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MACIEL, Walery Luci da Silva. Projetos sociais: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2015. p 23-40.
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Capítulo 2
Seção 1
Ciclo de vida de um projeto social
De acordo com CEPAL (1997), Keelling (2002) e Stephanou (2003), todo projeto
social passa por uma série de fases ou etapas, que vão desde sua concepção
até sua conclusão, sendo que nessas são encontradas necessidades e
características próprias. Cada uma das etapas está associada a um conjunto de
estudos que são necessários para conhecer e avaliar diversas características
do projeto. À medida que as etapas são vencidas, maiores informações são
adquiridas, diminuindo, dessa forma, o risco de implementação de um projeto
que não atenda as demandas. Para Keelling, “a compreensão do ciclo de vida
é importante para o sucesso na gestão de projetos, porque acontecimentos
significativos ocorrem em progressão lógica e cada fase deve ser devidamente
planejada e administrada” (2002, p. 13).
Neste sentido, CEPAL (1997), Stephanou (2003) e Armani (2004) identificam como
partes do ciclo de vida de um projeto as seguintes etapas ou fases:
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Viabilidade
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Quanto aos aspectos sociais do estudo de viabilidade, o autor afirma que esses
devem envolver:
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Seção 3
Diagnóstico
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No que é complementado por Cury (2001, p. 43) quando este autor afirma:
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Se você desejar conhecer um pouco mais sobre o assunto, sugerimos a leitura dos
seguintes livros:
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Por sua vez, Santos (2012) afirma que o diagnóstico tem, como finalidades,
documentar o estado da ação em face da problemática, identificar as questões
mais relevantes por meio das quais serão formulados os objetivos e determinar a
importância da problemática e suas principais causas.
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•• Existe um problema?
•• Qual é o problema?
•• Quais são os elementos essenciais do problema?
•• A quem o problema afeta, ou seja, qual é a população alvo?
•• Qual é a amplitude atual do problema e suas consequências?
•• Quais são as informações relevantes acerca do problema para
realização de um estudo conclusivo?
•• Dispõe-se de uma visão clara e definida do contexto geográfico,
econômico e social do problema?
•• Quais são as principais dificuldades para enfrentar o problema?
Com base nos autores estudados, sugere-se a matriz abaixo como uma
possibilidade para o registro dos resultados dos debates em torno da definição
do problema central.
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Capítulo 2
Seção 4
Roteiro: escrevendo o projeto social
Assim, o documento escrito do projeto é a sistematização, a
concretização de todo o processo de planejamento e um
instrumento poderoso na captação de recursos, a qual, se
não é o fim de nossa ação, é condição necessária para a sua
viabilização. (CURY, 2001 ,p. 49)
No que diz respeito à metodologia, uma busca não exaustiva na literatura vai nos
mostrar uma série de opções, desde as mais simples a outras mais elaboradas.
A metodologia para elaboração de um projeto geralmente acompanha um roteiro
predeterminado, que, por sua vez, tem sua definição a partir das necessidades
ou exigências próprias da organização executora ou do órgão financiador. A
redação de uma proposta significa seguir um roteiro básico de questões que
devem ser respondidas.
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Neste item, as recomendações são de que este deve ser claro o objetivo do
projeto, de forma que se consiga visualizar o que será realizado. Cury (2001)
sugere que o título do projeto reflita a natureza do problema enfocado e tenha um
impacto significativo em seu leitor. De acordo com Stephanou (2003, p. 48):
4.3 Justificativa
Na justificativa constam as informações quanto à necessidade do projeto,
seus antecedentes, prioridades e alternativas. Realiza-se, também, a análise
do contexto, a natureza do problema e, por fim, evidencia-se a viabilidade
da proposta, enfatizando as parcerias existentes ou possíveis. A justificativa
é considerada a defesa da proposta, devendo ser capaz de demonstrar
e convencer aos leitores de que o projeto está embasado em uma visão
consistente, tanto da problemática quanto dos caminhos para sua abordagem
e intervenção. Deve demonstrar, ainda, que as organizações e ou grupos
propositores apresentam as qualificações necessárias para executá-lo e que este
é o momento adequado para sua execução. Complementa Cury (2001, p. 50):
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1. Objetivo não é atividade, é intenção, é onde o projeto deseja chegar. Deve ser
descrito com clareza e precisão, utilizando-se os verbos no infinitivo.
2. Cada projeto tem um objetivo geral; se houver mais de um, temos então dois
ou mais projetos.
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4.5 Público-alvo
Esse item define aspectos diretamente relacionados à população beneficiária do
projeto, isto é, quem, onde e qual o número de pessoas que serão alcançadas
pelas ações propostas. Sua definição deve abordar características como: faixa
etária, sexo, nível de escolaridade, situação socioeconômica e sociodemográfica,
entre outras.
4.6 Metodologia
Na metodologia será abordada a maneira de agir ou o modo como as ações
serão feitas, envolvendo todos os passos da elaboração do projeto, seus
processos, métodos, técnicas e instrumentos para a ação. Serão descritos os
caminhos, procedimentos e maneiras pelas quais se pretende organizar, realizar e
avaliar o projeto. Dessa forma, são explicitados os sistemas de coordenação, os
métodos de avaliação e seus responsáveis. Deverão ser descritas com clareza e
concisão as etapas necessárias, quais e como serão desenvolvidas as ações para
o alcance dos objetivos e metas propostos. Cury (2001, p. 51) acrescenta que
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