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TÉCNICAS BÁSICAS

Ana Neri – Mãe dos Brasileiros

Florence Nightingale – Dama da Lâmpada


INDICE

PÁGINAS ASSUNTOS

04 Agradecimentos; Dedicatória; Biografia

05 Algumas palavras; Primeiras orientações

06 História da Enfermagem; Direitos dos pacientes/clientes; Definições

07 O paciente

08 Sistematização da Assistência de Enfermagem; Anotação de Enfermagem

10 Passagem de plantão

11 Controle de Infecção; Dispositivos e materiais

12 Higienização das mãos

17 Procedimento para calçar e retirar luvas

19 Prevenção de acidentes hospitalares; Unidade de internação; Limpezas

21 Arrumação de cama/leito

22 Sinais Vitais

26 Controles complementares

28 Balanço Hídrico

30 Tratamentos especiais

32 Posições

34 Movimentação

36 Transporte

37 Restrição de movimentos

39 Higienização

45 Medidas de conforto e segurança do paciente

47 Feridas; Curativos e Retirada de pontos

59 Passagem e retirada de cateter para alimentação e medicação

62 Alimentação

66 Eliminações

67 Vesical/diurese

73 Intestinal/evacuação

76 Oxigenoterapia

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80 Aspiração de vias aéreas

83 Assistência de enfermagem perante a morte

84 Cuidados com o corpo após a morte

86 Medicação; Cuidados gerais na administração de medicação

87 Dispositivos para preparo e administração de medicamentos

88 Qualidade e cuidados na preparação; Locais para descarte de materiais

89 Vias de administração

94 Técnica para manipulação dos materiais para medicações parenterais

97 Vias de administração parenteral

111 Coleta de amostra de sangue para exames

113 Transfusão sangüínea

117 Abreviaturas e Terminologia

125 Referências Bibliográficas

Agradecimento

Agradeço a Deus pela inteligência e a capacidade de realizar este projeto.

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Obrigada ao meu filho por você existir e me fazer lutar para que você seja um homem de bem.

Obrigada ao meu companheiro pela paciência enquanto eu realizava este trabalho.

Obrigada a minha mãe por me ensinar a ser mulher, mãe, companheira e acima de tudo uma
profissional digna.

E obrigada a minha profissão de Enfermeira que me ensinou a ser uma pessoa mais humana.

Dedicatória

Dedico este projeto a todos os profissionais da enfermagem que muitas vezes esquecem de si próprio
para se dedicar aqueles que necessitam do seu profissionalismo e carinho.

Dedico aos que querem aprender a ser profissional de enfermagem.

Biografia

Christini Aparecida Pernela Di Onofre

Graduada pela Universidade de Mogi das Cruzes – Dez/ 93

Pós Graduação em Administração Hospitalar (IPH) - Jan/94 a Jan/96

Pós Graduação em Docência e Pesquisa pra o Ensino na área da Saúde (UNIMES) – Março/2010

Email: christinirse@hotmail.com

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ALGUMAS PALAVRAS

Imperícia: falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão,


inábil. É a incapacidade, a falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou
científica, não levando em consideração o que sabe ou o que deveria saber. A imperícia se revela pela
ignorância, inexperiência ou inabilidade sobre a arte ou profissão que prática. É uma forma culposa
(diferentemente da dolosa, que exige a intenção), que gera responsabilidade civil e/ou criminal pelos
danos causados.

Imprudência: ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução. É um comportamento


de precipitação, de falta de cuidado.

Negligência: é o termo que designa falta de cuidado ou aplicação numa determinada situação, tarefa ou
ocorrência. É freqüentemente utilizado como sinônimo dos termos “descuido”, “incúria”, “desleixo”,
“desmazelo” ou “preguiça”. Falta de atenção ou cuidado – Inobservância de deveres e obrigações.

PRIMEIRAS ORIENTAÇÕES

APARÊNCIA (vestuário, cabelo, barba, unha)

 Avental branco manga longa, comprimento no joelho (bordar somente o nome)


 Calça branca sem detalhes
 Camisa ou camiseta branca sem detalhes
 Sapato branco, solado de borracha (sem cadarço e sem costura)
 Cabelos presos, pouca maquilagem, pouco perfume e unhas curtas (esmalte de cores claras)
 Barba e bigode aparados ou retirados
 Proibido o uso de adornos (anel, aliança, pulseira, corrente, piercing visível)
 Adorno permitido somente relógio de pulso

MATERIAL DE BOLSO

 Necessérie média (cores neutras= preta, azul marinho, marrom, branca)


 Canetas azul, preta e vermelha
 Bloco pequeno para anotação
 Lápis e borracha
 Tesoura com ponta arredondada (nome gravado)
 Garrote fino +- 40 cm
 Régua 15 cm
 Termômetro digital
 Óculos protetor
 Máscara N95
 Aparelho de pressão arterial completo
 Relógio de pulso com ponteiro de segundos
 Luvas de procedimentos = 01 caixa (somente para o estágio)
 Máscara cirúrgica descartável = 01 caixa (somente para o estágio)
 Avental descartável = 01 pacote (somente para o estágio)

IMPORTANTE: Identifique todos os materiais

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TÉCNICAS BÁSICAS / FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
1. HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Em seus primórdios tinha estreita relação com a maternidade, e era exclusivamente feita por mulheres.
A enfermagem moderna, com as suas bases de rigor técnico e científico, começou a se desenvolver
no século XIX, através da atuação da aristocrata inglesa Florence Nightingale (Dama da Lâmpada), na
Guerra da Criméia. No Brasil destaca-se Ana Neri (Mãe dos Brasileiros), na Guerra Brasil-Paraguai.

2. DIREITOS DO PACIENTE/CLIENTE (somente para leitura)

Estes estão garantidos pelos Direitos Humanos, pela Constituição Federal e pelo Código de Ética Médica
e Profissionais, foram elaborados pelo Fórum Permanente das Patologias Clínicas e tem por finalidade
Humanizar o relacionamento profissional de saúde versus paciente.

O paciente/cliente tem direito

o Receber um atendimento atencioso e respeitoso


o Dignidade pessoal
o Sigilo ou segredo médico
o Conhecer a identidade dos profissionais envolvidos em seu tratamento
o Informação clara e em linguagem acessível sobre seu diagnóstico, tratamento e prognóstico
o Comunicar-se com pessoas fora do hospital e de ter, quando necessário, um tradutor
o Recusar o tratamento e ser informado sobre as conseqüências médicas dessa opção
o Ser informado sobre projetos de pesquisa referentes a seu tratamento, e a recusar-se a participar
deles
o Receber uma explicação completa referente à sua conta hospitalar
o Reclamar (e a reclamação não deverá ter influencia sobre a qualidade do tratamento)
o Recusar-se a realizar exames desnecessários executados recentemente
o Ter acesso a uma segunda e/ou terceira avaliação
o Escolher o médico e/ou especialista dentro do ambiente hospitalar
o Questionar medicação prescrita
o Ter acesso à ficha técnica

3. DEFINIÇÕES

ENFERMAGEM: É a ciência e a arte de assistir o ser humano como um todo (corpo, mente e espírito),
dando assistência não só ao individuo, mas também à família e à comunidade no atendimento de suas
necessidades básicas e, quando possível, tornando-o independente dessa assistência pelo ensino do
auto-cuidado, para recuperar, manter e promover a saúde. (Wanda de Aguiar Horta).

SAÚDE: É um estado de completo bem estar físico, mental e social e não a mera ausência de moléstia ou
enfermidade. (Organização Mundial da Saúde).

DOENÇA: É um estado de desequilíbrio do individuo com as forças de seu ambiente externo e interno,
ou seja, ocorre perda ou limitação da sua capacidade de adaptação ao meio ambiente.

HOSPITAL: “O Hospital é parte integrante de uns sistemas coordenados de saúde, cuja função é
dispensar à comunidade completa assistência médica, preventivas e curativas, incluindo serviços
extensivos à família em seu domicilio e ainda um centro de formação dos que trabalham no campo da
saúde e para as pesquisas biossociais”. (Organização Mundial da Saúde)

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PRONTUÁRIO: Documento constituído de formulários padronizados destinados ao registro da
assistência prestada ao paciente. (Ministério da Saúde).

EQUIPE DE SAÚDE: É composta por um conjunto de profissionais de diversas áreas que, por meio de um
trabalho integrado dos seus elementos e pela contribuição dos seus conhecimentos, presta assistência
de saúde à população.

EQUIPE DE ENFERMAGEM: Enfermeiros (assistencial e administrativo), técnico (assistencial e


administrativo quando lhe é delegado algumas funções) e auxiliar (assistencial).

4. O PACIENTE/CLIENTE

OBSERVAÇÃO: Considerado quando o paciente fica sob vigilância e cuidados por um período inferior a
24 horas ocupando um leito/poltrona.

INTERNAÇÃO: Considerado quando o paciente está num período superior a 24 horas ocupando um leito.

ADMISSÃO: É o momento de entrada do paciente no hospital ou na unidade de internação, neste


momento devemos dar toda atenção ao paciente, prestando-lhe todas as informações necessárias,
realizar a entrevista e o relatório impresso de enfermagem.

ALTA: Consiste na decisão médica que determina o encerramento da modalidade de assistência


prestada ao paciente naquela unidade (alta hospitalar; alta condicional; alta a pedido; alta por evasão).

TRANSFERÊNCIA: Consiste na mudança do paciente de clínica, quarto, leito, unidade ou hospital.

ÓBITO: Consiste na constatação médica do falecimento do paciente.

ARROLAMENTO DE VALORES: pertences do paciente/cliente que devem ser guardados até que o mesmo
posso retirá-los ou ser retirado por algum familiar. Como fazer: impresso próprio do hospital deve ser
preenchido em 02 vias (uma é deixada no prontuário e outra é deixada junto com os pertences), quando
o paciente entra no Hospital, se este está acompanhado entregar de imediato todos os pertences ao
familiar (solicitar para que ele assine legivelmente e coloque o número do RG no momento do
recebimento); se o paciente der entrada sozinho fazer o Rol: objetos de valor (documentos e dinheiro
devem ser guardados no cofre) e objetos pessoais (roupas, sapatos devem ser encaminhados para a
zeladoria).

NECESSIDADES BÁSICAS: Tudo que é essencial, indispensável, uma exigência ou uma carência.

 Grupos: Necessidades Psicobiológicas = hidratação, nutrição, eliminações e outros

Necessidades Psicossociais = segurança, amor, liberdade, lazer, comunicação e outras

Necessidades Psicoespirituais = religião, ética, filosofia de vida

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5. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

SAE: É constituído por uma série de etapas e ações planejadas, que visam à satisfação das necessidades
humanas básicas, bem como a solução dos problemas das pessoas, até atingir a homeostase (equilíbrio).

Fases do processo (responsabilidade do Enfermeiro)

 Histórico de Enfermagem = entrevista e exame físico


 Diagnóstico de Enfermagem = analise e avaliação das informações, diagnostica o grau de
dependência do atendimento.
 Prescrição de Enfermagem = prescrição dos cuidados de enfermagem a serem seguidos pela
equipe.
 Evolução de Enfermagem = relatório diário das mudanças que ocorrem com o paciente.

6. ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

São informações fornecidas pela equipe de Enfermagem e escritas em relatório próprio. Devem
abranger as condições biopsicossociais e espirituais, como assistência prestada, exames realizados,
justificativas da não realização dos exames e cuidados planejados, reação do cliente frente aos
tratamentos, exames e todos os fatos ocorridos com o cliente, permitindo dar condições para
continuidade dos cuidados.

Finalidades

 Estabelecer uma efetiva comunicação entre a equipe de Enfermagem e demais profissionais;


 Fonte de subsídios para avaliação da assistência prestada e evolução do cliente;
 Contribuir com auditoria de prontuário, pois é um documento legal;
 Contribuir para o ensino e pesquisa.

O que anotar? (seguir o sentido cefalo-pedioso)

 Estado Geral: estado mental e humor, ativo, reativo, calmo, comunicativo, sonolento,
torporoso, deambulando, acamado, uso de próteses para movimentação, outros.
 Sinais Vitais: sintomas/parâmetros
 Condições físicas apresentadas: desconforto respiratório, lesões, hematomas, hiperemia,
edemas, algias, déficit motor e outros
 O que o cliente esta mantendo: drenos, cateteres, oxigenoterapia, ventilação mecânica, acesso
venoso – tipo, local, aspecto, tempo de permanência.
 Eliminações fisiológicas: sudorese, diurese, evacuação, vômito – aspecto, quantidade,
freqüência e odor.
 Observações: visitas, acompanhamento, restrições.
 Dados referentes às necessidades humanas básicas no decorrer do plantão: Nutrição e
hidratação (aceitação ou não do alimento, razões da rejeição, tipo e quantidade consumidos,
formas de administração, jejum e outros); Lesões (aspecto, localização, tipo de curativo e
outros); Sono e Repouso; Cuidados corporais (higienização corporal e oral); Acidentes e
intercorrências; Saídas e retornos da unidade ou do hospital (exames, cirurgias e outros);
Coleta de exames laboratoriais.

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EXEMPLO

07:00 h – Assumi o plantão com paciente no 2º DI* com HD**: Dor Abdominal a/e, acordado, verbalizando, hipocorado, hidratado, refere andar,
venoclise MSD salinizado, SIC: diurese presente e evacuação ausente até o momento. Thina/4578-03 AE

07:10 h – Coletado sangue para exames laboratoriais, pela equipe do laboratório, em região dorsal da mão direita e urina 1/urocultura.
Thina/4578-03 AE

07:40 h – Oferecido café da manhã com boa aceitação, após deverá manter jejum para USG abdômen total, colocado placa de identificação no
leito e orientado ao paciente não comer e nem beber nada. Thina/4578-03 AE

08:00 h – Administrado medicação conforme item 02 da prescrição médica. Verificado os sinais vitais, apresentou hipertermia=38,7 C medicado
conforme item 05 da prescrição médica. Thina/4578-03 AE

08:40 h – Verificado temperatura, com melhora, T= 37,6 C. Thina/4578-03 AE

08:45 h – Encaminhado para o banho de chuveiro, realizado arrumação do leito e limpeza concorrente. Thina/4578-03 AE

09:10 h - Realizado a troca da fixação do acesso venoso, sem sinais flogisticos. Thina/4578-03 AE

09:15 h – Orientado e encaminhado para sala de TV. Thina/4578-03 AE

09:55 h – Retornou para o leito (descanso). Thina/4578-03 AE

10:00 h – Administrado medicação endovenosa conforme item 07 da prescrição médica; bolado medicação do item 12 devido jejum para exame.
Thina/4578-03 AE

11:30 h – Mantém jejum para exame. Thina/4578-03 AE

12:00 h – Queixou-se de lipotimia, apresentou palidez cutânea acentuada e sudorese fria, verificado pressão arterial (PA = 90x60 mmHg =
hipotensão), pulso (FC = 120 bat/min. = taquicardico) e realizado exame de glicemia capilar, segundo solicitação verbal da Enfa Ana Neri, Dextro
= 52mg/dl (hipoglicemia), comunicado ao Dr. Magalhães que prescreveu 40 ml de glicose 50%, endovenosa, lento e SG5% 500 ml fase rápida,
administrado a medicação e instalado soro. Thina/4578-03 AE

12:40 h – Salinizado acesso venoso, conforme prescrição da Enfa Ana Neri. Thina/4578-03 AE

12:50 h – Verificado pressão arterial (PA = 120x70 mmHg = normotenso), pulso (FC = 88 bat./min. = normocárdio) e glicemia capilar = 84 mg/dl
(normal), comunicado os resultados a Enfa Ana Neri e ao Dr. Magalhães, que mantiveram a conduta. Thina/4578-03 AE

14:30 h – Encaminhado para realização de ultrassonografia de abdômen total, transportado em cadeira de rodas, acompanhado pela
enfermagem. Thina/4578-03 AE

15:00 h - Retornou do exame, o mesmo foi avaliado pelo Dr. Magalhães que liberou dieta. Recebeu visita de seus familiares, sem anormalidades.
Thina/4578-03 AE

15:30 h - Recebeu o lanche da tarde com ótima aceitação. Thina/4578-03 AE

16:00 h – Verificado sinais vitais e glicemia capilar, sem anormalidades. SIC: Evacuação presente. Thina/4578-03 AE

16:15 h – Queixou-se de dor abdominal e apresentou vômito de aspecto alimentar, foi medicado conforme os itens 07 e 08 da prescrição médica,
Enfa Ana Neri e Dr. Magalhães cientes. Thina 4578-03 AE

16:30 h – Realizado nova punção venosa, em região de ante braço direito ,devido obstrução da anterior, instalado soroterapia conforme item 16
da prescrição médica. Thina/4578-03 AE

17:30 h – Apresentou melhora do quadro, sem queixas no momento. Aceitou parcialmente o jantar. Thina/4578-03 AE

18:50 h – Passo plantão com paciente no leito, em soroterapia, dormindo no momento. Thina/4578 AE

OBS: Na ausência do médico as intercorrências devem ser comunicadas ao Enfermeiro do setor, para posteriormente ser comunicado ao
médico.

*Dia de internação; **Hipótese diagnóstica

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Como anotar?

Todos os dados devem ser registrados imediatamente após a ocorrência, para não ferir a seqüência dos
fatos.

 Exatidão: precisão e veracidade


 Brevidade: completa
 Legibilidade: nítida e à tinta
 Concisa: resumida
 Correta: isenta de erros
 Objetiva: para evitar dupla interpretação
 Clara: fácil de entender
 Identificação: assinatura e carimbo de quem registrou as anotações

O que não devemos fazer

 Não rasurar, devido seu valor legal. Em caso de engano, usar a palavra “digo”.
 Abreviaturas que impeçam a compreensão do que foi anotado, exceto se a mesma for de
padronização universal.
 Entre uma e outra anotação não pular linha.
 Utilizar expressões como: sem anormalidades, sem intercorrências, sem queixas.
 Anotar procedimentos realizados por outras pessoas.

Referência no Grau de dependência para os cuidados

A B C
Mínimo Médio Máximo
o Independente o Semi dependência o Dependência total

 Alimentação  Alimentação  Dieta por cateteres


 Higiene pessoal  Higiene pessoal  Banho no leito
 Eliminações fisiológicas  Eliminações fisiológicas  Uso de fralda
 Mobilidade  Mobilidade c/ auxilio  Mudança de decúbito
 Deambulação  Deambulação c/ ajuda  Acamado
Referência no Grau de Atendimento

Riscos Características
Alto Caracterizado por situações clínicas de emergência, com risco iminente de morte que
necessitam de atendimento imediato independente da ordem de chegada e idade.
Médio Caracterizado por situações clínicas de urgência que necessitam de atendimento
prioritário
Baixo Caracterizado por situações clínicas com alterações dos sinais vitais, mas que não
necessitam de atendimento urgente. A prioridade depende da gravidade
Muito baixo Caracterizado pela ausência de alterações nos sinais vitais. Depende da ordem de
chegada
*O atendimento ao idoso pode ser priorizado considerando a avaliação de risco.

7. PASSAGEM DE PLANTÃO

Participantes: Enfermeiros; Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

Ocorre entre o final de um plantão e o inicio de outro, é feita verbalmente no posto de enfermagem ou
beira leito, com a finalidade de dar continuidade no atendimento ao cliente/paciente.

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8. CONTROLE DE INFECÇÃO
a. Assepsia (para material): É o processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de
determinado local ou objeto. (Ministério da Saúde). Exemplo: Lavagem do material
b. Assepsia Cirúrgica: Consiste no processamento e no manuseio do material, de modo a evitar o
contato do paciente com qualquer organismo vivo. O material deverá ser esterilizado, ou seja,
deverá haver a destruição de todas as formas de microorganismos. Exemplo: Abertura do
material estéril
c. Assepsia Médica: Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de microorganismos
patogênicos e à diminuição dos riscos de transmissão de pessoa a pessoa. Exemplo: Uso de
luvas
d. Anti-sepsia (para pele): É um conjunto de meio para impedir a multiplicação bacteriana em
tecidos vivos. Exemplo: Higienização da área cirúrgica antes do procedimento.
e. Desinfecção ou Descontaminação: É o processo de eliminação de formas vegetativas,
existentes em superfícies inanimadas/inertes, mediante a aplicação de agentes químicos e/ou
físicos. Exemplo: Limpeza com álcool em bancadas.
f. Desinfestação: É o processo de destruição de microorganismos vivos, existentes no ser
humano, nos animais ou no meio ambiente, mediante a aplicação de agentes físicos e/ou
químicos. Exemplo: Aplicação de produto para eliminar pediculose.
g. Esterilização: É a destruição de todas as formas de microorganismos por meio de agentes físico-
químicos. Exemplos: Autoclave (calor úmido); Estufa (calor seco); Óxido de etileno (gás); Ácido
peracético (líquido).
h. Higienização: É todo processo de limpeza que visa remover resíduos e reduzir microorganismos
a níveis recomendados pelos códigos sanitários. Exemplo: Banho.
i. Infecção: É a invasão e multiplicação microbiana nos tecidos e órgãos de um hospedeiro,
levando a uma inflamação. Exemplo: Herpes labial
j. Infamação: É uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos (temperatura constante) a
uma agressão sofrida. Exemplo: Ferida, edema, rubor
k. Precauções Universais ou Padrões: Trata-se de um conjunto de medidas que devem ser
utilizadas no atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente do seu
diagnóstico ou estado infeccioso e a manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou
se houver possibilidade de respingos e contaminação. Exemplo: Uso de Equipamentos de
Proteção Individual (máscara, óculos, luvas, avental, touca, botas e capacete).

9. DISPOSITIVOS E MATERIAIS = PERIODICIDADE DE TROCA (somente para leitura)


a) Equipos gotas ou microgotas = a cada 72 horas
b) Equipos de sangue ou hemoderivados = a cada 24 horas ou a cada troca de frasco
c) Equipos de infusão contínua = a cada 24 horas
d) Equipos de dietas = a cada 24 horas
e) Seringas para preparo de medicação = a cada medicação preparada
f) Seringa para bomba de infusão = a cada 24 horas
g) Buretas = a cada 24 horas
h) Dânulas ou polifix = a cada 72 horas
i) Cateter nasogástrico/nasoenteral = trocar em caso de obstrução ou deslocamento
j) Cateter vesical e sistema = trocar em caso de obstrução ou grande quantidade de sedimentos
k) Cateter de duplo, triplo ou intracath = na presença de sinais flogisticos
l) Cateter umbilical venoso = remover no máximo em 14 dias
m) Cateter umbilical arterial = remover no máximo em 5 dias
n) Cateter tipo flebotomia = remover no máximo até 5 dias

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o) Cateter vascular periférico = a cada 72 horas
p) Sonda de aspiração = descartável, a cada procedimento
q) Máscaras e inaladores = a cada 24 horas
r) Umidificador e nebulizador = a cada 24 horas com água e a cada 7 dias quando seco

10. TÉCNICAS BÁSICAS

Conjunto de procedimentos que tem o objetivo de obter um determinado resultado, as técnicas existem
para que seja realizado de forma mais correta o atendimento ao cliente/paciente e familiares,
oferecendo uma maior segurança aos profissionais da área da saúde.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


 História

Foi o médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis que em 1846 comprovou a íntima relação da febre
puerperal com os cuidados médicos. Ele notou que os médicos que iam diretamente da sala de
autópsia/necropsia para a de obstetrícia tinham odor desagradável, pressupôs que a febre puerperal
fosse causada por “partículas cadavéricas”, por volta de maio de 1847, ele insistiu que estudantes e
médicos lavassem sua mão com solução clorada após as autópsias/necropsias e antes de examinar as
pacientes. No mês seguinte após esta intervenção, a taxa de mortalidade caiu de 12,2% para 1,2%.

 Conceito

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por
“higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a
higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos,
que serão abordadas mais adiante.

 Por que fazer?

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada


aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se
transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através
do contato com objetos e superfícies contaminados.

 Para que higienizar ar mãos?

- Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele,


interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato;
- Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.

 O que utilizar?

a. Uso de água e sabão

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Indicações

 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais.

 Ao iniciar o turno de trabalho.


 Após ir ao banheiro.
 Antes e depois das refeições.
 Antes de preparo de alimentos.
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
 Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

b. Uso de preparação alcoólica

Indicações

 Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas,
em todas as situações descritas a seguir:

 Antes de contato com o paciente

Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do


profissional de saúde.

 Após contato com o paciente

Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.

 Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos

Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do


profissional de saúde.

 Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico

Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do


profissional de saúde.

 Após risco de exposição a fluidos corporais

Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

 Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao


paciente

Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma determinada área


para outras áreas de seu corpo.

 Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente

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Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,
evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

 Antes e após remoção de luvas (sem talco)

Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

c. Uso de anti-sépticos

Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das
mãos e degermação da pele.

Indicações

Higienização anti-séptica das mãos

 Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de


microrganismos multirresistentes.
 Nos casos de surtos.

Degermação da pele

 No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe


cirúrgica).
 Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular
central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias
e outros.

Tipos

 Higienização simples
 Higienização anti-séptica
 Fricção de anti-séptico
 Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré operatório

Como fazer?

A. Higienização simples

Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele (suor,


oleosidades e células mortas), retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos.

Duração: de 40 a 60 segundos

Materiais: Água, sabonete líquido comum e papel toalha descartável

Técnica

o Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia


o Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda superfície
da mão
o Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si

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o Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e
vice-versa
o Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais
o Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimentos de vai e vem e vice-versa
o Esfregar o polegar direito com auxilio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular, e vice-versa
o Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa
o Esfregar o punho esquerdo com auxilio da mão direita, realizando movimento circular, e vice-
versa
o Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos
ensaboadas com a torneira
o Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mão e seguindo pelos punhos. No
caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.

B. Higienização anti-séptica

Finalidade: Promover a remoção de sujidade e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das


mãos, com auxilio de um anti-séptico.

Duração: de 40 a 60 segundos

Materiais: Água, sabonete líquido anti-séptico e papel toalha descartável

Técnica: É igual aquela utilizada para Higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum
associado a anti-séptico degermante.

C. Fricção das mãos com anti-séptico (preparações alcoólicas)

Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos. A utilização de gel alcoólico – preferencialmente a
70%, ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e
sabonete quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

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Material: Gel alcoólico ou Solução alcoólica

Duração: de 20 a 30 segundos

Técnica

o Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir toda a superfície das
mãos
o Friccionar as palmas das mãos entre si
o Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e
vice-versa
o Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados
o Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, e
vice-versa
o Friccionar o polegar direito com auxilio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular, e vice-versa
o Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fazendo um movimento circular, e vice-versa
o Friccionar os punhos com movimentos circulares
o Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha

D. Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

Finalidade: Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de


proporcionar efeito residual na pele do profissional.

Materiais: Sabonete anti-séptico ou Escovas descartáveis, cerdas macias e impregnadas ou não com
anti-sépticos; toalhas ou compressas estéreis

Duração: de 3 a 5 minutos (primeira cirurgia) e 2 a 3 minutos (cirurgias subseqüentes)

Técnica

16
o Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos
o Recolher, com as mãos em conchas, o anti-séptico e espalhar nas mãos, antebraços e
cotovelos. No caso de escova impregnada com anti-séptico, pressionar a parte impregnada da
esponja contra a pele e espalhar por todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos
o Limpar sob as unhas com as cerdas da escova
o Friccionar as mãos, observando os espaços interdigitais e os antebraços, por no mínimo três a
cinco minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos
o Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos, retirando todo
resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelhos os pés, se a torneira não possuir
fotossensor
o Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimento compressivos, iniciando
pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, atentando para utilizar as diferentes
dobras da tolha/compressa para regiões distintas.

PROCEDIMENTOS PARA CALÇAR E RETIRAR LUVAS

Finalidade: Diminuir a possibilidade de propagação de agentes infecciosos aos doentes e de o


profissional contaminar-se com produtos orgânicos.

