Você está na página 1de 47

Demonstração de

Fluxos de
Caixa
SÃO
DA SES
DIC E
ÍN

1. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Enquadramento normativo: IAS 7 e PGC

Classificação dos fluxos por actividades

Relato dos Fluxos de Caixa

- Método Directo

- Método Indirecto
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.1 APRESENTAÇÃO DA NORMA INTERNACIONAL

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PGC Nota Explicativa 21


IAS 7 - Demonstração de
IAS 7 - Demonstração de fluxos de caixa
fluxos de caixa
 Objectivo
 Âmbito (§ 1 a 3)
 Benefícios da informação do fluxo de Caixa (§4 e 5)
 Definições (§ 6 a 9)
 Apresentação de uma demonstração de fluxos de caixa (§10 a 17)
 O Relato de fluxos de caixa das actividades (§ 18 a 21)
 O Relato de Fluxos de Caixa numa base líquida (§22 a 24)
 Fluxos de caixa em moeda estrangeira (§25 a 30)
 Juros e dividendos (§ 31 a 34)
 Impostos sobre o rendimento (§ 35 e 36)
 Investimentos em subsidiárias, em associadas e em empreendimentos conjuntos (§ 37 e38)
 Alterações nos interesses de propriedade em subsidiarias e outras actividades empresariais (§39 a 42)
 Transacções que não sejam por Caixa (§ 43 e 44)
 Componentes de Caixa e seus equivalentes (§45 a 47)
 Outras Divulgações (§48 a 52)

3
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.2 OBJECTIVO

IAS 7 – DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

…Exigir o fornecimento de informações das


alterações históricas de caixa e seus
equivalentes...
... por meio de uma DFC... IAS 7

NE 21

4
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.3 ÂMBITO

IAS 7 – DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Uma entidade deve preparar uma demonstração dos fluxos de caixa


de acordo com os requisitos desta Norma e deve apresentá-la como
parte integrante das suas demonstrações financeiras de cada
período em que são apresentadas demonstrações financeiras
Os utentes das demonstrações financeiras de uma entidade estão
interessados em como a entidade gera e usa o dinheiro e os seus
equivalentes.
…esta norma exige…uma DFC IAS 7

NE 21

5
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.3 ÂMBITO

Benefícios da informação de Fluxo de Caixa

proporciona informação que facilita aos utentes avaliar


as alterações no activo líquido de uma entidade, na
sua estrutura financeira (incluindo a sua liquidez e
solvência) e na sua capacidade (...) de se adaptar às
circunstâncias

6
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

NE 21.1 IAS 7 §6

Caixa compreende dinheiro em caixa e Caixa compreende o dinheiro em caixa e


depósitos à ordem, liquídos de descobertos em depósitos à ordem.
bancários desde que estes sejam usados
como forma de financiamento das
actividades operacionais Equivalentes de caixa (dinheiro) são
investimentos a curto prazo, altamente
líquidos, que sejam prontamente convertíveis
Equivalentes de caixa (dinheiro) são para quantias conhecidas de dinheiro e que
investimentos a curto prazo: alto grau de estejam sujeitos a um risco insignificante de
liquidez, sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.
alterações de valor e que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de
dinheiro. São detidos para satisfazer compromissos de
caixa a curto prazo e NÃO para investimento.

Prazo máximo de 3 meses

7
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

NE 21.1 IAS 7 §6

Fluxos de caixa são entradas Fluxos de caixa são influxos


(recebimentos, influxos) e saidas (recebimentos, entradas) e exfluxos
(pagamentos, exfluxos) de caixa e (pagamentos, saídas) de caixa e
seus equivalentes seus equivalentes

8
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

IAS 7 §6
NE 21.1

Actividades operacionais são as principais actividades produtoras de rédito da


entidade e outras actividades que não sejam de investimento ou de
financiamento.

Actividades de investimento são a aquisição e a alienação de activos a longo


prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.

Actividades de financiamento são as actividades que têm como consequência


alterações na dimensão e na composição do capital próprio contribuído e nos
empréstimos obtidos pela entidade.

9
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Os fluxos de caixa das actividades operacionais são


IAS 7 §14 principalmente derivados das principais actividades
geradoras de réditos da entidade

Os fluxos de caixa das actividades operacionais são fluxos


liquidos resultantes destas actividades. Estes fluxos são um
indicador da capacidade da entidade em gerar meios de
pagamento suficientes para:
NE 21.1  Manter a capacidade operacional
 Reembolsar empréstimos
 Fazer investimentos de substituição
 Pagar dividendos
 Fazer novos investimentos sem recurso a
financiamento externo – IAS 7

10
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

m p los
Exerecebimentos de caixa provenientes da venda de bens e da prestação de serviços;
 recebimentos de caixa provenientes de royalties, honorários, comissões e outros
réditos;
 pagamentos de caixa a fornecedores de bens e serviços;
 pagamentos de caixa a empregados e por conta destes;
 recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma entidade seguradora relativos a
prémios e reclamações, anuidades e outros benefícios derivados das apólices de
seguros;
 pagamentos de caixa ou restituições de impostos a menos que possam ser
especificamente identificados com as actividades de financiamento e de investimento
 recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de contratos detidos para fins
negociais ou comerciais.

11
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

§16 … os fluxos de caixa representam a extensão pela qual os


IAS 7 §16 dispêndios foram feitos relativamente a recursos destinados
a gerar rendimento e fluxos de caixa futuros…

Os fluxos de caixa das actividades de investimento são fluxos


liquidos resultantes destas actividades. (...) representam a
extensão dos dispêndios para a obtenção de recursos que
NE 21.1
tenham em vista gerar:
 Resultados
 Fluxos de Caixa

12
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

m plos
ExePagamentos de caixa para aquisição de activos fixos tangíveis (incluindo auto-
construídos), intangíveis (incluíndo custos de desenvolvimento capitalizados e
activos).
 Recebimentos de caixa por vendas de activos fixos tangíveis e intangíveis.
 Pagamentos e recebimentos de caixa para aquisição de investimentos financeiros
que não sejam:
 detidos para fins de comercialização ou negociação
 equivalentes de caixa
 Adiantamentos e recebimentos de caixa e empréstimos e reembolsos feitos a outras
partes:
 que não sejam instituições financeiras

13
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

§ 17 …fluxos de caixa pelos fornecedores de capitais à


IAS 7 §17 entidade

Os fluxos de caixa das actividades de financiamento são


fluxos liquidos resultantes destas actividades:
NE 21.1  Permitem estimar as necessidades de meios de
pagamento e de novas entradas de capital
 Proporcionam informação sobre a capacidade dos
financiadores serem reembolsados

14
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.4 DEFINIÇÕES

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

m p los
ExeEntradas de caixa provenientes da emissão de acções ou de outros instrumentos de
capital próprio.
 Pagamentos de caixa a detentores para adquirir ou remir as acções da entidade.
 Entradas de caixa vindas da emissão de certificados de dívida, empréstimos,
livranças, obrigações, hipotecas e outros empréstimos obtidos a curto ou longo
prazo.
 Reembolsos de caixa de quantias de empréstimos obtidos.
 Pagamentos de caixa por um locatário para a redução de uma dívida em aberto
relacionada com uma locação financeira

15
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Directo

NE 21.2 IAS 7 §18 a)

O método segundo o qual os fluxos de O método directo, pelo qual são divulgadas
caixa são apurados através do relato, pela as principais classes dos recebimentos de
quantia bruta, das principais classes de caixa brutos e dos pagamentos de caixa
pagamentos e de recebimentos…. brutos;

16
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Directo

Modelo de DFC
Segundo o PGC

17
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Directo

NE 21.2 IAS 7 §18 a)

A informação sobre a quantia bruta das Pelo método directo, a informação acerca das
principais classes de recebimentos brutos (de principais classes de recebimentos brutos (de
caixa) e de pagamentos brutos (de caixa) pode caixa) e de pagamentos brutos (de caixa) pode ser
ser obtida através… obtida ou:
 Directamente a partir dos registos a) a partir dos registos contabilísticos da entidade;
contabilísticos se estes estiverem ou
preparados para dar tal informação b) pelo ajustamento de vendas, custo das vendas
 Ajustamento das rubricas da DR através (juros e réditos similares e gasto de juros e
das variação de saldos iniciais e finais de encargos similares para uma instituição financeira)
balanços que lhes corresponda.

18
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Indirecto

NE 21.2 IAS 7 §18 a)

…os fluxos são relatados a partir do … lucros ou prejuízos são ajustados pelos
Resultado Líquido e evidenciando os efeitos de transacções de natureza não
ajustamentos necessários a excluir…. pecuniária…. diferimentos ou acréscimos
 Operações …que não sejam caixa de recebimentos a pagamentos de caixa
 Diferimentos ou acréscimos que não operacionais ….rédito ou gasto associados
tenham um fluxo de caixa associado com fluxos de caixa de investimento ou de
 Rubricas de réditos e de custos ou financiamento
perdas que sejam de investimento ou
financiamento.

19
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Indirecto

Modelo de DFC
Segundo o PGC

20
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Método Directo vs Indirecto

NE 21.2 IAS 7 §18 a)

As entidades são encorajadas a utilizar o método directo pois este método:


 Proporciona informações mais detalhadas e completas
 Proporciona informação que pode ser útil na estimativa de fluxos de caixa
futuros e que não é disponibilizada pelo método indirecto.

21
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE


INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO

NE 21.3 e 21.4 IAS 7 §18 a)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO –
…. Das principais classes dos … separadamente as principais classes
recebimentos brutos… principais classes dos recebimentos brutos (de caixa) e dos
dos pagamentos brutos pagamentos brutos (de caixa) provenientes
das actividades de investimento e de
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO – financiamento, excepto se puderem ser
…. Das principais classes dos relatados numa base líquida.
recebimentos brutos… principais classes
dos pagamentos brutos

22
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Método Directo

Modelo de DFC
Segundo o PGC

23
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Método Directo

Modelo de DFC
Segundo o PGC

24
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

NE 21.5 IAS 7 §18 a)

Os fluxos de caixa provenientes das actividades operacionais, de investimento e de


financiamento seguintes podem ser relatados numa base líquida:
a) recebimentos e pagamentos (de caixa) por conta de clientes quando o fluxo de
caixa reflita as actividades do cliente e não os da entidade;
b) recebimentos e pagamentos (de caixa) dos itens em que a rotação seja rápida, as
quantias sejam grandes e as maturidades sejam curtas;

25
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

NE 21.5 IAS 7 §22 e §23

Exemplos de recebimentos e pagamentos (de Exemplos de recebimentos e pagamentos (de caixa)


caixa) …a)… …a)…
 os fundos detidos para clientes por uma a) a aceitação e o reembolso de depósitos à ordem
entidade de investimentos; e de um banco;
 rendas cobradas por conta de, e pagas a, b) os fundos detidos para clientes por uma entidade
possuidores de propriedades. de investimentos; e
 A compra e a venda de aplicações c) rendas cobradas por conta de, e pagas a,
financeiros; possuidores de propriedades.
 Financiamentos de curto prazo, com um d) as quantias de capital relacionadas com clientes
período de vencimento de três meses ou de cartões de crédito;
menos. e) a compra e a venda de investimentos financeiros;
f) outros empréstimos obtidos a curto prazo, como,
por exemplo, os que tenham um período de
maturidade de três meses ou menos.

26
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo:
Foi pedido um crédito bancário, no valor de 1.000.000kz dia 03/03/2020, sendo que
dia 18/04/2020 foi feito o reembolso ao banco mais o pagamento de juros, no valor
de 85.000kz.

De acordo com o PGC e a IAS 7 estes fluxos podem ser relatados numa base
líquida, o que significa que na DFC apenas constará o pagamento dos 85.000kz de
juros.

O recebimento do 1.000.000kz e o pagamento de 1.000.000kz de empréstimo


bancário não constarão.

