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O Decreto nº 7.

611, de 17 de novembro de 2011, dispõe sobre a educação especial e


atendimento educacional especializado, e segue a garantia de um sistema educacional inclusivo em
todos os níveis, sem discriminação e com base na sua igualdade de oportunidades.

Nesta senda, é a forma de dever com que principalmente à Constituição Federal, as leis
como fonte inspiradora, uma garantia para os que procuram uma educação especial e inclusive
sem discriminação que os seres humanos dentro de cada um tenha seu lugar garantido pela Lei que
assegura os direitos e garantias especializadas no sistema Brasileiro, qualquer seja o grau leve,
moderado e severo.

No artigo 208 da Constituição do Brasil, explana a garantia da educação em nosso país


oferecendo estabilidade e atendimento especializado aos portadores de deficiência em escolas de
ensino regular, incluindo as crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

Olhemos a letra da lei de nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta


Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado,


na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.

[...]

§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste


artigo, tem início na educação infantil e estende-se ao longo da
vida, observados o inciso III do art. 4º e o parágrafo único do art.
60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018)

Observamos que a referida lei já assegurava um ensino de qualidade para pessoas com
deficiência, precisando oferecer currículos e métodos que atendam às suas necessidades com um
ensino igualitário, desde da educação infantil e estendo-se ao longo da sua carreira acadêmica.

A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
- Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012 - representa um importante marco na garantia dos
direitos das pessoas autistas no Brasil, uma vez que estabelece medidas para a promoção da
inclusão e da igualdade de oportunidades para as pessoas com autismo em diversos aspectos da
vida social, incluindo a educação, a saúde, o trabalho, a acessibilidade e a proteção contra a
discriminação.

Nesta senda, ela reconhece que as pessoas com autismo possuem direitos fundamentais,
como qualquer outro cidadão, e que é dever do Estado garantir esses direitos, por meio de políticas
públicas efetivas e de ações coordenadas em todas as áreas de atuação.

Vejamos o artigo 3º, IV, ¨a¨, da mencionada lei:

Art. 3º São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista:

IV - o acesso:

a) à educação e ao ensino profissionalizante;

Constatando um das principais medidas previstas na lei, a promoção do acesso das pessoas
autistas ao sistema educacional, em todos os níveis e modalidades de ensino, por meio de
programas de capacitação e formação de professores e de adaptação de espaços e recursos
pedagógicos;

A lei também traz proteção contra a discriminação e o preconceito, por meio da punição de
práticas discriminatórias e da promoção da conscientização da sociedade em relação aos direitos das
pessoas autistas, onde em seu artigo 7º, vemos a responsabilização de gestores escolares que se
recusem a realizar a matricula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo
de deficiência, vejamos na letra da lei:

Art. 7º O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar


a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou
qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3
(três) a 20 (vinte) salários-mínimos.
§ 1º Em caso de reincidência, apurada por processo
administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa,
haverá a perda do cargo.

Além disso, a falta de conscientização e sensibilização da sociedade em relação ao autismo


ainda é um grande obstáculo para a inclusão e a valorização das pessoas autistas. Que, por muitas
vezes, são vítimas de preconceito e discriminação, o que dificulta sua inclusão na sociedade.

A falta de conscientização e sensibilização da sociedade em relação ao autismo ainda é um


grande obstáculo para a inclusão e a valorização das pessoas autistas. Muitas vezes, as pessoas
autistas são vítimas de preconceito e discriminação, o que dificulta sua inclusão na sociedade.
Apesar dos avanços significativos trazidos pela Lei Berenice Piana, ainda há muitos desafios a
serem enfrentados na garantia dos direitos das pessoas autistas no Brasil. Um dos principais
desafios é a falta de estrutura e recursos para a implementação das medidas previstas na lei,
especialmente na área da educação.

Na área educacional, por exemplo, é fundamental que sejam criados programas de


capacitação e formação de professores para a educação inclusiva, que promovam a inclusão das
pessoas autistas em todas as etapas da educação, desde a educação infantil até a universidade. Além
disso, é importante que sejam disponibilizados recursos e equipamentos adequados para a adaptação
dos espaços e recursos pedagógicos para as pessoas autistas.

No entanto, a Lei Berenice Piana já tem gerado avanços significativos na garantia dos direitos
das pessoas autistas no Brasil. A promoção da educação inclusiva, a inclusão no mercado de
trabalho e a garantia do acesso aos serviços de saúde são exemplos de avanços que foram possíveis
graças à lei. Uma das formas de garantir a aplicação da Lei Berenice Piana é por meio da
participação ativa da sociedade civil na fiscalização das políticas públicas voltadas para as pessoas
autistas. As organizações de pais e familiares de pessoas autistas, as associações de pessoas autistas
e as entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência têm um papel fundamental na luta
pela garantia dos direitos das pessoas autistas.

Além disso, é importante que o Estado invista em políticas públicas efetivas para a
implementação da Lei Berenice Piana, por meio da destinação de recursos financeiros e da criação
de programas e projetos específicos para a promoção da inclusão e da valorização das pessoas
autistas. É fundamental que a sociedade como um todo se conscientize sobre a importância da
inclusão e da valorização das pessoas autistas, combatendo o preconceito e a discriminação e
valorizando a diversidade humana em todas as suas formas.

Em resumo, a Lei Berenice Piana representa um importante avanço na garantia dos direitos
das pessoas autistas no Brasil, mas ainda há muito a ser feito para que esses direitos sejam
plenamente garantidos. É necessário continuar lutando pela aplicação da lei e pelo aprimoramento
das políticas públicas voltadas para as pessoas autistas, de forma a promover a inclusão e a
valorização das pessoas autistas em todas as esferas da sociedade.

A Lei 13.146/2015, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou
Estatuto da Pessoa com Deficiência, busca promover a inclusão e garantir os direitos das pessoas
com deficiência no Brasil. A lei foi promulgada em 6 de julho de 2015 e representa um marco
importante na proteção e promoção dos direitos dessa parcela da população.

O referido estatuto determina uma série de direitos e medidas para assegurar a igualdade de
oportunidades, a participação plena e efetiva na sociedade, e a autonomia das pessoas com
deficiência, incluindo as pessoas de espectro autista, abragendo diversos aspectos da vida dessas
pessoas, incluindo educação, trabalho, saúde, acessibilidade, transporte, cultura, esporte e lazer.

Na relação educação podemos verificar a garantia de acesso a educação inclusiva em todos


os seus níveis, desde a educação infantil até o ensino superior, como a acessibilidade em seus
ambientes, permitindo que a comunicação, informação e tecnologia assistiva asdequadas às
necessidades das pessoas com Espectro Autista.
A seguir, vejamos a relação dos níveis do autismo e podemos observar que nem todo
individuo com espectro tem a capacidade de expressar-se com facilmente.

A lei nº 13.977, sancionada em 2020, determina a emissão de Carteira de Identificação da


Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA), garantindo que todo individuo com espectro
obtenha atenção especial em diversas areas como saúde, assistencia social e educação, dispensando
o dever da família em explicar-se a todo momento sobre a sua condição, garantindo na educação um
identificação especial para esses individuos.
Essas legislações representam um avanço significativo na promoção da inclusão e no
reconhecimento dos direitos das pessoas com Espectro Autista. No entanto, é importante ressaltar
que a implementação efetiva das referidas leis ainda enfrenta desafios, e a conscientização e o
comprometimento de todos os setores da sociedade são fundamentais para assegurar a plena
inclusão desses indivíduos.

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