Você está na página 1de 46

FACULDADE PIAGET

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

ADRIANA DIAS PATRICIO

A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA


ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS.

Suzano
2020
FACULDADE PIAGET
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

ADRIANA DIAS PATRICIO

A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA


ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS.

Trabalho de conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para
obtenção do grau de Licenciatura em
Educação Física pela Faculdade Piaget sob
a orientação da Prof.ª Me Gleice Branco
Silva.

Suzano
2020
Ficha Catalográfica
Biblioteca da Faculdade Piaget – Campus Suzano

P341i Patrício, Adriana Dias


A importância da dança nas aulas de Educação Física Escolar nos
anos iniciais / Adriana Dias Patrício. -- Suzano: Faculdade Piaget, 2020.
43 p.

Trabalho apresentado a Faculdade Piaget como requisito parcial


para obtenção do título de Graduação em Educação Física, sob
orientação do Prof. Ms. Gleice Branco Silva.

1. Educação física escolar 2. Dança/aspectos sociais 3. Educação


Física/estudo e ensino I. Silva, Gleice Branco II. Título

CDD 796.017

Catalogação na publicação: Maria Cristina Alves Silva Xavier - CRB-8/10077


Adriana Dias Patricio

A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA


ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS

Trabalho de conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para
obtenção do grau de Licenciatura em
Educação Física pela Faculdade Piaget
sob a orientação da Prof.ª Me Gleice
Branco Silva.

Data de apresentação: ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof.ª Me Gleice Branco Silva.

___________________________________
1º Examinador (grau e nome completo)

___________________________________
2º Examinador (grau e nome completo)
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, em


especial ao meu filho Guilherme, minha
mãe Elzita, meu pai José e meu irmão
Ricardo pelos meus momentos de
ausência e por terem me ensinado a ter fé
em Deus, ao lado d’ele, ter traçado minha
vida.
AGRADECIMENTOS

Pensei em várias formas de agradecer a todos que caminharam comigo nesta


jornada e que direta ou indiretamente cooperaram na realização deste trabalho.
Então resolvi agradecer a Deus em primeiro lugar, para não correr o risco de
esquecer ninguém. Pedi a ele que abençoe a todas as pessoas que me ajudaram e
facilitaram minhas conclusões.
Mas seria injusto não dividir este momento com algumas pessoas especiais, e
sem desmerecer ninguém agradeço:
- a minha orientadora e professora Me Gleice Branco Silva, pela paciência,
experiência e tempo dedicados a mim.
- a minha amiga e maitre de ballet Maria Dolores Pestelli, pelos longos 15
anos de ensinamento da dança nos palcos e fora deles.
- a minha amiga Clara Espezio, por sua disponibilidade sempre.
- a amiga e coordenadora da Linguagem de dança Juliana Lawall, por seu
ombro amigo, abraço fraterno e conselhos.
- aos meus amigos do 6º do semestre em Educação Física, pela a companhia
e apoio sempre.
- a minha coordenadora do curso de Educação Física Dr. Luciene Mello,
professor Dr. Marcus Vinicius Palmeira e ao professor Me Clovis Claudino Bento
pelos puxões de orelha, conselhos e orientação sempre com carinho.
GRATIDÃO
EPÍGRAFE

“Um observador de uma pessoa em movimento fica


imediatamente consciente, não apenas dos percursos e ritmos
de movimento, mas também das atmosferas que os percursos
carregam em si, já que as formas do movimento através do
espaço são tingidas pelos sentimentos e pelas idéias.”

Rudolf Von Laban (bailarino e coreógrafo húngaro)


PATRICIO, Adriana D. A importância da dança nas aulas de educação física
escolar nos anos iniciais. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Educação Física Licenciatura) - Faculdade Piaget, Suzano, 2020.

Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da dança como


prática pedagógica, que pode influenciar positivamente no desenvolvimento das
crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental nas aulas de Educação Física
Escolar, contribuindo no desenvolvimento tanto nos âmbitos intelectuais quanto
motor. Este estudo envolveu uma revisão bibliográfica de caráter qualitativa e
exploratória, esclarecendo o tema tratado através dos artigos encontrados na base
de dados Scielo, que estavam de acordo com os principais assuntos abordados
nessa pesquisa. Os resultados foram discutidos articuladamente, através de uma
leitura aprofundada dos artigos. Constatou-se que tanto os professores já formados
e mesmo os recém-formados em Educação Física, tem enfrentado dificuldades em
abordar a dança em suas aulas, por considerar ela um terreno desconhecido e
intimidador. Conclui-se que a Dança apresenta novos olhares para o ser humano,
mostrando que nos anos iniciais ele pode criar expressar, aprender, se socializar e
cooperar se educando através da dança, pois levará este desenvolvimento durante
sua passagem pelos próximos ciclos de estudo escolar e se faz necessário, o
professor de Educação Física lutar contra estas dificuldades e estudar mais
abordagens e métodos nesta área, para trazer e fazer os alunos se interessarem
pelo conteúdo, tanto teórico quanto prático.

Palavras-chaves: Dança, Educação Física e Escola


PATRICIO, Adriana D. The importance of dance in school physical education
classes in the early years. 2020. Course Completion Work (Graduation in Physical
Education Degree) - Piaget College, Suzano, 2020.

This work aims to stand out the importance of dance as a pedagogical practice,
which can positively influence the development of children in the early years of
elementary school in school physical education classes, contributing to the
development of both intellectual and motor levels. This study involved a qualitative
and exploratory literature review, clarifying the theme addressed through the articles
found in the Scielo database, which were in agreement with the main subjects
addressed in this research. The results were discussed jointly, through an in-depth
reading of the articles. It was found that both teachers already graduated and even
recent graduates in Physical Education, have faced difficulties in approaching dance
in their classes, because it considers it an unknown and intimidating terrain. It is
concluded that the Dance presents new perspectives for the human being, showing
that in the initial years he can create express, learn, socialize and cooperate by
educating himself through dance, because it will lead this development during his
passage through the next cycles of school study and it is necessary for the Physical
Education teacher to fight these difficulties and study more approaches and methods
in this area , to bring and make students interested in content, both theoretical and
practical.

Keywords: Dance, Physical Education and School


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 09
2 OBJETIVOS 11
2.1 OBJETIVOS GERAIS 11
2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12
3 EDUCAÇÃO FÍSICA 12
3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 14
3.1.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 15
4 DANÇA 17
4.1 DANÇA NA ESCOLA 19
4.1.1 DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA 20
4.1.2 DANÇA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNS) 23
5 BENEFÍCIOS E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS ATRAVÉS DA DANÇA
NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 25
6 METODOLOGIA 27
7 RESULTADOS 28
8 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 30

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33

REFERÊNCIAS 35
9

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a Educação Física é disciplina obrigatória nas escolas, e seu


desenvolvimento é especifico para cada ciclo da educação; As escolas contam com
os PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS1, que norteiam os professores com
relação a conteúdos, sendo que cada um é destinado a uma determinada fase.

Segundo Gallahue (1979) citado por Buczek (2009) nas séries iniciais é exigido
um acompanhamento detalhado e cuidadoso de cada criança, pois é a infância a fase
mais importante para a pratica da atividade física e desenvolvimento motor, isso
porque é nesse momento em que se começa a aperfeiçoar os movimentos; a fase
dos 6 aos 12 anos é a mais longa e rica para a formação do acervo motor da criança.

Sendo assim é importante que o professor propicie aos alunos oportunidades


que possibilitem o desenvolvimento de suas competências e habilidades,
imprescindíveis a seu crescimento e desenvolvimento, tendo que todos os alunos são
capazes de aprimorar seus movimentos por meio da Educação Física. (BUCZEK,
2009)

Segundo os objetivos dos programas oficiais da Educação Física e Desporto


são responsabilidades do processo educativo possibilitar que os alunos possuam, no
fim da idade escolar, uma elevada capacidade funcional em todos os processos de
condução motora, para assim se adaptarem de forma rápida e proveitosa às mais
diversas rotinas diárias de vida, bem como aprenderem novas habilidades (HIRTZ;
HOLTZ, 1987; LOPES, 2003).

Um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura da criança nos


aspectos sociais, intelectuais e culturais, pois ter alguma dificuldade motora faz com
que a criança se refugie do meio, consequentemente deixando de realizar ou

1
Os Parâmetros curriculares nacionais (PCN) foram escritos como referenciais e
orientações pedagógicas para os profissionais docentes da educação infantil. Você professor, pode
utilizá-los para consultas, anotações, elaboração de projetos e discussões entre seus colegas e os
familiares das crianças que atende.
10

realizando com pouca frequência determinadas atividades. Todas as crianças


passam pelos estágios de motricidade humana, mas nem sempre ao mesmo tempo
e com a mesma velocidade, pois se sabe que o desenvolvimento motor é o processo
de mudanças no comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema
nervoso central, quanto à interação com o ambiente e os estímulos dados durante
este desenvolvimento (GALLAHUE, 1996).

