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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

DIVISÃO DE AGRICULTURA

CURSO: ENGENHARIA AGRÍCOLA

NÍVEL: II

SEMESTRE: I

FRUTICULTURA

Relatório de visita a empresa The African Food Company de Guijá

Discente: Herman Domingos Guente……………. ………….....2019106

Docente: Aurelio Macarringue

Lionde, Outubro, 2021


Índice
I. INTRODUÇÃO 3

1.2. Objectivos 3

II. REVISÃO DA LITERATURA 4

2.1. Origem da Banana 4

2.2. Morfologia da bananeira 4

2.3. Exigências climáticas 5

2.3.1. Temperatura 5

2.3.2. Precipitação 5

2.3.3. Luminosidade 5

2.3.4. Altitude 5

2.3.5. Humidade relativa 5

2.3.6. Solo 6

2.4. Propagação 6

2.5. Produção e mercado mundial 7

2.6. Aspectos Nutricionais 7

2.7. Descrição da empresa 8

III. METODOLOGIA 9

3. Actividades aprendidas durante a visita da empresa 9

3.1. Área de produção empresa The African Food Company 9

3.2. Descrição do solo e variedades utilizadas na Empresa 9

3.3. Produção das Mudas 9

3.4. Plantio 10

3.5. Adubação 10

3.6. Selecção das Socas e Desbaste 11

3.7. Controle de Infestantes 12

3.8. Desfolha 12
3.9. Limpeza Floral, Corte do coração, Marcação do cacho 13

3.9.1. Corte do Coração 13

3.9.2. Marcação do Cacho 13

3.10. Rega 15

3.11. Controle Fitossanitário 16

3.12. Escoramento da planta 17

3.13. Colheita 17

3.14. Pós-colheita da banana 18

3.14.1. Recepção 18

3.14.2. Lavagem 18

3.14.3. Selecção 18

3.14.4. Classificação 18

3.14.5. Tratamento 19

3.14.6. Armazenamento 19

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21


I. INTRODUÇÃO
A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo produzida na
maioria dos países tropicais. Em 2004, a produção mundial atingiu aproximadamente
70,6 milhões de toneladas, figurando a Índia como o principal país produtor. Em
segundo lugar, com 9,3% da produção total, veio o Brasil, o maior consumidor mundial.
China, Equador, Filipinas, Indonésia e México também são importantes produtores
fruta.
A África posicionou-se no segundo continente com aumento na exportação de banana
entre 1985 a 2000, (FAOSTAT, 2003).
Moçambique a produção de banana para fins comerciais em grandes dimensões é feita
nas províncias de Maputo, Nampula, e, em Manica a produção é feita para o comércio
onde maioritariamente é vendido localmente, destinada ao comércio interno. Deste
modo, o excedente produzido maioritariamente não é vendido podendo assim acorrer
perdas.
A maioria das variedades de banana originou-se no continente asiático, evoluindo das
espécies selvagens Musa acuminata Colla e M. balbisiana Colla.
A banana constitui elemento importante na alimentação de populações de menor renda,
não só pelo alto valor nutritivo, mas também pelo baixo custo. Sabe-se que uma única
banana supre cerca de um quarto da quantidade de vitamina C recomendada diariamente
para crianças. Contém, ainda, vitaminas A e B, muito potássio, pouco sódio e nenhum
colesterol.

I.2. Objectivos
Geral
 Elaborar um relatório de visita a empresa The African Food Company
Especificos
 Descrever as etapas basilares da produção da banana usadas na empresa The
African Food Company
 Demostrar as práticas cultarais da produção da banana usadas na empresa The
African Food Company
 Demostrar o processo da pos-colheita da produção da banana usadas na empresa
The African Food Company
II. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Origem da Banana


A banana, Musa spp, é uma fruta que é cultivada em diversos países tropicais e é mais
consumida mundialmente, (Borges & Souza, 2004). A bananeira tem a sua origem no
sudoeste asiático e foi cultivada pelas sociedades antigas e disseminada em países do
Médio Oriente e Europa Mediterranea, (NETO e MELO, 2014).

