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República de Angola

Ministério da Administração Pública,


Trabalho e Segurança Social

UNIDADE DE APRENDIZAGEM III


Unidade de Formação de Curta Duração 18
“A APICULTURA”
República de Angola
Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social

Unidade de Formação de Curta Duração


18
“A APICULTURA”

PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS GERAIS

1. APRESENTANDO A UNIDADE DE FORMAÇÃO DE CURTA


DURAÇÃO – “A APICULTURA” (Nº 18)
APRESENTAÇÃO
Uma Unidade de Formação de Curta Duração (UFCD), é um conjunto metodológico
organizado segundo uma lógica de desenvolvimento de um percurso formativo, e
que propõe suportes formativos adequados à aquisição dos conhecimentos e
competências esperados.
2 Para garantir que o percurso formativo conduza a uma efectiva apropriação dos
conhecimentos e competências e que estes se venham a traduzir em práticas
adequadas e tecnicamente sustentadas, a UFCD traça um caminho para o percurso
formativo, facilitando o trabalho do formador na gestão do percurso formativo e o
do aluno/formando, na gestão da sua própria aprendizagem.

OBJECTIVOS
Esta UFCD, integrada na Unidade de Aprendizagem III, tem por Objectivo principal
facultar conhecimentos e práticas, tecnicamente sustentadas, sobre a “Apicultura” e
tem, por Objectivos Específicos, os que a seguir identificamos:
• Proporcionar informação adequada sobre a Apicultura como actividade
pecuária importante do ponto de vista económico, social e comunitário;
• Garantir a assimilação e a consolidação da informação recebida para poder
ser aplicada nas operações práticas necessárias ao desenvolvimento de um
projecto de Apicultura com produção efectiva para consumo e
comercialização;
• Conduzir à aquisição de competências técnicas que assegurem todas as
operações necessárias a essa actividade;
• Assegurar a utilização de Boas Práticas no desenvolvimento de Projectos de
Apicultura.
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2. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO


Para garantir que os Objectivos sejam alcançados é essencial, nesta lógica de
desenvolvimento de formação mais focada no aluno/formando, ser dada especial
atenção aos ambientes/contextos de aprendizagem, aos processos/mecanismos de
aprendizagem que neles decorrem e aos suportes/recursos de apoio que vão
possibilitar as melhores estratégias de desenvolvimento da formação.

Como a Formação tem, necessariamente, uma componente teórica, essencial para a


aquisição e consolidação de conhecimentos e uma forte componente prática, para
aplicação técnica dos conhecimentos e realização efectiva de operações práticas,
faremos aqui uma breve referência aos dois contextos de aprendizagem, assim como
aos processos e mecanismos que vão estar mais presentes em cada um desses
contextos.

OS CONTEXTOS FORMATIVOS/CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM

Os Contextos Formativos/Contextos de Aprendizagem são os ambientes, espaciais,


físicos, afectivos, pedagógicos e didácticos onde decorrem estratégias de interacção
entre formador e alunos/formandos, tendo em vista a dinamização de percursos de
aquisição de conhecimento. Esta UFCD, pelo conjunto de componentes informativas/ 3
/conceptuais/teóricas que integra e, ao mesmo tempo, pela exigência de aplicação
prática e experimental das mesmas, vai desenvolver-se em Contexto Formativo de
Aula, para momentos de Aprendizagem mais relacionada com a recepção e
assimilação da informação e em Contexto Formativo de Trabalho de Campo e
Trabalho Projecto para a componente mais prática e Experimental.
A Documentação de Apoio ao Percurso Formativo será constituída, pois, por um
conjunto de recursos informativos estruturados para a aquisição de informação e
conhecimentos para suporte das práticas.
Consideremos, então, um Contexto mais enquadrado num ambiente propiciador de
recepção e consolidação de informação e conhecimento documental, a que
chamaremos “Contexto Formativo Sala/Biblioteca (Teórico-Prático)” e um outro
Contexto de Formação, focado no trabalho de campo, na prática experimental em
contexto oficinal, na aplicação de conhecimentos ao saber fazer, a que chamaremos
“Contexto Formativo Trabalho de Campo/Oficina/Projecto (Prático-Experimental)”.
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GESTÃO DA APRENDIZAGEM EM CADA UM DOS CONTEXTOS

Para aprender a “Saber Fazer”, no caso desta UFCD sobre a “Apicultura” o


aluno/formando tem de adquirir um conjunto de informações sobre as características
específicas da actividade, os tipos de conhecimento exigidos, os procedimentos e
técnicas necessárias para garantir o desenvolvimento da actividade tendo em vista a
produção efectiva de Mel. É necessário, então, um contexto de Aprendizagem inicial,
em Sala de Aula e (ou) Biblioteca, onde seja possível garantir que vão decorrer as
seguintes aprendizagem (a título de exemplo):

• Leitura da informação facultada;