Silva et al (2008, p. 37) apontam uma das possíveis razões para essa
realidade: “existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo, por exemplo,
nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o sentido dessa
palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser desenvolvidas através dela.”
Marques (2007, p. 22), realça as análises dos autores afirmando que: “na grande
maioria dos casos, professores não sabem exatamente o que, como ou até mesmo
porque ensinar dança na escola.”

A dança pode ser um meio de motivar os alunos a vivenciar a novas práticas,


trazendo exemplos passados de que ela é importante, e necessária. Os professores
devem dar a túnica formal e estimular a criatividade para se expressarem. Fomentar
que a mesma os envolva de forma integrada, pois não se trata apenas de conteúdo,
os sentimentos, as emoções, são importantes para sua formação (VARANDA, 2012).

De acordo com Ferreira (2005) as atividades rítmicas e expressivas, mostram


uma grande gama de conhecimentos produzidos pela cultura corporal, em especial a
dança, que permite compreender o corpo de forma holística, integrada, sem
fragmentá-lo nos aspectos físico e cognitivo.

De uma forma integrada a dança ajuda em um processo de harmonia e


socialização, no próprio ambiente escolar. Nas aulas de educação física
encontramos muitos alunos indispostos, indisciplinados por falta de interesse, alguns
desligados da escola, com baixa autoestima, mas a própria aula de dança traz
consigo, uma natureza motivadora pela necessidade de se expressada.
(RODRIGUES, 2010).

Pode-se refletir também que a dança nas escolas, durante as aulas de


Educação Física é um meio para o desenvolvimento da criança em todos os
aspectos, trazendo uma vivência nova de prática, deixando a aula mais agradável e
11

diversificada, possibilitando motivação. Além de proporcionar novos movimentos e


estimular a liberdade para se expressar (NEVES, 2012).

A dança é rica, mas muitas vezes aparecerem professores que possuem


dificuldade em usar esta ferramenta e por esse fato, acabam se precipitando e sem
um conhecimento devido, repassam o ensino de forma inadequada, podendo afetar
o desenvolvimento do aluno, causando assim, vários outros problemas. Novas
propostas devem ser almejadas, novos desafios devem ser vivênciados
(GALLARDO; SBORQUIA, 2002).

É um importante instrumento de trabalho, pois a dança nos traz uma


linguagem corporal como um processo de ensino e aprendizagem. De forma
gradativa, traz valores que outros métodos não trazem. A dança aperfeiçoa suas 8
habilidades e de maneira pedagógica, uma complementação íntegra do aluno e sua
formação (SILVA, 2008).

A dança é um conteúdo pouco abordado na escola, se tornando desta forma


um desafio. A dança é um benefício e que pode trazer uma autonomia ao aluno,
além de ser um conteúdo inovador como objetivo de desenvolver o aluno em
expressão corporal e autonomia através de tomadas de decisões.

Por meio da Dança pode-se proporcionar o desenvolvimento da educação e


da formação humana. A Dança quando trabalhada nas aulas de Educação Física
está preparando o aluno para opinar, refletir, discutir e propor mudanças
significativas, permitindo que ele, construa e aborde conhecimentos que possibilitem
sua formação nas mais amplas dimensões? Qual o real significado da Dança nas
aulas de Educação Física? Ela tem ocupado seu espaço, uma vez que é
manifestação da cultura corporal?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


12

Mostrar a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas, de caráter


exploratório, a importância da dança como prática pedagógica.

2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Como a dança pode influenciar positivamente no desenvolvimento das


crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental nas aulas de Educação Física
Escolar, contribuindo no desenvolvimento tanto nos âmbitos cognitivos quanto
motor.

3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Analisando o processo histórico da Educação Física no Brasil, percebemos


que a mesma teve várias tendências que foram mudando no decorrer dos anos, sob
a influência de várias áreas como: a médica, a militar e a esportiva (BRASIL, 1997).

No inicio da implantação da Educação Física, ela esteve sob influência


médica, assumindo uma função higienista, que buscava modificar os hábitos de
saúde e higiene da população. Acreditava-se que através dela era possível formar
indivíduos fortes e saudáveis que preservariam a hegemonia da raça (GALLARDO,
2000).

Nos anos 70, a Educação Física passa a ser caracterizada como esporte,
considerada como fator que poderia colaborar na melhoria da força de trabalho da
economia brasileira. Neste período estreitaram-se os vínculos entre o esporte e
nacionalismo, influenciados pela Copa do Mundo de 1970 (BRASIL, 1997).

Em relação à legislação de 1971, a Educação Física ganha espaço como


atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolvem e aprimoram
forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando. Sendo que a ênfase
dada à aptidão física, a torna referência fundamental para planejar, controlar e
avaliar (GALLARDO, 2000).
13

Mas, na década de 80 começaram a haver contestações a respeito desta


aptidão física, pois o Brasil não se tornou uma nação olímpica nem aumentou o
número de praticantes de atividades físicas. Isto acarretou uma crise de identidade
na Educação Física escolar, fazendo com que a mesma que prioriza o ensino de 5a
a 8a série, ampliasse e priorizasse o ensino a partir da pré-escola (BRASIL, 1997).

Atualmente, a Educação Física busca uma nova estruturação, baseada em


estudos das influências que o meio físico e social têm sobre o desenvolvimento
humano (GALLARDO, 2000).

Conforme enfatizado por Guirardelli Junior (1988), a Educação Física é de


fundamental importância ao ser humano, já que pode contribuir para a
autodisciplina, desenvolver os valores estéticos, os valores cooperativos, o
raciocínio, a presteza mental e a saúde.

Além disso, a Educação Física é sobre tudo Educação, envolvendo o


homem como uma unidade em relação dialética com a realidade social. Pois, como
ato educativo, está voltada para a formação do homem, tanto em sua dimensão
pessoal como social (GONÇALVES, 1994).

O homem é movimento, o movimento que se torna gesto, o gesto que fala


que instaura a presença expressiva, comunicativa e criadora. Aqui, justamente neste
espaço está a Educação Física, a qual terá maior identidade e maior autonomia
quando se aproximar mais do homem e menos das antropologias. Quando deixar de
ser instrumento ou função, para ser arte; quando se afastar da técnica e da
mecânica e se desenvolver criativamente, pois, deve ser gesto criador (SANTIN,
1987).

A Educação Física está presente na escola brasileira, tanto pública como


particular, como disciplina curricular obrigatória, ou seja, "a Educação Física é a
disciplina curricular em todos os graus de ensino" (SOUZA NETO, 1992, p. 14).
Além da escola, ela está presente, em outros espectros da vida social, como clubes,
academias, centros desportivos.

Como se sabe, ela possui curso de graduação específico, com formação


voltada tanto ao bacharel quanto ao licenciado, em universidades públicas e
14

privadas. Sua pós-graduação vem se consolidando no Brasil juntamente com grupos


de estudos e meios de divulgação científica. Com o surgimento da pós-graduação
no Brasil, "foram dados os primeiros passos para que a educação física
desenvolvesse um corpo de conhecimento que lhe seria específico" (PELLEGRINI,
1988, p. 250).

Quando se pensa na área de Educação Física na escola, um de seus


objetivos é fazer com que os alunos tenham "consciência do real valor da atividade
física, do movimento à vida do ser humano" (TANI, 1988, p. 28). Ou seja, os alunos
precisam incorporar "a atividade física, o movimento como fatores essenciais ao
desenvolvimento do seu bem-estar geral"

Para Gonçalves (1994) o ensino da Educação Física se dá como "atuação


intencional sobre o homem como ser corpóreo e motriz" (p. 134), além de ter um
papel importante na "formação do homem como um ser integral e um agente de
transformação social" (p. 167).

3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Apesar de as crianças entrarem na escola com uma grande carga de


conhecimento, de habilidades, produzidas pelo seu cotidiano, é na escola que a
aprendizagem é organizada, é ali onde são organizadas as condições especificas para
a transmissão e assimilação de conhecimentos e habilidades. Esta organização
intencional, planejada e sistemática das finalidades e condições da aprendizagem
escolar é tarefa especifica do ensino (MELO E URBANETZ, 2008) A escola tem o
dever de proporcionar ao aluno desde sua entrada na escola maneiras de aperfeiçoar
sua parte motora.

