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Avaliação Diagnóstica 2019

Material Estruturado para o


Trabalho com os Descritores
do SPAECE

D16 – Estabelecer relação


entre tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.

Autora: Aline Alice Silva Cordeiro


Material Estruturado para o trabalho com os descritores do SPAECE

Caro(a) professor(a),

Este material estruturado foi elaborado com o intuito de apoiá-lo no


planejamento de aulas com foco no descritor D16, presente na matriz de avaliação
do SPAECE. Tal descritor refere-se à habilidade de estabelecer relação entre tese
e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
Nós, da Secretaria, estamos mobilizados no sentido de contribuir e
valorizar o ofício de ensinar a fim de elevar os estudantes de nossa rede ao nível
adequado de aprendizagem.

Equipe COADE
Secretaria da Educação do Estado do Ceará
Comentários referentes ao conteúdo abordado nesta unidade

A partir de constatação obtida por meio do Sistema Permanente de Avaliação da


Educação Básica do Ceará (SPAECE) 2018, na disciplina de Língua Portuguesa, no ensino
médio, foi detectado que o descritor dezesseis (D16), que consiste em estabelecer relação
entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la, apresentou o décimo primeiro pior
rendimento no estado do Ceará, com 55,6% de aproveitamento.
Com base nesses dados, elaboramos este material a fim de dar suporte ao professor
em sua jornada pedagógica, sugerindo orientações que podem colaborar para trabalhar,
em diferentes níveis de dificuldade, o D16, com o intuito de atenuar os obstáculos inerentes
a essa habilidade no desempenho dos nossos estudantes.
O ato de compreender, interpretar e intervir no meio que nos cerca requer uma
adequada habilidade leitora a ser desenvolvida no percurso das experiências obtidas no
decorrer de nossa vida. No âmbito escolar, essa habilidade é exercitada diariamente,
perfazendo todas as etapas de desenvolvimento cognitivo do estudante.
No documento Escola Aprendente, o qual serve de matriz curricular à educação
ofertada pela rede estadual, é dito que o estudante do 3º ano do ensino médio deve ter
entre suas habilidades e competências a capacidade de:
 Compreender, na leitura do texto escrito o significado, as relações dos fatos
elaborados, estabelecendo relação com outros textos e seu universo de referência
(de acordo com as condições de produção/recepção);
 Produzir textos com coerência e coesão, considerando as condições e
especificidades da produção e utilizando recursos próprios da escrita, em função da
produção e utilizando recursos próprios da escrita, em função do projeto textual;
 Reconhecer a língua materna como veículo de participação social e geradora
de significação que contribui para documentação e legitimação da cultura através
dos tempos (CEARÁ, 2009, pág. 32).

Já na matriz de avaliação do SPAECE, que é um subconjunto das habilidades


elencadas no documento citado anteriormente, o descritor da habilidade referente a
estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la pode ser
avaliado dentro de uma perspectiva de três níveis, que são:

• D16N3 – Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião;


• D16N6 – Identificar o argumento em contos;
• D16N6.1 – Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e
reconhecer um argumento utilizado para defender uma ideia em entrevistas;

• D16N7 – Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que


comprova a tese defendida em artigos de opinião.

O texto constitui um recurso comunicativo que envolve elementos linguísticos e


extralinguísticos a fim de conferir propósito comunicativo, unidade e continuidade textuais.
É o que comenta Antunes(2005) ao ressaltar que:

Um texto é um evento sociocomunicativo. Nunca acontece fora de uma


situação cultural. Nunca acontece sem uma função determinada. Nem que
seja apenas a de quebrar o silêncio. Por isso mesmo, ele depende de
componentes linguísticos – explícitos e implícitos – e de fatores não
linguísticos(…). Isto é, a atividade discursiva, do jeito que ela normalmente
acontece, inclui, necessariamente, elementos de uma e de outra natureza
(ANTUNES, 2005, págs. 164-165).

Elaborar um texto requer um cuidado na estruturação e distribuição de seus


elementos constituintes de modo a contribuir com o sentido do conteúdo. Para tanto, valer-
se do movimento de exemplificar, justificar, definir a tese através de argumentos como
suporte se faz necessário para compor a unidade da continuidade conceitual explorada.
De acordo com Antunes (2005), no âmbito do linguístico, é requerido que as
palavras estejam arrumadas numa sequência que garanta a continuidade da superfície, a
qual, por sua vez, favorece e ativa a continuidade conceitual necessária.
Nesse sentido, a autora ilustra essa perspectiva através do enunciado abaixo:

O seguro de proteção contra perda e roubo de cartão de crédito terá mais limites e
prazo.

