Diversos artigos 

relacionados à nutrição
esportiva, estética e
empreendedorismo.
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 A Revista #goaheadnutrition já faz parte do acervo mensal de estudo daqueles
estudantes e profissionais que desejam se manter sempre atualizados. Nessa edição
de número 11, meu artigo é sobre como a tecnologia pode auxiliar no trabalho do
profissional da área de saúde. Considerando tanto o seu dia a dia atendendo
pacientes/clientes quanto na obtenção de conhecimento, além da divulgação do
seu trabalho.
Sabemos que envelhecer é um processo natural, mas a maneira como
revistadigital.plenitudeeducacao.com.br
envelhecemos depende de vários fatores, entre eles a nutrição. A nutricionista
Gabriela Henriques apresenta uma excelente abordagem sobre a relação entre
antioxidantes e envelhecimento cutâneo.
Quer entender um pouco mais sobre saúde da mulher? O nutricionista Leonardo
Soares nos traz um artigo demonstrando as diferentes necessidades nutricionais de
acordo com as variações no período menstrual. Já o nutricionista João Pinheiro
Editor Chefe discute a reintrodução do atleta lesionado para sua rotina, considerando aspectos
Rodolfo Peres físicos e psicológicos.
Nossa Professora da Pós Graduação de Nutrição Clínica Integrativa, Ana Carolina
Franco, com toda sua experiência acadêmica e na prática clínica, aborda a
Diretor de Edição suplementação de glutamina nas doenças cardiometabólicas. Curiosidade sobre os
João Pinheiro aspectos nutricionais no Karatê? O nutricionista Leoni Gaviolli faz uma abordagem
muito completa sobre essa arte milenar e sua relação com nutrição e
suplementação alimentar.
Imagens Dúvidas sobre a introdução de leite de vaca na primeira infância? A nutricionista
Canva Andressa Aguiar discute se é correto ou não utilizar esse tipo de leite nessa fase da
vida. A cafeína é uma das substâncias com efeitos ergogênicos mais populares em
todo o mundo, não se restringindo apenas a prática esportiva. A nutricionista
Conteúdos Naiandra Camargos apresenta uma revisão atual sobre a aplicação de cafeína no

Alunos e Professores da Pós esporte.

Graduação em Nutrição
Esportiva e Estética e Pós
Graduação em Nutrição
Clínica Integrativa
Uma das maiores dificuldades que o profissional da área da saúde encontra em sua
carreira é sobre como administrar um consultório. Nessa edição, a administradora
Francine Moterani Peres aborda esse assunto tão necessário e ao mesmo tempo
pouco abordado em cursos de graduação e pós graduação.
E ainda temos as sempre presentes colunas de receitas, e de empreendedorismo,
com Renato Augusto. O intuito da nossa revista é proporcionar uma fácil e
agradável fonte de atualização para estudantes e profissionais de nutrição,
medicina, educação física e de áreas correlatas. Oferecemos um conteúdo de ótima
qualidade também acessível para pessoas que não são estudantes ou profissionais,
mas que gostam de se informar sobre o assunto.
A revista Go Ahead Nutrition é uma realização dos professores e alunos das Pós
Graduações em Nutrição Esportiva e Estética e Nutrição Integrativa, da Plenitude
Educação. Quer fazer parte desse time? Inicie uma nova fase em sua vida
profissional e venha estudar conosco!

plenitudeeducacao.com.br Rodolfo Peres.

Coordenador da Pós Graduação em Nutrição Esportiva e

@plenitudeeducacao Estética | Nutrição Integrativa - Grupo Plenitude Educação.
05 O profissional na Era da Idade Mídia.

Alimentos Antioxidantes no retardo do

11
Envelhecimento.

17 A Relação entre Nutrição e o Ciclo Menstrual.

Reintrodução ao Esporte de um Atleta Lesionado:

23
aspectos psicológicos e nutricionais.

Papel da Glutamina nas Doenças

29
Cardiometabólicas.

33 Receita: Pudim Fit de Limão.

42 Aspectos Nutricionais no Karatê.

O consumo do leite de vaca na primeira

44
infância.

Recursos ergogênicos por praticantes de

49
atividade física com ênfase na cafeína.

