Você está na página 1de 36

Norma

NP ISO 56002
2019

Portuguesa
Gestão da inovação
Sistema de gestão da inovação
Linhas de orientação

Management de l’innovation
Système de management de l’innovation
Recommandations

Innovation management
Innovation management system
Guidance

ICS HOMOLOGAÇÃO
03.100.01; 03.100.40; 03.100.70 Termo de Homologação n.º 147/2019, de 2019-09-11

CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da ISO 56002:2019 CT 169 (ANI)

CÓDIGO DE PREÇO EDIÇÃO


X009 2019-09-16

 IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2


2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101


E-mail: ipq@ipq.pt Internet: www.ipq.pt
Preâmbulo nacional
O presente documento foi elaborado pela Comissão Técnica de Normalização CT 169 “Atividades de
Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI)”, cuja coordenação é assegurada pelo Organismo de
Normalização Setorial, Agência Nacional de Inovação (ONS/ANI).

Aviso: Documento com direitos de propriedade


© IPQ reprodução proibida
As normas e os documentos normativos são documentos abrangidos por direitos de Propriedade Intelectual a
qual inclui a Propriedade Industrial, Direitos de Autor e Direitos Conexos. É proibida e punida, nos termos da
legislação aplicável, a sua reprodução, utilização, distribuição ou divulgação pública, de qualquer parte deste
documento, em qualquer formato, eletrónico ou mecânico, incluindo fotocópia ou colocação na internet ou numa
intranet, sem autorização prévia escrita. A autorização deve ser requerida ao Instituto Português da Qualidade
enquanto Organismo Nacional de Normalização.
NP ISO 56002
2019

p. 3 de 36

Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................................. 2
0 Introdução ................................................................................................................................................................ 5
0.1 Generalidades ...................................................................................................................................................... 5
0.2 Princípios de gestão da inovação ................................................................................................................. 5
0.3 Sistema de gestão da inovação ...................................................................................................................... 6
0.4 Relação com outras normas do sistema de gestão ................................................................................ 8
1 Objetivo e campo de aplicação .......................................................................................................................... 9
2 Referências normativas....................................................................................................................................... 9
3 Termos e definições .............................................................................................................................................. 9
4 Contexto da organização ...................................................................................................................................10
4.1 Compreender a organização e o seu contexto ........................................................................................................ 10
4.2 Compreender as necessidades e expectativas das partes interessadas ...................................................... 11
4.3 Determinar o âmbito do sistema de gestão da inovação .................................................................................... 11
4.4 Estabelecer o sistema de gestão da inovação .......................................................................................................... 12
5 Liderança ................................................................................................................................................................13
5.1 Liderança e compromisso ................................................................................................................................................ 13
5.2 Política de inovação ............................................................................................................................................................ 15
5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais ............................................................................. 16
6 Planeamento ..........................................................................................................................................................16
6.1 Ações para tratar oportunidades e riscos ................................................................................................................. 16
6.2 Objetivos de inovação e planeamento para os atingir ......................................................................................... 17
6.3 Estruturas organizacionais.............................................................................................................................................. 18
6.4 Portefólios de inovação ..................................................................................................................................................... 18
7 Suporte.....................................................................................................................................................................18
7.1 Recursos .................................................................................................................................................................................. 18
7.2 Competências ........................................................................................................................................................................ 21
7.3 Consciencialização .............................................................................................................................................................. 22
7.4 Comunicação.......................................................................................................................................................................... 22
7.5 Informação documentada ................................................................................................................................................ 23
7.6 Ferramentas e métodos .................................................................................................................................................... 24
7.7 Gestão de inteligência estratégica ................................................................................................................................ 24
7.8 Gestão da propriedade intelectual ............................................................................................................................... 24

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 4 de 36

8 Operacionalização .............................................................................................................................................. 25
8.1 Planeamento e controlo operacional .......................................................................................................................... 25
8.2 Iniciativas de inovação ...................................................................................................................................................... 26
8.3 Processos de inovação ...................................................................................................................................................... 27
9 Avaliação do desempenho ............................................................................................................................... 30
9.1 Monitorização, medição, análise e avaliação ........................................................................................................... 30
9.2 Auditoria interna ................................................................................................................................................................. 32
9.3 Revisão pela gestão ............................................................................................................................................................ 32
10 Melhoria ............................................................................................................................................................... 33
10.1 Generalidades..................................................................................................................................................................... 33
10.2 Desvio, não conformidade e ação corretiva .......................................................................................................... 34
10.3 Melhoria contínua ............................................................................................................................................................ 34
Bibliografia................................................................................................................................................................ 35

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 5 de 36

0 Introdução
0.1 Generalidades
A capacidade de inovação de uma organização é reconhecida como principal fator para o crescimento
sustentável, viabilidade económica, bem-estar acrescido e desenvolvimento da sociedade.
A capacidade de inovação de uma organização inclui a capacidade de compreender e responder a
mudanças no seu contexto, procurar novas oportunidades e potenciar o conhecimento e a criatividade
das pessoas dentro da organização e em colaboração com as partes interessadas externas.
Uma organização pode inovar de forma mais eficaz e eficiente se todas as atividades necessárias e
outros elementos interrelacionados e interativos forem geridos como um sistema.
Um sistema de gestão da inovação conduz a organização para determinar a sua visão, estratégia,
política e objetivos da inovação, e para estabelecer o suporte e processos necessários para alcançar os
resultados pretendidos.
Os potenciais benefícios de implementar um sistema de gestão da inovação com base neste documento
são:
a) capacidade acrescida para gerir a incerteza;
b) maior crescimento, receitas, rentabilidade e competitividade;
c) redução de custos e desperdícios, e aumento da produtividade e eficiência dos recursos;
d) sustentabilidade e resiliência melhoradas;
e) maior satisfação dos utilizadores, clientes, cidadãos e outras partes interessadas;
f) renovação sustentada do portefólio de ofertas;
g) pessoas comprometidas e com poder de decisão na organização;
h) maior capacidade de atrair parceiros, colaboradores e financiamento;
i) reputação e valorização da organização acrescidas;
j) conformidade com os regulamentos e outros requisitos relevantes facilitada.

0.2 Princípios de gestão da inovação


Este documento baseia-se nos princípios de gestão da inovação. Um princípio de gestão da inovação
inclui uma declaração de cada princípio, o racional da importância do princípio para a organização,
alguns exemplos dos benefícios associados ao princípio e, por último, exemplos de medidas que a
organização pode tomar para melhorar o desempenho na aplicação do princípio.
Os seguintes princípios são a fundação do sistema de gestão da inovação:
a) realização de valor;
b) líderes focados no futuro;
c) direção estratégica;
d) cultura;
e) perspetivas de exploração;
f) gestão da incerteza;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 6 de 36

g) adaptabilidade;
h) abordagem sistémica.
Os princípios podem ser considerados como um conjunto aberto a ser integrado e adaptado dentro da
organização.

0.3 Sistema de gestão da inovação

0.3.1 Generalidades
O sistema de gestão da inovação é um conjunto de elementos interrelacionados e interativos, que
visam a criação de valor. Proporciona um enquadramento e vocabulário comuns para desenvolver e
implementar capacidades de inovação, avaliar o desempenho e alcançar os resultados pretendidos.
Os elementos podem ser gradualmente adotados para implementar o sistema, de acordo com o
contexto e as circunstâncias da organização. Os benefícios totais podem ser obtidos quando todos os
elementos do sistema de gestão da inovação forem adotados pela organização.
Por fim, a implementação eficaz do sistema de gestão da inovação depende do compromisso da gestão
de topo e da capacidade dos líderes de promoverem competências de inovação e uma cultura que
suporta as atividades de inovação.

0.3.2 Ciclo plan-do-check-act


O ciclo plan-do-check-act*) (PDCA) permite a melhoria contínua do sistema de gestão da inovação para
garantir que as iniciativas de inovação e os processos são adequadamente suportados, dotados de
recursos e geridos, e que as oportunidades e os riscos são identificados e tratados pela organização.
O ciclo PDCA pode aplicar-se ao sistema de gestão da inovação na totalidade ou em parte. A Figura 1
ilustra como as Secções 4 a 10 podem ser agrupadas em relação ao ciclo PDCA. O ciclo é informado e
orientado pelo contexto da organização (Secção 4) e pela sua liderança (Secção 5).

*) Planear-executar-verificar-agir (nota nacional).

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 7 de 36

Figura 1 – Representação do enquadramento do sistema de gestão da inovação com referência


às secções deste documento
O ciclo pode ser descrito resumidamente da seguinte forma:
a) plan: definir os objetivos e determinar as ações necessárias para tratar as oportunidades e os riscos
(Secção 6);
b) do: implementar o que está planeado em termos de suporte e operações (Secções 7 e 8);
c) check: monitorizar e (onde aplicável) medir os resultados em relação aos objetivos (Secção 9);
d) act: adotar medidas para melhorar continuamente o desempenho do sistema de gestão da inovação
(Secção 10).