O indivíduo é um ser de carências e está em constante aprendizado. E


tratando-se do aprendizado da corporeidade, ele só ocorre em condições ambientais
favoráveis ao seu desenvolvimento. O papel da escola e do professor é criar um
ambiente acolhedor e propor situações aos seus alunos, para que possam também
explorar e desenvolver sua corporeidade. (KAEFER E ASSIS, 2008)
15

De acordo com Buczek (2009), durante muito tempo, as aulas de Educação


Física foram vistas como o momento para o lazer ou de trabalhar o corpo,
desenvolvendo suas funções físicas, reforçando uma concepção dicotômica de corpo
e mente. Atualmente a Educação Física é considerada, legalmente como disciplina
integrante do projeto pedagógico da escola, observada a lei de diretrizes e bases
promulgada em 20 de dezembro de 1996. Essa lei coloca a Educação Física no
mesmo patamar de importância que as outras disciplinas no contexto escolar. A
Educação Física como componente curricular, esta no bloco de Linguagens, códigos e
suas tecnologias (FINCK, 2011).

A Educação Física é identificada como disciplina curricular integrado ao projeto


político-pedagógico da escola (KUNZ, 2001). A vivencia da prática da Educação Física
oportuniza o desenvolvimento não só de habilidades, mas de competências
importantes para uma melhor convivência em grupo, como a capacidade de
compartilhar, trocar, ouvir e aprender uns com os outros (FINCK, 2011)

A vida, nos grandes centros urbanos, impõe enormes restrições à atividade


física espontânea da criança. Essas restrições acabam por induzir a hábitos
extremamente sedentários, tornando iminente o risco de graves consequências para
a saúde física e mental. A prática regular de atividade física se torna uma
necessidade para as crianças e uma fonte preciosa de saúde, a qual promove o
melhor crescimento e desenvolvimento do praticante (BARROS NETO,1997).

Se dissermos que a Educação Física é parte da escola e reconhecemos que


existe uma cultura escolar de movimento, como uma das “entidades culturais” que a
compõe, também é verdade que sua presença no mundo da escola legitima-se pela
pedagogização de práticas corporais assumidas como manifestações do movimento
humano, construídas a partir das inter-relações estabelecidas em diferentes
momentos e contextos sócios históricos (KUNZ, 2001).

3.1.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


16

“Conforme os estudiosos do desenvolvimento infantil, o corpo é o primeiro


objeto de interação do sujeito com o mundo” (MATRIZ CURRICULAR
EDUCACIONAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA,1998)2.

A educação Física na Educação Infantil pode configurar-se como um espaço


em que a criança brinque com a linguagem corporal, com o corpo, com o
movimento, alfabetizando-se nessa linguagem. Deve-se relacionar aos jogos e
brincadeiras, às ginásticas, às danças e às atividades circenses, sempre tendo em
vista a dimensão lúdica como elemento essencial para a ação educativa na infância
(AYOUB, 2001, p. 57).

De acordo com Buczek (2009), as atividades a serem desenvolvidas nas


séries iniciais no ensino fundamental são as seguintes: jogos, esportes, dança e
Ginástica; e ainda coloca a autora os conteúdos que são trabalhados nesses eixos:
Psicomotricidade, Percepção do corpo no espaço, Coordenação óculo-manual,
Coordenação óculo-pedal, Orientação espacial, Organização espacial, Estruturação
espaço-temporal, Esquema corporal. E ainda lembra as habilidades a serem
desenvolvidas: Valências físicas (equilíbrio, força, velocidade, flexibilidade,
coordenação, capacidade rítmica). E por último o aprimoramento das percepções
(acuidade visual, acuidade auditiva, acuidade gustativa e olfativa e tato).

Segundo Kaefer e Assis (2008) a Educação Física na infância é uma


ferramenta de descoberta dos próprios limites, sucessos e desafios, tendo, através
do brincar, um caminho para a realização das atividades motoras importantes para o
seu desenvolvimento; É fundamental para o crescimento do aluno, experimentar as
mais variadas sensações com seu corpo. Brincar com seu corpo e com os corpos dos
colegas, trocando assim, diversas experiências e aprendizagens.

É saudável e divertido para as crianças no horário da Educação Física deixá-los


um pouco livres, brincando no pátio, cada um de sua forma, uns com bolas, outros
com cordas, uns com os outros correndo, saltando. As crianças devem ter seus
momentos livres, pois criar suas próprias brincadeiras faz parte do processo, porém
como coloca Ayoub (2001) também devemos favorecer a brincadeira e não realizar

2
Usada para direcionar os docentes quanto ao desenvolvimento e direcionamento das aulas.
17

um abandono pedagógico, não devemos abrir mão da mediação do adulto no


processo educativo da criança, pois é no contexto da brincadeira que precisamos
aprender a realizar o nosso papel.

Segundo os objetivos dos programas oficiais da Educação Física e Desporto


é responsabilidade do processo educativo possibilitar que os alunos possuam, no
fim da idade escolar, uma elevada capacidade funcional em todos os processos de
condução motora, para assim se adaptarem de forma rápida e proveitosa às mais
diversas rotinas diárias de vida, bem como aprenderem novas habilidades (HIRTZ ;
HOLTZ, 1987; LOPES, 2003).

Ainda no PCN em nota especial, coloca-se que a falta de equipamentos e


espaços para o desenvolvimento da Educação Física na Educação Infantil, não deve
ser tornar obstáculo para seu desenvolvimento, pois há inúmeras formas de se
adaptar nos espaços e de cada estabelecimento de ensino.

Para o profissional que trabalha nessa fase escolar com a disciplina de


Educação Física, é necessário muito estudo, pesquisa, conhecimento do corpo
como um todo, desenvolvimento humano, anatomia, fisiologia, para assim podermos
realizar realmente uma Educação Corporal, que interfira beneficamente no
desenvolvimento da criança. Aos professores é oferecido o PCN documento onde
consta orientações, objetivos e conteúdos para cada ciclo escolar, ajudando assim o
professor a orientar-se e desenvolver o correto e ideal para cada fase.

4 DANÇA

A dança é considerada uma das artes mais antigas. É a única que dispensa
qualquer material como ferramenta, pois depende somente do corpo e da vitalidade
humana para cumprir sua função, conforme analisou Nascimento (2002).

De acordo com o Langendonck (2009) na Era Primitiva, entre 9000 e 8000


A.C, nos períodos Paleolítico e Mesolítico, a dança estava relacionada diretamente à
sobrevivência, no sentido de que os homens vivendo em tribos isoladas e se
alimentando de caça, pesca e frutos colhidos da natureza, criavam rituais em formas
18

de dança, buscando impedir que eventos naturais pudessem prejudicar suas


práticas.

Segundo os estudos de Fahlbusch (1990), os primeiros documentos sobre a


origem pré-histórica dos passos de dança, são provenientes de descobertas das
pinturas e esculturas gravadas nas pedras lascadas e polidas das cavernas.

Portinari (1989) afirma que a dança estava presente celebrando as forças da


natureza bem como as mudanças das estações. Contudo, até hoje não se tem
clareza de quando e por que o homem dançou pela primeira vez. Na medida em que
arqueólogos conseguem traduzir inscrições dos povos pré-históricos, elas nos
indicam a existência da dança como parte integrante de cerimônias religiosas,
permitindo afirmarmos que talvez esta tenha nascido concomitantemente à religião.

Dançar pode significar uma tentativa de comunicação, de expressão de


sentimentos e idéias, ou de rituais, como bater as mãos e os pés ritmicamente para
aquecer os corpos antes da caça e dos combates. “A dança nasce com o homem.
Já nas cavernas, ele batia os pés ritmicamente para se aquecer e comunicar. Em
todas as civilizações se dança, de maneira diferente e por vários motivos” (BOGÉA,
2002, p.48).

Desde a Pré-História o homem dançava. A dança surge como fruto da


necessidade de expressão do homem, pois sempre esteve presente nos momentos
solenes da humanidade (...) “das cavernas à era dos computadores, a Dança fez e
continua fazendo história”. (SBORQUIA e GALLARDO. 2006).

Faro (1986 p.13) nos aponta que assim como a arquitetura veio da
necessidade de constituir uma moradia fixa, segura para o homem e sua família, a
Dança veio da necessidade deste mesmo homem poder se expressar exprimindo
assim seus sentimentos.

Garaudy (1980 p. 27), na sua obra Dançar a Vida, afirma que:

A vida cotidiana pode ser expressa pela linguagem, mas não os


acontecimentos que a transcendem. A dança exprime estas
transcendências. O homem dança para falar sobre o que ele honra ou sobre
o que o emociona.
19

A dança é um conteúdo estruturante da Educação Física tão importante como


os demais, ao descartá-lo prejudicamos a formação do aluno, o ensino de Dança
nas escolas reclama mudanças. O agir e refletir muitas vezes não se faz presente na
dança escolar e como vemos em Moreira (2004) a prática da Dança nas aulas de
Educação Física deve propiciar o construir de uma cultura reflexiva. O movimento
pelo movimento precisa ser banido, a aula de Dança deve ser um espaço para a
transformação dos alunos. Seguindo este mesmo pensamento Vianna (1990) nos
diz que a técnica todo mundo pode aprender, mas a técnica não é nada sem a
reflexão.