Observando que:

Cada segmento vai-se amarrando ao seguinte, constituindo uma verdadeira


cadeia: o seguro é de proteção; a proteção é contra perda e roubo; a perda e
o roubo são do cartão; o cartão é de crédito; o seguro terá mais limites e
prazo. Nada ficou solto, por laços da própria estrutura sintática do período.
Dessa coesão estrutural nenhum período está livre (...). De fato, o vocabulário
de um texto não cumpre apenas uma função ligada ao significado do que se
pretende dizer. As unidades lexicais de um texto(substantivos, verbos,
adjetivos e alguns advérbios) cumprem também a função de marcar as
ligações que se quer fazer no texto, para que ele tenha a necessária
continuidade e unidade. Constituem, junto aos recursos gramaticais, marcas
que indicam sobre que tema se fala, e pistas de como entendemos esse
temas e subtemas próximos e afins. São, portanto, mais do que palavras com
significados. Entram na arquitetura, na construção do texto, nos recursos
mesmos de como lhe dar forma e existência (ANTUNES, 2005, págs. 170 e
171).

Para fazer sentido, ser coerente, convém comunicar, agregando informações que
sustentem e corroborem com esse propósito, buscando um efeito comunicativo particular.
A coerência realiza uma unidade de sentido, uma unidade de intenção, considerando
a pretensão interativa, levando em conta os sujeitos envolvidos, cada situação e as
intenções comunicativas integradas em relação a um saber culturalmente compartilhado.

Só que o aparato linguístico que o texto assume vai depender também do que
se pretende dizer e de como se pretende interagir com o interlocutor. Isso
equivale a admitir que a coerência do texto é: linguística, mas é, também,
contextual, extralinguística, pragmática, enfim, no sentido de que depende
também de outros fatores que não aqueles puramente internos à língua
(ANTUNES, 2005, pág. 176).

Assim, para conferir a continuidade e a unidade textual apresentadas nesse estudo,


a temática dos parágrafos que constitui o texto, a fim de manter a coesão e coerência da
produção, tem de estar em harmonia quanto ao assunto socialmente compartilhado para
que ele se torne interpretável, para ter sentido e intenção reconhecidos.
Complementando esse raciocínio, Antunes (2005) destaca que tal como para o
plano da frase, existem critérios que regulam a boa formação textual ou, em outros termos,
existe uma norma mínima de composição textual.
Para isso, ela distingue dois níveis distintos de organização do texto, categorizados
entre uma coerência macroestrutural (ou global) e uma coerência microestrutural (ou
pontual), ao evidenciar que:

O normal tem sido distinguir entre uma coerência macroestrutural (ou global)
e uma coerência microestrutural (ou pontual), ambas correspondendo a dois
níveis distintos de organização do texto. O primeiro, o global, concerne às
relações que se estabelecem entre as sequências maiores do texto de forma
a lhe conferir unidade. O segundo, o local, concerne às relações que se
estabelecem entre as palavras em contexto de proximidade ou entre frases
sucessivamente ordenadas da sequência textual (ANTUNES, 2005, págs. 180
e 181).

A autora em estudo elenca as metarregras de coerência ditadas por Charolles, a fim


de demonstrar a relação estabelecida entre os elementos linguísticos e os elementos
extralinguísticos que colaboram para a produção e circulação do texto, ressaltando que a
produção textual exige também componentes que ultrapassem o quadro linguístico na
busca de promover as pretensões interativas.

As metarregras de coerência de Charolles são as seguintes:


1.Metarregra da repetição: trata-se dos diferentes modos de voltar a uma parte
anterior do texto para estabelecer com ela um tipo qualquer de ligação através de uma
repetição em seu sentido amplo, que supõe a repetição propriamente dita e o emprego de
recursos reiterativos, como a paráfrase, o paralelismo e todos os recursos de substituição.