0.3.3 Gerir a incerteza e o risco


As atividades de inovação têm de lidar com níveis elevados de mudança e incerteza, particularmente
durante as fases criativas iniciais. São exploratórias e caracterizam-se pela pesquisa, experimentação e
aprendizagem. À medida que o processo avança, é obtido conhecimento e a incerteza é reduzida.
As iniciativas de inovação implicam assumir riscos e nem todas resultarão em inovação. As iniciativas
descontinuadas são uma parte indissociável dos processos e fontes de aprendizagem como entradas
para futuras iniciativas de inovação.
O grau de risco aceitável depende da ambição de inovação, da capacidade e dos tipos de inovação
endereçados pela organização. A gestão do risco pode ser tratada por diferentes abordagens, por
exemplo, aprendizagem iterativa, parceria, diversificação do portefólio com diferentes níveis de risco,
etc. Uma abordagem sistémica é essencial para compreender as interdependências e gerir as
incertezas.
As iniciativas de inovação podem ser implementadas através de processos que identificam
oportunidades, criam e validam conceitos, desenvolvem e implementam soluções. Estes processos de

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 8 de 36

inovação são implementados iterativamente e, frequentemente, numa sequência não linear. É


necessário que sejam flexíveis e adaptáveis aos tipos de inovação que a organização procura alcançar.
As organizações podem estabelecer estruturas organizacionais dedicadas ou separadas para
implementar atividades de inovação. Estas poderão requerer estilos de liderança, competências e
culturas diferentes. Implementar um sistema de gestão da inovação pode incentivar a organização a
desafiar o status quo, os pressupostos e as estruturas organizacionais estabelecidos. Isto pode ajudar a
organização a gerir as incertezas e os riscos de modo mais eficaz.

0.4 Relação com outras normas do sistema de gestão


Este documento aplica o enquadramento desenvolvido pela ISO para melhorar o alinhamento entre as
suas normas de sistemas de gestão (ver as Diretivas ISO/IEC, Parte 1, Suplemento ISO Consolidado,
Anexo SL). Este enquadramento permite que uma organização harmonize ou integre o seu sistema de
gestão da inovação com as linhas de orientação ou requisitos de outras normas do sistema de gestão.
Este documento relaciona-se com a família de normas ISO 56000, desenvolvidas pelo ISO/TC 279, do
seguinte modo:
a) ISO 560001) Innovation management – Fundamentals and vocabulary que proporciona uma base de
suporte essencial para a correta compreensão e implementação deste documento;
b) ISO/TR 56004 Innovation management assessment – Guidance que proporciona linhas de orientação
para as organizações planearem, implementarem e acompanharem uma avaliação da gestão da
inovação;
c) ISO 56003 Innovation management – Tools and methods for innovation partnership – Guidance
d) e normas subsequentes proporcionam orientações sobre ferramentas e métodos para apoiar a
implementação do sistema de gestão da inovação.
A implementação de um sistema de gestão da inovação eficaz e eficiente pode impactar, ou ser
impactada por outros sistemas de gestão e pode requerer integração a vários níveis.
As normas do sistema de gestão complementam-se, mas também podem ser utilizadas
independentemente. Este documento pode ser implementado em conjunto com outras normas do
sistema de gestão, ajudando as organizações a equilibrar a exploração das ofertas e operações
existentes com a exploração e introdução de novas ofertas. As organizações podem encontrar um
equilíbrio entre as linhas de orientação de gestão da inovação e as outras normas de sistema de gestão.
As organizações que não adotaram outras normas de sistema de gestão podem facilmente adotar este
documento como orientação independente dentro da sua organização.

1) Em preparação. Fase aquando da publicação: ISO/DIS 56000.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 9 de 36

1 Objetivo e campo de aplicação


1.1 Este documento fornece linhas de orientação para a criação, implementação, manutenção e
melhoria contínua de um sistema de gestão da inovação para utilização em organizações estabelecidas.
É aplicável a:
a) organizações que procuram um sucesso sustentado através do desenvolvimento e demonstração da
sua capacidade de gerir eficazmente as atividades de inovação para atingir os resultados
pretendidos;
b) utilizadores, clientes e outras partes interessadas, que procuram a confiança na capacidade de
inovação de uma organização;
c) organizações e partes interessadas que procuram melhorar a comunicação através de um
entendimento comum daquilo que constitui um sistema de gestão da inovação;
d) fornecedores de formação, de avaliação ou consultoria em gestão da inovação e sistemas de gestão
da inovação;
e) decisores políticos, que procuram uma maior eficácia dos programas de apoio à capacidade de
inovação e competitividade das organizações e ao desenvolvimento da sociedade.
1.2 Todas as orientações incluídas neste documento são genéricas e pretendem ser aplicáveis a:
a) todas as organizações, independentemente do tipo, setor ou dimensão. O foco está nas organizações
estabelecidas, com o entendimento de que as organizações temporárias e as start-ups também
podem beneficiar ao aplicarem estas linhas de orientação na íntegra ou parcialmente;
b) todos os tipos de inovações, por exemplo, produtos, serviços, processos, modelos, de incrementais a
radicais;
c) todos os tipos de abordagens, por exemplo, atividades de inovação interna e aberta, dirigidas pelo
utilizador, mercado, tecnologia ou design.
Não descreve atividades detalhadas dentro da organização, mas fornece orientações a um nível geral.
Não determina quaisquer requisitos, ferramentas ou métodos específicos para atividades de inovação.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados constituem, no todo ou em parte, requisitos do presente
documento. Para referências datadas, apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas,
aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).
ISO 56000 Innovation management – Fundamentals and vocabulary

3 Termos e definições
Para os fins do presente documento aplicam-se os termos e definições constantes na ISO 56000.
A ISO e a IEC gerem bases de dados de terminologia cujo objetivo é a sua utilização como ferramentas
de normalização. Estão disponíveis nos seguintes endereços:
 ISO Online browsing platform: http://www.iso.org/obp
 IEC Electropedia: http://www.electropedia.org/

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 10 de 36

4 Contexto da organização
4.1 Compreender a organização e o seu contexto

4.1.1 Generalidades
A organização deverá determinar regularmente:
a) questões externas e internas que sejam relevantes para o seu propósito e que afetem a sua
capacidade de atingir os resultados pretendidos do seu sistema de gestão da inovação;
b) áreas de oportunidade para potencial realização do valor.

4.1.2 Questões externas


A organização deverá perscrutar e analisar regularmente o contexto externo, considerando as
questões relacionadas com:
a) diferentes áreas cobrindo aspetos económicos, de mercado, sociais, culturais, científicos,
tecnológicos, legais, políticos, geopolíticos e ambientais;
b) âmbito geográfico, quer seja internacional, nacional, regional ou local;
c) a experiência anterior, situação atual ou potenciais cenários futuros;
d) a velocidade de, e resistência à mudança;
e) a probabilidade e o potencial impacto das tendências;
f) as potenciais oportunidades e ameaças, também aquelas que podem resultar de disrupções;
g) partes interessadas.

4.1.3 Questões internas


A organização deverá analisar regularmente o seu contexto interno, incluindo capacidades e ativos,
considerando questões relacionadas com:
a) a sua visão, nível de ambição, direção estratégica e competências nucleares;
b) as práticas de gestão existentes, estruturas organizacionais e utilização de outros sistemas de
gestão;
c) o desempenho geral da organização e o seu desempenho de inovação, por exemplo, os sucessos e os
insucessos no passado recente, e comparado com outras organizações relevantes;
d) os aspetos operacionais, por exemplo, processos, orçamentação, controlo e colaboração;
e) o potencial e a maturidade (posição no ciclo de vida) das ofertas atuais e modelos de realização de
valor;
f) a singularidade das pessoas, conhecimentos, saber-fazer, tecnologias, propriedade intelectual,
ecossistemas, marca, parcerias, infraestrutura, etc.;
g) a adaptabilidade das estratégias, processos, alocação de recursos, etc.;
h) os aspetos culturais, tais como valores, atitudes e compromisso a todos os níveis da organização;
i) as competências de inovação das suas pessoas ao longo do tempo.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 11 de 36

4.2 Compreender as necessidades e expectativas das partes interessadas


As partes interessadas externas podem ser utilizadores, clientes, cidadãos, comunidade local, grupos
de interesse especiais, parceiros, fornecedores externos, consultores, sindicatos, concorrentes,
proprietários, acionistas, entidades de financiamento, entidades reguladoras, autoridades públicas,
organismos de normalização, associações industriais e comerciais.
As partes interessadas internas podem ser colaboradores, a todos os níveis, e outras pessoas que
trabalhem em nome da organização.
4.2.1 A organização deverá determinar, monitorizar e rever:
a) as partes interessadas, internas ou externas, atuais ou potenciais, que sejam relevantes para o
sistema de gestão da inovação e para as áreas de oportunidade;
b) as necessidades relevantes, expectativas e requisitos aplicáveis destas partes interessadas;
c) como e quando interagir ou cooperar com as partes interessadas relevantes.
4.2.2 As necessidades e expectativas das partes interessadas podem estar relacionadas com:
a) as necessidades e expectativas atuais ou futuras;
b) as necessidades e expectativas, declaradas ou não;
c) a realização de valor, financeiro ou não financeiro;
d) os diferentes graus de novidade e mudança, da incremental à radical;
e) os mercados existentes ou a criação de novos mercados;
f) qualquer produto, serviço, processo, modelo, método, etc.;
g) as ofertas dentro, adjacentes a, ou mais distantes do âmbito atual da organização;
h) o aumento ou a substituição das ofertas atuais;
i) a própria organização ou a sua cadeia de valor, rede ou ecossistema;
j) as exigências legais e regulamentares e os compromissos de conformidade.