Tipos

Luvas de procedimento: usadas para auto-proteção na manipulação de material contaminado e/ou


áreas de pele e mucosas infeccionadas do paciente.

Luvas cirúrgicas/esterilizadas: usadas para realizar os cuidados de enfermagem que necessitam de


técnica asséptica, isto é procedimentos invasivos.

Quando utilizar?

• Somente quando indicado


• Para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais, e contato com
mucosas e pele não integra de todos os pacientes
• Para reduzir a possibilidade de os microrganismos das mãos do profissional contaminarem o
campo operatório (luvas cirúrgicas/estéreis)

17
• Para reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de um paciente para outro nas
situações de precaução de contato

Quando trocar?

• Sempre que entrar em contato com outro paciente


• Durante o contato com o paciente se for mudar de um sitio corporal contaminado para outro,
limpo, ou quando estas estiverem danificadas.

Importante: Nunca tocar desnecessariamente superfícies e matérias, tais como telefones, maçanetas,
portas, quando estiver com luvas.

Técnica para calçar luvas esterilizadas

o Retire todos os adornos


o Lave as mãos
o Abra o pacote primário das luvas de modo que os punhos fiquem voltados para a pessoa
que vai calçá-las
o Segure nas dobras do pacote secundário abrindo-o e exponha as luvas sem tocá-las
o Com a mão direita pegue a luva esquerda pelo lado da dobra, calce a mão direita sem tocar
na parte externa da luva
o Com a mão direita enluvada, introduza os quatro dedos sob a dobra do punho da luva
esquerda, calce a luva na mão esquerda, atentando para não contaminar a mão enluvada
o Ajeite as luvas externamente com as mãos enluvadas

OBS: Para calçar luvas de procedimento não é necessário técnica, esta tem que ser realizada de forma
limpa.

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Técnica para retirada luvas

o Com a mão direita, segure o lado externo do punho da luva esquerda e puxe-o, deixando a
luva do avesso
o Com a mão esquerda, segure o lado interno do punho da luva da mão direita e puxe-o,
deixando a luva do avesso.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES HOSPITALARES

A enfermagem, em suas atividades diárias, tem a responsabilidade de zelar pela sua segurança, do meio
ambiente e do individuo internado em uma Instituição de saúde.

Paciente: utilizar grades e corrimão

Ambiente: utilizar placas de aviso, grades, travas, corrimão, manter o local em ordem

Materiais e Equipamentos: somente manipular se conhecer seu funcionamento

UNIDADES DE INTERNAÇÃO

São quartos destinados a permanência do paciente enquanto ele faz tratamento para recuperação ou
cura da sua patologia.

Tipos

 Quarto destinado a internação com capacidade para 1 leito

 Enfermaria destinada a internação com capacidade para 3 a 6 leitos.

LIMPEZAS

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1. Limpeza diária ou concorrente: Entende-se por limpeza concorrente a higienização diária de todas as 
áreas do hospital, com o objetivo da manutenção do asseio, reposição de materiais de consumo. A
equipe de enfermagem é responsável pela unidade de internação quando esta estiver ocupada.

Materiais: Luva de procedimento; pano/trapinho; álcool

→Limpeza de todo o mobiliário da unidade (mesa de refeição e armário de cabeceira), realizada pela
equipe de enfermagem: verificar dentro dos armários para verificar se não há guarda de alimentos
inadequadamente, pois estes são chamariz de vetores (barata, rato, mosquito, moscas e outros),
quando não são adequadamente conservados/guardados.

→ A limpeza ou desinfecção concorrente do colchão deve ser feita durante a higiene do paciente; A
limpeza da mesa de refeição deva ser realizada após cada dieta administrada.

2. Limpeza ou desinfecção terminal: Consiste no método de limpeza ou desinfecção de mobiliário,


material e planta física (porta, janela, paredes, chão) que compõem a unidade do paciente no hospital. É
feita após a alta, transferência, óbitos ou longa permanência do paciente, pela equipe de higienização.

Executar a técnica com movimentos firmes, longos e em uma só direção (do mais limpo para o mais
sujo; de cima para baixo)

Materiais: Luva de procedimentos, panos/trapos, baldes com água (1 água limpa + 1 água com sabão)

Técnica

• Calçar a luva de procedimentos;

• Retirar a roupa, manuseando-a com cuidado, colocá-la dentro do hamper

• Limpar a mesa de refeição e a cadeira

• Limpar a mesa de cabeceira (dentro e fora)

• Limpar um dos lados do travesseiro colocando o lado já limpo sobre a mesa de cabeceira, e proceder à
limpeza do outro lado

• Limpar a face superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira para os pés

• Limpar a grade dos pés da cama (somente a parte superior)

• Colocar o colchão sobre a grade dos pés da cama proceder à limpeza do outro lado do colchão

• Limpar a grade da cabeceira, grades de proteção e a parte exposta do estrado

• Acionar a manivela para limpar a parte posterior do estrado

• Abaixar o estrado e colocar o colchão no lugar, na posição horizontal

• Limpar os quatro pés da cama

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• Limpar suporte de soro e a escadinha

• Recolher o material utilizado e lavá-lo, retirar as luvas e lavar as mãos

Solicitar a presença da equipe de higienização para que ela proceda à limpeza das paredes, janelas,
porta, chão e banheiro

ARRUMAÇÃO DAS CAMAS/LEITOS

TIPOS TÉCNICAS
Cama fechada: feita Providencie o material necessário: 2 lençóis, cobertor (optativo), lençol ou
após a limpeza forro móvel, colcha, travesseiro e fronha
terminal, para
aguardar a chegada de Coloque a cadeira aos pés da cama e, sobre ela, o travesseiro e a fronha. A
um novo paciente. seguir, coloque as roupas de cama na seguinte ordem: cobertor, lençol de
cima, colcha, forro ou lençol móvel e lençol de baixo

Pegue o lençol de baixo, coloque-o no centro do colchão, desdobre-o


devagar (sem fazer movimentos bruscos ou sacudir o lençol), prenda-o
todo por baixo do colchão

Estenda o lençol móvel no centro da cama e prenda-o por baixo do lençol

Coloque o lençol de cima, a colcha e por último o cobertor, faça uma dobra
na parte da cabeceira e embuta na parte dos pés.

Coloque a fronha no travesseiro e deixe-o na cabeceira da cama (a


abertura da fronha deve ficar no sentido oposto à entrada do quarto ou da
enfermaria)

OBS: O forro móvel é utilizado quando o paciente for acamado ou em pós-


operatório.
Cama aberta: feita Cama aberta sem paciente (quando o paciente não é acamado)
diariamente durante a
permanência do Retire a roupa de cama sendo usada e coloque-a no hamper
paciente na unidade,
utilizando o mesmo Coloque a roupa limpa na mesma seqüência utilizada para cama fechada
material da cama
fechada.
Proceda a arrumação de acordo com a técnica utilizada para cama fechada,
com uma diferença: faça uma dobra em diagonal com o lençol, à colcha e o
cobertor, do lado em que o paciente irá se deitar

Troque a fronha e coloque o travesseiro na cabeceira da cama.

OBS: Cama aberta com paciente: quando temos paciente acamado (banho
no leito)
Cama de operado: Devemos seguir a mesma arrumação descrita das camas anteriores, com
preparada para uma única diferença, o lençol de cima, a colcha e o cobertor deverão ficar
receber pacientes com a cabeceira e os pés soltos, no sentido da entrada fazer uma dobra na
submetidos a forma de triangulo na cabeceira e repetir o procedimento nos pés, enrole
procedimentos até formar um “charuto” (este “charuto” também pode ser da cabeceira
cirúrgicos, utilizando o para os pés)
mesmo material da
Coloque na cabeceira da cama um lençol na forma de leque (limpa vômito

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cama fechada
ou sialorréia)

O travesseiro deverá permanecer nos pés da cama ou sobre a cadeira

Observações importantes: Não arrastar nem colocar as roupas de cama no chão; Não sacudir as roupas
de cama; Quando houver necessidade de dar nó no lençol debaixo, não se esquecer de desfazê-lo
quando retirar o mesmo da cama

SINAIS VITAIS

SINAIS VITAIS (SSVV): são assim chamados por serem indicadores indispensáveis do estado de saúde da
pessoa, ou seja, indicam o funcionamento básico do organismo.

TIPOS
TEMPERATURA (T): alterações no ganho ou perda do Variações
calor corporal, a verificação pode ser feita em
regiões axilar, cavidades oral e retal. Axilar = 36,5 C

Oral = 37 C

Retal = 37,6 C

Materiais

Termômetro digital

Bolinha de algodão umedecida com álcool

Papel e caneta

Técnica

• Lavar as mãos

• Orientar o paciente quanto ao procedimento

• Limpar o termômetro com o algodão com


álcool

• Enxugar a axila do paciente, colocar o


CURIOSIDADE: Termômetro de Testa de Cristal Líquido: Aplicar na termômetro e posicionar o braço sobre o
testa limpa e seca. Colocar a fita em contato com a pele
pressionando levemente pelas extremidades brancas. Aguardar
tórax
30 segundos até que as cores estabilizem. Fazer a leitura com a
fita ainda na testa. Caso esteja medindo a própria febre, utilizar • Aguardar até que seja emitido o bip do
um espelho. Em crianças menores de 3 anos, fazer a utilização sob
termômetro
supervisão de um adulto. Após o uso pode ser limpo com um
pano macio, seco ou levemente umedecido ou lenço de papel.
Manter na embalagem original quando não em uso. Evitar • Retirar e verificar o valor obtido
exposição prolongada à luz solar ou lâmpadas muito fortes. O
quadro aceso na cor verde indica a temperatura correta. Um
quadro azul ou marrom após o quadro verde indica 0,3. Exemplo: • Anotar e comunicar ao enfermeiro qualquer
38º - quadro verde, 38,5º - quadro azul ou marrom = 38,3.

22
alteração

Atenção: Na cavidade oral o termômetro deverá ser


colocado embaixo da língua e na cavidade retal o
paciente deverá ser colocado em decúbito lateral para
se introduzir o termômetro no reto.

OBS: É contra indicado a verificação da temperatura


em região axilar quando houver lesões (fraturas,
ferimentos, assaduras e outras) e em cavidades oral e
retal quando houver lesões (feridas, infecção,
hemorróidas e outras), também é contra indicada em
pacientes agitados, inconscientes e quando houver
ingestão de alimentos quentes ou gelados
PULSO/FREQUÊNCIA CARDIACA (P ou FC): é a Variações
contração e dilatação de uma artéria, que
corresponde aos batimentos cardíacos, à verificação Homem = 60 a 70 batimentos por minutos (bpm)
pode ser feita nas artérias carótida, radial, femoral e
pediosa. Mulher = 65 a 80 bpm

Criança = 110 a 115 bpm

Lactentes = 115 a 130 bpm

Recém nascidos = 130 a 140 bpm

Materiais

Relógio com ponteiros de segundos

Papel e caneta

Técnica

• Lavar as mãos

• Explique ao paciente o que será feito

• Coloque o dedo médio e indicador sobre uma


das artérias comprimindo-a levemente

• Conte os batimentos durante 1 minuto

• Anote o valor obtido e comunique qualquer


anormalidade ao enfermeiro

OBS: Caso não seja possível a verificação do pulso nas


artérias palpáveis, podemos verificar através da
ausculta do pulso APICAL, coloca-se o estetoscópio
embaixo da mama esquerda e contam-se quantas
vezes o coração bate em um minuto

23
RESPIRAÇÃO (R): é a troca de gases (oxigênio e gás Variações
carbônico) efetuada entre o organismo e o meio
externo, verificada pelos movimentos respiratórios Homem = 15 a 20 movimentos respiratórios por
de inspiração e expiração. minuto (mrpm)

Mulher = 18 a 20 mrpm

Criança = 20 a 24 mrpm

Lactentes = 30 a 40 mrpm

Materiais

Relógio com ponteiro de segundos

Papel e caneta

Técnica

• Lave as mãos

• Coloque o paciente em posição confortável

• Coloque a mão do paciente sobre o tórax,


simule um controle de pulso e observe os
movimentos respiratórios

• Conte o número de respiração durante 1


minuto

• Anote o valor obtido e comunique ao


enfermeiro qualquer anormalidade

PRESSÃO ARTERIAL (PA): é a força exercida pelo Variações


sangue circulante sobre as paredes das artérias, que
depende da força de contração do coração, da Pressão sistólica = 90 a 120 mmHg
quantidade de sangue circulante e da resistência das
paredes dos vasos. Essa pressão é obtida por meio Pressão diastólica = 60 a 80 mmHg
de dois valores: pressão sistólica ou máxima e
pressão diastólica ou mínima.
Locais

24
Nos membros superiores, pela artéria braquial

Nos membros inferiores, pela artéria pediosa

Materiais

Esfigmomanômetro e estetoscópio

Algodão umedecido com álcool

Papel e caneta

Técnica

• Lavar as mãos

• Leve o material para o quarto e explique ao


paciente o que será feito

• Coloque o paciente em posição confortável

• Coloque o manguito no braço do paciente,


ajustando-o aproximadamente 2 a 3 cm
acima do cotovelo; mantenha o manômetro
à sua frente em posição de leitura

• Localize a pulsação da artéria braquial na


região ante-cubital do braço, este será o local
de apoio da campânula do estetoscópio

• Coloque o estetoscópio nos ouvidos

• Feche a válvula de ar e insufle o manguito


com movimentos firmes e rápidos

• Apóie a campânula do estetoscópio firme


sobre a região da artéria braquial e abra a
válvula lentamente

• Registre mentalmente a localização do


ponteiro do manômetro quando ouvir o
primeiro som arterial, até que se perceba a
modificação desse som

• Solte totalmente o ar do manguito, retire-o


do braço do paciente

• Anote os valores obtidos, comunique


qualquer alteração ao enfermeiro

• Limpe as olivas e o diafragma do


estetoscópio com o algodão com álcool

25
DOR: é uma sensação desagradável, que varia desde AVALIAÇÃO DA DOR
desconforto leve a excruciante, associada a um
processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos A dor sendo um sintoma individual só pode ser
que se expressa através de uma reação orgânica compartilhada a partir do relato de quem sente, para
uma avaliação correta utiliza-se a entrevista e,
e/ou emocional.
simultaneamente a observação, para obtenção de
dados sobre sua origem, localização, qualidade,
Tipos
intensidade e outros dados, tais como:

Dor Aguda/Física é relacionada temporalmente a  Como se modifica ao longo do tempo


lesão causadora, isto é deve desaparecer durante o
período esperado de recuperação do organismo ao  Interfere no estilo de vida
evento que está causando a dor.
 Impacto na vida pessoal, profissional, social e
Dor Crônica define-se como dor persistente ou familiar
recorrente quando existe por mais de três meses.
 Fatores agravantes e de alívio

Dores Somático Emocionais ou Somato Emocionais


Incluindo ainda registro de sintomas associados à dor
são dores que existem e doem no físico (no corpo) e relativamente a:
que se sentem no corpo, mas que têm uma
componente emocional muito forte. Elas são  Distúrbios de humor (ansiedade, depressão,
memórias celulares de traumatismos físicos e angustia e irritabilidade)
emocionais que se alojaram no corpo quando de
algum traumatismo ou problema que a pessoa viveu.  Diminuição da capacidade de concentração

 Perda de sono
Dores Psicossomáticas estas dores como o seu nome
diz são dores que apesar de doerem no corpo e de  Disfunção sexual
serem bem reais em termos físicos, nada têm a ver
com o físico.  Imobilização ou mobilidade limitada

Dores da Alma é algo bem mais profundo e que está  Fadiga ou prostração
fora do nosso controle racional e consciente, é algo
que se sente, mas que não se vê e como tal que não  Alterações comportamentais
se consegue controlar.
Instrumentos de Avaliação
Dores emocionais se devem a conflitos internos ou
a. Questionário de McGill: onde o individuo escolhe
externos que a pessoa vive ou viveu. Estas dores palavras que mais se aplicam à sua dor.
emocionais alteram o funcionamento do sistema
nervoso, emocional e hormonal com todos os b. Questionário de Wisconsin: onde o individuo relata
problemas que daí acabam por surgir: depressão, alterações nas suas atividades diárias (humor,
relacionamento interpessoal, sono, apreciação da vida).
ansiedade, stress, obesidade, problemas de saúde,
etc. c. Escala Numérica: consiste numa régua dividida em onze
partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10,
. onde o doente faz a equivalência entre a intensidade da
sua dor e uma classificação numérica.

d. Escala Visual Analógica: consiste numa linha horizontal,


ou vertical com 10 cm de comprimento, que tem
assinalada numa extremidade a classificação de “Sem

26
dor” e, na outra, a classificação de “Dor máxima”, onde
o doente terá que fazer uma cruz que representa a
intensidade da sua dor.

e. Escala Qualitativa/Verbal: solicita-se ao paciente que


classifique a sua dor de acordo com os seguintes
adjetivos: “Sem dor”, “Dor ligeira”, “Dor moderada”,
“Dor intensa”, ou “Dor máxima”, o qual será registrado.

f. Escala de Faces: é solicitado ao paciente que classifique


a intensidade da sua dor de acordo com a mímica
representada em cada face desenhada.

CONTROLES COMPLEMANTARES

TIPOS TÉCNICA
GLICEMIA CAPILAR: consiste na verificação dos níveis de Variações
glicose no sangue, por fita reagente
Recomendações da Associação Americana de
Diabetes (ADA)

Glicemia em jejum: 70 a 110 mg/dl

Glicemia até 2 h após alimentação: 70 a 140


mg/dl

Materiais

Luvas de procedimento

Algodão seco e umedecido com álcool

Frasco com fita reagente

Lanceta ou agulha de insulina

Aparelho digital (glicosímetro)/Dextrostix

Técnica

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• Lave as mãos

• Leve o material e explique ao paciente o


que será feito

• Retire uma fita reagente do frasco e


tampe-o imediatamente

• Calce as luvas

• Faça a anti-sepsia do local com o


algodão com álcool

• Segure a mão do paciente, expondo o


dedo a ser lancetado

• Pique o dedo com a lanceta ou agulha


de insulina

• Coloque gotas de sangue sobre a área


reagente da fita

• Aplique o algodão seco no local da


lancetada e faça uma leve pressão,
solicite que o paciente segure o algodão

• Aguarde o tempo determinado pelo


fabricante, proceda à leitura indicada no
visor do aparelho digital

• Despreze a fita, retire as luvas e lave as


mãos

• Proceda à anotação do resultado no


relatório de enfermagem

GLICOSÚRIA / CETONÚRIA: consiste na verificação da Materiais


quantidade de açúcar e/ou corpo cetonicos contidos na
urina, por fita reagente Luvas de procedimento

Comadre e/ou papagaio

Cuba rim

Fita diagnóstica

Técnica

• Lave as mãos

• Oriente o paciente a utilizar a comadre


ou o papagaio a cada micção e, em
seguida, chamar a enfermagem para

28
realizar o controle

• Calce as luvas de procedimento

• Recolha pequena quantidade de urina


na cuba rim e mergulhe nela a fita
diagnóstica

• Espere o tempo de reação indicado para


a fita utilizada

• Compare a cor obtida na fita diagnóstica


com as cores indicadas no recipiente da
fita

• Faça a leitura do valor correspondente

• Despreze a fita e a urina, proceda à


limpeza da comadre/papagaio e da cuba
rim e guarde-os

• Lave as mãos

• Proceda à anotação do resultado no


relatório de enfermagem

PESO e ALTURA: são utilizados para avaliar a retenção de Materiais


líquidos, perdas e ganhos, avaliar o estado nutricional e
para cálculo da dosagem de medicamentos. Balança antropométrica

Papel toalha

Papel e caneta

Técnica

• Lave as mãos

• Leve o material para o quarto e explique


ao paciente o que será feito

• Teste, tare e trave a balança

• Acompanhe o paciente até o local da


balança

• Forre a base da balança com o papel


toalha

• Ajude o paciente a subir na balança após


retirar o calçado, mantendo os pés no
centro da plataforma

29
• Destrave a balança e coloque o cilindro
de quilogramas (Kg) no valor
correspondente ao peso estimado,
nivele o cilindro de gramas (g) até que a
escala graduada fique bem na
horizontal, leia o valor obtido

• Volte os cilindros ao lugar e trave a


balança novamente

• Solicite ao paciente para que fique de


costas para a régua graduada,
permanecendo ereto, erga a régua
acima da cabeça do paciente e abaixe-a
lentamente, até encaixar a cabeça no
ângulo da régua, verifique a altura
indicada

• Ajude o paciente a descer da balança,


encaminhe o paciente de volta à cama

• Despreze o papel utilizado no lixo e leve


a balança para o local de guarda

• Anote os valores obtidos e comunique


qualquer alteração ao enfermeiro

BALANÇO HIDRICO

É a verificação da quantidade de líquidos ingeridos e eliminados pelo paciente num período de 24 horas.
A água total do organismo representa 60 a 75% do peso corporal do adulto, uma ampla faixa está
relacionada com a idade, o sexo e as diferenças na composição do organismo existentes entre adultos
normais.

Definições

 Líquidos ingeridos: água, alimentos líquidos, soro intravenoso, medicações

 Líquidos eliminados: vômitos, diarréia, suor, urina em excesso, líquidos drenados por drenos
e/ou cateteres

30
 Perda excessiva = desidratação

 Retenção = edema

Modo de fazer: Plantão matutino (07:00 à 13:00 h) Vespertino (13:00 às 19:00 h) Noturno (19:00 às 07:00 h)

Nome do paciente leito data


LÍQUIDOS INFUNDIDOS (positivo) LÍQUIDOS DRENADOS (negativo)
Hora Dieta Água Soro Medic. Urina Fezes Dreno Outros Outros
08:00 100 100
10:00 50 20 300 +++ 50
11:00 80 20 100
Total 100 50 180 40 400 50
Soma de todos os líquidos infundidos Soma de todos os líquidos drenados

100 + 50 + 180 + 40 = + 370 400 + 50 = - 450

LÍQUIDOS INFUNDIDOS (positivo) LÍQUIDOS DRENADOS (negativo)


Hora Dieta Água Soro Medic. Urina Fezes Dreno Outros Outros
13:00 100
14:00 50 100 50
16:00 100 50 100 150 500 100
Total 200 100 200 200 500 100
Soma de todos os líquidos infundidos Soma de todos os líquidos drenados

200 + 100 + 200 + 200 = + 700 500 + 100 = - 600

LÍQUIDOS INFUNDIDOS (positivo) LÍQUIDOS DRENADOS (negativo)


Hora Dieta Água Soro Medic. Urina Fezes Dreno Outros Outros
20:00 100 50 100 200
22:00
06:00 100 50 50 200 50
Total 200 100 100 50 400 50
Soma de todos os líquidos infundidos Soma de todos os líquidos drenados

200 + 100 + 100 + 50 = + 450 400 + 50 = - 450


BALANÇO DE 24 HORAS
Soma dos três períodos = positivo Soma dos três períodos = negativo

370 + 700 + 450 = + 1520 450 + 600 + 450 = - 1500


Resultado final

+1520 – 1500 = + 20

TRATAMENTOS ESPECIAIS

APLICAÇÕES QUENTES: consiste na aplicação de APLICAÇÕES FRIAS: consiste na aplicação de frio sobre
calor sobre a pele para provocar vasodilatação. a pele para provocar vasoconstrição.
Finalidades Finalidades

 Facilitar os processos supurativos  Diminuir hemorragias, temperatura corporal,


congestão e inflamação
 Aliviar a dor
 Aliviar a dor
 Facilitar a visualização da rede venosa
 Diminuir edemas nas luxações e contusões
 Acelerar a o processo de cicatrização
 Diminuir edema e dor nas queimaduras
 Promover o relaxamento muscular superficiais (1º grau)

31
Contra indicações Contra indicações

 Feridas cirúrgicas  Estase circulatória

 Hemorragias  Estados de desnutrição

 Lesões abertas  Pacientes debilitados

 Luxações ou trações antes de 24 horas

 Presença de fenômenos trombólicos Tipos


nos MMII
 Frio seco: bolsa de gelo
 Pacientes hemofílicos e com
fragilidade capilar  Frio úmido: compressas de água fria

 Tipos Técnicas

 Calor seco: através de bolsa de água a) Na utilização da bolsa de gelo


quente, raios infra-vermelhos,
almofadas elétricas, lâmpadas, bolsa  Providencie o material necessário (bolsa de
de gel água, gelo ou água gelada, capa protetora e
toalha)
 Calor úmido: através compressas
quentes, banho, cataplasma  Verifique a indicação, o local e a duração da
aplicação
Técnicas
 Lave as mãos
a) Na utilização da bolsa de água quente
 Coloque o gelo picado na bolsa até 1/3 de
 Providencie os materiais: bolsa de sua capacidade
água, capa protetora e toalha
 Coloque a bolsa em superfície plana,
 Verifique a indicação, o local e a comprimindo com uma das mãos o corpo da
duração da aplicação bolsa e, com a outra, erga lentamente o
gargalo para retirar o ar
 Verifique a integridade da bolsa e, em
especial, as condições da rolha  Feche hermeticamente a bolsa e enxugue,
inverta a bolsa e observe se há vazamento
 Coloque a água na bolsa, numa pela rolha
temperatura de 50 graus, até
completar 1/3 da sua capacidade  Proteja a bolsa com a cobertura própria ou
com uma toalha
 Coloque a bolsa em superfície plana,
erga levemente o gargalo para retirar  Leve o material preparado par junto do
o ar do interior e feche paciente, oriente e coloque-o em posição
hermeticamente à rolha confortável

 Enxugue externamente e inverta a  Examine o local e aplique a bolsa, observe o


posição da bolsa: observe se há tempo previsto para a aplicação
vazamento pela rolha
 Terminado o tratamento, retire a bolsa e
 Proteja a bolsa com a capa protetora deixe o paciente confortável

32
ou a toalha  Remova o material, tire a cobertura e
coloque-a no hamper
 Leve o material preparado para junto
do leito  Esvazie, lave, coloque a bolsa com o gargalo
voltado para baixo afim de que escorra a
 Oriente o paciente sobre o água que esta dentro, seque e guarde a
procedimento bolsa, insuflando ar para evitar o
colabamento das paredes internas
 Coloque o paciente em posição
confortável e compatível com a  Lave as mãos e anote o procedimento
aplicação da bolsa realizado e intercorrências

 Descubra a área onde a bolsa será b) Na utilização de compressas frias


colocada e adapte-a ao local; coloque
a toalha sobre ela  Providencie o material necessário (jarro com
água gelada, compressa, toalha e bacia)
 Observe o tempo previsto para a
aplicação; remova a água sempre que  Verifique a indicação, o local e a duração da
esfriar aplicação

 Ao terminar o tratamento, mantenha  Leve o material para junto do paciente e


a região protegida, a fim de conservar oriente e coloque-o em posição confortável
o aquecimento
 Coloque água gelada na bacia, molhe a
 Deixe o paciente confortável, leve o compressa e esprema para retirar o excesso
material para sala de utilidades, retire de água e aplique no local indicado
a cobertura da bolsa e coloque-a no
hamper.  Observe as condições da pele durante a
aplicação e procure estar atento às
 Esvazie, lave, coloque a bolsa com o anormalidades
gargalo voltado para baixo afim de que
escorra a água que está dentro,  Enxugue a área da aplicação da compressa
enxugue e guarde a bolsa, insuflando com a toalha, troque as roupas de cama, se
ar para evitar colabamento das necessário
paredes internas
 Deixe o paciente confortável
 Lave as mãos e anote o procedimento
realizado e as intercorrências  Recolha o material, lave e guarde

b) Na utilização de compressas quentes  Lave as mãos, anote o procedimento


realizado e intercorrências
 Providencie os materiais: jarra com
água quente, compressas, toalhas e
bacia

 Verifique a indicação do
tratamento, local e duração

 Leve o material junto do paciente,


oriente e coloque-o em posição
confortável

 Coloque a água quente na bacia,


molhe a compressa, esprema para

33
retirar o excesso de água e aplique
no local indicado

 Troque a compressa assim que


começar a esfriar, repita as
aplicações até atingir o tempo
indicado

 Observe as condições da pele e


comunique ao enfermeiro as
intercorrências

 Enxugue e cubra imediatamente a


área

 Troque as roupas da cama se as


mesmas estiverem úmidas

 Deixe o paciente confortável

 Leve o material, lave e guarde

 Lave as mãos e anote

POSIÇÕES

POSIÇÕES INDICAÇÕES TÉCNICA


Dorsal ou Supina ou Horizontal Exames de tórax, Deite o paciente de costas
cavidade abdominal e
membros Estenda as pernas do
paciente ou deixe-as
levemente flexionadas, para
diminuir o relaxamento dos
músculos abdominais

Estenda os braços ao longo


do corpo

Mantenha o paciente
protegido com lençol,
expondo apenas as áreas a
serem examinadas
Ventral ou Prona Exames da coluna Coloque o paciente deitado
vertebral e região cervical de bruços

Estenda as pernas e coloque


os braços acima da cabeça

Vire a cabeça para o lado


esquerdo ou direito

Mantenha o paciente

34
protegido com lençol,
expondo somente a área a
ser examinada
Trendelemburg Cirurgias da região Coloque o paciente em
pélvica e vascular decúbito dorsal

Reversão do Estado de Posicione a cabeça em plano


choque inferior ao corpo

Mantenha o paciente
protegido com lençol,
expondo apenas as áreas a
serem examinadas
Posição de Trendelemburg reverso /Proclive Acesso a cabeça e Coloque o paciente em
pescoço decúbito dorsal

Eleve a cabeça e o tórax

Abaixe os membros
inferiores

Manter o paciente contido


para sua segurança
Fowler Descanso e conforto Coloque o paciente em
decúbito dorsal
Facilitar a respiração e
alimentação Eleve a cabeceira da cama

Flexione levemente os
joelhos

Mantenha o paciente
protegido com lençol
Ginecológica e Litotomia Exames e tratamentos Coloque a paciente em
vaginal e retal decúbito dorsal

Flexione os membros
inferiores, deixando os pés
apoiados sobre o colchão e
os joelhos bem afastados

Mantenha a paciente
protegida com lençol em
diagonal, de tal forma que
uma ponta fique sobre o
peito e a outra na região
pélvica; as outras duas
pontas deverão ser presas
aos pés da paciente

Exponha a região pélvica


somente no momento do

35
exame

Litotomia é uma variante da


Ginecológica, exige que as
pernas da paciente fiquem
apoiadas em perneiras

Genupeitoral Exames retal e vaginal Coloque o paciente


ajoelhado sobre a cama
com joelhos afastados e as
pernas estendidas

Solicite ao paciente para


que abaixe os membros
superiores, de modo que o
tórax e a face encostem na
cama

Lateralize a cabeça,
apoiando-a sobre os braços

Mantenha o paciente
protegido com lençol,
expondo apenas a área a ser
examinada
Sims ou Lateral Exames retais Coloque o paciente em
decúbito lateral esquerdo
Lavagem intestinal ou direito

Aplicação de Incline ligeiramente o corpo


supositórios para frente, com o braço
esquerdo esticado para trás
e o braço direito flexionado
para frente

Mantenha o membro
inferior esquerdo esticado e
o direito flexionado ou vise-
versa

Mantenha o paciente
protegido com lençol,
expondo apenas a área a ser
examinada
Ortostática ou Ereta Exames de certas Coloque o paciente em pé,
anormalidades com o vestuário adequado
ortopédicas ou
neurológicas Deixe os braços do paciente
ao longo do corpo

Deixe as pernas
ligeiramente afastadas; o

36
paciente deverá estar
calçado ou sobre o chão
forrado

Sentada Exames dos ouvidos, Coloque o paciente


nariz, cabeça, mãos, pés sentado, com as costas
retas, pernas unidas, região
Administração de plantar sobre o chão
medicações

MOVIMENTAÇÃO

Conceito: é o processo de movimentar e mudar o decúbito do paciente com limitações físicas.

