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INTRODUÇÃO

Este trabalho terá como finalidade básica, descrever os principais pressupostos que envolvem
todo o processo de armazenagem de produtos vegetais aplicados no supermercado MAXI,
localizado no bairro Rocha Pinto.

Geralmente, o processo de armazenagem é entendido como uma área de extrema importância


dentro das operações logísticas, pois, aliada ao processo de transporte e embalagem este é
responsável pela organização, alocação e gerenciamento de qualquer tipo de produto. Embora
seja uma actividade operacional, ela influencia consideravelmente nos custos e na agilidade
da entrega de pedidos e/ou produção de qualquer empresa. As etapas envolvidas
no processo de armazenagem de produtos vegetais, as dificuldades encontradas na
decorrência deste processo e por que este é de capital importância para o crescimento do
volume de vendas destes produtos no supermercado MAXI, localizado no Rocha Pinto, são
objectos de estudo deste trabalho.1

Acreditamos na relevância deste pré-projecto, que dará origem a pesquisa académica, sendo
que todas as sugestões teóricas e metodológicas aqui formuladas são baseadas em análises de
autores com grande relevância no estudo do processo de conservação de produtos vegetais,
estas serão apresentadas de forma clara, descritiva e objectiva.

Finalmente, as definições, as teorias e os procedimentos da gestão de armazéns apresentadas


neste trabalho, cuja utilidade será muito importante para MAXI, e outras entidades
empresariais que pretendam solucionar problema semelhante e/ou aumentar o volume de suas
vendas serão avaliadas e analisadas no decorrer da póstuma, pesquisa.

1
Cfr. Stokki (2020). Entenda o processo de armazenagem: quais são as etapas e a sua importância. Acedido em
novembro 20,2021, em: https://www.stokki.com.br/etapas-do-processo-de-armazenagem/

1
Problema

A descrição dos processos de armazenagem de produtos vegetais, num determinado local, por
um determinado período, bem como, analisar os benefícios e as dificuldades aparentes nos
processos, aplicados nestes mesmos locais, possibilitará analisar o comportamento e o tempo
de vida útil destes mesmos produtos, que porventura, serão revendidos e/ou consumidos.

Propõe- se a seguinte pergunta de partida, para o enquadramento problemático deste pré-


projecto de pesquisa: Quais são as causas que dificultam armazenagem de produtos vegetais
no supermercado MAXI, localizado no bairro Rocha Pinto, no ano de 2021?

Hipóteses

H1. A pouca quantidade ou falta de embalagens e a falta de meios eficientes de transportes e


de conservação de produtos vegetais no interior do armazém dificultam a aplicação eficiente
dos procedimentos de armazenagem de produtos vegetais.2

H2. Melhorias no Layout do armazém facilitaria o manuseio do fluxo de mercadorias e o


aumento da quantidade dos meios de transporte e conservação de produtos vegetais de forma
eficiente proporcionaria maiores quantidades e melhor qualidade por um período de no
máximo três dias.

H3. O aumento das dificuldades enfrentadas pelos transportadores e varejistas destes produtos
vegetais em relação à qualidade de armazenagem, a falta de espaço adequado e os custos
elevados com a refrigeração, uma vez que, reduzem a qualidade e quantidades de produtos
transportados, são problemas frequentes, que, devem ser solucionados para baixar o custo de
aquisição destes produtos pelo supermercado MAXI.3

Objectivos

Em função da problemática da pesquisa, traçar- se- ão os seguintes objectivos:

Objectivos gerais
2
Foscaches, C.A.L.& Sproesser, R.L& Quevedo-Silva. & Lima-Filho, D (2012). LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E
VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e transporte
em pequenas cidades brasileiras. (pdf)acedido em novembro 20, 2021, em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/IE/2012/tec4-03-04-2012.pdf
3
LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e
transporte em pequenas cidades brasileiras. Op.cit. pág.39

2
Descrever a armazenagem de produtos vegetais no supermercado MAXI, localizado no bairro
Rocha Pinto, no ano de 2021.

Objectivos específicos

Identificar as várias fases que compõem o processo de fornecimento e armazenagem de


produtos vegetais no supermercado MAXI, localizado no bairro Rocha Pinto, no ano de 2021.

Caracterizar os métodos e instrumentos de armazenagem de produtos vegetais propostos, com


os métodos e instrumentos de armazenagem de produtos vegetais, aplicado no supermercado
MAXI, localizado no bairro Rocha Pinto, no ano de 2021.

Descrever um instrumento de padronização das actividades que serão desenvolvidas na gestão


do armazém no supermercado MAXI, localizado no bairro Rocha Pinto, no ano de 2021.

Justificativa

Fundada há mais de 25 anos, a MAXI, é uma rede de supermercados (lojas) que se dedica ao
comércio alimentar, sendo hoje uma das mais importantes redes em Angola com grande
reconhecimento no mercado devido à variedade, qualidade, quantidade e preço dos produtos
que oferece. Actualmente, integra cerca de 1000 colaboradores que asseguram a operação em
11 lojas existentes em Luanda, Porto Amboim, Sumbe, Lobito e Benguela.4

Este Pré- projeto será apresentado na disciplina de Trabalho de conclusão do


Curso(TCC), como requisito básico para apresentação do Trabalho de Conclusão de curso de
Logística e Gestão Comercial, formulou- se a ideia de fazer um pré-projecto de pesquisa que,
posteriormente, se seguirá por uma pesquisa em busca de conhecimentos e soluções para
melhorar o processo de armazenagem de produtos vegetais na loja MAXI, Rocha Pinto.

Afim de que este trabalho traga uma visão específica sobre o processo de
armazenagem de vegetais e contribua na disseminação de ideias, formulação de teorias e
propostas, ao nível académico, este trabalho visa fornecer subsídios de informações a outros
pesquisadores, cuja o tema de pesquisa nos remete a armazenagem de produtos vegetais nos
supermercados.

Metodologia

4
Cfr. Portal da MAXI (2018), A MAXI. Acedido em novembro 20, 2021, em: https://www.maxi.co.ao/a-maxi/

3
A pesquisa será classificável mediante os seguintes parâmetros metodológicos:

Tendo em conta a natureza da pesquisa esta será básica, pois, servirá para gerar novos
conhecimentos e desenvolver tecnologias e infraestruturas.

Quanto aos objectivos á alcançar realizar-se- á uma pesquisa descritiva, pois, sua finalidade
será descrever as dificuldades de armazenagem de produtos vegetais no supermercado MAXI,
localizado no bairro Rocha Pinto no ano de 2021.

Segundo a forma de abordagem da pesquisa, esta será quantitativa visto que, o estudo será
baseado em dados quantitativos tais como: observação das opiniões dos colaboradores afecto
ao armazém, volume de mercadorias compradas e vendidas na loja no período de 2021, que
serão deduzidas em quantidades e valores através da ferramenta de auxilio (Microsoft Excel),
a observação da opinião dos clientes da loja entre outras variáveis.

A pesquisa será conduzida pelos seguintes métodos:

Métodos de abordagem(teóricos)

Método analítico- sintético: Empregado na pesquisa para identificar e decompor ideias e


procedimentos que trazem os métodos gerais de armazenagem de produtos vegetais, e,
posteriormente, sintetiza-los e adequa-los em relação aos métodos de armazenagem
específicos aplicados, actualmente, na loja.

Métodos de procedimentos (práticos)

Observação: técnica utilizada para entrar em contacto com o processo de armazenagem de


produtos vegetais, por maio de visitas ao armazém do supermercado MAXI, Rocha Pinto,
para levantamentos de dados.

Questionário: técnica de recolha de dados, que, será elaborada e formulada por meio de
perguntas escritas, seguida de uma entrevista rigorosa aplicada aos colaboradores da empresa.

População e Amostra: A população será constituída por Gerentes de logística, fies de


armazém e outros colaboradores da empresa afectos a gestão das actividades de armazenagem
dos vegetais no supermercado, bem como, aos clientes da loja, seleccionar- se-á,
nomeadamente:

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 1 Gestor da área logística.
 10 trabalhadores dedicados as actividades macro de armazenagem de produtos
vegetais:
 Actividades de recebimento dos produtos
 Actividades de Estocagem
 Actividades de Separação de itens
 Actividades de Expedição dos produtos
 100 clientes de produtos vegetais.

Locais de estudo: tendo em conta os Objectivos pretendidos a pesquisa tratará de analisar os


procedimentos de armazenagem de produtos vegetais no supermercado MAXI, localizado no
Rocha Pinto no ano de 2021.

Delimitação do estudo: o estudo do processo de armazenagem de produtos vegetais em toda


sua amplitude seria um trabalho de enorme envergadura, neste pré-projecto propõe- se o
estudo das actividades de armazenagem de produtos vegetais praticados no supermercado
MAXI, localizado no bairro Rocha Pinto no ano de 2021.

1. CAPÍTULO I. FUNDAMENTACÃO TEÓRICA

1.1 Conceitos gerais sobre logística

5
Neste capítulo, primeiramente, será caracterizado a logística, o processo de armazenagem e o
manuseio de produtos vegetais no que se refere aos processos acessórios de embalagens e
transportes apresentados como alvos principais na gestão geral do armazém.

Segundo Porter (1989), a logística faz parte das atividades principais da cadeia de valor da
empresa. É por meio da cadeia de valor que as organizações constroem sua vantagem
competitiva, ou seja, agregam maior valor para o cliente. Ballou (2006) destaca a grande
importância da logística para o mercado, assegurando que a logística é a essência do comércio
e contribui indubitavelmente para a melhoria do padrão econômico de vida. Outra definição é
apresentada por Christopher (2009), para o autor, a logística é responsável por gerenciar
estrategicamente a aquisição, o transporte e a armazenagem de matérias-primas, componentes
e produtos acabados, além dos fluxos de informação relacionados. É fundamental que haja a
integração dessas partes da empresa para que a logística possa alcançar a sua missão, que é,
segundo Ballou (2006), colocar o produto certo no lugar certo, na hora certa e nas condições
desejadas. Ou seja, a logística deve reduzir o precipício existente entre a produção e a
demanda (DALMÁS, 2008).5

Do ponto de vista da logística, as actividades a serem gerenciadas estão divididas em


actividades-chave e actividades de suporte. Essas actividades são separadas devido ao facto de
que algumas delas irão ocorrer em todos os canais logísticos, enquanto que outras acontecerão
conforme as circunstâncias (BALLOU, 2006). Dentre as actividades-chave estão: transporte,
gerência de estoques, processamento de pedidos e os serviços ao cliente. Essas actividades são
responsáveis por maior parte dos custos logísticos, além de serem essenciais para o alcance da
missão da logística. As actividades secundárias incluem armazenagem, manuseio dos
materiais, compras, embalagem, manutenção de informações e cooperação com a produção
(BALLOU, 2006). Essas actividades são também chamadas de actividades de apoio. Segundo
Manzini e Vezzoli (2002), a actividade primária “transporte” e as atividades secundárias
“armazenagem” e “embalagem” são as três actividades fundamentais para a distribuição de

5
Foscaches, C.A.L.& Sproesser, R.L& Quevedo-Silva, F.& Lima-Filho (2012). LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E
VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e transporte
em pequenas cidades brasileiras. (pdf)acedido em novembro 20, 2021, em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/IE/2012/tec4-03-04-2012.pdf

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produtos vegetais, fazendo com que estes cheguem em boas condições aos consumidores
finais6.

1.1.1 Actividade principal da Logística

Transporte de produtos vegetais

O transporte é responsável pela maior parte dos custos logísticos. Para as empresas, chega a
representar, em média, 60% destes (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). A actividade
de transporte é fundamental para o alcance do objetivo da logística - entregar o produto certo,
na hora e lugar certos7.

Quando se trata de vegetais, a actividade de transporte ganha ainda mais importância, uma
vez que os produtos são altamente perecíveis e suscetíveis a danos. De acordo com Sanches
(2004), cerca de 40% das frutas são perdidas durante o transporte. Conforme Gomes (1996),
as frutas e hortaliças, dependendo de suas características, podem ser transportadas embaladas
ou a granel, desde que em modais adequados (rodoviário, ferroviário, aéreo ou marítimo-
aquaviário). A escolha dependerá da distância a ser percorrida (LUENGO,2007)8.

Em Angola os principais meios utilizados para transportar produtos da horticultura são o


caminhão e a camionete, vulgo “carrinha”, mas alguns também são transportados em
automóveis comuns. Apesar de o transporte desses produtos ter evoluído ao longo dos anos,
ainda existe a predominância de transporte em caminhões cobertos com lonas, sem controle
de temperatura, o transporte, principalmente de frutas, em veículos inapropriados é devido à
inexistência de uma legislação para o transporte de produtos perecíveis em Angola.

Muitas vezes os produtos são transportados em veículos que não possuem as mínimas
condições necessárias, sem suspensão apropriada para o transporte desses tipos de produtos.
Alguns procedimentos simples podem ajudar a conservar os produtos em boas condições
durante o transporte como, por exemplo, realizar o transporte nas horas mais frias do dia, ou

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Foscaches, C.A.L.& Sproesser, R.L& Quevedo-Silva, F.& Lima-Filho,D( 2012). LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES
E VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e transporte
em pequenas cidades brasileiras. (pdf)acedido em novembro 20, 2021, em:
http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/IE/2012/tec4-03-04-2012.pdf
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LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e
transporteem pequenas cidades brasileiras. Op.Cit.

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LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem, armazenamento e
transporteem pequenas cidades brasileiras. Op.Cit.

7
então transportá-los à noite, amarrar as caixas de maneira firme para evitar quedas e,
consequentemente, danos aos produtos, deixar um espaço para a ventilação interna e distribuir
a carga na ordem inversa de descarga. Além disso, recomenda-se não transportar
simultaneamente produtos incompatíveis para que a carga não seja prejudicada9.

1.1. 2 Actividades secundárias

Embalagem de produtos vegetais

Embalagem Conforme Moura e Banzato (1997), pode ser definida como um elemento ou
conjunto de elementos que tem a função de envolver, conter e proteger produtos enquanto são
transportados, armazenados e comercializados. Para Bordin (2000), a embalagem de legumes,
frutas e hortaliças é uma das etapas mais importantes no caminho percorrido entre o produtor
e o consumidor final10.

As embalagens eram utilizadas, num primeiro momento, para facilitar o transporte das
mercadorias; o recipiente principal era elaborado de argila ou de fibras naturais tecidas. Com
o aumento do uso de recipientes de vidro, iniciou- -se a prática de identificar o produto e o
fabricante, porém a preocupação com a função de proteção da embalagem e sua utilização
como ferramenta mercadológica ainda tardou a surgir (GARONE, 2009).

Devido ao aparecimento dos supermercados e do autosserviço, as embalagens ganharam


novos papéis, pois era preciso convencer o consumidor a levar determinado produto. Nesse
momento surge a necessidade de informar, identificar e promover produtos e marcas
(NEGRÃO; CAMARGO, 2008). A função informacional na embalagem tem ganhado cada
vez mais importância, uma vez que os consumidores se mostram mais preocupados com os
alimentos que ingerem e com sua qualidade de vida. Ainda conforme Negrão e Camargo
(2008), a embalagem possui as atribuições de proteger e acondicionar, transportar, informar e
identificar, promover e vender, formar e consolidar a imagem de determina do produto, ser
funcional e valorizar o produto. O tipo de material utilizado para embalar frutas e hortaliças
dependerá do tipo de produto a ser transportado, do método de embalagem, do custo e da
disponibilidade da mesma (BORDIN, 2000). O uso de embalagens adequadas é fundamental
para assegurar a qualidade do produto11.

9
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10
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11
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8
De acordo com Cerqueira-Pereira (2009), tem-se a impressão que o custo de embalagens
aumenta o custo final do produto, porém, o que se observa é que a utilização de embalagens
adequadas reduz os custos significativamente.

Para Cerqueira-Pereira (2009), na maioria das vezes os produtos são acondicionados em


caixas confeccionadas em madeira, papelão ou plásticos. As principais características das
caixas de madeira são a resistência e o baixo custo, porém, por serem reutilizadas podem
acumular resíduos, o que possibilita contaminar outros produtos. No caso do papelão, as
características mais importantes são a não reutilização e o seu fundo liso, que minimiza a
ocorrência de danos aos vegetais. Os plásticos estão presentes nas caixas, bandejas, filmes,
sacos, etc. As vantagens das caixas plásticas são sua alta resistência e durabilidade; além
disso, elas podem ser higienizadas para que sejam utilizadas novamente12.

Armazenagem de produtos vegetais

A função da armazenagem de vegetais é manter a qualidade do produto até o melhor


momento de este ser colocado no mercado (GOMES, 1996). Segundo a autora, é necessário
armazenar de maneira adequada os vegetais, uma vez que suas atividades biológicas
continuam em funcionamento após a colheita. O armazenamento adequado permitirá que o
produto não perca rapidamente sua qualidade. Para Gomes, pode-se escolher um
armazenamento com controle da temperatura e da circulação e umidade relativa do ar,
dependendo das condições financeiras, do tempo e da espécie do produto a ser armazenado.
Pode-se optar, também, por um armazenamento com controle da composição atmosférica do
local de armazenagem. De acordo com Luengo et al. (2007), a vida útil das hortaliças diminui
quanto mais elevada estiver a temperatura, pois as velocidades das reações bioquímicas
aumentam, dessa forma o produto murcha e estraga mais rapidamente. Os autores ainda
apresentam quatro sugestões para se obter sucesso no armazenamento refrigerado de
hortaliças13:

a) apenas hortaliças sadias devem ser armazenadas;

b) o produto deve ser colocado em temperatura baixa logo após a colheita;

12
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9
c) cada hortaliça precisa de condições específicas de temperatura e umidade relativa para seu
armazenamento;

d) o produto deve estar ininterruptamente em baixa temperatura até ser consumido.

1.2 principais etapas do processo de armazenagem de produtos vegetais

O sistema de armazenagem envolve, basicamente, seis atividades macro. São


elas: recebimento, conferência, estocagem, separação, embalagem e expedição14.

1.2.1 Etapa 1 – Recebimento de produtos vegetais

Na primeira etapa acontece o recebimento dos produtos que serão estocados. Essa operação
normalmente é feita nas docas do armazém, onde as mercadorias são descarregadas do
veículo que as transportou. 

Assim que são descarregadas, começam a ser conferidas para, então, serem devidamente
endereçadas ao seu local de armazenagem.

1.2. 2 Etapa 2 – Conferência dos itens recebidos

Essa é uma etapa muito importante para o controle do estoque, pois é quando acontece


a conferência do pedido e a detecção de possíveis inconsistências, como faltas, excessos,
avarias e desconformidades.15

É durante a conferência que os produtos também são identificados e endereçados para o


seu local de armazenagem. Esse processo normalmente é feito com a ajuda da tecnologia,
sendo as mais comuns o código de barras e a radiofrequência (RFID). Essas tecnologias, por
sua vez, permitem que a equipe identifique prontamente qual é o produto, o seu lote,
fabricação, validade e número de série, o que irá influenciar em todas as etapas seguintes:
desde a organização, alocação, movimentação, controle, até a fase final de expedição.

14
Cfr. Stokki (2020). Entenda o processo de armazenagem: quais são as etapas e a sua importância. Acedido em
novembro 20,2021, em: https://www.stokki.com.br/etapas-do-processo-de-armazenagem/

15
Stokki (2020). Entenda o processo de armazenagem: quais são as etapas e a sua importância. Op. Cit.

10
Para minimizar os erros dessa etapa, que influenciará em todos as posteriores, é fundamental
adotar um padrão de ação para qualquer equipe que for realizar a conferência16.

1.2.3 Etapa 3 – Estocagem de vegetais

Depois de conferir, identificar e endereçar os itens recebidos, eles partem para o local onde
serão armazenados. Depois de armazenados, esses produtos passam a fazer parte do saldo de
estoque e, se movimentados, devem ser registrados em seu novo endereço, para não causar
problemas nas etapas posteriores.

Há diferentes tipos de estruturas e maquinário para realizar a movimentação e alocação de


materiais, além de diferentes teorias para gerir e organizar a disposição dos itens em um
armazém. Tudo depende do tipo de produto que será armazenado, suas características físicas e
o seu tipo de demanda. Cabe ao gestor do armazém conhecer o seu estoque e estudar as
melhores estratégias para otimizar o espaço e agilizar a movimentação das mercadorias.

É durante essa etapa que ocorre também o controle do inventário, que é, basicamente,
uma listagem de todos os produtos armazenados e que deve ser feita de tempos em tempos, a
fim de verificar se as informações que constam no sistema são as mesmas presentes no espaço
físico. Esse processo visa controlar com maior precisão o estoque, averiguar
inconsistências de cadastro, possíveis avarias e até furtos que podem ocorrer durante o
período de armazenagem17. 

1.2.4 Etapa 4 – Separação de pedidos (Picking)

A etapa de separação de pedidos, também conhecida por seu termo em inglês, picking, é a que
envolve o início da preparação dos produtos para serem enviados para o seu destino final.
Normalmente, os itens são identificados no sistema, localizados no armazém e levados até
a área de separação, que comumente se difere da área de armazenagem.

Parece simples, porém se essa etapa for mal gerida ou apresentar falhas, pode atrasar a


entrega e até afetar a cadeia de produção de uma indústria.

16
ibidem
17
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11
Existem diversos sistemas que agilizam e otimizam a separação de pedidos, como o flow
rack ou o miniporta pallet.

1.2.5 Etapa 5 – Embalagem (Packing)

A etapa de embalagem, ou packing, não se aplica a todos os tipos de produtos, pois alguns já


vem com a sua própria embalagem e fracionados para consumo. Nesse caso, eles vão da
separação (picking) direto para a expedição, ou podem ser diretamente encaminhados para a
área de consumo.

Logo, essa etapa só é necessária quando a mercadoria não vem devidamente embalada para a
forma que será consumida. 

O tipo de embalagem dependerá do produto que será comercializado e da forma como será


transportado, devendo sempre prezar pela integridade e segurança do material.

1.2.6 Etapa 6 – Expedição

A expedição é a etapa final do processo de armazenagem, pois é quando ocorre o embarque


dos produtos para o seu destino final: seja o ponto de consumo ou o processo de produção.

É nessa etapa que as mercadorias devem ser devidamente preparadas,


conferidas e despachadas para o transporte, seja ele feito por terceiros ou pelo próprio
operador logístico dono do armazém.

É na etapa de expedição que acontece a preparação burocrática para a saída dos produtos, tais


como: documentações, notas fiscais, informações sobre o destino, entre outros.

A atividade de conferência também se faz necessária no processo de expedição, pois


evita problemas com o pedido e inconsistências no gerenciamento de estoque18.

1.3 A importância da armazenagem adequada e as consequências da má conservação de


produtos vegetais

18
ibidem

12
A armazenagem dentro da logistica constitue um processo de extrema importânicia, visto que
é um srviço, cuja a promoção e organização dos estoques e a distribuição adequada de
produtos vegetais no interior dos supermercados agregam valor comercial ao negócio.

Por um lado, os vegetais continuam sendo matéria viva depois da pré-colheita, uma vez que,
continuam mantendo activos seus processos biológicos vitais. Portanto, continuam tendo um
alto teor de água em sua composição química, tornando-lhes alimento altamente perecível, as
altas temperaturas aumentam a velocidade das reacções bio- químicas, assim, o vegetal
murcha e estraga mais rapidamente, o que reduz a sua vida útil. Deste modo, estes factoes são
responsáveis pelas enormes perdas no processo de comercialização e como consequência,
estes factores causam uma grande distância entre os preços de compra e os de vendas destes
produtos. Toda via, factores tais como: transportes inadequados, ausência de refrigeração, a
comercilização ao granel desprovido de técnicas de manuseio pré e pós- colheita, o “excesso
de toques” por parte dos potenciais clientes, o acúmulo de produtos nas gôndolas de
exposição de varejo, são factores que causam agravantes perdas de produtos19.

19
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13
1.4 Cronograma

Mês Dia Tarefa


Novembro 08 Apresentação e indicação do
tema.
17 Estrutura ( esqueleto do
trabalho).
20 Introdução( problema;
hipótese; Objectivos;
justificativa; metodologia).
28 Fundamentação teórica
( referencial teórico).
Dezembro 07 Apresentação do trabalho à
professora.
15 Revisão geral do trabalho
Reentrega do trabalho à
professora.

REFREFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

14
Stokki (2020), entenda o processo de armazenagem: quais são as etapas e a sua importância.
Acedido em novembro 20,2021, em: https://www.stokki.com.br/etapas-do-processo-de-
armazenagem/

Portal da MAXI (2018), A MAXI. Acedido em novembro 20, 2021, em:


https://www.maxi.co.ao/a-maxi/

Lakato, E.M. & Marcone, M.A.( 2003) Fundamentos da Metodologia Científica. acedido em
14, novembro 14, 2021 , em: http://decente.ifm.edu.br.

Ballou, R.H. (2006). Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial, (4ed).


São Paulo: Atlas editora.

Foscaches, C.A.L.& Sproesser, R.L& Quevedo-Silva, F.& Lima-Filho, D (2012).


LOGÍSTICA DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS (FLV):um estudo sobre embalagem,
armazenamento e transporte em pequenas cidades brasileiras. (pdf). Acedido em novembro
20, 2021, em: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/IE/2012/tec4-03-04-2012.pdf

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