DIEGO TROINA 201609060474

CASO CONCRETO – DIREITO DE FAMÍLIA – CIVIL V

Carlos e Juliana, após 7 anos de namoro, tomaram a importante decisão de firmar um noivado para,
então, começar os preparativos do matrimônio, que perduraram 12 meses, entre organização da
moradia do casal e festa de casamento. Tudo estava pronto! A casa mobiliada, a festa inteiramente
paga, padrinhos preparados, convites distribuídos e os noivos aguardavam o grande dia quando Juliana
foi surpreendida por uma decisão de Carlos: Não quero mais casar! Após momentos desesperados de
dúvida e sofrimento, Juliana descobriu que Carlos mantinha um relacionamento paralelo há 2 anos com
uma moça que residia na mesma cidade. Por se tratar de uma cidade pequena, em que praticamente
todos os habitantes se conhecem, Juliana ficou muito envergonhada e tinha a certeza de que a história
da traição e abandono de Carlos rapidamente se espalharia. E assim, de fato, ocorreu, tendo Juliana de
desmarcar a festa, informar aos padrinhos e convidados do cancelamento, além de se submeter aos
constantes questionamentos e comentários a respeito do que acontecera. Diante desta situação, que
orientações você daria a Juliana, na qualidade de advogado(a) dela? Explique de forma completa,
fundamentada e utilizando doutrina.

A confirmação do noivado é a afirmação de que duas pessoas pretentem constituir família, firmar um
compromisso. A ruptura desta promessa pode gerar o dano moral ou material indenizavel, sob
responsabilidade extra contratual (pr ainda nao haver o matrimonio) do agente. O noivado nao é uma
obrigação de casamento, mas a quebra da boa fé e o abuso do direito de desistir deste compromisso
devem gerar a devida reparação (Despesas, constrangimento etc)

Na qualidade de advogado, orientaria Juliana a entrar com uma ação de danos morais e ressarcimento
em virtude da enganação por falsas promessas desprezíveis causando contransgimento e humilhação.

TJ/MG, apelação cível n. 1.0701.12031001-9/001 rel. Des. Rogério Medeiros julgado 16/09/2016,
DJEMG