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De 550 até 450 a.C., é estabelecida a era pitagórica, caracterizada por grandes
conhecimentos na geometria elementar, como o teorema de Pitágoras. Os pitagóricos
foram os primeiros a analisar a noção de número e estabelecer as relações de
correspondência entre a aritmética e a geometria. Definiram os números primos,
algumas progressões e a teoria das proporções.
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UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA – DELEGAÇÃO DE MASSINGA
Uma das fontes históricas mais antigas da matemática, é o papiro de Rhind (ou
Ahmés), datado de cerca de 1650 a.C, descreve, entre outras coisas, os métodos de
multiplicação e divida dos egípcios, assim como muitas aplicações da matemática a
problemas práticos.
Este usavam uma técnica bem simples baseada na duplicação de números naturais
(achar o dobro). O método funcionava da seguinte forma:
Exemplo:
1. 21 × 43
Agora vamos dobrar os valores dessas duas colunas, até que a soma dos
valores da primeira coluna seja igual ou maior a 43.
1 21 Agora vamos escolher, na primeira coluna, valores que somando dao
2 42 exactamente 43, que é o outro factor dessa multiplicação.
4 84
32 + 8 + 2 + 1 = 43
8 168
16 336 Finalmente, basta somarmos os números da outra coluna,
Exemplo 2: 12 × 51
Justificação do método
No exemplo anterior, 12 × 51, o que fizemos foi descobrir quais as potências de 2 que
somadas geravam o número 51. No caso, obtivemos os números 32, 16, 2 e 1.
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No passo seguinte, o que fizemos foi substituir o número 51 por essa soma de
potencias de 2, ou seja, a multiplicação foi transformada em:
12 × 51 = 12 × (32 + 16 + 2 + 1)
Da mesma forma que as multiplicações, as divisões eram efetuadas por uma sucessão
de duplicações. Para dividir, por exemplo, 184 por 8, começamos por:
Dobrar sucessivamente o divisor 8 até um passo antes que o número de
duplicações exceda o dividendo 184;
1 8 Escolhemos, na coluna da direita, os termos que,
2 16 somados, dão o resultado 184;
4 32 184 = 128 + 32 + 16 + 8
8 64 Tomamos os valores correspondentes na coluna da
16 128 esquerda e somamos: 1 + 2 + 4 + 16 = 23
Inicialmente eles construíam uma tabela com 4 colunas e 3 linhas, por conta da
quantidade de algarismos dos números envolvidos na operação;
Tracemos as diagonais desses quadradinhos. Assim como ilustra a figura
abaixo;
6538 × 547 =
6 5 3 8
5
6 5 3 8
3 2 1 4 5
0 5 5 0
2 2 1 3 4
4 0 2 2
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4 3 2 5 7
2 5 1 6
6 5 3 8
3
3 2 1 4 5
0 5 5 0
2 2 1 3 4
5
4 0 2 2
4 3 2 5 7
2 5 1 6
7
6 2 8 6
Inicialmente eles construíam uma tabela com 3 colunas e 2 linhas, por conta da
quantidade de algarismos dos números envolvidos na operação;
Tracemos as diagonais desses quadradinhos. Assim como ilustra a figura
abaixo;
Dentro de cada quadradinho colocamos os resultados das multiplicações dos
algarismos correspondentes da coluna e da linha. Se o resultado for de apenas
um dígito deve ser procedido de zero
Em seguida somamos os algarismos que estão nas mesmas diagonais. Usando
a mesma técnica do “vai um” que usamos no algoritmo tradicional.
𝟓𝟑𝟕 × 𝟐𝟒
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5 3 7
1 0 1 2
1
0 6 4
2 1 2 4
2
0 2 8
8 8 8
Justificativa
Para justificarmos o método, devemos lembrar que, na multiplicação 537 × 24, temos
na realidade (500 + 30 + 7) × (20 + 4). Se aplicarmos a propriedade distributiva,
teremos:
500 × 20 = 10000
30 × 20 = 600
7 × 20 = 140
500 × 4 = 2000
30 × 4 = 120
7×4= 28
12888
Verifique que as somas realizadas em cada coluna, são iguais as somas realizadas nas
diagonais do método da Gelosia. Isso nos indica que os hindus já conheciam o valor
posicional dos algarismos no sistema de numeração decimal.