54 Gestão de Consultório.

Nova Resolução do Conselho Federal de

60
Nutrição sobre práticas integrativas.
ARTIGO

MÍDIAGO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 05

ARTIGO
C ada vez mais estamos vivendo em um mundo
totalmente ligado às atividades digitais. Até mesmo
as atividades presenciais possuem, em algum
momento, a participação da tecnologia. Os
computadores surgiram como máquinas
caríssimas, gigantescas e de difícil compreensão.
Eram reservadas às grandes empresas e utilizadas
apenas por técnicos capacitados. Alguns anos
depois, já era possível encontrar essas máquinas em
versões menores (ainda grandes para os padrões
atuais) nas casas das pessoas com maior poder
aquisitivo. Passados mais alguns anos, as máquinas
se tornaram tão compactas que podiam ser
transportadas embaixo do braço (laptops). A partir
de 2007, computadores infinitamente mais rápidos
e potentes do que as enormes máquinas do
passado, passaram a caber nos bolsos das pessoas
(smartphones). Inclusive, para muitos especialistas,
essa data dá início a Idade Mídia, uma nova Era em
que a tecnologia faz parte da vida das pessoas como
uma necessidade básica. Nosso smartphone passou
a ser uma extensão de nosso cérebro. Afinal,
sempre que não sei algo, é a ele que recorro.
Seja sobre física quântica, curiosidades gerais, rotas
de trânsito, contactar nossos amigos, trabalho,
lazer, tudo é possível ser encontrado ali. Hoje
nossos smartphones sabem mais sobre nós do que
nós mesmos.
Duvida? O que você prefere? Deixar alguém por 1
hora sozinho na sua casa, revirando todas suas
coisas ou entregar seu celular desbloqueado por 1
hora para essa mesma pessoa? Nosso smartphone
carrega os segredos que não contaríamos nem para
o melhor amigo. Lá estão todos os seus dados,
desde bancários, projetos acadêmicos ou
profissionais. Imagine alguém deletar suas redes
sociais e você perder tudo o que já construiu para
divulgação do seu trabalho por exemplo.
Não quero discutir aqui os malefícios que tudo isso
pode gerar para a saúde mental, com o uso
inapropriado de tanta tecnologia a nossa
disposição. Um deles é a percepção do tempo, que
é muito acelerada no manuseio de tantas
informações chegando a todo instante. Resumindo,
a tecnologia faz nossa vida parecer mais curta do
que já é. Neste artigo quero abordar sobre a
necessidade de o profissional estar acompanhando
a revolução tecnológica e não ficar para trás.
Na questão do ensino, hoje não existem mais
barreiras geográficas. Quando me formei, tive a
necessidade de investir em especializações em
outras cidades para conseguir adquirir um
conhecimento disponível apenas em grandes
centros. Atualmente, esteja você onde estiver, tem
disponível o melhor conhecimento da sua área de
atuação no modo EAD (Ensino a distância).
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 06
ARTIGO
Só que para descobrir quais os melhores cursos,
também deverá estar conectado, pois as
divulgações de cursos online acontecem
justamente no mundo online. Por exemplo, você
não vai se deparar com um cartaz sobre uma pós
graduação EAD colado no poste do seu bairro.
A divulgação do seu trabalho e da sua empresa, que
muitas vezes é só você mesmo para aqueles que
trabalham sozinhos, continua sendo no chamado
“boca a boca” de pacientes/clientes satisfeitos que
vão lhe indicar para amigos e familiares. Mas o
poder de uma divulgação bem feita no mundo
digital acelera demais o processo. O único detalhe é
sempre tomar cuidado para no mundo real você
realmente suprir as expectativas que vai gerar no
mundo digital. Alguém com um conhecimento
limitado, mesmo que por trás tenha uma agência
de marketing de alto nível, provavelmente não terá
muita longevidade com seu sucesso. Da mesma
forma, alguém com grande capacidade, mas sem
uma mídia adequada, pode passar desapercebido
em sua carreira por falta de divulgação apropriada.
Os produtos digitais já são realidade há alguns anos,
e muitos profissionais que enxergaram esse
movimento lá no início, hoje se beneficiam muito
disso. Alguns personal trainers que tinham agenda
cheia, abandonaram seus alunos para investir em
plataformas de treino em grupos.
Com isso, deixaram de lado a limitação de X alunos
por dia para realizarem um trabalho em escala
geométrica, com número infinito de membros em
suas plataformas digitais.
Da mesma forma, muitos nutricionistas e médicos
fecharam seus consultórios e hoje vivem da
realização de cursos online para outros
profissionais. Não estou dizendo que a opção A é
melhor que a opção B, mas são caminhos que hoje
existem e que ampliam as possibilidades de uma
carreira bem sucedida. Para manter um consultório
ou uma agenda de personal trainer cheia, por anos,
é necessário conhecimento e aptidão, assim como
conquistar um canal no Youtube com milhões de
seguidores também exige muito trabalho e talento.
A questão é avaliar com o que você tem maior
aptidão e, principalmente, o que lhe trará mais
felicidade ao fazer. Afinal, independentemente da
sua escolha, você precisará de regularidade e
disciplina para fazer um trabalho bem feito. Se você
não se sente confortável em gravar um vídeo,
provavelmente não vai conseguir fazer isso por
muito tempo. Da mesma forma, se você se sente
esgotado após um dia de consultório e sem
vontade de voltar no dia seguinte, também não vai