2.2. Morfologia da bananeira


A bananeira é uma planta monocotiledónea típica das regiões tropicais húmidas. É um
vegetal herbáceo completo, pois apresenta raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.
Apresenta caule subterrâneo, denominado de rizoma, de onde são emitidas as raízes
primárias e as brotações laterais (filhos ou “rebentos”), que darão origem as novas
plantas de bananeiras e a continuidade da produção da touceira (DANTAS et al. 2004).
As raízes primárias emergem para a superfície externa do cilindro central do rizoma, em
grupos de dois ou quatro, totalizando 200 a 500 raízes, com espessura de 5-8mm, O
sistema radicular é fasciculado e atinge horizontalmente até 5m; no entanto é mais
comum de 1-2m, dependendo da variedade, das características do solo e do maneio
nutricional (LIMA et al. 2000).
As bainhas das folhas novas aparecem enroladas e apertadas formando o “tronco” ou
pseudocaule da planta, que se desenvolve à medida que ocorre a emissão de novas
folhas e tornando-a rígida. O pseudocaule tem a função de sustentação do cacho e
armazenamento de água e nutrientes. A altura e o diâmetro do pseudocaule podem
atingir até 8m e 50cm, respectivamente, dependendo da variedade, do ciclo de
produção, do local e das condições da produção (LIMA et al. 2000).
A bananeira emite de 30-70 folhas durante todo o ciclo vegetativo e terá maior
quantidade em solo com alta fertilidade e adequados teor de humidade e condições de
temperatura ambiental, porém somente se manterão vivas de 10-16 folhas, dependendo
da variedade e do nível de resistência às doenças foliares (NETO e MELO, 2014).
Do centro da copa da planta emerge a inflorescência com brácteas ovaladas de
coloração normalmente roxo-avermelhada, em cujas axilas estão inseridas as flores.
Cada grupo de flores reunidas forma uma penca (“mão”). Num cacho são produzidas de
sete a 15 pencas, dependendo da cultivar, com número variável de bananas (“dedos”),
originados por partenocarpia. Inicialmente, os frutos são de coloração verde e passam
para o amarelo com o amadurecimento (BORGES E SOUZA, 2004).
2.3. Exigências climáticas

2.3.1. Temperatura
Segundo Costa (2007), a temperatura ideal para a produção da banana esta na faixa
entre 15ºC a 35ºC. As temperaturas abaixo de 15ºC, ocorre paralisação do crescimento
e, acima de 35ºC, o desenvolvimento é inibido em consequência da desidratação das
folhas. Quando as temperaturas caem abaixo do 12ºC, ocorre o distúrbio denominado
“chilling”, cujo sintoma é o escurecimento da parte interna da casca. As temperaturas
geadas devem ser evitadas pois provocam secamento total das folhas.

2.3.2. Precipitação
Segundo Perucha (2005), Para um bom crescimento da bananeira é necessário 1.200 a
1.800 mm/ano de chuvas bem distribuídas durante o ano. A região com uma estação
seca prolongada, ou onde as chuvas não atendem as necessidades de crescimento e
produção da bananeira, recomenda-se o uso de irrigação.

2.3.3. Luminosidade
Segundo Borges e Souza (2006), Para um bom crescimento da bananeira são
necessárias 2.000 horas de luz por ano. Incidência abaixo de 1.000 horas de luz por ano
é insuficiente para que a cultura tenha seu desenvolvimento normal. Por outro lado, a
maior quantidade de horas de luz acelera o desenvolvimento da bananeira e permite
colheitas mais precoces.

2.3.4. Altitude
Afecta directamente a temperatura, o volume e frequência das chuvas, a umidade
relativa, a luminosidade, etc. A bananeira desenvolve-se melhor entre 0 e 1.000 metros
acima do nível do mar. Plantios realizados em altitudes superiores resultam em aumento
do ciclo de produção (COSTA, 2007).

2.3.5. Humidade relativa


A bananeira apresenta melhor desenvolvimento em locais com médias anuais de
umidade relativa do ar acima de 80%, que propicia a emissão de folhas, prolonga sua
longevidade, torna sua casca mais túrgida, favorece o lançamento da inflorescência e
uniformiza a coloração da casca da fruta (LIMA et al. 2000).
2.3.6. Solo
A cultura da banana tem maior exigência por solos profundos (mais de um metro) e
aluviais, ricos em matéria orgânica e sem encharcamento, bem drenado e com boa
capacidade de retenção de água (NETO E MELO, 2014).
Devem-se evitar solos muito arenosos, (Neossolos Quartzarênicos, Latossolo Vermelho-
Amarelo de textura média, etc) são muito pobres em matéria orgânica e de baixa
capacidade de armazenamento de água.
Devem-se evitar, os solos muito argilosos (Vertissolos, Plintossolos etc.) podem
dificultar o crescimento das raízes da planta, além de prejudicá-las pela má drenagem e
aeração deficiente.

