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TÉCNICO EM
DIAGNÓSTICO
MÓDULO II
Pré-treinamento
Easy-Shift
Easy-Shift
Índice :
- Boas vindas............................................................................................................................................................................................................................................. 4
- Introdução ............................................................................................................................................................................................................................................... 5
- Alavanca de mudanças ........................................................................................................................................................................................................................... 6
- Conjunto central de eletroválvulas .......................................................................................................................................................................................................... 7
- Descrição de funcionamento: chave ligada ............................................................................................................................................................................................ 8
- Descrição de funcionamento: embreagem acionada .............................................................................................................................................................................. 9
- Descrição de funcionamento: seleção da primeira marcha .................................................................................................................................................................... 10
- Descrição de funcionamento: engate da primeira marcha ..................................................................................................................................................................... 11
- Descrição de funcionamento: temporização ........................................................................................................................................................................................... 12
- Sensor do pedal da embreagem ............................................................................................................................................................................................................. 14
- Bloqueio longitudinal da alavanca .......................................................................................................................................................................................................... 15
- Bloqueio transversal da alavanca ........................................................................................................................................................................................................... 18
- Esquema eletropneumático: chave ligada .............................................................................................................................................................................................. 24
- Esquema eletropneumático: embreagem acionada ............................................................................................................................................................................... 25
- Esquema eletropneumático: primeira marcha engatada ........................................................................................................................................................................ 26
- Esquema eletropneumático: temporização ............................................................................................................................................................................................ 27
- Esquema eletropneumático: segunda marcha engatada ....................................................................................................................................................................... 28
- Esquema eletropneumático: terceira marcha engatada ......................................................................................................................................................................... 29
- Esquema eletropneumático: quarta marcha engatada ........................................................................................................................................................................... 30
- Esquema eletropneumático: quinta marcha engatada ........................................................................................................................................................................... 31
- Esquema eletropneumático: sexta marcha engatada ............................................................................................................................................................................ 32
- Esquema eletropneumático: marcha-à-ré engatada .............................................................................................................................................................................. 33
- Diagnóstico de falhas: estudo dirigido .................................................................................................................................................................................................... 35
- Exercícios ................................................................................................................................................................................................................................................ 42
Prezado aluno!
Durante o treinamento: Técnico em Diagnóstico - Módulo I – Ênfase em Mecânica. Foram ressaltadas algumas características que são fundamentais para o
desenvolvimento técnico dos profissionais na atividade de diagnosticar falhas. Entre os principais objetivos propostos pelo Módulo I destacamos: o de avaliar o nível de
conhecimento em relação aos pré-requisitos exigidos e o de conscientizar o candidato sobre as habilidades que o mesmo necessita desenvolver para obter sucesso na
missão de identificar falhas de funcionamento e as causas reais de tais irregularidades. Ficou evidenciado na ocasião do curso que não teremos um técnico certificado
em mecânica e outro em elétrica e sim um único profissional, que reúna em ambas as áreas as habilidades e a experiência necessárias para cumprir com êxito a sua
função.
Dando continuidade ao programa de treinamento, estaremos implantando o conceito de auto-aprendizado. Para atender a este propósito, iremos contar com a etapa
de “pré-treinamento”, que faz parte faz parte da preparação para o curso “Técnico em Diagnóstico - Módulo II - Ênfase em Mecânica”.
Durante o pré-treinamento você receberá apostilas que abordam temas que não possuem um curso específico. Estas apostilas serão enviadas em etapas, estude-as
com atenção e faça todos os exercícios propostos. Reveja e estude também as apostilas entregues durante os cursos exigidos como pré-requisitos para o módulo II:
Motor série 600, Caixas MB leves, médias e pesadas, Eixos traseiros pesados e Freios. Pois, na ocasião do treinamento do módulo II, a ser realizado em Campinas,
serão avaliados tanto os temas constantes nas apostilas de pré-treinamento, quanto os assuntos pertinentes aos cursos de pré-requisitos.