ter uma carreira duradoura.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 07
ARTIGO
Falando especificamente do atendimento, seja no
caso do médico, nutricionista ou profissional de
Educação Física, recomendo sempre atenção para
ferramentas digitais que possam agregar em seu
trabalho. Softwares de nutrição e avaliação física
existem há décadas, mas, com o avanço da
inteligência artificial, hoje estão se tornando tão
inteligentes, que aquele personal trainer ou
nutricionista preguiçoso será facilmente
substituído em breve. Já aquele profissional com
conteúdo, responsabilidade e atento à revolução
digital, vai conseguir usar essas ferramentas para
melhorar o seu atendimento. Por exemplo, como o
smarphone é uma extensão do nosso corpo, entre
as consultas ele pode captar informações
relevantes sobre o paciente, como qualidade de
sono, frequência nos treinos, gasto energético,
consumo calórico, entre outras. Até mesmo a saúde
intestinal, pois sabemos que a grande maioria das
pessoas leva o celular até quando vai ao banheiro
para fazer o número 2.
Claro que ainda temos limitações na obtenção
desses dados. Alguns de vocês já devem estar
observando as falhas na mensuração do gasto
energético cometidas por relógios smarts, que
normalmente superestimam o gasto calórico.
Assim como falhas em aplicativos que prometem
mostrar a qualidade do sono, etc.
Mas é importante você ter em mente que a
evolução da revolução tecnológica não é linear, mas
exponencial. Se nos últimos 10 anos, evoluímos X,
nos próximos 10 anos a evolução será 100 X. Em um
piscar de olhos, teremos smartphones com alta
precisão em qualquer avaliação que desejarmos,
inclusive avaliação da composição corporal. Esses
softwares serão tão perfeitos, que os profissionais
que não tiverem um ótimo conhecimento e,
principalmente, não souberem utilizar essa
tecnologia a seu favor, serão simplesmente
substituídos.
Antes de iniciar o treino, o personal trainer poderá
olhar o recordatório do seu aluno no smartphone
(que serão integrados) para saber como foi o seu
comportamento no intervalo entre os treinos,
como foi o sono na noite anterior ou as oscilações
da mulher no seu ciclo menstrual, por exemplo.
Variáveis que podem não só facilitar o
planejamento do treino como torná-lo muito mais
eficaz.
Até mesmo a transmissão do conhecimento está
mudando seu conceito. No passado, quando
queríamos explicar algum mecanismo bioquímico
para o paciente, pegávamos uma folha de sulfite e
desenhávamos algo como glicólise ou ciclo de
Krebs ou mecanismos de regulação hormonal,
falando de fisiologia.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 08
ARTIGO
Hoje, não seria mais interessante você ter esse
material no computador para apresentar o
processo ao paciente de maneira muito mais
interativa? Ao invés de tentar guardar na memória
um número limitado de receitas, você pode enviar
um ebook completo para o paciente de acordo com
o seu perfil dietético.
Agora, um ponto muito importante. Como relatei
no início, a revolução tecnológica vem trazendo
inúmeros problemas para a sociedade. Até mesmo
as pessoas que se beneficiam profissionalmente das
mídias sociais, estão sendo afetadas
psicologicamente por terem a necessidade de viver
a maior parte do tempo no mundo digital. Quando
eu recebo no consultório alguém que faz muito
sucesso na internet (um youtuber por exemplo),
minha dificuldade é conseguir a atenção daquela
pessoa durante o período da consulta, pois a cada
poucos segundos, ela se vê obrigada a olhar seu
smartphone.
Tanto quem gera conteúdo quanto quem recebe,
precisa de uma saúde mental equilibrada. Se
desconectar e vivenciar os prazeres do mundo real
é muito importante. Viajar para um lugar
maravilhoso e ficar a maior parte do tempo no
smartphone não faz o menor sentido. Realizar uma
refeição em família com o celular nas mãos
também não. Portanto, ajustar sua agenda com
horários específicos para o uso das ferramentas é
fundamental.
Falando no atendimento em consultórios, quando
iniciei meu trabalho, em 2003, meu contato com os
pacientes se resumia basicamente ao tempo das
consultas. Alguns enviavam email ou faziam
ligações esporádicas para tirar dúvidas. Hoje em
dia, pela facilidade que o whatsapp proporciona, o
contato acaba sendo diário. Agora, se o profissional
passar o dia respondendo mensagens dos
pacientes do dia anterior, será praticamente
impossível atender os novos pacientes. Uma
medida eficaz é reservar horários do dia específicos
para responder mensagens de pacientes, ao invés
de tentar responder todas no momento que
recebe. Até porque em muitos casos será
necessário consultar o prontuário da pessoa para
lembrar detalhes da prescrição. Com a evolução da
inteligência artificial, teremos a tecnologia para
melhorar essa interação e dar aos nossos
pacientes/clientes o melhor acompanhamento
possível.
A grande lacuna entre a tecnologia e nossos
pacientes/clientes estará no aspecto
comportamental. Cada vez mais a busca por
conhecimento e informações técnicas será suprida
pela inteligência artificial. A prova disso é que por
mais preparado que seja o professor, ele pode se
confundir, esquecer determinado conteúdo ou até
mesmo não estar bem emocionalmente. A máquina
não erra, afinal, errar é humano!
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 09
ARTIGO