2. Metarregra da progressão: a produção de um texto coerente supõe equilíbrio


entre continuidade temática e progressão temática de modo que a informação nova não
pode ser introduzida no texto de qualquer maneira, existem restrições para a progressão,
segundo as quais um elemento novo deve estar em relação de contiguidade, de associação
com outros previamente introduzidos (o que nos remete para a metarregra 4). É por isso
que, em um texto que narra o episódio de um assalto, por exemplo, a referência à polícia já
é dada como esperada e é introduzida no texto já sob a forma de uma expressão definida
(a polícia, e não, uma polícia).

3. Metarregra da não contradição: o parâmetro empregado para avaliar a natureza


das contradições são as percepções, as crenças que alimentamos e que constituem nosso
repertório de representações do mundo. Tais representações, a partir dos quais o sujeito
desenvolve sua atividade de apreensão das coisas, não são (totalmente) subjetivas, mas
antes são culturalmente determinadas. Toda sociedade impõe a seus membros quadros
cognitivos a partir do quais se constitui um fundo de percepções mais ou menos estáveis
que se refletem nos discursos em circulação nessa sociedade.
4. Metarregra da relação: Considera que as ideias, os fatos e as ações ativadas em
um texto guardem algum tipo de associação, de ligação. Ocorre quando uma expressão vai
dando acesso a outra ou a outras seguintes, de forma que tudo vai constituindo uma
cadeia, um todo, de fato, interligado.

Em suma, como se pode ver, as metarregras da coerência textual mantêm


visíveis ligações com as determinações da coesão. Isto é, elas corroboram o
princípio fundamental de que coesão e coerência são propriedades que
conjugam elementos linguísticos e elementos pragmáticos. Intuitivamente,
todo interlocutor sabe disso. Como sabe admitir também que, a priori,
qualquer atividade verbal de seu parceiro é coerente e, devido a isso, se
esforça (através de muitas estratégias) para construir (ou restabelecer) a
unidade de sentido de seu discurso, até mesmo quando ela parece
comprometida (ANTUNES, 2005, pág. 186).

A partir desse percurso realizado em torno do referencial teórico exposto, constata-


se que a relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la pauta-se em
relações estabelecidas entre elementos linguísticos e pragmáticos, considerando o
encadeamento das informações dispostas na produção textual de modo que confiram
unidade e continuidade para garantir a coerência e coesão necessárias ao texto “bem
formado”.
Foram listadas também algumas metarregras de coerências e reflexões em torno da
congruência necessária, na composição textual, entre elementos linguísticos e
extralinguísticos para que o texto apresente sentido, contenha propósito comunicativo.
Caso contrário, se a relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la não
constituírem essa associação, o texto perde a sua pretensão interativa, podendo perder-se
no despropósito ou no vazio da não identidade.
Neste material estruturado, esse conteúdo estará ilustrado em diversas situações de
análise do descritor em estudo, a fim de aperfeiçoar a proficiência leitora de nossos
estudantes nessa habilidade.

Comentários pedagógicos referentes aos exercícios desta unidade


Neste momento, elencamos uma sequência de tarefas distribuídas em níveis de
dificuldade gradativos, partindo do elementar para o complexo, a fim de desenvolver a
habilidade de estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la
em nossos estudantes e, assim, prepará-los para diferentes situações comunicativas de
habilidade leitora.

Etapa 1: Neste primeiro momento, buscamos despertar a atenção do nosso


estudante para associar o argumento empregado no texto para confirmar a tese de que o
vazamento de petróleo no mar é um dos piores desastres ambientais de nossos dias.
Dentre as alternativas apresentadas como opção de resposta, pode-se aferir que a massa
negra inibe a fotossíntese dos fitoplânticos, presente na alternativa B e reforçada no texto,
nas linhas 7 a 9, quando o autor destaca que ao se espalhar pela superfície do mar, o
petróleo que não é evaporado naturalmente em dois dias, constitui uma massa negra que
inibe a fotossíntese dos fitoplânctons, organismos microscópicos que são a base da cadeia
alimentar marinha. As demais alternativas, os distratores, apresentam as etapas realizadas
pela natureza para restabelecer o equilíbrio ecológico perturbado pelo vazamento.

Leia o texto abaixo.

