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1) O argumento central de Aristóteles tem por base os seguintes fundamentos:

parte da natureza dos seres humanos desenvolver as suas faculdades. Essas só


poderão ser plenamente desenvolvidas vivendo numa cidade-estado.
Aristóteles defende que esta existe por natureza. Os seres humanos sempre
procuraram viver sob um estado porque a vida fora deste é simplesmente
impensável. Viver numa sociedade governada pelo poder político faz parte da
natureza humana. Por isso, diz-se que a sua teoria da origem e justificação do
estado é naturalista. Assim, a finalidade dos seres humanos é viver na cidade-
estado porque ao estudarmos a origem destas verificamos que há um impulso
natural dos seres humanos para passar da vida em família para a vida em
pequenas comunidades de lares, e destas para a comunidade maior da cidade-
estado.

2) Os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma espécie de


um contrato com o fim de garantir a sobrevivência designam-se contratualistas.
Assim, é possível distinguir três diferentes contratualistas:
Podemos observar que Hobbes é absolutista, influenciado também pelo
momento vivido e pelos processos de centralização política das monarquias
nacionais europeias. Defendia a concentração do poder no Estado e na figura
do monarca.
John Locke é um liberalista, tendo recebido muita influência política. Vivenciou
a Revolução Gloriosa o que também o influenciou a publicar dois tratados
sobre o governo civil, obra em que justifica e fundamenta o liberalismo. Já
Rousseau tem como base metodológica a democracia, foi intitulado por muitos
como patrono da Revolução Francesa devido à defesa do exercício da
soberania do povo em detrimento das monarquias.
Sendo a natureza humana o ponto central da tese destes autores, existem, no
entanto, algumas especificidades. Para Hobbes o Homem é mau e egoísta por
natureza, enquanto que para Locke o Homem é como uma tela em branco,
nem bom nem mau. Por sua vez, Rousseau desenvolveu a sua teoria a partir da
ideia do bom selvagem, isto é, o Homem é bom por natureza e é a sociedade
que o corrompe. Deste modo, Hobbes, Rousseau e Locke compartilham o
pressuposto de que todos os homens nascem livres e são, por natureza,
dotados de razão, no entanto, se para Hobbes o estado de natureza é um
estado de guerra de todos contra todos, para Rousseau é um estado de bem-
estar, no qual os Homens viviam felizes e em harmonia, já para Locke o estado
de natureza é uma condição de relativa paz marcada pela racionalidade.

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