• Assimilação dessa informação através de estratégias de memorização e
compreensão;
• Consolidação da informação através de exercícios e partilha na sala de aula;
• Complemento da informação através de pesquisa, na Biblioteca ou na Sala de
Aula, utilizando recursos diversos;
• Compreensão da informação recebida tendo em vista a sua aplicação prática.
O Exercício Prático que leva ao “Saber Fazer”, exige um contexto de Aprendizagem
onde se possa aplicar o que se aprendeu, de forma a poder concretizar um Projecto,
neste caso de gestão e manutenção de um Apiário e respectivas Colmeias.
4
Neste contexto de trabalho de campo/trabalho oficinal, as aprendizagens a
desenvolver devem incluir as que vamos identificar (a título de exemplo):

• Identificação e reconhecimento presencial dos instrumentos técnicos a utilizar;


• Contacto presencial com os materiais a utilizar para a preparação das
estruturas;
• Utilização dos conhecimentos técnicos diversos para implementar as diferentes
operações integradas para a produção de Mel;
• Acompanhamento e monitorização de todas as actividades integradas no
processo de produção;
• Organização de registos adequados para garantir o reajustamento e melhoria
das práticas e procurar adquirir Boas Práticas no desenvolvimento da
Apicultura.
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GUIÃO DE TRABALHO “APICULTURA”

I – DOCUMENTAÇÃO DE APOIO/INFORMAÇÃO

DOCUMENTO 1

A APICULTURA – BREVE HISTÓRIA

A história da produção e utilização de mel é uma história de longos milhares de


anos, confirmados por achados arqueológicos diversos tais como pedaços de âmbar
transparente envolvendo abelhas ou, ainda, registo gráfico de arte rupestre
representando abelhas, datando do neolítico numa caverna na área onde hoje fica
Valência (Espanha). Outra representação antiga está gravada na tumba de Ramsés
5
IX, no Egipto, essa datando de 1100 a.C.
Na obra de Eva Crane, Honey, a Comprehensive Survey, encontramos informações
de que os Sumérios, que se estabeleceram na Mesopotâmia por volta de 5000 a.C., já
usavam o mel. Dos textos Sumérios que sobreviveram até os nossos dias são
conhecidas duas passagens que falam a respeito do mel.
Três mil anos depois, esta região seria conhecida por Babilónia. Os Babilónios já
usavam o mel também na medicina. Posteriormente, os hititas invadiram a
Babilónia. No código hitita, por volta de l300 a.C., aparecem as primeiras referências
a uma legislação que diz respeito ao uso do mel.
Por volta do ano 3400 a.C., o soberano do Alto Egipto uniu o seu reino ao Baixo
Egipto. Desde a primeira dinastia, em 3200 a.C., adoptaram-se as abelhas como
símbolo do faraó do Baixo Egipto. O mel era muito usado pelos antigos egípcios,
especialmente pelos sacerdotes, tanto nos rituais e cerimónias como para alimentar
animais sagrados.
Há textos que põem em destaque a existência de apicultura migratória no antigo
Egipto, o que significa que já naquela época era bastante usado algum tipo de
colmeia móvel. Pela época do historiador Hesíodo, contemporâneo de Homero, a
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apicultura sistemática já era um facto, pois menciona-se o “simblous”, ou “simvlus”,


que era um tipo de colmeia construída por mãos humanas. Escavações feitas em
Festo, na ilha de Creta, por companhias arqueológicas italianas, trouxeram à luz
colmeias de barro que pertenceram à época minoica, 3400 a.C., muito anterior a
Hesíodo e Homero. Outros achados destas escavações revelam a elevada situação da
apicultura desta época. Entre eles estão duas jóias de ouro; uma delas mostra duas
abelhas, datada de 2500 a.C., e foi encontrada nas escavações da antiga cidade de
Cnossos. Homero, o poeta, na sua consagrada Odisseia, fala sobre uma mistura de
mel e leite, chamada “melikraton”, que era considerada uma excelente bebida;
menciona também que as filhas órfãs de Píndaro eram alimentadas pela deusa
Vénus (Afrodite) com queijo, mel e vinho, os mesmos alimentos usados por Circe, a
feiticeira, que fascinou os companheiros de Ulisses.
Foi Aristóteles quem primeiro fez estudos com métodos científicos a respeito de
abelhas, “melissas”, utilizando uma colmeia cilíndrica feita com ramos de árvores
entrelaçados com uma mistura de barro e estrume de vaca. Esta colmeia hoje é
chamada de “anastomo” ou “cofini”, e em certas regiões da Macedónia ainda é
usada.
6
No período pré-aristotélico, a apicultura já tinha em grande parte sido
sistematizada, tanto assim que o grande legislador ateniense Sólon dedicou-lhe
vários artigos da lei, o que comprova o seu estado avançado naquele tempo. Um dos
artigos proibia a instalação de um novo apiário a uma distância menor que 300 pés
(90 metros) de um apiário já existente. A cesta cilíndrica usada como colmeia possuía
alvado ou buracos por onde entravam as abelhas, na parte superior, boca, onde eram
colocadas de oito a doze ripas de madeira, paralelas. Ao longo da parte inferior
destas ripas era derramada cera derretida, bem no meio, e ao longo do seu
comprimento. A partir deste fio de cera, as abelhas iniciavam a construção de favos
paralelos que chegavam ao fundo da cesta. Estes foram os primeiros favos móveis
de que se tem notícia.
Com favos móveis, Aristóteles conseguiu fazer observações valiosíssimas, das
quais algumas sobreviveram até à descoberta do microscópio. No entanto, somente
em 1851, Langstroth, um apicultor americano, formou a base da apicultura moderna
com a descoberta do ESPAÇO ABELHA, que é de 6 a 9 mm, o que permite às abelhas
trabalharem em ambos os lados dos favos, sem prejudicar as suas actividades. Esse
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apicultor foi o responsável pela invenção da colmeia americana, muito utilizada no


mundo inteiro, até à actualidade.
A Apicultura sistemática foi-se desenvolvendo à medida que se foi conhecendo
melhor a biologia e competências funcionais dos habitantes da colmeia e,
principalmente, a sua cultura de trabalho em comunidade para a produção de mel.

