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JUÍZO FEDERAL DA _____ª VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO

GRU ANEXO

Repercussão Geral STF:


Tema 942 - Possibilidade de
aplicação das regras do regime
geral de previdência social para a
averbação do tempo de serviço
prestado em atividades exercidas
sob condições especiais, nocivas
à saúde ou à integridade física de
servidor público, com conversão
do tempo especial em comum,
mediante contagem diferenciada.
Relator: Ministro Luiz Fux
RE 1014286

SINDICATO DOS SERVIDORES CIVIS DO MINISTÉRIO DA DEFESA,


COMANDOS DA MARINHA, EXÉRCITO E AERONÁUTICA – SINFA/RJ, inscrito no
CNPJ sob o nº 31.115793/0001-18, com seda na Rua da Quitanda, 45, 6º andar, Centro,
Rio de Janeiro, RJ, CEP 20.011-030, neste ato representado pelo seu Presidente LUIS
CLAUDIO DE SANTANA, brasileiro, casado, servidor público, portador da cédula de
identidade nº 478.138, emitido pelo CM, registrado no CPF sob o nº 897.234.227-00, com
domicilio comercial no endereço acima indicado, vem, perante Vossa Excelência, por seu
procurador in fine assinado, com escritório localizado nesta cidade na Rua da Quitanda,
45, 7º andar, CEP 20.011-030, ajuizar:
AÇÃO DECLARATÓRIA c/c OBRIGAÇÃO DE FAZER e COBRANÇA

em face da UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público interno, representada,


nesta Comarca, pela Procuradoria Regional da União da 2ª Região, sediada na Avenida
Rio Branco, n.º 123, 6º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20.040-006, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:

I - DA LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM

I.a - Da legitimidade extraordinária

É pacífico o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal


de Justiça no sentido de que é assegurada a possibilidade das Entidades Sindicais
pleitearem a defesa dos direitos dos membros da categoria a que representa,
independente de filiação, quer nas ações ordinárias, quer nas seguranças coletivas,
fazendo uso da legitimação extraordinária que se lhes confere, conforme previsão contida
na Súmula 630 do STF e no art. 3°, da Lei 8.073⁄90, em concordância com o art. 5º, LXX,
b da Constituição Federal1.

I.b - Do instituto da substituição processual

As Entidades Sindicais ostentam legitimatio ad causam extraordinária para


defender os direitos e interesses da categoria que representa como dispunha o art. 8° da

1 (a) REsp 780.660/GO – Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima – Quinta Turma – STJ – DJ em 22.10.2007,
pág. 353. (b) AgRg no REsp 660.024/DF – Relator: Ministro Humberto Martins – Segunda Turma – STJ – DJ
31.08.2007, pág. 219.
Lei 7.788⁄89, revogado pelo artigo 3º da Lei 8073/90, como também o art. 8º, III, da
Constituição Federal, encerrando a figura típica da chamada substituição processual,
instituto implícito no art. 5º, LXX, da Constituição Federal 2.

I.c - Da defesa de direitos individuais e coletivos

O Superior Tribunal de Justiça, em consonância com a jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal, entende que os Sindicatos possuem ampla legitimidade ativa
ad causam para atuarem na defesa de todos e quaisquer direitos individuais homogêneos
ou coletivos dos integrantes da categoria por eles representadas3.

Portanto, verifica-se que a Entidade Sindical está autorizada a impetrar o


presente mandamus coletivo, conforme regra contida no inciso III do art. 8º da
Constituição Federal, objetivando assegurar direitos e interesses da categoria por ela
representada.

I.d - Da inaplicabilidade do § único do art. 2°-A da Lei 9.494/97

O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que as Entidades


Sindicais não estão sujeitas aos requisitos de ajuizamento de demandas coletivas fixados
pela Lei 9.494⁄974.

Isso porque, a Lei 9.494⁄97 (art. 2-A, § único) – ao fixar a obrigatoriedade de


autorização assemblear ou relação nominal de filiados como requisitos necessários ao
ajuizamento de demandas coletivas – não açambarca as hipóteses dos incisos LXX do

2 (a) REsp 995.341 – Relator: Ministro Luiz Fux – STJ – DJ em 19.02.2009. (b) RE 214.668/ES – Relator:
Ministro Joaquim Barbosa – Tribunal Pleno – STF – DJ em 23.08.2007.
3 (a) AgRg no REsp 1.082.891/RN – Relatora: Ministra Jane Silva – Sexta Turma – STJ – DJ em 14.10.2008. (b)
AI no AgR 422.148⁄MG – Relator: Ministro Ricardo Lewandowski – Primeira Turma – STF – DJ em 14.11.2007.
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art. 5º e III do art. 8º da Constituição Federal e, consequentemente, não tem o condão de
diminuir o raio de incidência constitucionalmente fixado5.