Veja, 02 jun. 2010. Fragmento. (P110023ES_SUP)


01. Segundo esse texto, o vazamento de petróleo no mar é um dos piores desastres
ambientais de nossos dias. Um argumento usado para confirmar essa tese é:
a) “... 30% dele [petróleo] se evapora naturalmente em dois dias.” (ℓ. 6).
b) “... a massa negra inibe a fotossíntese dos fitoplânticos,...” (ℓ. 7-8).
c) “... a natureza encarrega-se de restabelecer o equilíbrio ecológico...” (ℓ. 12-13).
d) “Os primeiros [...] a proliferar são bactérias...” (ℓ. 13-14).
e) “... esses microrganismos limpam a água,...” (ℓ. 15).
Fonte: BEIQ.

Etapa 2: Nesta etapa, buscamos evidenciar a associação da tese com o argumento,


explorando, no texto, a relação estabelecida entre esses elementos através dos parágrafos.
O segundo parágrafo detalha o argumento principal, apresentado no primeiro parágrafo, ao
registrar a lucratividade obtida por conta do investimento em películas para aprimorar a
tecnologia nas salas de cinema.
Leia o texto abaixo.
Revolução nos cinemas
Naves saltando da tela, monstros prestes a atacar o público e sensação de
estar voando são alguns exemplos de cenas dos filmes em 3D que se tomaram
febre nos últimos anos. A cada nova produção, a tecnologia nas salas de cinema
fica aprimorada, levando o espectador para mais perto do real. Por isso, investir
em películas tem sido a regra em todo o mundo – e sempre dando lucros.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Cinema (Ancine), realizado
5 de 1º de janeiro a 2 de setembro de 2010, o filme Shrek para sempre 3D registrou
lucro de RS 70,1 milhões – a maior renda bruta dos cinemas brasileiros. A
animação teve 779 cópias exibidas em 687 salas em todo o país, para um público
de 7,3 milhões de pessoas. (…)
O filme que bateu recorde de bilheterias no mundo todo e aqui no Brasil, de
acordo com o Grupo Severiano Ribeiro, foi Avatar 3D, faturando mais de USS 2,5
10 bilhões. Em terras brasileiras, o filme ultrapassou o posto anterior que pertencia ao
filme A era do gelo 3.
TORRES. Bruna. Correio Brasiliense. Brasília, quinta-feira, 4 de nov. do 2010. Caderno de Artes, p. 14.
Fragmento.

02.O argumento principal da tese de que "investir em películas tem sido a regra em todo o
mundo e dá lucro" é:
a) os filmes são mais variados.
b) as imagens pulam da tela.
c) os filmes aproximam-se mais do real.
d) os ingressos são de menor preço.
e) os lucros são grandiosos.
Fonte: BEIQ.
Etapa 3: Neste item, o texto (constituído em parágrafo único) O estresse faz bem
reforça a tese que “o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência” com o argumento
na medida em que “o cérebro nos prepara para reagir ao desastre”, de acordo com a leitura
realizada no texto em estudo. As demais alternativas, os distratores, apontam as
consequências de se tomar decisões sob o efeito de diferentes níveis de estresse.
Professor, pelo texto está elaborado em torno de um único parágrafo, faz-se
necessário reforçar a atenção nos períodos que sucedem a declaração emitida no início do
texto, de modo que se perceba que eles detalham e ilustram a tese que também intitula o
texto.
Leia o texto abaixo.

WESTPHAL, Cristina. Superinteressante. abr. 2009. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.


(P120089A9_SUP)

03. O argumento que reforça a tese de que “o estresse é fundamental para a nossa
sobrevivência” é:
a) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...” (ℓ. 3).
b) “Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao
desastre.” (ℓ. 5-6).
c) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez,...” (ℓ. 6).
d) “... se nos estressamos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos.” (ℓ. 9-10).
e) “É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação.” (ℓ. 11-12).
Fonte: BEIQ.
Etapa 4: Nesta etapa, o texto Gravidez na adolescência apresenta dados acerca
das razões e consequências do exercício da sexualidade entre os jovens a partir da década
de 60.
O autor evidencia, no transcorrer do texto, as razões (no segundo e terceiro
parágrafos) que contribuem para o problema da gestação indesejada entre adolescentes e,
nos parágrafos que sucedem essa sequência, apresenta as consequências dessa situação
para, no último parágrafo, apresentar a solução para esse tema, reforçando que a
educação sexual, como foi evidenciada no quarto parágrafo do texto, diminui os casos de
gravidez indesejada.

(Nelson Vitello, Pais&Teens, ano 2, nº3.)


04. Qual é a tese defendida nesse texto?
a) Aumento de jovens grávidas é um problema.
b) A onda de liberação juvenil estimulou a vida sexual.
c) Educação sexual diminui os casos de gravidez indesejada.
d) Mulheres jovens engravidavam em outras épocas.
e) O casamento pode amenizar os casos de jovens grávidas.
Fonte: BEIQ.

Etapa 5: No texto a seguir, “A web está criando a geração mais inteligente de todas”,
o autor defende que a geração digital, por ser mais adaptável e flexível, está propensa a
ser a geração mais inteligente da história. Reforçando essa tese, ele destaca a ideia de que
“A imersão em um ambiente digital e interativo fará as pessoas mais inteligentes” (ℓ. 2-3),
tendo em vista que esse público não apenas recebe a informação, como faz a média dos
sedentários que passam o tempo todo assistindo TV no sofá, mas interage, avalia
minuciosamente a mistura de fatos contraditórios ou ambíguos.

TAPSCOTT, Don. Galileu. Agosto, 2010. (P100356ES_SUP)

05. Nesse texto, a ideia de que a “imersão em um ambiente digital e interativo fará as
pessoas mais inteligentes” (ℓ. 2-3) é reforçada no trecho:
a) “A mente da geração digital parece ser incrivelmente flexível,...” (ℓ. 1-2).
b) “Em vez de simplesmente receberem as informações, eles interagem.” (ℓ. 4-5).
c) “O que conta não é mais o que você sabe: é o que você pode aprender.” (ℓ. 8).
d) “Hoje, o importante é processar as informações novas o mais rápido...” (ℓ. 8-9).
e) “Nós precisamos aprender constantemente, pelo resto de nossas vidas.” (ℓ. 11).
Fonte: BEIQ.

Etapa 6: O texto base para esse item, País da violência, explora as diversas
manifestações de violência urbana e criminalidade que atigiram o Brasil, destacando
situações que envolvem desde a circunstâncias rotineiras da vida em sociedade a,
inclusive, homicídios cometidos contra policiais civis e militares, com o propósito de
denunciar o alto índice de criminalidade que atingiu nosso país.

Folha de S. Paulo, 04/08/2004.

06. Qual é o argumento que apoia a tese defendida pelo autor desse texto?
a) A família brasileira mudou seu estado de espírito.
b) A polícia tornou-se o principal alvo da violência.
c) A sociedade conformou-se com a criminalidade.
d) O alto índice de criminalidade atingiu nosso país.
e) O Estado de São Paulo liderou as estatísticas. Fonte: BEIQ.
• Na questão abaixo, realizamos uma projeção da abordagem do descritor em estudo no
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com o propósito de refinar a habilidade leitora
dos nossos estudantes, utilize, com os conhecimentos levantados neste material, um
estudo da questão proposta abaixo a fim de contribuir para o aprofundamento da habilidade
leitora em diferentes contextos comunicativos.

Espera-se que o estudante perceba no texto, através da relação estabelecida entre


a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la, o esporte como uma forma de
manifestação da atividade física que retrata a importância de vencer, em uma situação de
competição, como forma de aprimorar o aprendizado. Nesse sentido, faz-se necessário
considerar os elementos, os segmentos textuais, que conferem a unidade e a continuidade
textual da temática abordada.

07. O esporte é um fenômeno social que pode ser praticado nos mais variados contextos.
O texto o apresenta como uma forma de manifestação da atividade física que
a) direciona para os riscos resultantes das situações vivenciadas no jogo, tendo em vista a
necessidade de vitória.
b) visa à performance e ao rendimento, pois exige resultados cada vez melhores dos
atletas nele envolvidos.
c) valoriza os princípios de educação, colaboração e autonomia, numa perspectiva de
crescimento pessoal.
d) prioriza o espetáculo e o rendimento na competição esportiva, como processo de
melhoria das habilidades.
e) retrata a importância de vencer em uma situação de competição, como forma de
aprimorar o aprendizado.
Fonte: ENEM, 2017 (2ª aplicação).

REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Lutar com as palavras: coesão e coerência. São Paulo:
Parábola Editorial, 2005.

CEARÁ. Secretaria da Educação. Metodologias de Apoio: matrizes curriculares


para ensino médio. Fortaleza: SEDUC, 2009.

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