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EXAME QUALITATIVO DE URINA

EXAME é o exame
QUALITATIVO DE laboratorial de
URINA - O QUE É? rotina para
avaliação
quantitativa e
qualitativa da urina
EXAME exame muito
QUALITATIVO DE solicitado no
URINA - O QUE É? laboratório;
presente em todas
as revisões
EXAME apesar da tecnologia, ainda
há variação
QUALITATIVO DE interlaboratorial porque o
URINA - O QUE É? equ depende da qualidade
do equipamento + grau de
especialização do pessoal
técnico + filosofia de
trabalho do laboratório
EXAME
QUALITATIVO
DE URINA =
exame físico-químico +
análise do sedimento
urinário.
MODELO DE LAUDO
EQU
PARTE PRÁTICA
EQU Toda amostra deve:
AMOSTRA IDEAL - Estar sob refrigeração;

- O prazo entre a coleta e o transporte ao


laboratório não pode ser superior a 2
horas;

- Urina colhida por micção (jato médio)


em frasco estéril e de boca larga;
EQU - Urina colhida de punção supra-púbica;
AMOSTRA IDEAL - Urina colhida de cateterização ou de
sonda;

- Urina de mulheres menstruadas com


instrução para uso de tampão na vagina
antes da higiene local e da micção;

- Urina colhida em saco coletor (crianças).


CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE
AMOSTRAS Das amostras inadequadas:

- Jato primário (exceto se houver pedido


específico do médico);

- Amostra colhida com menos de 2 horas


antes da última micção (segunda micção da
manhã);
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE
AMOSTRAS

Amostra colhida sem higiene prévia;

- Amostra em frasco não estéril;

- Amostra colhida com coletor e contaminada


com fezes;
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO DE
AMOSTRAS
- Amostra de coletores infantis que permanecem por
mais de uma hora aderidos à criança;

- Amostra colhida na bolsa coletora de pacientes com


sonda;

- Amostra sem refrigeração e cujo prazo entre a coleta


e o transporte ao laboratório for superior a 2 horas.
INTERFERENTES - Homogeneização inadequada da
amostra.

- Tempo de centrifugação e velocidade


de rotação incorreta.

- Coleta inadequada da amostra.

- Conservação inadequada das tiras


reativas.
INTERFERENTES - Suspensão incorreta do
sedimento.

- Urina em excesso na tira reativa pode


mover o ácido do tampão do reagente
da proteína vizinha sobre a área do pH
e mudar a leitura do pH para um pH
ácido, embora a urina sendo testada é
originalmente neutra ou alcalina.
INTERFERENTES - Vários fatores são capazes de
interferir nos métodos analíticos
empregados na tira reagente. Dentre
estes fatores interferentes,
destacam-se agentes de limpeza e
desinfetantes, medicamentos e ácido
ascórbico em concentrações elevadas
na urina.
EQU. COMO FAZER?

- Homogeneizar a urina levemente por inversão.


- Remover as tiras reativas necessárias para realização
dos testes do tubo e fechá-lo imediatamente.
- Imergir as fitas reativas completamente por cerca de 1
segundo na amostra de urina não centrifugada, bem
homogeneizada.
EQU. COMO
FAZER?
- Retirar o excesso de urina da fita-teste em papel
absorvente e colocar as tiras que deseja examinar no
leitor de fita (URIVISION).
- Pressionar qualquer tecla “seta” como indicado no
display para iniciar a leitura.
EQU. COMO
FAZER?
- Após leitura das fitas, limpar a plataforma de leitura do
aparelho com gaze umedecida com água e secar com
gaze seca.
- Centrifugar a urina por 5 minutos em 1.800 a 2.000
RPM.
- Desprezar o sobrenadante. Verter todo o volume do
frasco de uma só vez.
EQU. COMO
FAZER?
- Retirar os mapas de trabalho do EQU e conferir se os
tubos cônicos encontram-se na estante na exata
sequência do mapa.
- Encaminhar para o analista clínico responsável para
leitura dos sedimentos juntamente com os respectivos
mapas de trabalho.
PARTE 1 = EXAME
FÍSICO-QUÍMICO
EXAME FÍSICO-QUÍMICO

O exame físico-químico é realizado


utilizando-se tiras reativas. As tiras reativas
constituem-se de papel absorvente
impregnados com substâncias químicas. A
reação química produz determinada
coloração quando o papel absorvente entra
em contato com a urina.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
CUIDADOS:

Tempo de leitura dos


parâmetros: Leucócitos
2min, demais parâmetros,
são mais rápidos.