4.3 Determinar o âmbito do sistema de gestão da inovação


A organização deverá determinar o seu propósito de inovação, os limites e a aplicabilidade do sistema
de gestão da inovação para estabelecer o seu âmbito.
Ao determinar o âmbito, a organização deverá considerar:
a) as questões externas e internas e as áreas de oportunidade referidas em 4.1;
b) as necessidades relevantes, expectativas e requisitos relevantes das partes interessadas
mencionados em 4.2;
c) as interações com outros sistemas de gestão.
O propósito de inovação pode descrever os cenários possíveis em áreas de oportunidade, quando
confrontados com incerteza.
Ao descrever o âmbito, a organização deverá considerar, por exemplo, ofertas, processos, estruturas,
funções, parceiros, colaborações, cobertura geográfica e temporal, que estejam dentro e fora do
âmbito.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 12 de 36

O âmbito deverá ser revisto e alterado quando necessário e deverá ser disponibilizado como
informação documentada.

4.4 Estabelecer o sistema de gestão da inovação


4.4.1 Generalidades
A organização deverá estabelecer, implementar, manter e melhorar de forma contínua um sistema de
gestão da inovação, em alinhamento com o propósito de inovação, incluindo os processos e o suporte
necessários e as suas interações, de acordo com as linhas de orientação deste documento e os
princípios de gestão da inovação.
O propósito de inovação é a base para determinar a estratégia de inovação. É viabilizado por uma
cultura de apoio e através da colaboração.
4.4.2 Cultura
A organização deverá promover uma cultura que apoia as atividades de inovação, com a finalidade de
permitir que mentalidades e comportamentos criativos coexistam com mentalidades e
comportamentos direcionados para as operações, pois ambos são necessários para inovar.
4.4.2.1 A organização deverá considerar proporcionar um ambiente de trabalho caracterizado por:
a) abertura, curiosidade e foco no utilizador;
b) encorajar o retorno da informação e as sugestões;
c) encorajar a aprendizagem, a experimentação, a criatividade, a mudança, desafiando os
pressupostos atuais;
d) incentivar a tomada de riscos e a aprendizagem com o insucesso, enquanto se mantêm as pessoas
comprometidas;
e) networking, colaboração e participação interna e externa;
f) diversidade, respeito e inclusão de diferentes pessoas, disciplinas e perspetivas sobre as atividades
de inovação;
g) valores, crenças e comportamentos partilhados;
h) análise e tomada de decisões suportadas por um equilíbrio entre pressupostos e evidências;
i) equilíbrio entre planeamento e processos ora lineares ora não lineares.
4.4.2.2 As organizações com uma cultura que apoia as atividades de inovação frequentemente têm:
a) líderes a todos os níveis que promovem e demonstram o seu compromisso com as atividades de
inovação;
b) gestão da coexistência e das transições efetivas entre as diferentes atividades de inovação, em
termos de valores, crenças e comportamentos na organização;
c) apoio e reconhecimento de inovadores, comportamentos inovadores, iniciativas de inovação e
narrativas de inovação;
d) incentivos para resultados de inovação, com o foco em fatores de motivação intrínsecos, por
exemplo, maior autonomia e um objetivo inspirador, em vez de apenas fatores de motivação
extrínsecos, por exemplo, recompensas monetárias;
e) desenvolvimento de competências que apoiem atividades de inovação;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 13 de 36

f) avaliação da cultura utilizando indicadores relevantes;


g) estruturas para colaboração multidisciplinar.
4.4.3 Colaboração
A organização deverá estabelecer uma abordagem para a gestão da colaboração interna e externa. A
colaboração visa facilitar a partilha e o acesso ao conhecimento, competência, outros ativos
intelectuais e recursos.
A organização deverá considerar:
a) a estratégia de inovação, objetivos e as capacidades, recursos, conhecimentos e competências
existentes;
b) a diversidade de experiências, disciplinas, competências, perspetivas, etc.;
c) as diferentes abordagens, métodos, regras e acordos de colaboração externa;
d) as questões de propriedade intelectual;
e) rever e alinhar regularmente a relevância estratégica das colaborações;
f) a importância do respeito, abertura e confiança entre as partes.
A colaboração pode apoiar atividades, tais como identificar as necessidades, expectativas e desafios
dos utilizadores, partilhar ideias, conhecimento, competências e know-how, aceder a infraestruturas,
portefólios, mercados e utilizadores, adquirir novas competências e recursos e executar
conjuntamente as operações de inovação.
A colaboração pode envolver pessoas das mesmas ou diferentes equipas, departamentos, unidades e
funções dentro da organização. Pode envolver utilizadores, clientes, parceiros, fornecedores, meios
académicos, associações industriais e comerciais e outras partes interessadas e redes externas
relevantes para a organização, incluindo partes externas às próprias redes de valor.

5 Liderança
5.1 Liderança e compromisso

5.1.1 Generalidades
A gestão de topo deverá demonstrar liderança e compromisso em relação ao sistema de gestão da
inovação ao:
a) assumir a responsabilização pela eficácia e eficiência do sistema de gestão da inovação;
b) garantir que a visão, estratégia, política e objetivos de inovação são estabelecidos, consistentes e
compatíveis com o contexto e a orientação estratégica da organização;
c) fomentar uma cultura que apoia as atividades de inovação;
d) garantir a adoção e a integração dos requisitos do sistema de gestão da inovação da organização
nas suas estruturas e processos existentes, conforme apropriado;
e) apoiar os líderes a todos os níveis e outras funções de gestão relevantes para demonstrarem a sua
liderança e o seu compromisso no desenvolvimento da sua liderança em relação à inovação, na
medida aplicável às respetivas áreas de responsabilidade;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 14 de 36

f) garantir que estruturas, suporte, incluindo recursos e processos, necessários para o sistema de
gestão da inovação são disponibilizados;
g) sensibilizar e comunicar a importância da gestão da inovação eficaz e da adoção das linhas de
orientação do sistema de gestão da inovação;
h) garantir que o sistema de gestão da inovação atinge os resultados pretendidos;
i) envolver, orientar e apoiar pessoas para contribuírem para a eficácia do sistema de gestão da
inovação;
j) encorajar e reconhecer os inovadores para demonstrarem boas práticas, assegurar o compromisso
e facilitar a aprendizagem quer com os êxitos quer com os insucessos;
k) promover a avaliação de desempenho a intervalos planeados e a melhoria contínua do sistema de
gestão da inovação.
NOTA: Referência a “negócio” no presente documento pode ser interpretada num sentido lato para referir atividades
nucleares para os propósitos da existência da organização.

5.1.2 Foco na realização de valor


A gestão de topo deverá demonstrar liderança e compromisso em relação à realização de valor:
a) identificando oportunidades, através de perspetivas exploráveis, com base nas necessidades e
expectativas atuais ou futuras, declaradas ou não;
b) considerando o equilíbrio entre oportunidades e riscos, incluindo as consequências das
oportunidades perdidas;
c) considerando a apetência pelo risco e a tolerância ao insucesso;
d) permitindo a conceptualização, experimentação e prototipagem, envolvendo utilizadores, clientes e
outras partes interessadas para testar hipóteses e validar pressupostos;
e) promover a perseverança e garantir a implementação atempada das inovações.

5.1.3 Visão da inovação


A gestão de topo deverá estabelecer, implementar e manter uma visão de inovação que:
a) seja uma descrição de um estado futuro a que a organização ambiciona, em termos de atividades de
inovação, incluindo o futuro papel da organização e o impacto desejado das suas inovações;
b) seja conscientemente ambiciosa, desafie o status quo, e não seja limitada pelas capacidades atuais
da organização;
c) sirva de orientação para escolhas estratégicas e forneça o enquadramento para estabelecer a
estratégia, política e objetivos de inovação;
d) possa ser comunicada e compreendida internamente para inspirar as pessoas a comprometerem-se
e a trabalharem para;
e) possa ser comunicada externamente para melhorar a reputação da organização e para atrair as
partes interessadas relevantes;
f) esteja disponível como informação documentada.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 15 de 36

5.1.4 Estratégia de inovação

5.1.4.1 A gestão de topo deverá estabelecer, implementar e manter uma estratégia de inovação, ou
várias estratégias, se adequado, e assegurar que:
a) descreve o motivo pelo qual as atividades de inovação são importantes para a organização;
b) é flexível, adaptável e que pode mudar ou emergir como resultado do retorno da informação e
desempenho das atividades de inovação;
c) é comunicada e compreendida pelas partes interessadas relevantes;
d) é mantida como informação documentada.