Os algoritmos estarão sempre alinhados para dar a

melhor resposta, por mais complexa que ela seja,
assim como uma calculadora faz há décadas. As
ciências ômicas, como genômica e metabolômica,
vão proporcionar diagnósticos mais assertivos,
tornando a medicina, antes basicamente curativa e
hoje também preventiva, cada vez mais preditiva.

Logo a inteligência artificial vai nos ajudar (em

poucos segundos) a cruzar dados entre
mapeamentos genéticos, saúde intestinal, dados
antropométricos, exames laboratoriais, perfil de
sono, entre outros, garantindo uma prescrição mais
segura e precisa. No entanto, por mais que seja
inevitável a presença da tecnologia em nossas
atividades diárias, nunca se esqueçam que para
tocar uma alma humana, ainda precisamos de
outra alma humana.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 10

ARTIGO

ENVELHECIMENTO
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 11
ARTIGO
O interesse pela nutrição relacionada à estética
vem crescendo a cada ano, pois está cada vez mais
clara a importância da alimentação, com adequada
oferta de nutrientes, para melhora da saúde da pele
e consequente retardo do envelhecimento cutâneo
(PETRUK et al, 2018).
A pele é considerada o maior órgão do corpo
humano, sendo composta pela epiderme, derme,
tecido subcutâneo e estruturas como folículos
pilosos, além de suor e glândulas sebáceas. Sua
principal função é a proteção da parte interna do
corpo contra o ambiente externo, sendo a
epiderme fundamental para essa função. Já a
derme confere resistência mecânica e elasticidade
à pele, e o tecido subcutâneo atua como isolante,
fazendo a proteção mecânica e contribui para a
termorregulação (SILVA, MICHNIAK-KOHN e
LEONARDI, 2017; MELÉNDEZ-MARTÍNEZ et al,
2019).
O envelhecimento é um fenômeno biológico
inevitável, definido como sendo “um conjunto de
alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas
que ocorrem progressivamente no organismo ao
longo da vida”.
É caracterizado principalmente pela acumulação
de dano macromolecular, renovação de tecido
prejudicado e perda gradual da integridade da
função fisiológica, causados por uma combinação
de fatores internos (níveis hormonais, genótipos,
metabolismo etc.) e externos (radiação ultravioleta,
níveis nutricionais, poluição química etc.)
(BOCHEVA et al, 2019; CAO et al, 2020).
Na pele existem dois tipos de envelhecimento, o
cronológico ou intrínseco, que é o envelhecimento
normal ocasionado com o avançar da idade.
Normalmente, aparece por volta dos 30 anos,
quando ocorre renovação celular e mudança na
produção hormonal, que refletem diretamente na
pele, sendo caracterizado por pele seca, opacidade,
falta de elasticidade e rugas finas (SILVA,
MICHNIAK-KOHN e LEONARDI, 2017).
O segundo é o envelhecimento ocasionado por
fatores extrínsecos, resultado da exposição a
agentes externos, especialmente a exposição de
longo prazo aos raios ultravioletas, que afetam a
taxa normal de envelhecimento através da
formação acelerada de radicais livres, atacando as
estruturas da pele, destruindo o colágeno e elastina,
prejudicando a hidratação da pele, levando ao
aparecimento de rugas, relaxamento, aspereza e
alteração da pigmentação, caracterizando assim o
fotoenvelhecimento (CAO et al, 2020).
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 12
ARTIGO

Além da exposição aos raios UV, diversos fatores
externos podem acelerar o envelhecimento da
pele, dentre eles estão a exposição a fumaça do
tabaco, poluição do ar, solventes orgânicos, metais
pesados (como chumbo, cádmio, mercúrio e ferro)
e acúmulo de produtos finais de glicação avançada
(AGEs). Todos esses fatores aumentam a produção
de radicais livres, ocasionando o estresse oxidativo
e, assim, acelerando o envelhecimento cutâneo
(DESJARDINS et al, 2017; PETRUK et al, 2018).
Os AGEs são produtos formados a partir do
excesso de açúcar que se ligam às proteínas,
levando ao acúmulo dos produtos finais de glicação
na pele, afetando as proteínas que compõem a
derme (principalmente o colágeno) e promovendo
o envelhecimento da pele por glicosilação não
enzimática. A formação de AGEs é estresse oxidativo (BARTOSZ e BARTOSZ, 2014). No
predominantemente endógena, porém, sua
principal causa é de origem exógena, como a
alimentação inadequada (rica em açúcar, gordura
etc.) e a fumaça do tabaco (CAO et al, 2020;
YOSHINAGA et al, 2012).
As espécies reativas de oxigênio (ROS) são
normalmente produzidas durante o metabolismo
das células, mas, quando há equilíbrio entre radicais
livres e antioxidantes, esse estresse oxidativo é
combatido. No entanto, quando não há equilíbrio, o
estresse oxidativo ocasiona danos celulares,
levando ao desenvolvimento de diversos tipos de
doenças dermatológicas, incluindo vitiligo,
dermatite atópica, alopecia areata,
fotoenvelhecimento, carcinogênese e
quimiotoxicidade (FURUE et al, 2017; PETRUK et al,
2018).
Importante ressaltar que com o processo natural
do envelhecimento, ocorre uma diminuição do
desempenho do sistema antioxidante endógeno
celular, portanto, os idosos são mais suscetíveis ao
entanto, as mudanças que ocorrem na pele ao
longo do tempo, estão mais relacionadas com o
meio ambiente externo e estilo de vida do que a
predisposição genética e o envelhecimento
cronológico (SILVA, MICHNIAK-KOHN e

Diversas hipóteses buscam explicar os mecanismos LEONARDI, 2017).

celulares e moleculares do envelhecimento, no Diversos estudos mostram que os dois tipos de

entanto, está cada vez mais claro que o envelhecimento, intrínseco e extrínseco, ativam as
envelhecimento é causado pelo acúmulo de dano mesmas vias relacionadas ao estresse oxidativo.
molecular (estresse oxidativo), causado por radicais Porém, o envelhecimento extrínseco é responsável
livres e outras espécies reativas de oxigênio por aproximadamente 80% dos efeitos adversos
(BARTOSZ e BARTOSZ, 2014) relacionados ao envelhecimento, tendo a
capacidade de acelerar esse processo (PETRUK et
al, 2018).

