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ABORDAGEM

CENTRADA NA
NOV/2021
EDIÇÃO Nº1
PESSOA
Uma perspectiva de Carl Rogers

Abordagem Centrada na
Pessoa
PRODUZIDO POR: A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) formulada por
Adilza Leite Carl Rogers, em meados de 1940, tem como pressuposto
Ana Lívia Donato
básico a escuta centrada na expressão dos sentimentos
Diele Santos
Feliphe Holanda do cliente. Essa abordagem em seu início, era vista como
Fernanda Magalhães
uma terceira força na Psicologia, visto que as abordagens
Luana Barbosa
até então existentes possuíam visões distintas de
DISCIPLINA:
observar e compreender o sujeito em processo
Tópicos Específicos
em Psicologia Clínica
terapêutico.
II - Jaldo Cambuy A ACP trabalha o homem em sua integridade, sua
essência, no papel que tem dentro de sua existência, ou
seja, o terapeuta dentro da sua autenticidade partilha
dos princípios centrados na pessoa.
Quem foi Carl Rogers?
Carl Rogers foi um psicólogo estadunidense. Foi criado em
uma família protestante, e conservadora, desde pequeno
tinha interesse pelas ciências naturais, começou a estudar
ciências físicas e biológicas, frequentou o Seminário
Teológico Unido em Nova Iorque, transferiu-se ara o
Teachers College da Columbia University e foi introduzido “Atribuo um
na psicologia, obteve seus títulos de Mestre em 1928 e de enorme valor ao
Doutor em 1931. fato de poder me
Em suas teorias e praticas Rogers acreditava que todo permitir
indivíduo é dotado de uma condição inata de atualização,
compreender
por isso, na Abordagem Centrada na Pessoa, nomeou a
tendência atualizante, como uma capacidade singular do
uma outra pessoa
sujeito, de estar em constante formação, sempre buscando (Tornar-se Pessoa
mudanças e melhorias. A compreensão dessa tendência pg. 30)”.
desperta no terapeuta orientado pela ACP, a valorização do — Carl Rogers
humano, do momento, da escolha e da mudança, assim
como Carl Rogers propunha.
Além disso, a ACP se diferencia de outras abordagens por não ter uma técnica exata para
conduzir o processo, o cliente é que se torna o responsável pelo tratamento, sendo o
terapeuta mais um participante que mero observador. Nesse contexto o terapeuta é
totalmente centrado no cliente, oferecendo um ambiente agradável e facilitador de
mudanças, sempre pautado pela empatia, aceitação incondicional e congruência.
A empatia é entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, assim mesmo
não estando nesse lugar, através da empatia, o terapeuta consegue compreender o que
for tragopelo cliente através de suas emoções e sentimentos. A partir disso, é possível que
o cliente encontre então a congruência, que para a ACP é uma condição de equilíbrio
entre pensamento e personalidade. Esse equilíbrio dentre outras formas se dá através da
aceitação incondicional.

A aceitação incondicional é entendida como a capacidade de aceitação do sujeito pelo


que ele é, independente de suas características e atitudes. Rogers acreditava que através
dessa aceitação o cliente se sentia confortável para ser ele mesmo, livre de condições de
valor, para então buscar o equilíbrio em seu self. Possibilita o crescimento emocional,
permite o terapeuta aceitar o cliente, acolher suas manifestações, compreender suas
emoções.
Condições de valor são entendidas por essa abordagem como tudo aquilo que tolhe o
individuo de ser ele mesmo, são obstáculos para o crescimento, já que impede o sujeito
de ser ele mesmo e de expressar o seu self real. Guimarães e Silva Neto (2015, p. 61)
apontam que: “o self ideal, que seria aquele percebido pelo sujeito que está dentro de
uma ideia da qual ele gostaria de ser. E o real que seria o que de fato ele vivência,
experienciando e simbolizando o que é percebido”.
Em relação ao desejo de mudança do ciente, tem se ainda o estado de manutenção, esse
estado é entendido como quando o cliente resiste a mudança, ou seja, ele não entende
que a mudança deve partir de si mesmo. Porém quando o cliente se percebe como auto
responsável pelos seus resultados e deseja a mudança tem-se o estado de expansão, esta
por sua vez é entendida como a necessidade de melhorar, de desenvolver-se e de atingir o
crescimento.
REFERÊNCIAS
CURY, B. M.; LOPES, L. B.; LINHARES, L. P. Abordagem Centrada na Pessoa: Diretividade na
Perspectiva do Cliente. Psique: 2012. Disponível em: < https://cip.autonoma.pt/wp-
content/uploads/2020/11/Abordagem-centrada-na-pessoa_-diretividade-na-perspectiva-
do-cliente.pdf>Acesso em: 19 Nov. 2021.

GUIMARAES, A. P. M.; SILVA NETO, M. C. A formação do self e a dependência afetiva: uma


revisão bibliográfica abordagem centrada na pessoa. Revista NUFEN, Belém, v. 7, n. 2, p.
48-77, dez. 2015. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rnufen/v7n2/a04.pdf>
Acesso em: 19 Nov. 2021.

MOREIRA, VIRGINIA. Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Estud.


Psicol. Campinas I 27(4) I 537-544 I outubro - dezembro 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/estpsi/a/Ls8wQg3NHdXzDxJ56Rw49qx/?format=pdf&lang=pt>
Acesso em: 18 Nov. 2021.

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