5.1.4.2 Uma estratégia de inovação pode incluir descrições:


a) do contexto da organização;
b) da visão e política de inovação;
c) das funções, responsabilidades e autoridades;
d) dos objetivos de inovação e dos planos para os atingir;
e) das estruturas organizacionais;
f) do suporte e processos, incluindo a alocação de recursos.
O racional para uma estratégia dedicada às atividades de inovação pode ser o foco na realização de
valor sob condições de incerteza. Isto exige um equilíbrio entre a tomada de decisões baseada em
pressupostos e baseada em evidências, possivelmente práticas, liderança, estruturas e processos
novos ou alterados.
Uma estratégia de inovação pode ajudar as pessoas da organização e as suas partes interessadas a
compreender as decisões tomadas para atingir os objetivos de inovação, enquanto contribui para as
comprometer e inspirar.

5.2 Política de inovação

5.2.1 Estabelecer a política de inovação


A gestão de topo deverá estabelecer, implementar e manter uma política de inovação, assegurando
que:
a) descreve o compromisso com as atividades de inovação;
b) é adequada ao propósito e ao contexto da organização e apoia a sua direção estratégica, em
alinhamento com a visão de inovação;
c) proporciona um enquadramento para estabelecer uma estratégia e definir os objetivos de inovação;
d) tem em consideração os princípios de gestão da inovação;
e) inclua um compromisso para a satisfação os requisitos aplicáveis e considerar os aspetos éticos e
de sustentabilidade;
f) inclua um compromisso para a melhoria contínua do sistema de gestão da inovação.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 16 de 36

5.2.2 Comunicação da política de inovação


A política de inovação deverá ser:
a) disponibilizada como informação documentada;
b) comunicada, compreendida e aplicada dentro da organização;
c) disponibilizada às partes interessadas relevantes, conforme adequado.

5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais


A gestão de topo deverá assegurar que as responsabilidades e autoridades para funções relevantes são
atribuídas, comunicadas e compreendidas dentro da organização.

5.3.1 A gestão de topo deverá atribuir especificamente as responsabilidades e autoridades para:


a) garantir que o sistema de gestão da inovação cumpre as linhas de orientação deste documento;
b) reportar atempadamente à gestão de topo o desempenho do sistema de gestão da inovação e
oportunidades de melhoria;
c) assegurar que a integridade do sistema de gestão da inovação é mantida.

5.3.2 As responsabilidades e autoridades podem ser atribuídas a:


a) funções existentes, por exemplo, todos os líderes da organização ou funções relacionadas
especificamente com departamentos, unidades ou ofertas;
b) funções dedicadas com foco na gestão geral da inovação ou iniciativas e atividades específicas de
inovação.

6 Planeamento
6.1 Ações para tratar oportunidades e riscos

6.1.1 Ao planear o sistema da gestão da inovação, a organização deverá considerar as questões


referidas em 4.1, as necessidades, expectativas e os requisitos mencionados em 4.2, e determinar as
oportunidades e riscos que deverão ser tratados para:
a) garantir que o sistema de gestão da inovação pode atingir os resultados pretendidos;
b) potenciar os efeitos desejados;
c) prevenir ou reduzir os efeitos indesejados;
d) comparar os efeitos da aceitação do risco versus os da prevenção;
e) atingir a melhoria contínua.

6.1.2 A organização deverá planear:


a) ações para tratar estas oportunidades e riscos, considerando:
1) as incertezas associadas às oportunidades;
2) o grau e o tipo de risco que pode ou não ser aceite;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 17 de 36

b) como:
1) integrar e implementar as ações nos seus processos do sistema de gestão da inovação;
2) avaliar a eficácia destas ações.
Além das oportunidades e riscos que afetam o sistema de gestão, existem oportunidades que podem
conduzir a iniciativas de inovação.

6.2 Objetivos de inovação e planeamento para os atingir

6.2.1 Objetivos de inovação


A organização deverá estabelecer objetivos de inovação em funções e níveis relevantes.
Os objetivos de inovação deverão:
a) ser consistentes com a política de inovação, e ambicionando a visão de inovação;
b) ser consistentes entre funções e níveis da organização;
c) ser mensuráveis (se possível) ou verificáveis;
d) ter em consideração os requisitos aplicáveis;
e) ser monitorizados;
f) ser comunicados e entendidos;
g) ser atualizados conforme adequado.
A organização deverá reter informação documentada sobre os objetivos da inovação.

6.2.2 Planeamento para atingir os objetivos


Ao planear como atingir os seus objetivos de inovação, a organização deverá determinar:
a) o que será realizado, considerando as áreas de oportunidade identificadas e os tipos de inovações
nas quais se deverá focar;
b) quem estará envolvido, em termos de partes interessadas internas e externas;
c) o que será necessário, p. ex. estruturas organizacionais, suporte, incluindo recursos e processos;
d) quem será responsável;
e) quando será concluído, em termos de horizontes temporais de planeamento e marcos relevantes;
f) que critérios estratégicos e de portefólio serão utilizados para avaliar as iniciativas de inovação;
g) como serão avaliados os resultados, incluindo a utilização dos indicadores de desempenho de
inovação;
h) como será realizada a proteção dos resultados e, se aplicável, a sua exploração;
i) como será feita a comunicação dos resultados obtidos;
j) qual a informação documentada a reter ou manter.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 18 de 36

6.3 Estruturas organizacionais


A gestão de topo deverá:
a) garantir que existem estruturas organizacionais relevantes e adaptáveis para alcançar os
resultados pretendidos do sistema de gestão da inovação;
b) considerar como a criatividade e a exploração, por um lado, e a implementação e a eficiência, por
outro lado, podem coexistir ou ser integradas na organização;
c) considerar o estabelecimento de estruturas organizacionais dedicadas, adequadas à dimensão da
organização, quando alguma das seguintes situações se aplicar:
1) possibilidade de inovações disruptivas ou radicais, que possam concorrer com as ofertas
existentes;
2) necessidade de estilos de liderança, incentivos, indicadores ou culturas diferentes;
3) necessidade de suporte específico, incluindo recursos, exclusivamente disponível para as
atividades de inovação;
4) necessidade de adaptação de operações específicas, incluindo processos, a um grau mais
elevado de incerteza e mudança em comparação com os processos estabelecidos.

6.4 Portefólios de inovação


A organização deverá estabelecer, gerir, avaliar regularmente e priorizar o portefólio, ou vários
portefólios, se adequado, de iniciativas de inovação e assegurar:
a) o alinhamento e a contribuição do portefólio de inovação, com e para a estratégia e os objetivos de
inovação;
b) a consistência entre as diferentes iniciativas que constem ou não dos portefólios de inovação;
c) o estabelecimento de sinergias, com o objetivo de utilizar, reutilizar e otimizar os recursos,
tecnologias, plataformas e processos;
d) o equilíbrio adequado do risco versus retorno, graus de novidade, tipos de inovação, bem como
diferentes horizontes temporais e de âmbito;
e) a comunicação do progresso e resultados globais à gestão de topo e partes interessadas relevantes;
f) melhoria e adequação dos portefólios de inovação, estratégia e objetivos.
Ao gerir os portefólios de inovação, a organização pode considerar uma combinação de iniciativas de
inovação relacionadas com a otimização ou a extensão adjacente às ofertas atuais, bem como novas
soluções para novos utilizadores, clientes e outras partes interessadas, p. ex. novos mercados.

7 Suporte
7.1 Recursos

7.1.1 Generalidades
A organização deverá determinar e providenciar atempadamente os recursos necessários para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 19 de 36

a) uma abordagem para fornecer recursos proactiva, transparente, flexível e adaptável;


b) as capacidades e as limitações do suporte interno existente;
c) o que é necessário obter dos fornecedores externos, por exemplo, por contratação ou parcerias;
d) a colaboração interna e externa, por exemplo, partilhar ou reutilizar, para otimizar a utilização de
recursos;
e) garantir os recursos para atividades de inovação separados de outras atividades;
f) o desenvolvimento a longo prazo de capacidades para atividades de inovação.

7.1.2 Pessoas
A organização deverá determinar, disponibilizar e gerir as pessoas necessárias para a implementação
eficaz do seu sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:
a) a necessidade de atrair, recrutar e reter pessoas;
b) formar equipas com diversidade e combinação de pessoas, incluindo diferentes disciplinas,
atributos pessoais e formação para incentivar a polinização cruzada, que pode dar origem a
resultados positivos inesperados;
c) definir incentivos apropriados, incluindo incentivos não financeiros, por exemplo, recompensas e
reconhecimento;
d) proteger os inovadores, considerando o grau de risco potencialmente mais elevado das atividades
de inovação;
e) estabelecer e comunicar os termos e condições para a autoria de ideias, tratamento de patentes e
exploração de inovações, que podem estar sujeitos a diferentes leis nacionais, regulamentos e
outros acordos.

7.1.3 Tempo
A organização deverá estabelecer uma abordagem à gestão do tempo para a implementação eficaz do
seu sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar a alocação de tempo:
a) em geral, para atividades de inovação e formação de modo equilibrado, por exemplo, uma
percentagem do tempo de trabalho total;
b) especificamente, para cada iniciativa de inovação e para diferentes processos de inovação;
c) para funções dedicadas e outras funções relevantes na organização, usando subsídios se adequado.

7.1.4 Conhecimento
A organização deverá estabelecer uma abordagem da gestão do conhecimento para a implementação
eficaz do seu sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:
a) captar o conhecimento interno e externo, tácito ou explícito, obtido a partir de inteligência
estratégica e da experiência, por exemplo, compreender o contexto da organização, lições

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 20 de 36

aprendidas com o sucesso e o insucesso das iniciativas de inovação e com a análise dos dados de
desempenho;
b) facilitar o acesso e a reutilização do conhecimento para evitar a perda, ou a duplicação, do
conhecimento existente;
c) manter um mecanismo apropriado para análise da informação e para gerir conhecimentos
existentes e futuros, por exemplo, diretórios de áreas de conhecimento e interesses das pessoas, ou
dados de planificação de recursos;
d) o nível e meios de confidencialidade e proteção de ativos intelectuais;
e) questões éticas relacionadas com a utilização do conhecimento;
f) priorizar as fontes de conhecimento externo através de, por exemplo, fiabilidade, acessibilidade e
custo.
O conhecimento pode ser individual ou coletivo, tácito ou explícito. O conhecimento coletivo é obtido a
partir de pessoas que colaboram, codificam e revelam o seu conhecimento tácito e implícito.
As fontes externas de conhecimento podem ser utilizadores, clientes, parceiros, fornecedores,
concorrentes, consultores, bases de dados, redes de especialistas, conferências, normas, academia, etc.

7.1.5 Financiamento
A organização deverá determinar e disponibilizar recursos financeiros para a implementação eficaz do
seu sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:
a) as oportunidades, riscos e restrições financeiros associados às atividades de inovação, incluindo as
implicações financeiras e os outros riscos de não inovar;
b) estabelecer princípios de financiamento, por exemplo, recursos financeiros centralizados versus
financiamento por meio de orçamentos locais ou operacionais;
c) alocar recursos financeiros dedicados para atividades de inovação, por exemplo, como uma
percentagem do orçamento anual ou designação de fundos, pela gestão de topo, para iniciativas de
inovação;
d) identificar e aceder a recursos financeiros relevantes fora da organização, por exemplo, de
investidores privados e públicos, agências de investigação, parceiros, copatrocinadores, bolsas de
inovação, incentivos fiscais para investigação e desenvolvimento, ou crowdsourcing;
e) estabelecer princípios de investimento, por exemplo, investir em atividades internas versus
externas, investir em start-ups, capital de risco, ou aceleradores da inovação;
f) equilibrar o financiamento entre diferentes horizontes temporais, diferentes níveis de risco e
diferentes tipos de inovações, por exemplo, inovação incremental ou inovação radical;
g) assegurar o financiamento de outros recursos relevantes e suporte, por exemplo, pessoas, tempo,
infraestruturas ou competências;
h) assegurar que a abordagem de financiamento abrange todas as atividades necessárias.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 21 de 36

7.1.6 Infraestruturas

7.1.6.1 A organização deverá determinar, disponibilizar e manter a infraestrutura física e virtual


necessária para a implementação eficaz do seu sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:
a) infraestruturas para apoiar e facilitar o sistema de gestão da inovação e os seus processos;
b) separação versus partilha de infraestruturas, quando apropriado, considerando fatores como a
flexibilidade, eficiência de custos e benefícios da coordenação;
c) que infraestrutura é necessário obter das partes interessadas externas relevantes, incluindo
utilizadores e clientes, por exemplo, por contratação ou parcerias;
d) avaliar proactivamente e considerar os avanços nas infraestruturas, incluindo novas tecnologias,
ferramentas e métodos, e exigências legais e regulamentares.

7.1.6.2 A infraestrutura para apoiar as atividades de inovação pode incluir:


a) edifícios, instalações e serviços associados, por exemplo ambientes criativos, laboratórios de
investigação e desenvolvimento, espaços de teste, laboratórios de simulação, laboratórios vivos,
etc.;
b) equipamento de investigação e simulação, ferramentas físicas, outro hardware, software, métodos,
tecnologias e modelos avançados;
c) recursos de transportes;
d) tecnologia de informação e comunicação, por exemplo, para a gestão da colaboração, ideias,
portefólios, perspetivas, talento, projetos, programas, etc.;
e) redes, por exemplo, redes de conhecimento, redes de mercados, etc.

7.2 Competências
A organização deverá estabelecer uma abordagem para o desenvolvimento da gestão de competências.

7.2.1 A organização deverá:


a) determinar as competências necessárias das pessoas que, sob o seu controlo, executam tarefas que
afetam a eficácia e a eficiência do desempenho do sistema de gestão da inovação;
b) garantir que essas pessoas são competentes com base em educação, formação ou experiência
adequadas;
c) definir um inventário das competências existentes na organização e identificar lacunas;
d) onde aplicável, tomar medidas para adquirir e avaliar continuamente, melhorar e renovar as
competências necessárias e avaliar a eficácia das ações empreendidas;
e) considerar a necessidade de competências externas, por exemplo, colaborando com ou contratando
meios académicos, consultores, parceiros externos, serviços de apoio à inovação ou recursos online
para apoiar nas atividades de inovação;
f) estabelecer as ligações e colaborações necessárias entre pessoas com diferentes competências, de
modo a alavancar a competência coletiva da organização;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 22 de 36

g) considerar a necessidade de alinhar as competências internas com as partes interessadas externas


relevantes para chegar a um entendimento comum e a uma convergência de vocabulário, atitudes e
abordagens;
h) reter informação documentada adequada como evidência das competências.
7.2.2 As competências podem incluir a capacidade de:
a) gerir as atividades de inovação, por exemplo, em termos de liderança, gestão da mudança,
atribuição de recursos, comprometer e capacitar as pessoas, facilitação de equipas, envolvimento,
colaboração, fomentar uma cultura que apoie as atividades de inovação, gerir as incertezas, realizar
investigação, gerir a propriedade intelectual;
b) identificar perspetivas e oportunidades, utilizando, por exemplo, análise tecnológica e de mercado,
análise de estrangulamentos e lacunas, etnografia, testes de experimentação e de hipóteses, design
thinking, planificação de cenários, análise de dados e big data;
c) criar ideias e conceitos, por exemplo, técnicas criativas e provocatórias, pensamento crítico,
competências de descoberta (associação, questionamento, observação, experimentação e
networking), know-how técnico, análise do mercado, redação de estudos de caso e modelação de
propostas de valor que inclua gerar equações de valor para o utilizador;
d) validar e desenvolver conceitos, por exemplo, técnicas de aprendizagem iterativa, design, métodos
de teste e validação, planificação da geração de valor e gestão de projetos;
e) implementar e desenvolver soluções para criar valor.
NOTA: As ações aplicáveis podem, p. ex., incluir: proporcionar formação a, orientação, ou a reafectação de pessoas
atualmente empregadas; ou o recrutamento ou a contratação de pessoas ou organizações competentes.

7.3 Consciencialização
A organização deverá assegurar que todas as pessoas relevantes que trabalham sob o controlo da
organização têm conhecimento:
a) da visão, estratégia, política e objetivos de inovação;
b) do significado e importância da inovação para a organização;
c) do seu contributo para a eficácia e eficiência do sistema de gestão da inovação, incluindo os
benefícios de um melhor desempenho da inovação;
d) das implicações de não cumprir as orientações do sistema de gestão da inovação;
e) da disponibilidade de apoio para as atividades de inovação.

7.4 Comunicação
A organização deverá determinar as necessidades de comunicação interna e externa relevantes para o
sistema de gestão da inovação, incluindo:
a) sobre o que irá comunicar;
b) porque comunicar;
c) quando comunicar;
d) a quem comunicar;
e) como comunicar;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 23 de 36

f) quem comunica.
A comunicação pode ser feita para criar consciencialização, aumentar o compromisso das pessoas,
preparar a ação, manter uma liderança informada, influenciar, criar valor da marca, etc.
A comunicação pode ser interna, por exemplo, reuniões de equipa, quadros de avisos, intranets,
newsletters, jogos, revistas, conferências internas e formação, bem como externa, por exemplo, sites,
relatórios anuais, literatura empresarial, livros brancos, briefings para instituições financeiras,
utilizadores, clientes, parceiros, fornecedores e outras partes interessadas relevantes, publicidade,
comunicados de imprensa, feiras e conferências profissionais.

7.5 Informação documentada

7.5.1 Generalidades
O sistema de gestão da inovação da organização deverá incluir a informação documentada:
a) proposta neste documento;
b) determinada pela organização como sendo necessária para a eficácia do sistema de gestão da
inovação.
NOTA: A extensão da informação documentada para um sistema de gestão da inovação pode ser diferente de organização
para organização devido:
1) à dimensão da organização e tipo de atividades, processos, produtos e serviços;
2) à complexidade dos processos e suas interações;
3) à competência das pessoas.

7.5.2 Criação e atualização


Sempre que criar e atualizar informação documentada, a organização deverá assegurar a adequada:
a) identificação e descrição, (p. ex. um título, data, versão, autor ou número de referência);
b) formato (p. ex., língua, versão do software, aspeto gráfico) e suporte (p. ex., papel, eletrónico);
c) revisão e aprovação em termos de pertinência e adequação.

7.5.3 Controlo da informação documentada


A informação documentada requerida pelo sistema de gestão da inovação deverá ser controlada de
modo a assegurar:
a) a sua disponibilidade e pertinência para utilização, onde e quando for necessária;
b) a sua proteção adequada (por ex. perda de confidencialidade ou de integridade, utilização indevida)
Para o controlo da informação documentada, a organização deverá tratar as seguintes atividades,
conforme aplicável:
1) distribuição, acesso, nível de confidencialidade, recuperação e utilização;
2) armazenamento e conservação, incluindo preservação da legibilidade;
3) controlo das alterações, p. ex., controlo das versões;
4) retenção e eliminação.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 24 de 36

A informação documentada de origem externa, determinada pela organização como sendo necessária
para o planeamento e operacionalização do sistema de gestão da inovação, deverá ser identificada
conforme for adequado e controlada.
NOTA: O acesso pode implicar uma decisão a respeito da autorização apenas para consultar a informação documentada ou a
permissão e autorização para visualizar e alterar a informação documentada.

7.6 Ferramentas e métodos


A organização deverá determinar, disponibilizar e manter as ferramentas e métodos necessários para
desenvolver, manter e melhorar o sistema de gestão da inovação.
A organização deverá considerar:
a) selecionar e disponibilizar uma combinação de ferramentas e métodos apropriados para apoiar as
atividades de inovação, bem como para apoiar diferentes tipos de atividades de inovação;
b) sensibilizar, treinar e dar acesso a ferramentas e métodos disponíveis;
c) partilhar, reutilizar e colaborar na utilização das ferramentas e métodos.
As ferramentas e métodos podem ser de diversos tipos, incluindo descritivos, provocatórios,
participativos, desafiadores, analíticos e comunicativos. Podem assumir várias formas e formatos,
incluindo guias, instruções, jogos, modelos, apresentações, vídeos, software e hardware.
Alguns exemplos de ferramentas e métodos são a análise retrospetiva, investigação etnográfica,
planificação de cenários, brainstorming, gestão de ideias, design inclusivo e formatos de modelo de
negócio.

7.7 Gestão de inteligência estratégica


A organização deverá estabelecer uma abordagem para a gestão de inteligência estratégica.
A organização deverá considerar:
a) a necessidade de adquirir informações de fontes internas e externas;
b) a necessidade de colaborar com as partes interessadas relevantes;
c) a utilização de ferramentas e métodos, por exemplo, exploração e análise de dados, previsão de
mercado, monitorização do ambiente e vigilância tecnológica;
d) diferentes perspetivas, por exemplo, presente e futuro, interno e externo, procura e oferta,
fornecedores e utilizadores, concorrentes, e relacionadas com produtos novos ou alterados,
serviços, processos, modelos, métodos, etc.;
e) a necessidade de desenvolver atividades influenciadoras para aumentar a aceitação das inovações,
por exemplo, evolução de exigências regulamentares, normas e ecossistemas de inovação.
A inteligência estratégica pode incluir atividades para adquirir, coligir, interpretar, analisar, avaliar,
aplicar e disponibilizar a, ou entre, os responsáveis pela tomada de decisões e outras partes
interessadas, os dados, informações e conhecimentos necessários.

7.8 Gestão da propriedade intelectual


A organização deverá estabelecer uma abordagem para a gestão da propriedade intelectual que esteja
alinhada e apoie a estratégia de inovação.
A organização deverá considerar:

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 25 de 36

a) definir quais os ativos de propriedade intelectual que deverão ser, ou não, protegidos e quando,
como e onde serão protegidos, por exemplo, patentes, direitos de autor, marca registada, licenças
creative commons, licenças open source;
b) o motivo para criar, proteger e utilizar propriedade intelectual, por exemplo, realização de valor,
obter liberdade para operar e defesa contra infrações;
c) o motivo para não proteger a propriedade intelectual, por exemplo, confidencialidade, custo,
rapidez e riscos;
d) criar e manter um inventário dos ativos intelectuais da organização;
e) monitorizar e analisar regularmente a propriedade intelectual no domínio público que é relevante
para a organização, como entrada para atividades de inovação, para assegurar a liberdade para
operar, bem como para evitar possíveis infrações;
f) a necessidade de gerir a propriedade intelectual, incluindo estabelecer os processos adequados,
esclarecer a propriedade em relação a parceiros externos, por exemplo, em iniciativas de inovação
colaborativas, incluindo esclarecimentos sobre a partilha de propriedade intelectual nas fases de
geração de ideias;
g) como realizar valor a partir dos direitos de propriedade intelectual, por exemplo, através de
licenciamento, licenciamento cruzado, vendas e parcerias colaborativas;
h) sensibilizar e disponibilizar formação na organização sobre a abordagem, incluindo a propriedade e
a confidencialidade relacionadas com a propriedade intelectual, bem como as consequências da
possível infração da propriedade intelectual de terceiros, por exemplo, custos de licenciamento e de
contencioso;
i) assegurar o acesso ou a restrição à propriedade intelectual pelas pessoas, interna e externamente,
quando necessário para o seu trabalho, por exemplo, através de acordos, processos e políticas de
confidencialidade;
j) como gerir as infrações, potenciais e reais, de outras partes;
k) monitorizar o desenvolvimento e as diferenças da legislação nacional relevante e outras exigências
legais aplicáveis internacionalmente e compromissos de conformidade.
A propriedade intelectual pode incluir invenções, tecnologias, trabalhos literários, científicos ou
artísticos, símbolos, designs, metodologias, nomes ou imagens, software, dados e know-how.
A propriedade intelectual pode ser utilizada para alcançar objetivos como a construção de marca,
diferenciação e posicionamento de ofertas, fidelidade do cliente, investigação e desenvolvimento,
geração de proveitos, etc.

8 Operacionalização
8.1 Planeamento e controlo operacional
A organização deverá planear, implementar e controlar iniciativas de inovação, processos, estruturas e
suporte necessários para tratar as oportunidades de inovação, cumprir os requisitos e implementar as
ações determinadas em 6.2 ao:
a) estabelecer critérios para iniciativas de inovação e processos;
b) implementar o controlo das iniciativas de inovação e dos processos de acordo com os critérios;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 26 de 36

c) manter informação documentada na medida necessária para garantir a confiança de que as


iniciativas de inovação e os processos foram realizados conforme planeado.
A organização deverá controlar as alterações planeadas e rever as consequências das alterações não
desejadas, empreendendo sempre que necessário ações para prevenir ou mitigar quaisquer efeitos
adversos.
A organização deverá assegurar o controle das iniciativas de inovação e dos processos externalizados
ou em colaboração.
O planeamento operacional pode exigir uma abordagem diferente ao controlo, especialmente em
relação a atividades criativas e de experimentação, integrando um maior grau de liberdade e
flexibilidade para gerir a incerteza. Esta abordagem pode ser diferente das outras práticas de controlo
de gestão estabelecidas.
Uma iniciativa de inovação é um conjunto de atividades coordenadas, formal ou informal, e pode ser
um projeto de inovação, um programa de inovação ou qualquer outro tipo de abordagem. Uma
iniciativa pode ser proposta por qualquer pessoa na organização e caracteriza-se por ter um início e
fim. A organização pode estabelecer um ou mais processos para gerir essas iniciativas.

8.2 Iniciativas de inovação

8.2.1 A organização deverá gerir cada iniciativa de inovação, considerando:


a) estabelecer e rever continuamente o âmbito da iniciativa, incluindo os objetivos, as limitações, os
resultados previstos e os entregáveis;
b) determinar os indicadores e como aplicá-los para avaliar e melhorar a iniciativa;
c) estabelecer as estruturas de gestão e de tomada de decisão, p. ex. comités de acompanhamento,
aconselhamento e de supervisão ou grupos de referência;
d) assegurar a liderança adequada e as estruturas e suporte necessários, incluindo recursos;
e) proteger e manter as pessoas com as competências e experiências adequadas e construir a equipa;
f) definir e estabelecer as funções, responsabilidades e autoridades necessárias, incluindo pessoas
para a gestão e coaching;
g) identificar e estabelecer a colaboração interna e externa necessária;
h) estabelecer e implementar os processos de inovação apropriados;
i) assegurar a proteção da propriedade intelectual e de outros ativos críticos;
j) considerar os requisitos internos e externos e o risco de não cumprir as exigências legais e
regulamentares, incluindo questões de responsabilidade social;
k) captar continuamente as lições aprendidas para adquirir novos conhecimentos e perspetivas;
l) alavancar os insucessos como oportunidades de aprendizagem para a organização.

8.2.2 A organização deverá determinar como implementar cada iniciativa de inovação usando uma
única abordagem ou uma combinação de diferentes abordagens, tais como:
a) abordagem interna numa ou em várias unidades internas;
b) crowdsourcing na organização, com um acordo permanente ou temporário;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 27 de 36

c) colaborativa, por exemplo, em parcerias, alianças, joint ventures, programas públicos, ecossistemas
e outros clusters de organizações;
d) externalização, total ou parcial;
e) aquisição, fusão completa ou investimentos parciais;
f) desinvestimento, autonomização parcial ou total.
A abordagem pode ser reconsiderada durante os processos.

8.3 Processos de inovação

8.3.1 Generalidades
A organização deverá configurar os processos de inovação adequando-os a cada iniciativa de inovação.
Os processos de inovação podem ser flexíveis e adaptáveis, e formar diferentes configurações,
dependendo, por exemplo, dos tipos de inovações e das circunstâncias da organização. Podem:
a) criar vias rápidas para processos selecionados;
b) ter uma sequência não linear;
c) ser iterativos;
d) ser implementados dentro de outros processos ou independentemente na organização;
e) estar ligados a outros processos na organização.
Os processos de criação e de experimentação focam-se na exploração para obter conhecimento e
podem requerer resiliência e flexibilidade.
Os processos de inovação podem interagir e relacionar-se com todos os processos na organização, por
exemplo, investigação, desenvolvimento de produto, marketing, vendas, parcerias, fusões e aquisições,
colaboração e propriedade intelectual.
A Figura 2 ilustra uma visão geral dos processos de inovação.

Figura 2 – Processos de inovação

8.3.2 Identificar oportunidades


Para identificar e definir oportunidades, a organização deverá considerar as seguintes entradas:
i) uma compreensão da organização e do seu contexto;
ii) o propósito de inovação;
iii) o âmbito da iniciativa de inovação;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 28 de 36

iv) as aprendizagens e experiências de iniciativas de inovação anteriores.


A organização deverá:
a) adquirir perspetivas e conhecimentos sobre as necessidades e as expectativas declaradas e não
declaradas;
b) adquirir perspetivas e conhecimentos sobre as tendências e desafios relevantes, por exemplo, em
relação a concorrentes, tecnologias, propriedade intelectual e mercados;
c) identificar e definir oportunidades ou áreas de oportunidade, p. ex. o impacto a atingir, o valor que
pode ser realizado ou descrições de problema;
d) priorizar as oportunidades.
A aquisição de conhecimento pode incluir perdas e benefícios de atuais e potenciais utilizadores,
clientes, cidadãos, e outras partes interessadas da organização, mercado ou sociedade.
As ferramentas e métodos a utilizar podem incluir investigação básica, perscruta, análises prospetivas,
benchmarking, pesquisa interna e externa, entrevistas, etnografia, crowdsourcing, focus groups,
atividades prospetivas, construção de cenários envolvendo os utilizadores, análise de risco, modelos
de dinâmica de sistemas, etc.
Estas atividades podem dar origem às seguintes saídas:
 compreensão do potencial valor a realizar e outros impactos potenciais;
 identificar, definir e priorizar oportunidades, áreas de oportunidade ou descrições do problema;
 compreensão do estado da arte, incluindo direitos de propriedade intelectual.

8.3.3 Criar conceitos


A organização deverá considerar oportunidades identificadas e definidas como entradas para criar
conceitos.
A organização deverá:
a) gerar novas ideias, soluções potenciais ou combinações de soluções existentes de fontes internas e
externas, utilizando a resolução criativa de problemas, ideação ou outros métodos;
b) investigar, documentar e avaliar ideias e soluções potenciais, por exemplo, em relação ao grau de
novidade, risco, exequibilidade, viabilidade, interesse, sustentabilidade e direitos de propriedade
intelectual;
c) selecionar as ideias e soluções potenciais preferenciais, baseada em critérios definidos;
d) desenvolver conceitos a partir de ideias ou soluções potenciais, incluindo de valor;
e) desenvolver alternativas para a realização de valor, por exemplo, negócios hipotéticos, modelos
operacionais ou de marketing.
Estas atividades podem dar origem às seguintes saídas:
 conceitos com modelos preliminares de realização de valor que podem ser validados;
 compreensão das incertezas ou pressupostos críticos para cada conceito a validar;
 avaliação inicial dos riscos, grau de novidade e as suas implicações para o desenvolvimento
posterior em termos de processos, estruturas, etc.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 29 de 36

8.3.4 Validar conceitos


A organização deverá considerar os conceitos criados como entradas para validar conceitos.
A organização deverá:
a) iniciar a validação antecipadamente com uma versão inicial do conceito;
b) considerar uma ou mais abordagens para a validação, por exemplo, testes, experiências, pilotos e
estudos;
c) endereçar o conceito, começando pelas incertezas, hipóteses ou pressupostos mais críticos, para
aprender, obter feedback e criar novo conhecimento para reduzir a incerteza relacionada com:
1) a interação com os utilizadores, clientes, parceiros e outras partes interessadas;
2) o suporte, incluindo recursos;
3) os aspetos técnicos, legais, de marketing, tempo de colocação no mercado, financeiros e
organizacionais;
d) ajustar e melhorar o conceito com base nas lições aprendidas, feedback e novo conhecimento;
e) avaliar a exequibilidade do conceito e se as incertezas, hipóteses e pressupostos remanescentes
precisam de ser abordados;
f) considerar validação adicional, se necessário.
Estas atividades podem resultar nas seguintes saídas:
 conceitos validados ou provas de conceitos com níveis de incerteza aceitáveis para
desenvolvimento posterior;
 relações com utilizadores, clientes, parceiros e outras partes interessadas;
 novo conhecimento.

8.3.5 Desenvolver soluções


A organização deverá considerar os conceitos validados como entradas para desenvolver soluções.
A organização deverá:
a) desenvolver o conceito numa solução viável, incluindo o modelo de realização de valor;
b) considerar desenvolver a solução internamente, ou através da aquisição, licenciamento, parceria ou
externalização, etc.;
c) identificar e tratar os riscos associados à implementação, por exemplo, aceitação do utilizador,
exigências legais, escalabilidade, ciclo orçamental e calendarização;
d) verificar o estado da arte para evitar a violação dos direitos de propriedade intelectual existentes;
e) determinar se a solução pode e necessita de ser protegida;
f) desenvolver e estabelecer as competências de implementação necessárias, por exemplo, promoção,
produção, fornecimento, parcerias e ecossistemas.
Estas atividades podem resultar nas seguintes saídas:
 desenvolvimento de soluções com modelos de realização de valor, incluindo propostas de valor;

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 30 de 36

 planos com atividades, recursos, relações e calendários definidos para uma implementação total ou
faseada das soluções;
 cumprimento das necessidades e requisitos da implementação, incluindo aspetos da propriedade
intelectual.

8.3.6 Implementar soluções


A organização deverá considerar as soluções desenvolvidas como saídas para implementar soluções.
A organização deverá:
a) disponibilizar a solução para os utilizadores, clientes, parceiros e outras partes interessadas; por
exemplo, lançando, implementando ou fornecendo a solução;
b) promover e apoiar a solução, por exemplo, vendas, marketing, comunicação, sensibilização, e
envolvimento com os utilizadores, clientes, parceiros e outras partes interessadas
c) monitorizar as taxas de adoção e feedback dos utilizadores, clientes, parceiros e outras partes
interessadas;
d) monitorizar o impacto em termos de realização ou redistribuição de valor;
e) identificar novas implicações para a propriedade intelectual;
f) captar novo conhecimento decorrente da implementação para melhorar as soluções, desenvolver
relações e desencadear novas oportunidades.
Estas atividades podem resultar nas seguintes saídas:
 valor realizado, financeiro ou não financeiro;
 impacto na forma de adoção e novos comportamentos de utilizadores, clientes, parceiros e outras
partes interessadas;
 perspetivas e novo conhecimento para melhorar as soluções.

9 Avaliação do desempenho
9.1 Monitorização, medição, análise e avaliação

9.1.1 Generalidades

9.1.1.1 A organização deverá determinar:


a) o que necessita ser monitorizado e medido, incluindo quais os indicadores de desempenho da
inovação a utilizar;
b) as ferramentas e os métodos de monitorização, medição, análise e avaliação necessários para
assegurar resultados válidos;
c) quando se deverá proceder à monitorização e medição;
d) quando se deverá proceder à análise e avaliação dos resultados da monitorização e medição;
e) quem será responsável.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 31 de 36

9.1.1.2 O conjunto de indicadores de desempenho da inovação, quantitativos ou qualitativos, pode


incluir uma combinação equilibrada de:
a) indicadores relacionados com inputs, por exemplo, número de ideias, número de iniciativas de
inovação, potencial de criação de valor de ideias, novas fontes de conhecimento, novas perspetivas,
recursos e competências;
b) indicadores relacionados com processos*), por exemplo, velocidade de experimentação,
aprendizagem e desenvolvimento, número ou rácio de funcionários, gestores ou utilizadores
envolvidos ou formados, eficácia da colaboração e dos relacionamentos novas ferramentas e
métodos adotados, tempo para obtenção de lucro, tempo para colocação no mercado, nível de
compromisso, conhecimento da marca;
c) indicadores relacionados com os resultados**), por exemplo, número ou rácio de ideias
implementadas, retorno do investimento em inovação, crescimento das receitas e do lucro, quota
de mercado, facilidade de utilização, velocidade de adoção pelos utilizadores, satisfação dos
utilizadores, taxa de difusão da inovação, renovação e transformação organizacionais, benefícios
sociais e de sustentabilidade, redução de custos, taxa de aprendizagem, propriedade intelectual,
novos utilizadores, satisfação do utilizador e imagem.
Os indicadores de desempenho da inovação podem ser aplicados ao nível do sistema, do portefólio ou
da iniciativa e podem ser avaliados e melhorados, conforme apropriado. Podem focar-se na avaliação
dos elementos do sistema de gestão da inovação, nas suas interações, bem como nos resultados.
A organização pode usar comparações com outras organizações na monitorização e avaliação do
desempenho.