I.e - Da Legitimidade para recolhimento da Contribuição Sindical

Para encerrar o assunto da legitimidade, transitou em julgado em 04/08/2014


no RE 634.933/RJ (Originário: 0060718-28.1999.4.02.5101 – 32ª VFRJ) o processo em
que se definiu o direito do SINFA-RJ ao recolhimento da Contribuição Sindical, prevista
nos artigos 578 e seguintes da CLT, sendo, consequentemente, o único sindicato
representante da categoria de servidores civis do Ministério da Defesa no Estado
do Rio de Janeiro.

Ora, imagine se toda vez que a entidade pleitear judicialmente um direito que
atende a toda categoria, precisar de autorização individual ou tiver que listar
nominalmente cada servidor substituído na demanda! É inconcebível e ultrapassada
qualquer tese neste sentido, que só faz em limitar a atuação ampla, legítima e autorizada
pela Constituição da República.

II - DA PRETENSÃO AUTORAL

A demanda objetiva a Súmula Vinculante n.º 33, portanto a possibilidade de


aplicação das regras do regime geral de previdência social para a averbação do tempo de
serviço prestado em atividades exercidas sob condições especiais, nocivas à saúde ou à
integridade física de servidor público, com conversão do tempo especial em comum,
mediante contagem diferenciada, mais especificamente aqueles servidores que

5 REsp 866.350/AL – Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima – Quinta Turma – STJ – DJE em 01.09.2008.
laboram em atividades especiais na forma do art. 40, §4º, III6 da Constituição da
República Federativa do Brasil.

Em síntese o servidor homem a cada 05 (cinco) anos com


insalubridade/periculosidade ganha mais 2 anos e a mulher servidora a cada 05 (cinco)
anos com insalubridade/periculosidade ganha mais 1 ano. O cálculo de conversão para a
mulher é a quantidade de anos insalubres x 1.2 e do homem, os anos de tempo especial x
1.4.

Frise-se que, já no sistema anterior à Lei n.º 8.213/91, assim como ocorre
atualmente, o fator de conversão do tempo de serviço especial para tempo de serviço
comum tem sido disciplinado via Decreto editado pelo Poder Executivo. Sendo assim,
tem-se, cronológica e resumidamente, o Decreto n.º 83.080/79, que até 06/12/1991,
previa o fator de conversão 1,2; e o Decreto n.º 357/91, que a partir de 07/12/1991,
instituiu o coeficiente de conversão de tempo de serviço especial 1,4, para homem.

"PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE SOB CONDIÇÕES


ESPECIAIS. FATOR DE CONVERSÃO. LEGISLAÇÃO
VIGENTE À ÉPOCA EM QUE OS SERVIÇOS FORAM
PRESTADOS. LEX TEMPUS REGIT ACTUM I – O segurado
que presta serviço em condições especiais, nos termos da
legislação então vigente, e que teria direito por isso à
aposentadoria especial, faz jus ao cômputo do tempo nos
moldes previstos à época em que realizada a atividade. Isso
se verifica à medida em que se trabalha. Assim, em

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“Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e
dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste
artigo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares,
os casos de servidores:
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física.”
obediência ao princípio do lex tempus regit actum, o fator a
ser aplicado na conversão do tempo de serviço especial em
comum, para fins de concessão de aposentadoria, deve ser
aquele vigente à época em que efetivamente prestado o
serviço em condições especiais. II – Como o tempo de serviço
é disciplinado pela lei vigente à época em que efetivamente
prestado e, para o reconhecimento do tempo de serviço
especial são utilizados os meios de prova previstos na
legislação de regência à época, o fator de conversão a ser
aplicado deve ser aquele previsto na legislação vigente
também naquele momento, sob pena de verdadeira
contradição. In casu, portanto, deve ser declarada a
legalidade da conversão do tempo de serviço exercido em
condições especiais, para comum, pelo fator 1,2, que era o
fator vigente no período trabalhado pelo autor."

(TUN, PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO


DE LEI FEDERAL, Processo: 200572950084352, Relator
JUIZ FEDERAL MARCOS ROBERTO ARAÚJO DOS
SANTOS, Julgado em 09/10/2007, DJU 16/11/2007).” (Grifo
nosso).

II.a – DOS SUBSTITUÍDOS

O autor, entidade sindical, vem representar o interesse dos substituídos


processuais, em especial dos servidores civis ativos, inativos e pensionistas que
devem ter recalculado para fins de aposentadoria ou revisão o tempo trabalhado em
condições especiais, em síntese verificar se possuiu ou cumpre os requisitos da
pontuação de 95/85 para homens e mulheres da Emenda Constitucional n.º 47/2005.

