Marias Mortas

Artista: Pastilhas
Composição: Ize Duque e Jonnie Walker
Edição e Mixagem de Audio: Jonnie Walker, Diego Pereira e Danley Rodrigues
Direção: Juliana Oelsner
Produção: Juliana Oelsner, Vinícius Teófilo, Danillo Batista, Júlia Baracho
Direção de fotografia: Silvana Berilo, Thassio Ramos, Alex de Almeida
Direção de Arte: Larissa Soledade e Thiago Fontes
Edição e Finalização: Mariana Carvalho
Elenco: Geisa Pena e Vinicius Teiole
Poesias "Fala pra mim" e "Amamos": Karen Oliveira

Letra:
Quem foi que disse que a felicidade
mora com quem divide a sua cama?
Quem pode controlar a liberdade
e os desejos de quem você ama?
Foi por ciúmes e em nome do amor
a traição foi o motivo que a matou.
Ele gritava feito louco e chorava a sua dor
Reivindicava o direito ao terror:
- Eu mereci essa vingança,
afinal a culpa é dela se talvez perdi a linha.
Empunhou seu egoísmo numa lança,
orgulhava-se ao ver o cadáver da putinha
Atê quando isso vai ser normal
Quantas Marias vão morrer e vão chamar de passional?
Toda mulher é dona do seu próprio corpo
mas essa parte não te contam no jornal
Essa ordem masculinizou a vida
impõe uma violência esfomeada
Milhares de mulheres condenadas
a ser somente ventre da nossa pátria amada
Resenha Critica do clipe musical Marias Mortas

O vídeo clipe Marias Mortas relata a violência e preconceito sofrido pelas mulheres, a
letra e o clipe relata a realidade de muitas mulheres, a violência contra as mulheres se
manifesta de diversas formas. A violência contra mulher é qualquer ação ou conduta,
baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher, tanto no âmbito público como no privado. A violência contra mulheres
constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos,
atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Ela é estruturante da
desigualdade de gênero.

Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e

familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340/2006. Esta lei, além
de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica,
sexual, patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços especializados, como
os que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por
instituições de segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social.
A violência contra as mulheres é um dos problemas públicos de maior visibilidade
social e política no país, exigindo dos gestores públicos a elaboração, execução e
monitoramento de políticas públicas para prevenção e combate à violência contra as
mulheres, assim como de proteção e garantia de direitos às mulheres em situação de
violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e
legislação nacional.

Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar

contra a mulher, entre outras: I – a violência física, entendida como qualquer conduta
que ofenda sua integridade ou saúde corporal;