27
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo – Base Bruta:


ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Aumentos de capital
Cobertura de Prejuízos
Empréstimos obtidos 1.000.000,00
Subsídios à exploração e doações
Sub total 1.000.000,00
Pagamentos respeitantes de:
Reduções de capital
Dividendos ou Lucros Pagos
Empréstimos obtidos 1.000.000,00
Juros e gastos similares 85.000,00
Sub total 1.085.000,00
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -85.000,00 (3)

28
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo – Base Líquida:


ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Aumentos de capital
Cobertura de Prejuízos
Empréstimos obtidos
Subsídios à exploração e doações
Sub total
Pagamentos respeitantes de:
Reduções de capital
Dividendos ou Lucros Pagos
Empréstimos obtidos
Juros e gastos similares 85.000,00
Sub total
FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -85.000,00 (3)
29
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo:
Dia 06/05/2020 fizemos, em nome de um cliente nosso, a colecta de 900.000kz
referentes a rendas de apartamentos que esse cliente possui. Dia 10/05/2020
entregamos, conforme combinado, 850.000kz ao cliente, sendo que os 50.000kz
que retivemos corresponde à nossa comissão pelo serviço prestado.

De acordo com o PGC e a IAS 7 estes fluxos podem ser relatados numa base
líquida, o que significa que na DFC apenas constará o recebimento dos 50.000kz
correspondentes à nossa comissão.

O recebimento de 900.000kz e o pagamento de 850.000kz de não precisam


constatar pois reflectem a actividade do nosso cliente e não a nossa.

30
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo – Base Bruta:

Rubricas Ano N
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes 900.000,00
Pagamentos a "Clientes" 850.000,00
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações 50.000,00
Imposto sobre o Rendimento
Outros
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 50.000,00

31
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA

Exemplo – Base Líquida:

Rubricas Ano N
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes 50.000,00
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Fluxo gerado pelas operações 50.000,00
Imposto sobre o Rendimento
Outros
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 50.000,00

32
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

MOVIMENTOS ENTRE ELEMENTOS QUE CONSTITUAM CAIXA E


SEUS EQUIVALENTES

NE 21.5 IAS 7 §25

Estes movimentos fazem parte da gestão de caixa da entidade e não parte das actividades
operacionais, de investimento ou financiamento.

Devem ser excluídos da Demonstração de Fluxos de Caixa

33
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

DESCOBERTOS BANCÁRIOS

NE 21.5 IAS 7 §25

Normalmente os descobertos bancários são


considerados uma actividade de financiamento.

Deve ser incluídos nas actividades operacionais


quando fazem parte da gestão de caixa da
entidade o que acontece normalmente quando:
 São pagáveis à Ordem
 Têm um saldo que flutua muitas vezes de
positivo a negativo

34
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA EM MOEDA ESTRANGEIRA

NE 21.5 IAS 7 §25

Os recebimentos e pagamentos em moeda Os fluxos de caixa resultantes de


devem ser relatados na moeda de relato transacções em moeda estrangeira devem
aplicando à quantia em moeda estrangeira ser registados na moeda funcional de uma
a taxa de câmbio usada na data em que entidade mediante a aplicação à quantia em
tais recebimentos e pagamentos foram moeda estrangeira da taxa de câmbio entre a
efectuados. moeda funcional e a moeda estrangeira à
data do fluxo de caixa.

35
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

DIFERENÇAS DE CÂMBIO NÃO REALIZADAS

NE 21.5 IAS 7 §25

As diferenças de câmbio não realizadas não são consideradas Fluxos de Caixa

Se as diferenças de câmbio não realizadas respeitarem a a caixa e seus equivalentes,


devem ser evidenciadas em linha separada, de forma a conciliar os saldos iniciais e finais de
caixa e seus equivalentes com os fluxos de caixa apurados.

36
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

DIFERENÇAS DE CÂMBIO NÃO REALIZADAS

NE 21.5 IAS 7 §25

Variação de caixa e seus equivalentes (1)+(2)+(3) 0,00


efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no inicio do período (A) 0,00
Caixa e seus equivalentes no fim do período (B) 0,00

37
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – JUROS E DIVIDENDOS

NE 21.5 IAS 7 §31

Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividendos recebidos e pagos deve


ser separadamente divulgado.

Cada um deve ser classificado de maneira consistente de período para


período como actividade operacional, de investimento ou de financiamento.

38
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – PAGAMENTO DE JUROS

OMISSO IAS 7 §32

A quantia total de juros pagos durante um


período deve ser divulgada na demonstração
dos fluxos de caixa quer tenha sido reconhecida
como um gasto nos lucros ou prejuízos quer
tenha sido capitalizada (...)

39
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – JUROS E DIVIDENDOS RECEBIDOS

OMISSO IAS 7 §33

Os juros pagos e os juros e dividendos recebidos


são geralmente classificados como fluxos de caixa
operacionais quanto a uma instituição financeira…

Nas restantes entidades podem ser classificados


como fluxos de caixa operacionais porque entram na
determinação dos lucros ou prejuízos ou podem ser
classificados fluxos de caixa de financiamento ou
fluxos de caixa de investimento porque são custos
de obtenção de recursos financeiros ou retornos
sobre o investimento …

40
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – DIVIDENDOS PAGOS

NE 21.5 IAS 7 §34

Os dividendos pagos podem ser


classificados como fluxos de caixa de
Os dividendos pagos podem ser financiamento porque são um custo da
classificados nas actividades operacionais obtenção de recursos financeiros….
de forma a habilitar os utentes a determinar
a capacidade da entidade de pagar ALTERNATIVAMENTE: Os dividendos
dividendos a partir dessas actividades pagos podem ser classificados nas
actividades operacionais de forma a
habilitar os utentes a determinar a
capacidade da entidade de pagar
dividendos a partir dessas actividades

41
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

NE 21.5 IAS 7 §35

Os fluxos de caixa provenientes de impostos sobre o rendimento devem ser


divulgados separadamente devendo ser classificados como fluxos de caixa de
actividades operacionais, a menos que possam ser especificamente identificados
com as actividades de financiamento e de investimento.

42
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

NE 21.5 IAS 7 §36

Os impostos sobre o rendimento provêm


de transacções que dão origem a fluxos
de caixa que são classificados como
actividades operacionais… Quando os
fluxos de caixa de impostos forem
imputados a mais do que uma classe de
actividade, deve ser divulgada a quantia
total de impostos pagos

43
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

FLUXOS DE CAIXA – RÚBRICA EXTRAORDINÁRIA

NE 21.5 NÃO PREVISTO

Os fluxos de caixa associados a tais rúbricas


devem ser:
 Classificados nas Actividades
Operacionais, de Investimento ou de
Financiamento
 Evidenciados em linha separada

44
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

TRANSACÇÕES QUE NÃO SEJAM POR CAIXA

NE 21.5 IAS 7 §43

As transacções de investimento e de
As operações de investimento financiamento que não exijam o uso de caixa
e de financiamento que não ou seus equivalentes devem ser excluídas de
requeiram o uso de caixa ou uma demonstração dos fluxos de caixa.
equivalentes de caixa devem Tais operações devem ser divulgadas noutra
ser excluídas da demonstração parte das demonstrações financeiras de tal
dos fluxos de caixa maneira que proporcionem toda a informação
relevante acerca das actividades de
investimento e de financiamento.

45
1 . DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

1.5 RECONHECIMENTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÕES

TRANSACÇÕES QUE NÃO SEJAM POR CAIXA - EXEMPLOS

NE 21.5 IAS 7 §44

EXEMPLO DE OPERAÇÕES QUE NÃO SEJAM POR CAIXA:


a) a aquisição de activos pela assunção de passivos directamente relacionados, ou
por meio de uma locação financeira;
b) a aquisição de uma entidade por meio de uma emissão de capital; e
c) a conversão de dívidas em capital.

46
Muito Obrigado

Você também pode gostar