Finalidades

 Prevenir contraturas musculares e deformidades

 Estimular a circulação, ajudando a prevenir tromboflebites, úlceras por pressão e edema de


extremidades

 Promover a expansão pulmonar e a drenagem de exsudatos respiratórios, prevenindo


complicações

 Aliviar a pressão sobre uma área corporal

 Prevenção de fadiga

Observações importantes

 Trabalhe com movimentos firmes e seguros, utilizando sempre a mão toda e não somente as
pontas dos dedos

 Tenha as mãos sempre secas e quentes

 Nunca movimente sozinho um paciente obeso ou com dependência total

 Use sempre a mecânica corporal

 Faça movimentos sincronizados quando há dois ou mais operadores

37
 Respeite as limitações do paciente

 Mantenha a privacidade do paciente

 Preste atenção quando o paciente estiver com: acesso venoso, drenos, cateteres ou aparelhos.

Movimentações

 Ativa ocorre quando o paciente participa gastando energia e fazendo esforço para exercitar
seus músculos ativamente.

 Passiva não ocorre à participação do paciente, outra pessoa realiza os movimentos por ele.

Tipos de movimentos

 Abdução: realizado para fora do eixo central do corpo

 Adução: realizado em direção ao eixo central do corpo

 Flexão: curvar e dobrar

 Extensão: estender ou esticar

 Rotação: girar, num movimento circular, em torno de um eixo fixo

 Pronação: virar para baixo em direção ao chão

 Supinação: virar para cima

Movimentação do paciente em decúbito dorsal

 Mantenha a cabeça alinhada com a coluna vertebral, utilizando um travesseiro sobre a cabeça
e o pescoço

 Estenda discretamente os membros superiores no nível do cotovelo

 Flexione os membros inferiores, colocando um rolo de lençol sob os joelhos e um aro de


borracha na região sacra

 Mantenha os calcanhares livres, colocando um lençol sob as pernas e um suporte na região


plantar

 Previna o pé eqüino, colocando um suporte de maneira a manter os pés em ângulo de 90 graus


com a perna

Movimentação do paciente em decúbito ventral

 É preciso primeiro colocá-lo em decúbito lateral e, a seguir, colocar uma das mãos no ombro e
a outra na região coxofemoral, para auxiliar o paciente a ficar na posição adequada

 Coloque o travesseiro sob as pernas, o peito e o abdome, deixando o ambiente confortável

Auxilio a Deambulação

38
 Deambulação significa colocar o paciente acamado em pé para andar ou passear, deve ser
estimulada logo que seja possível.

Cuidados ao iniciar a deambulação

 Antes de o paciente começar a andar é necessário observar sinais de fadiga, mal-estar e


tontura

 Eleve primeiro a cabeceira do leito, coloque o paciente sentado na beira da cama e observe se
ele mantém o tronco em equilíbrio

 Uma vez tendo apresentado condições adequadas para andar, é recomendável calçar sapatos,
ao invés de chinelos, pois dão maior firmeza aos pés

TRANSPORTE

Definição: acontece quando o paciente precisa ser levado para exames ou cirurgias, o número de
pessoas necessárias para passagem do paciente da cama para cadeira de rodas ou para a maca e vice-
versa dependerá do grau de dependência e do peso desse paciente.

Observações importantes

 Verifique qual meio de transporte a ser usado e o grau de dependência do paciente e solicite
ajuda de terceiros, se necessário

 Lave as mãos e leve o material para junto do paciente

 Verifique se o paciente está devidamente protegido com pijama ou camisola

 Todo procedimento deverá ser anotado (hora da saída e chegada, intercorrências, tipo e local
do exame), qualquer anormalidade deverá ser relatada ao enfermeiro.

Passagem do paciente para cadeira de rodas

 Forre a cadeira com lençol em diagonal

 Coloque a cadeira aos pés da cama com o assento voltado para a mesa de cabeceira, afaste o
descanso dos pés e trave as rodas

 Eleve a cabeceira da cama e ajude o paciente a vestir o roupão

 Coloque o paciente sentado na beira da cama com a seguinte manobra: coloque um dos braços
sob os ombros do paciente, o outro sob as coxas e faça um movimento de rotação de modo
que as pernas do paciente fiquem para fora da cama

 Calce os chinelos no paciente e aproxime a escadinha

 Apóie o paciente enquanto ele desce os pés até o chão

 Sustente-o pelos ombros com firmeza e faça a rotação do corpo, sentando-o na cadeira

 Cubra o paciente com o lençol, envolvendo pernas e pés

 Ajuste o travesseiro nas costas, se necessário, e proceda ao transporte

39
 Observe os mesmos cuidados para recolocar o paciente no leito

 Deixe o paciente confortável e retire o material

OBS: Quando o paciente for dependente para realizar esta técnica vamos precisar de 2 operantes: 1
segura por baixo da região axilar, cruzando as mãos na região torácica do paciente e o outro segura na
altura dos joelhos, ergue-se o paciente e o coloca sentado na cadeira.

Passagem do paciente para a maca

 Forre o colchonete da maca com lençol

 Oriente o paciente sobre o procedimento

 Posicione o paciente no lado proximal do leito

 Encoste a maca paralela ao leito e trave as rodas

 Mude o paciente do leito para a maca com movimentos firmes e suaves com ajuda de
terceiros: o primeiro operador sustenta a cabeça com um braço e as costas com o outro; o
segundo sustenta as nádegas com um braço e as coxas com outro; o terceiro sustenta as pernas
e os pés

 A um comando, os três operadores suspendem e movimentam o paciente em direção a maca

 Cubra o paciente com lençol e coberto, de acordo com a temperatura do ambiente

 Eleve a cabeceira da maca se não houver contra indicação e proceda ao transporte

 Observe os mesmos cuidados para recolocar o paciente no leito

 Deixe o paciente confortável e retire o material

Passagem do paciente para a maca com auxilio do lençol ou forro móvel

 Forre o colchonete da maca com lençol

 Oriente o paciente sobre o procedimento

 Encoste a maca paralela ao leito e trave as rodas

 Solte o lençol móvel e enrole as pontas bem próximas ao paciente

 Disponha os operadores na seguinte posição: o 1º fica nas regiões da cabeça e tórax, o 2º fica
nas regiões cintura e quadril e o 3º na região das pernas (dos dois lados)

 A um comando o paciente deverá ser levantado e colocado, delicadamente, sobre a maca

 Cubra o paciente, eleve a cabeceira, se não houver contra indicação e proceda ao transporte

 Observe os mesmos cuidados para recolocar o paciente no leito

 Deixe o paciente confortável e retire o material

40
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS

Definição: é um procedimento utilizado para limitar os movimentos do paciente.

Finalidades

 Proteger das quedas

 Manutenção de cateteres, coletores e curativos

 Evitar ferimentos quando o paciente estiver com prurido

 Execução de alguns exames ou tratamentos

Observações importantes

 A restrição só deverá ser utilizada em casos de extrema necessidade

 Mantenha a vigilância constante do local restringido

 Não apertar em demasia a faixa

 As restrições deverão ser feitas com cuidado para evitar complicações

 As restrições devem ser retiradas durante a higiene corporal e refeitas após

Materiais

 Lençol

 Esparadrapo

 Ataduras de crepe

 Algodão ortopédico ou compressa de pano

 Tala acolchoada

41
Regiões que podem ser contidas

 Membros superiores (altura dos punhos)

 Membros inferiores (altura dos tornozelos)

 Tórax/axila

 Abdome

 Joelhos

Restrição com lençol

 Dobre o lençol em diagonal

 Coloque o lençol sobre a região torácica, mantendo-o bem esticado, sem dobras

 Passe as extremidades do lençol sob as axilas

 Prenda as pontas do lençol nas grades da cabeceira da cama

 Dobre outro lençol em diagonal, também formando uma faixa

 Coloque o lençol sobre a região abdominal e amarre as pontas ao estrado da cama

Restrição dos joelhos

 Com o lençol dobrado em diagonal, passe a ponta do lado direito sobre o joelho direito e por
baixo do joelho esquerdo

 A ponta do lado esquerdo sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito

 Amarre as pontas no estrado da cama

Restrição com ataduras

 Proteja o membro a ser contido com algodão ortopédico ou compressa

 Comece a enfaixar o local, passe a ponta por baixo do enfaixamento, de um nó, sem apertar

 Amarre as pontas no estrado da cama, sem tracionar

Restrição com talas

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 Coloque a tala acolchoada sob o membro a ser imobilizado

 Proteja a pele com gaze, fixe o membro à tala com esparadrapo e esta no leito, se necessário

 Retire a restrição logo que o tratamento terminar

 Massageie o membro, fazendo movimentos lentos de flexão e extensão das articulações que
permaneceram imobilizadas

 Deixe o paciente confortável

Luva com atadura crepe

 Colocar na palma da mão do paciente um pedaço de algodão ortopédico, para que o mesmo
faça movimento de segurar

 Comece a enfaixar com a atadura de crepe, formando uma “luva de Box”

 Fixe com esparadrapo largo

HIGIENIZAÇÃO

Conceito: Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os
seres humanos. Em seu sentido mais comum, podemos dizer que significa limpeza acompanhada do
asseio. Mais amplo, compreende de todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças e
a manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo.

Finalidades

 Promover conforto e bem estar

 Manter a higiene

 Preservar a saúde

 Melhorar a auto estima

 Evitar infecções

a) Higiene ocular

 Reunir os materiais: gazes, soro fisiológico 0,9% e luvas de procedimento

 Lavar as mãos

 Orientar ao paciente o que será feito, coloque-o em posição confortável

 Abra os materiais, calce as luvas

 Embeba a gaze com soro fisiológico, separe as pálpebras com os dedos polegar e indicador,
peça ao paciente para olhar para cima e remova delicadamente a secreção ocular, partindo da
parte interna do olho

43
 Repetir o procedimento até remover a secreção e enxugar delicadamente o olho do paciente

 Deixe o paciente confortável

 Desprezar o material utilizado e recomponha a unidade

 Lave as mãos e anote o procedimento e intercorrências

Observações importantes

 Pacientes comatosos devem permanecer com compressas úmidas e pomadas ou colírios


prescritos, com a finalidade de proteger a córnea

 Usar uma gaze para cada olho

 Não esfregar as pálpebras

b) Higiene nasal

 Reunir os materiais: cotonetes, luvas de procedimento e copo com água, gazes

 Lave as mãos

 Oriente ao paciente o que será feito e coloque-o em posição confortável

 Calce as luvas

 Caso seja necessário solicite ao paciente para soar o nariz antes de realizar o procedimento

 Molhe o cotonete na água e passe suavemente em forma circular em uma das narinas

 Repita o procedimento na outra narina, com outro cotonete

 Seque o nariz do paciente com a gaze

 Deixe o paciente confortável

 Recomponha a unidade, retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

c) Higiene auricular

 Reunir os materiais: cotonetes, luvas de procedimento

 Lave as mãos

 Oriente ao paciente o que será feito e coloque-o em posição confortável

 Calce as luvas

 Inicie a limpeza de toda a orelha, não coloque o cotonete dentro do pavilhão auditivo

 Repita o procedimento na outra orelha, com outro cotonete

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 Deixe o paciente confortável

 Recomponha a unidade, retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

d) Higiene oral

Procedimento em pacientes acamados independentes

 Reunir os materiais: escova de dente ou espátula envolvida em gaze, creme dental ou solução
dentifrícia, cuba rim, copo com água, toalha de rosto e luvas de procedimento

 Lave as mãos

 Oriente ao paciente o que será feito e coloque-o em posição confortável (posição de Fowler 30
ou 45 graus, se não houver contra-indicações)

 Calce as luvas

 Proteja o tórax e o pescoço do paciente com a toalha

 Coloque creme dental na escova de dente e entregue ao paciente

 Forneça água e deixe que o paciente faça bochecho

 Coloque a cuba rim embaixo do queixo do paciente para que ele poça cuspir

 Caso ele queira forneça a solução dentifrícia ao término da escovação

 Oriente para que ele seque a boca e o queixo

 Deixe o paciente confortável

 Recomponha a unidade, retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

Procedimento em pacientes inconscientes

 Reunir os materiais: espátula envolvida em gaze, solução dentifrícia ou água bicarbonatada 1 a


3%, luvas de procedimento, toalha de rosto, copo com água, lubrificante para os lábios

 Lave as mãos

 Prepare a solução para a higiene oral = água + solução dentifrícia ou água bicarbonatada

 Calce as luvas

 Proteja o tórax e o pescoço do paciente com a toalha

 Oriente o paciente o que será feito e coloque-o em posição confortável (posição de Fowler 30
ou 45 graus, se não houver contra indicações)

 Molhe a espátula envolvida na gaze e comece a higienização (parte interna da cavidade oral),
repita este procedimento até que a cavidade esteja limpa

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 Seque a boca e o queixo do paciente

 Lubrificar os lábios do paciente com vaselina ou manteiga de cacau

 Deixe o paciente confortável

 Recomponha a unidade, retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

OBS: As próteses dentárias devem ser removidas e realizadas a escovação das mesmas, pela
enfermagem caso o paciente esteja impossibilitado de realizar o procedimento.

e) Higiene dos cabelos e do couro cabeludo

 Providencie os materiais: luvas de procedimento, jarro com água morna, balde, bacia sabão
liquido, xampu, condicionador, bolas de algodão umedecidas com solução oleosa, toalha de
banho, escova de cabelo ou pente, biombo

 Informe ao paciente o procedimento a ser realizado

 Desocupe a mesa de cabeceira, organizando o material sobre ela

 Prepare o ambiente fechando a porta e as janelas, posicione o biombo (caso este seja
necessário)

 Coloque o balde vazio sobre a escadinha

 Coloque o travesseiro sob os ombros do paciente, forre a cabeceira da cama com a toalha,
proteja a orelha com as bolas de algodão embebido em solução oleosa

 Coloque a bacia sob a cabeça do paciente, segurando o pescoço com uma das mãos e, com a
outra, umedeça os cabelos com água morna

 Passe o xampu ou sabão líquido e massageie o couro cabeludo, enxágüe bem para remover
todo o xampu ou sabonete, repita o procedimento se necessário

 Despreze a água da bacia no balde

 Passe o condicionador, se este for necessário, enxágüe bem

 Retire o excesso de água dos cabelos

 Retire a bacia, apóie a cabeça do paciente sobre a toalha e remova as bolas de algodão das
orelhas

 Enxugue bem a cabeça para secar os cabelos (se possível, use secador)

 Penteie os cabelos e recoloque o travesseiro, deixando o paciente confortável

 Recolha, lave e guarde o material utilizado

 Retire as luvas e lave as mãos

 Anote o procedimento e as observações realizadas

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Observações importantes

 Verificar contra-indicações especiais em pacientes graves ou submetidos a cirurgias de cabeça e


pescoço

 O procedimento é facilitado quando executado por duas pessoas, agilizando o trabalho

 Lembrar que um cabelo bem cuidado melhora a aparência e influencia na auto-estima

 Quando possível cabelos longos devem ser trançado, após estarem secos, para evitar
embaraçá-los

 Na presença de pediculose a mesma deve ser tratada com medicamento prescrito pelo médico
ou quando autorizado os cabelos devem ser cortados/raspados

f) Banho no chuveiro com ajuda

 Separe os materiais: sabonete, toalha de banho, luva de banho, luvas de procedimento,


camisola ou pijama, cadeira higiênica se necessário

 Converse com o paciente sobre o que vai ser feito

 Encaminha o paciente ao chuveiro

 Disponha toalhas, sabonete e roupas de modo acessível ao paciente

 Verifique a temperatura da água

 Se o paciente não tiver condições de permanecer em pé, sente-o em cadeira

 Auxilie o paciente no que for necessário, estimulando a sua participação

 Após o banho, ajude-o a secar-se, a vestir-se, protegendo-o de acordo com a temperatura


ambiente, para evitar que seu corpo se resfrie

 Recolha o material e deixe o banheiro em ordem

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

Observações importantes

 Se o paciente estiver em condições de praticar o autocuidado, apenas oriente-o a realizar a


higiene completa

 Se deixá-lo sozinho no boxe do chuveiro, oriente-o para não trancar a porta

 Se o paciente tiver com venoclise, salinize o acesso e ao término do banho troque a fixação

 Não permita que o paciente ande descalço pelo hospital

 Só transporte o paciente totalmente vestido ou protegido com roupão

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g) Higiene intima feminina

 Providencie os materiais: comadre, luvas de procedimento, jarra com água quente, sabonete
líquido, pomada para assadura e fralda s/n, toalha de banho, roupa intima

 Lave as mãos

 Explique o procedimento à paciente, feche porta e janelas

 Leve o material e coloque-o na mesa de cabeceira

 Isole o leito com biombo s/n

 Calce as luvas

 Coloque a paciente em posição ginecológica, cobrindo-a com lençol

 Coloque a comadre sob o quadril da paciente

 Derrame água ensaboe a região pubiana, a vulva e o períneo, de cima para baixo, enxágüe e
enxugue a área (se a paciente estiver evacuada limpar antes de iniciar o procedimento)

 Retire a comadre

 Passe pomada para assadura se necessário (se necessário coloque a fralda), coloque a calcinha,
se a paciente estiver menstruada coloque absorvente higiênico

 Deixe a paciente confortável

 Recomponha a unidade

 Leve, lave, seque e guarde o material

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

h) Higiene intima masculina

 Providencie os materiais: comadre, luvas de procedimento, jarra com água quente, sabonete
líquido, pomada para assadura e fralda s/n, toalha de banho, roupa intima

 Lave as mãos

 Explique o procedimento ao paciente, feche porta e janelas

 Leve o material e coloque-o na mesa de cabeceira

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 Isole o leito com biombo s/n

 Calce as luvas

 Coloque o paciente em posição ginecológica

 Coloque a comadre sob quadril do paciente

 Derrame água erga o pênis, retraia o prepúcio, exponha a glande, ensaboe toda a região, indo
do meato urinário à região perineal sem retornar, enxágüe e enxugue a área (se o paciente
estiver evacuado limpar antes de iniciar o procedimento)

 Retire a comadre

 Passe pomada de assadura s/n (s/n coloque fralda), coloque a cueca

 Deixe o paciente confortável

 Recomponha a unidade

 Leve, lave , seque e guarde o material

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

i) Banho no leito

 Providencie os materiais: luvas de procedimento, sabonete líquido, desodorante, creme


hidratante, jarro, bacias, balde, comadre, toalha, roupas de cama, camisola ou pijama, fralda
descartável, pano para banho, biombo, hamper

 Lave as mãos

 Informe ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, se não houver contra-indicação


coloque-o em posição dorsal horizontal

 Feche a porta e janelas, cerque o leito com biombo, se necessário

 Aproxime o hamper e coloque a roupa de cama sobre a cadeira

 Desocupe a mesa de cabeceira para colocar o material de banho

 Calce as luvas de procedimento

 Primeiro faça a higiene oral

 Solte a roupa de cama e retire a colcha e o cobertor

 Lave os cabelos e couro cabeludo, se necessário

 Lave o rosto, as orelhas e o pescoço do paciente, ensaboe, enxágüe e enxugue (não esquecer
de solicitar ao paciente para fechar os olhos durante o procedimento)

 Retire a camisola ou o pijama, evitando expor o paciente desnecessariamente

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 Lave a parte anterior do tórax e abdome, a região axilar e os braços do paciente, ensaboe,
enxágüe e enxugue

 Mergulhe as mãos do paciente na bacia e lave-as, uma de cada vez, enxugue

 Lave os membros inferiores (da coxa ao tornozelo), ensaboe, enxágüe e enxugue

 Mergulhe os pés do paciente na bacia e lave-os, um de cada vez, enxugue, inclusive entre os
dedos

 Vire o paciente em decúbito lateral, lave as costas, ensaboe, enxágüe e enxugue, neste
momento observe sinais de úlcera por pressão, faça massagem de conforto com o creme
hidratante, forre a cama com lençol limpo

 Retorne para o decúbito dorsal horizontal, tire a fralda, se o paciente estiver evacuado, limpe-o
antes de iniciar a higiene intima.

 Coloque a comadre sob o quadril, jogue água, ensaboe, enxágüe e enxugue a região, se for
possível peça ao paciente para que ele mesmo lave suas partes intimas (não esquecendo de
lavar as mãos dele após a higienização), não esqueça de observar sinais de assadura, se houver
neste momento passar pomada

 Coloque fralda, se necessário

 Faça massagem de conforto em toda extensão corporal com creme hidratante, passe
desodorante

 Coloque a camisola ou pijama, troque o restante da roupa de cama

 Penteie o cabelo, observe as condições das unhas e apare-as, se necessário

 Recomponha a unidade

 Lave e guarde todo material

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação dos procedimentos, não esquecendo de anotar
as anormalidades observadas e comunicar as mesmas ao enfermeiro da unidade.

Observações importantes

 Verificar sempre a temperatura ideal da água para o banho, trocando-a sempre que necessário

 Trocar os panos de banho sempre que necessário

 Respeitar sempre a privacidade e o pudor do paciente, não o expondo desnecessariamente

 Secar bem locais como axilas, espaços interdigitais e região inguinal

 Ablução – quando jogamos pequenas porções de água sobre o corpo

j) Banho de Imersão

OBS: Normalmente este tipo de banho é realizado em crianças (recém nascidos e bebês)

50
 ATENÇÃO! Antes de colocar a criança na banheira verifique a temperatura da água.

 Caso a mãe manifeste vontade de dar o banho devemos ensinar e auxiliar (não deixá-la
sozinha)

 No caso crianças que já permanecem sentadas não há necessidade de enrolar na toalha,


colocá-la direto dentro da banheira.

 Faixa etária: 0 a 28 dias (neonato); 29 dias a 18 meses (bebês); 19 meses a 09 anos (criança); 10
a 11 anos (pré adolescente); 12 a 18 anos (adolescente); acima de 19 anos adulto; acima de 60
anos idoso

Técnica

 Providencie os materiais: luvas de procedimento, banheira com água quente, sabonete, xampu,
toalha de banho, fralda, roupa para a troca, pomada para assadura se necessário
 Tire a roupa enrole o recém nascido na toalha de banho e lave a cabecinha (não se esqueça de
proteger os ouvidos tampando-os com a mão que esta segurando a cabecinha) passe o xampu,
enxágüe (cuidado para não cair xampu nos olhos) e enxugue
 Desenrole o recém nascido e mergulhe seu corpinho na banheira e jogue porções de água,
passe o sabonete e enxágüe
 Vire e recém nascido de bruços lave as costas e o bumbum, jogue porções de água, passe o
sabonete e enxágüe
 Tire o recém nascido da água e enxugue todo o corpinho (seque bem as dobrinhas, para evitar
assaduras)
 Coloque a fralda e a roupa no recém nascido

k) Tricotomia

Conceito: é a remoção dos pêlos por raspagem da pele ou do couro cabeludo, para facilitar a
manipulação e a visualização da área a ser trabalhada.