Ademais aqueles servidores que estão na inatividade também farão jus à


revisão de sua aposentadoria, tendo em vista que não foi oportunizado pela
Administração Pública o benefício da averbação do tempo trabalhado em condição
especial com a finalidade de garantir a paridade e da integralidade da EC 47/2005, sendo
certo que terão valores a receber, devido à diferença entre as remunerações ou proventos
de aposentadoria.
II.b – DA CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM

Inicialmente, cumpre esclarecer o Juízo que o caso em tela tende a solucionar


um descaso histórico do Congresso Nacional em não regulamentar por Lei Complementar
específica o art. 40, §4º, III da Constituição da República Federativa do Brasil,
vejamos:

“Artigo 40.
Parágrafo 4º. É vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos
pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos dos servidores:

III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que


prejudiquem a saúde ou a integridade física. ”

Sendo assim, tendo em vista a ausência de norma regulamentadora, foram


distribuídos de forma individual e coletiva de várias entidades de representação coletiva o
writ constitucional Mandado de Injunção7 e no dia 09 de abril de 2014 o Supremo
Tribunal Federal aprovou a Súmula Vinculante n.º 33.

A Súmula Vinculante 33 dispõe sobre aposentadoria especial do servidor


público, foi publicada no DOU em 24/04/2014, in verbis:

"Súmula vinculante n. º 33 - Aplicam-se ao servidor público, no que


couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica."
(grifo nosso).

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O Mandado de Injunção está previsto no art. 5º, LXXI, da Constituição Federal, o qual dispõe: “Conceder-
se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.”
Ora Excelência, lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a
matéria tão importante para os servidores federais, editou uma súmula vaga com a
expressão “no que couber” sem dizer como seria a forma do cálculo dos proventos de
aposentadoria e a forma de reajuste.

Então como não há uma regulamentação da matéria, cabe ao Poder Judiciário


decidir no caso concreto a lacuna legislativa.

A demanda objetiva a Súmula Vinculante n.º 33 de acordo com o Tema 942


da Repercussão Geral do Supremo, portanto a possibilidade de aplicação das regras do
regime geral de previdência social para a averbação do tempo de serviço prestado em
atividades exercidas sob condições especiais, nocivas à saúde ou à integridade física de
servidor público, com conversão do tempo especial em comum, mediante contagem
diferenciada.

Como dito acima, temos a referida conversão de tempo especial em comum,


aplicando aonde cabem às regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal,
sobrepondo analogicamente o art. 57, §3º e §5º da Lei n.º 8.213 de 24 de julho de
1991 até regulamentação específica:

“Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a


carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei.

§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de


comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do
Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não
ocasional nem intermitente, em condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período
mínimo fixado.

(…)

§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que


sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à
integridade física será somado, após a respectiva conversão ao
tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo
critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e
Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer
benefício.”

Superado estas questões, vale frisar que os substituídos processuais são


servidores públicos civis federais vinculados ao Ministério da Defesa, Comandos da
Marinha, Exército e Aeronáutica, que em caso de procedência farão prova do direito nas
execuções individuais do julgado, apresentado por exemplo documentos comprobatórios
da atividade especial, tais como: LTCAT (Laudo Técnico das Condições do Ambiente
de Trabalho), PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), deferimento do abono
permanência, fichas financeiras ou contracheques do período laborado em
atividade especial e comprovante de ingresso no serviço público ou mapa de tempo
de serviço.

Vale ressaltar que o caso em tela foi distribuído antes a publicação da Emenda
Constitucional n.º 103/2019 que por expressa disposição do art. 25, §2º da EC 103/2019,
a conversão do tempo especial em comum, trabalhado depois da entrada em vigor da
reforma, não será mais possível.

Ainda assim, o tempo laborado até a data de entrada em vigor da Emenda


Constitucional será possível a conversão, desde que se comprove a exposição a
condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde.
Em síntese o servidor homem a cada 05 (cinco) anos com
insalubridade/periculosidade ganha mais 2 anos e a mulher servidora a cada 05 (cinco)
anos com insalubridade/periculosidade ganha mais 1 ano. O cálculo de conversão para a
mulher é a quantidade de anos insalubres x 1.2 e do homem, os anos de tempo especial x
1.4.