2.4. Propagação
A bananeira é propagada vegetativamente a partir de seu rizoma, brotado ou não
brotado. Assim, têm-se os vários tipos de mudas.
Rizoma não brotado
 Rizoma inteiro
 Rizoma subdividido ao meio
 Rizoma subdividido em quatro partes
As mudas de rizoma não brotado apresentam desenvolvimento mais lento e,
consequentemente, o primeiro ciclo de produção é mais longo. Observa-se, ainda, na
prática que o desenvolvimento das mudas do mesmo tipo é tão mais rápido quanto
maior for o seu peso.
Rizoma brotado
Conforme o seu desenvolvimento, recebe as seguintes denominações:
 Chifrinho – é um rebento recém-brotado de uma gema do rizoma com 20cm
de altura, com dois a três meses de idade e com peso aproximado de 1kg.
 Chifre – é o rebento em estágio médio de desenvolvimento, medindo de
50cm a 60 cm de altura, pesando entre 1-2kg.
 Chifrão – é o rebento mais desenvolvido, com a primeira folha normal pesando
entre 2kg-3kg.
 Muda alta ou muda de replante – é o rebento bem desenvolvido, com mais de
um metro de altura e peso entre 3kg e 5kg. Esse tipo de muda é usado apenas
para replantar as falhas em bananais já formados ou em formação.
 Pau de lenha – é utilizado o rizoma da planta-mãe recentemente colhida em
bananal já em produção por ter grande reserva de água e nutriente. É pouco
utilizado, dada a dificuldade para transportar devido ao grande peso. Esse tipo de
muda é usado apenas para replantar as falhas em bananais em produção.

2.5. Produção e mercado mundial


A produção da banana mundialmente, em 2005 estava acima de 100 milhões de
toneladas e actualmente ronda em torno de 67 milhões de toneladas, sendo somente
quase 20 % da produção actual de ao comércio mundial, (FAO, 2007) citado por
(OGTR, 2008).
Tal produção mundial da fruta, apresenta um impacto socioeconómico nas regiões onde
ocorre, podendo fornecer campos de trabalho para várias pessoas, gerar renda e
contribuir para o desenvolvimento económico-financeiro do local.
De acordo com dados da (FAOSTAT, 2014), foi elaborada uma lista dos 20 países
maiores produtores da banana, estando à Índia, China, Filipinas, o Ecuador e Brasil nos
06 países do topo da lista e os 05 países que estão na base correspondem os Camarões, a
Kénia, o Burundi, o Egipto, a Papua (Nova Guiné) e a República Dominicana.

2.6. Aspectos Nutricionais


A banana é uma fruta com um elevado valor nutricional. Quando madura apresenta na
sua constiuição 19 % de açúcares e 1 % de amido. Portanto, a sua composição é
basicamente em água (70 %), carbohidratos ricos em fósforo (27 %), proteínas (1,2 %),
Cálcio, Ferro, Manganês, Cobalto, Vitamina A, Tiamina, Riboflavina, Niacina e
Vitamina C. (LIMA ET AL. 2000).
2.7. Descrição da empresa
The African Food Company Limitada é uma empresa focada em fornecer produtos de
qualidade premium para os mercados locais e de exportação. Atualmente a empresa está
focada na banana orgânica, sendo a única produtora comercial certificado desse produto
em Moçambique. Indo para a frente a empresa estará oferecendo uma ampla gama de
frutas e vegetais, aumentando as áreas de cultivo. A empresa é apoiado por investidores
suíços comprometidos e administrado por uma experiente equipe de profissionais. The
African Food Company Limitada (TAFC) está atualmente procurando aumentar a
produção e melhorar a expanção das instalações de distribuição. O principal produto da
empresa são bananas orgânicas. O produto atual é muito bem recebido devido à sua
aparência e tamanho atraentes, considerações de qualidade apreciadas pelos mercados.
Nos mercados africanos, as bananas vendidas em 2017 conseguiram consistentemente
alcançar um prêmio de qualidade por caixa de 15% a 35% acima do mercado média.
Estima-se que a indústria moçambicana de banana tenha exportado US $ 75 milhões em
bananas, tornando-se um dos maiores exportadores de bananas na África. Em termos de
qualidade, as bananas da TAFC foram classificadas no Top 10 de bananas exportadas
para a África do Sul durante 2016. As bananas da TAFC são vendidas para atacadistas e
mercado de produtos frescos agentes, bem como cadeias de supermercados. A empresa
está atualmente esta a abastecer os mercados na Cidade do Cabo, East London, Port
Elizabeth, Pietermaritzburg e às vezes Durban, todos na África do Sul. Localmente eles
estão fornecendo mercados de produtos frescos e cadeias de supermercados como
Shoprite, Food Lovers, Premier Spar e KadaTerra Spar na Província de Gaza, Província
de Maputo, Matola e Cidade de Maputo. Com mais produção a empresa pode estender
seu alcance de mercado aos supermercados em Inhambane, Maxixe até à Beira. Os
clientes da TAFC também vendem outras frutas e vegetais. À medida que a TAFC
expande sua gama de produtos, os clientes comprarão da empresa. O mercado local de
banana tem um enorme potencial de crescimento como base de renda e padrão de vida
aumentar.
III. METODOLOGIA

