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"INSTITUI A
CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DO
SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ±
COSIP, PREVISTA NO ARTIGO 149-A DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS´.

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Art. 1º Fica instituída a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública,
com a
finalidade de custear o serviço de iluminação pública do Município.

Parágrafo único. O serviço previsto no  compreende a iluminação de vias,


logradouros e
demais bens de uso comum do povo, e a instalação, a manutenção e o melhoramento da
rede de
iluminação pública.

Art. 2º Contribuinte da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública é


todo
aquele que possua ligação de energia elétrica, cadastrado junto à concessionária de
serviço
público de distribuição de energia elétrica do Município.

Art. 3º A cobrança da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública será


incluída na fatura mensal emitida pela empresa concessionária de distribuição de
energia
elétrica do Município, observando-se o mesmo vencimento da fatura de energia elétrica
de cada
unidade consumidora.

Art. 4º O valor mensal da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública


será
aquele que corresponder à faixa de consumo de energia elétrica indicado na fatura
emitida pela
empresa concessionária de distribuição de energia elétrica do Município, conforme a
tabela de
que trata o Anexo desta Lei.

§ 1º O recolhimento da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública


fora do
prazo não acarretará a incidência de quaisquer acréscimos legais desde que efetuado
antes do
encaminhamento, à Secretaria Municipal de Fazenda, da relação de inadimplentes de
que trata
o parágrafo único do art. 5º.

§ 2º A falta de pagamento da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação


Pública
incluída na fatura mensal autoriza a repetição da cobrança pela concessionária de
distribuição
de energia elétrica, na forma adotada por ela para a cobrança da tarifa de energia
elétrica, até o
mês imediatamente anterior ao do encaminhamento da relação de inadimplentes à
Secretaria
Municipal de Fazenda.

§ 3º Os valores da tabela constante do Anexo serão atualizados a cada exercício pelo


mesmo
índice aplicado aos créditos tributários de que trata a Lei nº 3.145, de 8 de dezembro de
2000.

Art. 5º Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênio ou contrato com a


concessionária de distribuição de energia elétrica para cobrança da Contribuição para
Custeio
do Serviço de Iluminação Pública.

Parágrafo único. A concessionária ficará responsável pelo encaminhamento periódico


do
cadastro de unidades consumidoras e da relação anual dos contribuintes inadimplentes à
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Secretaria Municipal de Fazenda, bem como pela prestação de todas as informações por
esta
solicitadas, nos termos do convênio ou do contrato.

Art. 6º Caberá à Secretaria Municipal de Fazenda proceder ao lançamento da


Contribuição para
Custeio do Serviço de Iluminação Pública nos casos de inadimplência.

Parágrafo único. Aos créditos constituídos nos termos deste artigo aplicar-se-ão:

I ± os acréscimos moratórios previstos no art. 181 da Lei nº 691, de 24 de dezembro de


1984,
contados a partir do vencimento inicial da cobrança;

II ± as normas processuais vigentes para a exigibilidade dos demais créditos da Fazenda


Municipal, conforme dispuser o Regulamento.

Art. 7º O montante arrecadado da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação


Pública
será destinado ao Fundo Especial de Iluminação Pública, ora instituído, vinculado
exclusivamente ao custeio do serviço de iluminação pública, tal como definido no
parágrafo
único do art. 1º desta Lei.

Parágrafo único. O Fundo Especial de Iluminação Pública fica vinculado à Secretaria


Municipal de Obras e Conservação.

Art. 8º O Poder Executivo baixará os atos necessários à disciplina do Fundo Especial de


Iluminação Pública previsto no art. 7º e à regulamentação da cobrança da Contribuição
para
Custeio do Serviço de Iluminação Pública.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de
1º de
janeiro de 2010 ou noventa dias após sua publicação, o que vier depois.

Plenário Teotônio Villela, 27 de maio de 2009.

VEREADOR LUIZ CARLOS RAMOSPSDB


ANEXO

Faixa de consumo mensal (KWH) Valor (R$)

Até 80 0,00
Superior a 80 até 100 2,00
Superior a 100 até 140 3,00
Superior a 140 até 200 4,50
Superior a 200 até 300 6,50
Superior a 300 até 400 9,80
Superior a 400 até 500 12,80
Superior a 500 até 1.000 16,00
Superior a 1.000 até 5.000 30,00
Superior a 5.000 até 10.000 60,00
Superior a 10.000 90,00c

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âUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei nº _____, de 2010, encaminhado a esta Casa de Leis pelo
Poder Executivo que institui, no Município de Buritirama, a Contribuição para Custeio
do Serviço de Iluminação Pública, prevendo a cobrança junto à conta de luz da referida
Contribuição, seguindo o modelo utilizado em diversos Municípios do Brasil.

Os Municípios da Federação encontram-se autorizados constitucionalmente a instituir a


Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, com base nos preceitos
contidos no artigo 149-A da Constituição Federal, dispositivo este decorrente da
Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de2002.

Como se trata de um tributo de caráter universal entende-se que sua cobrança deve
atingir o maior número possível de beneficiados pelo serviço de iluminação pública
atendendo aos princípios constitucionais da isonomia tributária, da capacidade
contributiva e da justiça social.

Por conseguinte, tomando por base a autorização expressa no parágrafo único do art.
149-A da Constituição Federal, é instituída a cobrança na fatura de consumo de energia
elétrica, exigindo a contribuição de todos os que possuam ligação de rede elétrica e
estejam devidamente cadastrados junto à concessionária do serviço de iluminação
pública do município.

Com a cobrança da contribuição, nos termos ora apresentados, alcança-se um universo


maior de contribuintes, na tentativa de que esse número se aproxime o máximo possível
do universo real atingido pelo serviço de iluminação pública.

A cobrança da contribuição na fatura de energia elétrica é favorável sob o aspecto de


sua praticidade, uma vez que a Administração Tributária aproveita a estrutura
operacional já existente da concessionária de energia elétrica do Município para fins de
arrecadação do tributo.

Em relação ao valor da contribuição, apresenta-se proposta de cobrança estabelecendo


valores fixos por faixa de consumo de energia elétrica. O critério proposto tem por
finalidade tornar a cobrança do tributo mais justa, determinando, assim, que os que
consomem menos energia elétrica deverão contribuir em menor proporção para o
custeio do serviço de iluminação pública.

Importante esclarecer que o critério ora proposto atende fielmente à finalidade a que se
propõe essa contribuição, qual seja, custear o serviço de iluminação pública. Assim
sendo, o presente Projeto de Lei é apresentado e para o qual conta-se com aprovação
dos Ilustres Vereadores.

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