Vide art. 70 do Decreto Lei 3.048/1999, in verbis:

“A conversão de tempo de atividade sob condições


especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de
acordo com a seguinte tabela:”

MULTIPLICADORES

TEMPO A CONVERTER

MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33

DE 20 ANOS 1,50 1,75

DE 25 ANOS 1,20 1,40


Neste sentido, deve ser julgado e declarado pelo Juízo a averbação e
conversão do tempo trabalhado de forma especial, obrigando o réu a converter pelo fator
1.2 (mulheres) e 1.4 (homens) e refazer novo mapa de tempo de serviço do servidor para
fins de cálculo da pontuação prevista na Emenda Constitucional n.º 47 (mulher 85 pontos
e homem 95 pontos), fazendo jus a verificação nos casos concretos da paridade e
integralidade.

Já na obrigação de pagar a procedência da pretensão autoral para condenar o


réu as diferenças dos proventos de aposentadoria daqueles servidores que estão
atualmente na inatividade sem integralidade e paridade, tendo em vista a revisão da
pontuação do benefício, caso cumpre os requisitos da integralidade e a paridade da EC
47/2005.

Por fim, aqueles servidores que estão na inatividade também farão jus a
revisão de sua aposentadoria, tendo em vista que não foi oportunizado pela
Administração Pública o benefício da conversão do tempo trabalhando em condições
especiais para fins de verificar se cumpriu os requisitos da EC 47/2005, conforme
mencionado no parágrafo anterior.

II.c – DOS REQUISITOS DOS SUBSTITUÍDOS PROCESSUAIS

Em síntese do exposto, apresentamos as conclusões referentes aos direitos


dos substituídos processuais:

▪ Ser servidor público federal ativo, inativo ou pensionista vinculado ao Ministério da


Defesa, Comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica;

▪ Ter trabalhado ou ainda laborar de forma especial insalubridade/periculosidade;


▪ A prova documental anexada nas futuras execuções do julgado, comprovando que os
substituídos processuais trabalharam de forma especial, por exemplo: LTCAT (Laudo
Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho), PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário), deferimento do abono permanência, fichas financeiras ou contracheques
do período laborado em atividade especial e comprovante de ingresso no serviço público
ou mapa de tempo de serviço.

▪ Fundamento Legal: Súmula Vinculante n.º 33 do STF, artigo 57, § 3º e § 5º da Lei


8.213/91 e Constituição Federal.

III - DO PEDIDO

Ante o exposto, requer o Autor:

a) O SOBRESTAMENTO do feito até julgamento final da Repercussão Geral do STF:


Tema 942 - Possibilidade de aplicação das regras do regime geral de previdência social
para a averbação do tempo de serviço prestado em atividades exercidas sob condições
especiais, nocivas à saúde ou à integridade física de servidor público, com conversão do
tempo especial em comum, mediante contagem diferenciada;

b) A citação inicial do Réu, na pessoa do representante para, querendo, responder a


presente ação, sob as penas do artigo 285, in fine, do Código de Processo Civil;

c) A DECLARAÇÃO da legalidade da conversão do tempo de serviço exercido em


condições especiais, para comum pelo fator 1.2 mulheres e 1.4 homens, vigente no
período trabalhado pelos substituídos processuais do autor;
d) A procedência da pretensão autoral para condenar e OBRIGAR Réu a converter e
averbar novo mapa de tempo de serviço dos substituídos processuais do autor aplicando
o fator 1.2 para mulheres e 1.4 para homens que comprovem o período trabalhado em
condições especiais (insalubridade/periculosidade);

e) A procedência da pretensão autoral para condenar o Réu na OBRIGAÇÃO DE PAGAR


aos substituídos processuais que estão na inatividade e pensionistas que não foram
considerados o fator 1.2 para mulheres e 1.4 para homens que comprovem o período
trabalhado em condições especiais (insalubridade/periculosidade), as diferenças entre os
proventos de aposentadoria no momento das execuções individuais do julgado, se
cumprida à pontuação 85 para mulheres e 95 para homens da EC 47/2005.
d) Pagar honorários advocatícios no percentual de 20% (vinte por cento) do valor
atribuído à causa.

IV - DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES NA IMPRENSA OFICIAL

Por fim, requer que V. Exa. faça constar na capa dos autos e nas futuras
intimações, o nome dos patronos Dr. RIAN CARLOS SANT’ANNA OAB/RJ 170.909 e Dr.ª
TALITA DE LOURDES PEREIRA BARBOSA, OAB/RJ 154.683, com escritório nesta cidade
na Rua da Quitanda 45, 3º andar, Centro, CEP: 20.011-030.

V - DA ESPECIFICAÇÃO DAS PROVAS

Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito,


especialmente a documental.

VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá à causa o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2021.

RIAN CARLOS SANT’ANNA


OAB/RJ 170.909

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