3. Actividades aprendidas durante a visita da empresa

3.1. Área de produção empresa The African Food Company


A empresa The African Food Company possui 57 blocos de produção da banana tendo
em cada bloco 3/ha, cada bloco possui 91 linhas e cada linha possui 67 plantas de
bananeira. A área total de acordo com os dados é de 171/ha da produção actual. Cada
bloco possui 6097 plantas de bananeira e a toda área de produção possui 347 529
plantas de bananeira.

3.2. Descrição do solo e variedades utilizadas na Empresa


Os solos que garantem a produção da banana na empresa são francos argilosos e as
variedades cultivadas são: Grand Naine, Williams e Ice Dis. A variedade Williams d
destina é para exportação par o país vizinho Africa do sul e as duas variedades são do
mercado nacional.

3.3. Produção das Mudas


As mudas são produzidas numa sombrete, a propagação é feita através de rizomas
encontradas no campo, no qual planta se numa bolsa. As bolsas são enchidas de areia e
esterco bovino numa porção de 10 por 2 (carinha).
A rega é feita diariamente de manha, oque condiciona o numero de regas no mesmo dia
é a temperatura.
As mudas levam seis semanas no sombrete e depois são transplantados para o campo
definitivo.
Figura 1. Mudas das Bananeiras

3.4. Plantio
O plantio em cada bloco é feito em linha tendo em cada linha 67 plantas no total de 91
linhas. O espaçamento utilizado é de 1,55 m entre plantas e 2 m entre linhas e 2,5 m
entre ruas. A profundidade do plantio é de 40 cm.

3.5. Adubação
Na produção da banana na empresa The african food company são feitas duas
adubações sendo de fundo e cobertura
A adubação de fundo é feita usando o esterco aviário que é adquirido nos produtores de
Chokwe e Guija, a porção usada é de 2 kg de esterco por cada covacho correspondente a
uma planta.
A adubação de cobertura é feita usado o adubo inorgânico Banana Blend que contém N-
12.46%, P2O5-2.24%, K2O-26.76%, S-8.01%, Zn-0.50%, B-0.15%
A adubação é feita apos cinco meses de plantio e o intervalo da aplicação é de 1 mês. A
adubação deve ser feita na soca mais nova fazendo um angulo de 45º ou meia lua com a
quantidade de 50 gramas por planta.
Figura 2. Adubo usado na adubação de cobertura

3.6. Selecção das Socas e Desbaste


As socas são seleccionadas a partir do 5 mês ou quando tiverem uma altura de 1,50 m.
Deixa-se 3 gerações num conjunto da bananeira que é planta mãe quando estiver na fase
da colheita, planta filha e neta.
As socas sem planta mãe são eliminadas, porque não tem base de sobrevivência ou não
há onde buscar os nutrientes de sobrevivência.
Deve-se deixar apenas uma soca seguidora para não haver colectividade de nutrientes,
luz e agua. As socas seguidoras devem estar em paralelo com os aspersores de rega.
O desbaste é feito para eliminar socas sem mãe e socas quando estão em maior
quantidade numa bananeira. O instrumento usado para a realização de desbaste é
Lurdinha.
Figura 3. Lurdinha Instrumento usado para fazer desbaste

3.7. Controle de Infestantes


O controle de infestantes é feito manualmente, o instrumento usado é a enxada.

