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Psicologia Aplicada a

Enfermagem.

Aula 3.

PROF. ENF. EDNA MARIA.


ROTEIRO.

O paciente na UTI.
A criança e a hospitalização.
A morte e o morrer no contexto hospitalar e domiciliar.
O paciente na UTI.

 A Unidade de Terapia Intensiva é um setor hospitalar destinado ao


atendimento de pacientes graves, porém recuperáveis.
 É dotada de pessoal altamente qualificado, oferecendo uma assistência
contínua com o uso de aparelhos sofisticados capazes de manter a
sobrevida do paciente, exigindo de seus profissionais alto nível de
conhecimento.
O paciente na UTI.

 Embora o profissional de
enfermagem esteja absorvido
neste mundo tecnológico de
cabos, fios e condutores, atento a
cada alteração, não deve perder
de vista o foco principal de seu
trabalho: o cuidado ao paciente.
O paciente na UTI.

 A enfermagem, como profissão, tem o homem como seu centro


de preocupação; o ato de cuidar como seu marco referencial; a
crescente melhoria da qualidade de vida como meta de trabalho
e as áreas do conhecimento que privilegiam o ser humano como
domínio do seu saber.
O paciente na UTI.

 O cuidado é um processo, um modo de se relacionar


com alguém que envolve desenvolvimento e cresce em
confiança mútua, provocando uma profunda e qualitativa
transformação no relacionamento; é ajudar o outro a crescer e
se realizar.
O paciente na UTI.

 A Unidade de Terapia Intensiva surgiu da necessidade de


aperfeiçoamento material e humano para o atendimento a pacientes
críticos, e é considerada como um dos ambientes mais agressivos e
tensos do hospital. Esses fatores não atingem apenas o paciente, mas
também a equipe de enfermagem que presta cuidados intensivos nas 24
horas. 
O paciente na UTI.

 Caracterizam-se como ambientes tensos, locais onde a morte é uma


constante, os sentidos estão sempre aguçados e alertas para qualquer
intercorrência, de sono privado, de ruídos excessivos, de invasão de
privacidade, do grande fluxo de profissionais, da quase exclusão dos
familiares, da pouca comunicação, de cabos e fios intermináveis,
monitores e seus sonoros “bips”.
O paciente na UTI.

 Cuidar não é um ato único, nem mesmo a soma de


procedimentos técnicos ou qualidades humanas. Trata-se do
resultado de um processo em que se conjugam sentimentos,
valores, atitudes e princípios científicos, com a finalidade de
satisfazer os indivíduos nele envolvidos.
O paciente na UTI.

Embora a equipe de enfermagem preste atendimento de qualidade


quanto a técnicas e procedimentos, muitas vezes deixa a desejar
em relação ao atendimento humanizado, em consequência do que
a literatura retrata como falta de tempo, desmotivação,
acúmulo de atividades e falta de conscientização.
A criança e a hospitalização.

 A hospitalização é uma situação


essencialmente angustiante,
exigindo dos profissionais de
enfermagem a minimização do
sofrimento da criança e também
da família, elemento que se torna
essencial no cuidado integral.
Atendimento centrado na criança.

 Nesta abordagem, o foco passa a ser a criança, com o principal objetivo


de diminuir ao máximo possível condições de estresse que possam
ocasionar em repercussões psicológicas na criança proveniente da
hospitalização.
Atendimento centrado na criança.

 Incentiva-se a família na participação


dos cuidados gerais com a criança; a
área física dispõe de recreação e
permite a presença contínua
do acompanhante; são utilizadas
caracterizações infantis para cooperar
na adaptação da criança ao meio; a
tomada de decisões é mais
democrática e a família é mantida
sempre informada e atualizada frente
às modificações em condutas.
Atendimento centrado na criança.

 Atendimento centrado na criança e família: nesta abordagem, percebe-se


o cuidado como resultado da interação de fatores bio psíquicos,
socioculturais e ecológicos; tem como principal objetivo recuperar a
saúde da criança, evitando danos na internação hospitalar e estendendo
as ações à comunidade. 
Atendimento centrado na criança.

 A estimulação e o convívio da
família, criança e equipe de saúde
é representada na área física, a
família participa ativamente
do planejamento, execução e
avaliação do atendimento; as
decisões são tomadas por todos
os membros da equipe e família.
A morte e o morrer no contexto hospitalar e
domiciliar.
 O profissional de enfermagem lida com o tema da morte diariamente em
seu ambiente de trabalho e, por isso, necessita ter preparo para lidar com
o assunto. É preciso ter a consciência de que a morte deve ser encarada
como um acontecimento natural, e não como um fracasso pessoal .
A morte e o morrer no contexto hospitalar e
domiciliar.

A morte é um evento presente no cotidiano das pessoas e suscita sentimentos e

reações variadas.

Apesar de o homem possuir a consciência de que sua existência acontece dentro de

um ciclo, que se estende entre o nascimento e a morte.

O morrer, frequentemente, não é encarado como um processo natural e está rodeado

de mistérios e receios.
A morte e o morrer no contexto hospitalar
e domiciliar.