9.1.2 Análise e avaliação

9.1.2.1 A organização deverá analisar e avaliar o desempenho da inovação e a eficácia e eficiência do


sistema de gestão da inovação.
A análise e avaliação deverão considerar:
a) a realização e redistribuição de valor em relação à estratégia e aos objetivos de inovação e como
resultado das atividades de inovação;
b) os elementos do sistema de gestão da inovação e as suas interações, incluindo portefólios, suporte,
iniciativas e processos.
A frequência da análise e da avaliação, bem como as ferramentas e métodos utilizados, podem
depender do contexto da organização, assim como da sua ambição de melhorar ainda mais o
desempenho da inovação.

9.1.2.2 Os resultados da análise podem ser utilizados para avaliar:


a) o nível de compreensão do contexto;
b) o grau de compromisso dos líderes a todos os níveis;
c) a eficácia das ações para tratar as oportunidades e riscos;

*) Na versão inglesa throughput indicators (nota nacional).


**) Na versão inglesa output indicators (nota nacional).

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 32 de 36

d) a eficácia da estratégia de inovação;


e) a eficácia e eficiência do suporte e dos processos de inovação;
f) a partilha de conhecimento e a aprendizagem com os êxitos e os insucessos;
g) a necessidade de melhorias do sistema de gestão da inovação.
A organização deverá reter informação documentada adequada como evidência dos resultados.

9.2 Auditoria interna

9.2.1 A organização deverá conduzir auditorias internas em intervalos planeados para proporcionar
informação sobre se o sistema de gestão da inovação:
a) está em conformidade com:
1) os próprios requisitos da organização para o seu sistema de gestão da inovação;
2) outros requisitos aplicáveis;
b) está eficazmente implementado e mantido.

9.2.2 A organização deverá:


a) planear, estabelecer, implementar e manter um programa de auditorias que inclua frequência,
métodos, responsabilidades, requisitos de planeamento e reporte, o qual deverá ter em
consideração a importância dos processos envolvidos e os resultados de auditorias anteriores;
b) definir os objetivos, critérios e o âmbito de cada auditoria;
c) selecionar auditores e conduzir auditorias de modo a garantir objetividade e imparcialidade do
processo de auditoria;
d) garantir que os resultados das auditorias são comunicados à gestão relevante;
e) empreender as correções e ações corretivas apropriadas sem atrasos indevidos;
f) acompanhar as atividades, incluindo a verificação das ações tomadas e comunicação dos resultados
da verificação;
g) reter informação documentada como evidência da implementação do programa de auditoria e dos
respetivos resultados, bem como as atividades de acompanhamento.

9.3 Revisão pela gestão

9.3.1 Generalidades
A gestão de topo deverá proceder à revisão do sistema de gestão da inovação da organização, em
intervalos planeados, para garantir a sua contínua pertinência, adequação, eficácia e eficiência.
A revisão pela gestão pode ocorrer durante um período de tempo e pode abranger, parcialmente ou na
íntegra, todos os elementos do sistema de gestão da inovação. A amplitude e a frequência dessas
revisões podem variar segundo as circunstâncias da organização.

9.3.2 Entradas para a revisão pela gestão


A revisão pela gestão deverá incluir considerações sobre:

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 33 de 36

a) o estado das ações resultantes das anteriores revisões pela gestão;


b) alterações em questões externas e internas que são relevantes para o sistema de gestão da
inovação;
c) informações quanto ao desempenho do sistema de gestão da inovação, incluindo tendências
relativas a:
1) a realização e redistribuição do valor;
2) em que medida os objetivos de inovação foram alcançados;
3) o desempenho dos portefólios, iniciativas e processos de inovação;
4) a partilha de conhecimento e a aprendizagem com os êxitos e os insucessos;
5) desvios, não conformidades e ações corretivas;
6) resultados de monitorização, medição, análise e avaliação;
7) resultados de auditoria;
d) a consistência da visão, estratégia e política de inovação com a direção estratégica da organização;
e) a adequação do suporte, incluindo recursos e competências;
f) a adequação dos indicadores de desempenho da inovação;
g) a eficácia das ações para tratar as oportunidades e riscos;
h) oportunidades de melhoria contínua.

9.3.3 Saídas da revisão pela gestão


Os resultados da revisão pela gestão deverão incluir decisões, ações e acompanhamento relacionados
com:
a) oportunidades de melhoria;
b) quaisquer necessidades de alterações ao sistema de gestão da inovação, considerando a prontidão
da organização para a mudança.
A organização deverá reter informação documentada como evidência dos resultados das revisões pela
gestão.

10 Melhoria
10.1 Generalidades
A organização deverá determinar e selecionar oportunidades de melhoria e implementar quaisquer
ações e alterações necessárias ao sistema de gestão da inovação, considerando os resultados da
avaliação do desempenho.
A organização deverá considerar ações e alterações para:
a) manter ou reforçar os pontos fortes;
b) lidar com os pontos fracos e lacunas;
c) corrigir, evitar ou reduzir os desvios e não conformidades.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 34 de 36

A organização deverá monitorizar e analisar se as ações e alterações são implementadas de modo


atempado, completo e eficaz.
A organização deverá comunicar estas ações e alterações dentro da organização ou a outras partes
interessadas relevantes, no sentido de estimular a aprendizagem e o desenvolvimento.
Um desvio pode ser descrito como uma lacuna identificada, um efeito indesejado ou uma diferença em
relação ao desempenho previsto, enquanto uma não conformidade é o não cumprimento de um
requisito.

10.2 Desvio, não conformidade e ação corretiva

10.2.1 Quando ocorre um desvio ou não conformidade, a organização deverá:


a) reagir ao desvio ou não conformidade e, conforme aplicável:
1) tomar medidas para os controlar e corrigir;
2) lidar com as consequências;
b) avaliar a necessidade de ações para eliminar as causas do desvio ou não conformidade, de modo a
evitar a sua repetição ou ocorrência em qualquer lugar ao:
1) rever e analisar o desvio ou não conformidade;
2) determinar as causas do desvio ou não conformidade;
3) determinar se existem desvios ou não conformidades similares ou se poderiam vir a ocorrer;
c) implementar quaisquer ações necessárias;
d) rever a eficácia de quaisquer ações corretivas empreendidas;
e) atualizar as oportunidades e os riscos determinados durante o planeamento, se necessário;
f) efetuar alterações no sistema de gestão da inovação, se necessário.
As ações corretivas deverão ser adequadas aos efeitos dos desvios e não conformidades encontradas.

10.2.2 A organização deverá reter informação documentada como evidência:


a) da natureza dos desvios ou não conformidades e quaisquer ações subsequentes;
b) dos resultados de qualquer ação corretiva.

10.3 Melhoria contínua


A organização deverá melhorar de forma contínua a pertinência, a adequação, a eficácia e a eficiência
do sistema de gestão da inovação.

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 35 de 36

Bibliografia

[1] BS 7000 1:2008 Design management systems – Part 1: Guide to managing


(Great Britain) innovation
[2] CEN/TS 16555 (all parts) Innovation Management System
[3] EN 1325:2014 Value Management – Vocabulary – Terms and definitions
[4] FD X50-271:2013 Management of innovation – Guidelines for implementing an
(France) innovation management approach
[5] ISO 704:2009 Terminology work – Principles and methods
[6] ISO 9000:2015 Quality management systems – Fundamentals and vocabulary
[7] ISO 9001:2015 Quality management systems – Requirements
[8] ISO 9004:2018 Quality management – Quality of an organization – Guidance to
achieve sustained success
[9] ISO 14001:2015 Environmental management systems – Requirements with
guidance for use
[10] ISO 18091:2014 Quality management systems – Guidelines for the application of ISO
9001:2008 in local government
[11] ISO 19600:2014 Compliance management systems – Guidelines
[12] ISO 21500 Guidance on project management
[13] ISO 22301:2012 Societal security – Business continuity management systems –
Requirements
[14] ISO 26000:2010 Guidance on social responsibility
[15] ISO/IEC 27001:2013 Information technology – Security techniques – Information
security management systems – Requirements
[16] ISO 31000:2018 Risk management – Guidelines
[17] ISO 37500:2014 Guidance on outsourcing
[18] ISO 50001:2018 Energy management systems – Requirements with guidance for use
[19] ISO 55001:2014 Asset management – Management systems – Requirements
[20] ISO/IEC Directives, Part 1, Consolidated ISO Supplement, Annex SL
[21] NP 4456:2007 Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) –
(Portugal) Terminologia e definições das atividades de IDI
[22] Oslo Manual 2018, Guidelines for collecting, reporting and using data on innovation. OECD,
Fourth Edition
[23] SWiFT 1:2009, (Ireland) Guidance to good practice in innovation and product development
processes
[24] UNE 166000:2014 R&D&i management – Terminology and definitions of R&D&i
(Spain) activities

 IPQ reprodução proibida


NP ISO 56002
2019

p. 36 de 36

[25] https://committee.iso.org/home/tc176sc2 – Guidance on ISO 9001 and Resources/Auditing


Practices Group
[26] ISO 19011:2018 Guidelines for auditing management systems

 IPQ reprodução proibida

Você também pode gostar