Começaremos o pré-treinamento com o tema Easy-Shift, você encontrará detalhes construtivos e o principio de funcionamento do sistema e seus componentes. Além
disso, há uma série de exercícios com a finalidade de reforçarmos os conceitos que estamos desenvolvendo desde o inicio das atividades no Módulo I, tais como,
conhecimento básico do assunto, capacidade de pesquisar a literatura disponível , aplicação do sistema de níveis para diagnóstico de falhas, etc.
Nota :
- Este material foi desenvolvido visando as atividades que envolvem o curso de preparação do técnico em diagnóstico, as informações aqui contidas
relacionadas a valores e dados técnicos tem o compromisso apenas com a didática empregada, não substituindo portanto a literatura oficial para a
oficina.
- Para realizar os trabalhos em veículos nos concessionários ou pra qualquer outra necessidade além da que especificamos nesta nota, o documento
a ser consultado deve ser o Selit.
Introdução
Easy-shift, é um sistema eletropneumático de mudanças de marchas desenvolvido e fabricado pela ZF. A finalidade é a de facilitar a operação de troca de marchas
proporcionando um maior conforto ao motorista. Outras vantagens do sistema é o de facilitar o encarroçamento e o de simplificar a manutenção.
O sistema é um complemento para as caixas de mudanças mecânicas, através do qual o mecanismo de mudança das marchas manual é substituído por cilindros
pneumáticos para selecionar e engatar as marchas, mediante um comando elétrico / eletrônico.
No Brasil, encontramos o sistema easy-shift, como opcional, para as caixas de mudanças ZF S6-1550 montadas nos veículos O-400 e O-500.
B40
S29 - Alavanca de câmbio
U10 - Módulo de comando eletrônico
U12
U12 - Módulo Amplificador de sinal
U13 - Módulo de corte da pressão
B40 - Sensor do pedal da embreagem
U11 - Central de eletroválvulas U10
A - Reservatório auxiliar de ar comprimido
Ligações elétricas
Tubulação pneumática S29
U11
U13
Conjunto de micro-
interruptores Função dos micro-interruptores :
S1 – Participa do engate das marchas ímpares, pares e marcha-à-ré
S2 – Participa do engate das marchas pares e marcha-à-ré
S3 – Participa da seleção da primeira / segunda e da quinta / sexta marchas
S4 – Participa da seleção da primeira e segunda marchas
Placa corrediça
S5 – Participa da seleção de todas as marchas à frente
S8 – Participa da seleção de todas as marchas
Funcionamento da eletroválvula Y8 :
3 com a circulação corrente elétrica na
4 bobina , o núcleo ( 5 ) é atraído pelo
eletroímã abrindo a válvula ( 1 ) de um
lado e fechando a saída para a
atmosfera ( 3 ) do outro lado . Com a
passagem do ar pela válvula ( 1 ) o
êmbolo de acionamento ( 6 ) sobe e
1
fecha a saída para a atmosfera ( 4 ) ao
mesmo tempo que abre a válvula ( 2 ) .
Funcionamento da eletroválvula Y8 : sem
Desse modo as demais eletroválvulas
corrente elétrica na bobina , as válvulas de
da central serão pressurizadas .
entrada ( 1 ) e ( 2 ) estão fechadas . E as
5 6
saídas para a atmosfera ( 3 ) e ( 4 ) estão
abertas .
Descrição de Funcionamento
Os componentes elétricos / eletrônicos do sistema são alimentados pela linha KL 15 e os pneumáticos necessitam de no mínimo 4,5 bar para o seu correto
funcionamento. A seguir veremos a descrição de funcionamento do esquema elétrico-pneumático nas suas principais funções .
Observação : Os números e os códigos de identificação dos componentes utilizados nesta descrição podem variar dependendo do veículo ou em função de
modificações feitas pelos encarroçadores.
