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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICOS
Belém / 2021
Ianka Cristine Benício Amador
PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICOS
Belém / 2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
2. METODOLOGIA EXPERIMENTAL ........................................................................................ 5
2.1. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................................... 5
2.1.1. Equipamentos .......................................................................................................................... 5
2.1.2. Reagentes ................................................................................................................................ 5
2.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................................. 5
2.2.1. Objetivo ................................................................................................................................... 5
2.2.2. Preparo da gelatina .................................................................................................................. 6
2.2.3. Preparo das soluções de glicerina............................................................................................ 6
2.2.4. Preparo do bioplástico com as soluções (Branco) ................................................................... 6
2.2.5. Preparo das soluções de extrato de jatobá ............................................................................... 6
2.2.6. Preparo do bioplástico com as soluções (Com antifúngico) ................................................... 7
2.2.7. Análise do bioplástico formado............................................................................................... 8
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 8
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 12
1. INTRODUÇÃO
O glicerol é um composto com baixa massa molar e vem sendo amplamente utilizado no
processamento termoplástico de proteínas. Seu alto efeito plastificante é atribuído à facilidade que o
glicerol tem de se inserir e posicionar-se na rede proteica tridimensional, essa característica aumenta a
hidrofilicidade e permeabilidade ao vapor de água dos filmes plastificados (Silva, 2017).
O Jatobá é uma das plantas medicinais brasileiras de maior destaque, seja pelo uso da casca, da
entrecasca, das folhas ou do fruto, que são utilizados na forma de chá, infusão, decocção, lambedor e
xarope como indicação terapêutica da gripe, anemia e depurativo (Silva, 2012).
A seiva do Jatobá apresenta as mesmas propriedades que o chá elaborado a partir da casca, sendo
um fortalecedor do sistema imunológico. O extrato hidrocetônico de suas folhas após partição,
fracionamento e análise cromatográfica, mostrou-se rico em flavonoides (canferol, quercetina,
quercitrina e rutina). Foi observado que a fração orgânica apresentou, in vitro, atividade antifúngica para
Candida clodosporiodes e Candida spherospermum e atividade anticolinesterásica (Cipriano et al.,
2014).
O objetivo deste estudo foi o preparo de plásticos biodegradáveis a partir de gelatina, glicerol e
extrato de jatobá, visando a diminuição do impacto ambiental gerado pelo descarte os plásticos
tradicionais não degradáveis no meio ambiente, a utilização de matérias primas renováveis e estudar
uma nova possibilidade aplicação do extrato natural com finalidades antifúngicas.
2. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
2.1.1. Equipamentos
• Balança analítica;
• Funil;
• Proveta 100 mL, 50 ml
• Papel filtro;
• Béqueres de 100ml;
• Forno de micro-ondas;
• Pipetas de graduação;
• Baqueta de vidro;
• Pratos descartáveis;
• Espátula;
• Chapa com aquecimento;
2.1.2. Reagentes
• Gelatina incolor comercial;
• Água destilada;
• Pó de jatobá;
2.2.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.2.1. Objetivo
Primeiramente com auxilio dos resultados dos teste com a adição apenas de glicerina,
definiu-se a porcentagem ideal de glicerina ou seja a que menos proliferou fungos logo para
essa segunda etapa a glicerina passou-se a ser um parametro fixo (5%). No intiuto de verificar
a efeciencia do pó de jatobá com agente antifúngico separamos o experimento em 3 etapas com
diferentes concentrações de extrato 5% ,7,5% e 10%.
Cada etapa foi composta de três testes variando a porcentagem de adição do extrato de
jatobá na solução 10%,20% e 30% as variações de concentração do extrato e das soluções estão
descritas na tabela 2.
Após o tempo descrito, realizou-se uma análise superficial de cada bioplástico formado,
verificando-se a flexibilidade, consistência e surgimento de fungos, notando-se as diferenças
entre a concentração do extrato de jatobá usado na solução de glicerina e as amostras do branco
no intuito de verificar a eficiencia do antifúngico regional.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A homogeneização neste estudo foi satisfatória, mesmo sendo simples com mistura feita
manualmente, seguida por aquecimento em forno micro-ondas. Para a primeira parte do
experimento cuja as películas foram feitas somente com gelatina glicerol e agua, os resultados
estão a seguir:
(1) Controle: 0% glicerol. (2) Experimento com 5% glicerol. (3) Experimento com 10% glicerol. (4) Experimento
com 20% glicerol.
Após o período de secagem, foi possível observar a obtenção dos bioplásticos, formados
pela proteína (gelatina) e o glicerol como agente plastificante. A análise tátil revelou que o
aumento da concentração 5% para 10% de glicerol atribuiu flexibilidade aos bioplásticos, ao
passo que o bioplástico de 5% e 0% estavam bastante rígidos, com o controle estando
quebradiço ao ser retirado do molde.