3.8. Desfolha
A desfolha consiste na retirada das folhas secas que já não tem função na planta ou não
realizam a fotossíntese, são cortadas junto ao pecíolo, de baixo para cima, e as folhas
cortadas são depositadas nas entrelinhas do bananal, pois elas reciclam nutrientes e
constituem uma grande fonte de matéria orgânica. A desfolha evita também a infecção
de doenças.
A desfolha é feita a partir de 5º mês.
Figura 4. Instrumento usado para fazer a desfolha

3.9. Limpeza Floral, Corte do coração, Marcação do cacho


A limpeza floral é feita para evitar o ataque de trips e traça,pois as flores possuem
néctar que atrai os insectos. A limpeza pode ser feita na retirada do coração ou na pós-
colheita. A limpeza garante uma banana limpa e apreciável no mercado.

3.9.1. Corte do Coração


O “coração” da bananeira é eliminado de 10 a 20 cm abaixo da última penca logo após a
sua abertura. Esse processo acelera o desenvolvimento do cacho, melhora a qualidade
das frutas e diminui a incidência de pragas, acelera a maturação dos frutos, reduz os
danos por tombamento das bananeiras.

3.9.2. Marcação do Cacho


Os cachos apos o corte do coração são marcados de modo a se saber a época da colheita.
Só se marca cachos com 5 ou mais pencas. Escreve-se a semana do ano numa banana de
última penca no ramo que segura as pencas.
Os cachos marcados só podem ser colhidos apos 12 a 13 Semanas.
Figura 5. Cacho marcado para a colheita

Figura 6. Limpeza Floral


Figura 7. Corte de Coração

3.10. Rega
A empresa usa o sistema de rega por microaspersão. A água é tirada do canal MIT, que
fica a 12 km da empresa. Os tubos utlizados no canal primário são de 400mm e possui 4
electrobombas. Os tubos usados no canal secundário são de 250mm e possui 3
electrobombas. Os tubos usados para fazer chegar a água nos blocos são de 200mm. Os
tubos que estão penetrados nos blocos são de 160mm e de 110mm e os tubos são
subterrâneos.
Os aspersores têm um espaçamento de 2m entre eles, e tem um raio de rega de 3m.
O sistema de rega possui uma vantagem porque rega os blocos em pouco tempo
somando 50 minutos de rega por cada bloco. Por dia rega-se 40 blocos e em 2 horas
rega-se 5 blocos.
Só pode-se regar um bloco de cada vez de modo a garantir uma boa pressão de água.
O intervalo de rega depende da época, na época quente é dia sim e dia não e na época
fresca é de 3 em 3 dias.
Figura 8. Sistema de rega

3.11. Controle Fitossanitário


Na empresa a doença que causa problemas é a BBTV é uma doença viral causado por
vírus bunchy top vírus. A doença ataca a casca da banana e afecta o fruto e ataca as
folhas da bananeira.
O sintoma mais característico é o padrão de ‘‘código morse’’ que é formado por estrias
verde-escuras de nervuras na lâmina da folha, nervuras centrais e pecíolos, ou estrias
vermelho-escuras nas brácteas florais.
A empresa usa o método de controle cultural que se elimina as plantas atacadas.
As plantas atacadas são aplicadas herbicidas Liposato e depois de 6 dias observa-se a
morte da planta e de seguida é queimada fora da empresa.
A pulverização das plantas é feita usando o pesticida Bandit num raio de 15m, aplica-se
de topo para base e de base para o topo. Os pulverizadores usados são de petróleo e
quem uma boa pressão.
Figura 9. Planta Infectada com BBTV

3.12. Escoramento da planta


A empresa realiza o escoramento na base de cabos aéreos que amaram os pseudocaules.
O escoramento evita a queda de plantas com cachos pesados ou que estejam mal
sustentadas. O escoramento deve ser feito quando o cacho estiver completamente
formado.

3.13. Colheita
O cacho pode ser colhido em diversos estágios de desenvolvimento dos frutos, mas,
para isso, é preciso levar em consideração certos aspectos morfológicos e fisiológicos,
referentes ao grau de corte. Esse é determinado por meio de três métodos: grau
fisiológico de maturidade, diâmetro do fruto e diâmetro do fruto por idade.
A colheita na empresa é feita reparando em dois parâmetros que são: coloração e
preenchimento das pencas. Para a colheita corta-se pseudocaule a uma altura de 1,5m e
puxa-se o cacho lentamente ate o ombro onde é apoiado por uma bolsa (tem a função de
proteger o obro do trabalhador e protege o cacho). O pseudocaule é colocado entre
linhas de plantas.
Apos a colheita os cachos são colocados numa barra aérea que garante o transporte ate a
casa de empacotamento.

