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Estudos dirigidos 8 a 14- G2 teorias da personalidade

Aluna: Nicole Lameirão Pinto Seabra Louro (2110938)

[34] Um dos títulos de Viktor Frankl é “médico da doença do século”. Que


enfermidade costuma ser chamada dessa forma?

A depressão costuma ser chamada com doença ou mal do século.

[35] Os nazistas mataram cinco familiares de Viktor Frankl. Quais?

Os nazistas mataram o seu filho antes mesmo de nascer, os seus pais, a sua
mulher e o seu irmão.

[36] A capital gaúcha é o berço da logoterapia no Brasil. Por quê?

Porto Alegre é o berço da logo terapia, pois na PUCRS (Pontifícia Universidade


Católica do Rio Grande do Sul) localizada na cidade anteriormente citada, Viktor
Frankl participa do “1º Encontro Latino-Americano Humanístico-Existencial:
Logoterapia”. E assim é fundada a Sociedade Brasileira de Logoterapia
(SOBRAL).
[37] Quais foram as quatro lições que Viktor Frankl aprendeu nos campos de
concentração?

A primeira é que sempre é possível encontrar um sentido motivador para viver,


independente de quão desesperançosa parecer a situação. A segunda
conclusão fala que ter um sentido para viver é essencial para sobreviver. Por
exemplo, nos campos de concentração, tinha mais chance de permanecer vivo
quem estava orientado para o futuro, quem tinha um sentido para viver. A
terceira lição é que o ser humano é capaz de tudo: desde o melhor até o pior
que se possa imaginar. Nos campos de concentração, Frankl viu alguns se
portarem como bárbaros, mas viu também outros agirem como santos. A última
é que o ser humano é livre para render-se ou não à influência do meio.

[38] Consulte, na página 38 da apostila, os títulos dos livros de Viktor Frankl


publicados em português. Qual é a palavra que aparece mais vezes?

A palavra que possui mais destaque é “Sentido”.

[39] Em que consiste o chamado “retorno do homem”, que a psicologia


humanista promoveu?

Na opinião de Frankl, a psicanálise e o behaviorismo, ofereciam um retrato


desfigurado do ser humano. Era preciso resgatar a humanidade do homem. Por
isso, a logoterapia se propôs a reumanizar o campo da psicologia. Ao lado de
outros autores, ele promoveu, assim, o chamado “retorno do homem”

[40] Em que sentido Frankl concebe o ser humano como autotranscendente?

Para Frankl, o homem é um ser autotranscendente por ser aberto ao mundo,


voltado para fora de si, ordenado para algo ou alguém que não é ele próprio. O
homem, então seria um ser voltado para o outro, em busca de um sentido.

[41] O ser humano não é indeterminado, nem pandeterminado,


mas determinado e livre – comente cada uma dessas quatro expressões.

O homem é livre, ainda que a liberdade de que disponha seja limitada. O ser
humano não é isento de fatores condicionantes, ele sofre determinações de
diversos tipos (biológicas, psicológicas, sociológicas etc.). Não obstante, ele é
livre para tomar uma posição frente a esses fatores tendo a possibilidade de
distanciar-se dos condicionamentos que padece e assumir diante deles esta ou
aquela atitude, podendo, inclusive, contrariá-los. Noutras palavras, o homem
não é indeterminado, mas também não é pandeterminado. Ele é determinado e
livre.

[42] O homem é um ser tridimensional – explique.


A tridimensionalidade do homem está no fato deste ser um ser bio-psico-
espiritual, ou seja, que possui corpo, alma e espírito. Isso significa que ele tem 3
dimensões: somática, psíquica e noética; biológica, anímica e espiritual; física,
mental e noológica; corporal, psicológica e espiritual.

[43] Compare as teorias da motivação de Freud, Adler e Frankl.

Sobre as teorias da motivação nesses autores, para Freud, o homem tem uma
vontade prazer; para Adler, uma vontade de poder; para Frankl, o que o homem
tem, fundamentalmente, é uma vontade de sentido.

[44] Em que termos Frankl critica a teoria da motivação de Maslow?

Para Maslow, o que o ser humano persegue é a autorrealização. Para Frankl, a


autorrealização não deve ser buscada como meta. Primeiramente, porque isso
contradiz o caráter autotranscendente da existência humana. E, em segundo
lugar, porque a autorrealização não é objetivo, mas consequência. A
autorrealização é um efeito secundário, não intencionado, da realização do
sentido da existência. A autorrealização é, nomeadamente, o fruto da
autotranscedência, isto é, de uma vida que transcende a si mesma, de uma
existência dedicada a algo ou a alguém. O homem só retorna a si mesmo,
centrando-se na própria autorrealização, quando falha na realização do sentido
da sua vida.

[45] O que significa dizer que o sentido da vida é uma realidade objetiva?

Significa dizer que a vida já tem um sentido. Cabe ao homem descobri-lo, não
inventá-lo; encontrá-lo, não criá-lo; achá-lo, não fabricá-lo. Por isso, não se trata
de atribuir um sentido à vida, mas de cair na conta do sentido que a vida tem.
Não se trata de injetar sentido nas coisas, mas de extrair o sentido que elas já
possuem. Em vez de ser algo dado por nós, o sentido é, para nós, dado.

[46] Quais são as três maneiras de encontrar um sentido para a vida? Que
valores são realizados em cada uma delas?

As três maneiras de encontrar o sentido da vida são: trabalhando, amando e


sofrendo. Pode-se encontrar o sentido da vida por meio da realização de uma
ação, da criação de uma obra, da execução de um projeto. Pode-se encontrar o
sentido da vida por meio da experiência de algo, fazendo uma vivência,
desfrutando de alguma coisa – e, aqui, se destaca a experiência do encontro
amoroso com outra pessoa. No primeiro, dá-se alguma coisa ao mundo; no
segundo, recebe-se dele alguma coisa. Mas é também possível encontrar
sentido para a vida no confronto com uma situação penosa da qual não há
escapatória, ou seja, no sofrimento. A esses três modos de encontrar o sentido
da vida, correspondem três tipos de valores: de criação, de experiência e de
atitude. Uma pessoa pode, pois, viver uma vida repleta de sentido realizando
valores criativos, vivenciais ou atitudinais.

[47] Como Viktor Frankl encara o problema do sofrimento?

Para Frankl a vida tem sentido, e pelo sofrimento estar englobado na vida, ele
também possui sentido. O sofrimento que é dotado de sentido é o sofrimento
inevitável. Já se o sofrimento for evitável, a coisa significativa de se fazer é
eliminar sua causa. Diante do sofrimento inevitável, não há nada que o homem
possa fazer para removê-lo. Ele pode, contudo, fazer, sim, alguma coisa: pode
mudar a sua atitude para com o seu sofrimento, sendo uma oportunidade para
a realização de valores de atitude. Encontrar sentido no sofrimento é dar um
testemunho extremo da capacidade humana de encontrar um sentido para a
vida. Daí que o sentido do sofrimento possa ser considerado a forma mais
elevada da experiência do sentido. Os valores de atitude ocupam uma posição
acima dos valores de criação e de experiência. Cabe, pois, ao logoterapeuta
ajudar os seus pacientes a se capacitarem não apenas para o trabalho e a
fruição da vida, mas também para o sofrimento. Em alguns casos, o
logoterapeuta tem ainda outro papel: não podendo curar ou aliviar a dor dos
seus pacientes, resta a ele o ofício de consolar.

[48] Que valores atitudinais podem ser realizados diante da culpa e da morte?

O sofrimento, a culpa e a morte constituem a tríade trágica da existência. Ao


lado do sofrimento, também a culpa e a morte são ocasiões para a realização de
valores de atitude. Diante dessa tríade, o homem tem, então, a chance de
suportar com valentia o sofrimento, assumir responsavelmente a própria culpa e
enfrentar a morte com dignidade.

[49] O que significa dizer que o sentido da vida tem um caráter “incondicional”?

Significa dizer que a vida sempre tem um sentido, em quaisquer circunstâncias,


aconteça o que acontecer, mesmo na pior situação imaginável.

[50] “O passado é um celeiro” – explique.

O passado é um celeiro pois nele os acontecimentos passados ficam guardado


para sempre. Nada do que aconteceu pode ser apagado. Ninguém pode
subtrair o que no passado foi depositado. Ter sido é a forma mais segura do ser.
Por isso o homem tem que escolher com responsabilidade as suas atitudes que
irão se concretizar.

[51] Defina e exemplifique: hiperintenção e hiper-reflexão.

A hiperintenção e a hiper-reflexão são duas atitudes distintas, mas que se


relacionam, normalmente, acontecendo em conjunto. A hiperintenção consiste
em querer alguma coisa com muita ênfase. A hiper-reflexão consiste em prestar
atenção demasiada a alguma coisa (muitas vezes, a si mesmo). Ambas as
atitudes podem ser nocivas psicologicamente. A impotência, a frigidez e a
insônia, por exemplo, podem resultar da ação conjunta da hiperintenção e da
hiper-reflexão. Como por exemplo o narcisismo.

[52] Defina e exemplifique: ansiedade antecipatória.

A ansiedade antecipatória é uma condição frequentemente encontrada em


pessoas neuróticas. Consiste em uma dinâmica onde numa determinada
ocasião, uma pessoa apresenta um determinado sintoma. O sintoma lhe é
prejudicial. A pessoa passa, então, a ter medo de que aquele sintoma aconteça
novamente. E o medo de que o sintoma se repita faz com que ele, de fato,
sobrevenha. Estabelece-se, assim, um círculo vicioso; forma-se um mecanismo
de feedback. Esse mecanismo é típico da fobia. Exemplos: medo de enrubescer,
medo de transpirar, medo de tremer, medo de gaguejar, medo de não
conseguir dormir etc.

[53] O que é a derreflexão? Dê um exemplo.

A derreflexão é uma técnica logoterapêutica que se contrapõe à hiper-reflexão


e, indiretamente, à hiperintenção. A derreflexão consiste em levar o paciente a
não se concentrar na observação de si próprio, desviando a sua atenção para
alguma outra coisa. A atenção do paciente é, desse modo, “derrefletida”. A
impotência, a frigidez e a insônia podem ser tratadas por meio desse
procedimento.