HISTÓRIA DA APICULTURA
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DOCUMENTO 2

A APICULTURA

O CONCEITO

A apicultura é uma actividade que consiste na exploração comercial das abelhas


para produção de mel, pólen, geleia real e própolis. Depende de o produtor
direccionar a sua actividade para o que mais lhe convier ou para a procura do
mercado.
Actualmente os principais países exportadores de mel são a Argentina (detentora
de 84,17% das exportações mundiais) e a China (26,59% da exportação mundial).
Entretanto nos três últimos anos esses países tiveram grandes problemas de
comercialização, o que gerou um aumento da procura do mercado mundial.
O aumento do valor monetário do mel, fez com que diversos apicultores
aumentassem a sua produção e outros, fora da actividade, entrassem para a mesma.
Porém, para uma boa produção das colmeias é necessária uma quantidade de flora
capaz de fornecer néctar e pólen durante todo o ano para as abelhas. Em muitos
8
casos é indicada a suplementação com diferentes alimentos (farelo de soja, farinha
láctea, farelo de polpa de citrinos). Da Apicultura resultam os seguintes Produtos:
• Geleia Real: é produzida dentro da colmeia visando a alimentação dos embriões
de abelha com até 3 dias de idade e para a alimentação de toda a vida da abelha
rainha (a única que se alimenta integralmente de geleia real). É um alimento
altamente proteico e altamente valorizado no mercado para a alimentação
humana (diz-se que tem propriedades terapêuticas, mas ainda não há
comprovação científica).
• Própolis: pode ser obtida mediante algumas técnicas de produção (por exemplo,
colocar alguns “calços” na tampa da caixa da colmeia). É uma substância de
aspecto pegajoso e a sua cor depende da flora existente na região (geralmente
varia de verde escuro a preto). A sua função natural na colmeia é de higienização
(a própolis é bactericida), muito usada para fabricação dos mais diversos
medicamentos. Há um grande interesse no Japão, actualmente, em importar
própolis verde (eles acreditam que as propriedades terapêuticas desse tipo de
própolis são maiores).
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• Mel: substância altamente energética, rico alimento consumido desde os tempos


mais antigos. É rico também em aminoácidos e a sua função na colmeia é de
alimentação das abelhas. É utilizado nos mais diferentes pratos da alimentação
humana.
• Pólen: serve de reserva de alimento para as abelhas. É um alimento rico em
proteína, mas não tão comumente utilizado para alimentação humana, apesar
de toda a sua riqueza nutricional.

PRODUTOS DA APICULTURA
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DOCUMENTO 3

A APICULTURA COMO ACTIVIDADE PRODUTIVA

AS ETAPAS TÉCNICAS DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJECTO DE


APICULTURA

I – INSTALAÇÃO DO APIÁRIO

LOCALIZAÇÃO DO APIÁRIO

Dois factores são levados em conta: o conforto das abelhas e a conveniência do


apicultor, mas ambos os limites dependem da raça da abelha a utilizar.
Os requisitos gerais são:
• Acesso fácil: devido ao movimento das caixas de entrada e de saída
recomenda-se um onde seja fácil organizar logísticas de transporte.
• Distância de locais com trânsito, pessoas ou animais: pelo menos a 200
metros das casas, estradas, auto-estradas para prevenir aparecimento
10 imprevísivel de pessoas ou animais.
• Flora apícola abundante: importante que existam plantas que sejam
procuradas pelas abelhas para a obtenção de pólen e néctar.
• Fonte de água limpa: as abelhas precisam de água abundante e limpa,
porque é o que é usado para regular a temperatura interna da colmeia no
Verão. Cada colmeia precisa de uma ou duas garrafas de água por dia.
• Terreno: deve seleccionar-se um terreno ligeiramente inclinado sem muita
humidade, e sem ventos fortes.