Além da dança ser estudada em sua própria graduação, "ela é compartilhada


pela Educação Física e por outras áreas do conhecimento" (EHRENBERG, 2003, p.
46), ou seja, ela pode ser estudada em outras graduações, como é o caso das Artes
Cênicas, Educação Artística, Comunicação Social (PACHECO, 1999), Educação
Física e Artes Plásticas.

O que significa que além da dança, os licenciados em Educação Física,


Artes Cênicas e Artes Plásticas também são capacitados para ministrar aulas de
dança no ambiente escolar (EHRENBERG, 2003).

Para Ehrenberg (2003), tanto os profissionais formados em Dança, como


em Educação Física, como em Artes podem ensinar dança na escola, mas "faz-se
necessário realmente delimitar o âmbito de atuação e deixar claro o aprofundamento
dado ao objeto de estudo por cada um destes profissionais" (p. 59).

4.1 DANÇA NA ESCOLA

[...] a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com


ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a
explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem
novos sentidos, movimentos livres [...]. Verifica-se assim, as infinitas
possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio
dessa atividade (PEREIRA et al 2001, p. 61) .

Para Laban (1990, p. 108), quando criamos e nos expressamos por meio da
dança ao executarmos e interpretarmos seus ritmos e formas, preocupamo-nos
exclusivamente com o próprio movimento.
20

A dança hoje é percebida por seu valor em si, muito mais do que um
passatempo ou divertimento. Na educação, ela deve estar voltada para o
desenvolvimento global da criança e do adolescente, favorecendo todo tipo de
aprendizado que eles necessitam. Uma criança que na pré-escola teve a
oportunidade de participar de aulas de dança, certamente, terá mais facilidade para
ser alfabetizada. (TREVISAN, 2006).

Barreto (2004) destaca os diferentes motivos que justificam a importância e a


viabilização do ensino de dança na escola: propiciar o autoconhecimento; estimular
vivências da corporeidade na escola; proporcionar aos educandos relacionamentos
estéticos com as outras pessoas e com o mundo; incentivar a expressividade dos
indivíduos; possibilitar a comunicação não verbal e os diálogos corporais na escola;
sensibilizar as pessoas, contribuindo para que elas tenham uma educação estética,
promovendo relações mais equilibradas e harmoniosas diante do mundo,
desenvolvendo a apreciação e a fruição da dança. (BARRETO, 2004, p. 66)

De acordo com Ferreira (2009), a dança na escola aparece como facilitadora


de momentos de prazer, espontaneidade e criatividade, respeitando a
individualidade e limitações de cada um, e estimulando o desenvolvimento dos
alunos forma consciente e integral.

4.1.1 DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA

A dança, uma arte milenar, acontece no corpo e integra um campo de


possibilidades que amplia os processos de aprendizagem e formação humana. O
corpo é matriz geradora de movimento e de linguagens artísticas refletindo as
sociedades nas quais estas manifestações ocorrem; desta forma, o movimento é
uma forma complexa de pensamento inserido em uma rede de relações sociais
(CAZÉ, 2008).

A dança está presente em diferentes momentos de nossas vidas, de


diferentes formas, com diferentes sentidos. Dançamos desde crianças, sozinhos, em
rodas, nos braços de nossos pais; quando adolescentes dançamos sozinhos
imaginando estar com alguém ou com alguém bem mais perto, ou mesmo com muita
gente ao redor, mas sozinha na dança. São diversas as significações postas a esse
21

dançar, desde a brincadeira, o jogo, a conquista, a descoberta, a experimentação, a


recordação, o encantamento; são tantas que como significações ficam ali, dentro e
fora das pessoas, explícitas e implícitas, mas presentes (BRASILEIRO, 2009).

No Brasil, a dança tornou-se sistematizada nas escolas s em 1851, quando


a Reforma Couto Ferraz foi realizada pelo então ministro Luís Pereira do Couto
Ferraz, o qual proporcionou uma sistematização da cultura física no Brasil, e tornou
obrigatório, no ensino primário, o componente curricular de ginástica, juntamente
com as aulas de dança no ensino secundário em escolas do município da Corte
(BETTI, 1991).

A dança, presente no processo de escolarização brasileira, esteve


associada à inserção dos exercícios físicos, da ginástica, com a implementação da
tríade educação moral, intelectual e física; e nesse caminho, a dança entra no
conjunto de conhecimentos necessários a educação das crianças e jovens
brasileiros, especialmente as mulheres (BRASILEIRO, 2009).

A dança na escola buscar a percepção do próprio corpo presente na


corporeidade de professores e alunos. É ao redor do corpo e em função dele que o
espaço se estrutura, os objetos se dimensionam e as seqüências temporais se
estabelecem (MARINHO, 2005).

No entanto, a tradição educativa positivista, hegemônica ainda hoje em


nossas escolas, advoga uma educação racional, abstrata, individualizante, em que
os educandos evoluem por suas próprias potencialidades. Entenda-se ainda
potencialidade como a capacidade de memorização dos conteúdos já ministrados e
definidos, numa ênfase à ideia, ao privilégio cognitivo, em detrimento do corpo como
um todo (MOREIRA, 1995).

A escola deve então, ser um espaço não apenas de escuta, mas de


permanentes representações, construções e criações, tratando de interagir a prática
pedagógica da Educação Física, através da linguagem corporal com os diversos
conhecimentos que trazem a dança (GARIBA, 2005).

Para Cunha (1992), a dança merece destaque junto à Educação Física


complementando as atividades de ginástica, lúdicas, esportivas e recreativas.
22

Também para Claro (1988) a dança e a Educação Física se completam, onde a


Educação Física necessita de estratégias de conhecimento do corpo e a dança das
bases teóricas da Educação Física.

Para que esses objetivos sejam alcançados em aulas de dança na escola,


o conteúdo desenvolvido deve caracterizar-se por uma lógica didática com relação a
seus objetivos, à organização dos conteúdos, à escolha metodológica, aos
procedimentos a serem tomados (PEREIRA et all, 2001).

A Educação Física escolar deve considerar tanto os limites e possibilidades


de aprendizado por parte das crianças como as relações entre os conhecimentos da
cultura corporal (SILVA e ROSA, 2008).

O Brasil é caracterizado por uma diversidade cultural, e tem na dança uma


de suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de
possibilidades para ensino na educação física escolar: danças folclóricas, danças
brasileiras, danças de salão, danças atuais, danças contemporâneas, dança criativa,
mímicas e brinquedos cantados (CARBONERA D e CARBONERA S, 2008).

Algumas atividades são importantes para realizar nas aulas de dança na


Educação Física, segundo as experiências já vivenciadas pelos pesquisadores, pois
são de extrema importância para todas as séries do ensino fundamental, podendo
ser utilizadas com as músicas e ritmos e direcionadas para cada série (FERREIRA,
2005).

Carbonera D; Carbonera S (2008) completam que a atividade da dança na


escola engloba a sensibilização e conscientização dos alunos tanto para suas
posturas, atitudes, gestos e ações cotidianas como para as necessidades de
expressar, comunicar, criar, compartilhar e interatuar na sociedade.

Para Pellegrini (1988) a Educação Física engloba a dança, assim como o


esporte e a recreação, desde que estes se prestem aos objetivos e propósitos da
Educação Física escolar.

Soares e colaboradores (1992) enfatizam que a dança é um conteúdo da


Educação Física escolar, assim como o jogo, o esporte, a ginástica e a capoeira
23

também o são. E defendem o ensino de dança na Educação Física escolar desde a


educação infantil até o ensino médio.

Para Gonçalves (1994) a educação física é composta por várias formas de


atividades físicas, entre elas a dança, o jogo, a ginástica e o desporto.

A Educação Física se compõe de "diversas formas expressivas do


movimento" como a dança, a ginástica, os jogos e o desporto, que se caracterizam
como a cultura de movimento (SOARES, 1999, p. 126).

4.1.2 DANÇA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNS)

Os PCNs consistem em documentos elaborados pelo Ministério da Educação


Brasileira com o intuito de orientar o trabalho dos professores do ensino fundamental
(de 1ª a 8ª séries) e do ensino médio (1º ao 3º colegial). Foi elaborado um PCN para
cada disciplina curricular: artes, educação física, português, matemática, etc.

A Educação Física não exclui o conteúdo de dança de seu campo de


atuação. Ao contrário, é esta que ela vem tentando incluir em sua formação e no
currículo escolar. Os PCN, por exemplo, afirmam que o ensino de dança na escola
deve ser de responsabilidade do professor de Educação Física.

Este documento entende a Educação Física como cultura corporal, e


"dentre as produções dessa cultura corporal, algumas foram incorporadas pela
Educação Física em seus conteúdos: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta"
(BRASIL, 1997, p. 26-7).

