prejuízos diários de milhões de dólares.
• A UE procura há cerca de dez anos unificar e simplificar a
legislação portuária, no que respeita ao trabalho portuário
e até hoje não conseguiu.
– Sempre que está perto de conseguir um texto que eventualmente
possa congregar o consenso político dos vários países, os sindicatos
voltam à luta e o texto é abandonado.
Luís Moita
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Trabalho portuário
• A duração de um cais é muito superior à dos veículos que serve. Por
isso, muitas delas tendem a ficar desactualizadas, com fracas
instalações e serviços deficientes.
• No final dos anos 70 e início dos 80 houve um período de mudança na
indústria portuária da Europa do Norte:
– de uma indústria de mão-de-obra intensiva passou-se a uma de capital intensivo. Isto
provocou uma apreciável redução da força de trabalho requerida (por exemplo, no Reino
Unido, em 1964 existiam 64.000 trabalhadores portuários inscritos; no final de 1974 eram
cerca de 32.000 os inscritos, para no final de 1983 apenas serem cerca de 15.000).
• Este problema é universal e deveu-se à mecanização e automação,
acarretando grandes despesas com indemnizações e lutas de carácter
sócio-laboral, mas a verdade é que, se calhar, “é preferível menos
emprego mas melhor emprego”.
• Mesmo em portos que mais se desenvolveram durante essa época, como
Singapura, que quintuplicou a sua produtividade nesse mesmo período,
reduziu a sua força de trabalho de 10.500 para 7.000 pessoas, durante a
década de 1980.
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO NO
PORTO DE ROTERDÃO - 1989
(percentagens)
Estivadores 15,00%
Marinha Mercante 7,50%
Transporte Terrestre 13,80%
Armazenagem e Distribuição 3,20%
Agentes e Brokers 12,70%
Serviços relacionados com Navegação 10,20%
Outros 37,60%
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Trabalho portuário
• Os portos são fisicamente extensos.
– O porto de Londres, por exemplo, estende-se por mais de 70
milhas ao longo das margens do Tamisa. Este facto torna a
coordenação de serviços e as comunicações uma tarefa
difícil.
• A grande flutuação da razão oferta/procura no
trabalho portuário cria dificuldades ao operador
que pretende prestar um bom serviço ao cliente
e em simultâneo conservar a sua mão-de-obra
mais capaz.
• Uma forma de contornar o problema será tornar
o posto de trabalho mais “versátil”, isto é:
– preparar o trabalhador para que em períodos de menor
trabalho possa ser convertido de “trabalhador de estiva” em
“trabalhador de manutenção”.
– Esta flexibilidade tem vindo a ser tentada por todo o mundo,
mas é de difícil implementação, pelo que este ainda é um
problema sério.
Luís Moita
Curso de Gestão Portuária
Quantos cais?
• O ideal para o operador do navio seria encontrar os cais portuários livres
quando o seu navio chegasse, assegurando assim que não havia
atrasos.
• O operador portuário, por outro lado, pretende reduzir a saída de capital,
ter apenas um cais com fila de espera pelo que teria utilização e
facturação contínua.
• No entanto, a longo prazo, a manutenção dos custos mínimos seria uma
desvantagem para ambos. Por isso, e para cada determinado conjunto
de condições é teoricamente possível determinar o número óptimo de
cais.
Luís Moita
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Congestionamento portuário
• O congestionamento portuário resulta da insuficiência de
capacidade de resposta ao tráfego que vai chegando ao
porto.
– Não é um fenómeno novo, mas poderá ocorrer a qualquer momento
em qualquer porto se suceder um aumento súbito de procura ou um
estrangulamento no porto (uma greve, p.e.).
– Depois do aumento brusco do preço do petróleo em 1973, muitos dos
países OPEP gastaram as receitas extra com importações, o que
causou sérios congestionamentos nalguns casos.
– Em 1976, por exemplo, os navios que transportavam cimento para a
Nigéria esperavam mais de 200 dias em Apapa/Lagos.
• Esses tempos já lá vão, mas, por todo o mundo, vão
sucedendo situações pontuais, mais ou menos
prolongadas no tempo, e que provocam
congestionamentos, alguns deles bastante sérios.
• É muito importante identificar claramente o motivo do
congestionamento. Se, por exemplo, o atraso for causado
por lentidão na libertação da mercadoria por parte da
Alfândega, e isso não for reconhecido, a construção de
mais cais só irá agravar a situação.
Luís Moita
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Congestionamento portuário
• as 10 causas principais de congestionamento:
– Planeamento
– Investimentos em novos cais sem assegurar áreas de retaguarda, acessos
viários e capacidades operacionais tais como
• mão-de-obra formada e treinada,
• equipamento de movimentação de carga inadequado ou insuficiente, e
• falta de espaço para armazenamento (tanto dentro, como fora do espaço
portuário).
