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A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DA PESSOA COM TEA

Maria Arlete Veloso Santos

Tarefa:
Resposta à seguinte pergunta:
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996), a partir de qual
artigo é tratada a educação especial? Indique o direito que você entende ser o mais
importante para a inclusão da pessoa com TEA, com a devida indicação do artigo da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação.

De acordo com a LDB, a partir do artigo 58, que trata da da Educação Especial ,
seguidos dos art. 59 e 60, como é possível destacar abaixo:

Art. 58- Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns do ensino
regular.

§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem iníco na


faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Art. 59- Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com


necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para
a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências,e aceleração
para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III -professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
Para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados
para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV -educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com
os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,
intelectual ou psicomotora;
V -Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
Disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Art. 60 .Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de


caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo
Poder público.

Parágrafo único - O poder Público adotará, como alternativa preferencial,


a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria
rede pública regular de ensino, independentemente do apoio
às instituições previstas neste artigo.

Como foi relatado acima, estes artigos abordam a Educação Especial, de modo a
assegurar alguns dos direitos das pessoas consideradas especias, porém para se tratar
dos direitos do Autista há a Lei específica, a Berenice Piana, nº 12.764/2012 que em
sua redação se pode observar:

Art. 3º - São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista:

I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da


personalidade, a segurança e o lazer;

II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;

III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas
necessidades de saúde, incluindo:

a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;

b) o atendimento multiprofissional;

c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;

d) os medicamentos;

e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento;

IV - o acesso:

a) à educação e ao ensino profissionalizante;

b) à moradia, inclusive à residência protegida;

c) ao mercado de trabalho;

d) à previdência social e à assistência social.

Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com


transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos
termos do inciso IV do art. 2º , terá direito a acompanhante especializado.
Ainda destaca-se o artigo citado abaixo:

Art. 7º- O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de


aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será
punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.

Considerando os direitos da pessoa autista, acreditamos todos terem seu grau


de importância, pois sabe-se que o preconceito ainda é vigente em muitos espaços
quando de trata da questão da inclusão, porém é preciso continuar buscando os meios
de minimizá-los e assegurar o seu cumprimento. Deste modo, destaco que um dos mais
urgentes e necessários a meu ver, seriam as informações que auxiliem no diagnóstico
e no tratamento, pois através desta ferramenta tanto a família, quanto a escola teriam
maiores possibilidades de lidar de forma mais específica e adequada com a pessoa
autista, há ainda o atendimento multiprofissional, uma vez que este seria uma forma do
autista evoluir e aprimorar as suas habilidades nos locais onde estiver inserido, o
acesso, também se faz primordial, pois infelizmente ainda é negado, desrespeitando a
lei, por pessoas pouco esclarecidas que não colaboram para que aconteça de forma
natural, sem cobranças. Mas, precisa-se enfatizar, que só o acesso, não basta é preciso
ser com qualidade, empatia, ou seja, a valorização da pessoa humana, independente
da deficiência, pois se assim não for, a permanência não é garantida e provavelmente
acontecerá a evasão. Sobre a recusa da matrícula é inaceitável quando acontece, pois
além do descumprimento da legislação sabe-se que atrás de toda pessoa deficiente,
antes há um ser humano que precisa ser respeitado e amparado independente da
condição que apresente.

Nos dias atuais, percebe-se facilmente que uma das maiores barreiras para a
inclusão da pessoa deficiente, seja ela qual for, é a barreira humana, que ainda não
consegue se colocar no lugar do outro e lidar com esta questão de modo a levantar a
bandeira pela causa, buscando eliminar estes obstáculos que permeiam o meio social
e impede que aconteça dignidade às relações humanas se estabeleça.

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