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 13

ARTIGO

Tendo em vista o estresse oxidativo como a VITAMINA A

principal causa do envelhecimento da pele, os A vitamina A (retinol) apresenta funções
antioxidantes possuem importante papel no importantes na visão, manutenção dos tecidos
retardo desse envelhecimento, uma vez que inibem epiteliais, crescimento e imunidade. Os
e/ou reduzem os danos oxidativos (FURUE et al, carotenoides (precursores da vitamina A) possuem
2017). função de fotoproteção e são potentes

ANTIOXIDANTES antioxidantes. Possuem ação antienvelhecimento,

agindo diretamente na pele, contribuindo para o
Os antioxidantes são compostos que inibem ou
aumento da elasticidade cutânea e redução de
bloqueiam o processo de formação das espécies
rugas após exposição aos raios ultravioletas
reativas de oxigênio (ROS), que são um grupo de
(SANTOS e OLIVEIRA, 2014; BOCHEVA et al, 2019).
moléculas produzidas pelo metabolismo celular,
pela ação das oxidases mitocondriais ou por outros VITAMINA C
compartimentos celulares. Em excesso, as ROS A vitamina C está presente em alta concentração
causam danos mitocondriais, estimulando o na pele, especificamente na epiderme,
crescimento celular anormal ou mesmo a indução desempenhando diversas funções biológicas
da senescência (SALEHI et al, 2018). importantes para saúde da pele. Ela atua como

O corpo humano possui mecanismos de defesa cofator para as hidroxilases de prolina e lisina que

endógenos contra radicais livres, como estabilizam a estrutura da molécula de colágeno,

mecanismos enzimáticos e os exógenos que são que é essencial para pele. Além disso, é um potente

não enzimáticos. Entre os mecanismos enzimáticos antioxidante com principal ação na epiderme,

destacam-se as enzimas superóxido dismutase, neutralizando e removendo antioxidantes como os

catalase e glutationa peroxidase; os sistemas não encontrados em poluentes ambientais e radiação

enzimáticos são obtidos de forma exógena, através ultravioleta (SOLWAY et al, 2020).

