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ATIVIDADE

O capitalismo sobreviverá? O socialismo pode funcionar? A democracia é compatível


com o sistema socialista?

São essas as interrogações que orientam o percurso da obra Capitalismo,


socialismo e democracia. Um texto clássico do século XX e principal obra do austríaco
Joseph Alois Schumpeter (1883-1950). A perspectiva desconcertante da eficiência do
sistema capitalista e a inevitabilidade histórica do socialismo foi temática significativa
que marcou a divisão ideológica depois da Segunda Guerra Mundial e foi motivo de
análise para Schumpeter, que está entre os mais importantes cientistas econômicos de
nossa história. Trata-se de um teórico heterodoxo que se afastou da leitura dos
economistas neoclássicos ao contestar o quadro estacionário nos estudos sobre o
capitalismo e inclui em suas análises a alternância das fases de prosperidade e recessão
da economia de mercado.
O autor também inaugura no debate econômico o conceito de “destruição
criativa”, segundo a qual a inovação tecnológica faz, de maneira simultânea,
desaparecer e surgir novas atividades econômicas. Nesse sentido, embora sujeito a
períodos de depressão, o capitalismo é capaz de revolucionar os meios de produção e
garantir o crescimento econômico contínuo. Apesar do entusiasmo pela dinâmica
capitalista, Schumpeter avalia algumas tendências da trajetória desse sistema rumo ao
colapso: o avanço das grandes corporações – as chamadas sociedades anônimas” – e o
desaparecimento do empresário individual inovador, substituído por administradores
assalariados; o crescimento da burocratização e das tributações; e o aumento da
hostilidade ao livre mercado e à propriedade privada, sobretudo entre camadas da classe
média intelectualizada.
Com a progressiva derrocada capitalista, o futuro estaria destinado ao
socialismo. Neste ponto, entretanto o autor opõe-se a outro grande teórico do
capitalismo: Karl Marx (1818-1883) – de quem é admirador e crítico. Diferentemente
do pensador alemão, Schumpeter considera que o capitalismo falhará não por suas
contradições internas, mas será devorado por seu próprio triunfo. Opõe-se também a
Friedrich Hayek (1899-1992) representante liberal da Escola Austríaca: Schumpeter
discorda que o socialismo seja acompanhado da servidão; para ele, o novo sistema
promoveria uma liberdade certamente limitada, mas a democracia restaria preservada
pela concorrência eleitoral.
1 – QUESTÃO
Diante de tanta relevância, para essa atividade, você deverá escrever um texto
mencionando sobre a diferença entre o pensamento marxista e o pensamento
neoclássico. O seu texto deverá ter no mínimo 15 e no máximo 25 linhas, sobre essa
temática focando na influência dos marginalistas para a escola neoclássica.

A Revolução Industrial proporcionou uma série de transformações econômicas,


sociais e tecnológicas, ocasionando a disseminação do modo de produção capitalista.
Nesse contexto, surgiram novas escolas do pensamento econômico, como a Marxista e a
Neoclássica, objetivadas em compreender as características e os desdobramentos da
sociedade capitalista, criticando ou reformulando as bases da Escola Clássica.
A Escola Marxista baseou-se em uma teoria de valor-trabalho, em que Marx
conceituou o capital por intermédio da relação do mesmo com o trabalho, planejando
escancarar o método capitalista. Ademais, a Escola do pensamento econômico Marxista
imagina o fim do capitalismo em decorrência de suas próprias contradições internas, no
qual somente com a socialização dos meios de produção aconteceria a mudança de
regime para a fase definitiva do comunismo (SILVA, 2016).
Por outro lado, a Escola Neoclássica propõe-se a atender o subjetivismo presente
nas demandas das necessidades materiais humanas, analisando com maior precaução o
comportamento do consumidor. Desse modo, a Escola do pensamento econômico
Neoclássica satisfaz o desejo do cliente de maximizar a sua utilidade ao consumir,
objetivando, consequentemente, maximizar o lucro (SILVA, 2016).
A Escola Neoclássica estruturou-se no valor-utilidade marginal, reformulando a
Escola Clássica. Ou seja, sofreu influência dos marginalistas em seus ideais, negando a
teoria valor-trabalho ao substitui-la por um critério subjetivo do consumidor. Além
disso, essa determinada escola do pensamento econômico admitiu a ausência de crises
econômicas no sistema capitalista (SILVA, 2016).
Assim sendo, torna-se notável as diferenças entre as escolas do pensamento
econômico Marxista e Neoclássica, contribuindo diretamente no entendimento do
posicionamento referente ao pensador Schumpeter.
REFERÊNCIAS

SILVA, Maria Valesca Damásio de Carvalho. Introdução às Teorias Econômicas.


Salvador, Bahia. 2016. E-book (106p.) color. ISBN: 978-85-8292-096-1. Disponível
em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/174982/4/eBook_Introducao_as_Teorias_
Economicas-Ci%C3%AAncias_Contabeis_UFBA.pdf. Acesso em: 2 set. 2021.

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