Finalidades

 Preparar a área para uma cirurgia, exame ou punção venosa

 Estética e higiene (boa aparência)

 Tratamento da pediculose

Observações importantes

 Os pêlos devem ser raspados no sentido do seu crescimento, nunca escanhoar a área, pois
podemos fazer micro lesões, portas de entrada para microorganismos

51
 Caso seja possível sempre realizar a tricotomia durante a higiene corporal (banho no chuveiro)

 Quando possível o paciente deverá ser orientado a realizar sua tricotomia, após deverá haver a
inspeção da área pela enfermagem e, se necessário deverá ser melhorada

 Poderá ser feito depilação com cera, principalmente em gestantes, quando indicado e realizada
por profissionais especializados

 Quando o aparelho de barbear for o que coloca a lâmina, ao término do procedimento a lâmina
deverá ser desprezada e o aparelho deverá ser lavado e realizado a desinfecção

Áreas

 Craniana: todo o couro cabeludo e a nuca; pescoço desde a linha do queixo até o colo, mamilos
e axilas, prolongando até a parte posterior do pescoço e ombros

 Torácica: da região torácica até a cicatriz umbilical (região anterior e parte posterior);
conforme a cirurgia incluir, axilas e região inguinal

 Abdominal: da linha mamilar até a parte superior da coxa, incluindo o púbis

 Regiões vulvar, perineal e perianal: desde a região abdominal até o terço superior da coxa,
incluindo região vulvar

 Membros superiores: desde a ponta dos dedos até a linha cervical (linha dos cabelos),
incluindo axilas

 Membros inferiores: desde os dedos até as regiões inguinal e crista ilíaca, incluindo as regiões
anterior e posterior

Técnica

 Providencie o seguinte material: aparelho de barbear descartável e/ou barbeador elétrico,


biombo, tesoura, toalha, gazes, papel higiênico, recipiente com água quente, recipiente com
sabão líquido, recipiente para lixo e luvas de procedimento

 Verifique a indicação e a área a ser tricotomizada

 Lave as mãos e leve o material para junto do paciente

 Oriente o paciente sobre o procedimento, coloque-o em posição confortável e adequada à


execução da técnica

 Calce as luvas

 Exponha a área a ser tricotomizada e inspecione a pele: se a área permitir, utilize o barbeador
elétrico; se houver solução de continuidade, comunique para verificar se o procedimento deve
ser realmente executado

 Forre a cama com a toalha

 Corte os pêlos com a tesoura, se necessário

 Retire os pêlos com o papel higiênico

52
 Passe o sabão com ajuda de uma gaze na área a ser tricotomizada

 Estique a pele e raspe no sentido de crescimento dos pêlos

 Mantenha a pele ensaboada, lave o aparelho com freqüência e substitua se necessário

 Remova os pêlos soltos com gazes, lave e enxágüe a pele com água morna

 Revise a área tricotomizada e refaça a raspagem nos pontos necessários

 Enxugue a pele e proteja a região

 Aplique anti-séptico, se solicitado

 Deixe o paciente confortável e o ambiente em ordem

 Lave o material e despreze os descartáveis em local apropriado

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento

MEDIDAS DE CONFORTO e SEGURANÇA DO PACIENTE

O conforto e a segurança constituem-se em uma das necessidades básicas do ser humano e podem
manifestar-se pela necessidade de proteção diante de perigos físicos, ameaças psicológicas e dor.

a) Massagem de conforto: é a manipulação sistemática dos tecidos do corpo

Finalidades

 Estimular a circulação

 Proporcionar relaxamento muscular, conforto e bem estar

 Prevenir úlceras por pressão

Movimentos

 Deslizamento leve e pesado

 Amassamento

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 Fricção

Técnica

 Providencie o material necessário: creme hidratante e luvas de procedimento

 Lave as mãos e reúna o material

 Informe o procedimento ao paciente

 Calce as luvas

 Coloque-o em posição DDH (decúbito dorsal horizontal), se não houver contra-indicação, vire-o
em decúbito lateral D (direito), E (esquerdo) ou ventral

 Solte o pijama ou a camisola, descobrindo as costas até as nádegas

 Coloque pequena quantidade de creme na palma de uma mão e espalhe, friccionando uma
mão na outra

 Inicie o deslizamento, iniciando das nádegas junto à coluna vertebral aos ombros até os
deltóides, retornando pela superfície lateral

 Inicie o amassamento na parte superior das nádegas, junto à colona vertebral, procurando
comprimir e descomprimir os músculos ritmicamente até o pescoço. Deslize as mãos
comprimindo os músculos, descendo pelas costas e retornando pela superfície lateral

 Repita o amassamento do outro lado

 Vire o paciente em DDH e repita a massagem no rosto, tórax, membros superiores e membros
inferiores

 Recomponha a camisola ou o pijama, coloque o paciente em posição confortável

 Retire as luvas e lave as mãos

 Anote o procedimento realizado com observações quanto ao aspecto da pele e intercorrências

b) Prevenção de úlcera por pressão

 Conserve a pele absolutamente limpa, seca e em boas condições, livre de substâncias irritantes
como urina, suor, fezes e corrimentos vaginais ou uretrais

 Use fraldas descartáveis ou uripen para manter a higiene do paciente

 Faça lavagem externa sempre que o paciente urinar ou evacuar

 Incentive a ingestão freqüente e regular de líquidos

 Preste atenção especial aos pacientes com mamas ou abdome volumosos diminua a pressão
sobre as superfícies da pele e mantendo o local sempre seco

 Mantenha constantemente a distribuição da pressão

54
 Faça mudanças de decúbito a cada 2 horas em pacientes que não puderem se mover

 Conserve a roupa de cama limpa, esticada e livre de migalhas

 Faça uso de colchão de água, rodas de borracha, coxins, travesseiros, colchão piramidal (caixa
de ovo)

 Estimule a circulação do sangue geral e local, por meio de movimentação passiva dos membros
e da massagem de conforto

 Dispense atenção especial às costas, às áreas de pressão e as áreas de proeminências ósseas

 Observe a alimentação do paciente, para garantir a oferta de uma dieta equilibrada

FERIDAS, CURATIVOS e RETIRADA DE PONTOS

 PELE

Anatomia: é constituída de três camadas principais: EPIDERME – DERME – HIPODERME (órgãos anexos:
folículos pilosos; glândulas sudoríparas e sebáceas)

Fisiologia: é o maior órgão do corpo humano, constitui cerca de 10% do peso corporal

Funções: proteção; sensibilidade; termorregulação; excreção; metabolismo e imagem

A. FERIDAS: perda da continuidade de qualquer tecido mole do organismo, podendo ser


provocada por diversos mecanismos

Classificação

 Feridas cirúrgicas: são lesões intencionais e realizadas sob condições assépticas

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 Feridas traumáticas: são lesões acidentais, que podem ser acompanhadas de perdas de tecidos
e ocorrem sob condições não assépticas

Tipos

 Feridas limpas: lesões operatórias, em que não há presença de microorganismos patogênicos

 Feridas contaminadas: lesões com presença de microorganismos patogênicos com grande


capacidade de produzir infecções

 Feridas infectadas: lesões com presença de microorganismos patogênicos em processo de


infecção e que geralmente apresentam exsudato purulento

Tipos de ferimentos

 Incisão/Corte: abertura da pele feita por instrumento cortante, bordas lisas

 Escoriação: arranhão com perda de pele ou mucosa

 Químicas: causadas por agentes ácidos

 Penetrante: causado por objetos perfurantes

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 Laceração: ocorre quando o tecido é rasgado, há perda de tecido

 Contusão: é uma lesão causada por um golpe, batida ou pancada

 Queimaduras/Térmicas: é uma lesão desencadeada por um agente físico (calor ou frio)

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 Radiação: causadas por longa exposição a raios solares

c) Úlceras por pressão: é definida como uma lesão de pele, que é causada pela interrupção
sangüínea local e desenvolve-se devido a uma pressão aumentada por um prolongado período.

Fatores de riscos

• Imobilidade

• Pressões prolongadas

• Fricção

• Traumatismos

• Idade avançada

• Desnutrição

• Obesidade

• Incontinência urinaria ou fecal

• Deficiência de vitamina

• Edema

• Umidade excessiva

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Áreas comuns para o desenvolvimento de ÚLCERA POR PRESSÃO

Estágios da ulcera por pressão

Fatores que influenciam na infecção

 Localização da ferida

 Presença de tecido necrótico em grande quantidade

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 Falta de higiene

 Infecção cruzada

Avaliação da ferida

 Tamanho (largura e comprimento) em centímetros

 Profundidade

 Presença de túneis ou fistulas

 Presença de descolamentos ou lojas

 Localização

 Drenagem – cor, odor e quantidade

 Presença de tecido necrótico

B. CICATRIZAÇÃO = é o nome dado ao processo de reparo, o qual se faz à custa da proliferação


do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz
fibrosa.

Fatores que influenciam no processo de cicatrização

Gerais Locais

a) Hipovolemia / Hipotermia a) Estrutura da lesão

b) Idade / Obesidade / Nutrição b) Local

c) Queda da defesa inunológica c) Mobilização

d) Hormônios / Medicamentos d) Edema

e) Doenças associadas e) Tipos de curativos utilizados

f) Drogas e bebidas alcoólicas f) Suprimento sangüíneo

Complicações na cicatrização

 Infecção: ocorre por diversas causas pela contaminação da ferida

 Deiscência: abertura da cicatriz

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 Cicatriz hipertrófica: formação de tecido cicatricial exagerado (tecido duro)

 Quelóide: devido ao excesso de formação de tecido de granulação (tecido mole)

 Hemorragia: quando ocorre o extravasamento sangüíneo de um vaso

Avaliação do processo cicatricial

 Transudato: substância altamente fluída que passa através dos vasos com baixissimo
conteúdo de proteínas, células e derivados celulares.

 Exsudato: material fluido, que se deposita nos tecidos ou nas supérficies teciduais,
usualmente como resultado de um processo inflamatório. Sua coloração pode ser
esbranquiçada, amarelada, esverdeada ou achocolatada.

 Fibrina: Proteína esbranquiçada, insolúvel, que constitui a parte essencial do coágulo


sanguíneo, e provém da ação da trombina sobre o fibrinogênio. É um agregamento das
plaquetas na região onde houve rompimento dos vasos sanguíneos, essa proteína produz
uma rede que estanca o sangue, pois forma o coágulo composto por hemácias, leucócitos
e plaquetas, que ficam presos na rede de fibrina, dessa forma a fibrina impede o
vazamento do sangue.

 Granulação: . A presença do tecido de granulação clássico “brilhante, grumoso, vermelho”


demonstra um progresso na cicatrização e é um sinal saudável. Uma coloração vermelha
mais escura, roxa ou cinzenta em uma ferida com tecido de granulação é um sinal de aviso
ao qual devemos estar atentos, uma vez que é indicativo de uma irrigação sanguínea
inadequada. O tecido de granulação tem coloração vermelho vivo.

Coleta de exsudato: utilizado para verificar a presença e o crescimento de um determinado agente


etiológico em uma ferida ou fístula

Materiais

 Luva de procedimentos

 Tubo para coleta apropriado e estéril

 Cotonete estéril (swab)

Técnica

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 Oriente o paciente a respeito da coleta

 Lave as mãos

 Calce as luvas

 Passe o swab na região indicada, coletando uma amostra

 Coloque o swab dentro do frasco ou tubo e tampe

 Encaminhe o material ao laboratório

Observação importante: A coleta deve ser feita antes da realização do curativo.

C . NECROSE = é caracterizada pela soma das alterações morfológicas, indicativas da morte celular,
e causada pela ação degradativa progressiva de enzimas, podendo afetar grupos de células ou parte
da estrutura ou um órgão.

D. DESBRIDAMENTO = é a retirada de tecido necrosado, com a finalidade de ajudar na


cicatrização mais rápida e efetiva.

Tipos

Desbridamento cirúrgico: consiste na remoção do tecido necrótico através de procedimento cirúrgico, o


benefício do desbridamento cirúrgico demonstrou que o desbridamento agressivo em ulceras crônica e
essencial para facilitar a cicatrização. O desbridamento cirúrgico poderá ser utilizado para remoção da
necrose de coagulação - crosta preta e endurecida, áreas de necroses extensas, e de necrose de
liquefação - tecido amarelo/esverdeado desvitalizado resultante da infecção bacteriana. Técnica rápida
e efetiva para remoção da necrose, principalmente quando o paciente necessita de intervenção urgente,
como nos casos em que ha presença de celulite ou sepsis. O desbridamento a beira do leito ou
ambulatorial poderá ser realizado em lesões cuja área de necrose não seja muito extensa, nestes casos,
a analgesia local geralmente não e necessária visto que o tecido necrótico e desprovido de sensação
dolorosa. Nos casos de lesões extensas ou ulceras grau IV, o paciente devera ser encaminhado ao centro
cirúrgico.

Desbridamento Mecânico: consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o tecido


necrótico a fim de facilitar sua remoção. Dentre estes procedimentos temos:

62
- Fricção com gaze ou esponja - esfregar a gaze no tecido necrótico durante 2 ou 3 minutos do centro
para as bordas da ferida. Nunca aplicar em áreas com tecido em granulação.

- Irrigação com jato de soro: lavar a ferida com jato de SF 0,9% ate que esteja aparentemente limpa.
-Hidroterapia: realizar hidroterapia uma vez ao dia por 20 minutos ate que o leito da ferida esteja limpo,
promove maceração tecidual; banheiras ou tanques podem provocar infecção cruzada.
- Curativo umido-seco: aplicar a gaze úmida sobre a necrose e retirar apos 4 horas. Observação: a
pratica desta técnica tem sido abandonada, pois o processo pode não ser seletivo, traumatizando o
tecido de granulação e de epitelização.

Desbridamento enzimático: O desbridamento enzimático consiste na aplicação tópica de enzimas


desbridantes diretamente no tecido necrótico. Varias enzimas que podem ser utilizadas para
desbridamento: estreptoquinase, papaína, bromalina e a colagenase.
Desbridamento autolitico: Autolise e a degradação natural do tecido desvitalizado. Para isso, elabora
enzimas proteolíticas (proteases) e fibrinolíticas (colagenases).

E. CURATIVOS: é um cuidado dispensado a uma área do corpo que apresenta lesão de


continuidade, atualmente denominado pelo termo técnico de “terapia tópica”, que engloba
todas as fases do processo de limpeza e cobertura

 Critérios para um curativo ideal (Turner e Dealey)

 Manter elevada a umidade entre os espaços da ferida e o curativo

 Remover o excesso de exsudato e componentes tóxicos

 Permitir trocas gasosas

 Promover isolamento térmico

 Dispor de proteção contra infecções secundárias

 Estar livre de partículas e contaminates tóxicos

 Permitir sua renovação sem trauma na troca

 Dispor de vários tamanhos

 Proporcionar conforto ao paciente

 Facilidade de aplicação

 Eficácia e custo-benefício

 Cuidados antes de realizar um curativo

 Antes e após a realização do curativo lavar as mãos

63
 Todos os curativos, mesmo os mais contaminados, devem ser realizados com assepsia

 Devemos realizar os curativos após a higiene corporal

 O curativo fechado não deve ser abafado

 Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as abertas não infectadas, as infectadas e por
último as colostomias e fístulas

 Os curativos devem ser datados e assinados

 Quem prescreve curativo é o enfermeiro, siga corretamente a prescrição, se houver


necessidade de mudar o curativo este deve ser feito pelo enfermeiro

 Tipos

 Passivos: utilizados para proteger e cobrir as feridas, como: algodão, gazes, gazes medicadas,
esparadrapos, micropore, fitas hipoalergênicas, ataduras e fitas adesivas

 Interativos (hidroativos): utilizados com materiais projetados para manter um microambiente


para a cura da ferida, podendo ser: películas ou espumas polimerizadas, polímeros fibrosos e
de partículas, hidrogéis e hidrocolóides

 Bioativos: resgatam ou estimulam a liberação de substâncias ativas durante o processo de


restabelecimento, como: alginato de cálcio, polissacarídeos, hidrogéis, hidrocolóides, ácidos
graxos essenciais

 Lavagem das feridas

Materiais: soro fisiológico 0,9%, gaze, seringa 20 ml, agulha 40x12; catater uretral nº 06 ou 08

 Feridas granuladas e limpas: irrigação com SF suave e cuidadosamente

 Feridas com resíduos, corpos estranhos , fragmentos e outros: a gaze deve ser umedecida e
suavemente pressionada ou friccionada

 Feridas profundas: utiliza-se irrigação com SF e ou solução de papaína ou introdução de


catateres uretral acoplado à seringa

 Feridas extremamente sujas, com aderência no leito ou infectadas: indica-se maior força
mecânica e a solução de papaina

 Tratamentos mais usados (somente para leitura)

Produtos Descrição
Bioclusive = filme transparente de poliuretano, Mecanismo de ação: proporciona ambiente úmido,
semipermeável e hipoalergênico favoravel a cicatrização, possui permeabilidade seletiva,
permitindo a difusão gasosa e evaporação de água,
impermeável a fluidos e a microorganismos

Indicação: fixação de cateteres vasculares, proteção de


pele integra e escoriações, prevenção de úlceras por
pressão, cobertura de queimaduras de 1º e 2º graus,
cobertura de incisões cirúrgicas limpas com pouco e

64
nenhum exsudato

Contra indicação: não deve ser usado para cobrir


ferimentos infectados

Modo de usar: limpar a pele, secar e aplicar o filme do


tamanho adequado com o diâmetro que ultrapasse o
local a ser coberto

Informação especial: Trocar quando perder a


transparência, descolar da pele ou houver sinais de
infecção
Alginato de cálcio/Kaltostat = fibras de tecido de algas Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no
marinhas marrons, composto pelos ácidos gulurônico e sangue interage com o cálcio do curativo, promovendo a
manurômico, com íons cálcio e sódio incorporador em formação de um gel que mantém o meio úmido, induz a
suas fibras hemostasia, auxila no desbridamento autolítico e tem alta
capaciadde de absorção

Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente


exsudativas com ou sem infecção, até a redução do
exsudato

Modo de usar: modelar o alginato no interior da ferida


umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não deixar
que a fibra ultrapasse a borda da ferida, com risco de
prejudicar a epitelização. Ocluir com cobertura
secundária estéril. Trocar a cobertura secundária sempre
que estiver saturada

Informação especial: o curativo poderá permanecer na


ferida po 7 dias, não molhar durante o banho ou higiene
intima; Não deve ser cortado
Carvão ativado/Actisorb plus = cobertura de contato Mecanismo de ação: o carvão absorve o exsudato e filtra
envolta por camada de tecido e almofada impregnada o odor, aprata exerce ação bactericida
por carvão ativado e prata
Indicação: em feridas infectadas exsudativas com ou sem
odor

Modo de usar: lavar a ferida com SF0,9%, remover o


exsudato e tecido desvitalizado, colocar o carvão ativado
sobre a ferida e ocluir com cobertura secundária estéril

Informação especial: no inicio do tratamento trocar o


carvão com intervalo de 48 a 72 h e após poderá ser
prolongado até 7 dias; Não deve ser cortado
Colagenase/Iruxol = enzimas proteolíticas e Mecanismo de ação: age seletivamente degradando o
cloranfenicol colágeno nativo da ferida

Indicação: desbridamento enzimático suave e não


invasivo de lesões

Modo de usar: lavar a ferida com SF 0,9%, aplicar a


pomada sobre a área a ser tratada, colocar gaze de
contato úmida, ocluir e fixar

Informação especial: sua troca pode ser feita em média a


cada 12 h

65
Placa de Hidrocolóide/Duoderm = espuma de Mecanismo de ação: estimula a angiogênese e o
poliuretano, gelatina, pectina, carboximetilcelulose desbridamento autolítico, acelera o processo de
sódica granulação tecidual

Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a


moderada exsudação, prevençao ou tratamento de
úlceras não infectadas

Modo de usar: lavar o leito da ferida, secar, aplicar o


hidrocolóide pelo menos 3 cm maior que as bordas e
fixar

Informação especial: Troca da placa sempre que o gel


extravasar ou o curativo deslocar ou em até 7 dias
Ácidos Graxos essenciais/Dersani = óleo vegetal Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e
composto por ácido linoleíco, ácido caprílico, ácido angiogênese, mantém meio úmido e acelera o processo
cáprico, vitamina A e E e lecetina de soja de granulação tecidual. A aplicação tópica em pele
integra promove a hidratação e nutrição celular local

Indicação: prevenção de úlceras por pressão, tratamento


de feridas abertas

Modo de usar: lavar o leito da ferida com jatos de SF


0,9%, espalhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes
estéreis de contato o suficiente e úmidas até a próxima
troca. E feridas extensas pode-se espalhar o AGE sobre o
leito da ferida e utilizar como cobertura primária gazes
embebidas em SF, ocluir e fixar

Sãf-gel = gel transparente, hidroativo, amorfo, Mecanismo de ação: cria um ambiente de hidratação na
contendo alginato de sódio e cálcio recuperação de feridas que ajuda na autólise enquanto o
componente alginato aumenta a seua consistência
facilitando sua aplicação. Cria um ambiente cicatricial
úmido que favorece o processo natural de cicatrização
da ferida

Indicação: tratamento de áreas necróticas secas, tecido


desvitalizados mole e feridas em fase de cicatrização.
Tratamento de Queimaduras de 1º e 2º graus, cortes,
abrasões e lacerações

Modo de usar: lavar o leito da ferida com SF 0,9%,


umedecer a gaze com SF e aplicar o saf-gel junto com a
gaze úmida, ocluir e fixar

Informação especial: deverá ser trocado diariamente ou


quando o curativo que recobre a ferida começar a
escorrer ou for retirado para as trocas de rotina (no
intervalo de três dias quando em feridas
abundantemente exsudativas ou necróticas e a cada 7
dias quando em feridas limpas e em processo de
granulação; o gel pode ser removido com solução salina
Solução Fisiológica 0,9% = solução isotônica composta Mecanismo de ação: limpa e umedece a ferida, favorece a
por sódio (NaCl) e água destilada formação de tecido de granulação, amolece os tecidos
desvitalizados e favorece o desbridamento autolitíco

Indicação: manutenção da ferida úmida

Modo de usar: lavar o leito da ferida com jatos de soro,

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remover tecidos desvitalizados com ajuda de pinça, gaze
ou bisturi, colocar gazes de contato úmidas o suficiente
para manter o leito da ferida úmido até a próxima troca,
ocluir e fixar

Papaína = enzimas proteolíliticas retirado do látex do Mecanismo de ação: provoca dissociação das moléculas
mamão papaia, pode ser em pó ou gel. de proteína, resultando em desbridamento químico. É
bactericida e acelera o processo cicatricial

Indicação: tratamento de feridas abertas, desvitalizadas,


necróticas ou infectadas

Modo de usar: na presença de necrose, cobris a área


com fina camada de papaína em pó; na presença de
necrose espessa, riscar a crosta com bisturi para facilitar
a absorção do produto, colocar gaze de contato
embebida com solução de papaína, ocluir e fixar

Concentração da papaína: ferida necrótica (por


coagulação) = 10%; Ferida com exsudato purulento = 4%
a 6%; Ferida com tecido de granulação = 2%

Diluição da papaína: 1g em 100 ml = 1%; 1g em 50 ml


= 2%; 2g em 50 ml = 4%; 3g em 50 ml = 6%; 4g
em 50 ml = 8%; 5g em 50 ml = 10%
Açúcar = sacarose em grânulos Mecanismo de ação: é bacterecida pela sua
osmolaridade. O sacarose possui efeito hiperosmótico,
destruindo a parede bacteriana; tem ação como
desbridante químico; acelera a formação de tecido de
granulação

Indicação: em feridas limpas ou infectadas, com


exsudação intensa ou moderada

Modo de usar: lavar o leito da ferida com solução de SF,


colocar açúcar no leito da ferida, ocluir e fixar

Informação especial: a permanência do açúcar na ferida


não deve ultrapassar 30 minutos
Própolis = resultado da coleta de resinas produzidas Mecanismo de ação: ativa o organismo e a formação de
pelas abelhas em troncos e brotos de árvores, onde anticorpos; ativa a fagocitose e a formação de proteínas
estão depositadas a cera, o pólen e as enzimas salivares no sangue, além de ativar a regeneração do tecido, tem
das abelhas ação bactericida e bacteriostática

Indicação: feridas nas formas ulcerativas, crônicas e


infectadas

Modo de usar: lavar o leito da ferida com solução salina,


colocar a gaze com própolis, cobrir com gaze estéril e
fixar

Informação especial: deve ser substituido a cada 12 ou 24


horas
Curativos não aderente estéril = tela de acetato de Mecanismo de ação: não aderência a ferida; permite o
celulose, impregnada de petrolatum, solúvel em livre fluxo de exsudatos para a cobertura secundária
água, não aderente e transparente

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Indicação: lesões superficiais de queimaduras e úlceras;
áreas doadoras e receptoras de enxerto; lacerações;
incisões cirúrgicas; feridas limpas em uso de carvão
ativado com prata

Modo de usar: cobrir o leito da ferida com o curativo não


aderente(primário), ocluir a lesão com gaze e fixar

Informação especial: trocar o curativo de contato sempre


que apresentar aderência a lesão (36/36h) ou de acordo
com a saturação do curativo secundário

Técnica

Materiais

 Pacote de curativo (pinças Kelly, Dente de rato e Anatômia)

 Pacotes de gazes estéreis

 Ataduras s/n

 Espátulas estéreis s/n

 Luvas estéreis

 Luvas de procedimento

 Soro fisiológico 0,9% aquecido

 Micropore ou esparadrapo ou fita adesiva

 Gaze algodonada (zolbec) s/n

 Saco de lixo para desprezar o material

 Máscara cirúrgica descartável

 Óculos protetor s/n

 Seringa de 20ml e agulha 40x12

 Tesoura

 Lâmina de bistúri com cabo nº 23 ou 11

 Medicamento ou material prescrito

 Saco plástico

Procedimento

 Reunir o material

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 Lavar as mãos

 Orientar o paciente e colocá-lo em posição confortável e adequada ao procedimento

 Fechar janelas e portas

 Cercar o leito com biombo se necessário

 Abrir todo material de maneira asséptica, dispondo-o de forma a facilitar seu procedimento

 Calçar as luvas de procedimento

 Retirar o curativo sujo, se houver necessidade umedecer as bordas para a retirada do mesmo

 Retirar as luvas de procedimento

 Calçar as luvas estéreis

 Irrigar a lesão com SF, em jato, na mesma pressão, de cima para baixo, a uma distância de 15
cm, remover o exsudato e tecidos desvitalizados (nas feridas sépticas/limpas de fora para
dentro e nas feridas assépticas/contaminadas de dentro para fora)

 Secar ao redor da ferida

 Colocar o medicamento ou o material prescrito

 Se for o caso: colocar gazes ou enfaixar com atadura crepe e fixar

 Coloque o paciente em posição confortável

 Recomponha a unidade

 Retire as luvas e lave as mãos

 Anote no relatório de enfermagem tudo que foi observado na lesão e comunique ao


enfermeiro qualquer anormalidade

OBS: No caso de realizar o curativo com o pacote de curativo contendo as pinças, não há necessidade de
usar luvas estéreis, manipule as gazes estéreis com as pinças

F. CURATIVOS COM DRENOS: são relizados apenas na inserção (antes de desprezar o liquidos
da bolsa coletora observar quantidade em ml e aspecto)

G. RETIRADA DE PONTOS: é a retirada dos fios da sutura, colocados para reaproximar as bordas
de uma lesão, facilitando a cicatrização

Tipos

 Sutura simples

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 Sutura contínua

a) Sutura simples (alternados) b) Sutura contínua (plástica)

Materiais

 Luvas de procedimento

 Pinças Kelly e Anatômica estéreis (pacote de retirada de pontos)

 Lâmina de bistúri nº 11

 Gazes estéreis

 Soro Fisiológico 0,9%

 Solução antisséptica (clorexidine tópica)

 Micropore

Técnica

 Reuna o material

 Lave as mãos

 Oriente o paciente e coloque-o em posição confortável e adequada ao procedimento

 Abra o material e o disponha de um modo a facilitar seu procedimento

 Calce as luvas

 Faça uma trouxinha com a gaze com ajuda das pinças

 Realize a limpeza da incisão cirurgica com SF 0,9%

 Retire os pontos: sutura simples (retirar os pontos alternados, caso tenha ocorrido
infecção e todos caso tenha ocorrido a cicatrização)- cortar um dos lados do local do nó e
puxar delicadamente; sutura continua (a retirada é total) – cortar o nó de uma das
extremidades, no caso de dois nós, e puxar delicadamente pela extremidade oposta/
cortar o nó central, no caso de três nós, e puxar delicadamente pelas laterais

 Limpe com a solução antisséptica e se houver necessidade oclua a ferida

70
 Coloque o paciente em posição confortável

 Recomponha a unidade

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação no prontuário

PASSAGEM e RETIRADA DE CATETER

CATETER NASOGASTRICO (CNG) ou CATETER NASOENTERAL (CNE)