Não cortar a fita,

Fazer controle interno e


externo
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
DENSIDADE

Estado de hidratação do paciente e concentração da


urina

Pacientes com diabetes mellitus tem densidade maior


porque estão perdendo glicose na urina
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
DENSIDADE- INTERFERENTES

A elevação na densidade que ocorre na


dependência da concentração de glicose, não é
possível ser determinada em fita quando a
concentração desse constituinte for superior a
1000 mg/dL. Leituras elevadas de densidade
podem ocorrer na presença de quantidades
moderadas de proteínas.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
pH
Não existe um valor de referência
normal para pH;

Útil na identificação de cristais e


avaliação da função renal geral;

Pessoas que comem muita proteína tem


pH mais ácido e vegetarianos mais
básico;
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
ESTERASE LEUCOCITÁRIA

Relacionada com inflamação e


infecção → procurar leucócitos no
sedimento
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
ESTERASE LEUCOCITÁRIA -
INTERFERENTES
Uma reação fraca pode ser esperada no caso de proteinúria acima
de 500 mg/dL e concentração de glicose acima de 2000 mg/dL,
assim como no caso de pacientes em uso de cefalexina ou
gentamicina. A presença de formaldeído como preservativo pode
levar a resultado falso positivo. Excreção de bilirrubina,
nitrofurantoína ou outro componente de coloração forte pode
mascarar a cor da reação. Corrimentos vaginais podem levar a
resultados falsos positivos.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
NITRITO

Relacionada com infecção →


bactérias gram negativas produzem
nitrito

Cistite/Pielonefrite
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
NITRITO

Resultados falsos negativos podem ser produzidos


por altas doses de ácido ascórbico, por terapia
antibiótica, ou por concentrações muito baixas de
nitratos na urina, ocasionadas por dieta pobre em
nitratos ou por alta diluição da amostra por diurese.
Resultados falsos positivos podem ocorrer pela
presença de corantes de uso diagnóstico ou
terapêutico.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
PROTEÍNAS
Não é normal ter proteínas na urina;

Indicativo de lesão renal em diferentes graus

Atenção para diabéticos, gestantes. Pode ter


presença de cilindros e glicosúria associada.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
PROTEÍNAS - INTERFERENTES:
Resultados falso positivos são possíveis em amostra
alcalinas com pH acima de 9. O mesmo pode ocorrer
quando o paciente estiver em uso de medicamentos
contendo quinino, após infusão com polivinilpirrolidona,
ou quando o frasco usado para coleta da amostra contiver
resíduos de desinfetantes. A coloração do teste também
pode ser mascarada pela presença de corantes de uso
médico.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
GLICOSE

Não é normal ter glicose na urina;

Rim excedeu a capacidade de


reabsorção e libera na urina

Atenção para diabéticos, gestantes.


EXAME FÍSICO-QUÍMICO
GLICOSE- INTERFERENTES

Grandes quantidades de ácido ascórbico que


podem estar presentes na urina após ingestão
aumentada de vitamina C podem levar a uma
redução na reação ou resultado falso negativo.
Reações falso positivas podem ser causadas por
resíduos de produtos de limpeza que contenham
oxidantes, tais como hipoclorito.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
CORPOS CETÔNICOS

Jejum prolongado, acidose


diabética

Baixo consumo de carboidratos

Atenção para diabéticos, gestantes.


EXAME FÍSICO-QUÍMICO
CORPOS CETÔNICOS- INTERFERENTES

Fenilcetonas em altas concentrações


interferem com o teste, produzindo
cores variadas. Compostos
ftaleínicos interferem produzindo
coloração vermelha.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
UROBILINOGÊNIO

- Detecção precoce de doenças


hepáticas → correlacionar com
exames da bioquímica

- Distúrbios hemolíticos
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
UROBILINOGÊNIO- INTERFERENTES
O teste é inibido por grandes quantidades
de formaldeído. Exposição da urina à luz
por períodos prolongados de tempo pode
levar à oxidação do urobilinogênio e
conseqüente redução do resultado ou
mesmo à obtenção de falso negativo.
Resultados muito altos ou falsos positivos
podem ocorrer na presença de corantes
usados com fins terapêuticos ou
diagnósticos.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
BILIRRUBINA

- Detecção precoce de doenças


hepáticas → correlacionar com
exames da bioquímica

- Urina bem amarela com


presença de espuma
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
BILIRRUBINA- INTERFERENTES
Alguns componentes de urina podem
produzir coloração amarela na fita. Ácido
ascórbico e nitrito em altas
concentrações inibem o teste. Exposição
da urina à luz por período prolongado
pode levar a resultado falso negativo ou a
valores muito baixos. Resultados muito
altos ou falsos positivos podem ocorrer na
presença de corantes usados com fins
terapêuticos ou diagnósticos.
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
HEMOGLOBINA - SANGUE

- Presença de sangue deve ser analisada com


cuidado em em conjunto com outros fatores.

Menstruação, problemas diversos renais,


infecção urinária, presença de trichomonas,
esforço físico intenso
EXAME FÍSICO-QUÍMICO
HEMOGLOBINA - SANGUE - INTERFERENTES

Reações falso positivas podem ser


causadas por resíduos de produtos de
limpeza que contenham oxidantes,
tais como hipoclorito.
PARTE 2.
ANÁLISE DO SEDIMENTO.
COMO FAZER?
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

- Homogeneizar levemente o sedimento, deixar


escorrer o restante do sedimento e colocar uma
gota da urina que ficou no fundo do tubo cônico
em uma lâmina de vidro.

- Acrescentar uma lamínula de 22x22 mm.


ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

Para relatar o resultado por campo


microscópico, observar no mínimo 10 campos
microscópicos com aumento de 400X para
leucócitos e eritrócitos para calcular a média.
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

As células epiteliais, cilindros, cristais, fosfatos e uratos amorfos


devem ser observados em aumento de 100x e os resultados expressos
do seguinte modo:
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

As bactérias devem ser observadas com o aumento de 400x e os


resultados expressos do seguinte modo:

a) Bacteriúria Intensa: acima de 99 por campo;

b) Bacteriúria Moderada: de 11 a 99 por campo;

c) Bacteriúria Discreta: de 1 a 10 por campo;

d) Ausente.
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

O resultado da bacteriúria não


constará no laudo do paciente com
solicitação de Exame Qualitativo de
Urina. Para detecção de
uropatógenos a urocultura é o exame
padrão ouro.
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

Outros elementos, como muco,


leveduras, espermatozóides, e
Trichomonas sp citar como presentes
quando forem.
ANÁLISE DO SEDIMENTO. COMO FAZER?

Citar presença de espermatozóides em urinas


masculinas.
EQU
ANÁLISE DO SEDIMENTO
elementos
ANÁLISE DO SEDIMENTO. ELEMENTOS

Urinas normais representam 90% da rotina. Presença


de apenas células epiteliais e muco.

É possível encontrar hemácias, leucócitos e cilindros


hialinos em urinas normais (até 2 por campo).
MUCO
CÉLULAS EPITELIAIS

CÉLULAS EPITELIAIS CÉLULAS EPITELIAIS CÉLULAS EPITELIAIS


PAVIMENTOSAS. TRANSICIONAIS TUBULARES RENAIS
PROVÁVEL
CONTAMINAÇÃO
LEUCÓCITOS

TAMBÉM CHAMADOS DE PIÓCITOS. CORRELACIONAR SEMPRE COM


RESPOSTA INFLAMATÓRIA
HEMÁCIAS

LEUCÓCITO
RESUMO VISUAL.
DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS EPITELIAIS,
LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS
CILINDROS HIALINOS

ATÉ 2 POR CAMPO É NORMAL, QUANTO MAIOR A QUANTIDADE


ENCONTRADA, MAIOR A LESÃO RENAL.

RELACIONAR COM PROTEINÚRIA E EXAMES BIOQUÍMICOS.


CILINDROS HEMÁTICOS

CILINDRO ANORMAL → INDICA LESÃO RENAL.

RELACIONAR COM PROTEINÚRIA E EXAMES


BIOQUÍMICOS.
CILINDROS LEUCOCITÁRIOS

CILINDRO ANORMAL → INDICA LESÃO


RENAL. RELACIONAR COM PROTEINÚRIA E
EXAMES BIOQUÍMICOS.

SUGESTIVO DE PIELONEFRITE.
LEVEDURAS

ATENÇÃO PARA NÃO CONFUNDIR COM HEMÁCIAS;

MUITO COMUM EM PACIENTES DIABÉTICOS → RELACIONAR


COM GLICOSÚRIA E EXAMES DA BIOQUÍMICA;

POSSÍVEL CONTAMINAÇÃO MICROBIOTA GENITAL.


BACTÉRIAS

NÃO LIBERAR BACTERIÚRIA NO EQU → EXAME CULTURAL É O PADRÃO


OURO;

CORRELACIONAR COM PRESENÇA DE LEUCÓCITOS E NITRITO REAGENTE


(NÃO OBRIGATÓRIO);

EM MULHERES, CUIDAR PRESENÇA DE CONTAMINAÇÃO POR


MICROBIOTA VAGINAL
CRISTAIS DE ÁCIDO ÚRICO

URINAS ÁCIDAS → LEUCEMIA E QUIMIOTERAPIA.


CRISTAIS DE FOSFATO
TRIPLO

PRESENTES EM URINAS ALCALINAS.


CRISTAIS DE OXALATO DE
CÁLCIO
EM PACIENTES COM CÁLCULO
RENAL.;

EXCESSO DE VITAMINA C;

PRESENTES EM URINAS ÁCIDAS.


CRISTAIS DE URATOS/FOSFATOS AMORFOS

SÃO PRATICAMENTE
IDÊNTICOS → O QUE
MUDA É O pH DA URINA;

NÃO CONFUNDIR COM


BACTÉRIAS

CRISTAIS DE URATOS CRISTAIS DE FOSFATOS


AMORFOS. AMORFOS.
URINAS ÁCIDAS URINAS ALCALINAS
CRISTAIS
PATOLÓGICOS

CRISTAIS DE CISTINA. CRISTAIS DE TIROSINA

NUNCA ESTÃO PRESENTES EM URINAS NORMAIS E SUA PRESENÇA DEVE SER


SEMPRE RELATADA.
CRISTAIS
PATOLÓGICOS

CRISTAIS DE COLESTEROL CRISTAIS DE AMOXACILINA CRISTAIS DE BILIRRUBINA

NUNCA ESTÃO PRESENTES EM URINAS NORMAIS E SUA PRESENÇA DEVE SER


SEMPRE RELATADA.
TRICHOMONAS VAGINALLIS

NÃO CONFUNDIR
LEUCÓCITO, TRICHOMONAS
SE MEXE QUANDO
COLOCAMOS LUZ NELA E
TEM FLAGELO
EQU
CONTROLE DE
QUALIDADE. COMO
FAZER?
CONTROLE DE QUALIDADE
INTERNO

Fitas Reagentes:
- Fazer validação das fitas quando abrir lote novo
utilizando controle/padrão com resultado
conhecido.
- Fazer controle interno diário. Preferencialmente 2
níveis.

Sedimentoscopia:
- Fazer controle de qualidade interoperador, para
garantir padronização na leitura dos sedimentos.
Frequência definida pelo laboratório.
CONTROLE DE QUALIDADE
EXTERNO

- Participar de um programa de avaliação da qualidade externo, como


PNCQ ou Controllab.

- Avaliação mensal de uma amostra de urina desconhecida;


- Comparação de resultados entre laboratórios que utilizam os mesmos
equipamentos;
- Sedimentoscopia virtual.

-
MODELO DE AVALIAÇÃO PROGRAMA
NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE -
SBAC
EXAME QUALITATIVO DE URINA

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