– Transporte terrestre de ligação inadequado, tanto em capacidade como em
eficiência, no que respeita a camiões, vagões, rodovias e ferrovias de acesso
ao porto.
– Falha na previsão do tráfego por não reflectir alterações de ordem de
desenvolvimento económico.
– Inflexibilidades dos planos de desenvolvimento, que não permitem a
adequação e redimensionamento em relação a alterações e flutuações de
tráfego.
– Interferências políticas e sociais que alteraram o rumo do processo decisório.
– Gestão
– Falta de continuidade e coerência de decisões ao nível dos gestores de topo.
– Baixo treino e formação do pessoal, ao nível de chefias intermédias e de
operação.
– Falta de liderança para poder actuar no momento certo.
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Congestionamento Portuário
• Mão-de-obra
– Relações laborais fracas e práticas autoritárias ineficientes.
– Problemas causados por excesso ou escassez de oferta de mão-de-
obra, de acordo com as circunstâncias.
– Desdobramento de trabalho ineficiente.
– Falha na adaptação das práticas de trabalho às circunstâncias locais,
tais como climatéricas.
– Falta de treino dos trabalhadores portuários, em especial na
utilização de equipamento mais sofisticado.
• Coordenação
– Falta de cooperação entre as diversas organizações, privadas e
públicas, que exercem a sua actividade no espaço portuário.
– Inadequada interacção (falta de diálogo) entre a autoridade portuária
e os utilizadores no que respeita às operações e ao
desenvolvimento.
• Tráfego
– Tráfego irregular devido a erráticas políticas de importação e
exportação, em especial no que respeita o fornecimento de bens a
granel e a concessão de licenças de importação.
– Variações bruscas de tráfego devido a escalas mal elaboradas ou
pouco racionais e que fazem afluir a navegação em determinados
dias ou épocas.
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Congestionamento Portuário
• Tráfego
– Demasiados navios que competem em certas linhas, com pequenas
quantidades de carga, o que leva a uma ineficiente utilização dos
cais.
– Agências e operadores sem os recursos necessários ou as
instalações adequadas para manipular as cargas.
• Operações
– Políticas de armazenamento inapropriadas, que permitem o
armazenamento de mercadorias no espaço de trânsito do porto.
– Falta de espaço de armazenamento, fora do espaço portuário,
obrigando a carga a longas permanências.
– Falta de capacidade de financiamento para a aquisição de
equipamento moderno.
– Errada combinação de equipamentos devido a circunstâncias de
deficiente controlo e gestão.
• Políticas de manutenção inadequadas
– Falta de manutenção preventiva.
– Falta de pessoal de manutenção qualificado.
– Falta de sobressalentes.
– Insuficiente uniformização de equipamentos.
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Congestionamento portuário
• Burocracia e documentação
– Atraso na chegada de documentação.
– Documentação desactualizada ou métodos de a tratar
desactualizados.
– Processos de documentação de desalfandegamento e despacho
desactualizados (para o navio ou carga).
– Importadores autorizados a importar partidas sem capacidade
financeira suficiente para proceder ao seu levantamento à chegada.
• Efeitos dinâmicos
– Alterações no tipo de navios, especialmente em fases experimentais,
sem consultoria adequada aquando o seu planeamento, originam
ineficiência temporária.
– Dificuldades iniciais que podem surgir na utilização de novos
métodos de movimentação de carga.
– Baldeamento emergente de carga com destino a outros portos e que
poderá provocar picos de carga difíceis de superar.
– Prolongados períodos de mau tempo.
• Localização e funcionalidade do porto
– Impossibilidade de aumentar o espaço de retaguarda necessário a
acessibilidades, por o espaço estar ocupado por construções e
desenvolvimentos urbanos.
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Congestionamento portuário
• Localização e funcionalidade do porto
– Devido a actividades executadas na área portuária e que nada têm a
ver directamente com a movimentação de carga, que podem
conflituar com uma maior produtividade (p.e. controlos alfandegários,
actividades inspectivas, etc.).
– Podem ocorrer problemas adicionais com cargas destinadas a
países interiores.
– Devido a alteração de políticas governamentais de países vizinhos
que alterem os portos que servem os fluxos e o comércio regionais.
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Curso de Gestão Portuária
Concorrência
• Em geral, a competitividade do porto
pode ser sistematizada em seis
categorias, e compreende a concorrência
derivada:
– do alcance da influência dos porto ou linhas de
costa;
– dos portos existentes em países diferentes;
– dos portos existentes no mesmo país;
– dos operadores e, ou, fornecedores de
instalações dentro do mesmo porto;
– dos diferentes acessos e escoamento dos modos
de transporte;
– das cadeias de fornecimento.
• Os portos constituem nodos numa cadeia
elaborada que conecta origens e destinos
no interior de continentes a fluxos de
carga, como mostra a figura.
