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1. UEG
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
Rei D. Dinis
(CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação
de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.)
Chico Buarque
A cantiga do Rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de
Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca:
3. FUVEST
Esta imagem integra o manuscrito de uma das mais notáveis obras da cultura medieval. A
alternativa que melhor caracteriza o documento é:
(CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi usa, 1995.)
A) escárnio, em que se critica a atitude do dono do cavalo, que dele não cuidara, mas
graças ao bom tempo e à chuva, o mato cresceu e o animal pôde recuperar-se sozinho.
B) amor, em que se mostra o amor de Deus com o cavalo que, abandonado pelo dono,
comeu a erva que cresceu graças à chuva e ao bom tempo.
C) escárnio, na qual se conta a divertida história do cavalo que, graças ao bom tempo e à
chuva, alimentou-se, recuperou-se e pôde, então, fugir do dono que o maltratava.
D) amigo, em que se mostra que o dono do cavalo não lhe buscou cevada nem o ferrou
por causa do mau tempo e da chuva que Deus mandou, mas mesmo assim o cavalo pôde
recuperar-se.
E) mal-dizer, satirizando a atitude do dono que ferrou o cavalo, mas esqueceu-se de
alimentá-lo, deixando-o entregue à própria sorte para obter alimento.
5. UNIFESP
Leia o texto de Gil Vicente.
6. UNESP
Leia o soneto ―Alma minha gentil, que te partiste‖, do poeta português Luís de Camões
(1525?-1580), para responder às questões a seguir.
Embora predomine no soneto uma visão espiritualizada da mulher (em conformidade com
o chamado platonismo), verifica-se certa sugestão erótica no seguinte verso:
7. UNESP
No soneto, o eu lírico
Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua poesia é a antítese. Neste
soneto, tal figura ocorre no verso:
9. UNIFESP
De acordo com a história narrada pelo soneto,
10. UNIFESP
Do ponto de vista formal, o tipo de verso e o esquema de rimas que caracterizam este
soneto camoniano são, respectivamente,
12. ENEM
TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir
mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e
cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por
qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e
galantes com suas tinturas que muito agradavam.
CASTRO, S. ―A carta de Pero Vaz de Caminha‖. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
TEXTO II
13. UNESP
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana, e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
(...)
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
E eis aqui a Cidade da Bahia.
(Gregório de Matos. 'Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais enredada
por menos confusa'. In: Obra poética (org. James Amado). 1990.)
14. ENEM
Quando Deus redimiu da tirania
Da mão do Faraó endurecido
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
Páscoa ficou da redenção o dia.
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios
barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por
15. ESPM
Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão empeçado¹, um estilo
tão dificultoso, um estilo tão afeta-do, um estilo tão encontrado toda a arte e a toda a
natureza? Boa razão é também essa. O estilo há de ser muito fácil e muito natu-ral. Por
isso Cristo comparou o pregar ao semear, porque o semear é uma arte que tem mais de
natureza que de arte (...) Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores
fazem o sermão em xadrez de palavras. Se uma parte está branco, da outra há de estar
negro (...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estre-las são muito
distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distin-to e muito
claro.
(Sermão da Sexagésima, Pe. Antonio Vieira)
¹empeçado: com obstáculo, com empecilho.
16. ESPM
Assinale a incorreta sobre o texto de Padre Vieira:
17. UNIFESP
Leia o soneto ―A uma dama dormindo junto a uma fonte‖, do poeta barroco Gregório de
Matos (1636-1696), para responder à questão a seguir:
Mais recorrente na poesia arcádica, verifica-se neste soneto barroco o recurso, sobretudo,
ao seguinte lema latino:
(2) O crescimento de algumas cidades de Minas Gerais, cuja base econômica era a
exploração do ouro, favorecia tanto a divulgação de ideias políticas quanto o
florescimento de uma literatura cujos modelos os jovens brasileiros foram buscar em
Coimbra, já que a colônia não lhes oferecia cursos superiores. E, ao retornarem de
Portugal, traziam consigo as ideias iluministas.
(3) O período era sem dúvida de muita opressão. A igreja lutava contra os reformadores
por meio da Inquisição e instaurava um clima de medo constante em seus fiéis, que se
viam divididos entre o material e o espiritual, o prazer e o dever. Ao mesmo tempo eram
mostradas cenas bíblicas que remetem ao amor e à compaixão, como os momentos de
dor imensa do sacrifício de Jesus Cristo.
(4) A industrialização brasileira, que vinha crescendo desde o começo do século, foi
impulsionada com a Primeira Guerra Mundial e estimulou a urbanização das cidades,
principalmente de São Paulo. A capital paulista, com a expansão da cafeicultura começou
a experimentar um enorme crescimento econômico. O período foi marcado também pela
chegada em massa de imigrantes, principalmente italianos, muitos dos quais haviam
vivido a experiência da luta de classes em seus países e divulgaram no país ideias
anarquistas e socialistas.
( ) Arcadismo
( ) Romantismo
( ) Naturalismo
( ) Modernismo
( ) Barroco
A) 5 - 2 - 3 - 1 - 4
B) 4 - 5 - 1 - 3 - 2
C) 3 - 4 - 2 - 5 - 1
D) 2 - 1 - 5 - 4 – 3
19. UEL
Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. 3. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 141.
