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Curso: CA, CF & CPA 3º Ano/ 1º Semestre

Disciplina: Contabilidade Pública CORRECÇÃO DO 2º TESTE Data: 01 de Junho de 2020


Docente: Jerónimo Uamba e Pedro Samissone Duração: 120 MINUTOS

Parte I [7,20 Valores]

Para cada um dos pontos seguintes, haverá uma alínea que melhor descreve e/ou se identifica com o processo descrito. Indique
para cada caso, pelo menos uma alínea que lhe parece mais apropriada às circunstâncias:

1. São objectivos do IPSASB servir ao interesse público pelo desenvolvimento de normas de alta qualidade para a
elaboração de demonstrações contabilísticas por entidades do sector público, através de:
a) Emitir e promover a aceitação e convergência internacional das Normas Internacionais de Contabilidade para
o Setor Público (IPSASs).
b) Desenvolver e emitir sob sua própria autoridade Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público
(IP- SASs).
c) Publicar outros documentos que oferecem orientações sobre temas e experiências na elaboração de
Demonstrações contabilísticas no sector público.
d) Alíneas “a” e “c”

2. De acordo com a NICSP 1, o activo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios, EXCEPTO:
a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da
entidade.
b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado.
c) tiver em montante valor negociável ou realizável de provisão para situações que superem o decurso normal do
ciclo operacional da entidade.
d) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço.
e) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante
pelo menos doze meses após a data do balanço.

3. De acordo com a NICSP 1 “ Na apresentação das Demonstrações Contabilísticas”, a entidade deve elaborar as suas
demonstrações utilizando-se do regime de competência, EXCETO para a
a) demonstração do Valor Adicionado.
b) demonstração dos Resultados Abrangentes.
c) demonstração dos Fluxos de Caixa.
d) demonstração de Origens e Aplicações de Recursos.
e) demonstração do Resultado do Período.

4. A demonstração contabilística tratada na IPSAS 1 e que não está contemplada na legislação das sociedades é a: 
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC.
b) Demonstração do Valor Adicionado – DVA
c) Demonstração do Resultado Abrangente – DRA.
d) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA. 
e) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL.

5. A adoção das IPSAS por organizações governamentais é considerada uma medida para melhorar tanto a qualidade
quanto a comparabilidade da informação financeira fornecida pelos organismos públicos, apenas quando:
a) baseado no regime Misto
b) baseado no regime de Caixa
c) baseado no acréscimo

1
d) baseado nos regimes de competência, caixa e compensão

6. No diz respeito a preparação das demonstrações financeiras é correcto afirmar que:


a) No regime de caixa, há convergência obrigatória com as IFRSs, exceptos em aspectos peculiares que incluem, o
Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa; e a
Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (activo líquido).
b) No regime de acréscimo, há convergência obrigatória com as IFRSs, exceptos em aspectos peculiares e incluirão,
o Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa; e a
Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido (activo líquido).
c) No regime de caixa, estimula-se a evidenciação voluntária informações baseadas no regime de acréscimo. A
demonstração contabilística fundamental será a Demonstração de Fluxos de Caixa.
d) no regime de acréscimo, estimula-se a evidenciação voluntária informações baseadas no regime de acréscimo. A
demonstração contabilística fundamental será a Demonstração de Fluxos de Caixa.
e) Alíneas “b” e “c”

 
7. Sobre uma entidade dos Sector Público Administrativo que está no processo adopção e consequente transição do
regime de caixa para o regime de competência, é incorrecto afirmar que:
a) As IPSASs baseadas no Regime de Caixa estimulam uma entidade a evidenciar voluntariamente informações
baseadas no regime de competência, ainda que suas demonstrações contabilísticas principais sejam preparadas de
acordo com o regime de caixa.
b) A qualquer momento uma entidade pode optar por adotar o regime de competência de acordo com as IPSASs.
c) Após a decisão por adoptar a contabilidade pelo regime de competência de acordo com as IPSASs, as
disposições transitórias não determinam o prazo disponível para fazer a transição.
d) Querendo, pode-se incluir evidenciações específicas baseadas no regime de competência durante esse processo,
sempre que as características da informação e de qualquer legislação ou regulamentos sobre a elaboração das
demonstrações em uma jurisdição o justificar.

