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Claude Shannon e Warren Weaver criaram a Teoria da Informação para apresentar que

existem outras formas de compreender uma mensagem que não sejam das formas
tradicionais que o homem estava acostumado até a época e que toda informação depende
de seu significado e interpretação.

A teoria da informação se baseia em cinco pilares: fonte de informação, transmissor, canal,


receptor e destinatário. Com esses pilares conseguimos entender um pouco o que esta
teoria quer passar, conseguimos tomar consciência de que a comunicação não é apenas
verbal e escrita, como muitas pessoas ainda se prendem a isso. A comunicação se faz
presente em pequenas e grandes coisas desde o período paleolítico, época em que o
homem só era capaz de se comunicar por sinais, ruídos e desenhos.

Se voltarmos para a Grécia Antiga conseguimos ver que a Teoria da Informação, ou Teoria
Matemática da Comunicação, dos engenheiros Shannon e Weaver conservou grande parte
da retórica de Aristóteles, e com isso compreendemos que desde muito tempo atrás se
preocupavam com a informação, como ela era passada, recebida e entendida, tendo em
vista que o filósofo grego via a retórica como método de persuasão para convencer o
ouvinte.

Com esses pontos de vista expostos podemos começar a pontuar a importância da teoria
de Shannon e Weaver. Para Shannon o que importa da informação é como ela é
processada e não como ela é recebida, porque o modo como ela vai chegar ao seu
destinatário depende somente de como ela vai ser tratada pelo canal e pelo receptor. Mas é
importante lembrar que os engenheiros criaram essa teoria para ser aplicada nas ciências
exatas e que ela foi testada em sistemas telegráficos, também é preciso lembrar que a
palavra “informação”, como citam em seu livro, deve ser usada de forma específica e
especial.

A palavra informação, nessa teoria, é usada em um sentido especial que não deve ser confundido com seu uso
comum. Em particular, a informação não deve ser confundida com significado. Na verdade, duas mensagens,
uma das quais fortemente carregada de significado e outra que seja puro disparate, podem ser exatamente
equivalentes, do presente ponto de vista, em matéria de informação. (WEAVER, 1949, p. 4)

Conseguimos comparar essa teoria com a barreira mecânica da comunicação, que nada
mais é do que barulhos, pane em aparelhos, gagueira e rouquidão.

"Barreiras são restrições ou limitações que ocorrem dentro ou entre as etapas do processo de comunicação,
fazendo com que nem todo sinal emitido pela fonte percorra livremente o processo de modo a chegar incólume
ao seu destino. O sinal pode sofrer perdas, mutilações, distorções, como também ruídos, interferências,
vazamentos e, ainda, ampliações ou desvios. O boato é um exemplo típico da comunicação distorcida, ampliada
e, muitas vezes, desviada."
(CHIAVENATO 2010, p. 426).

A Teoria da Informação tem um pé no começo da Era Digital e vem para fazer com que as
barreiras dessa era sejam evitadas, para que o que chegue ao destinatário seja
compreendido com menos problemas. Se aplicarmos a teoria nos dias de hoje conseguimos
ter um olhar mais amplo de sua colaboração, em um mundo onde tivemos a explosão
científica e tecnológica conseguimos aplicar o que Shannon e Weaver defendem de forma
fácil. Quando estamos em uma ligação e o sinal da torre está baixo, normalmente a ligação
vai cortar ou até cair, quando se está em uma chamada de vídeo e ela fica travando
fazendo com o que a pessoa que está falando não conclua seu raciocínio, quando alguém
fala algo em um microfone mas ele está com falhas para o som chegar às caixas com
clareza, quando a pessoa não está ligada ao assunto tratado, quando a pessoa não tem
conhecimento o bastante ou até mesmo não esteja interessada àquela informação são
exemplos de barreiras mecânicas e semânticas que existem e que, às vezes, não sabemos
lidar da melhor forma para compreender e saber o que realmente aconteceu. Por motivos
parecidos, ou nem tanto, com esses na época os engenheiros foram atrás de lidar com isso
da melhor forma que se era conseguido.

Claude Shannon e Warren Weaver, nesse tempo, eram engenheiros da Companhia Telefônica de Nova York e
estavam preocupados em transmitir o maior número possível de mensagens, no menor espaço de tempo,
ao menor custo operacional e com a menor taxa de ruído, segundo estudos desenvolvidos por Guaraldo (2007,
p. 17). Criaram uma teoria. A Teoria Matemática da Comunicação, por outros cognominada de Teoria da
Informação, demonstrando que cada canal de comunicação, seja ele um fio telegráfico, fio telefônico, cabo axial
ou outros, tem uma velocidade limite característica. Uma teoria que segundo Araújo (2009), pela primeira vez
enunciou um conceito científico de “informação”. (LOGEION: Filosofia da Informação. Rio de Janeiro, v, 5. n. 1,
48-70, set.2018/fev. 2019 )

O que Shannon e Weaver tentam ensinar com sua teoria é como, mesmo com os ruídos, a
informação ainda vai chegar e é preciso liberdade, sabedoria, interpretação e compreensão
para realmente entender o que se é passado pela fonte.

A informação é definida como uma medida da incerteza – não como aquilo que se poderia informar. Diante de
uma pergunta com apenas duas opções de resposta, o grau de informação seria da ordem de 50%. Diante de
uma pergunta com mais opções (uma situação com maior grau de incerteza), o valor informativo aumenta. Em
situações de alta previsibilidade, o grau informativo é baixíssimo. Araujo (2009, p. 194)

Exemplo que podemos usar são os jornalistas, o jornalista recebe a pauta, mas não dá ela
como absoluta, ele vai atrás de procurar sua veracidade, saber o que, como e porque
aconteceu antes de saber se é uma pauta verdadeira. Podemos, por assim dizer, que com a
Teoria da Informação esse jornalista começou a se apegar mais aos meios (transmissor,
canal e receptor) do que ao fim (destinatário) para realizar sua pauta da melhor forma.

Com isso concluímos que a Teoria da Informação existe para que consigamos entender
que a comunicação não se fecha apenas em fala e escrita. A comunicação consiste em
vários outros fatores para que seja entendida, a linguagem corporal de alguém, como as
pessoas se expressam, como elas agem,como andam, como se vestem, até onde estão
informadas e até onde seus conhecimentos vão são características de informações, que
equivalem a 50% desta informação, que podemos captar para que seu grau de veracidade
aumente e a comunicação seja exercida de forma clara e sincera. Shannon e Weaver
vieram nos mostrar que precisamos focar em outros aspectos, não só aos que estamos
acostumados, para podermos compreender as coisas.

REFERÊNCIAS
PINEDA, José Octávio de Carvalho et al. A entropia segundo Claude Shannon: o
desenvolvimento do conceito fundamental da teoria da informação. Pontifícia Universidade
Católica. São Paulo, p. 27-28, 2006

GUEDES, William. A teoria matemática da comunicação e a ciência da informação. 2013.

SÁ, A. T. Uma abordagem matemática da informação: a teoria de Shannon e Weaver –


possíveis leituras. Logeion: Filosofia da Informação, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 48–70, 2018. DOI:
10.21728/logeion.2018v5n1.p48-70. Disponível em:
http://revista.ibict.br/fiinf/article/view/4245. Acesso em: 25 nov. 2021.

http://hdl.handle.net/10362/24801

file:///C:/Users/Renan%20Mello/Downloads/admin,+Gerente+da+revista,+Artigo+11.pdf

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