Em outro trecho o documento explicita que:

O trabalho de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental é


importante, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo, a oportunidade
de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais,
como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer,
expressão de sentimentos, afetos e emoções (BRASIL, 1997, p. 15).

O documento ainda acrescenta que o conteúdo dança é também


trabalhado pelo professor de Artes na escola, e este conteúdo é mais amplamente
discutido no PCN de Artes onde o profissional encontrará "mais subsídios para
24

desenvolver um trabalho de dança, no que tange aos aspectos criativos e à


concepção da dança como linguagem artística" (BRASIL, 1997, p. 51).

Os PCNs são referenciais para a Educação no Ensino Fundamental em todo


o País, que tem como função orientar os professores em sua prática pedagógica.

Segundo Soares e colaboradores (1992, p. 41), “a Educação Física é uma


disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área
denominada de cultura corporal”. No PCN de Educação Física (1997, p. 23), “dentre
as produções dessa cultura corporal, algumas foram incorporadas pela Educação
Física em seus conteúdos: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta”.

A partir da afirmação acima de que a dança sendo um conteúdo da


Educação Física, podemos falar sobre a dança nos PCNs.

De acordo com Marques (2007, p. 15), “em 1997, a Dança foi incluída nos
PCNs e ganhou reconhecimento nacional como forma de conhecimento a ser
trabalhado na escola”.

Os PCNs são, portanto uma alternativa para que professores que


porventura desconheçam as especificidades da dança como área do conhecimento
possam atuar de modo a ter alguns indicativos para não comprometer em demasia a
qualidade do trabalho artístico-educativo em sala de aula (MARQUES, 2007, p.36).

Os conteúdos de Educação Física no Ensino Fundamental nos PCNs


(1997), são divididos em três blocos: esportes, jogos, lutas e ginásticas; atividades
rítmicas e expressivas; e conhecimentos sobre o corpo. A dança está inserida no
bloco das atividades rítmicas e expressivas como uma manifestação da cultura
corporal.

Segundo os PCNs este bloco de conteúdos irá contemplar:

As manifestações da cultura corporal que tem como características comuns


a intenção de expressão e comunicação mediante gestos e a presença de
estímulos sonoros como referência para o movimento corporal. Trata-se das
danças e brincadeiras cantadas. (BRASIL, 1997 b, p.51)

De acordo com o PCN de Educação Física (1997), o conteúdo dança faz


parte do documento de Arte, sendo que, a dança nos PCNs de Educação Física só
25

vem a complementar o bloco de dança do documento de Arte, onde o professor


encontrará mais subsídios para o trabalho da dança como linguagem artística.

Segundo Barreto (2004, p. 119), as atividades a serem trabalhadas no


bloco de atividades rítmicas e expressivas são as danças brasileiras, urbanas e
eruditas, as danças e coreografias associadas a manifestações musicais,
brincadeiras de roda e ciranda.

Os PCNs sugerem uma lista de danças e outras atividades rítmicas e/ou


expressivas: danças brasileiras: samba, baião, valsa, quadrilha, afoxé, catira, bumba
meu boi, maracatu, xaxado, etc.; danças urbanas: rap, funk, break, pagode, danças
de salão; danças eruditas: clássicas, modernas, contemporâneas, jazz; danças e
coreografias associadas a manifestações musicais: blocos de afoxé, olodum,
timbalada, trios elétricos, escolas de samba; lengalengas; brincadeiras de roda,
cirandas; escravos-de-jó.

Os PCNs afirmam que, por meio das danças e brincadeiras os alunos


poderão conhecer as qualidades do movimento expressivo, conhecer algumas
técnicas de execução de movimentos e utilizar-se delas; ser capazes de improvisar,
de construir coreografias, e, por fim, de adotar atitudes de valorização e apreciação
dessas manifestações expressivas.

5 BENEFÍCIOS E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS ATRAVÉS DA DANÇA


NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Rangel (1996) afirma que é na escola que o indivíduo tem acesso a um


número bastante diversificado de informações, conhecimentos, normas, valores e
atitudes. Neste contexto, a dança na escola deve proporcionar oportunidades para
que o aluno possa desenvolver todos os domínios do comportamento humano.

A dança está ligada às capacidades criativas e motoras do indivíduo.


Composta pelas relações estabelecidas entre o dançarino, seu instrumento (corpo) e
a sociedade, através de um processo que se desenvolve conscientemente a partir de
elementos existentes ou descobertos (SOARES et. al., 1998).
26

Nas palavras de Manfio e Paim (2008), a dança é um conteúdo muito


importante para que o aluno consiga desenvolver seu autoconhecimento, liberar as
tensões, além de proporcionar um encontro da coordenação e da harmonia dos
diferentes movimentos corporais.

O aprendizado da dança deve integrar o conhecimento intelectual e


criatividade do aluno, desenvolvendo os pilares da educação: a) aprender a
conhecer; b) aprender a fazer; c) aprender a viver juntos e d) aprender a ser.
(DELORS, 1996).

O trabalho da dança educacional segundo Rangel (1996), quando


preocupado em deixar fluir dos educandos suas emoções, seus anseios e desejos
dos movimentos que não necessariamente envolvam a técnica, permitirá que o
sujeito se revele e desperte para o mundo, numa relação consigo e com os outros,
de forma consciente.

De acordo com Manfio e Paim (2008) temos na dança educação uma


oportunidade de desenvolvermos atividades corporais artísticas na escola, com o
objetivo de desenvolvimento não apenas das capacidades motoras das crianças,
mas como de suas capacidades imaginativas e criativas.

A dança pode propiciar o autoconhecimento, estimular vivência da


corporeidade na escola, proporcionar aos educando relacionamentos
estéticos com as outras pessoas e com o mundo, incentivar a
expressividade dos indivíduos, possibilitar a comunicação não verbal e os
diálogos corporais na escola, sensibilizar as pessoas contribuindo para que
elas tenham uma educação estética, promovendo relações mais
equilibradas e harmoniosas diante do mundo desenvolvendo a apreciação e
a fruição da dança. (BARRETO, 2008, p.66)

Para Achcar (1998), a dança desenvolve estímulos como: a)tátil – sentir os


movimentos e seus benefícios para o corpo; b)visual – ver os movimentos e
transformá-los em atos; c)auditivo – ouvir a música e dominar o seu ritmo; d)afetivo –
emoções e sentimentos transpostos na coreografia; e)cognitivo – raciocínio, ritmo,
coordenação; f)motor – esquema corporal, coordenação motora associada ao
equilíbrio e flexibilidade.

Segundo Pereira (2006), apesar de áreas distintas, cada qual possuindo seu
próprio campo de conhecimento e objeto de estudo, a dança é considerada como
um conteúdo a ser trabalhado pela educação física escolar.
27

A dança pode contribuir para a área da educação física na medida em que,


através da experiência artística e da apreciação, estimula no individuo os
exercícios da imaginação e da criação de formas expressivas despertando a
consciência estética, como um conjunto de atitudes mais equilibradas diante
do mundo. (BARRETO, 2004, p.117)

Nas palavras de Santos (2005), cada vez mais a dança vem sendo incluída
nos currículos escolares ou extraescolares. Devido aos métodos e processos livres
utilizados por esta disciplina, as crianças têm a possibilidade de aprender pelas
experiências do próprio corpo, e agirem livremente no espaço em que vivem,
interagindo com as pessoas que as cercam.

6 METODOLOGIA

O presente trabalho tem o estilo de pesquisa qualitativa e quantitativa, de


caráter exploratório, mediante artigos selecionados e discriminados, como forma de
embasar teoricamente a importância da dança nas aulas de educação física escolar
como prática pedagógica e sua influencia para crianças nos anos iniciais,
contribuindo para seu desenvolvimento intelectual e motor.

Foi realizada uma revisão de literatura em artigos publicados na base de


dados Scielo nos últimos 5 anos (2016 a 2020). Para a busca utilizou-se as
palavras-chave como dança e educação física.

Na primeira etapa foram levantados 388 artigos com a palavra chave dança;
na segunda etapa foram pesquisados artigos com a palavra dança e educação
física, encontrando 50 artigos. Na terceira etapa, onde foram incluídos os estudos
publicados de 2016 a 2020, encontraram-se 18 artigos sendo selecionados apenas 3
artigos de acordo com os títulos para análise, os quais continham as informações
adequadas para o atendimento dos objetivos estabelecidos para o trabalho. Desta
forma, foram excluídos 385 artigos que não estavam exatamente de acordo com o
tema a ser abordado e permanecendo os 3 artigos que melhor se relacionavam com
o tema do presente estudo.

O processo de retomada do conteúdo dança nas aulas de educação física, a


partir das abordagens teóricas pós-década de 1980, mostra que cada vez mais há
28

uma necessidade de ampliação dos estudos relacionados aos espaços e contextos


educacionais, para que se produzam novos conhecimentos a fim de esclarecer
questões ainda pouco discutidas. No entanto, no cotidiano das práticas esta
amplitude de temas esbarra em questões como formação profissional, tradição e
consenso sobre o que deve ser a Educação Física enquanto componente curricular.
Frequentemente o professor de educação física, recém-saído, da formação
considera-se sem domínio da linguagem de dança para utilizá-la como estratégia
nas aulas que ministra (GOMES, 2007).

É necessário tentar reconstruir o espaço e as possibilidades de trabalho da


dança na escola, superando sua representação como sinônima de coreografias em
eventos escolares, para, de fato, ser elemento presente nas aulas e integrante do
currículo da Educação Física escolar.

7 RESULTADOS

Na presente pesquisa foram relacionados os resultados dos 3 artigos


escolhidos, como forma de aprofundar as influencias que as aulas de dança trazem
aos alunos dos iniciais e porque os professores não conseguem trazer este
conteúdo para o âmbito escolar, mesmo sabendo do seu benefício para o
desenvolvimento das crianças.

A seguir, expõem-se no quadro 1 os itens de análise: Ano, Título/Autor, Local,


Metodologia, Resultados.

Quadro 1 - Artigos incluídos na revisão.


ANO TÍTULO/AUTOR LOCAL METODOLOGIA RESULTADOS
2019 TÍTULO: Educação Física QUALI- Os resultados foram
Ensino da dança y Ciencia, QUANTITATIVA discutidos
na escola: Universidad articuladamente
enfrentamentos e Nacional de La na revisão da literatura,
barreiras a Prata por intermédio de
transpor procedimentos
AUTORES: estatísticos descritivos
SOUSA, Nilza e da análise de
Coqueiro Pires; conteúdo. Constatou-
HUNGER, se:
29

Dagmar a) enfrentamentos
Aparecida internos: predomínio da
Cynthia França escassez de materiais
didático-pedagógicos e
inadequada
infraestrutura escolar;
b) formação e
conhecimentos
científico-
metodológicos:
insuficiente preparação
acadêmica e domínio
do conteúdo em dança
educativa;
c) interferências
externas: religião e
mídia.
2019 TÍTULO: Educação Física PESQUISA A coleta de dados deu-
Sentidos da y Ciencia, QUALITATIVA se a partir de uma
dança: Universidad entrevista
concepções de Nacional de La semiestruturada em um
alunos de Prata grupo focal constituído
Educação Física por 12 sujeitos.
AUTORES: Evidências apontam
KUNZ, Ana quatro apropriações:
Carolina Vianna; 1) modificação de
SILVA, Carlos percepção a respeito
Alberto das atividades práticas
Figueiredo; e compreensão da
OSBORNE, importância da
Renata; fundamentação teórica;
CORREIA, 2) a dança representa
Adriana Martins para maioria um
terreno desconhecido,
gerando insegurança,
medo
de exposição e
resistência à
participação;
3) há preconceito
relacionado às
questões étnico-raciais,
de gênero e religiosas;
4) há valorização à
fruição estética.
2017 TÍTULO: Educar em PESQUISA AÇÃO Participaram quatro
Compondo revista, Curitiba turmas de quatro
percursos períodos, totalizando
gestuais: 173 alunos (de ambos
a dança na os sexos). Inicialmente
formação inicial foi feito uma
de professores intervenção, sendo
de Educação reestruturada nos
Física semestres seguintes,
30

AUTORES: dando um enfoque na


MIRANDA, Rita pesquisa de ação em
de Cássia articulação com as
Fernandes; contribuições dos
EHRENBERG estudos culturais sobre
Mônica Caldas. Dança na disciplina do
curso de Educação
Física Licenciatura em
uma universidade
publica em Minas
Gerais.

8 DISCUSSÂO DE RESULTADOS

Como mostrado no quadro 1 verifica-se os artigos encontrados e utilizados no


estudo tendo como base de dados o portal da Scielo, na qual tivemos um achado de
três artigos que tinham correlação ao tema.

Com os artigos pesquisados observou-se em primeiro momento que existem


muitos estudos referentes ao enfrentamento interno que os professores passam,
insuficiência de conteúdos em sua formação acadêmica, interferência da religião e
da mídia, insegurança e medo de se expor, preconceito e valorização estética (por
parte dos alunos e da gestão escolar) e a importância de compreender a
necessidade de se fundamentar sobre o assunto relacionado a dança, mas focando
nas séries iniciais a quantidade de artigos ainda não são muitos.

Como se pode verificar no quadro 1 Souza e Hunger (2019) constataram


escassez de materiais didático-pedagógicos em relação a dança; espaço escolar
inadequado; preparação acadêmica insuficiente e falta de conhecimento no
conteúdo sobre dança, além da interferência religiosa e da mídia, que afetam a
maneira de abordar o conteúdo

Os resultados obtidos revelaram que os estudos de Gaspari (2005), Peres,


Ribeiro e Martins (2001) e Sousa, Hunger e Caramaschi (2014) identificaram as
dificuldades dos docentes, referentes aos materiais didático-pedagógicos adequados
nas escolas.
31

No estudo de Sousa, Hunger e Caramaschi (2014), observou-se que a


maioria das escolas não oferece material pedagógico para subsidiar a prática
pedagógica docente. Porém, os autores ressaltam a necessidade de proporcionar
momentos de discussões e reflexões, com a participação de toda a equipe escolar, a
respeito da aquisição e compartilhamento de materiais didático-pedagógicos, a fim
de encontrar soluções para amenizar o problema e tornar possível o ensino
significativo da dança na escola.

Peres, Ribeiro e Martins (2001) consideram importante lutar contra essa


dificuldade, sugerindo que os professores busquem auxílio em cursos, livros e outras
bibliografias, além de desenvolver estratégias, utilizando a criatividade pessoal para
realizar atividades que levem à construção do conhecimento de dança.

Na pesquisa realizada por Gaspari (2011), Saraiva et al. (2005) e Sousa,


Hunger e Caramaschi (2014) confirmam tais resultados quanto à pouca estrutura,
espaço adequado e falta de instalações nas unidades escolares, no que se refere ao
conteúdo de dança, parece ser uma polêmica, de acordo com Gaspari (2011),
especialmente no que se refere à necessidade de uma sala própria para as aulas de
dança e à falta de um espaço específico, considerado ideal. A autora acredita que
poderiam ser aproveitados todos os espaços possíveis da escola, proporcionando
aos alunos a oportunidade de dançarem em diferentes lugares, experimentando
espaços pequenos, médios e grandes.

Neste sentido Saraiva et al. (2005) também sugerem a utilização de diferentes


espaços, onde a dança pode ser vivenciada em locais como quadras e bosques, que
se transformam em cenários e que suscitam diferentes questionamentos em relação
à necessidade de um espaço “ideal” para a dança. As autoras acreditam que se trata
de uma reflexão importante, que auxilia no momento do planejamento e da
organização da dança, de acordo com os espaços disponíveis da escola.

Gasparelo, Kronbauer e Gomes (2018), enfatizam que a dança não deveria


ser objeto de disputas de território entre áreas afins dentro da escola, mas sim um
conteúdo que acercasse as áreas em torno da finalidade maior da educação,
reconhecendo sua multiplicidade e sua importância na formação do sujeito.
32

Entretanto, partindo da leitura dos artigos depara-se com estudo de Kunz,


Silva, Osborne e Correia (2019), que realizaram uma pesquisa onde tiveram como
objetivo analisar o processo de apropriação do conteúdo dança pelos discentes de
um curso de licenciatura em Educação Física dentro de uma intervenção
pedagógica.

Um aspecto relevante é se faz necessário, que o profissional de Educação


Física, seja atuante na área ou em graduação, deve buscar compreender a
importância da fundamentação teórica vincula a pratica da dança nas aulas.

Com isso os autores afirmam que novas perspectivas foram criadas para os
profissionais em formação na área da Educação Física, a fim de ampliar a
percepção de conteúdos em relação a dança como pratica nas aulas.

No estudo do artigo de Miranda e Ehnrenherg (2017) foi avaliado na forma de


pesquisa de ação, quatro turmas de quatro períodos, totalizando 173 alunos (de
ambos os sexos) onde foi realizada uma intervenção sobre as experiências vividas
no curso de licenciatura em Educação Física em uma universidade de 2013 a 2015,
sobre os conhecimentos da dança.

Marques (2010) aponta que outras denominações como expressão corporal e


educação do movimento têm sido utilizadas para abafar os objetivos do trabalho
com dança, afim de que um maior número de alunos de gênero masculino participe
das aulas, pois muitos alunos não tiveram experiências com dança na educação
infantil.

De acordo com Saraiva (2009) é possível entender que, a dança em suas


suposições, saberes e práticas pode buscar no gesto, uma forma de compreender o
corpo na condição de território da cultura com enfoque nos processos de criação,
fruição e apreciação, superando perspectivas instrumentais e reducionistas da
dança.

É possível afirmar ainda segundo Friedrich (2001), que a dança como


processo educacional pode contribuir para o aprimoramento das habilidades
básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das
potencialidades humanas e sua relação com o mundo.
33

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presença da Dança é muito importante no âmbito escolar, pois além de ser


uma vivência corporal prazerosa e saudável, poderá proporcionar o bem-estar, a
interação, trabalhando aspectos motores, psicológicos e cognitivos, contribuindo
para o fortalecimento do vínculo afetivo.

Quando se pensa na Dança como conteúdo nas aulas de Educação Física


escolar nos anos iniciais, ela deve prestar aos propósitos e finalidades da educação
física escolar, pois não é um campo de conhecimento isolado que tem como objetivo
formar um futuro (a) bailarino (a).

A dança é um conteúdo fundamental para ser trabalhado na escola, com ela


os alunos podem conhecer a si próprios e os outros. Explorando o mundo da
imaginação e da emoção, fazendo-os criarem e explorarem novos sentidos.

Dança representa para a maioria dos profissionais de Educação Física um


terreno desconhecido e intimidador, pois enfrentam, algumas barreiras em relação
aos materiais didático-pedagógicos, infraestrutura escolar, equipe escolar e
resistências por parte de alguns alunos.

Os profissionais de Educação Física que atuam na área tem dificuldades de


se aplicar os conteúdos referentes da dança por falta de fundamentação.

E um dos principais motivos é a falta de conhecimento e de interesse do


profissional de Educação Física buscar a compreensão a cerca destes conteúdos
relacionados a dança, tanto na teoria , quanto na pratica.

De maneira geral, conclui-se que a aula de dança para aplicação nas aulas de
Educação Física, e sua importância como prática pedagógica, que pode influenciar
positivamente no desenvolvimento das crianças nos anos iniciais do Ensino
Fundamental ainda é um obstáculo para muitos profissionais, atuantes e recém
formados. Este paradigma deve ser quebrado e os profissionais da área devem
sempre estar atualizados com a literatura e buscar o conhecimento.
34

Sugere-se que cada vez mais trabalhos e pesquisas na área de dança como
pratica pedagógica e influencia do desenvolvimento motor das crianças, devem
surgir, com o intuito de aumentar qualitativa e quantitativamente a bibliografia sobre
esse tema inesgotável.

Assim, espera-se ter contribuído para novas pesquisas e que o presente


estudo sirva de incentivo a novos trabalhos da área.
35

REFERÊNCIAS

ACHCAR, Dalal. Balé uma arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.

AYOUB, Eliana. Reflexões sobre a Educação Física na Educação Infantil. In: Revista
Paulista de Educação Física, 20 ed. pp. 53-60; São Paulo, 2001.

BARRETO, Debora. Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na escola. São


Paulo: Autores associados, 2004.

BARROS NETO, Turíbio Leite de. Início da criança no esporte. São Paulo: Atheneu,
1997.

BETTI, Mauro. Educação Física e Sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1997.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de
Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 126p.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília.
MEC/SEF,1998.3v,il. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 04/03/2020.

BRASILEIRO, L. T. O Conteúdo “Dança” em aula de Educação Física: Temos o que


ensinar? Revista Pensar a Prática. v. 6, p. 45-48, 2009.

BOGÉA, Inês. O livro da dança. São Paulo: Schwarcz, 2002.


36

BUCZEK, Maria do Rocio Marinho. Movimento expressão e criativa pela Educação


Física. Metodologia Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano. 1ª ed. Curitiba: Base
editorial, 2009.

CARBONERA, Daniele; CARBONERA, Sergio Antônio. A importância da dança no


contexto escolar. Monografia. 61 fls. (Curso de Pós-Graduação em Educação Física
Escolar) - FI- Faculdade Iguaçu – ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-
graduação (mantenedor), 2008. Cascavel, PR.

CLARO, Edson. Método dança-educação física: uma reflexão sobre consciência


corporal e profissional. São Paulo: E. Claro, 1988.

CAMINADA, Eliana. História da Dança: evolução cultural. Rio de Janeiro: Sprint,


1999

CAVASIN, Cátia Regina. A dança na aprendizagem. Curso de Pós-Graduação em


Educação Física, Associação Educacional Leonardo da Vinci, São Paulo, 2004.

CAZÉ, Clotildes Maria de Jesus. Corpos que dançam aprendem: análise do espaço
da dança na rede pública estadual de Salvador/Bahia. 2008. Dissertação de
mestrado. Universidade Federal da Bahia.

CUNHA, Morgada. Aprenda dançando, dance aprendendo. 2 ed. Porto Alegre:


Luzatto,1992, p.11-13.

DELORS, Jacques. Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da


Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. Rio Tinto: Asa, 1996.

EHRENBERG, Mônica C. A Dança como conhecimento a ser tratado pela Educação


Física escolar: aproximações entre formação e atuação profissional. Dissertação
(Mestrado) - Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, 2003.

FARO, Antônio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
1986.
37

FAHLBUSCH, Hannelore. Dança moderna e contemporânea. Rio de Janeiro: Sprint,


1990.

FERNANDES, Marcela de Melo. Dança escolar: sua contribuição no processo


ensino-aprendizagem. Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 135 - Agosto de
2009.

FERREIRA, Vania. Dança escolar: um novo ritmo para a Educação Física. Rio de
Janeiro: Sprint, 2005.

FERREIRA, Saralivia Salum. Dança na escola: um processo de criação. Campinas:


UNICAMP, 2009. 80 p. Dissertação (Mestrado), Curso de Pós-Graduação em
Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte, Faculdade de Educação, Universidade
Estadual de Campinas. Campinas, 2009.

FINCK, Silvia Christina Madrid. A educação Física e o esporte na escola. Cotidiano,


Saberes e Formação. 2ª ed. Curitiba: Ed. Ibpex, 2011

FRIEDRICH, Júlio César. A Dança de salão nas aulas de Educação Física. Disponível
em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1912-8.pdf2001 .
Acesso em 09/05/2020.

GALLAHUE, David L. Educação Física desenvolvimentista para crianças. Dubuque,


IA: Brown & Benchmark, 1996.

GALLARDO Jorge Sérgio Pérez; SBORQUIA Silvia Pavesi. A dança na mídia e a


dança na escola. Revista Brasileira de ciência e esporte. Campinas, SP, v13, n.2,
Jan, 2002.

GALLARDO, Jorge Sergio Pérez. Educação Física – Contribuições à formação


profissional. 3.ed., Ijuí: UNIJUÍ, 2000.

GARAUDY, Roger. Dançar a Vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.


38

GARIBA, Chames Maria Stalliviere. Dança escolar: uma linguagem possível na


Educação Física. Lecturas: Educación Física y Deportes. Buenos Áries, ano 10,
n.85. 2005. http://www.efdeportes.com/efd85/danca.htm Acesso em 09/05/2020.

GASPARELO, Ana. Caroline., KRONBAUER, Gláucia Andreza. e GOMES, Debora.


Arte e educação física: o caso da dança na escola. EDUCA - Revista Multidisciplinar
em Educação, 5(10), 30-49. 2018. Disponível em
http://www.periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/index .e-ISSN: 2359-2087

GASPARI, Telma Cristiane. Educação Física escolar e dança: uma proposta de


intervenção (Tese de mestrado inédita). Instituto de Biociências, Universidade
Estadual Paulista, Rio Claro, Brasil. 2005

GOMES, Antônio Sérgio Milani. Uma análise fenomenológica do dançar nos


discursos dos formandos em Educação Física. (Dissertação de mestrado). São
Paulo (SP): Universidade São Judas Tadeu. 2007

GONÇALVES, Maria Augusta Salim. Sentir, pensar, agir: Corporeidade e


educação. 2.ed. São Paulo: Papirus, 1994.

GUIRARDELLI JR, Paulo. Educação Física progressista – a pedagogia crítico-social


dos conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo: Loyola, 1988.

HIRTZ, P. e HOLTZ, D. Como aperfeiçoar as capacidades coordenativas. Horizonte


17: 166-171. 1987.

KAEFER, Rita de Cassia Lindner; ASSIS, Ana Leonora Sebrão. A importância da


Educação Física na Educação Infantil. Disponível em:
http://guaiba.ulbra.br/seminario/eventos/2008/artigos/edfis/356.pdf Acesso em
01/04/2020.

KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 2. Ijuí: Unijuí, 2001.