Embreagem Acionada
Partindo da situação anterior o motorista aciona o pedal da embreagem, o sensor do pedal B40, envia um sinal para o módulo U13, que por sua vez energiza a
eletroválvula Y8. Observe que na conexão P10 da central U11, encontra-se a alimentação pneumática do sistema, com a bobina da eletroválvula Y8 energizada, a
válvula de entrada abre e o ar pressurizado passa a alimentar as demais eletroválvulas da central e também a conexão P15, que se comunica com a conexão central
do cilindro de engate. Este por sua vez, por estar pressurizado apenas no centro, mantém o câmbio em ponto morto .
Cilindro de engate
U11
U13
U10
Cilindro de seleção
Engate : No caso das caixas S6-1550 da ZF a primeira marcha será engatada deslocando a alavanca para a frente em direção ao painel do veículo. Com o movimento
da alavanca neste sentido o micro-interruptor S1 direciona a corrente elétrica através do conector B/2 de S29 para a eletroválvula Y2 que é responsável por liberar a
pressão pneumática para o cilindro de engate na câmara do lado oposto ao da haste de acionamento. Com as câmaras, central e da extremidade oposta ao da haste
de acionamento pressurizadas, ocorre o deslocamento do êmbolo de engate no sentido que corresponde ao engate de todas as marchas ímpares.
Para comprovar que o acoplamento foi efetivado, o sistema conta com o interruptor de marcha engatada B41, instalado na tampa da caixa de mudanças. Esta função
do interruptor é muito importante para o correto funcionamento do easy-shift como veremos mais adiante.
Observe no esquema elétrico que há também o interruptor de neutro B42, que permite a passagem da corrente elétrica quando o câmbio está em ponto morto e
interrompe a corrente ao engatar a marcha.
Cilindro de engate
Interruptor de marcha
engatada B41
Conjunto central de
Cilindro de seleção eletroválvulas
Temporização
Para proteger os componentes internos da caixa de mudanças que atuam no processo de seleção e engate das marchas, é importante não mantê-los sobre pressão
mais que o necessário para o efetivo acoplamento da luva de engate. Com a finalidade de eliminar a pressão pneumática nos cilindros de seleção e engate, o sistema
easy-shift conta com o módulo de corte da pressão U13. Este módulo trabalha com um temporizador interno, que garante o alívio da pressão nos cilindros
pneumáticos após aproximadamente 4 segundos de acionamento, mediante o corte da corrente elétrica na bobina da eletroválvula Y18.
O inicio da contagem do tempo para cortar a
pressão pneumática, ocorre quando o interruptor de
marcha engatada fecha, permitindo a passagem da Esquema elétrico-pneumático – primeira marcha engatada
corrente elétrica para o conector correspondente do
módulo U13 .
Por questões práticas e de segurança é igualmente
importante que o sistema volte a pressurizar os
cilindros de seleção e engate em determinadas
circunstâncias de operação. Por exemplo:Vamos
supor que o motorista ao se aproximar de um
semáforo fechado com a terceira marcha engatada, S29
acione o pedal da embreagem e não coloque a
alavanca em ponto morto, porém, mantenha o
pedal da embreagem acionado. Como vimos, após
cerca de 4 segundos o sistema easy-shift elimina a
pressão nos cilindros pneumáticos. Com a abertura
do semáforo, como a embreagem está acionada, o
motorista precisa apenas deslocar a alavanca para Cilindro de
engate
a posição de engate da primeira marcha, não há
necessidade de soltar e pisar novamente no pedal
da embreagem. A pressurização dos cilindros
ocorre automaticamente ao passar com a alavanca
de mudanças pela posição de neutro. U11
Pedal da embreagem
Folga lateral = 2 a 4 mm
Chapa de
referência Sensor
Posição : repouso
Posição : disco livre X – Y = 20 mm
( medida X )
Posição : ativação do Y Sensor com chicote do pedal
sensor ( medida Y )
X
da embreagem Chapa do pedal
Funções de Segurança
A seguir veremos outros detalhes interessantes relacionados ao funcionamento do sistema easy-shift e extremamente importantes, pois, envolvem a segurança
e a praticidade operacional .