8. Sobre a preparação a preparação e apresentação de demonstrações financeiras do Sector Público Administrativo, é


correcto afirmar:
a) Varia de jurisdição para jurisdição, pois uma jurisdição pode distinguir entre quem é responsável pela
elaboração das demonstrações financeiras e quem é responsável pela sua aprovação ou apresentação.
b) Pode-se distinguir entre quem é responsável pela elaboração das demonstrações financeiras e quem é responsável pela
sua aprovação ou apresentação, independentemente da jurisdição a que faz parte.
c) A responsabilidade pela preparação de demonstrações financeiras consolidadas do governo como um todo é
geralmente uma responsabilidade conjunta do departamento financeiro central e do ministério das finanças (ou
equivalente).
d) Alinea “a” e “c”

9. Um conjunto completo de demonstrações financeiras segundo as IPSAS 1 compreende:


a) Posição Financeira, Desempenho Financeiro, demonstração de alterações no capital próprio;
demonstração de fluxos de caixa; sempre que necessário uma comparação das quantias orçamentadas e reais,
através de uma demonstração financeira adicional separada, notas compreendendo um resumo das políticas
contabilísticas significativas e outras notas explicativas.
b) Balanço, demonstração dos resultados, demonstração de alterações no capital próprio, demonstração
de fluxos de caixa, uma comparação das quantias orçamentadas e previstas, através de uma demonstração financeira
adicional separada; e notas compreendendo um resumo das políticas contabilísticas significativas e outras notas
explicativas.
c) Balanço, Posição Financeira, demonstração de alterações no capital próprio; demonstração de fluxos
de caixa; sempre que necessário uma comparação das quantias orçamentadas e reais, através de uma demonstração
financeira adicional separada, notas compreendendo um resumo das políticas contabilísticas significativas e outras
notas explicativas.
d) Balanço, demonstração dos resultados, Demonstração do Resultado Abrangente, demonstração de
alterações no capital próprio, demonstração de fluxos de caixa, uma comparação das quantias orçamentadas e

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previstas, através de uma demonstração financeira adicional separada; e notas compreendendo um resumo das
políticas contabilísticas significativas e outras notas explicativas.

Parte II [12,80 Valores]

1. Distinga o Relatório Contas gerado com base na lei do Sistafe e o gerado com base nas IPSAs, tento em conta os mapas que
devem fazer parte de cada um dos relatórios. (2,0 valores)

Lei – Regime misto - Balanço Patrimonial, Balanco Financeiro, Balanço Orçamental, DVP

IPSAS – Competência – Balanço Patrimonial, DR, DFC, DVP…

2. Às regras uniformes a serem seguidas por todos os organismos na sua contabilidade dá-se o nome de
Princípios Contabilísticos. Entretanto, a aplicação destes princípios nos vários sectores da actividade
económica gera muitas controvérsias, sobretudo no sector público.

a) Identifique os princípios contabilísticos adoptados na contabilidade do sector público e


explique porque é que alguns princípios não são aplicáveis neste sector, sobretudo em
Moçambique. (2,0 valores)
Consistência – os procedimentos de um exercício para outro não devem ser alteradas.
Materialidade – a informação deve apresentar todos os elementos relevantes que permitam o acompanhamento da utilização
dos recursos públicos.
Comparabilidade – os registos e operações efectuados devem observar as normas determinadas ao longo da vida dos
respectivos órgãos ou instituições, para que os dados possam ser comparados ao longo do tempo e do espaço.
Oportunidade – a informação deve ser produzida em tempo oportuno e útil por forma a apoiar a tomada de decisões e a
análise de gestão.
Alguns princípios não são aplicáveis porque com a introdução no PBCP dá uma obrigação para que as DF’s na
Administração Pública reflictam uma “imagem verdadeira e apropriada” e por outro lado existe uma limitação na
necessidade de controlo da legalidade nas contas públicas, dando-se prioridade às disposições legais em relação a qualquer
outra norma contabilística; a “imagem fiel” só será possível se não houver incompatibilidades entre os princípios
contabilísticos e as disposições legais.

3. Classifique as operações efectuadas por uma certa entidade num dado exercício económico, indicando a respectiva conta
contabilística a luz do PBCP: (2,0 valores)

Valores em 10^3
Ord. Descrição
MT
1 Aquisição de bens móveis para UO 169,504.18
2 Reservas de reavaliação 5,660.36
3 Royalties 32,432.18
4 Diferenças cambiais favoráveis 11,100.60
5 Comércio em feiras e mercados sem lugar marcado 27,420.73
6 Material de cama banho e mesa 62,450.60
7 Assistência medica e medicamentosa 127,660.30
8 Resultado acumulado 44,250.70

Ord Conta Valores em 10^3


Descrição
. MT
1 6.1.3.1.1.02 Aquisição de bens móveis para UO 169,504.18
2 2.4.3.2.0.00 Reservas de reavaliação 5,660.36
3 4.1.1.1.9.05 Royalties 32,432.18
4 6.2.3.2.7.01 Diferenças cambiais favoráveis 11,100.60
5 4.1.1.4.1.09 Comércio em feiras e mercados sem lugar marcado 27,420.73
6 3.1.2.1.0.25 Material de cama banho e mesa 62,450.60

3
7 4.1.2.1.0.03 Assistência medica e medicamentosa 127,660.30
8 2.4.5.0.0.00 Resultado acumulado 44,250.70

4. Foi aprovado para o exercício económico “2019” um orçamento total em 24.375.000,00 contos de meticais, dos quais
57.62% correspondem as receitas correntes. Prevê-se que 13.45% do OE será coberto por doações para o desenvolvimento
de agricultura nas regiões Centro e Norte, e que o remanescente será coberto por um crédito bancário, lançados pelo total na
contabilidade.

Durante o mês Setembro verificaram-se as seguintes operações:


Dia 02 – Recebimento 7% de receitas correntes provenientes de IRPS.
Dia 04 – Reconhecimento de uma obrigação com aquisição de materiais bibliográficos no valor 4.175,18 Euros ao câmbio de
71MT.
Dia 06 – Depósitos a favor do Estado referentes a exploração da Reserva de Gorongosa, num total de 257,249.47MT.
Dia 19 – Pagamento de 367.49,25MT da factura referente as cerimónias alusivas a 100 anos de Eduardo Mondlane.
Dia 21 – Autorização para abertura de um crédito bancário no valor de 7.051.687,5MT, com o Moza Banco para
reabilitação de estrada.
Dia 23 – Pagamento da obrigação com a despesa do dia 4, ao câmbio de 67.5MT.
Dia 28 – Recebimento de doações no valor de 3.278.437,50 dos parceiros internacionais;
Dia 30 – Recebimentos referentes a IRPC num total de 1.352.521,50MT.

Pretende-se: Contabilização das operações de abertura e movimentos do mês de Maio no diário geral de acordo com o previsto
no PBCP. (6,80 valores)

4
Maputo, 01 de Janeiro de 2019
1 7.1.1.1.0.00 Receita a Realizar
Receita Corrente 14 044 875
Donativos 3 278 437
Empréstimos 7 051 688
a 8.1.1.1.0.00 Previsão inicial da Receita 24 375 000
P/ previsão Inicial da receita
--------------------------------//-------------------------------
----
2 7.2.1.1.0.00 Dotação Inicial 24 375 000
a 8.2.1.1.0.00 Dotação Disponível 24 375 000
P/ fixação Inicial da despesa
-------------------02 de Setembro de 2019------------
3 1.1.1.2.2.00 – Banco CUT 983 141
a 4.0.0.0.0.00 Receita Orçamentária
4.1.0.0.0.00 Receita de Correntes
4.1.1.1.1.02 IRPS 983 141
P/Recebimento de receita tributaria
-------------------------------//--------------------------------
----
4 7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR 983 141
a 8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras 983 141
P/ Disponibilidade por FR
-------------------------------//--------------------------------
----
5 7.1.1.2.1.00 – Receita Realizada 983 141
a 7.1.1.1.1.00 – Receita a Realizar 983 141
P/ Execução orçamentária da receita tributária
-------------------04 de Setembro de 2019------------
6 8.2.1.1.0.00 – Dotação Disponível 296 438
a 8.2.1.3.1.00 – Dotação Cabimentada a Liquidar 296 438
P/Cabimentação pra aquisição materiais
bibliográficos
-------------------06 de Setembro de 2019------------
7 1.1.1.2.2.00 – Banco CUT 257 249
a 4.0.0.0.0.00 Receita Orçamentária
4.1.0.0.0.00 Receita de Corrente
4.1.4.4.0.02 Parques e reservas nacionais 257 249
P/Contratação da receita tributaria
-------------------------------//--------------------------------
----
8 7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR 257 249
a 8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras 257 249
P/ Disponibilidade por FR
-------------------------------//--------------------------------
----
9 7.1.1.2.1.00 – Receita Realizada 257 249
a 7.1.1.1.1.00 – Receita a Realizar 257 249
P/ Execução orçamentária da receita tributaria
-------------------19 de Setembro de 2019------------
10 2.1.0.0.0.00 Passivo corrente
2.1.3.1.0.00 Fornecedores a pagar 367 493
a 1.1.1.2.2.00 – Banco CUT 367 493
P/ Pagt. Referente a Festividades homenagens e
premiação
----------------------------//-----------------------------------
------
11 8.2.1.3.2.00 – Dotação Cabimentada Liquidada 367 493
a 8.2.1.3.3.00 – Dotação Cabimentada Paga 367 493
P/ Pagt. Referente a Festividades homenagens e
premiação
-------------------------------//--------------------------------
------
12 8.2.4.1.2.01 – Cabimentos Liquidados 367 493
a 8.2.4.1.3.01 – Cabimentos Pagos 367 493
P/ Pagt. Referente a Festividades homenagens e
premiação
-------------------------------//--------------------------------
-------
13 8.3.2.0.0.00 – Disponibilidades Financeiras 367 493
a 7.3.2.1.0.00 – Disponibilidades por FR 367 493
P/ Disponibilidade por FR
-------------------23 de Setembro de 2019------------ 5
14 3.1.0.0.0.0 Despesa corrente
FIM

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