Cateter nasogástrico Cateter nasoenteral

Materiais

 Cateter nasogástrico (nº 12 ou 14 para mulheres e nº 14 ou 16 para homens)

 Luvas de procedimento e máscara cirurgica

 Xilocaína gel

 Gazes estéreis

 Seringa de 20 ml

 Estetoscópio

 Esparadrapo e micropore

 Álcool 70%

 Toalha

 Frasco coletor sistema aberto s/n

 Equipo de soros s/n

 Soro fisiológico 0,9% gelado s/n

Testes para verificar se o cateter está localizado

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 Aspiração ou refluxo: coloque a seringa na ponta do cateter e aspire, se vier um líquido verde
(bilioso), amarelo (estase) ou de aspecto salivar/alimentar, significa que o cateter está
localizado. Quando o paciente encontra-se com hemorrágia digestiva o aspecto será de sangue
ou se houver obstrução alta o aspecto poderá ser de fezes

 Ausculta: encha a seringa de ar e ponha na ponta do cateter; coloque o estetoscópio 2 dedos


abaixo do apêndice xifóide; injete o ar para dentro do cateter, se você ouvir um ronco significa
que o cateter está localizado

 Borbulhas de água: coloque a ponta do cateter dentro de um copo com água,durante a


expiração do paciente, se a água borbulhar significa que o cateter está no pulmão

Técnica para passar o cateter

 Reuna o material

 Lave as mãos

 Oriente o paciente o procedimento, coloque-o em posição de Fowler

 Abra o material e coloque-o de modo a facilitar o procedimento

 Proteja o tórax com a toalha

 Calce as luvas

 Limpe a pele do nariz e da região frontal (testa) com gaze umedecida em álcool

 Pegue o cateter nasogástrico e faça a medida do último orififico: do lóbulo da orelha a ponta do
nariz, do nariz ao final do externo (apêndice xifóide), marcar 2 dedos desde final e marque este
ponto com uma fita fina de esparadrapo

 Lubrifique a ponta do cateter com xilocaina, escolha a narina e comece a introduzir,


delicadamente

 Quando o paciente sentir que chegou na faringe peça para ele deglutir, continue a introduzir
até o ponto marcado

 Faça os testes para verificar se o cateter está no estômago, se for positivo fixe o cateter

 Coloque o paciente em posição confortável

 Recomponha a unidade

 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação no prontuário

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Cateter naso gástrico Cateter no estomago (gastrico) Cateter no intestino (enteral)

Técnica para retirar o cateter

 Reuna o material (luvas de procedimentos; papel higiênico ou lenço de papel)

 Lave as mãos

 Oriente ao paciente o que será feito, coloque-o em posição de Fowler

 Dê ao paciente o papel higiênico ou o lenço de papel para que ele possa assoar o nariz ao
término do procedimento

 Calce as luvas de procedimentos

 Descole a fixação do nariz e da região frontal

 Feche o cateter

 Oriente ao paciente para prender a respiração

 Puxe o cateter com movimento firme e rápido

 Coloque o paciente em posição confortável

 Recomponha a unidade

 Retire as luvas, lave as maõs e faça a anotação no prontuário

Observações importantes

 Se durante o procedimento houver sangramento nasal, interrompa e aguarde para reiniciar,


mas utilize a narina oposta

 Caso o cateter esteja sendo passado para drenagem conectá-lo ao coletor sistema aberto e
fixar o coletor no estrado da cama

 Caso o cateter esteja sendo passado para lavagem gástrica, realize o procedimento conforme
prescrição médica

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 Caso o cateter esteja sendo passado para administrar alimentação ou medicação, realize o
procedimento conforme rotina da Instituição

 Na impossibilidade de passar o cateter pelo nariz, o mesmo pode ser passado pela boca,
procedimento chamado de cateter orogástrico (COG)

 Existe um cateter chamado de Cateter Nasoenteral (CNE) ou cateter Dubboff que também é
para administrar alimentação e medicação, porém este procedimento é realizado somente pelo
Enfermeiro ou pelo Médico, e é feito Raio-X do abdomen para verificar sua localização. O
mesmo pode permanecer por até 6 meses, sem haver necessidade de troca

 Uma outra forma de administrar alimentação ou medicação no paciente é através da


gastrostomia (abertura da cavidade abdominal para colocar um cateter direto no estômago),
procedimento cirurgico realizado pelo médico

ALIMENTAÇÃO

A. ALIMENTAÇÃO VIA ORAL = consiste em oferecer ao paciente os alimentos e recursos


necessários para sua alimentação

Finalidades

 Reposição das perdas calóricas

 Adaptação da dieta à doença

Fatores que favorecem o apetite

 Ambiente limpo

 Conforto físico e mental

 Temperatura adequada e aparência agradável do alimento

 Adequar a preferência do cardápio

Fatores que afetam o apetite

 Restrição de certos alimentos na dieta

 Alteração na atividade do paciente

 Ambiente sujo com odor desagradável

Materiais

 Bandeja com a dieta prescrita

 Material para higiene oral

 Mesa para refeição

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 Talheres e copos

 Toalha

 Guardanapos

 Bacia com água e sabonete líquido

Assistência

 Lave as mãos

 Posicione o paciente confortavelmente (Posição de Fowler 45 graus)

 Verifique se dieta está de acordo com a prescrição médica

 Ofereça o material para lavar as mãos

 Coloque a mesa de refeição à sua frente, com os alimentos ao seu alcance

 Ofereça o guardanapo para proteger a roupa

 Observe o paciente durante a alimentação; se estiver impossibilitado de alimentar-se sozinho, a


enfermagem deve servir o alimento em pequenas porções, vagarosamente, sem apressá-lo

 Enxugue o queixo e a boca do paciente sempre que necessário

 Ofereça água ou suco após as refições

 Retire a bandeja

 Ofereça material para lavagem das mãos e higiene oral

 Deixe o paciente confortável e a unidade em ordem

 Lave as mãos

 Anote a aceitação da alimentação e a ingestão de líquidos

Observações importantes

 Estimule e oriente sobre a importância de uma boa alimentação

 Evite interromper a refeição com qualquer conduta terapêutica

 Descreva os alimentos para pacientes impossibilitados de enxergar, antes de oferecê-los

 Ofereça comadre e papagaio aos pacientes acamados antes do horário das refeições

 Não deixe ao alcance da visão do paciente objetos como comadres, papagaios, roupas sujas,
etc

 Se necessário auxilie o paciente a cortar carne e verduras, descascar frutas, etc

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 Restrição Hídrica (quando o médico estabelece a quantidade de líquido ingerido pelo paciente
nas 24 horas. Exemplo: 1000ml/24 h = 800 ml para nutrição e 200 ml para enfermagem)

B. ALIMENTAÇÃO POR CATETERES (GAVAGEM) = consiste na introdução de alimentos líquidos no


estômago, através de um cateter para alimentar pacientes impossibilitados de deglutir,
doentes graves e inconsciente, desnutridos, portadores de estenose do esôfago e outros
problemas. A alimentação fornecida por cateter deve ser dada com mais freqüência, em
intervalos variáveis de 2 a 3 horas e em quantidade que não ultrapasse 300 ml. Estes cuidados
são necessários para evitar cólicas, diarréia, náuseas, vômitos e aspiração

Materiais

 Frasco com dieta (manipulada pelo serviço de nutrição e dietética)

 Equipo para dieta (normalmente ele é de cor azul ou verde)

 Seringa de 20 ml

 Luvas de procedimento

 Copo com água filtrada ou mineral

Assistência

 Lave as mãos

 Verifique se a dieta está de acordo com a prescrição médica

 Observe a temperatura da dieta (deve estar na temperatura ambiente)

 Introduza o equipo no frasco de dieta e tire o ar do equipo

 Leve para o quarto do paciente

 Explique o procedimento ao paciente

 Coloque-o em posição confortável, decúbito elevado (Fowler 30 ou 45 graus)

 Calce as luvas

 Coloque a seringa na ponta do cateter e faça o teste do refluxo

 Aspire água na seringa e lave o cateter

 Conecte o equipo no cateter

 Abra o equipo, controlando o gotejamento

 Retire as luvas e lave as mãos

 Após a introdução da dieta, dobre o cateter, desconecte o equipo e lave o cateter

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 Feche o cateter

 Mantenha o paciente em decúbito elevado por mais tempo

 Deixe a unidade em ordem

 Lave as mãos

 Anote a hora, o tipo da dieta, quantidade administrada e possíveis intercorrências

Observações importantes

 O gotejamento da dieta deve ser de 30 ml/h no início, chegando gradativamente a 100 a 150
ml/h

 Hidrate o paciente entre uma dieta e outra, oferecendo água pelo cateter

C. ALIMENTAÇÃO POR GASTROSTOMIA = consiste na introdução de alimentos líquidos no


estômago, por meio de um cateter

Materiais

 Recipiente contendo o alimento ou Frasco com alimento

 Equipo para dieta

 Seringa de 20 ml

 Luvas de procedimento

 Copo com água filtrada ou mineral

Assistência

 Lave as mãos

 Verifique se a dieta está de acordo com a prescrição médica

 Verifique a temperatura da dieta

 Introduza o equipo no frasco de dieta e tire o ar do equipo

 Converse com o paciente sobre a alimentação e desocupe a mesa de cabeceira

 Levante ligeiramente a cabeceira da cama

 Calce as luvas

 Comprima o cateter com os dedos polegar e indicador da mão não dominante: abra-o e adapte
a seringa a ponta do cateter e faça o teste do refluxo

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 Aspire a água e lave o cateter

 Conecte o equipo no cateter, abra-o e inicie o gotejamento

 Retire as luvas e lave as mãos

 Após a introdução da dieta lave o cateter e feche-o

 Deixe o paciente confortável e a unidade em ordem

 Lave as mãos

 Faça anotação no prontuário do paciente

Observações importantes

 O alimento por gastrostomia também pode ser administrado com seringa de 20 ml

 O alimento deve estar aquecido, aproximadamente 37 C

Gastrostomia

D. JEJUM = trata-se da suspensão da ingestão de alimentos, água ou medicamentos ao paciente


por um tempo determinado, para atender às necessidades de exames laboratoriais, preparo
para cirurgias, tratamentos e outros procedimentos terapêuticos

Assistência

 Comunique ao serviço de nutrição e dietética (SND) o horário que o paciente iniciará o jejum

 Providencie a “placa de jejum” para identificar no leito

 Oriente o paciente quanto à necessidade do jejum

 Despreze a água da garrafa da mesa de cabeceira

 Comunique à equipe de trabalho que o paciente está em jejum

 Anote no prontuário do paciente

 Terminado o jejum, comunique ao SND e à equipe de trabalho

 Retire a placa de jejum

Observações importantes

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 Esteja atento às reações dos pacientes em jejum prolongado

 Verifique sempre a dieta prescrita após o jejum

 No caso do paciente tomar medicamento controlado (antihipertensivo), fornecer com pouca


água

E. NUTRIÇÃO PARENTERAL PROLONGADA (NPP): é a alimentação através de um acesso venoso


periférico ou central. A nutrição parenteral serve para complementar ou substituir
completamente a alimentação oral ou enteral. Uma pessoa que não pode, não consegue ou
não deve alimentar-se utilizando seu aparelho digestivo necessita de uma outra maneira de
alimentação que o matenha com estado nutricional adequado, pois o paciente desnutrido
enfrenta muito mal as enfermidades e invariavelmente evolui para óbito quando não é
revertida esta situação.

Observação importante: Devemos nos atentar a diferença entre administração de Dieta Enteral
(administrada através de cateteres naso/orogástrico – naso/oroenteral – gastrostomia/jejunostomia;
são preparadas pela equipe de nutrição e dietética) e de Dieta Parenteral (administrada através de
cateter venoso periférico ou central; são preparadas pela farmácia de manipulação).

ELIMINAÇÕES

USO DE COMADRE e PAPAGAIO

A necessidade de eliminação é um aspecto importante a ser observado e assumido pela enfermagem,


pois os hábitos de eliminação intestinal e vesical devem estar em condições de normalidade em todos os
pacientes. Entretanto, para o paciente acamado, depender de outra pessoa para realizar essa
necessidade traz um desconforto muito grande. Por esse motivo, a enfermagem deve atender às
necessidades de eliminação do paciente, por meio de uma aproximação gentil e compreensiva, evitando
o constrangimento, tranqüilizando-o, orientando-o e ajudando-o. A privacidade e o relaxamento são
imprescindíveis para facilitar a eliminação. Uma das formas de proporcionar conforto ao paciente é
oferecendo o material necessário e aguardando o tempo necessário para que ele satisfaça a
necessidade de eliminação, em um ambiente de confiança e relaxamento.

a) Comadre
 Atender à necessidade de eliminação de fezes e urina (mulheres e homens)
 Facilitar os cuidados de higiene intima
 Coletar materiais para exames
b) Papagaio
 Atender à necessidade de eliminação de urina (somente para homens)

Técnica

 Lave as mãos e reúna o material


 Coloque o biombo ao redor do leito s/n
 Eleve a cabeceira da cama, se não houver contra-indicação
 Para colocar a comadre (previamente aquecida em água morna), ajude o paciente a flexionar as
pernas e a elevar o quadril ou coloque- o em decúbito lateral
 Para colocar o papagaio, ajude ou peça para que o paciente afaste as pernas

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 Deixe o paciente sozinho, com a campainha ao seu lado
 Calce as luvas de procedimento
 Ofereça o papel higiênico ou execute a limpeza pelo paciente
 Retire a comadre ou papagaio
 Deixe o paciente coberto
 Cubra a comadre com folhas de papel toalha
 Leve a comadre ou o papagaio para o banheiro e observe o conteúdo, desprezando-o em
seguida no vaso sanitário; lave a comadre ou papagaio no próprio banheiro utilizando o
chuveiro
 Faça a higiene intima e ofereça ao paciente material para lavagem das mãos
 Recolha o material, deixe a unidade em ordem
 Retire as luvas, lave as mãos e faça a anotação do procedimento no prontuário

Obs: Para facilitar a remoção das fezes da comadre pode ser previamente, lubrificada com a alguma
solução oleosa (vaselina, glicerina, óleo mineral), isto quando não houver necessidade de coletar
material para exames laboratoriais

VESICAL/DIURESE

A- CATETERISMO VESICAL (CV): é a introdução de um cateter vesical estéril pelo meato urinário até a
bexiga. Temos dois tipos de cateterismo vesical: O Cateterismo Vesical de Alívio e o Cateterismo Vesical
de Demora (2 e 3 vias)

Finalidades

 Comprovar anúria
 Preparar para cirurgia
 Realizar o controle indireto da função hemodinâmica
 Promover a drenagem de pacientes com incontinência urinária
 Coletar urina para exames
 Para realizar irrigação contínua em casos de hematúria franca

Materiais

 Pacote de cateterismo vesical esterilizado contendo: cuba rim, cúpula com gazes; pinça Pean
 Campo fenestrado estéril
 Cateter de Nelaton nº 10 ou 12 (para cateterismo de alivio) ou Cateter de Foley de duas vias nº
14 feminino e nº 16 masculino (para cateterismo de demora); Cateter de Foley de três vias nº
18 para irrigação contínua
 Luvas estéreis e máscara cirúrgica descartável

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 Solução anti-séptica (Povedine Tópico)
 Ampola de água destilada
 Seringa de 20 ml (02 unidades) e agulha 40x12 (02 unidades)
 Xilocaína gel estéril
 Coletor de urina sistema fechado
 Pacote de gazes estéreis
 Esparadrapo e micropore
 Biombo
 Saco de lixo
 Material para higiene intima s/n

Técnica

Cateterismo Vesical Feminino


 Lave as mãos
 Leve o material para o quarto do paciente
 Explique o procedimento a paciente
 Isole o leito com biombo
 Coloque a máscara
 Faça a higiene intima na paciente se necessário
 Coloque a paciente em posição ginecológica
 Abra todo o material colocando-o de forma a facilitar o procedimento
 Aspire à água na seringa e reserve
 Coloque o anti-séptico na cúpula
 Abra a xilocaína gel e fure com a agulha 40x12
 Calce as luvas estéreis na técnica
 Teste o balão do cateter vesical
 Conecte o cateter ao coletor (não se esqueça de fechar a pinça do coletor)
 Faça a assepsia do local, com a pinça Pean e gaze embebida em PVPI tópico, (iniciando de
dentro para fora, isto é, orifício urinário, pequenos lábios, clitóris, grandes lábios), para cada
movimento utilize uma gaze
 Coloque o campo fenestrado
 Pegue o cateter, com a mão dominante, lubrifique-o com a xilocaína gel (envolva o tubo com
gaze e pegue-o com a mão não dominante)
 Afaste os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar da mão não dominante
 Localize o orifício da uretra e inicie a introdução do cateter
 Introduza o cateter até o “Y” do mesmo, observe se saiu diurese na extensão do coletor
 Insufle o balão do cateter com a seringa contendo água destilada
 Tracione o cateter vesical delicadamente
 Recomponha a paciente e fixe o cateter na coxa da paciente, pendure o coletor no estrado da
cama
 Coloque a paciente em posição confortável
 Recomponha a unidade
 Retire as luvas, lave as mãos
 Faça a anotação no prontuário da paciente e comunique qualquer intercorrências ao
enfermeiro do setor

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Cateterismo vesical masculino
 Lave as mãos
 Leve o material para o quarto do paciente
 Explique o procedimento ao paciente
 Isole o leito com biombo
 Coloque a máscara
 Faça a higiene intima no paciente se necessário
 Coloque o paciente em decúbito dorsal horizontal, afaste os MMII
 Abra todo o material e o disponha de forma a facilitar o procedimento
 Aspire à água na seringa e reserve
 Coloque antisséptico na cúpula
 Abra a xilocaina e fure com agulha 40x12
 Calce as luvas estéreis na técnica
 Teste balão do cateter vesical
 Conecte o cateter ao coletor (não esqueça de fechar a pinça do coletor)
 Faça a assepsia do local, com a pinça Pean e gaze embebida em PVPI tópico (de cima para
baixo, isto é, segure o pênis em posição perpendicular ao corpo, exponha a glande, inicie a
limpeza, glande, corpo do pênis e região escrotal), para cada movimento utilize uma gaze
 Coloque o campo fenestrado
 Pegue o cateter, com a mão dominante, lubrifique-o com a xilocaina gel (envolva o tubo com
gaze e pegue-o com a mão não dominante)
 Segure o pênis na mesma posição em que se realizou a assepsia, com a mão não dominante
 Inicie a introdução do cateter, introduza até o “Y” do mesmo, observe se saiu urina na extensão
do coletor
 Insufle o balão do cateter com a seringa contendo água destilada
 Tracione o cateter vesical delicadamente
 Recomponha o paciente e fixe o cateter na coxa esquerda ou na região supra púbica do
paciente, pendure o coletor no estrado da cama
 Coloque o paciente em posição confortável
 Recomponha a unidade
 Retire as luvas, lave as mãos
 Faça a anotação no prontuário do paciente e comunique qualquer intercorrências para o
enfermeiro da unidade

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Observações importantes

 O cateterismo vesical de alivio deve ser passado na mesma técnica do cateterismo vesical de
demora, porém sua permanência no meato urinário é de aproximadamente 30 a 40 minutos,
manter o orifício de saída dentro da cuba rim, após este tempo ele deverá ser retirado.
 Se for necessário coletar urina para exame, a mesma pode ser retirada do coletor sistema
fechado, logo após a passagem do cateter, se a urina já estiver em repouso dentro do coletor
por período superior a 30 minutos não mais poderá ser retirada urina deste recipiente.
 Caso haja resistência na introdução do cateter, sangramento ou queixa de dor durante o
procedimento interrompa e comunique ao enfermeiro do setor.
 Quando há necessidade de se fazer irrigação contínua devemos passar o cateter vesical de três
vias, a técnica é a mesma do cateterismo vesical de demora, a irrigação deverá ser realizada de
acordo com o protocolo da Instituição.
 Na impossibilidade de passar o cateter vesical o paciente é submetido a uma cistostomia
(abertura da cavidade abdominal/altura da região supra púbica para introdução do cateter
direto na bexiga)

Retirada do cateter vesical feminino ou masculino


 Lave as mãos
 Prepare os materiais: luvas de procedimento; máscara cirúrgica; seringa 20 ml; biombo

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 Explique o procedimento ao paciente
 Cerque o leito com biombo se necessário
 Coloque a máscara
 Calce as luvas de procedimento
 Coloque o paciente em posição adequada (Feminino=Ginecológica; Masculino=dorsal
horizontal)
 Retire a fixação do cateter vesical
 Adapte a seringa na válvula do cateter vesical e aspire à água de dentro do balão
 Tracione e retire o cateter vesical
 Cubra o paciente
 Leve o coletor com o cateter até o banheiro, verifique o volume e aspecto da diurese e
despreze-a no vaso sanitário, jogue o material no lixo
 Recomponha o paciente e a unidade
 Retire as luvas
 Lave as mãos
 Anote o procedimento no prontuário do paciente

Colocação de uripen
 Reúna os materiais: uripen nº adequado ao paciente; micropore; luvas de procedimento;
coletor sistema aberto
 Lave as mãos
 Oriente ao paciente o que será realizado e coloque-o em posição DDH
 Calce as luvas
 Segure o pênis perpendicular ao corpo, recubra glande com o prepúcio
 Inicie a colocação (como se tivesse colocando um preservativo), fixe com o micropore
 Conecte o orifício de abertura do uripen ao coletor sistema aberto
 Recomponha o paciente e a unidade
 Faça a anotação no prontuário

OBS: Cuidado para não estrangular o pênis (necrose), quando fixar o uripen

 Coleta de amostras de urina: é a coleta de urina para exames laboratoriais

Urina tipo 1 = Consiste na separação de pequena quantidade de urina de uma única micção, com a
finalidade de detectar infecção urinária

Técnica

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o Providencie os materiais: frasco de urina; luvas de procedimento; etiqueta de identificação;
seringa 20 ml; comadre ou papagaio e biombo
o Lave as mãos
o Identifique o frasco
o Oriente o paciente sobre o procedimento
o Calce as luvas
o Coloque a comadre ou papagaio
o Aspire urina com a seringa e coloque dentro do frasco
o Recomponha o paciente e a unidade
o Tire as luvas e lave as mãos
o Anote procedimento no prontuário
o Encaminhe o material para o laboratório

Urocultura = Consiste na separação de pequena quantidade de urina de uma única micção, com a
finalidade de confirmar presença de infecção urinária e detectar o agente etiológico e o antibiograma
respectivo

Técnica

 Providencie os materiais: frasco de urina estéril; material para higiene intima; etiqueta de
identificação; seringa 20 ml; luvas de procedimento; cuba rim estéril; compressa estéril;
comadre; biombo
 Lave as mãos
 Identifique o frasco
 Oriente o paciente
 Calce as luvas
 Realize a higiene intima
 Coloque a comadre
 Abra o pacote e segure com o campo a cuba rim
 Peça ao paciente para urinar e deixe que a primeira porção caia na comadre, apare o jato
seguinte com a cuba rim
 Aspire urina com a seringa e coloque dentro do frasco
 Recomponha o paciente e a unidade
 Tire as luvas e lave as mãos
 Anote o procedimento no prontuário
 Encaminhe o material para o laboratório

Urina em pacientes CV = Consiste na separação de pequena quantidade de urina de paciente com CVD
sem riscos de contaminação externa, com a finalidade de confirmar presença de infecção urinária

Técnica

 Providencie os materiais: frasco de urina estéril; material para higiene intima; etiqueta de
identificação; seringa 20 ml; luvas de procedimento; cuba rim estéril; compressa estéril;
comadre; biombo
 Lave as mãos
 Identifique o frasco

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 Oriente o paciente
 Calce as luvas
 Realize a higiene intima
 Coloque a comadre
 Abra o pacote e segure com o campo a cuba rim
 Peça ao paciente para urinar e deixe que a primeira porção caia na comadre, apare o jato
seguinte com a cuba rim
 Aspire urina com a seringa e coloque dentro do frasco
 Recomponha o paciente e a unidade
 Tire as luvas e lave as mãos
 Anote o procedimento no prontuário

Urina 24h/Clearence de creatinina = Consiste na coleta da urina de 24 h, com a finalidade de


diagnosticar doenças metabólicas.

Técnica

 Providencie os materiais: frascos para armazenamento de urina; luvas de procedimento;


etiqueta de identificação; comadre ou papagaio
 Lave as mãos
 Identifique o frasco com data e horário de início da coleta
 Oriente o paciente
 Calce as luvas
 Colete todas as micções, inclusive a primeira micção do dia
 Tire as luvas e lave as mãos
 Anote o procedimento no prontuário

Observações importantes

 Este exame exige a coleta de uma amostra de sangue (frasco próprio) para ser encaminhado
junto com a diurese
 Pode ser coletado amostras da bolsa coletora sistema fechado quando o paciente estiver com
cateter vesical de demora

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INSTESTINAL/EVACUAÇÃO

Lavagem intestinal: consiste no processo de introdução no intestino de solução medicamentosa ou não,


por meio de um cateter retal

Finalidades

 Facilitar a eliminação fecal


 Aliviar a distensão abdominal
 Preparar pacientes para cirurgia ou exames
 Remover sangue no caso de melena/enterorragia

Tipos

 Clister/Fleet enema: volume pequeno de 150 a 500 ml


 Enteroclisma: volume grande de 501 a 2000 ml

Materiais

 Solução prescrita
 Equipo de gotejamento
 Cateter retal
 Luvas de procedimento
 Máscara cirúrgica descartável
 Xilocaina gel
 Fralda s/n
 Comadre
 Biombo

Técnica

 Verifique a indicação do tratamento e a solução prescrita


 Aqueça a solução em banho maria a uma temperatura de 37 C
 Conecte o equipo a solução e tire o ar
 Lave as mãos
 Leve o material até o quarto do paciente
 Oriente o paciente sobre o procedimento
 Cerque o leito com o biombo s/n
 Coloque a máscara e as luvas

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 Coloque o paciente em posição de Sims esquerda, mantenha o MIE esticado e flexione o joelho
direito colocando o MID sobre o MIE
 Lubrifique o cateter e introduza delicadamente no reto até 8 cm
 Conecte o equipo na ponta do cateter, abra e deixe gotejar conforme prescrição médica
 Ao término da solução retire o cateter, solicite ao paciente para permanecer com a solução na
cavidade o máximo que ele puder
 Coloque a comadre ou a fralda ou encaminhe o paciente ao banheiro
 Deixe-o a vontade, solicite a ele que ao término chame a enfermagem sem dar descarga (caso
ele esteja no banheiro)
 Observe a quantidade e o aspecto da eliminação
 Recomponha a unidade
 Tire as luvas e lave as mãos
 Faça anotação no prontuário

Observações importantes

 Caso o paciente tenha que usar comadre ou fralda, realizar a higiene intima ao término da
evacuação, se ele estiver no banheiro orientá-lo a realizar a higiene intima (após a enfermagem
verificar o resultado do procedimento)
 Quando em pequena quantidade a lavagem pode ser realizada em infusão rápida
 Quando o paciente tiver hemorróidas temos que tomar muito cuidado na introdução do
cateter, para que não ocorra o rompimento desta (sangramento abundante)
 Observar se há presença de sangue, caso positivo comunicar ao enfermeiro do setor

Colostomia: abertura artificial (estoma) no cólon que é uma parte do intestino grosso, podendo ser
temporária ou permanente, fazendo com que uma parte do intestino fique exposta no abdome. Esta
abertura será o local por onde sairão às fezes, que por sua vez serão armazenadas em uma bolsa
coletora. Colostomia Ascendente – As fezes são líquidas; Colostomia Transversa – As fezes são semi-
líquidas; Colostomia Descendente – As fezes são formadas; Colostomia Sigmóide – As fezes são firmes e
sólidas.

Ileostomia: abertura artificial (estoma), mais especificamente no íleo (Intestino Delgado), podendo ser
temporária ou permanente. Essa abertura será o local por onde sairão às fezes que serão armazenadas
em uma bolsa coletora. Na ileostomia, as fezes são mais líquidas uma vez que a absorção da água ocorre
no Intestino Grosso.

Materiais para troca da bolsa

 Bolsa coletora (Karaya)

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 Soro Fisiológico 0,9%
 Luvas de procedimento
 Gazes
 Máscara descartável
 Biombo

Técnica

 Lave as mãos
 Explique o procedimento e a finalidade ao paciente
 Cerque o leito com o biombo
 Coloque o paciente em posição confortável
 Coloque a máscara e as luvas
 Disponha o material de forma a facilitar o procedimento
 Limpe o estoma com SF 0,9%
 Seque a área ao redor do estoma com gaze
 Retire o adesivo da bolsa
 Fixe a bolsa
 Coloque o paciente em posição confortável
 Recomponha a unidade
 Retire as luvas e a máscara
 Lave as mãos
 Anote no prontuário o procedimento realizado

 Coleta de amostra de fezes: coleta de fezes para exames laboratoriais

Exame Parasitológico de fezes (PPF) = Consiste na retirada de uma pequena porção de fezes com
finalidade de investigas presença de infestação ou infecção no trato intestinal

Técnica

 Providencie os materiais: frasco próprio; luvas de procedimento; máscara; etiqueta de


identificação; espátula; comadre; biombo
 Lave as mãos
 Oriente o paciente sobre o procedimento e para que chame quando tiver vontade de evacuar
 Ao ser chamado coloque a comadre no paciente
 Coloque máscara
 Calce as luvas
 Retire a comadre e com a espátula retire cerca de 5 a 10 g do material
 Coloque no frasco identificado
 Jogue a espátula no lixo do banheiro

89
 Higienize o paciente
 Recomponha a unidade
 Tire as luvas e a máscara

Coprocultura = Consiste em verificar presença de microorganismos que causam infecção

Técnica: Idem a coleta de PPF, exceto o frasco e a espátula que deverão ser estéreis (o material coletado
deverá ser colocado em frasco contendo meio de cultura)

Pesquisa de sangue oculto = Consiste em verificar presença de sangue nas fezes, para isso o paciente
precisa seguir algumas orientações: Restrição de carnes e alimentos que contenham alta peroxidase
(rabanete, nabo, couve flor, brócolis, feijão), caldos, extratos ou molhos, nos 03 dias que antecedem a
data do exame; Não utilizar medicamentos irritantes da mucosa gástrica (ferro, vitamina C); Após
exames radiológicos contrastados, aguardar 03 dias para coletar as fezes

Técnica: Idem a coleta de PPF

OXIGENOTERAPIA

Conceito: é o tratamento do sistema respiratório por meio do oxigênio

Indicações

 Combater as deficiências de oxigênio


 Facilitar a expectoração
 Diminuir os processos inflamatórios das vias respiratórias
 Provocar broncodilatação

Régua de oxigênio (ar comprimido/amarelo; oxigênio/verde; vácuo/cinza)

90
Fluxomêtros de oxigênio/verde e ar comprimido/amarelo

Modos de administração

a) Cateter nasal: é o processo de instalação e retirada do cateter de oxigênio pela via nasofaringe
do paciente, para aumentar a concentração de oxigênio no ar respirado.

Tipos

 Cateter nasal simples ou unilateral: introduzido em uma narina até atingir a cavidade
orofaríngea, fixado no nariz ou na face
 Cateter nasal tipo óculos ou bilateral: instalado diretamente nas narinas e fixado atrás das
orelhas

Materiais

 Cateter nasal
 Umidificador
 Extensão de PVC
 Água destilada (frasco) s/n
 Fluxômetro
 Micropore e esparadrapo
 Luvas de procedimento
 Gazes
 Álcool 70%

Técnica

 Reúna os materiais
 Lave as mãos
 Leve o material até o quarto do paciente e oriente-o
 Coloque o paciente em posição semi Fowler
 Instale o fluxômetro na régua de oxigenoterapia
 Coloque água dentro do umidificador (se for protocolo da Instituição)
 Conecte o umidificador ao fluxômetro
 Conecte a extensão de PVC ao umidificador e na outra ponta o cateter de oxigênio
 Calce as luvas
 Limpe a pele do nariz do paciente com gaze umedecida com álcool, para retirar a oleosidade e
promover melhor fixação
 Meça externamente a distância entre a ponta do nariz e o lóbulo da orelha e demarque a
medida com esparadrapo (cateter unilateral)

91
 Introduza o cateter suavemente e com firmeza em uma das narinas até a marca do
esparadrapo (se houver necessidade pode ser usado um pouquinho de xilocaína gel)
 Fixe o cateter no nariz com micropore
 Abra o fluxômetro na quantidade de oxigênio em litros por minuto de acordo com a prescrição
médica
 Recolha o material, deixe o ambiente em ordem e o paciente confortável
 Retire as luvas, lave as mãos e anote o procedimento no prontuário

Observações importantes

 Para retirar o cateter, antes devemos fechar o fluxômetro


 A troca de todo material dever ser feita a cada 24 horas (o fluxômetro pode permanecer o
mesmo até a suspensão da oxigenoterapia)

b) Inalação: é a administração de substâncias medicamentosas pela via respiratória através do


inalador.

Finalidades

 Umidificar as vias aéreas


 Fluidificar secreções da membrana mucosa do trato respiratório

Materiais

 Inalador
 Fio extensor (chicote)
 Fluxômetro
 Medicamento prescrito
 Lenço de papel

Técnica

 Lave as mãos
 Prepare o inalador (SF 0,9% + medicamento)
 Leve tudo para junto do paciente e oriente-o
 Coloque o paciente em posição de semi Fowler
 Conecte o fluxômetro a régua de oxigenoterapia
 Conecte o fio extensor ao inalador e este ao fluxômetro
 Abra a válvula do fluxômetro que regula a quantidade em litros por minuto, de acordo com a
prescrição médica (deverá formar uma névoa)
 Oriente o paciente a segurar o inalador e forneça ao paciente lenço de papel ou papel toalha
 Ao término da inalação, feche a válvula do fluxômetro, proteja o inalador (este deverá ser
trocado a cada 24 horas)

92
 Recomponha a unidade e deixe o paciente confortável
 Cheque a prescrição médica ou de enfermagem (anote as anormalidades)

c) Nebulização continua: consiste na administração de oxigênio umidificado através da via


respiratória continuamente

Tipos

 Máscara de nebulização: máscara de nebulização + frasco nebulizador + traquéia


 Máscara de Venturi: máscara de Venturi + extensão corrugada + válvula controladora de
concentração

Materiais

 Máscara de nebulização ou Máscara de Venturi (completas)


 Umidificador
 Extensão de látex ou PVC
 Água destilada (frasco)
 Fluxômetro
 Luva de procedimentos

Técnica

 Lave as mãos
 Reúna o material e leve-o junto do leito do paciente
 Oriente o paciente sobre o procedimento e coloque-o em posição sentado (semi Fowler)
 Conecte o fluxômetro a régua de oxigenoterapia
 Monte o sistema: adapte o umidificador ao fluxômetro, conecte uma das extremidades da
extensão no umidificador e a outra extremidade na válvula controladora de concentração,
conecte a válvula à extensão corrugada e instale a máscara do tamanho adequado ao paciente
(Máscara de Venturi)
 Monte o sistema: adapte nebulizador ao fluxômetro, conecte uma das extremidades da
traquéia no nebulizador e a outra extremidade na máscara do tamanho adequado ao paciente
(Máscara de nebulização)
 Abra o fluxômetro que regula a quantidade de oxigênio em litros por minuto, de acordo com a
prescrição médica
 Coloque a máscara no rosto do paciente e fixe-a
 Recomponha a unidade e deixe o paciente confortável
 Faça a anotação no prontuário do paciente

93
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES

Conceito: é um procedimento utilizado para retirar secreções do trato respiratório superior e/ou da
cavidade oral quando o paciente não o faz por si

Objetivos

 Retirar secreções do trato respiratório e/ou boca


 Prevenir e tratar infecções respiratórias

Complicações

 Lesões das mucosas


 Infecções
 Arritmias
 Cianose
 Formação de rolha

Materiais

 Aspirador elétrico ou a vácuo


 Frasco coletor
 Extensão de látex ou PVC
 Sonda de aspiração (nº 4 a 10 para crianças; nº 10 a 14 para adultos)
 Água destilada (frasco)
 Água destilada (ampola)
 Soro Fisiológico 0,95 (ampola)
 Luva estéril
 Ambú conectado a régua de oxigenoterapia
 Gazes estéreis
 Máscara
 Óculos protetor
 Seringa 10 ml e agulha 40x12

94
Sonda de aspiração com e sem válvula

a) Nariz e boca

Técnica

 Lave as mãos
 Oriente, prepare e posicione o paciente
 Monte o aspirador
 Abra a extremidade da sonda e adapte-a a extensão, mantendo o restante da sonda no interior
da embalagem
 Calce as luvas na técnica
 Abra a válvula do vácuo com a mão não dominante e ligue o aspirador
 Introduza a sonda em uma das narinas do paciente com a válvula da sonda aberta, se não
houver válvula dobre a extensão
 Quando alcançar a traquéia feche a válvula ou solte a extensão e inicie a aspiração com a sonda
em movimentos circulares
 Repita a aspiração na outra narina
 Lave a sonda com água destilada estéril e limpe-a com gaze estéril
 Faça a aspiração da boca, instilando água na cavidade oral s/n
 Despreze a sonda, lave a extensão e o frasco coletor
 Desligue o aspirador
 Coloque o paciente em posição confortável
 Recomponha unidade
 Tire as luvas, lave as mãos e faça a anotação no prontuário

b) Cânula endotraqueal e Traqueotomia

Técnica

 Lave as mãos
 Oriente, prepare e posicione o paciente
 Coloque a máscara e o óculos
 Monte o aspirador e conecte a sonda

95
 Aspire água destilada na seringa e reserve
 Calce as luvas na técnica
 Abra a válvula do vácuo e abra o aspirador com a mão não dominante
 Desconecte o aparelho ventilatório da cânula endotraqueal ou da traqueotomia e inicie a
introdução da sonda, com a válvula da sonda aberta ou a extensão dobrada
 Quando você perceber o estímulo de tosse, feche a válvula ou solte a extensão e inicie a
aspiração em movimentos circulares
 Forneça oxigênio ao paciente (conecte o ventilador mecânico ou ambuze)
 Repita o procedimento no máximo por 5 vezes
 Conecte o ventilador mecânico
 Aspire às vias aéreas superiores (conforme a técnica descrita anteriormente)
 Despreze a sonda, lave a extensão e o frasco coletor
 Desligue o aspirador
 Coloque o paciente em posição confortável
 Recomponha unidade
 Tire as luvas, lave as mãos e faça a anotação no prontuário

Observações importantes

 Mantenha a extensão de látex protegida, a mesma pode ser utilizada por 24 horas
 Em caso de exsudato espesso, rolha ou grande quantidade, pode ser instilado SF no tubo
endotraqueal (cerca de 2 ml); após a instilação, ventile os pulmões com o ambu e, em seguida,
faça a aspiração
 O aspirador mais indicado é o aspirador a vácuo, pois sua pressão é controlada. Assim, evita-se
utilizar aspiradores elétricos, cuja pressão de sucção é muito forte
 Mantenha a pressão do vácuo de maneira que não exceda 80 a 120 mmHg para adulto, 80 a
110 mmHg para crianças e 50 a 95 mmHg para lactentes
 Utilize o calibre de sonda adequado, para não lesar a mucosa nasal ou oral
 Deixe material de oxigenoterapia preparado
 Durante a técnica deixe o paciente se recuperar para dar continuidade ao procedimento
 Em caso de vômito interrompa o procedimento, higienize o paciente e retorne o procedimento
 A permanência da sonda durante o procedimento não deve ultrapassar 15 segundos

 Coleta de escarro para exame: é a extração de pequena quantidade de exsudato bronco


pulmonar pela tosse ou por aspiração

Finalidade

 Auxiliar no diagnóstico de doenças pulmonares

Materiais

 Recipiente estéril com tampa

96
 Luvas de procedimento
 Etiqueta de identificação
 Cuba rim estéril

Técnica

 Lave as mãos
 Identifique o frasco
 Oriente o paciente sobre o procedimento
 Calce as luvas
 Induza o paciente a tossir e a expectorar profundamente
 Colete o material na cuba rim e passe para o recipiente próprio
 Recomponha o paciente e a unidade
 Tire as luvas, lave as mãos e anote o procedimento
 Encaminhe o material para o laboratório

Observações importantes

 Caso o paciente tenha condições oriente-o a colher o material


 Se houver a necessidade de coletar o material de paciente entubado ou impossibilitado de
expectorar faça a coleta durante a aspiração (utilizando seringa com água destilada estéril para
colocar o material dentro do frasco)

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERANTE A MORTE

As pessoas enfrentam a morte de varias maneiras. Segundo alguns estudos pode-se esboçar em cinco
estágios as reações emocionais de uma pessoa enfrentar a morte. Segundo KLÜBLER ROSS (1992) um
paciente em estagio terminal pode passar por cinco fases:
• Negação: ajuda a aliviar o impacto da noticia, servindo como uma defesa necessária a seu
equilíbrio. Geralmente em pacientes informados abruptamente e prematuramente. O medico
deve respeitar porem ter o cuidado de não estimular, compactuar ou reforçar a negação.

• Raiva: o paciente já assimilou seu diagnostico e prognostico, mas se revolta por ter sido
escolhido. Tenta arranjar um culpado por sua condenação. Geralmente se mostra muito
queixoso e exigente, procurando ter certeza de não estar sendo esquecido, reclamando
atenção, talvez como último brado: Não esqueçam que ainda estou vivo! Nesta fase deve-se
tentar compreender o momento emocional do paciente, dando espaço para que ele expresse
seus sentimentos, não tomando as explosões de humor como agressões pessoais.

• Negociação: tentativa de negociar o prazo de sua morte, através de promessas e orações. A


pessoa já aceita o fato, mas tenta adiá-lo. Deve-se respeitar e ajudar o paciente.

• Depressão: aceita o fim próximo, fazendo uma revisão da vida, mostrando-se quieto e
pensativo. E um instrumento na preparação da perda iminente, facilitando o estado de
aceitação. Neste momento, as pessoas que o acompanham devem procurar ficar próximas e
em silencio.

• Aceitação: a pessoa espera a evolução natural de sua doença. Poderá ter alguma esperança de
sobreviver, mas não ha angustia e sim paz e tranqüilidade. Procura terminar o que deixou pela
metade, fazer suas despedidas e se preparar para morrer.

CUIDADOS/PREPARO COM O CORPO APÓS A MORTE

97
Consiste no cuidado dispensado ao corpo após a constatação médica do óbito. O atendimento deve ser
realizado de forma respeitosa, silenciosa e com discrição.

Finalidades

 Manter o corpo limpo e identificado


 Evitar odores e saída de excreções e sangue
 Dispor o corpo em posição adequada, antes da rigidez cadavérica

Tipos

 Definido = quando a causa morte é conhecida, neste caso podemos realizar o tamponamento
 Mal definido = quando a causa morte é desconhecida ou quando o paciente faleceu em menos
de 24 h da sua entrada no hospital, neste caso o corpo é encaminhado para o Serviço de
Verificação de Óbito (SVO), não se faz tamponamento
 Morte violenta = quando são óbitos decorrentes de acidentes, agressões, suicídios e outros,
neste caso o corpo é encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), não se faz
tamponamento

Obs: A necropsia só pode ser iniciada 6h após diagnóstico do óbito, salvo se for evidente a morte.

Rigidez cadavérica

 É um processo que é percebido 1,5 a 2 h após a morte, não é um tempo fixo, acontece devido
os músculos não receberem oxigênio
Aparecimento: Rosto → cervical → tórax → abdômen → membros superiores → membros inferior

 De cinco a oito horas, a rigidez está em seu auge. Enquanto isto se inicia a putrefação, e a
flacidez começa a se instalar
Desaparecimento: Membros inferiores→ membros superiores→ abdômen→ tórax→ cervical→ rosto

Tipos de tamponamento

 Tradicional = uso de algodão tampando todos os orifícios do corpo


 Egípcio = pingar vela no umbigo do óbito (sem conhecimento da definição científica)

Material

 Material para higiene corporal s/n


 Algodão/ Gazes
 Pinça Cherron
 Atadura de crepe
 Esparadrapo
 Luvas de procedimento
 Biombo
 Etiqueta de identificação ou Aviso de óbito
 Maca de transporte sem colchão
 Cobertura de óbito

Técnica

98
 Leve todo material para o quarto
 Providencie ambiente privativo (cerque o leito com biombo)
 Desligue todos os aparelhos e feche todos os soros
 Calce as luvas de procedimento
 Coloque o corpo em posição horizontal e retire o travesseiro
 Retire os cateteres, drenos e cânulas, faça curativo se necessário
 Remova curativos e refaça se necessário
 Proceda a higienização do corpo se necessário
 Feche as pálpebras com tiras finas de esparadrapo
 Tampone os orifícios e cavidades com algodão seco montado na pinça Cherron (nariz, ouvido,
boca, ânus e vagina; no homem o prepúcio deve sobrepor a glande e amarrar com gaze)
 Recoloque próteses dentárias e sustente a mandíbula com atadura crepe, amarrando no alto
da cabeça, ou corte uma fita larga de esparadrapo, faça um ‘Y’ com a mesma e fixe da seguinte
forma a parte larga no queixo e as outras partes cortadas trançadas no nariz em direção a testa
 Una as mãos (não cruzar os dedos) sobre o tórax e amarre com atadura de crepe; junte os pés
(não cruzar as pernas) e amarre com atadura de crepe
 Fixe a etiqueta ou o aviso de óbito no tórax
 Coloque o corpo dentro da cobertura de óbito e coloque outra etiqueta ou aviso de óbito
grudado na cobertura
 Coloque o corpo encima da maca, com cuidado e encaminhe ao necrotério/morgue
 Recomponha a unidade para que seja iniciada a terminal do quarto ou leito
 Proceda a anotação de enfermagem no prontuário

Observações importantes

 O aviso de óbito deve ser preenchido pelo enfermeiro do setor em 6 vias (2 no corpo, 1 no
prontuário, 1 para a zeladoria, 1 para a recepção, 1 para a Assistente Social), que deverá conter
as seguintes informações: leito, nome completo do paciente, nº do RG hospitalar, data e hora
do óbito, nome do médico que constatou o óbito e assinatura/carimbo do enfermeiro. Em
algumas Instituições é enviado um aviso de óbito para o Serviço de Nutrição e Dietética
 Quem solicita a presença da família no hospital é a Assistente Social, quem comunica o óbito
para a família é o Médico com ou sem a presença do Enfermeiro (em algumas Instituições é
autorizado o enfermeiro a comunicar o óbito para a família). Em algumas Instituições não tem
Assistente Social nos fins de semana, quem solicita a presença da família é o enfermeiro ou a
encarregada da recepção
 Quem preenche e assina o Atestado de Óbito ou Encaminhamento do corpo para SVO/IML é o
médico
 Nunca devemos comunicar ou confirmar óbito por telefone
 Todos os pertences do paciente devem ser relacionados e entregue para a família (não
esquecer de solicitar à família que assine o Rol de Valores, este deverá ser colocado no
prontuário do paciente)

MEDICAÇÃO
99
A administração de medicamentos é um dos procedimentos mais importantes da assistência de
enfermagem, uma vez que, pela atuação segura e responsável dos profissionais de enfermagem, a
terapêutica definida pelo médico gera efeito desejado. É fundamental que o profissional de
enfermagem esteja consciente de que na administração de medicamentos há implicações éticas e legais,
portanto, exige dele cuidados muito maiores quanto à interpretação correta da prescrição médica,
fidedignidade na execução da técnica, observação e atuação ágil nas possíveis reações que o paciente
possa apresentar.

CUIDADOS GERAIS na ADMINISTRAÇÃO de MEDICAMENTOS

1. Lavar sempre as mãos antes de iniciar o preparo da medicação


2. Anotar com atenção o nome do paciente, quarto, leito, via de administração, horário,
medicamento e dose (fita adesiva ou fita crepe ou etiqueta)
3. Ao preparar a medicação ler três vezes o rótulo:
 Antes de retirá-lo do recipiente
 Antes de colocar no copinho descartável ou aspirar na seringa
 Antes de recolocar no armário ou desprezar
4. Certificar-se e respeitar os “dez certos” da administração de medicamentos:
 Paciente certo
 Medicamento certo
 Dose certa
 Via certa
 Hora certa
 Método certo
 Abordagem certa
 Data da validade certa
 Diluição certa
 Calculo certo
5. A administração de medicamentos não prescritos somente é permitida em casos de
urgência e com o conhecimento/autorização do enfermeiro
6. A medicação só deverá ser checada após a sua administração, pois corremos o risco do
paciente recusá-la
7. Um círculo em volta do horário significa que a medicação não foi administrada, devemos
justificar na anotação de enfermagem o motivo pelo qual a medicação não foi
administrada
8. Verificar se o medicamento está disponível na unidade; caso contrário, solicitá-lo a
escrituraria ou à farmácia
9. Ler o rótulo do medicamento, observando seu prazo de validade, cor, aspecto e dosagem
10. Não administrar drogas com rótulos ilegível, sujo e duvidoso ou sem invólucros
11. O medicamento só deve ser administrado pela pessoa que o preparou (exceto nos casos de
protocolos institucionais)
12. Evitar conversas que impeçam a concentração e induzam a erros

100
13. Qualquer dúvida sobre o medicamento solicitar orientação do enfermeiro ou consultar o
Dicionário de Especialidades Farmacêuticas/DEF
14. Qualquer dúvida sobre o procedimento solicitar orientação do enfermeiro
15. Certificar-se das indicações de controle hídrico, jejum e suspensão dos medicamentos
16. Conferir se existem antecedentes de alergias ou outros tipos de reações e não administrar
o medicamento, comunicar ao enfermeiro e ao médico
17. Cada Instituição tem o seu horário padrão para administração de medicamentos. As cores
das canetas normalmente são: azul/preta para o diurno e vermelho para o noturno
18. Qualquer intercorrências durante e após administração de medicamentos deve ser
anotado e comunicado ao enfermeiro do setor e ao médico

DISPOSITIVOS para PREPARO e ADMINISTRAÇÃO de MEDICAMENTOS

Descrição Materiais

Pilão/Macerador: recipiente de porcelana para


macerar medicamentos

Copo: recipiente de plástico, descartável, onde


colocamos medicamentos

Frascos: recipiente plástico, descartável, onde


estão acondicionados soluções denominadas
soros

Equipos: dispositivos plásticos com válvula


reguladora para administrar soluções parenterais

101
Bureta: dispositivo plástico com um reservatório e
válvula reguladora para preparar e administrar
soluções parenterais

Seringas: dispositivos graduados (1,3,5,10 e 20 ml


ou cc), que podem ser de plástico, vidro ou metal,
servem para preparar e administrar soluções
parenterais

Agulhas: dispositivos com o canhão colorido e


cânula de metal de vários calibres, para preparo e
administração de medicamentos enterais e
parenterais

QUALIDADE

Qualidade do Ambiente: ter uma boa iluminação (luz natural ou fluorescente) e uma boa ventilação
(janelas e portas). Não jogar restos ou espuma de medicamentos no ar é uma forma de preservar a boa
qualidade do ambiente e sua saúde.

Qualidade de Higiene: limpeza do ambiente; asseio corporal de quem está atendendo, vestuário e
calçados limpos.

Qualidade no Atendimento: atendimento qualificado, com respeito (humanizado).

LOCAIS PARA DESCARTAR MATERIAIS

Descarpak: Recipientes para desprezar materiais perfuro-cortantes podem ser de papelão ou plástico.

Sacos plásticos grossos, brancos leitosos e Sacos plásticos pretos: Desprezar resíduos sólidos e
resistentes, com simbologia de lixo infectante: líquidos ou semi-líquidos, tais como: papéis,
Desprezar resíduos sólidos e líquidos ou semi- fraldas, absorventes, papel higiênico, comida,
líquidos, tais como: seringas, equipos, bolsas de copos plásticos e outros. Colocados em banheiros,
sangue, algodão sujo de sangue, luvas de cozinha, recepção, escritórios e outros
procedimentos e estéril e outros. Colocados nos
postos de enfermagem, banco de sangue,
laboratório e outros

102
VIAS de ADMINISTRAÇÃO

VIA / LOCAL TÉCNICA

Via Oral (VO): administração de medicamentos Materiais


pela boca para serem absorvidos pelo trato
gastrintestinal. Pode ser utilizada somente em • Macerador s/n
pacientes conscientes, capazes de deglutir, ou • Seringa 20 ml s/n
através de cateteres naso/orogástrico ou • Copinho descartável
nasoenteral ou gastrostomia, em pacientes com • Medicamento prescrito (comprimido,
dificuldade de deglutição e inconscientes: neste gotas, xarope ou outros)
caso, os medicamentos deverão ser macerados e • Copo grande com água
diluídos. • Etiqueta ou Fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a prescrição
• Identifique o copinho com a etiqueta
• Prepare a medicação no copinho direto
ou utilizando antes o macerador
• Leve em uma bandeja até o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Entregue o copinho com o medicamento
e o copo com água para o paciente
• Espere ele deglutir o medicamento
• Coloque o paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Lave as mãos e cheque a medicação

OBS: Caso o paciente seja portador de cateter


enteral/gástrico a medicação deve ser macerada,
diluída e administrada desta forma: aspire o
medicamento diluído na seringa de 20 ml, conecte
na ponta do cateter e administre o medicamento,
após aspire água na seringa e lave o cateter

Via Sublingual (SL): administração de Materiais


medicamento sob a língua para obter efeito
imediato • Medicamento prescrito
• Copinho descartável
• Luvas de procedimento
• Etiqueta ou Fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a prescrição
• Identifique o copinho com a etiqueta
• Prepare o medicamento no copinho
• Leve a bandeja com o medicamento até

103
o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Entregue o copinho com o medicamento
e oriente-o a colocar embaixo da língua
e não mastigá-lo
• Coloque o paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Lave as mãos e cheque a medicação

OBS: Caso o paciente não consiga colocar a


medicação sob a língua, calce as luvas, solicite a
ele que coloque a língua no céu da boca e coloque
o comprido sob a língua do paciente

Via Ocular (VOc): aplicação de colírios ou Materiais


pomadas oftálmicos no tratamento de doenças
oculares e para auxiliar no exame oftalmológico • Medicamento prescrito
• Luvas de procedimento
• Gaze ou lenço de papel
• Etiqueta ou fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a medicação
• Identifique o frasco ou a bisnaga do
medicamento com a etiqueta
• Leve a bandeja com o medicamento e os
outros materiais até o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Coloque o paciente sentado ou deitado
• Solicite ao paciente que incline a cabeça
para trás
• Calce as luvas
• Afaste com os dedos a pálpebra inferior e
com auxilio da gaze ou lenço, exponha o
fórnix inferior
• Solicite ao paciente que olha para cima
• Na aplicação de colírio: remova o conta-
gotas e pingue o número de gotas
prescritas, seque o excesso da medicação
com um lenço de papel ou gaze
• Na aplicação de pomada: aplique uma
fina camada de pomada em toda a
extensão do fórnix inferior, limpe o
excesso da medicação com um lenço de
papel ou gaze
• Coloque o paciente em posição

104
confortável e recomponha a unidade
• Retire as luvas, lave as mãos e cheque a
prescrição

OBS: Medicação oftalmológica é de uso individual,


mas não devemos tocar a ponta do conta-gotas
ou da bisnaga na conjuntiva do paciente

Via Auricular (VA): instilação de medicamentos no Materiais


canal auditivo, visando à remoção de cerume e
auxílio no tratamento de doenças específicas da • Medicamento prescrito
orelha • Etiqueta ou fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a medicação
• Identifique o frasco do medicamento
com a etiqueta
• Leve a bandeja com o medicamento até
o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Coloque o paciente sentado ou deitado
• Solicite para que o paciente incline a
cabeça lateralmente
• Na aplicação em adulto: puxe
suavemente o lóbulo, para cima e para
trás, e pingue a quantidade de gotas
prescrita, sem tocar o conta-gotas no
paciente
• Na aplicação em crianças: puxe
suavemente o lóbulo, para baixo e para
trás, e pingue a quantidade de gotas
prescrita, em tocar o conta-gotas no
paciente
• Coloque o paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Lave as mãos e cheque a prescrição

Via Nasal (VN): instilação de medicamentos nas Materiais


fossas nasais para auxiliar no tratamento de
doenças inflamatórias e/o infecciosas das vias • Medicamento prescrito
aéreas superiores • Lenço de papel
• Luvas de procedimento
• Etiqueta ou fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a medicação
• Identifique o frasco do medicamento

105
com a etiqueta
• Leve a bandeja com o medicamento até
o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Solicite ao paciente para que limpe as
narinas com o lenço de papel
• Coloque o paciente sentado ou eleve a
cabeceira da cama
• Peça para inclinar a cabeça para trás
• Calce as luvas
• Comprima suavemente uma narina e
pingue as gotas prescritas, peça ao
paciente para inspirar; comprima
suavemente a outra narina e pingue as
gotas prescritas; seque o buço do
paciente
• Coloque o paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Lave as mãos e cheque a prescrição

Via Retal (VR): aplicação de medicamento na Materiais


cavidade retal através do ânus com a finalidade de
produzir efeito local ou sistêmico • Medicamento prescrito
• Luvas de procedimento
• Biombo
• Papel higiênico
• Comadre ou fralda s/n
• Etiqueta ou fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a medicação
• Leve a bandeja com o medicamento até
o paciente
• Oriente o paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados do paciente
• Isole o leito com o biombo
• Coloque o paciente em posição de Sims
esquerdo
• Calce as luvas
• Separe as nádegas
• Introduza o medicamento, conforme a
prescrição ou orientação do enfermeiro
• Solicite ao paciente para contrair o ânus
• Coloque o paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Retire as luvas, lave as mãos e cheque a
prescrição

106
Via Vaginal (VV): consiste na aplicação de Materiais
medicamentos na cavidade vaginal para auxiliar
no tratamento de doenças ginecológicas • Medicamento prescrito com aplicador
vaginal
• Luvas de procedimento
• Absorvente higiênico ou fralda
• Biombo
• Etiqueta ou fita de identificação

Técnica

• Lave as mãos
• Confira a medicação
• Leve a bandeja com o medicamento até a
paciente
• Oriente a paciente e confira os dados da
etiqueta com os dados da paciente
• Isole o leito com biombo
• Coloque a paciente em posição
ginecológica
• Calce as luvas
• Separe os grandes lábios e introduza no
canal vaginal o aplicador com o
medicamento
• Retire o aplicador e solicite à paciente
que permaneça deitada por 15 minutos
• Coloque o absorvente higiênico ou a
fralda na paciente
• Coloque a paciente em posição
confortável e recomponha a unidade
• Retire as luvas, lave as mãos e cheque a
prescrição

OBS: O medicamento ginecológico e o aplicador


são de uso individual.