I. O poema faz parte da produção de Gregório de Matos caracterizada pelo cunho satírico,
visto que ridiculariza vícios e imperfeições e assume um tom de censura.
II. As figuras do desconsolado poeta, da triste Bahia e do sagaz Brichote são imagens
poéticas utilizadas para expressar a existência de um triângulo amoroso.
III. O poema apresenta a degradação da Bahia e do eu-lírico, em virtude do sistema de
trocas imposto à Colônia, o qual privilegiava os comerciantes estrangeiros.
IV. Os versos ―Que em tua larga barra tem entrado‖ e ―Deste em dar tanto açúcar
excelente‖ conferem ao poema um tom erótico, pois, simbolicamente, sugerem a ideia de
solicitação ao prazer.
20. UEL
Triste Bahia! Oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.
MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. 3. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 141.
I. O poema faz parte da produção de Gregório de Matos caracterizada pelo cunho satírico,
visto que ridiculariza vícios e imperfeições e assume um tom de censura.
II. As figuras do desconsolado poeta, da triste Bahia e do sagaz Brichote são imagens
poéticas utilizadas para expressar a existência de um triângulo amoroso.
III. O poema apresenta a degradação da Bahia e do eu-lírico, em virtude do sistema de
trocas imposto à Colônia, o qual privilegiava os comerciantes estrangeiros.
IV. Os versos ―Que em tua larga barra tem entrado‖ e ―Deste em dar tanto açúcar
excelente‖ conferem ao poema um tom erótico, pois, simbolicamente, sugerem a ideia de
solicitação ao prazer.
22. UNIFESP
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
(Gregório de Matos)
23. UNIFESP
Levando em consideração que, em sua produção literária, Gregório de Matos dedicou-se
também à sátira irreverente, pode-se afirmar que os versos se marcam
A) pelo sentimentalismo, fruto da sintonia do eu lírico com a sociedade.
B) pela indiferença, decorrente da omissão do eu lírico com a sociedade.
C) pelo negativismo, pois o eu lírico condena a sociedade pelo viés da religião
D) pela indignação, advinda de um ideal moralizante expresso pelo eu lírico.
E) pela ironia, já que o eu lírico supõe que todas as pessoas são desonestas.
24. UFLAVRAS
Leia com atenção os juízos estéticos transcritos abaixo e marque:
Juízo I. "Intérprete dos anseios do homem seiscentista solicitado por ideais em conflito. O
fusionismo é a sua tendência dominante - tentativa de conciliar, incorporando contrários."
Juízo II. "Procurando libertar a língua de termos espúrios, restituindo-lhe uma sobriedade
castiça e o rigor de sentido, é a revitalização do pastoralismo e bucolismo."
25. UNESP
Leia o poema de Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).
18
Não vês aquele velho respeitável, As frias tardes, em que negra nuvem
que à muleta encostado, os chuveiros não lance,
apenas mal se move e mal se arrasta? irei contigo ao prado florescente:
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo, aqui me buscarás um sítio ameno,
o tempo arrebatado, onde os membros descanse,
que o mesmo bronze gasta! e ao brando sol me aquente.
Assim também serei, minha Marília, Verterão os meus olhos duas fontes,
daqui a poucos anos, nascidas de alegria;
que o ímpio tempo para todos corre. farão teus olhos ternos outro tanto;
Os dentes cairão e os meus cabelos. então darei, Marília, frios beijos
Ah! sentirei os danos, na mão formosa e pia,
que evita só quem morre. que me limpar o pranto.
(Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais poesias. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1982.)
26. UFG
Leia o fragmento do poema apresentado a seguir.
SPLEEN E CHARUTOS
I
SOLIDÃO
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de AIexei Bueno. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 232.
27. UFV
As mudanças contínuas dos Estilos Literários se caracterizam pela oposição ideológica e
formal entre eles. Considerando tal afirmação, relacione a 1a coluna com as
características apresentadas na 2a coluna.
1 – Arcadismo
2 – Romantismo
( ) Intuição e subjetivismo.
( ) Atração pela noite e pelo mistério.
( ) Imitação da cultura clássica greco-latina.
( ) Objetivismo e racionalismo.
( ) Respeito às formas fixas na criação poética.
A sequência CORRETA é:
A) 2, 2, 1, 1, 1.
B) 2, 1, 2, 1, 2.
C) 1, 2, 1, 2, 1.
D) 1, 1, 2, 2, 2.
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
30. UFG
Canção do exílio
[…]
Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Dentro desse projeto, Casimiro de Abreu, no poema acima, que abre o ―Livro primeiro‖ da
coletânea As primaveras, exprime o amor e a saudade da terra natal. Entretanto, o modo
como o poeta canta a pátria diferencia-se da maneira como os demais românticos o
fizeram, por evidenciar
A) pessimismo acentuado.
B) intimismo nostálgico.
C) lirismo amoroso.
D) descritivismo paisagístico.
E) egocentrismo exaltado.
GABARITO: