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Os nazistas mataram o seu filho antes mesmo de nascer, os seus pais, a sua
mulher e o seu irmão.
O homem é livre, ainda que a liberdade de que disponha seja limitada. O ser
humano não é isento de fatores condicionantes, ele sofre determinações de
diversos tipos (biológicas, psicológicas, sociológicas etc.). Não obstante, ele é
livre para tomar uma posição frente a esses fatores tendo a possibilidade de
distanciar-se dos condicionamentos que padece e assumir diante deles esta ou
aquela atitude, podendo, inclusive, contrariá-los. Noutras palavras, o homem
não é indeterminado, mas também não é pandeterminado. Ele é determinado e
livre.
Sobre as teorias da motivação nesses autores, para Freud, o homem tem uma
vontade prazer; para Adler, uma vontade de poder; para Frankl, o que o homem
tem, fundamentalmente, é uma vontade de sentido.
[45] O que significa dizer que o sentido da vida é uma realidade objetiva?
Significa dizer que a vida já tem um sentido. Cabe ao homem descobri-lo, não
inventá-lo; encontrá-lo, não criá-lo; achá-lo, não fabricá-lo. Por isso, não se trata
de atribuir um sentido à vida, mas de cair na conta do sentido que a vida tem.
Não se trata de injetar sentido nas coisas, mas de extrair o sentido que elas já
possuem. Em vez de ser algo dado por nós, o sentido é, para nós, dado.
[46] Quais são as três maneiras de encontrar um sentido para a vida? Que
valores são realizados em cada uma delas?
Para Frankl a vida tem sentido, e pelo sofrimento estar englobado na vida, ele
também possui sentido. O sofrimento que é dotado de sentido é o sofrimento
inevitável. Já se o sofrimento for evitável, a coisa significativa de se fazer é
eliminar sua causa. Diante do sofrimento inevitável, não há nada que o homem
possa fazer para removê-lo. Ele pode, contudo, fazer, sim, alguma coisa: pode
mudar a sua atitude para com o seu sofrimento, sendo uma oportunidade para
a realização de valores de atitude. Encontrar sentido no sofrimento é dar um
testemunho extremo da capacidade humana de encontrar um sentido para a
vida. Daí que o sentido do sofrimento possa ser considerado a forma mais
elevada da experiência do sentido. Os valores de atitude ocupam uma posição
acima dos valores de criação e de experiência. Cabe, pois, ao logoterapeuta
ajudar os seus pacientes a se capacitarem não apenas para o trabalho e a
fruição da vida, mas também para o sofrimento. Em alguns casos, o
logoterapeuta tem ainda outro papel: não podendo curar ou aliviar a dor dos
seus pacientes, resta a ele o ofício de consolar.
[48] Que valores atitudinais podem ser realizados diante da culpa e da morte?
[49] O que significa dizer que o sentido da vida tem um caráter “incondicional”?
Para Freud, quem ama, idealiza a pessoa amada, colocando-a no lugar do seu
ideal do eu. Consequentemente, fecha os olhos para os defeitos da pessoa
amada – “o amor é cego” –; aumenta as eventuais qualidades que a pessoa
amada tenha; atribui à pessoa amada virtudes que ela não possui. Para Frankl, o
amor não é cego; pelo contrário, é clarividente. Quem ama, é capaz de ver na
pessoa amada não apenas o que ela é, mas o que pode vir a ser: as suas
potencialidades. E o amor encoraja e estimula a pessoa amada a se tornar o que
ela pode vir a ser.