Bloqueio longitudinal
O conceito de alavanca com dois estágios para o engate das marchas, tem por função
garantir ao motorista o efetivo acoplamento do engate.
Por não dispor de nenhuma ligação mecânica entre a alavanca e a caixa de mudanças, o
motorista não teria a sensibilidade necessária para perceber que de fato a marcha foi
engatada.
Estágio 1
Ao deslocar a alavanca para engatar qualquer marcha no sentido longitudinal, o motorista
notará inicialmente, que o curso final não é atingido, percebesse um ponto de resistência. Isto,
somente irá ocorrer se de fato não houve o acoplamento da luva de engate no interior da
caixa de mudanças e que portanto o câmbio ainda está em ponto-morto. Com esta indicação
o motorista não solta o pedal da embreagem, evitando deste modo qualquer situação de risco,
como por exemplo em uma saída no aclive.
Estágio 2
Com o engate efetivo da marcha, a alavanca é liberada até o seu curso final, indicando ao
motorista que tudo está normal. Assim, o mesmo pode soltar com toda a confiança o pedal da
embreagem.
A liberação do curso final da alavanca ocorre depois que o sensor B41 de marcha engatada A B C
envia o sinal para o módulo de comando U10. Este, aciona uma eletroválvula no interior da
carcaça da alavanca de mudanças que permite a passagem da pressão pneumática, que irá A – Alavanca em ponto morto
deslocar o pino de bloqueio, garantindo o avanço da alavanca até o final de curso. B – Primeiro estágio, o curso foi limitado para alertar o
motorista que ainda não ocorreu o engate da marcha
pretendida.
C – Curso final, garante ao motorista que ocorreu o efetivo
engate da marcha.
Bloqueio transversal
Por se tratar de um sistema extremante suave, poderia ocorrer o engate acidental de uma marcha “fora de tempo” causando sérios prejuízos para a caixa de
mudanças ou para o motor. A fim de evitar este problema, o sistema conta com um recurso de proteção que inibe a ação da alavanca de mudanças se a
velocidade do veículo não for compatível com a marcha que se pretende engatar.
Para exemplificar, considere a seguinte situação:
- Com a sexta marcha acoplada e a velocidade do veículo de 90 Km/h, o motorista tem a intenção de reduzir para a quinta marcha. Porém, acaba por engatar
acidentalmente a terceira marcha. Não é difícil imaginar o que aconteceria caso isso de fato ocorresse. Com o propósito de se evitar a situação descrita, o sistema
de segurança do easy-shift detecta a incompatibilidade entre a velocidade do veículo e a marcha a ser engatada e aciona um dispositivo que bloqueia a passagem
do mecanismo de seleção, entre as posições de quinta e sexta marchas para as posições de terceira e quarta. Desse modo, o motorista percebe o erro e faz as
correções necessárias.
Sensor de saída
Diagrama de marchas
Placa de bloqueio
corrediça
Pino de
bloqueio
Enquanto não houver nenhuma incompatibilidade entre as velocidades das marchas, a que está engatada e a que se
pretende engatar, a placa corrediça que acompanha o movimento transversal da alavanca de mudanças, se desloca
livremente, não encontrando a resistência do pino de bloqueio que está na sua posição inicial ( desbloqueado ). Isso, garante
Folga uma folga entre ambas as peças ( vide detalhe ao lado ).
Bloqueio
Bloqueio da posição de terceira e quarta para a posição de
primeira e segunda
Supondo que a terceira marcha esteja engatada e de que a
velocidade do veículo seja superior a 35 km/h .