• A determinação da procura por serviços
portuários baseia-se essencialmente na
concorrência entre rotas alternativas. Os
portos, por exemplo, devem estar
constantemente alerta para potenciais
alterações de rota, já que a passagem da
carga pelo porto geograficamente mais
próximo já não pode ser garantida.
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Concorrência
• Os programas de desenvolvimento dos portos também têm que
contar com a possibilidade do porto oferecer uma cadeia
logística completa de transporte, que inclua
– instalações para tráfego intermodal e
– conexões adequadas para o interior do continente.
• Podem ser usadas muitas rotas alternativas no transporte de
carga entre origens e destinos, por exemplo, na Ásia e na
Europa.
• Algumas destas rotas têm uma utilização do modo marítimo
superior ao terrestre, com o custo de transporte mais baixo,
embora demorando mais tempo até ao destino. Outras utilizam
uma etapa marítima menor, com uma por terra mais longa.
– Estes modelos baseados em preços e tempo tornam-se mais complicados
devido aos desempenhos dos portos (tempo, duração, preços, incentivos,
serviços, etc.).
• São vários os compromissos assumidos por um transportador
na escolha de uma rota. Eles têm a informação total sobre as
opções disponíveis para a selecção da rota, pelo que o
comportamento de um porto em particular, com estratégias de
concorrência diferente, pode afectar a decisão.
– A expansão física da capacidade de um porto é uma estratégia interessante,
porque conduz a uma melhoria da qualidade do serviço (redução de custos,
menor congestionamento do porto), tornando o porto mais atraente para os
transportadores, e permitindo o crescimento da procura pelo porto.
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Economias de escala
• Esta função fornece as
economias de escala para
valores de factor de escala b C(x)= axb(1,1)
entre zero e um.
• Também podem ser
observadas economias de
escala na operação
At= 10,00 ha 10,00 ha 10,00 ha 10,00 ha
portuária para débitos mais
elevados; 5.000.000 5.000.000 5.000.000 5.000.000
– Neste caso o custo de a= € € € €
investimento é distribuído por
um maior número de artigos, o
que resulta em custos por x= 1,00 ha 2,00 ha 3,00 ha 4,00 ha
unidade mais baixos.
– Economias de escala deste
âmbito sucedem quando as b= 0,1 0,2 0,3 0,4
instalações portuárias são
utilizadas para a manipulação
C(x)= ..5 € ..28 € ..156 € ..916 €
de mais de um tipo de carga
(por exemplo, carga geral
5.000.005 5.000.028 5.000.156 5.000.916
fraccionada e contentores). T= € € € €
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Capacidade
• Na decisão da capacidade de um porto, há necessidade de
atingir o equilíbrio entre a ocasional
– falta de capacidade (subdimensionamento) e o
– excesso de capacidade (sobredimensionamento).
– Os problemas de capacidade interagem com a dinâmica da concorrência,
sendo o sobredimensionamento particularmente afectado pelas economias de
escala.
• A sub-capacidade indica falta de mercado do porto que
conduzirá a preços mais elevados, congestionamentos e atrasos
associados para os utilizadores do porto.
• Outros portos – mais baratos e menos congestionados – podem,
então, tornar-se mais atraentes.
• Num mercado tão competitivo, isto conduz a uma diminuta
procura para o porto congestionado.
• Em curtos períodos de tempo, a procura pelo porto pode flutuar,
da sub-capacidade à sobre-capacidade, devido a oscilações
temporárias na quantidade de carga.
• O sobredimensionamento indica a presença de excesso de
oferta no mercado portuário, que conduz
– ao aumento da concorrência entre portos e
– à prática de preços mais baixos (o que torna a recuperação do investimento
difícil).
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Capacidade
• Um porto sobredimensionado é mais atraente para potenciais utentes
devido ao seu baixo índice de congestionamento.
– Uma procura crescente combinada com economias de escala nos custos de investimento
é fundamental numa estratégia de expansão com aumentos de capacidade significativos;
– o sobredimensionamento é então um fenómeno colateral, que se vai alterando com o
tempo.
• Tendo em vista a competitividade de um porto, é conveniente que nele
exista algum excesso de capacidade.
– Poder-se-á então dar resposta a picos de serviço sem que seja necessário recusar o
excesso de procura temporário (desencorajando potenciais transportadores).
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• Os desenvolvimentos
mais importantes são:
• A crescente integração de Distribuição Distribuição por terra
por mar
cadeias e redes de Agente Despachante
transporte devido ao Marítimo Rodo/Ferroviário Rodoviário
desenvolvimento de Transitário
Linha marítima Estivadora Armazém
conceitos de logística
mais eficientes.
Economias de escala
– Isto provocou a redução
generalizada dos preços de
transporte, que pode ser
agora preferível para um
transportador fazer escala
num porto distante em vez
da um mais próximo, por o
primeiro ter custos mais
baixos que o outro; Megatransportador
Nível da integração funcional
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Mercado do porto
• O transporte de contentores, em particular, é um
sector altamente competitivo.
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Os custos
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Obrigado
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