[54] O que é a intenção paradoxal? Dê um exemplo.

A intenção paradoxal é uma técnica logoterapêutica que combate a


hiperintenção e, especialmente, a ansiedade antecipatória. A intenção paradoxal
consiste em orientar o paciente a fazer (ou, pelo menos, a desejar) exatamente
aquilo de que ele tem medo e tende a evitar. O procedimento desmonta o
círculo vicioso da ansiedade antecipatória: o medo de alguma coisa é
substituído pela “intenção paradoxal” de que aquela coisa aconteça. A técnica
está indicada para casos de neurose de angústia, fobia e neurose obsessivo-
compulsiva. A intenção paradoxal é, porém, severamente contraindicada para
casos de depressão com risco de suicídio.

[55] A psicanálise é arqueológica; a logoterapia, teleológica – explique.

A psicanálise é um método retrospectivo, voltado para o passado. Já a


logoterapia é uma técnica prospectiva, orientada para o futuro.
[56] Freud é um “mestre da suspeita”; Frankl toma as coisas at face value –
explique.

Um dos traços mais característicos da abordagem de Freud em psicologia é a


atitude de suspeita diante dos fenômenos que examina. Isso inclui os aspectos
da experiência humana. Para Freud, tudo o que há de sublime na vida do
homem pode ser remontado a alguma coisa primitiva de natureza pulsional.
Tudo o que há de elevado é, na verdade, o produto da incidência de algum
mecanismo de defesa sobre alguma exigência pulsional. Já Frankl pensa que a
suspeita freudiana transforma fenômenos autênticos e originários em
epifenômenos. Ela reduz realidades especificamente humanas a realidades sub-
humanas. E presta, ademais, um desserviço ao apreço que se deve ter pelos
valores, tendendo a desacreditá-los. Por não ser possível suspeitar de tudo, há
coisas que devem ser tomadas at face value (pelo que aparentam ser). Insistir
em desmascará-las desmascara apenas o insensato desejo de desqualificar o
que, no homem, há de mais humano.

[57] Para Freud, o amor é cego; para Frankl, é clarividente – explique.

Para Freud, quem ama, idealiza a pessoa amada, colocando-a no lugar do seu
ideal do eu. Consequentemente, fecha os olhos para os defeitos da pessoa
amada – “o amor é cego” –; aumenta as eventuais qualidades que a pessoa
amada tenha; atribui à pessoa amada virtudes que ela não possui. Para Frankl, o
amor não é cego; pelo contrário, é clarividente. Quem ama, é capaz de ver na
pessoa amada não apenas o que ela é, mas o que pode vir a ser: as suas
potencialidades. E o amor encoraja e estimula a pessoa amada a se tornar o que
ela pode vir a ser.

[58] Freud é um gigante; Frankl é um anão trepado no ombro dele – explique.

Frankl considera a sua logoterapia uma abordagem mais abrangente e mais


profunda do que a psicanálise. Ele se comparou a um anão que subiu nos
ombros de seus mestres (Freud e Adler), tornando-se capaz de enxergar mais
longe.

[59] Cite, em ordem ascendente, as cinco necessidades da pirâmide de Maslow.

A mais basilar é as necessidades fisiológicas, seguida por necessidades de


segurança, necessidades de amor e pertença, necessidades de estima e, por fim,
necessidades de autorrealização.

[60] O que é a tendência para a autorrealização?

Trata-se de uma propensão inata, de tipo instintóide. Trata-se do motivo


soberano da psicologia humana. Trata-se, enfim, da tendência que o indivíduo
tem de crescer, desenvolver-se e realizar plenamente o seu potencial. A
necessidade de autorrealização não pretende suprir um déficit, mas almeja o
crescimento.

[61] Trace o perfil psicológico das pessoas autorrealizadoras.

As pessoas autorrealizadoras: percebem a realidade de modo objetivo; têm um


profundo conhecimento de si mesmas e se acolhem como são; dedicam-se a
algum trabalho particular; são produtivas; no trato com os outros, são simples,
naturais e espontâneas; cultivam relacionamentos profundos; são afetuosas; são
autônomas e independentes; apreciam a privacidade; amam a espécie humana;
não são conformistas; são democráticas; têm grande interesse social; são
altamente éticas; são criativas; e têm experiências-pico intensas.

[62] O que são as experiências-pico?

Uma experiência-pico é a experiência suprema que um ser humano pode fazer.


Via de regra, é fugaz. Costuma ser acompanhada da sensação de êxtase e plena
realização. Por um momento, a pessoa transcende o seu self e sente-se em
perfeita harmonia consigo mesma, com os outros e com o todo circundante. A
localização da pessoa no tempo e no espaço se perde. A experiência pode ser
desencadeada pela contemplação de alguma beleza natural, pela exposição a
uma obra de arte, pela audição de uma música ou por uma experiência
amorosa. Pode ou não ter um caráter religioso.

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