O monitoramento do sinal de velocidade do veículo é feito através
do sensor de saída da caixa, este envia ao módulo amplificador
U12, que direcional este sinal amplificado ao módulo de comando
U10. Por sua vez, o módulo U10 aciona a eletroválvula Y11, que
libera a pressão pneumática para deslocar o êmbolo “A”.
O êmbolo “A”, sobe até a posição limitada pelo pino limitador e
aciona o pino de bloqueio transversal o suficiente para impedir o
deslocamento da placa corrediça, caso a mesma venha a ser
deslocada para a direção que corresponda à seleção de 1ª / 2ª .
Placa corrediça
Pino de bloqueio
transversal
Limitador de curso
Êmbolo “A “
Esquema eletropneumático
do conjunto da alavanca
Bloqueio
Bloqueio da posição de quinta e sexta para a posição de
terceira e quarta
Supondo que a sexta marcha esteja engatada e de que a velocidade
do veículo seja superior a 60 km/h .
O módulo de comando U10 reconhece o sinal amplificado de
velocidade, e aciona agora a eletroválvula Y14 , que libera a
pressão pneumática para deslocar o êmbolo “B” .
O êmbolo “B”, sobe e aciona o pino de bloqueio transversal . Nesta
nova posição do pino de bloqueio a placa corrediça não consegue
ser deslocada e voltar para o ponto de seleção correspondente de
3ª / 4ª .
Placa corrediça
Pino de bloqueio
transversal
Limitador de curso
Êmbolo “A “
Êmbolo “ B “
Esquema eletropneumático
do conjunto da alavanca
Vamos utilizar um exemplo de como podemos proceder para realizar diagnóstico de falha no sistema easy-shift. Como estudamos no módulo I, a principal
“ferramenta“ que o técnico dispõem para descobrir falhas é o conhecimento. Quando se sabe o máximo de detalhes relacionados principalmente sobre o
funcionamento do componente que apresenta alguma falha, sem dúvida o diagnóstico será quase sempre preciso. Outro ponto fundamental é a disciplina, ou seja
trabalhar sempre de acordo com uma metodologia, seguindo um padrão. Para tanto, colocaremos em prática o sistema de níveis para fazer o diagnóstico.
Estudo dirigido – Exemplo de procedimentos para diagnosticar falhas baseado no sistema de níveis
Nível 1
Reclamação : O motorista de um O-400 RSD equipado com o sistema easy-shift se queixa ao chefe da oficina que desde a saída da
rodoviária consegue engatar apenas as marchas pares e a marcha-à-ré.
Constatando a procedência da reclamação:
- Durante os trabalhos realizados no módulo I do treinamento para técnicos em diagnóstico, ficou evidenciado que confirmar que de fato se há uma anomalia funcional
é item primordial para se obter sucesso em todo o processo de investigar a origem de um problema.
- O técnico deve sempre ter em mente que antes de agir, primeiro tem que procurar conhecer todos os detalhes possíveis e as circunstâncias que envolvem a
reclamação.
- No exemplo que estamos estudando o responsável pelo diagnóstico da falha, após conversar com o motorista, fez um teste prático. Funcionou o motor e depois que
o sistema pneumático atingiu a pressão máxima, acionou a embreagem e tentou engatar as marchas ímpares e constatou de fato que nenhuma delas engatavam.
- Continuo com o teste e comprovou também que as marchas pares e a marcha-ré engatavam normalmente.
Nível 2
Setor e Função : Depois de passar pelos procedimentos feitos na primeira fase e constatar a irregularidade no funcionamento, o passo seguinte
deve ser o de restringir o problema a um determinado setor do veículo .
- Qual parte, qual componente poderia estar com defeito?
A resposta evidentemente está associada ao setor do veículo que tem por função engatar as marchas. Ou seja, parte do trambulador da caixa de
mudanças e o sistema easy-shift. Podemos ir um pouco mais adiante e analisar detalhadamente como funcionam as várias peças que participam
do processo de engate das marchas ímpares, assim teremos maior precisão.
Nível 3
Comprovação: Na etapa anterior relacionamos 14 prováveis causas, devemos agora determinar qual a ordem e como faremos os testes /
verificações. Não há, a rigor, uma seqüência ideal a ser seguida, o inicio dos procedimentos dependerá de alguns fatores, tais como:
equipamentos de testes, ferramentas apropriadas, tempo disponível, local de trabalho, experiência prática, informações prévias, entre
outros. Porém, devemos pensar sempre no resultado final, ou seja: resolver o problema de modo o mais profissional possível, evitando
perder tempo, economizando material, procurando não se desgastar fisicamente e mentalmente e sempre mantendo o máximo de atenção
com respeito à segurança.
- Para fazermos este estudo dirigido foi considerado uma causa hipotética para o problema, mas perfeitamente possível de ocorrer na prática. Iremos descrever alguns
procedimentos que poderiam ser executados para encontrarmos a causa da falha. Para cada comprovação teremos um resultado que nos permitirá analisar qual o
próximo passo a ser dado.
- O objetivo deste estudo evidentemente, é o de refletirmos e avaliarmos se os testes foram feitos dentro de uma certa lógica, se foram coerentes, se podem ser
aprimorados, se podem ser simplificados, se foram executados com profissionalismo e com segurança.
Conclusões :
- Com os dois procedimentos executados já é possível restringirmos a falha a apenas um
dos seis setores considerados inicialmente.
- Caso os primeiros passos fossem feitos sem planejamento, com certeza ainda teríamos
muito trabalho pela frente.
- Mas nos falta ainda, encontramos a causa da falha com mais precisão, para tanto,
vamos continuar com os testes.
Nível 4
Causa: Com a realização dos testes, foram sendo eliminadas cada uma das prováveis causas. Obviamente a última das comprovações nos
possibilita encontrar a causa do problema, que no caso do nosso exemplo é a interrupção do chicote interno da central de eletroválvulas.
Nível 5
Controle e reparo: Foi substituído o cabo interrompido e feito teste prático engatando todas as marchas que possibilitou constatar que o
problema foi eliminado.
Importante :
Preencha corretamente e faça uma cópia da folha de respostas. Você deverá apresentá-la ( apenas a folha de respostas ) ao instrutor, quando for participar
do curso de preparação “Módulo II – ênfase em mecânica”
1) Quais das alternativas abaixo podem ser utilizadas nos veículos O-400 RSD ( com motor OM-457 LA ) para comprovar se o disco da embreagem fica
completamente livre ao acionar o pedal da embreagem?
( a ) Com o sistema pneumático pressurizado com o valor máximo, acionar totalmente o pedal da embreagem e observar através do orifício existente na carcaça do
volante, com auxílio de uma chave de venda, se o disco gira livremente
( b ) Com o sistema pneumático pressurizado com o valor máximo e com o motor funcionando em marcha-lenta, acionar totalmente o pedal da embreagem e após 10
segundos engrenar a marcha-à-ré. Se não houver ruídos ( arranhando ) significa que o disco da embreagem está livre
( c ) Remover a capa de proteção do indicador de desgaste no servo da embreagem, medir a distância da extremidade da haste até a manga de regulagem com o
pedal da embreagem solto e anotar o valor como medida “A”. Com o sistema pneumático pressurizado com o valor máximo, acionar totalmente o pedal da
embreagem, medir nos mesmo local indicado anteriormente e anotar o valor encontrado como medida “B”. Subtrair da medida “A” o valor “B” e comparar o resultado
com os dados técnicos
( d ) Com o sistema pneumático pressurizado com o valor máximo e com o motor funcionando em marcha-lenta, acionar totalmente o pedal da embreagem e logo em
seguida engrenar a primeira marcha. Se não houver ruídos ( arranhando ) significa que o disco da embreagem está livre
( e ) Instalar o StarDiagnosis, acessar o módulo do veículo e observar o valor analógico relativo ao servo da embreagem. Com o sistema pneumático pressurizado com
o valor máximo, acionar totalmente o pedal da embreagem se o valor analógico corresponde aos dados técnicos
2) Quais das alternativas abaixo estão corretas, de acordo com o funcionamento do sistema easy-shift para a seleção e engate da quinta marcha?
( a ) Para que o corra a seleção da quinta marcha a eletroválvula ( Y5 ) deve estar energizada
( b ) Para engatar a quinta marcha a eletroválvula ( Y2 ) deve estar energizada
( c ) Com a chave de contato ligada, ao acionar o pedal da embreagem e ativar o sensor ( B40 ), o módulo ( U13 ) energiza a eletroválvula( Y8 )
( d ) Ao deslocar a alavanca de mudanças no sentido transversal para a posição de quinta e sexta marchas, o micro-interruptor ( S3 ) permite a passagem da corrente
elétrica que irá energizar a eletroválvula ( Y4 )
( e ) Se o motorista, após acionar o pedal da embreagem, demorar mais que 4 segundos para deslocar a alavanca de mudanças da posição de neutro para a posição
de quinta marcha, o módulo ( U13 ) irá cortar o fornecimento da corrente elétrica para a eletroválvula ( Y8 )
3) Quais das alternativas abaixo estão corretas, de acordo com os procedimentos que podem ser utilizados para medir a resistência elétrica da bobina da
eletroválvula ( Y12 )?
( a ) Com a chave de contato ligada, posicionar as pontas de provas do voltímetro do seguinte modo: ponta preta no terminal 35/35 e ponta vermelha no terminal
35/14 do conector do módulo de comando ( U10 )
( b ) Com a chave de contato desligada, posicionar as pontas de provas do ohmímetro do seguinte modo: ponta preta no terminal 35/35 e ponta vermelha no
terminal 35/14 do conector do módulo de comando ( U10 )
( c ) Com a chave de contato desligada, posicionar as pontas de provas do ohmímetro do seguinte modo: ponta preta no terminal ( J ) e ponta vermelha no
terminal ( B ) do conector da central de eletroválvulas ( U11 )
( d ) Com a chave de contato desligada, posicionar as pontas de provas do ohmímetro do seguinte modo: ponta preta no terminal A/9 e ponta vermelha no terminal
A/4 do conector da alavanca de mudanças
( e ) Com a chave de contato ligada, posicionar as pontas de provas do voltímetro do seguinte modo: ponta preta no terminal A/9 e ponta vermelha no terminal A/4
do conector da alavanca de mudanças
4) Quais as conseqüências para o correto funcionamento e os riscos em potencial, que a queima da bobina da eletroválvula ( Y14 ) podem provocar ?
( a ) Pode ocorrer a “flutuação” das válvulas do motor por excesso de rotação
( b ) A alavanca de mudanças ficará “travada” na posição de seleção correspondente a terceira e quarta marchas
( c ) Queima dos anéis sincronizadores da terceira e / ou da quarta marchas
( d ) A alavanca de mudanças não atingirá o curso final, correndo o risco de voltar para a posição de ponto-morto ( neutro )
( e ) A alavanca de mudanças ficará “travada” na posição de seleção correspondente a quinta e sexta marchas
5) O motorista reclama que a partir da metade da viagem a alavanca não completa o curso de engate e que é obrigado a manter a mão sobre a mesma para que
não volte a posição de neutro após engatar qualquer marcha .
- Quais são as prováveis causas que poderiam estar ocasionando tal problema ?
( a ) Falta de pressão pneumática na tubulação de alimentação da alavanca de mudanças
( b ) Bobina da eletroválvula ( Y12 ) queimada
( c ) Bobina da eletroválvula ( Y11 ) queimada
( d ) Falta de sinal da velocidade do veículo no módulo ( U10 ) enviado pelo módulo ( U12 )
( e ) Falta de contato no interruptor ( B41 )
6) Ao chegar na garagem para guardar o veículo, o motorista estacionou o ônibus e por costume deixou a primeira marcha engatada. No dia seguinte, deslocou a
alavanca de mudanças para a posição de ponto-morto e ao acionar a chave de partida constatou que o motor de partida não girava. Como havia a necessidade de
cumprir com o horário, solicitou a oficina que fosse feito o reparo imediato. O técnico designado para resolver o problema agiu rapidamente, após confirmar que as
baterias e a chave de contato estavam em ordem, trocou o motor de partida por outro em perfeito estado de funcionamento. Ao tentar funcionar o motor do ônibus,
ficou surpreso pois o motor de partida instalado também não funcionou.
- Quais das prováveis falhas podem estar contribuindo, para que o problema acima descrito, tenha surgido de um dia para o outro ?
( a ) O interruptor ( B42 ) está aberto
( b ) A bobina da eletroválvula ( Y2 ) queimou
( c ) Vazamento de ar do circuito pneumático da linha de acessórios durante a noite
( d ) O êmbolo do cilindro de seleção está engripado ( ficou colado / preso )
( e ) A luva de engate da primeira marcha permaneceu engatada, mesmo com a alavanca sendo deslocada para a posição de ponto-morto
7) Quais os problemas que a queima ( falta de contato ) do micro-interruptor ( S5 ) podem provocar no funcionamento do sistema easy-shift?
( a ) Não será possível engatar a quinta marcha
( b ) Não será possível engatar a quarta marcha
( c ) A caixa de mudanças ficará sem a posição de ponto-morto
( d ) Não será possível engatar a marcha-à-ré
( e ) Não será possível desengatar a quinta marcha
8) Qual problema poderia ocasionar se a tubulação ( A ) fosse invertida com a ( B ) ( observe a ilustração ) ?
Tubulação : C Tubulação : A
Tubulações : A , B e C Tubulações : A e C
instaladas corretamente invertidas
9) O quê provocaria, em veículos equipados com easy-shift, uma modificação da relação de redução do eixo traseiro de 3,66 para 6,14:1?
( a ) Indicação no velocímetro de velocidade maior do que a real
( b ) O bloqueio transversal da alavanca de mudanças atuaria com velocidade acima da ideal
( c ) A caixa de mudanças e o motor não teriam a proteção contra excesso de rotação com uma redução indevida
( d ) Indicação no velocímetro de velocidade menor do que a real
( e ) O motorista não conseguiria reduzir de terceira para a segunda mesmo com a velocidade abaixo de 35 Km/h
10) O que irá ocasionar se o cilindro emissor da embreagem original de um veículo equipado com easy-shift for substituído por outro de menor diâmetro interno ?
( a ) O curso do êmbolo do servo da embreagem ficará maior
( b ) O sinal enviado pelo sensor do pedal da embreagem para o módulo de corte U13 irá ocorrer antes do momento ideal
( c ) A pressão hidráulica gerada no cilindro emissor será menor
( d ) O sinal enviado pelo sensor do pedal da embreagem para o módulo de corte U13 irá ocorrer depois do momento ideal
( e ) O acionamento do cilindro de engate do easy-shift irá ocorrer sem que o disco da embreagem esteja totalmente livre
Nome do participante :
- Preste atenção no número da questão e faça um “X” dentro do quadrado com a alternativa que você considera a correta
1 a b c d e 6 a b c d e
2 a b c d e 7 a b c d e
3 a b c d e 8 a b c d e
4 a b c d e 9 a b c d e
5 a b c d e 10 a b c d e
Importante :
Preencha corretamente e de modo claro, sem rasuras e faça uma cópia ( apenas desta folha ) para levar ao treinamento quando for fazer o “Módulo II”