Figura 10. Transporte da Banana ate a sala de empacotamento

3.14. Pós-colheita da banana

3.14.1. Recepção
A banana chega a casa de empacotamento através de cabos aéreos que existem no
campo. Após a chegada faz-se o despencamento.

3.14.2. Lavagem
Faz-se a primeira lavagem e segunda lavagem para remover a sujidade nas pencas.

3.14.3. Selecção
Faz-se a selecção dos cachos da banana com o objectivo de verificar a existência de
danos (mecânicos, fisiológicos, biológicos) retirando as pencas que não apresentam
conformidade. A selecção é feita através da observação de seguintes parâmetros:
tamanho, forma, peso e cor, presença ou ausência de manchas ou injurias.
3.14.4. Classificação
As bananas são classificadas mediante os critérios relativos de a qualidade sensorial
como: tamanho, aparência, qualidade.
São classificadas com tamanho: S,M,L,XL
A qualidade sensorial da banana é agrupada em 4 classes que são:
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV

3.14.5. Tratamento
As pencas das bananas são submetidas a uma Solução Cronox 45 EC, que 30 ml esta
para 20 litros de água. Apenas a parta da bainha da banana é que se aplica a solução de
modo a evitar o desenvolvimento de fungos durante o armazenamento.

3.14.6. Armazenamento
As bananas são armazenadas em caixas plásticas e Caixas de papelão.
As bananas colocadas em caixas plásticas são destinados a mercado nacional e a sua
maturação é feita em contentores com uma temperatura de 22ºC.
As bananas colocadas em caixas de papelão são destinadas a exportação na africa do
sul, contudo são armazenadas em Câmera frigoríficas numa temperatura de 13 a 14ºC.
Figura 11. Caixas de papelão para armazenamento da banana para a exportação

Figura 12. Aplicação do cronox na baixa da penca

Figura 13. Câmara frigorifica usada para o armazenamento da banana


IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BORGES, A. L., & SOUZA, L. S. (2004). O cultivo da bananeira. 1ª ediç.
Embrapa Mandioca e Fruticultura. -Cruz das Almas, (Baia, Brasil).
 Borges, A.L; Souza, S. S.; Cordeiro, Z.J.M. 2006. Cir. Téc. Nº 81. Cultivo
orgânico da bananeira. Embrapa. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e
Fruticultura Tropical. 10p. Disponível em https://ciorganicos.com.br/wp-
content/uploads/2012/10/CULTIVO-ORG%C3%82NICO-DE-
BANANEIRA.pdf
 Costa, J.N.M. 2007. Sistema de produção para a cultura da banana no Estado
de Rondônia. Sistema de Produção 29, Embrapa Rondônia, 41p. Disponível em
https://core.ac.uk/download/pdf/15432058.pdf
 DANTAS, Ana Cristina Velho Loyola; DANTAS, Jorge Luis Loyola; RAMOS,
Domingos Ramos Souza. Cultivo da banana. 2. ed. Brasília, DF: SENAR, 2004.
99p.
 DONATO, S.L.R.; SILVA, S.O.; LUCCA FILHO, O.A.; LIMA, M.B.;
DOMINGUES, H.; ALVES, J.S. Comportamento de variedades e híbridos de
bananeira (Musa spp.), em dois ciclos de produção no sudoeste da Bahia.
Revista Bas. Frut., Jaboticabal, v.28, n. 1, p. 139-144. 2006.
 FAOSTAT. (2014). Top production-bananas-2012. Acesso: 20/10/2014, em:
http: //faostat.fao.org/site/339/default.aspx
 LIMA, A. G. B., NEBRA, S. A. & QUEIROZ, M. R. (2000). Aspectos
Científico e Tecnológico da Banana. Comunicado Técnico. Revista brasileira de
Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.2. n.1. Brasil
 MISAU-Ministério da Saúde. (2007). Tabela da Composição de Alimentos. 1ª
edição. (Reimpressão), Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa-
Portugal
 NETO, A. R. & MELO, B. (2014). A cultura da bananeira. Acesso: 21/12/14,
em: http://www.fruticultura.ici.ag.ufu.br/banana3.htm
 OGRT (2008). The biology of Musa L. (banana). Australian Government
Department of Health and Ageing Office of the Gene Technology Regulator-
Australia.
 PERUCHA, V.R. Propriedades Funcionais da Banana Verde. Revista
Nutrição – Saúde e Performance, Anuário de Alimentos Funcionais, 2005.

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