de fontes alimentares (SILVA, MICHNIAK-KOHN e

LEONARDI, 2017).
A nutrição está intimamente associada à saúde da
pele e é necessária para todos os seus processos
biológicos, nos quais diversos nutrientes
antioxidantes são de grande importância, sendo os
principais: vitamina A (retinol), vitamina C (ácido
ascórbico), vitamina E (a-tocoferol), silício,
coenzima Q10 e polifenóis.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 14
ARTIGO
VITAMINA E
A vitamina E é um antioxidante primário,
extremamente necessário para manutenção da
saúde da pele. Atua no combate ao estresse
oxidativo gerado pelos raios UV e, assim, protege a
pele contra o fotoenvelhecimento. A combinação
da Vitamina E e C, pode ajudar a ativar a vitamina E,
que protege a pele contra estímulos químicos,
irritação e danos induzidos por raios UV ao inibir a
peroxidação lipídica na pele (CAO et al, 2020).
SILÍCIO
O silício é um mineral essencial presente no corpo
humano, principalmente na pele, e sua deficiência
causa repercussões negativas, como perda da
elasticidade e aparecimento de rugas. Ele atua
estimulando os fibroblastos a sintetizarem o
colágeno tipo 1, e faz a estabilização do ácido
hialurônico. Sua redução no organismo ocorre a
partir dos 25-30 anos, e sua suplementação
mostra-se eficaz na redução de rugas faciais,
manchas UV e prevenção do envelhecimento
cutâneo (MEDEIROS et al, 2020).
COENZIMA Q10
A Coenzima Q10 (ubiquinona) é uma molécula
antioxidante, componente de todas as células
humanas e parte integrante das mitocôndrias das
células, onde auxilia na produção de energia. Atua
inibindo a peroxidação lipídica, tendo importante
papel na proteção da parte externa da pele (MAIO,
2011). Atualmente, tem sido amplamente utilizada
na indústria de cosméticos com resultados
promissores em sua aplicação tópica (WU et al,
2020).
POLIFENÓIS
Os polifenóis são metabólitos secundários das
plantas e existem amplamente em vegetais, frutas,
chás e outras plantas. Atuam reduzindo o dano
oxidativo e a inflamação da pele por meio de seus
efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios,
principalmente inibindo a degradação do colágeno,
aumentando a síntese do colágeno e inibindo a
inflamação, que envolve a regulação das
metaloproteinases da matriz, citocinas e vias de
sinalização. Os polifenóis do chá, a curcumina, os
flavonoides (cacau, café, uvas etc.) e o resveratrol
são os polifenóis com propriedades
antienvelhecimento mais evidenciadas (CAO et al,
2020).
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ARTIGO
CONCLUSÃO
O envelhecimento da pele é um processo natural
inevitável, no entanto, a velocidade com que esse
processo ocorre pode ser acelerada ou retardada,
sendo a alimentação adequada um dos principais
fatores com capacidade de retardá-lo. Manter bons
hábitos alimentares e ter um estilo de vida saudável
são fatores que proporcionam o retardo do
envelhecimento cutâneo, consequentemente
melhorando a autoestima e a longevidade.
Portanto, investir em uma alimentação rica em
alimentos antioxidantes é essencial para
manutenção de uma pele saudável e com aparência
mais jovem, além de ser essencial para a saúde
como um todo.
REFERÊNCIAS
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MAURÍCIO, M. Tratado de medicina estética, volume III, editora Roca 2° Edição,
2011.
MEDEIROS, T.A.; SUZUKI, V. Y.; LEITE, J. A. T. M.; FERNANDES, P. SP.; SANTANA,
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MELÉNDEZ-MARTÍNEZ, A. J.; STINCO, C. M.; MAPALLI-BRAHM, P. Skin
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PETRUK, G.; GIUDICE, R. D.; RIGANO, M. M.; MONTI, D. M. Antioxidants from
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SANTOS, M.P.; OLIVEIRA, N.R.F. Ação das vitaminas antioxidantes na prevenção
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SALEHI, B.; MARTORELL, M.; ARBISER, J. L.; SUREDA, A.; MARTINS, N.; MAURYA,
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Negative Actors?. Biomolecules 2018, 8, 124.
SILVA, S. A. M.; MICHNIAK-KOHN, B.; LEONARDI, G. R. An overview about
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SOLWAY, J. D.; MCBRIDE, M. D.; HAQ, F.; ABDUL, W.; MILLER, R. D.. Diet and
Dermatology: The Role of a Whole-food, Plantbased Diet in Preventing and
Reversing Skin Aging - A Review. JOURNAL OF CLINICAL AND AESTHETIC
DERMATOLOGY May 2020.
Yoshinaga, E .; Kawada, A .; Ono, K .; Fujimoto, E .; Wachi, H .; Harumiya, S .; Nagai,
R .; Tajima, S. Nε- (carboxi-a modificação metil) lisina da elastina altera suas
propriedades biológicas: Implicações para o acúmulo de fibras elásticas anormais
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GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 16
ARTIGO

A relação entre

Ciclo Menstrual e
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 17
ARTIGO

O ciclo menstrual completo de uma mulher

envolve diversas oscilações hormonais, e cada ciclo
pode ser dividido em fase folicular, fase lútea e a
menstruação. A duração média de um ciclo
completo é de 29 dias, com uma variabilidade entre
cada fase, sendo a menstruação caracterizada pelo
período em que ocorre o sangramento, e é
considerado o dia 1 do ciclo menstrual. É
importante ter em mente que não existe um
padrão fixo de dias, pois existe uma variação
interindividual entre as mulheres (7).

A primeira metade da fase do ciclo menstrual é

composta pela menstruação e a fase folicular, onde
os níveis de estrogênios se encontram baixos
durante a menstruação e aumentam durante a fase
folicular, finalizando então, com a fase
periovulatória, que é quando o hormônio
estimulante folicular (FSH) e o hormônio Um estudo com 26 mulheres saudáveis na pré-
luteinizante (LH) atingem o seu pico. Já na segunda menopausa constatou que o metabolismo de
metade do ciclo menstrual, entraremos na fase nutrientes pode sofrer uma forte influência sobre
lútea, apresentado um pico de estrogênio junto essas flutuações hormonais. Foi observada,
com a progesterona, seguido pela fase pré- principalmente, uma grande variação entre os
menstrual e a queda desses dois hormônios aminoácidos circulantes no plasma dessas
(estrogênio e progesterona). Importante citar que é mulheres, contudo, pouca influência foi observada
na fase pré-menstrual que as mulheres apresentam no perfil metabólico urinário (15).
piora de doenças crônicas, má qualidade do sono e
sintomas de tensão pré-menstrual (TPM) ou
transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) (6).