Este resultado pode ser explicado pela habilidade do plastificante glicerol em reduzir a
formação de ligações de hidrogênio entre as cadeias, aumentando a mobilidade molecular do
polímero, que consequentemente atribui flexibilidade e extensibilidade (MATHEW;
DUFRESNE, 2002; WANG et al., 2007). Em relação ao desenvolvimento de bactérias e fungos,
a hidrossolubilidade dos bioplásticos aumenta a velocidade de degradação (TOMIHATA,
1993). Dessa forma os resultados deveriam mostrar que as placas com maiores volumes de água
apresentam maiores desenvolvimento de bactérias e fungos, entretanto os resultados do
experimento não foram tão satisfatórios, e entre os principais erros ocorridos estão: a mudança
de temperatura do ambiente, um vez que é climatizado (entre 16°C e 20°C) durante o horário
de trabalho, entretanto no período noturno a temperatura fica em torno da temperatura ambiente,
o tempo de exposição à luz e fungos, haja vista que quanto maior o tempo, maior a degradação
do bioplástico (DE PAOLI, 2009) e os moldes ficaram em torno de 14 dias expostos, e por fim
o erro do operador, que é parte crucial para a produção do trabalho. Ademais seguimos com a
concentração de 5% de glicerol para a segunda parte do experimento.
Para a 2° parte do experimento, foi utilizado extrato da planta amazônica Jatobá que
possui atividade antifúngica e antibacteriana. O extrato foi feito sob concentrações de 5%, 7,5%
e 10% de volume em relação a água e de 10%, 20% e 30% em relação as soluções
experimentais. Os resultados estão na figura 4.2 a seguir.
Figura 4.2 – Avaliação visual da atividade antifúngica e antibacteriana dos bioplásticos
produzidos com extrato de jatobá na composição.
(1) Extrato 5% e Solução 10%. (2) Extrato 5% e Solução 20%. (3) Extrato 5% e Solução 30%. (4) Extrato 7,5% e
Solução 10%. (5) Extrato 7,5% e Solução 20%. (6) Extrato 7,5% e Solução 30%. (7) Extrato 10% e Solução 10%.
(8) Extrato 10% e Solução 20%. (9) Extrato 10% e Solução 30%.
Após o período de secagem, foi possível observar a obtenção dos bioplásticos, formados
pela proteína, glicerol e pelo extrato do jatobá. Analisando os resultados, nota-se que que o
extrato não foi capaz de inibir o crescimento de culturas de micro-organismos, vale ressaltar
que nem mesmo nos números 7, 8 e 9 da figura onde o extrato está em maiores quantidades o
jatobá não conseguiu conter a aparição de organismos.
Para próximo trabalho, poderiam ser testadas outras concentrações do extrato, dessa vez
em maior quantidade para confirmação de sua ação antifúngica, ou mudar a metodologia de
extração do mesmo, pois pelo modelo de infusão, o extrato talvez tenha perdido algumas de
suas propriedades antifúngicas ao entrar em contato com a água a certa temperatura. Além
disso, segundo (ALVES, 2016), o jatobá foi considerado inativo frente às bactérias testadas a
partir da extração hidroalcoólica do mesmo, o que pode a vim representar ação antifúngica
baixa uma vez que a literatura já o confirmou como agente antifúngico. Outra proposta valida
seria a troca do jatobá por óleos regionais como andiroba e jucá que segundo a literatura inibem
bem o crescimento de culturas de micro-organismos.
4. CONCLUSÃO
A prática realizada permitiu avaliar a gelatina como uma matéria-prima adequada para produção
de bioplásticos biodegradáveis, podendo ter uso industrial pela fácil sintetização. O uso de glicerol como
plastificante pode auxiliar no aumento homogeneização e estrutura do filme enquanto que a utilização
do extrato natural de jatobá necessita de mais estudos a fim de encontrar a melhor metodologia de
extração e potencializar sua atividade antifúngica na produção de bioplásticos. Assim, o
bioplástico tornar-se-ia uma ótima alternativa para reduzir parte dos problemas e preocupações
ambientais atuais e futuros relacionados aos ecossistemas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WANG, L. Z.; LIU, L.; HOHNES, J.; KERRY, J. F. et al. Assessment of film- forming potential
and properties of protein and polysaccharide-based biopolymer films. International Journal of
Food Science and Technology, 42, n. 9, p. 1128-1138, 2007.
Garcia, M. A.; Martino, M. N.; Zaritzky, N. E. Lipid addition to improve barrier properties of
edible starch‐ based films and coatings. Journal of food science, v. 65, n. 6, p. 941–944, 2016.
Lajarim, C. N. Efeito da adição de gelatina nas propriedades termodinâmicas e nas
características de géis e películas biodegradáveis obtidos a partir de amido de mandioca. Curso
Superior de Engenharia de Alimentos do Departamento Acadêmico de Alimentos, da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Campus Campo Mourão, 2014.
SILVA, M.S.; LEITE, K.R.B.; SABA, M.D. Anatomia dos órgãos vegetativos de Hymenaea
martiana Hayne (Caesalpinioideae-Fabaceae): espécie de uso medicinal em Caetité-BA.
Revista Brasileira de Plantas Medicinais. v. 14, n. 4, p. 673-679, 2012.
CIPRIANO, j.; MARTINS, L.; DEUS, M. S. M.; PERON, A. N. O gênero Hymenaea e suas
espécies mais importantes do ponto de vista econômico e medicinal para o Brasil. Caderno de
Pesquisa, Série Biologia. v. 26. n. 2. p. 41-51, 2014.