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A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei nº 13.

146/2015, em seu artigo 28 do capítulo IV, incumbe


ao poder público a responsabilidade de ofertar, treinar e acompanhar os profissionais de apoio
escolar em instituições de ensino públicas e privadas

O que diz a Lei sobre o profissional de apoio escolar?

CAS aprova profissionais de apoio escolar em todos os níveis educacionais. A Comissão de


Assuntos Sociais (CAS) aprovou em agosto de 2023 projeto de lei (PL) 953/2022 que prevê
oferta de profissionais de apoio escolar em todos os níveis e modalidades educacionais.

Assim, a Lei N.º 12.764/12 em seu artigo 3º, Parágrafo único, é expresso dando direito ao autista,
que possui necessidades específicas, como no caso em tela, a um professor auxiliar de forma
integral e individualizada.

Entenda quais são os direitos dos autistas de acordo com a legislação

Entre a legislação que devemos destacar está a Lei Berenice Piana (12.764/12), que instituiu a
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

A partir dela, o autismo foi reconhecido como uma deficiência. E por conta disso, ocorreu a
criação de políticas públicas, além da implantação, acompanhamento e avaliação dessas
diretrizes.

E em 2015, foi publicada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que também é
conhecida pela sigla LBI (13.146/2015).

A seguir, veja detalhes de algumas legislações que garantem os direitos dos autistas.

Carteira de identificação

Sancionada em 2020, a Lei Romeo Mion (Lei 13.977/2020) cria a Carteira de Identificação da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa legislação veio para facilitar a identificação do
autista, que frequentemente encontra obstáculos ao acesso a atendimentos prioritários e a
diversos serviços.

Vale destacar que o documento é emitido de forma gratuita por órgãos estaduais e municipais.

Redução da jornada de trabalho dos pais

A lei 13.370/2016 reduz a jornada de trabalho de servidores públicos com filhos autistas, sem
redução salarial.

Inclusão escolar

A criança com autismo tem direito de ingressar e permanecer em uma escola regular. Por isso,
o autista precisa ter condições de acesso, aprendizagem e participação na escola.

Além disso, a instituição de ensino não pode se recusar a realizar a matrícula da criança autista
e nem pode cobrar qualquer valor a mais por isso.

A escola precisa oferecer um acompanhamento, adaptações de espaço e nos materiais didáticos


para que o ensino seja efetivo.

Atendimento prioritário

A pessoa com autismo tem prioridade no atendimento, ou seja, o direito de ter um atendimento
imediato e diferenciado das demais pessoas em todas as instituições e serviços de atendimento
ao público. É o que determina a lei 10.048/2000.
Mercado de trabalho

O autista tem a possibilidade de participar do programa de aprendizagem para a pessoa com


deficiência, a partir dos 14 anos. E não é necessário preencher requisito relativo a grau de
escolaridade. Ele pode ser contratado como jovem aprendiz.

Isenção de Impostos para a Aquisição de Veículos

Quem tem autismo pode adquirir veículos com isenção de impostos. Por isso, o valor do
automóvel acaba saindo com mais desconto. O benefício pode ser exercido uma vez a cada dois
anos.

Vaga no estacionamento

O autista também tem direito a uma vaga especial nos estacionamentos, mesmo que não seja o
condutor do veículo.

Transportes

De acordo com a lei 8.899/94, os autistas carentes, assim como suas famílias, também têm
direito ao transporte gratuito em ônibus, barco ou trem. Em relação ao transporte aéreo, o
acompanhante do autista tem um desconto de 80% do valor da passagem.

A solicitação é feita no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Saúde

O autista tem direito a atenção integral à saúde por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS)
com atendimento universal e gratuito.

A Lei Berenice Piana destaca a obrigatoriedade de diagnóstico precoce e tratamento


multidisciplinar. Além de ter direito aos medicamentos, é assegurado o direito da nutrição
adequada e de informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento.

O autista não poderá ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde por
causa da sua condição.

Direito a prestação continuada

A pessoa com autismo tem o direito de um salário mínimo, desde que comprove que ele, ou a
família, não tem condições financeiras para se sustentar.

É o que determina a lei 8.742/93, que oferece o Benefício da Prestação Continuada (BPC). Para
ter direito a um salário mínimo por mês, o TEA deve ser permanente e a renda mensal per capita
da família deve ser inferior a um quarto do salário mínimo.

Imposto de renda

As despesas médicas podem ser deduzidas do Imposto de Renda.

Vá atrás dos seus direitos!

É muito importante que os autistas e familiares conheçam as leis que garantem os seus direitos.
Se houver qualquer dúvida, é importante buscar ajuda especializada de um advogado.

À disposição para qualquer esclarecimento

Atenciosamente,

Ponte Nova, 05 de março de 2023

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