 Os estudos revelam que a morte, antes tratada em público, rodeada


pelos convives do moribundo, agora ganha a solidão dos hospitais, em
companhia de aparelhos e tubos que invadem o corpo do paciente.
 A mudança do ambiente domiciliar para o hospital, se dá pela dificuldade
das pessoas em lidar com a situação. Essa repulsa leva à procura do
adiamento da terminalidade.
A morte e o morrer no contexto
hospitalar e domiciliar.
  Há uma maior aceitação da sociedade em relação à morte de idosos ou
doentes crônicos. Semelhantemente, a valorização dos sujeitos
economicamente ativos. No entanto, há grande sofrimento quando se
tratam de pais de família, pacientes jovens com uma vida rentável e
crianças.
A morte e o morrer no contexto
hospitalar e domiciliar.

 O fim da vida nesses casos pode repercutir em disfunções no ciclo


de vida das pessoas envolvidas. Contudo, é através da vivencia do luto,
das perdas e sofrimento, que os seres humanos aprendem a conviver
com a morte.
Principais ações de enfermagem.

 Idealmente, uma vez que é identificado a proximidade com a fase final de


vida os pacientes devem ser mantidos em quartos individuais onde
familiares orientados sobre o processo possam ficar próximos.
 Visitas devem ser liberadas de acordo com o que foi estabelecido entre
familiares e desejo prévio do paciente.
Principais ações de enfermagem.

 O ambiente deve ser calmo, com pouco trânsito de pessoas e


as intervenções devem ser minimamente invasivas com objetivo de
manter o paciente confortável até o momento de partida.
Durante o óbito imediato.

 Objetivo: Acolher familiares e deixar o paciente em posição digna em um


ambiente calmo.
Durante o óbito imediato.

 A equipe médica deve constatar a morte;


 A comunicação da morte pode ser realizada pelo enfermeiro e deve ser
balizada de acordo com protocolo da instituição;
 Desligar aparelhos ou equipamentos que emitem sinais sonoros;
 Proteger a privacidade do paciente e familiares. Em quartos compartilhados
deve-se utilizar biombos e restringir o trânsito de pessoas neste momento;
 Pedir licença à família durante o manuseio do familiar que acabou de partir;
Durante o óbito imediato.

 Desconectar dispositivos que estejam em funcionamento durante o óbito (ex.: infusão de


medicações);
 Manter o silêncio e ambiente calmo;
 Acolher familiares, ofertar conforto;
 Posicionar o paciente em decúbito dorsal e braços posicionados ao lado do corpo, retirar
travesseiros e almofadas;
 Cobrir com um lençol até o ombro;
 Elevar levemente a cabeceira;
Durante o óbito imediato.

 Se necessário, colocar prótese dentária;


 Cerrar os olhos e fechar a boca (obs: se necessário posicionar um coxim
abaixo da mandíbula);
 Respeitar o momento da família se despedir;
 Perguntar se familiares querem um momento à sós com o paciente e
explicar a necessidade de cuidados de enfermagem após o momento de
despedida;
 Respeitar rituais religiosos e espiritualidade da família.
Preparo do corpo pós-óbito.

 Objetivo: deixar o corpo limpo e organizado, posicionado para


sepultamento.
Preparo do corpo pós-óbito.

 Comunicar familiares sobre a necessidade de preparar o corpo;


 Solicitar que aguardem do lado de fora do quarto;
 Orientar e esclarecer dúvidas;
 Se necessário, encaminhar ao serviço de assistência social para
orientações gerais;
 Questionar algum costume ou ritual que deva ser respeitado;
 Reunir material próximo ao paciente;
Preparo do corpo pós-óbito.

 Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);


 Seguir o protocolo institucional para o tamponamento, oclusão de orifícios e
drenagem de fluídos.
Retirar dispositivos e cateteres;
 Realizar curativos se necessários;
 Manter a aparência mais próximo do natural antes do enrijecimento cadavérico
(rigor mortis), decúbito dorsal, mãos juntas acima da região epigástrica e pés
juntos;
 Identificar o corpo de acordo com padrão da instituição;
Preparo do corpo pós-óbito.

 Cobrir com a proteção padrão da instituição (ex: lençol) para o trânsito


até lugar destinado. Desde que possível evitar o encaminhamento na
frente dos familiares;
 Retirar EPIs e higienizar as mãos;
 Materiais devem ser descartados ou encaminhados ao expurgo;
 Os pertences do paciente devem ser reunidos e entregues ao familiar
responsável.
Preparo do corpo pós-óbito.

 Realizar anotações de enfermagem: data e horário do óbito, detalhes


importantes, nome do médico que constatou o óbito, cuidados realizados,
horário de transferência, quem recebeu os pertences e intercorrências
que forem importantes;
 Solicitar limpeza terminal do leito.
IMPORTANTE !!!!

 Para aspectos práticos do cotidiano dos profissionais de enfermagem é


importante que cada instituição possua treinamentos e protocolos que
padronizem as ações durante o momento do óbito.
 Além disso, é importante lembrar que os profissionais de saúde não estão
imunes ao luto ou a dor da perda, sendo assim, recomenda-se que as
instituições possuam programas de suporte técnico e psicossocial aos
profissionais expostos diariamente a situações de sofrimento.
Meditação!!
Meditação!!
LISTO!!!

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