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 18

ARTIGO
Para o melhor entendimento de todos: Fase-
Menstrual (M), Folicular (F), periovular (O), Lútea (L)
e pré-menstrual (P).
Essa variação pode ser interessante para alguns
casos específicos, ajustando a ingestão de proteínas
para essas fases onde o corpo parece oxidar mais
aminoácidos. Além disso, os lipídeos também se
mostraram reduzidos na circulação durante a fase
lútea, em comparação com a fase menstrual,
mostrando um aumento na demanda, que pode ser
pelo fato de ocorrer um aumento na produção dos
hormônios estrogênio e progesterona (15).
Na fase lútea, onde foi observada essa queda no
perfil de aminoácidos, também foi notada uma
queda no metabolismo de neurotransmissores
importantes na regulação do humor, sugerindo
uma relação entre transtornos depressivos e
estresse que as mulheres sofrem durante as
variações do ciclo menstrual.
O início de um quadro depressivo pode ocorrer a
partir da inibição do neurotransmissor GABA, que
pode ser modulado pelo estrogênio e pela
progesterona. A suplementação de vitamina B6
parece ser eficiente na melhora do quadro
depressivo durante o período da TPM (15).
Ainda nesse mesmo estudo, foi observada uma
redução significativa do Inositol na fase lútea, que
desempenha funções anabólicas relacionadas à
preparação da fase lútea para a gravidez. Esse
Inositol é produzido no corpo a partir da glicose e,
talvez, a falta de aporte adequado nas
concentrações de glicose, frente a maior demanda
de Inositol, pode ter causado a sua depreciação.
Não temos como saber se esse foi o caso, pois
nesse estudo não foram coletados dados dietéticos
para realização dessas correlações (15).
Essa alteração do metabolismo da glicose também
foi vista na prática esportiva, onde, a fase lútea da
menstruação parece diminuir a ação de
gliconeogênese pelo fígado, que seria a formação
endógena do nosso corpo. Isso foi atrelado ao
aumento principalmente do estrogênio e a
progesterona parece atuar como um
potencializador e, em alguns casos, eles parecem
agir como antagonistas um do outro. Contudo, essa
alteração parece se mostrar significativa só quando
o exercício é realizado em alta intensidade, mas
seus efeitos negativos à performance parecem ser
facilmente revertidos através de uma oferta de
carboidratos durante o exercício (11).
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 19
ARTIGO
Durante a fase Lútea parece ocorrer uma economia
do glicogênio muscular, dificultando que o corpo
utilize esse glicogênio para contração muscular, o
que não é visto na fase Folicular (uma utilização de
24% a mais na fase Folicular). Outro ponto é que,
durante a fase Lútea, o corpo parece piorar a sua
capacidade de armazenar glicogênio muscular. (11).
O aumento do estrogênio durante a fase Lútea
também parece aumentar a lipólise (quebra da
molécula de gordura) e aumentar a capacidade do
corpo em oxidar gordura, aumentando as
concentrações de ácidos graxos na circulação.
Além disso, ele também parece promover uma
redistribuição lipídica, aumentando o conteúdo de
lipídeos intramuscular em repouso. Esse pode até
serum dos motivos pelos quais o corpo acaba se
tornando mais econômico em usar e fabricar a
glicose (11).
Agora vamos olhar um pouco para
micronutrientes. As mulheres estão mais
propensas a uma deficiência de ferro ou até mesmo
uma anemia ferropriva durante o período da
menstruação, por conta do sangramento. A
atenção deve ser ainda mais redobrada quando o
fluxo menstrual da mulher for muito alto, sendo
necessário entrar com uma suplementação e, em
alguns casos, doses medicamentosas (12).
Falando de uma forma geral agora, a
suplementação de vitamina D parece ser eficiente
em amenizar sintomas de TPM, dores nas costas,
cólicas e até mesmo em regular o ciclo menstrual
mais tardio em algumas mulheres. Esses benefícios
são mais evidentes principalmente em mulheres
com deficiência/insuficiência de vitamina D (1, 2, 9).
Essas variações no metabolismo e a influência no
emagrecimento ficaram bem evidentes no estudo
de Geiker et al. (2016). Nesse estudo foram feitas 3
estratégias alimentares diferentes, uma para cada
fase do ciclo menstrual. O resultado foi uma
diferença de 5 kg de peso em relação ao grupo
controle (que fez uma dieta padrão), além de
apresentarem uma redução mais acentuada na
circunferência. Um ponto importante a se levar em
consideração, é que muitas pessoas podem ter
dificuldade em seguir 3 estratégias diferentes em
28 dias, sendo necessário colocar na balança se
os
essa diferença de peso vale a pena frente a talvez
uma menor adesão ao plano alimentar.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 20
ARTIGO
Essas alterações hormonais estão fortemente
ligadas ao volume de ingestão alimentar das
mulheres. Um estudo viu que o período pré-
ovulatório (que é um pouco antes de entrar na fase
Lútea), as mulheres apresentam uma menor
ingestão alimentar frente a elevação do estradiol,
enquanto que a ingestão alimentar acompanhou as
variações hormonais na progesterona. Nessa fase,
as mulheres também apresentam um aumento do
desejo sexual. Os pesquisadores correlacionam isso
como um mecanismo que promove o até
acasalamento, dando tempo e prioridade para a
busca de um parceiro para realizar a fecundação (3,
14).
Logo após essa pré-ovulação ocorrerá um aumento
na fome e, em alguns casos, principalmente por
alimentos hiperpalatáveis (ex: chocolate).
Uma estratégia bem interessante de se utilizar aqui
é aumentar o consumo calórico para o nível basal
(quanto o corpo precisa para se manter e fazer as
atividades do dia) e incluir os alimentos que a
paciente possui mais desejo durante essa fase. Isso
é muito útil para gerar uma maior adesão da
paciente nessa época, já que é melhor manter os
resultados já obtidos, do que passar uma semana
inteira comendo compulsivamente, correndo o
risco de perder o que já havia sido conquistado, e
mesmo desistir do acompanhamento
nutricional.
Essa maior ingestão na fase Lútea também foi vista
em um trabalho onde as participantes realizaram a
mesma refeição nas 3 fases do ciclo menstrual
(Lútea, Folicular e Menstrual). Nesse caso, foi
observado que durante a fase Lútea, o
esvaziamento gástrico é mais rápido do que nas
outras fazes, e a resposta do peptídeo YY (PYY) é
menos eficaz (peptídeo importante na modulação
do apetite) (4).
Além disso, essa flutuação hormonal pode alterar o
metabolismo de algumas drogas. Alguns estudos
relacionam as diferentes respostas de algumas
drogas antidepressivas com as possíveis diferenças
hormonais em cada ciclo menstrual das mulheres
(5). Já em outros casos, a menstruação não parece
causar nenhum tipo de influência, como é o caso da
cafeína, que apresentou efeito ergogênico em todas
as fases do ciclo menstrual (10,13).
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 21
ARTIGO