KUNZ, Ana Carolina Vianna; SILVA, Carlos Alberto Figueiredo;, OSBORNE, R.enata
e CORREIA, Adriana Martins. Sentidos da dança: concepções de alunos de
39

educação física. Educación Física y Ciencia, 21(1), e071. 2019. Disponível em


https://doi.org/10.24215/23142561e071 Acesso em 04/10/2020.

LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990.

LANGENDONCK, Rosana Van. História da dança: linha do tempo. 2009.


Disponível em
http://www.google.com.br/scholar?q=historia+da+dan%C3%A7a+linha+do+tempo&=
pt-BR&btnG=Pesquisar&lr Acesso em 06/05/2020.

LOPEZ, Vitor Pires. Estudo do nível de desenvolvimento da coordenação motora da


população escolar (6 a 10 anos de idade) da região autônoma dos Açores. Revista
Portuguesa de Ciências do Desporto 3: 47-60.2003.

MANFIO, Juliane Baggiotto; PAIM, Maria Cristina Chimelo. A dança no contexto da


Educação Física escolar: percepção de professores de ensino
médio. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 13, n.125, out.
2008. http://www.efdeportes.com/efd128/a-danca-no-contexto-da-educacao-
fisicaescolar.htm Acesso em 06/05/2020.

MARINHO, Helena. Educando na vida com a dança: corporeidade e


movimento. Niterói, 2005. Dissertação de mestrado. Universidade Federal
Fluminense.

MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

________________ Dança na Escola. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2010.

MELO, Alessandro de; URBANETZ, Sandra Terezinha. Fundamentos de


didática. 20ª ed. Curitiba: Ed. Ibpex, 2008.

MIRANDA, Rita de Cássia Fernandes; EHRENBERG, Mônica Caldas. Compondo


percursos gestuais: a dança na formação inicial de professores de Educação Física,
2017.
40

MOREIRA, Wagner Wey. Corpo presente num olhar panorâmico. In: Moreira,
Wagner Wey. Corpo Presente. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.

MOREIRA, Virgínia. O método fenomenológico de Merleau-Ponty como ferramenta


crítica na pesquisa em psicopatologia. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17 (3), 447-
456. 2004.

NASCIMENTO, Juarez Vieira. Formação profissional em Educação Física e


desportos: contextos de desenvolvimento profissional. Montes Claros: Ed.
Unimontes, 2002.

NEVES, Adriana Di Marco. Dança e Psicomotricidade: Propostas do ensino da


Dança na escola. Culturas , linguagens interfaces contemporânea , Belém, Pará..
2012

PACHECO, Ana Julia P. A Dança na Educação Física: uma revisão da


literatura. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, vol. 21, n. 1, setembro/ 99, p.
117-124.

PELLEGRINI, Ana Maria. A Formação Profissional em Educação Física. In:


PASSOS, Solange C. E. (org.). Educação Física e Esportes na
Universidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Física e
Desportos, 1988.

PEREIRA, Mariana Lolato; HUNGER, Dagmar Aparecida Cynthia França. Dança e


Educação Física no Brasil: Questões polêmicas. Revista Digital - Buenos Aires -
Año1. N°96 - Mayo de 2006. Disponível em
https://www.efdeportes.com/efd96/danca.htm. Acessado em: 04/04/2020.

PEREIRA, Sybelle. Regina. Carvalho. et. al., Dança na escola: desenvolvendo a


emoção e o pensamento. Revista Kinesis, Porto Alegre, n. 25, p.60- 61, 2001.

PERES, Aline Thomazelli., RIBEIRO, Deiva Mara Delfini Batista e MARTINS,


Joaquim Martins Junior. A dança escolar de 1º a 4º série na visão dos professores
de Educação Física das escolas estaduais de Maringá. Revista Educação Física
UEM, 12(1), 19-26. 2001. Disponível em
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3760 Acessado
em: 04/04/2020.
41

PORTINARI, Maribel. História da dança. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

RANGEL. Nilda Barbosa Cavalcante. Dança, educação, educação física: proposta


de ensino da dança e o universo da educação física. Jundiaí: Fontoura, 1996.

RODRIGUES, R. A.C. Grupo integrado de dança uma forma de integração Social.


Paraná – Batatais, Fevereiro, 2010.

SANTIN, Silvino. EDUCAÇÃO FÍSICA: Uma abordagem filosófica da corporeidade.


Ijuí: Unijuí, 1987.

SANTOS, Josiane Tavares. Dança na escola: Benefícios e contribuições na fase


pré-escolar, 2005. Disponível em
http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/TL0046.pdfhyperlink e
http://www.passosecompassos.com.br/matedanca/historiadanca.htm. Acesso em:
01/04/2020.

SBORQUIA, Silvia Pavesi; e GALLARDO, Jorge Sérgio Perez. A dança no contexto


da Educação Física. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.

SARAIVA, Maria do Carmo. Elementos para uma concepção do ensino de dança na


escola: a perspectiva da educação estética. Revista Brasileira de Ciências do
Esporte, Campinas, v. 30, n. 3, p. 157-171, maio 2009.

SILVA et al, Estrutura de prática e liberdade de escolha como na aprendizagem


motora , Revista de Ciência e desporto. São Paulo, 2008. Disponível em
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/7552/1/21339712.pdf. Acessado em
01/04/2020.

SILVA. Queila; ROSA, Marcelo Victor. Análise das estratégias metodológicas das
aulas de dança improvisação na Educação Física Infantil. Revista Motrivivência. Ano
XX, n° 31, 2008.
42

SOARES, Andresa Silveira. A dança como conteúdo da educação física escolar nas
séries iniciais (1ª a 4ª séries) da rede municipal de ensino de Florianópolis.
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, vol. 21, n. 1, set. 1999, p. 124-130.

SOARES, Andresa Silveira. et al. Improvisação e dança: conteúdos para a dança na


educação física. Florianópolis: Impressa Universitária, 1998.

SOARES, Carmen Lúcia e Colaboradores. Metodologia do Ensino de Educação


Física. São Paulo. (Coleção Magistério 2º Grau. Série formação do professor).
Cortez, 1992

SOUSA, Nilza Coqueiro Pires; HUNGER, Dagmar Aparecida Cynthia França e


CARAMASCHI, Sandro. O ensino da dança na escola na ótica dos professores de
Educação Física e de Arte. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 28(3),
505-520. 2014. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v28n3/1807-5509-rbefe-
28-03-00505.pdf.

SOUSA, Nilza Coqueiro Pires e HUNGER, Dagmar Aparecida Cynthia França.


Ensino da dança na escola: enfrentamentos e barreiras a transpor. 2019
Educación Física y Ciencia, 21(1), e070. https://doi.org/10.24215/23142561e070 pdf

SOUZA NETO, Samuel. Educação Física, Esporte e Recreação: perspectivas


históricas e tentativa de definição. Pesquisa realizada junto ao Departamento de
Educação do Instituto de Biociências da UNESP, Rio Claro, 1992.

TANI, Go. Educação Física e Esporte no Ensino de Terceiro grau: Uma abordagem
desenvolvimentista. In: PASSOS, Solange C. E. (org.). Educação Física e Esporte
na Universidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Física e
Desportos, 1988.

TREVISAN, Priscila Raquel Tedesco da Costa. Influências da dança na Educação


das crianças. 2006. Disponível em
http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=862. Acesso em
07/05/2020.
43

VARANDA Sidnei Barbosa.; Corpo e expressão em movimento. A dança e a


educação: Porque ensinar dança na escola? Linguagem acadêmica Batatais,v12,
n.1,Janeiro , 2012.

VIANNA, Klauss. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990.


44

Termo de compromisso de originalidade e autorização para reprodução


e publicação

Eu, Adriana Dias Patricio, portador(a)do CPF: 247.087.368-19, aluno(a) do


curso Licenciatura em Educação Física, declaro que o Trabalho de Conclusão de
Curso intitulado A importância da dança nas aulas de educação física escolar nos
anos iniciais, sob a orientação de Me Gleice Branco da Silva foi feito de acordo com
o regulamento da Faculdade Piaget – Campus Suzano. É ciente e certificado por
ambas as partes, autor(es) e orientador(es) que o trabalho é original, exceto onde
são indicadas as referências do texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e
não representam, necessariamente, as visões da Faculdade Piaget – Campus
Suzano. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação em
outras instituições de ensino superior. No entanto, e para fins estritamente
acadêmicos e científicos, na qualidade de titular dos direitos autorais do trabalho
acima citado, em consonância com a Lei n° 9610/98, autorizo/autorizamos a
Biblioteca da Faculdade Piaget – Campus Suzano a disponibilizar gratuitamente em
seu site institucional e na biblioteca, sem ressarcimento dos direitos autorais, o
referido documento de minha autoria, em formato PDF e/ou impresso, para leitura,
impressão, fotocopia e/ou download.

Você também pode gostar