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2 ARQUIVO Financiamento Da Educação Pública
2 ARQUIVO Financiamento Da Educação Pública
Resumo
ISSN 2176-1396
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Introdução
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Conforme Saviani 1991 o ensino tradicional pretende transmitir os conhecimentos [...] Dessa forma, é o
professor que domina os conteúdos logicamente organizados e estruturados para serem transmitidos aos alunos.
A ênfase do ensino tradicional, portanto, esta na transmissão dos conhecimentos.
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Financiamento da educação
principalmente por uma sociedade mais justa. É ela a ferramenta necessária para entendermos
nosso papel perante a sociedade. Não somente uma ferramenta que nos ensine a ler, escrever e
resolver equações matemáticas, mas sim que nos faça perceber o quão importantes somos
para formação social, o quão somos capacitados para buscar nossos direitos, o quão ela nos
torna pensadores. A educação é a “chave” que proporcionará abrir quaisquer portas em nossa
vida. Assim, é um direito a todas e a todos.
Para que esta se torne atrativa para os educandos é importante buscar ferramentas para
atrair os mesmos para sala de aula. Com a rede de ensino pública cada vez mais sucateada, o
ensino se torna algo desinteressante, tanto para os educandos que acabam deixando a escola,
por não encontrarem neste ambiente algo que lhes chame o interesse e desperte a curiosidade,
como para educadores que não enxergam na vida docente a devida valorização da carreira e
acabam deixando a educação para se dedicarem a outras profissões que por serem mais
remuneradas são mais atrativas.
A partir dessas discussões percebe-se muito a questão da busca constante da melhoria
educacional brasileira, sempre ressaltando a educação universal e de qualidade. Está deve ser
considerada de qualidade quando for aberta a comunidade escolar, buscando a participação de
todos na construção de uma escola mais atrativa, com um projeto pedagógico coerente, com
infraestrutura adequada e confortável, com acesso aos mais variados recursos, onde o
educador e educando possam trabalhar conjuntamente para construção do conhecimento. É
necessário também que o docente esteja preparado intelectualmente e emocionalmente, com
uma conduta profissional baseada na ética. Sem falar da devida valorização dos mesmos, com
remuneração adequada. Nesta perspectiva Moran (2000, p. 14) salienta que são três as
variáveis, necessárias para a educação de qualidade:
O FUNDEB tem como duração inicial prevista para catorze anos (2007 a 2020), foi
criado para substituir o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério), tendo em vista corrigir algumas falhas
emitidas por esta emenda, agregando toda educação básica e não somente o ensino
fundamental. Conforme DAVIES, 2008, p. 760:
O FUNDEB, com duração prevista de 14 anos, foi criado para substituir o FUNDEF
(Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério) e pretende corrigir as falhas emitidas por esta fonte de recurso, entre
elas a exclusão da Educação Infantil, Educação de Jovens e Adultos (EJA), e Ensino
Médio, bem como a irrisória complementação Federal, embora alguns equívocos
ainda continuem sendo cometidos.
Neste sentido o FUNDEB vem a ser um grande suporte para o melhoramento dos
investimentos no ensino da rede pública brasileira. Podendo contribuir para o avanço de uma
educação de qualidade, auxiliando na redução da taxa de analfabetismo e na universalização
do ensino básico. Mas, cabe ressaltar que somente este recurso não garante todas as melhorias
necessárias para que se possa ter no ensino da rede pública o ensino de qualidade que se
pretende alcançar, pois este fundo não é segurança de que municípios mais atrasados do ponto
de vista educacional melhorem sua rede de ensino. Conforme CAMPOS; CRUZ, 2009, p.372:
Desta forma, é notória a relevância dos investimentos na rede de ensino pública, pois
quanto mais investimentos a educação pública receber, melhores serão os resultados no
futuro, pois instrução e conhecimento emancipam os sujeitos e os fazem ser atuantes nos
processos de luta pela transformação da sociedade. Assim, a educação aparece como fator de
redução das desigualdades sociais, pois aumenta sua ascensão social dos sujeitos,
proporcionando retornos crescentes para a sociedade e para o setor produtivo, ao elevar
ganhos salariais e a produtividade.
Caminhos Trilhados
Considerações finais
muitos governos desviam estas verbas para outros fins, deixando a educação sucateada e ao
abandono.
A partir da análise da legislação da Emenda Constitucional do FUNDEB é notório que
a teoria não condiz com a realidade dos investimentos. Sendo muitas vezes aprovadas leis que
não condizem com a realidade da educação brasileira. Baseados em exemplos de outros países
sem olhar pra nossa realidade. Não levando em conta as questões sociais que rodeiam as
escolas. Sabe-se que em todos os estados brasileiros ainda hoje o docente é mal remunerado e
desvalorizado, não há infraestrutura adequada para receber os educandos, há uma
superlotação de salas de aula e fechamento de outras escolas e outros tantos problemas
enfrentados na educação básica. Os impostos, as arrecadações e os recursos existem o que
realmente acontece é o desvio de verba pública, o esquecimento dos governantes em prol da
sociedade e uma onda de conservadorismo, tanto social como educacional.
Não podemos ter uma educação precária e estagnada no século passado, necessitamos
de uma escola com recursos de qualidade que supram as lacunas dos nossos educandos do
século XXI. Para que possamos usufruir a melhor maneira de um ensino que dê condições
dignas e igualitárias de ensino a todas e a todos, devemos lutar pelos direitos estabelecidos na
Constituição Federal de 1988, lutando por uma educação universal e de qualidade. A escola
deve ser o centro de formação social do educando, fazendo refletir e instigando seu lado
crítico. Cabe ao Estado proporcionar mecanismos para formação de qualidade de nossos
jovens, investindo e não desviando recursos dos programas de assistência a educação pública.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Bruno César. CRUZ, Breno de Paula Andrade. Impactos do FUNDEB sobre a
qualidade do ensino básico público: uma análise para os municípios do Rio de Janeiro.
Revista de Administração Pública, Rio de janeiro, v.43, n.2. Abr.2009. Disponível em
<http: /www.scielo.br/scielo>. Acesso em 17 dez 2016.
MORAN, J.M. Novas tecnologias e mediação pedagógica/ Jose Manuel Moran, Marcos T.
Masetto, Marilda Aparecida – Campinas, SP: Papirus, 2000.
RAMOS, Nara Vieira; SARTUNI, Rosane Carneiro. A relação teoria e prática na formação de
formadores: a experiência do Programa de Iniciação á Docência. In TOMAZETTI, Elisete
Medianeira; LOPES, Anemari Roesler Luersen Vieria. PIBID UFSM: experiências e
aprendizagens. São Leopoldo: Oikos,2013.
______. Da nova LDB ao Fundeb: por uma outra política educacional. 2 ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2008. 334 p. (Coleção educação contemporânea)