Via Transdérmica (VT): são adesivos aplicados à Materiais


pele, liberam o medicamento constantemente e
de forma controlada, diretamente para dentro da • Medicamento prescrito
corrente sangüínea, para efeito sistêmico • Luvas de procedimento
prolongado.
Técnica

• Lavar as mãos
• Calçar as luvas
• Abrir a embalagem e remover o adesivo
• Aplicar o adesivo em uma área seca e
sem pelos
• Retire as luvas, lave as mãos
• Cheque a prescrição

107
Via Parenteral: em seu sentido amplo refere-se à Veremos a Técnica de Parenteral abaixo.
administração de substâncias por vias injetáveis.
No seu usual é a administração do medicamento
através de injeção que consiste na introdução de
uma droga em tecido ou órgão, por meio de
pressão utilizando-se para isso seringa e agulha.
As vias parenterais são: INTRADÉRMICA (ID);
SUBCUTÂNEA (SC); INTRAMUSCULAR (IM) e
INTRAVENOSA ou ENDOVENOSA (IV ou EV)

TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DOS MATERIAS PARA MEDICAÇÕES PARENTERAIS

A. PARTES DA AGULHA E DA SERINGA

AGULHA

A. Bisel
B. Cânula
C. Canhão SERINGA
A. Bico Luer Lok (rosqueável)
B. Escala
C. Flange
D. Anel de retenção
E. Cilindro ou Corpo
F. Bico Luer (pressão)
G. Rolha de borracha
H. Êmbolo
I. Haste
J. Base
B. TÉCNICA PARA ABRIR SERINGAS e AGULHAS
 Pegue a seringa, procure na embalagem as bordas separadas, isto é da base para o bico, deixe a
seringa dentro da embalagem apoiada em uma superfície lisa (bancada ou bandeja)
 Pegue a agulha, procure na embalagem as bordas separadas, isto é do canhão para o bisel,
encaixe a agulha na seringa e reserve-as, deixando-as dentro da embalagem da seringa para
protegê-las

108
NUNCA DEVEMOS REENCAPAR A AGULHA E NEM TÃO POUCO RETIRA-LA DA SERINGA APÓS ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÕES EM VIAS PARENTERAIS

C. TÉCNICA PARA PREPARAÇÃO DE INJEÇÕES

Materiais

 Seringa e Agulha
 Algodão e álcool
 Medicamento prescrito
 Água destilada ou diluente próprio do medicamento

Preparação a partir de um frasco (vial) • No rótulo do frasco, verifique o nome da


droga e se a droga está dentro da
validade
• Calcule o número de ml que irão ser
necessários
• Monte a seringa e a agulha, sem tocar na
agulha nem na ponta da seringa
• Remova a capa de proteção do frasco
• Limpe a membrana de borracha do
frasco com álcool
• Coloque ar na seringa, na mesma
quantidade da droga que vai usar
• Remova a capa de proteção da agulha
• Insira a agulha através da membrana de
borracha do frasco
• Vire o frasco ao contrário injete o ar no
frasco
• Lentamente, encha a seringa com a
quantidade de droga desejada,
mantendo o frasco e a seringa na vertical
• Faça com que qualquer bolha de ar,
presente no interior da seringa, seja
movida para o topo da seringa e expulse-
a. Tenha cuidado para expelir todo o ar
• Retire a agulha do frasco e volte a
colocar a capa protetora na agulha

OBS: Quando a droga não forma na forma líquida


aspire na seringa diluente e dissolva o soluto da
droga

Preparação a partir de uma ampola de vidro • No rótulo da ampola, verifique o nome da

109
droga e se a droga está dentro da
validade
• Calcule o número de ml  que irão ser
necessários
• Monte a seringa e a agulha, sem tocar na
agulha nem na ponta da seringa
• Retire o fluido que se encontrar no topo
da ampola
• Parta o topo da ampola pela marca.
Tenha cuidado para não se cortar, use
algodão ou gaze para proteger a tampa
da ampola.
• Remova a capa de proteção da agulha
• Insira a agulha na ampola e encha a
seringa com a droga
• Volte a colocar a capa de proteção na
agulha
• Faça com que qualquer bolha de ar,
presente no interior da seringa, seja
movida para o topo da seringa e expulse-
a. Tenha cuidado para expelir todo o ar

Preparação a partir de uma ampola plástica • Na etiqueta da vial, verifique o nome da


droga e se a droga está dentro da
validade
• Calcule o número de ml  que irão ser
necessários
• Desenrosque o topo da ampola. Não
toque na abertura
• Retire a seringa da embalagem. Não
toque na ponta da seringa
• Coloque ar na seringa, na mesma
quantidade da droga que vai usar
• Monte a seringa com a ampola (neste
caso, a agulha não é usada, somente se
necessário)
• Injete o ar na ampola
• Vire a ampola ao contrário
• Encha a seringa com a quantidade de
droga desejada
• Faça com que qualquer bolha de ar,
presente no interior da seringa, seja
movida para o topo da seringa e
expulse-a. Tenha cuidado para expelir
todo o ar
• Separe a seringa e a ampola. Coloque a
agulha com a capa de proteção na
seringa

110
POSIÇÕES DA AGULHA

VIAS de ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL

VIAS e OUTROS TÉCNICA


Via Intradérmica (ID): administração de Materiais
medicamentos na derme, seu efeito é mais lento
que em outras vias de aplicação parenteral • Medicamento prescrito
• Seringa de 1ml
• Agulha na dimensão indicada
• Bolas de algodão secas
• Luvas de procedimentos

Técnica

• Lave as mãos
• Prepare o medicamento, observando os
princípios de assepsia
• Oriente o paciente e coloque-o em
posição confortável
• Calce as luvas
Indicações • Coloque o antebraço sobre o suporte,
posicionando sua face ventral para cima
• Reações de hipersensibilidade PPB • Distenda levemente a pele da face
Tuberculose e Schick-Difteria interna do antebraço, com a ajuda dos
• Avaliação de sensibilidade alérgica dedos polegar e indicador; os demais
• Imunização – vacina BCG (Bacilo de dedos devem ficar embaixo do
Calmette Guérin) antebraço, proporcionando maior
firmeza para facilitar a penetração da
Áreas de aplicação agulha
• Introduza a agulha paralelamente à pele
• Face ventral do antebraço • Injete a medicação observando a
• Região escapular formação de uma pápula (0,1 A 1,0 ML)
• Área de inserção inferior do músculo e retire a agulha com movimento único
deltóide do braço direito e rápido
(internacionalmente BCG) • Não massageie o local. Caso ocorra
pequeno sangramento, comprima
Posição da agulha suavemente com a bola de algodão seca
• Despreze a seringa com a agulha em
• Introduza a agulha paralelamente à pele ou recipiente de material perfuro cortante
e as luvas no lixo

111
• Mantenha a unidade em ordem
numa angulação máxima de 15 graus, com • Lave as mãos e cheque a medicação na
o bisel para cima prescrição

Observação importante: A anti-sepsia do local da


intradérmica é realizada com água se sabão, pois o
álcool pode alterar os resultados da leitura

Possíveis complicações

• Reações orgânicas por intolerância à


solução injetada
• Ulceração com necrose tecidual local, por
administração de medicamentos contra-
indicados por essa via
• Lesão da derme por rápida introdução do
medicamento
• Sangramento, dor, prurido e desconforto

Via Subcutânea ou hipodérmica (SC): administração Materiais


de medicamentos no tecido subcutâneo. Permite a
introdução de pequenas quantidades de  Medicamento prescrito
medicamentos, no máximo 2 ml, desde que sejam  Seringa 1ml
substâncias de fácil absorção e não irritantes do  Agulha 13x4,5
tecido. Via de absorção lenta, contínua e segura.  Agulhas 40x12 ou 30x8 (para aspiração)
 Bolas de algodão seca e umedecida com
álcool
 Luvas de procedimentos

Técnica

 Lave as mãos
 Prepare o medicamento, observando os
princípios de assepsia
 Explique o procedimento ao paciente
Indicações
 Escolha o local de aplicação, posicione o
paciente e exponha a área apenas o
• Hormônios (adrenalina e insulina)
necessário
• Vacinas anti-rábica e Tríplice viral
 Calce as luvas
(sarampo, caxumba e rubéola)
 Faça a anti-sepsia da pele com algodão
• Anticoagulantes (heparina e clexane)
umedecido em álcool, utilize
movimentos únicos em um só sentido
Áreas de aplicação
 Segure a área em torno do local de
aplicação com os dedos polegar e
 Região Peri umbilical
indicador da mão não dominante,
 Face externa posterior do braço
fazendo a prega cutânea que
 Região dorso glútea
proporciona melhor fixação da pele
 Face externa da coxa
 Introduza a agulha num ângulo entre 45
e 90 graus, dependendo do paciente e

112
calibre da agulha
 Mantenha a prega e tracione o êmbolo
(aspirar) para certificar-se que não foi
puncionado nenhum vaso sangüíneo
 Caso haja retorno de sangue, retire,
troque a agulha e reinicie o
procedimento
 Se não houver sangue, introduza o
Posição da agulha medicamento lentamente
 Retire a agulha num movimento firme e
Utilizar ângulo de 90 ou 45 graus dependendo do seguro e faça uma leve compressão
tamanho da agulha e da espessura do tecido sobre o local, não massageie
subcutâneo (gordura)  Despreze a seringa com a agulha em
recipiente de material perfuro cortante
Observação importante: Faça rodízio das áreas de e as luvas no lixo
aplicações repetidas, para evitar a lipodistrofia  Mantenha a unidade em ordem
(atrofia e hipertrofia do tecido subcutâneo)  Lave as mãos e cheque a medicação na
prescrição
Possíveis complicações

Lesão de nervos, acompanhada de dor

Embolia provocada por lesão de vasos sangüíneos

Ulceração ou necrose tecidual após administração


de medicamentos contra-indicados para essa via

Formação de nódulos em decorrência de aplicações


repetidas no mesmo local
Via Intramuscular (IM): administração de soluções Materiais
medicamentosas no tecido muscular
 Medicamento prescrito
Indicações  Seringa de 3 ou 5 ml
 Agulha 40x12 ou 30x8 (aspiração)
 Para administração de substâncias  Agulha 30x7 ou 25x7 ou 30x8
irritantes (aplicadas sempre (aplicação)
profundamente no músculo)  Bolas de algodão seca e umedecida com
 Introdução de substâncias de difícil álcool
absorção, como metais pesados,  Luvas de procedimento
medicamentos oleosos e demais
substâncias consideradas consistentes Técnica
 Aplicação de maior volume de soluções
(volume igual ou inferior a 5 ml)  Lave as mãos
 Administração de substâncias que precisam  Prepare o medicamento, observando
ser absorvidas mais rapidamente que pelas os princípios de assepsia
vias intradérmica e subcutânea  Explique o procedimento ao paciente
 Escolha o local de aplicação e posicione
Áreas de aplicação o paciente e exponha a área apenas o
necessário

113
 Calce as luvas
 Região deltoideana (músculo deltóide)  Faça a anti-sepsia da pele com algodão
 Região glútea (músculo grande glúteo) umedecido com álcool
 Região ventroglútea/Hochstettter  Mantenha o algodão entre os dedos
(músculos médio e pequeno glúteo) mínimo e anular da mão que vai expor
 Região anterolateral da coxa (músculo a região do músculo
vasto lateral)  Distenda a pele do local de aplicação
com os dedos indicador e polegar,
Posição da agulha mantendo o músculo firme
 Introduza a agulha no local e solte a
 Utilizar um ângulo de 90 graus para regiões musculatura (prega muscular)
deotoideanas e glútea; e ângulo de 45  Aspire lentamente o êmbolo para
graus para região da face ântero lateral da certificar-se de que não foi puncionado
coxa, posicionando a agulha de forma que nenhum vaso sangüíneo
fique inclinada em direção podálica  Introduza o medicamento lentamente,
empurrando o êmbolo com a mão
Dimensões da agulha oposta à que segura à seringa
 Retire a agulha com um único
 Para adultos: com bom desenvolvimento movimento
muscular = 30x6 ou 30x7 ou 30x8; com  Comprima o local de aplicação com o
pouco desenvolvimento muscular = 25x7 algodão e faça massagens leves e
ou 25x8 circulares
 Para crianças: com bom desenvolvimento  Despreze a seringa com a agulha em
muscular = 25x6 ou 25x7; com pouco recipiente de material perfuro cortante
desenvolvimento muscular = 20x6 ou 20x7 e as luvas no lixo
 Mantenha o ambiente em ordem
Observação importante: Não se deve massagear  Lave as mãos e cheque a medicação na
após administração de medicações oleosas; Se ao prescrição
aspirar vier sangue ou obstruir, retire
cuidadosamente a agulha e troque-a, inicie
novamente o procedimento

Possíveis complicações

 Lesão de nervos, acompanhada de dor


 Embolia provocada por lesão de vasos
sangüíneos
 Ulceração ou necrose tecidual por
administração de medicamentos contra-
indicados para essa via
 Formação de nódulos em decorrência de
aplicações repetidas no mesmo local
 Abscessos por aplicação errada ou
contaminação do material

Descrição das regiões

DELTOIDEANA = O volume máximo a ser introduzido


é de 3ml com a angulação da agulha perpendicular à
pele(90º), não devendo ser utilizado várias

114
aplicações consecutivas, devido à massa muscular
ser relativamente pequena.

A delimitação deverá ser feita marcando quatro


dedos abaixo do final do ombro e no ponto médio
no sentido da largura (ao nível da axila), 3 a 3,5 cm
acima da margem inferior do deltóide.

Desvantagens

 Região de grande sensibilidade local


 Não permite que seja injetado grande
volume
 Não pode ser utilizado para injeções
consecutivas e com substâncias irritantes,
pois pode causar abscessos e necrose
 Não deve ser usada para crianças com
idade de 0 a 10 anos.

GLÚTEA = Indicada quando tiver a necessidade de se


administrar 3 a 5 ml. Um dado anatômico
importante é o nervo ciático, fundamental para a
motricidade dos membros inferiores.

A área é estabelecida traçando-se um eixo


imaginário horizontal com origem na saliência mais
proeminente da região sacra, e outro eixo vertical,
originando na tuberosidade isquiática, cuja linha de
conexão fica paralela ao trajeto do nervo ciático. A
injeção é aplicada no quadrante látero-superior
externo

115
Desvantagem

 Não é indicada para crianças menores de 2


anos, pois nesta faixa etária a região dorso
glútea é composta de tecido adiposo e há
somente um pequeno volume de massa
muscular, a qual se desenvolve,
posteriormente, com a locomoção,
podendo por isso ser usada quando a
criança já anda há um ano ou
mais,geralmente na idade de 2 a 3 anos. E
ainda, pela inquietação da criança há maior
probabilidade de uma angulação
inadequada da agulha, aumentando o risco
de lesão neural.

VENTROGLUTEA / HOCHSTETTER = É a região mais


indicada por estar livre de estruturas anatômicas
importantes. É constituída pelos músculos glúteos
médio e mínimo de espessura muscular grande
(média de 4cm). Não apresenta vasos sangüíneos ou
nervos significativos(área servida por pequenos
nervos e ramificações vasculares).

O posicionamento dos feixes musculares previne o


deslizamento do medicamento em direção ao nervo
ciático. Esta região é assinada colocando a mão
esquerda no quadril direito do paciente e vice-versa;
aplica-se a injeção no centro do triângulo formado
pelos dedos indicador e médio quando o primeiro é
colocado na espinha ilíaca antero-superior e o
segundo na crista ilíaca. Esta é uma região indicada
para qualquer faixa etária

116
Desvantagens

 Paciente vê a administração da injeção o


que pode torná-lo apreensivo

 Resistência, por parte dos profissionais, às


mudanças, devido à insegurança ou pelo
apego às técnicas tradicionais.

ANTERO LATERAL DA COXA = Local seguro por ser


livre de vasos sangüíneos ou nervos importantes nas
proximidades. Os grandes vasos e nervos percorrem
a região póstero-medial dos membros inferiores.
Apresenta grande massa muscular. Extensa área de
aplicação, podendo receber injeções repetidas.
Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou
crianças chorosas. É de fácil acesso, tanto para o
profissional, como para o próprio paciente que dela
poderá utilizar-se sozinho.

O local é identificado dividindo-se a área entre o


joelho e o grande trocanter em terços. A injeção é
aplicada na face lateral do terço médio. Determina-
se o local respeitando a distância de 12 cm abaixo do
trocanter maior e 9 e 12 cm acima do joelho. A
aplicação é feita entre a linha média e a linha média
anterior da coxa.

Desvantagens

 Pessoas com lesão do nervo femoral


cutâneo e contratura do quadríceps
femoral.

117
MATERIAIS PARA PUNÇÃO VENOSA

Agulha: 25x7 ou 25x8 ou 30x7

Scalp: 19 (amarelo ou bege); 21(verde); 23 (azul);


25 (laranja) ou 27 (cinza)

Jelco/Gelco: 14 (laranja); 16 (cinza); 18 (verde); 20


(rosa); 22 (azul) ou 24 (amarelo)

Torneirinha ou Dânula

Polifix 2 ou mais vias

118
REGIÕES PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

Região dos membros superiores

Mão - Veias marginais (Basílica e Cefálica)

Rede do dorso da mão (metacarpianas dorsais)

Região dos membros superiores

Antebraço - Veia cefálica, veia cefálica acessória,


veia basílica e veia intermediária do antebraço

Braço – Veia basílica e veia cefálica

Região cefálica e cervical - muito utilizada em


pediatria.

OBS: Podemos também puncionar veias nos membros inferiores (região dorsal e lateral do pé e nas
pernas), somente se o paciente/cliente não estiver andando e devemos nos atentar para não
confundirmos varizes com veia, pois varizes não se pode puncionar.

VIA e OUTROS TÉCNICA


Via Intravenosa ou Endovenosa (IV ou EV): Materiais
introdução de soluções medicamentosas
diretamente na corrente sangüínea, podendo  Dispositivo venoso (scalp ou jelco/gelco)
ser periférica e/ou central  Garrote
 Micropore ou esparadrapo
Vantagens  Bolas de algodão umedecidas com álcool
 Luvas de procedimento
 É a via mais rápida em relação à
 Dispositivo auxiliar (torneirinha/dânula ou
absorção de medicamentos
polifix)
 Permite a administração de grandes
volumes de líquidos em pequeno Técnica
espaço de tempo
 Permite administrar drogas que seriam

119
contra-indicadas pelas demais vias  Lave as mãos
parenterais e pela via oral, por serem  Leve a bandeja até o quarto do paciente
irritantes ou por sofrerem ações dos  Oriente o paciente e coloque-o em posição
sucos gástricos confortável
 Permite a administração de  Escolha o local da punção
medicamentos por longos períodos em  Coloque o garrote no membro que vai ser
tratamentos prolongados puncionado, mais ou menos de 4 a 10 cm
acima do local de inserção do dispositivo
Cateter Venoso Periférico: Punção venosa de
venoso
veias dos membros superiores e inferiores,
 Calce as luvas
realizada por profissionais da área da saúde
 Faça a anti-sepsia ampla do local com
(enfermeiros, técnicos, auxiliares e médicos)
algodão umedecido em álcool, utilize
habilitados.
movimentos unidirecional que vão de cima
Cateter intravenoso periférico de curta para baixo
permanência (scalp ou butterfly): são agulhas de  Introduza totalmente o dispositivo
aço curtas com asas de plástico. São fáceis de escolhido, com o bisel voltado para cima
introduzir mas, por serem pequenas e não  Deixe o sangue fluir, no caso do scalp
maleáveis, infiltram facilmente. Utilizadas para  Solte o garrote
administração de drogas em seringas, soros em  Conecte a seringa ou o polifix/torneirinha na
pequenos volumes ou em infusões rápidas. extremidade externa do dispositivo
 Administre a medicação
 Retire o dispositivo com movimento único,
se for para medicação em “bolus”
 Recomponha a unidade
 Retire as luvas, lave as mãos e cheque a
medicação

Cateter intravenoso periférico de longa


permanência (jelco): São cateteres de plástico
introduzidos sobre agulhas de aço. A introdução
requer a etapa adicional de progredir o cateter
no interior da veia após a punção venosa. Com
relação ao scalp tem uma probabilidade menor
de infiltração. Tempo de permanência 72 horas.

120
Possíveis complicações

 Necrose tecidual local, devido à


administração de substâncias irritantes
fora da veia
 Dor e edema provocados por
introdução rápida e extravasamento de
substâncias aplicadas
 Embolias por infusão de ar e
medicamentos oleosos
 Flebite = inflamação da parede das
veias
 Tromboflebites = alteração da veia
associada à formação de coágulo na
veia inflamada
 Reações pirogênicas = reações febris
que podem ser causadas por proteínas
estranhas, presentes na solução
administrada ou no material usado
 Hematomas = rompimento de uma
veia com extravasamento de sangue

Observações importantes

 O scalp deve ser escolhido quando a


medicação a ser administrada é em
“bolus” ou quando o soro vai correr em
fase rápida
 O jelco/gelco deve ser escolhido
quando houver necessidade de
administração de medicamentos de
longa permanência (soroterapia) ou
quando ele permanecerá salinizado
 O polifix ou torneirinha/dânula só deve
ser usado para administração de
medicamentos de longa permanência
(soroterapia ou quando o acesso
permanecerá salinizado)
 O dispositivo deverá ser fixado quando
ele for permanecer para tratamento de
longa permanência
 Toda a punção deverá ser trocada a
cada 72 horas
 A administração com agulhas deve ser
evitada, risco de rompimento do
acesso venoso (movimentação brusca
do paciente)
 A medicação para administração
endovenosa pode ser preparada em
seringa ou em soro, devemos observar

121
a prescrição médica
 Quando formos administrar a
medicação não devemos esquecer de
soltar o garrote; quando formos
coletar material (sangue) o membro
deverá permanecer garroteado, para
facilitar a coleta

Cateter Venoso Central: Punção realizada em


rede venosa central, técnica realizada somente
por médicos habilitados e devidamente
treinados.

Cateteres Totalmente Implantados

 Cateter venoso central de longa


permanência (Port): implantação
subcutânea, composto de reservatório
plástico, com bordas palpáveis ao
exame clínico, contendo em sua parte
central um amplo septo de membrana
de silicone com 12,5 mm de diâmetro,
que permite múltiplas punções com
agulhas especiais. Procedimento
cirúrgico. Principalmente utilizados
para tratamentos quimioterápicos,
administração mais segura das drogas,
evitando extravasamentos, destruição
tecidual e necrose.

Diferenças quanto ao tempo de permanência:

 Curta: cateteres produzidos em


poliuretano ou PVC e não possuidores
de barreira bacteriana, devem ficar
implantados em um prazo máximo de
15 dias.

 Longa: cateteres produzidos em


silicone e possuidores de barreira
bacteriana, não possuem prazo para
sua retirada.

122
Cateteres semi implantados

Cateter central de curta permanência


(Intracath): utilizado em terapias venosas em
pacientes críticos que necessitem de infusão
múltipla de soluções parenterais e mensuração
de pressão venosa central. Principal local de
inserção é veia subclávia e jugular interna,
localização do cateter em veia cava superior.
Tempo de permanência de 15 dias depende da
rotina.

subclávia

Jugular

123
Cateter central de curta permanência:
(Flebotomia): secção e inserção de cateter em
uma veia periférica.

Cateter central de longa permanência (PICC):


Cateter Central de Inserção Periférica, é
inserido para ser locado em terço médio de veia
cava superior através de acesso pela veia
cefálica ou basílica, cateter longo de
aproximadamente 30 a 60 cm de comprimento,
progressão do cateter através da anatomia
vascular, após retirada do introdutor,
confeccionado em silicone, apresenta modelos
de 01 a 02 lúmens e com válvulas anti-refluxo
de sangue.

Indicações

 Verificação da pressão venosa central


(PVC)
 Administração de medicamentos
irritantes ou vesicantes
(quimioterápicos)
 Administração de soluções com

124
hiperosmolaridade (NPP)
 Administração de drogas vasoativas
(dopamina, dobutamina,
noradrenalina)
 Dificuldade de acesso venoso
periférico

Retirada do cateter venoso central (médico ou


enfermeiro)

 O paciente deve estar posicionado em


decúbito dorsal horizontal;
 Retirar cuidadosamente o curativo;
 Realizar a anti-sepsia;
 Cortar soltando as fixações dos pontos
cirúrgicos;
 As via(s) de infusão deverão estar
totalmente pinçadas;
 Retirar o cateter venoso central;
 O orifício da inserção do cateter
venoso central deve ser rapidamente
fechado, com curativo oclusivo devido
ao risco de embolia aérea.

ATENÇÃO: Via Parenteral = alimentação (NPP) ou medicação administarda por via injetável (EV ou IV
periférica ou central), a nutrição é preparada em farmácia de manipulação, também são vias parenterais
a IM, SC e ID. Via Enteral = alimentação ou medicação administrada por cateteres naso/orogástrico;
nasoenteral; gastrostomia/jejunostomia, a nutrição é preparada pelo Serviço de Nutrição e Dietética.

COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA EXAMES LABORATORIAIS

Indicação

 Coleta de sangue a ser enviada ao laboratório para análise clínica, com o objetivo de verificar
causas patológicas e moléstias infecciosas (diagnóstico).

Observações importantes

 Verifique a indicação da coleta, o tipo de exame a ser realizado e a necessidade de jejum


 Utilize a técnica asséptica durante o procedimento
 Verifique o volume a ser coletado e preencha a etiqueta de identificação do frasco
 Colete primeiro nos tubos com anticoagulantes, quando houver a necessidade de obter
diversas amostras de sangue do mesmo paciente

Técnica Técnica

125
Sistema seringa e agulha/scalp Sistema Vacutainer

 Monte a seringa e a agulha ou scalp  Abra a embalagem da agulha até expor o


 Calce as luvas canhão especial com a rosca. Não retire o
 Coloque o garrote, faça a anti-sepsia do protetor da agulha
local, puncione a veia e aspire o volume  Atarraxe a agulha no suporte até ficar
de sangue necessário firme
 Solte o garrote, comprima o local da  Dê uma ligeira batida no tubo com
punção com algodão seco e retire a aditivos, para desalojar qualquer resíduo
agulha que possa estar preso em volta da rolha
 Coloque o sangue nos frascos, deixando  Introduza o tubo coletor na superfície,
o líquido escorrer pela parede interna do em direção à agulha
tubo  Não perfure a rolha de borracha
 Movimente levemente o tubo quando  Coloque o garrote
tiver anticoagulante, não agite  Calce as luvas
 Recomponha a unidade e o paciente  Faça a anti-sepsia do local, retire o
 Retire as luvas, lave as mãos e anote no protetor da agulha e puncione a veia
prontuário  Mantenha o braço do paciente
 Encaminhe as amostras ao laboratório ligeiramente inclinado para baixo e a
rolha do tubo para cima
 Pressione a rolha do tubo; continue
pressionando até o final do suporte com
o polegar e segurando a falange do
suporte com os dedos
 Solte o garrote assim que o sangue
começar a fluir no tubo
 Não permita que o conteúdo do tubo
entre em contato com a rolha
 Retire o tubo do suporte assim que o
vácuo esgotar-se e o sangue parar de
fluir, mantendo a agulha no paciente
 Introduza o segundo tubo, se houver
necessidade de coletar outras amostras
 Vire levemente os tubos já cheios para
misturar ao anticoagulante; não agite, as
oscilações bruscas podem ocasionar a
hemólise
 Terminada a coleta, retire a agulha e
pressione o local da punção com algodão
seco
 Recomponha a unidade e o paciente
 Desatarraxe a agulha do suporte e
despreze-a
 Retire as luvas, lave as mãos e anote no
prontuário
 Encaminhe as amostras ao laboratório

126
TRANSFUSÃO SANGUINEA

A transfusão de sangue é uma prática médica que consiste na transferência de sangue ou de um


componente sanguíneo de uma pessoa (o doador) para outra (o receptor). É um tipo de terapia que tem
se mostrado muito eficaz em situações de choque, hemorragias ou doenças sanguíneas.
Frequentemente usa-se transfusão em intervenções cirúrgicas, traumatismos, hemorragias digestivas ou
em outros casos em que tenha havido grande perda de sangue.

O sangue é composto basicamente por:

→ 45% de elementos figurados (células): Hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e
plaquetas.
→ 55% de plasma (substância intercelular).

127
Hemácias/glóbulos vermelhos (Concentrado de hemácias): tem como função realizar a respiração
celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que
por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias e destruir hemácias velhas.

Plaquetas: são fragmentos de células da medula óssea, tem como função realizar a coagulação
sangüínea.

Plasma sanguíneo: é o componente líquido do sangue, no qual as células sanguíneas estão suspensas. O
plasma é um líquido de cor amarelada e é o maior componente do sangue, compondo cerca de 82% de
seu volume total, tem por função transportar de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias.

Crioprecipitado: é a concentração precipitada a frio do fator VIII, o fator anti-hemofílico (AHF).

Ao ser prescrito e solicitado em impresso próprio pelo médico a transfusão sanguínea ou


hemoderivados devemos coletar amostras (1 tubo roxo e 1 tubo seco) de sangue para serem enviadas
ao banco de sangue para ser verificada a tipagem e o fator Rh do paciente.

Técnica

 Verifique a bolsa de sangue se esta devidamente lacrada e identificada

 Verifique antes de conectar o equipo se a etiqueta de identificação da bolsa é do paciente que


receberá o sangue

 Antes de administrar verifique e anote os sinais vitais do paciente, qualquer alteração


comunique ao enfermeiro do setor

 Conecte o equipo de sangue a bolsa e tire o ar do equipo

 Calce as luvas de procedimento

 Conecte o equipo ao acesso venoso

 Abra o equipo lentamente iniciando o gotejamento, após 15 minutos de infusão verifique e


anote os sinais vitais

128
 Observe rigorosamente o paciente por 30 minutos

 Ao término da infusão lave o acesso venoso, verifique e anote os sinais vitais

Observações importante

 Caso o paciente apresente temperatura corporal elevada não se deve instalar o sangue ou
hemoderivados, comunicar ao médico.

 Se o paciente apresentar reação (febre, tremores, calafrios, queixas algicas, náuseas, vômitos)
no inicio da infusão, suspenda a infusão, retire o acesso venoso, puncione outra veia e chame o
enfermeiro e médico, faça a anotação no prontuário.

 Em caso de reação não despreze a bolsa a mesma deve ser encaminhada ao banco de sangue
para analise.

 A transfusão não deve ocorrer em menos de 1 h e nem superior a 2 h, salvo se prescrito pelo
médico.

 Instruir a equipe de enfermagem do andar para não infundir nenhum tipo de medicamento
concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica 9%).

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130
ABREVIATURAS e TERMINOLOGIAS (somente para leitura)

Prefixo Prefixo
ADENO = glândula MACRO = amplo, grande, mega
ALGIA = dor MEGALIA = indicado ao aumento de volume
ANGI = vaso MICRO = pequeno
ANTE = anterior MIO = relativo aos músculos
ÂNTERO = para frente, da frente NASO = relativo ao nariz
ANTI = contra, oposição NEFRO = relativo aos rins
ARTRO = articulação NEO = novo
BLÉFARO = pálpebra NORMO = normal
BRADI = lentidão, vagarosidade OLIGO = pouco, diminuição
CARDI = relativo ao coração OMA = tumor
CELE = hérnia, cavidade OOFOR = relativo ao ovário
CENTESE = punção ORO = relativo à boca
CÉRVICO = relativo ao pescoço ORQUIS = relativo aos testículos
CÍSTICO = relativo à bexiga OSCOPIA = visualização instrumental
COLE = relativo à bile OSTEO = relativo ao osso
COLPO = relativo à vagina PERI = em torno de, ao redor de
DERMO = relativo à pele, cutâneo PEXIA = fixação
ECTOMIA = relativo à corte (retirada) PLASTIA = reconstrução plástica
ESPLENO = relativo ao baço POLI = idéia de vários
GASTRO = relativo ao estomago PÓSTERO = relativo à posterior, atrás de
GEMIA = gênese, geração RETRO = atrás de
GLICO = doce RRAFIA = sutura
HEMATO = relativo a sangue SALPINGO = relativo à tuba uterina
HEMI = meio, metade SEMI = metade
HIPER = excesso SINU = expressão que denota seio
HIPO = deficiência STOMIA = fazer uma nova boca
HISTERO = relativo ao útero TAQUI = rápido, veloz
INFRA = inferior, abaixo de TETRA = quatro
INTER = entre, no meio TOMIA = incisão, corte de parede (abertura)
INTRA = dentro URO = corresponde ao sistema urinário
ITE = inflamação
SISTEMA RESPIRATÓRIO

O2 = Oxigênio RA = Ruídos adventícios


BCP = Broncopneumonia
CO2 = Dióxido de carbono P = Pressão RPM = Respiração por minuto
CI = Capacidade inspiratória PEEP = Pressão término expiratória R = respiração
positiva
CV = Capacidade vital PCO2 = Pressão parcial de dióxido de SARA = Síndrome da angustia
carbono respiratória do adulto
CPT = Capacidade pulmonar total PO2 = Pressão parcial de oxigênio TB = Tuberculose
CRF = Capacidade residual funcional PAO2 = Pressão parcial de oxigênio VAS = vias aéreas superiores
alveolar
DPOC = Doença pulmonar obstrutiva PaCO2 = Pressão parcial de dióxido de VC = Volume corrente
crônica carbono alveolar
EOT = Entubação orotraqueal PaO2 = Pressão parcial de oxigênio VRI = Volume inspiratório de reserva
arterial
EAP = Edema agudo pulmonar PVO2 = Pressão parcial de oxigênio VRE = Volume expiratório de reserva
venoso
IVAS = Infecção das vias aéreas PVCO2 = Pressão parcial de dióxido de VR = Volume residual
superiores carbono venoso
MV = Murmúrio vesicular TEP = Trombo embolismo pulmonar
 Aerofagia = penetração de ar no estômago  Expectoração = expulsão de secreção das vias
respiratórias

 Anoxia = deficiência de oxigênio nos tecidos  Estertorosa = respiração ruidosa

 Apnéia = parada de movimentos respiratórios  Eupnéia = respiração normal

 Asfixia = suspensão da respiração  Hemoptise = hemorragia proveniente dos pulmões;

131
escarro com sangue

 Bradpnéia = respiração lenta  Hemotórax = derrame sangüíneo no interior do


tórax

 Bronquiectasia = dilatação dos brônquios e  Hiperpnéia = respiração acelerada


bronquíolos

 Bronquiolite = inflamação dos bronquíolos  Ortopnéia = respiração difícil que obriga o doente a
sentar-se

 Bronquite = inflamação do revestimento externo  Pneumonia = inflamação do tecido pulmonar


dos brônquios

 Cianose = coloração azul da pele por oxigenação  Pneumonite = inflamação aguda dos pulmões
insuficiente do sangue

 Dispnéia = dificuldade em respirar  Pneumotórax = acúmulo de gases na cavidade


pleural

 Enfisema = infiltração de ar no tecido de órgãos  Taquipnéia = respiração acelerada

 Epistaxe = sangramento nasal

SISTEMA DIGESTÓRIO

HDB = Hemorragia digestiva baixa


ATM = Articulação temporomandibular
CA = Circunferência abdominal NPP = Nutrição parenteral prolongada
CNG = Cateter nasogástrico NPT = Nutrição parenteral total
CNE = Cateter nasoenteral RHA = Ruído hidroaéreo
COG = Cateter orogástrico SNG = Sonda nasogástrica
DTM = Distúrbio temporomandibular SNO = Sonda orogástrica
EDA = Endoscopia digestiva alta SNE = Sonda nasoentérico
EED = Esôfago estômago endoscopia SND = Serviço de nutrição e dietética
FMI = Fixação mandibular interna TGI = Trato gastrointestinal
HDA = Hemorragia digestiva alta GI = Gastrointestinal
 Afagia = impossibilidade de deglutir  Evisceração = saída de vísceras de sua situação
normal

 Anorexia = falta de apetite  Flatulência = distensão dos intestinos pelo acúmulo


de fezes e gazes

 Azia = queimação gástrica  Gastralgia = dor no estômago

 Bilioso = transtornos causados por excesso de bile  Halitose = cheiro anormal do hálito

 Bulimia = apetite exagerado seguido de estimulação  Hematêmese = vômito com sangue


de vômito

 Cólica = dor intestinal ou em outra víscera do  Hiperêmese = vômitos excessivos ou incoercíveis


abdômen

 Constipação = retenção de fezes ou evacuação  Inapetência = anorexia; falta de apetite


insuficiente

 Coprólito = massa endurecida de matéria fecal no  Melena = hemorragia pelo ânus em forma de borra
intestino de café; fezes com sangue

 Desidratação = diminuição anormal dos tecidos do  Náusea = vontade de vomitar

132
organismo

 Diarréia = evacuação intestinal freqüente  Pirose = azia

 Disfagia = dificuldade de deglutição  Plenitude gástrica = sensação de estufamento

 Distensão = estiramento de alguma fibra muscular,  Polidipsia sede intensa


entumecimento ou expansão

 Êmese = ato de vomitar  Regurgitação = volta de comida do estômago à


boca

 Enteralgia = dor intestinal  Sialorréia = salivação excessiva

 Enterorragia = hemorragia no ou em parte do  Sialosquiese = salivação deficiente (boca seca)


intestino

 Eventração = hérnia do intestino na parede  Tricofagia = come cabelo/Fitofagia = come mato


abdominal

SISTEMA NERVOSO

EMG = Eletromiografia
AVC = Acidente vascular cerebral
AVE = Acidente vascular encefálico EEB = Encefalopatia espongiforme bovina (mal da vaca louca)
AVCI = Acidente vascular cerebral isquêmico EAL = Esclerose amiotrófica lateral
AVEI = Acidente encefálico isquêmico EM = Esclerose múltipla
AVCH = Acidente vascular hemorrágico LCR = Líquido cefalorraquidiano
ACEH = Acidente vascular encefálico hemorrágico LCE = Líquido cérebro espinhal
AIT/TIA = Acidente isquêmico transitório LRM = Lesão raquimedular
CIT = Crise isquêmica transitória MAV = Má formação congênita
DVE = Derivação ventricular externa NDC = Nível de consciência
DVP = Derivação ventricular peritoneal PIC = Pressão intra craniana
DH = Doença de Huntington PPC = Pressão de perfusão cerebral
DCJ = Doença de Creutzfeldt Jakob SNC = Sistema nervoso central
DAF = Doença de Alzheimer familial TRM = Trauma raquimedular
EEG = Eletroencefalograma TCE = Trauma crânio-encefálico
 Alucinação = erro mental na percepção dos  Hipoestesia = diminuição da sensibilidade
sentidos, não fundado numa realidade objetiva

 Aneurisma = dilatação da parede das artérias, ou  Hipotonia = tonicidade muscular diminuída


veias que contêm sangue circulante

 Apalestesia = perda do sentido das vibrações  Lipotimia = tontura

 Astasia = incoordenação motora que torna  Obnubilação = incoerência das idéias


impossível ao paciente permanecer em pé

 Coma = estado de sono profundo com perdas da  Paralisia = diminuição ou desaparecimento da


sensibilidade, motilidade e consciência sensibilidade e movimentos

 Convulsão = contração violenta ou série de  Paraplegia = paralisia da parte inferior do corpo


contrações de músculos voluntários, mas
independente da vontade

 Diplegia = paralisia bilateral  Paresia = paralisia incompleta, parcial

 Ecopraxia = repetição dos movimentos ou  Parestesia = alteração da sensibilidade; desordem


maneirismo de outra pessoa nervosa, com sensações anormais

133
 Estupor = estado de embotamento da sensibilidade  Quadriplegia = paralisia dos dois braços e das duas
e de consciência; mutismo sem perda da percepção pernas
sensorial

 Hemicrania = enxaqueca, dor em metade do crânio  Reflexo = contração muscular; resposta involuntária
a um estímulo

 Hemiparesia = fraqueza muscular em um lado do  Síncope = desfalecimento; perda súbita dos


corpo sentidos

 Hemiplegia = paralisia da metade do corpo  Tetraplegia = paralisia dos membros superiores e


inferiores

 Hiperalgesia = excesso de sensibilidade à dor  Torpor = estado de inatividade física e mental que
não chega ao sono; ausência de resposta a
estímulos comuns

 Hipersonia = sonolência excessiva

SISTEMA TEGUMENTAR

 Acne = doença inflamatória das glândulas sebáceas  Flictema = pequena bolha cheia de líquido, vesícula

 Acromia = ausência de cor normal  Impedigo = dermatose caracterizada pelo


aparecimento de vesículas/pústulas de vários
tamanhos, agrupadas ou isoladas

 Brotoeja = erupção cutânea com prurido  Mácula = mancha rósea na pele, sem elevação

 Cloasma = manchas escuras na pele  Nódulo = uma área elevada pequena, sólida e
palpável

 Dermatite = inflamação da pele  Pápula = elevação eruptiva da pele, pequena e


circunscrita, que geral termina por descamação

 Dermatose = doença da pele  Pediculose = piolho

 Equimose = extravasamento do sangue no tecido  Petéquias = pequena mancha de pele, de cor


subcutâneo vermelha ou púrpura

 Eritema = vermelhidão patológica da pele  Prurido = coceira

 Erupção na pele = vermelhidão da pele com  Pústula = elevação cutânea pequena e cheia de pus
vesículas

 Escabiose = sarna  Quelóide = excesso de tecido conjuntivo na cicatriz,


que fica exuberante

 Esclerodermia = afecção cutânea com  Úlcera = necrose gradual do tecido, com perda de
endurecimento da pele substância

 Esclerose = endurecimento patológico de tecidos  Urticária = doença que apresenta erupção súbita de
ou vasos; perda de elasticidade placas na pele com forte prurido

 Eutrófulo = dermatose benigna  Varicela = catapora

134
 Exantema = qualquer erupção cutânea  Vesícula = elevação cheia de líquido seroso

 Fissura = abertura ou sulco superficial, fenda; 


ulceração da mucosa

ÓRGÃOS dos SENTIDOS

 Ablepsia = cegueira  Diplopia = visão dupla

 Acuidade = percepção normal dos órgãos dos  Dislalia = distúrbio da fala, caracterizado pela
sentidos dificuldade de articular as palavras

 Afagia = impossibilidade de deglutir  Estrabismo = falta de orientação dos eixos visuais

 Afasia = perda da palavra falada, por lesão dos  Hemeralopia = cegueira noturna
centros cerebrais

 Afonia = perda ou diminuição da voz  Midríase = dilatação anormal da pupila

 Ambliopia = diminuição da acuidade visual  Miopia = visão deficiente a longa distância

 Aniridia = ausência ou falha da íris  Miose = diminuição da pupila

 Anisocoria = desigualdade do diâmetro pupilar  Nictalopia = cegueira noturna

 Anodontia = ausência dos dentes  Otite = inflamação do ouvido

 Anosmia = diminuição ou perda completa do olfato  Ptialismo = hipersecreção salivar

 Aposia/Adipsia = ausência de sede  Ptose palpebral = queda da pálpebra

 Aptialismo = deficiência ou ausência de saliva  Queratite = inflação da córnea

 Blefarite = inflamação das pálpebras  Retinite = inflamação da retina

 Conjuntivite = inflamação das conjuntivas  Sialorréia = salivação excessiva

SISTEMA LOCOMOTOR

MSD/E = Membro superior direito / esquerdo


LCA = Ligamento cruzado lateral
MMSS = Membros superiores MID/E = Membro inferior direito / esquerdo
MMII = Membros inferiores RAFI = Redução aberta com fixação interna
 Acinesia = impossibilidade de movimentos  Artralgia = dor na articulação
voluntários, paralisia; lentidão dos movimentos ou
paralisia parcial

 Adactilia = ausência dos dedos  Artrite = inflamação dos tecidos das articulações

 Agrafia = não conseguir escrever  Ataxia = falta de coordenação dos movimentos; não

135
coordena os músculos e a locomoção

 Ambidestro = habilidade em usar as duas mãos  Osteomielite = inflamação da medula óssea

 Ancilose = imobilidade de uma articulação  Prótese = substituição de um órgão ou parte


natural por dispositivo artificial

 Anfiantrose = articulação que pouco se movimenta

SISTEMA URINÁRIO

IRC = Insuficiência renal crônica


CVD = Cateter vesical demora
CVA = Cateter vesical alivio IRA =Insuficiência renal aguda
CAPD = Diálise peritoneal ambulatorial continua ITU = Infecção do trato urinário
CCPD = Diálise peritoneal cíclica continua RTU = Ressecção transuretral
CAVHD = Hemodiálise arteriovenosa continua RTUP = Ressecção transuretral de próstata
CVVHD = Hemodiálise venosa continua SVD = Sonda vesical demora
CAVH = Hemofiltração arteriovenosa continua SVA =Sonda vesical alivio
CVVH = Hemofiltração venovenosa continua
 Albuminúria = presença de albumina na urina  Litíase = formação de cálculos

 Anúria = ausência da eliminação urinária  Micção = expulsão de urina da bexiga pela uretra;
ato de urinar

 Blenúria = presença de muco na urina  Nictúria = micção excessiva durante a noite

 Cistite = inflamação da bexiga  Oligúria = diminuição da freqüência urinária

 Cistocele = hérnia da bexiga  Piúria = presença de pus na urina

 Colúria = presença de bilirrubina ou bílis na urina  Polaciúria = eliminação urinária freqüente

 Disúria = micção difícil e dolorosa  Poliúria = excessiva eliminação urinária

 Diurese = volume urinário coletado  Retenção urinária = incapacidade de eliminar a


urina

 Enurese = incontinência urinária geralmente  Uretrite = inflamação ou infecção da uretra


noturna

 Hematúria = presença de sangue na urina 

SISTEMA CIRCULATÓRIO/HEMATOLÓGICO

IM = Infarto do miocárdio
AV = Átrio ventricular
BPM = Batimentos por minuto IAM = Infarto agudo do miocárdio
CID = Coagulopatia intravascular disseminada LMA = Leucemia mielóide aguda
DC = Débito cardíaco LMC = Leucemia mielóide crônica
ECA = Enzima conversora de angiotencina LLA = Leucemia linfocítica aguda
FC = Freqüência cardíaca PA = Pressão arterial
HAS = Hipertensão arterial sistêmica PAM = Pressão arterial média
HB = Hemoglobina PVC = Pressão venosa central
HT =Hematócrito P = Pulso

136
IC = Insuficiência cardíaca RCP = Ressuscitação cardio pulmonar
ICO = Insuficiência cardíaca obstrutiva RM = Revascularização do miocárdio
ICC = Insuficiência cardíaca congestiva TVP = Trombose venosa profunda
 Angina do peito = caracteriza-se pela dor constritiva  Embolia = formação de êmbolos e obstrução de
intensa irradiada para o braço E, provocada por vaso por substâncias sólidas
isquemia do miocárdio

 Angioma = tumor de vaso  Fibrilação = arritmia atrial que ocorre com


freqüência rápida e desordenada

 Aortite = inflamação da aorta  Flebosclerose = esclorose das veias

 Arritmia = falta de ritmo cardíaco  Infarto = necrose das células de determinado tecido
por falta de nutrientes, causada pela oclusão de
vasos, pode ocorrer rupturas

 Arteriosclerose = endurecimento e perda da  Taquicardia = aceleração das pulsações cardíacas


elasticidade das artérias

 Aterosclerose = interrupção da circulação arterial  Taquisfigmia = pulso fino e taquicárdico


causada pela presença de grumos de gorduras
(ateromas)

 Bradicardia = pulsação lenta do coração  Trombose = coagulação do sangue nos vasos


sanguíneos do indivíduo vivo

 Cardiografia = registro dos movimentos normais e  Vasoconstrição = contração dos vasos, com
patológicos do coração estreitamento do seu canal ou luz

 Cardiomegalia = aumento do coração  Vasodilatação = dilatação dos vasos sangüíneos

 Cardiopatia = doença do coração  Valvolopatia = doença das valvas cardíacas

 Cardite = inflamação do coração  Veias varicosas = veias dilatadas em que as válvulas


funcionam mal

 Discrasia = alteração da composição do sangue

SISTEMA REPRODUTOR/OBSTETRÍCIA

HGSIL = Lesão intra-epitelial escamosa de alto grau


AEM = Auto exame da mama
BCF =Batimentos cardiofetais HPV = Papilomavírus humano
CEC = Curetagem endocervical IG = Idade gestacional
CIS = Carcinoma in situ LGSIL = Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau
CMP = Cervicite mucopurulenta PC = Parto cesárea
DIP = Doença inflamatória pélvica PF = Parto fórceps
DIU = Dispositivo intra-uterino PN = Parto normal
DPP = Data provável do parto RN = Recém nascido
DST = Doença sexualmente transmissível SPM = Síndrome pré menstrual
DHEG = Doença hipertensiva especifica da gravidez TPM =Tensão pré menstrual
DUM = Data da última menstruação TRH = Terapia de reposição hormonal
FIV = Fertilização in vitro UM = Última menstruação
HPB = Hiperplasia prostática benigna
 Abortar = interromper a gravidez  Fimose = estreitamento natural do prepúcio

 Abortivo = que provoca o aborto  Hipomenorréia = menstruação escassa

 Agalactia = ausência de leite na puérpera  Lóquios = sangramento pós-parto

137
 Amenorréia = ausência de menstruação  Mastectomia = retirada da mama

 Andropausa = diminuição progressiva das funções  Mastite = inflamação da mama


sexuais masculinas

 Apojadura = subida do leite à glândula mamária  Menarca = primeira menstruação

 Balanite = inflamação da glande  Menorréia = fluxo menstrual

 Balanopostite = inflamação da glande e do prepúcio  Metrorragia = hemorragia pelo útero; sangramento


fora do período menstrual

 Cervicite = inflamação do colo do útero  Mioma = tumor do miométrio

 Climatério = menopausa  Nidação = implantação do blastócito (embrião) na


mucosa uterino, no endométrio

 Dismenorréia = menstruação difícil e dolorosa  Ooforite = inflamação do ovário

 Endometrite = inflamação do endométrio  Orquite = inflamação dos testículos

 Escrotite = inflamação do escroto  Prostatite = inflamação da próstata

 Escrotocele = hérnia do escroto  Puérpera = mulher que acaba de parir

 Espermatite = inflamação do canal deferente  Salpingite = inflamação das tubas uterinas

 Espermatocele = cisto em uma parte do epidídimo  Xantorréia = corrimento vaginal amarelo, acre e
purulento

SISTEMA ENDÓCRINO

ACTH = Hormônio adrenocorticotropina LH = Hormônio luteinizante


ADH = Hormônio antidiurético NPH =Neutro protamina de Hagedorm
DM = Diabetes mellitus SIADH = Sínd. de sec. inadequada de hormônio antidiurético
DMID = Diabetes mellitus isulínico dependente T3 = Triiodotironina
DMNID = Diabetes mellitus não insulínico dependente T4 = Tiroxina
FSH = Hormônio folículo estimulante TSH = Hormônio tireoestimulante
INPH = Isulina neutra protamina de Hagedorm TRH = Terapia de reposição hormonal
IR = Insulina regular

138
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA

 CURSO DIDÁTICO DE ENFERMAGEM

PORTO, Andréa

Editora Yendis

 TÉCNICAS FUNDAMENTAIS DE ENFERMAGEM

MUSSI, Nair Miyamoto e outros

Editora Atheneu

 ENFERMAGEM FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE CUIDAR

AVELLO, Isabel M. Sancho e GRAU, Carme Ferré

Editora Difusão Cultural do Livro

 O HOSPITAL: MANUAL DO AMBIENTE HOSPITALAR

MOZACHI, Nelson

Editora Manual Real Ltda

 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM

KAWAMOTO, Emilia Emi e FORTES, Julia Ikeda

Editora Pedagógica e Universitária

 MANUAL DO TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM

LIMA, Idelmina Lopes de

Editora AB-Editora

139
 TERMINOLOGIA EM ENFERMAGEM

SANTOS, Maria Aparecida Modesto dos

Editora Martinari

 ABC SIMPLIFICADO DA ENFERMAGEM

ROSSETO, Carlos Eduardo e ROSSET, Maitê Augusta Corrêa Costa

Editora Pancast

 Pesquisa de FOTOS e FIGURAS na Internet/Google

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