O APIÁRIO COMO ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO

O apiário é um conjunto racional de colmeias, devidamente instalado em local


preferivelmente seco, batido pelo sol, de fácil acesso, suficientemente distante de
pessoas e animais, provocando o confinamento das abelhas. Ele sofrerá a
interferência de factores do meio ambiente no qual está instalado, tais como:
temperatura, humidade, chuvas, florações, ventos, pássaros predadores, insectos
inimigos e concorrentes.
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O progresso do apiário dependerá, em grande parte, do meio ambiente no qual


está instalado, onde vivem e trabalham as abelhas. Por isso, caberá ao apicultor, o
correcto manejo das abelhas, para obter resultados positivos no desenvolvimento do
apiário.
O Apiário é constituído por um grupo de duas ou mais colmeias até um máximo
médio de trinta colmeias (há apiários maiores), que têm um lugar próprio e uma área
de recolha do mel de até três quilómetros quadrados.
A Organização das Colmeias no Apiário pode ser feita do seguinte modo:

Disposição em círculo Disposição em grupos

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Disposição em Linha

II – ORGANIZAÇÃO DAS COLMEIAS NO ESPAÇO SELECCIONADO PARA


O APIÁRIO

O Apiário é constituído por um grupo de duas ou mais colmeias até um máximo


de trinta num lugar e numa área de recolha de até 3 km2.
Se pretender ter mais colmeias, no mesmo espaço, vai verificar que a concorrência
para a recolha de pólen e néctar vai acontecer e a produção da colmeia decresce.
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ORGANIZAÇÃO DA COLMEIA E PAPEL DE CADA ELEMENTO FUNCIONAL

Caixa de Colmeia: parte básica da colmeia. É uma caixa de madeira preparada para
receber os diferentes elementos necessários à organização da colmeia e à produção
de mel. Deve ser construída com madeira de boa qualidade e bem seca.
Quadros: são bastidores de rede em moldura de madeira que são colocados em
caixas de madeira com espaços próprios para os mesmos (ninhos e melgueiras).
Tampa/Tecto: moldura de madeira com tampa de metal. Destina-se a proteger a
colmeia da chuva e do sol.
Fundo/Pavimento: uma plataforma de madeira lisa, que constitui uma plataforma
de desembarque ou permite que as abelhas voem.
Ninho: espaço onde estão colocados os quadros que serão usados para a postura de
ovos e desenvolvimento das crias.
Melgueiras: espaço onde estão colocados os quadros destinados à produção de mel.
Alvado: espaço de entrada e saída das abelhas.

ESTRUTURA DA COLMEIA
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O PAPEL DA ABELHAS NA COLMEIA

As Abelhas são as responsáveis directas pela produção do mel, por isso podemos
dizer que elas são as produtoras enquanto o Apicultor é a pessoa que se encarrega
de cultivar os produtos proporcionados pelas abelhas.
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Os habitantes naturais da Colmeia, responsáveis por todas as tarefas naturais que


conduzem à produção do mel, são as abelhas que, organizadas em três tipologias e
responsabilidades diferentes, desenvolvem as actividades necessárias à obtenção do
produto. Estes três tipos de abelhas, que coabitam na colmeia, são:
• A Rainha é a personagem central e mais importante da colmeia. Afinal, é dela
que depende a harmonia dos trabalhos da colónia, bem como a reprodução da
espécie. A rainha é quase duas vezes maior que as operárias e vive cerca de 3 a
6 anos. No entanto, a partir do terceiro e quarto ano a sua fecundidade decai. A
sua única função, do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já que ela é a
única abelha feminina com capacidade de reprodução. Mas a abelha rainha
desempenha um importante papel do ponto de vista social: ela é a responsável
pela manutenção do chamado “Espírito da colmeia”, ou seja, pela harmonia e
ordenação dos trabalhos da colónia. Ela consegue manter este estado de
harmonia produzindo uma comunidade de trabalho.
• O Zangão é o único macho da colmeia, não possui ferrão e, nasce de ovos não
fecundados depositados pela rainha. A única função dos zangões é a fecundação
das rainhas virgens.
13
• A Abelha Operária ou Obreira é responsável por todo o trabalho realizado no
interior da colmeia. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colmeia,
garantem o alimento e a água de que a colónia necessita recolhendo pólen e
néctar, produzem a cera, com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os
zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família.

ABELHAS DA COLMEIA
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III – O PAPEL DO APICULTOR

O verdadeiro trabalho do apicultor começa após a instalação das suas primeiras


colmeias. É aqui que começam as diferenças entre a apicultura racional e a apicultura
de pilhagem ou exploração de enxames que vivem em estado natural. E o papel do
apicultor é o de amparar as suas abelhas nos momentos mais difíceis, para poder
beneficiar nos momentos em que as colmeias se encontram na plenitude produtiva.
Para tanto, é preciso que se entenda que a colónia vive em constante ciclo: nos
períodos de escassez de alimento, a família definha, os zangões são expulsos da
colmeia, cai a postura da rainha e, consequentemente, diminui ou cessa a produção
de mel, pólen e cera.
É nesse momento que deve entrar a acção do apicultor, socorrendo a sua colónia.
Ele deve providenciar alimento artificial para a sua criação (como veremos adiante),
reduzir a entrada do alvado nos períodos de frio, para auxiliar a manutenção da
temperatura ambiente no interior da colmeia, fornecer cera alveolada para poupar
as abelhas da trabalhosa tarefa de produzir cera, verificar o estado dos quadros, etc.
Já nas épocas de floração abundante, a produção de mel da colónia, desde que
14 tudo esteja a correr satisfatoriamente, é suficiente para que o apicultor possa colher
boa parte para si, sem causar prejuízo às abelhas. Igualmente, cresce a produção de
pólen, cera, geleia real e própolis, que pode ser explorada, racionalmente, pelo
apicultor. A colónia cresce, permitindo que o apicultor promova o desenvolvimento
do seu apiário, fortalecendo famílias fracas, desdobrando colónias mais vigorosas,
aumentando assim o seu apiário e criando novas rainhas para substituir as já velhas,
cansadas e decadentes. As Actividades do Apicultor na gestão e supervisão do
Apiário, são as seguintes:

INSPECÇÃO DA COLMEIA – OS OBJECTIVOS DA INSPECÇÃO

Para verificar o andamento dos trabalhos da colmeia e interferir nos momentos


de necessidade, como, por exemplo, fornecer alimento nos períodos de carência,
verificar a conformação dos favos e as posturas da rainha, entre outras, o apicultor
deve fazer inspeções periódicas.
Este trabalho de revisão, como foi dito, deve ser feito pelo apicultor devidamente
trajado com a sua vestimenta, em dias quentes e ensolarados e, preferencialmente,
com a ajuda de outro colega. Neste tipo de actividade, o uso do fumigador é
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obrigatório e o trabalho deve ser feito de forma rápida, em movimentos tranquilos,


delicados, porém decididos. Gestos ou acções bruscas podem provocar a ira e a
reacção das abelhas.
Para realizar o trabalho de inspecção ou revisão, aproxime-se sempre pelo lado
de trás da caixa. Nunca interrompa, com o corpo, a linha de vôo das abelhas, que
entram e saem da caixa em busca de alimentos.
O trabalho de inspecção começa sempre com a fumigação da caixa. Não faça fumo
em excesso para não provocar o efeito contrário ao desejado, ou seja, acabar por
irritar as abelhas; procure sempre fumigar ao lado até chegar ao fumo branco e não
tão quente. Antes de abrir a caixa para fazer o trabalho de revisão propriamente dito,
faça fumo junto ao alvado. Duas ou três baforadas leves bastam. Para abrir a tampa,
e começar o trabalho de revisão, enquanto uma pessoa abre o tecto da caixa a outra
faz fumo sobre a caixa horizontalmente. Nunca directamente sobre os quadros. Duas
a três baforadas são suficientes. O fumo deve ser frio ou branco e nunca quente ou
azul.

LISTA DE SUPERVISÃO/VERIFICAÇÃO NA INSPECÇÃO


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Não se esqueça de que qualquer interferência no trabalho das abelhas deve
limitar-se ao essencialmente necessário, para não prejudicar o desenvolvimento da
colónia. Basicamente, o trabalho de revisão das colmeias é feito para verificar:
• A DISPOSIÇÃO DOS QUADROS – Os favos, sejam eles de cria ou de mel, devem
estar em bom estado. Favos escuros, retorcidos ou danificados devem ser
substituídos por favos com cera nova alveolada.
• A POSTURA DA RAINHA – Os favos, principalmente os do centro do ninho, onde
se desenvolve a família na colmeia, devem ser examinados para constatar a
presença de larvas e ovos. É uma operação delicada e que requer atenção visual,
pois os ovos são pequenos, medindo cerca de 2 mm. A ocorrência de favos com
pequeno número tanto de crias, abertos ou fechados, como de ovos depositados,
é sinal de que a rainha está fraca ou decadente e deve ser substituída.
• O ESPAÇO PARA A FAMÍLIA SE DESENVOLVER – Se os favos da caixa estão todos
ocupados, com crias ou com alimento (mel e pólen), o apicultor deve
providenciar mais espaço para a família, ou seja, uma caixa extra, com quadros
dotados de cera alveolada, em cujos favos a rainha poderá depositar os seus
ovos. Um indício de que a caixa está “lotada”, ou seja super-povoada, é a
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formação daquilo a que os apicultores denominam de “barba” de abelhas: a


disposição, nos dias quentes, de numerosas abelhas na entrada da colmeia, em
forma de cacho.
• COLOCAÇÃO DE MELGUEIRAS – O apicultor deve observar o fluxo de néctar que
está a entrar na colmeia e colocar sobre o ninho uma ou duas melgueiras.
• SINAIS DE DOENÇA – A presença de larvas mortas nos favos e de abelhas mortas
no assoalho da caixa é indício de ocorrência de doença na família. Uma colmeia
sadia é sempre limpa e higiénica.
• FALTA DE ALIMENTO – Na entressafra, ou seja, nos períodos em que não há
floração, principalmente durante o Inverno ou nas estações de muita chuva,
verifique se a família tem alimento suficiente. Caso contrário, deverá ser
fornecida alimentação artificial à colónia.
• COLHEITA DE MEL – Durante a floração, colha o mel que estiver maduro
devolvendo os quadros, vazios e limpos, às melgueiras.
• CONTROLO DA ENXAMEAÇÃO – Para evitar que parte da colónia enxameie, ou
seja, que abandone a colmeia, verifique se a família está a formar realeiras nos
favos. As realeiras, que são cápsulas destinadas à criação de rainhas, são
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formadas normalmente, nas extremidades dos quadros, apresentando a forma
de um casulo parecido com uma casca de amendoim. Elimine, se for o caso, estas
cápsulas para não perder a colónia.

O PAPEL DO APICULTOR
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DOCUMENTO 4

A APICULTURA EM ANGOLA

Angola tem intensificado os investimentos na apicultura, devendo investir-se no


país, nos próximos três anos, 254 mil dólares, no âmbito de um programa da
Comunidade dos Países da África Austral (SADC), anunciou a coordenadora
nacional de projectos de reforço da capacidade, do Ministério da Agricultura.
Laurinda Paim disse que, para esse projecto, a SADC disponibilizou 40 milhões
de dólares, tendo Angola beneficiado de 254 mil dólares, a ser investido na
produção de mel e na capacitação dos apicultores.
O valor vai ser gasto apenas em acções formativas dos apicultores, relacionadas
com técnicas que visam assegurar e ampliar a produção de mel, explicou Laurinda
Paim, que prosseguiu: "O valor financiado a Angola vai apoiar projectos de
segurança alimentar, tais como o controlo de ameaças e pragas de plantas, animais,
culturas." Alguns projectos já começaram em Janeiro deste ano e nos municípios do
Cuito e Chitembo foram instaladas duas pequenas unidades de processamento de 17
mel pela Cruz Vermelha de Angola (CVA), em parceria com a sua congénere da
Espanha, no quadro do projecto “Meio de Vida”.
No ano passado, 80 mulheres da província foram capacitadas em matérias de
fomento da produção de mel no município do Chitembo. Na altura, as mulheres
muniram-se de conhecimentos sobre os cuidados a ter com as abelhas, fase
reprodutiva das abelhas, conservação do mel e sua importância no organismo
humano, entre outros, que estão a ajudar, da melhor forma, no aproveitamento do
mel.
O delegado da Associação Industrial de Angola (AIA) na província do Cuanza
Sul, Constantino Diogo, convidou ontem, na cidade do Sumbe, os empresários a
investirem na apicultura, com vista a criarem uma cadeia produtiva de mel.
Constantino Diogo adiantou que existe na província do Cuanza Sul um potencial
para a prática da apicultura. Por isso, disse, há necessidade de investir nesta área.
“O investimento na apicultura pode proporcionar às famílias um trabalho fixo e um
rendimento mensal para a sua subsistência.”
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Constantino Diogo informou que os municípios do Mussende, Cela e Cassongue


já começaram a dar os primeiros passos, adiantando que o excedente da produção
destas localidades pode ser exportado para os Estados Unidos e Japão.
O representante da Associação Industrial de Angola salientou que, além de mel, das
colmeias pode extrair-se o pólen, a própolis, a geleia real e o ferrão da abelha.
“É preciso investir na apicultura para desenvolver a agro-indústria, para que o
país possa deixar de importar derivados do mel”, sublinhou o delegado da
Associação Industrial de Angola. A Associação Industrial de Angola controla 14
cooperativas empresariais na província do Cuanza Sul.

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PARTICIPAÇÃO DE ANGOLA NA FEIRA DE MILÃO 2015


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II – GUIÃO DE ACTIVIDADES CONTEXTO TEÓRICO-PRÁTICO

SALA/BIBLIOTECA

A Proposta de Trabalho inclui cinco Actividades que podem ser realizadas no fim
desta Unidade Teórico-Prática ou que podem ir sendo realizadas ao longo da Unidade
como Estratégia do Formador. Com a realização das Actividades será mais fácil:

• Assimilar a informação sobre a “Apicultura”;

• Garantir que a mesma está consolidada e que a informação técnica está pronta

a ser utilizada;

• Permitir uma Auto Testagem do conhecimento adquirido;

• Possibilitar um melhor acompanhamento do percurso da aprendizagem do

aluno/formando por parte do formador. 19


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ACTIVIDADE Nº 1

Procedimentos:

Utilizando o Documento 1 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 1

1.1 A história da produção e utilização de mel é uma história de longos milhares


de anos, confirmados por achados arqueológicos diversos tais como pedaços
de âmbar transparente envolvendo abelhas.
V -----------ou F ------------
1.2 Em livros de História encontramos informações de que os Sumérios, que se
20 estabeleceram na Mesopotâmia por volta de 5000 a.C., já usavam o mel.
V -----------ou F ------------
1.3 Há textos que põem em destaque a existência de apicultura migratória no
antigo Egipto, o que significa que já naquela época era bastante usado algum
tipo de colmeia móvel. Pela época do historiador Hesíodo, contemporâneo de
Homero, a apicultura sistemática ainda não existia.
V -----------ou F ------------
1.4 Em 1851, Langstroth, um apicultor americano, formou a base da apicultura
moderna com a descoberta do ESPAÇO ABELHA, que é de 6 a 9 mm, o que
permite às abelhas trabalharem em ambos os lados dos favos, sem prejudicar
as suas atividades.
V -----------ou F ------------
1.5 A Apicultura sistemática foi-se desenvolvendo à medida que se foi conhecendo
melhor a biologia e competências funcionais dos habitantes da colmeia e,
principalmente, a sua cultura de trabalho em comunidade para a produção de
mel.
V -----------ou F ------------
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ACTIVIDADE Nº 2

Procedimentos:

Utilizando o Documento 2 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 2

1.1 A Apicultura é uma actividade que consiste na exploração comercial das


abelhas para produção de mel, pólen, geleia real e própolis.
V -----------ou F ------------
1.2 Actualmente os principais países exportadores de mel são a Argentina
(detentora de 84,17% das exportações mundiais) e a China (26,59% da
exportação mundial). 21
V -----------ou F ------------
1.3 A Geleia Real é um alimento altamente proteico e altamente valorizado no
mercado para a alimentação humana. Parece também ter propriedades
terapêuticas (segundo alguns estudiosos ainda não haverá comprovação
científica).
V -----------ou F ------------
1.4 O Mel é uma substância altamente energética, um alimento rico consumido
desde os tempos mais antigos. É rico também em aminoácidos e a sua função
na colmeia é de alimentação das abelhas. No entanto, é pouco utilizado na
alimentação humana.
V -----------ou F ------------
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ACTIVIDADE Nº 3

Procedimentos:

Utilizando o Documento 3 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 3

1.1 O acesso fácil, a flora apícola abundante, a existência de uma fonte de água
limpa, um terreno ligeiramente inclinado são alguns dos requisitos para uma
boa escolha na localização do apiário.
V -----------ou F ------------
1.2 O apiário é um conjunto racional de colmeias, devidamente instalado em local
22 preferivelmente seco, batido pelo sol, de fácil acesso, suficientemente distante
de pessoas e animais, provocando o confinamento das abelhas.
V -----------ou F ------------
1.3 O Apiário é constituído por um grupo de duas ou mais colmeias, até um
máximo médio de trinta colmeias (há apiários maiores), que têm um lugar
próprio e uma área de recolha do mel de até 10 km2.
V -----------ou F ------------
1.4 Para organizar a Colmeia são necessários alguns elementos funcionais como,
por exemplo, a caixa da colmeia, os quadros, a tampa, o fundo, o ninho, as
melgueiras e o alvado.
V -----------ou F ------------
1.5 As Abelhas são as responsáveis directas pela produção do mel, por isso,
podemos dizer que elas são as produtoras, enquanto o Apicultor é a pessoa
que se encarrega de cultivar os produtos proporcionados pelas abelhas.
V -----------ou F ------------
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1.6 A rainha é a personagem central e mais importante da colmeia pois é dela que
depende a harmonia dos trabalhos da colónia, bem como a reprodução da
espécie. A rainha é quase quatro vezes maior que as operárias e vive cerca de
6 a 9 anos.
V -----------ou F ------------
1.7 O papel do Apicultor é o de amparar as suas abelhas nos momentos mais
difíceis, para poder beneficiar nos momentos em que as colmeias se encontram
na plenitude produtiva.
V -----------ou F ------------
1.8 Cabe ao Apicultor detectar sinais de doença na colmeia, tais como presença de
larvas mortas nos favos e de abelhas mortas no soalho da caixa. Cabe, também
a responsabilidade de garantir que a colmeia esteja limpa e higienizada.
V -----------ou F ------------
1.9 A colheita do Mel não é da responsabilidade do Apicultor.
V -----------ou F ------------

23
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ACTIVIDADE Nº 4

Procedimentos:

Utilizando o Documento 4 preencha a Grelha de Completamento de Informação


abaixo colocada, preenchendo com a palavra certa o espaço em branco.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 4

1.1 Angola tem intensificado os investimentos na -------------, devendo investir-se


no país, nos próximos ------------- anos, 254 mil -------------, no âmbito de um
programa da ------------- dos Países da ------------- Austral (SADC).
1.2 No ano passado, ------------- ------------- foram ------------- em matérias de fomento
da ------------- de mel no município do Chitembo. Na altura, as mulheres
muniram-se de ----------- sobre os cuidados a ter com as -----------, fase -----------
das abelhas, --------------- do mel e a sua importância no ------------- humano.
24 1.3 O delegado da ------------- ------------- de Angola (AIA) na província do Cuanza
Sul, convidou, na cidade do -------------, os ------------- a investirem na ------------,
com vista a criarem uma cadeia ------------- de mel.
1.4 O ------------- na apicultura pode proporcionar às ------------- um ------------- fixo
e um rendimento ----------- para a sua -----------. É preciso investir na -------------
para desenvolver a ------------- -------------.
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Procedimentos de Avaliação
As grelhas de Actividade que constam do Guião do Contexto Teórico-Prático são
grelhas de consolidação de informação e conhecimento, mas que podem ser utilizadas
pelo formador para avaliar o percurso e o processo de aprendizagem dos
alunos/formandos, avaliando cada uma das actividades desenvolvidas, sempre numa
perspectiva formativa e de acompanhamento dessa aprendizagem.

A “Grelha Geral de Avaliação de Desempenho I” (contexto teórico-prático), abaixo


apresentada, permite registar a Avaliação de cada aluno/formando em cada
actividade, de um modo muito simples, utilizando a tipologia de avaliação constante
da escala de avaliação.

GRELHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO I

Nome do Actividade 1 Actividade 2 Actividade 3 Actividade 4 Total


Aluno

ou

Grupo de
25
Trabalho

Legenda e escala de avaliação:


1 – Fraco (ou Nunca/Não Adequado/Não Satisfaz)
2 – Suficiente (Alguma Frequência/Medianamente Adequado/Satisfaz)
3 – Bom (Bastante Frequência/Bastante Adequado/Nível Qualidade Bom)
4 – Muito Bom (Muito Frequente/Muito Adequado/Nível Qualidade Muito Bom)
5 – Excelente (Sempre/Totalmente Adequado/Nível Qualidade Excelente)
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III – GUIÃO DE ACTIVIDADES CONTEXTO PRÁTICO-EXPERIMENTAL

TRABALHO DE CAMPO

Proposta de Trabalho

A Proposta de Trabalho inclui duas actividades, sendo que a Actividade nº 1 constitui


um Roteiro de Trabalho de Campo de Longa Duração, cuja gestão temporal é da
responsabilidade do formador, dada a importância da constante análise do contexto
de implementação e a permanente necessidade de adequação. Com a realização das
Actividades será mais fácil:

26 • Aplicar a informação e o conhecimento apreendido;

• Consolidar a aprendizagem das técnicas a aplicar na Apicultura,

concretamente, na gestão e manutenção de um Apiário e em todas as suas

etapas e operações;

• Corrigir e melhorar, através da prática monitorizada, a aplicação dos

conhecimentos e técnicas para uso e manutenção do apiário.


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ACTIVIDADE Nº 1

Conteúdos e Competências em Expectativa

• Preparação, Gestão e Manutenção do Apiário em todas as suas etapas e


operações
• Articulação dos conceitos teóricos com as práticas de campo.

Procedimentos:

Pretende-se, com esta primeira actividade, dar início ao trabalho de campo, colocando
o aluno/formando na situação de observar, manipular e aplicar os conhecimentos e
técnicas à realidade.

Procure então:

1.1 Acompanhado pelo formador proceder à observação do Apiário da Cidadela.

1.2 Identificar cada elemento do Apiário e as suas utilizações e funções.

1.3 Compreender o funcionamento da Colmeia e a importância das abelhas na 27


actividade de produção de mel.

1.4 Visionar o funcionamento do Apiário do ponto de vista da sua organização.

1.5 Acompanhar atentamente as explicações do formador sobre esse funcionamento.

1.6 Estabelecer contacto directo com os diferentes elementos funcionais do apiário

e com as diferentes responsabilidades do Apicultor.

1.7 Conhecer as etapas da gestão e manutenção do Apiário.

1.8 Iniciar a aplicação real dos cuidados de gestão e manutenção dos diferentes

elementos que integram o Apiário.


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ACTIVIDADE Nº 2

Conteúdos e Competências em Expectativa

• Pesquisa, Aprofundamento e Análise Crítica


• Técnicas de Exposição Oral
• Técnicas de Debate e Expressão Argumentativa
• Técnicas de elaboração de Relatório Crítico

Procedimentos:

Pretende-se, com esta segunda actividade, desenvolver competências transversais


(soft skills) essenciais para a qualidade global da aprendizagem.

Procure então:

1.1 Em dinâmica de Grupo, proceder a uma pesquisa aprofundada sobre a

importância da apicultura e do apiário na vida sócio-económica da comunidade.

Preparar, também em Grupo, um momento de Debate e troca de ideias com toda


28
a turma.

1.2 Elaborar, também em dinâmica de grupo, um relatório crítico que apresente os

elementos considerados significativos sobre este tema e o impacto da sua

aprendizagem prática.

1.3 Elaborar um relatório crítico individual evidenciando o impacto pessoal da

aprendizagem.
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Recursos de Apoio
• Apiário da Cidadela Jovens de Sucesso de Cabinda.
• Elementos funcionais e Abelhas colocados nas Colmeias.
• Acompanhamento e monitorização dos formadores e outros especialistas.
• Pesquisas autónomas.

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Procedimentos de Avaliação
As Propostas de Actividade que constam do Guião do Contexto Prático-
-Experimental permitem, igualmente, que o formador avalie o percurso e o processo
de aprendizagem dos alunos/formandos, avaliando cada uma das actividades
desenvolvidas, sempre numa perspectiva formativa e de acompanhamento dessa
aprendizagem.

A “Grelha Geral de Avaliação de Desempenho II” (contexto prático-experimental),


abaixo apresentada, permite registar a Avaliação de cada aluno/formando em cada
actividade, de um modo muito simples, utilizando a tipologia de avaliação constante
da escala de avaliação.

GRELHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO II

Nome do Aluno Actividade 1 Actividade 2 Total

ou

Grupo de Trabalho
30

Legenda e escala de avaliação:


1 – Fraco (ou Nunca/Não Adequado/Não Satisfaz)
2 – Suficiente (Alguma Frequência/Medianamente Adequado/Satisfaz)
3 – Bom (Bastante Frequência/Bastante Adequado/Nível Qualidade Bom)
4 – Muito Bom (Muito Frequente/Muito Adequado/Nível Qualidade Muito Bom)
5 – Excelente (Sempre/Totalmente Adequado/Nível Qualidade Excelente)
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FICHA TÉCNICA DA UNIDADE DE APRENDIZAGEM Nº 18

• Coordenação Geral: Focus Education

• Parceria Institucional: Ministério da Administração Pública,

Trabalho e Segurança Social

• Equipa de Concepção e Produção: Míriam Aço e Daniel Kait

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