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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

FLÁVIO PROENÇA BIANCHI

SEMIÓTICA APLICADA A MARCAS E CONSUMO


Como podemos empregar a semiótica no processo de criação e análise de marcas.

São Paulo
2021
Como podemos empregar a semiótica no processo de criação e análise de marcas.

As marcas estão presentes em toda nossa volta, desde o dia que tomamos consciência
do que estamos fazendo, elas, sem que muitas vezes consigamos perceber, estão nos
influenciando de alguma forma. Além de ser um artifício para diferenciação, marcas possuem
diversos atributos e características. As maiores, nos influenciam desde criança. Agências e
grandes empresas usam da comunicação para nos bombardear com a finalidade de serem
lembrados por algo. Não é coincidência o “McDonald 's” vender o “Mc Lanche Feliz” com
seus brinquedos e embalagens coloridas, mas sim uma estratégia. Afinal quem olha para os
arcos dourados em forma de “m” e não identifica exatamente do que se trata? Pois bem, as
marcas influenciam nossas escolhas e se pararmos para observar qual o processo que um
signo como o “m” do McDonalds tem em nossas vidas, e como ele foi construído ao longo do
tempo, aonde chegaremos? A semiótica pode nos ajudar exatamente nesse processo de
entender o objeto deste signo.

O signo por definição é:

[...] qualquer coisa de qualquer espécie (uma palavra, um livro, uma biblioteca, um grito, uma
pintura, um museu, uma pessoa, uma mancha de tinta, um vídeo etc.) que representa uma outra coisa,
chamada de objeto do signo, e que produz um efeito interpretativo em uma mente real ou potencial,
efeito este que é chamado de interpretante do signo.
( Lucia Santaella, 2009 )

A Fagundes quando se reposicionou não fez diferente do “Méqui” tempos atrás. Apesar da
inovadora linha de montagens para hamburguer, que se tornou na época, sua proposta única
de valor, o “Méqui” não seria o que é hoje se não fosse a mente dos visionários Dick e Mac
McDonald; o sonho dos dois era que em cada estrada que alguém passasse, algo chamaria a
atenção para o seu estabelecimento. E assim, com um acidente de percurso ( feliz )
juntamente com Clark Meston e seu assistente Charles Fish nasceu os arcos dourados.

Se pararmos para refletir, nas cores e nas propriedades deste elemento e sua
representatividade, a sua construção tinha uma finalidade objetiva, que após a experiência do
consumidor naquele local, ou fast - food, onde estava aquele signo, uma associação poderia
ser feita. Ao longo do tempo a marca “méqui” foi evoluindo, e fazendo parte da vida das
pessoas, trazendo experiências ao seus clientes, criando novos produtos e se reposicionando
para se manter competitiva no mercado. Entretanto, os arcos dourados sempre se mantiveram
presentes. Este signo, “ Arcos dourados” com o tempo e diversas ações da marca, se tornou
um Símbolo, que faz referência direta ao nome “McDonalds” e que remete imediatamente a
hambúrguer e entre outras tantas coisas como, diversão, momentos, fim de balada e entre
outros.

Pelo olhar da semiótica temos um signo de arcos dourados sendo um índice representamen do
objeto “M” que é McDonalds e tudo que ele representa para o seu interpretante que decodifica
todas as suas experiências vividas quando consumiu os produtos da marca.
Bibliografia
SANTANELLA, Lucia, Semiótica aplicada. São Paulo, SP : Cengage Learning, 2012.

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