Considerações Finais
Entender as fases do ciclo menstrual e sua Jukic AMZ, Wilcox AJ, McConnaughey DR, Weinberg CR, Steiner AZ. 25-
Hydroxyvitamin D and Long Menstrual Cycles in a Prospective Cohort Study.
influência no metabolismo das mulheres é uma Epidemiology. 2018

importante ferramenta para os nutricionistas.

Através desse entendimento é possível traçar
estratégias que gerem mais conforto e uma melhor
adesão da paciente/cliente às prescrições. Sem
contar que fica mais fácil entender as necessidades
nutricionais nas diferentes fases do ciclo menstrual
e linkar isso com o objetivo que está se
pretendendo atingir.
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GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 22
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ARTIGO

A reintrodução ao Esporte de um Atleta

LESIONADO
importância de um trabalho biopsicossocial entre nutrição
e psicologia na recuperação de um atleta.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 23

ARTIGO

A primeira pergunta que quase todos atletas

fazem quando passam por um quadro de lesão é:
“Quando eu poderei retornar?”
Independentemente da modalidade esportiva, seja
jogador de futebol ou um atleta de hipismo, essa
pergunta é unânime. A reintrodução ao esporte
(RE) é vista como aquele dia mágico no qual o atleta
desfrutará plenamente o seu retorno ao esporte, ao
mesmo nível ou até melhor do que antes, como se a
lesão nunca houvesse ocorrido. O RE é um dos
aspectos mais importantes no processo de
recuperação de um jogador de futebol, após uma
lesão, visto que é o período em que se deve
preparar para o retorno de uma competição.
Uma declaração de consenso publicada em 2016
sobre a RE do atleta após uma lesão propõe três
fases nesse processo (1):
Retorno ao esporte: o atleta está totalmente
integrado ao seu esporte, mas não ao nível de
desempenho desejado. Ele geralmente
participa de todas as sessões de treinamento;
Retorno ao desempenho: quando o atleta
atingiu o mesmo ou ultrapassou o nível de
desempenho anterior à lesão e está pronto
para participar de competições.
Nesses casos, uma abordagem interdisciplinar
permitirá aos jogadores do seu RE estarem
fisicamente e psicologicamente preparados para
retornar com um risco mínimo de recaída, visto
que é o momento crítico para o aparecimento de
novas lesões. No mesmo consenso citado acima, os
autores reconhecem a importância de outras
disciplinas, além da medicina e da fisioterapia,
como a nutrição e o coaching.

Uma declaração de consenso publicada em 2016
sobre a RE do atleta após uma lesão propõe três
fases nesse processo (1):
Retorno aos treinamentos: o atleta pode
retornar para realizar as sessões
treinamento completo ou parcial, mas ainda
não está médica, física ou psicologicamente
apto para retomar à prática esportiva;
Recentemente foi publicado um artigo de revisão,
que analisa o papel da psicologia e da nutrição
esportiva no processo de RE após uma lesão (2). Os
autores diferenciam a fase aguda da lesão da fase
de recuperação funcional.
de

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 24

ARTIGO
Lesão de fase aguda
Durante essa fase (momento em que a lesão ocorre
até o início da mobilização ativa da área lesionada,
que coincidirá com o retorno ao esporte),
frequentemente surgem dúvidas e temores quanto
à gravidade da lesão. Pensamentos como “Nunca
vou recuperar o meu melhor nível; Porque eu?
Porque agora?” e emoções negativas (frustrações,
raiva e desespero) que podem até aumentar a
percepção da dor. Todos esses pensamentos e
emoções podem contribuir para aumentar os
sentimentos de angústia e ansiedade. Por isso, o
psicólogo do esporte é importante dentro do
departamento médico das equipes, pois técnicas de
relaxamento e respiração diafragmática ou o uso de
imagens podem amenizar as respostas à dor e os
correspondentes sentimentos de angústia.
Do ponto de vista psicológico, respeitar o período
de inatividade inerente às lesões pode ser
particularmente angustiante para os jogadores. O
psicólogo, junto ao restante da equipe médica, deve
atuar de forma colaborativa para amenizar esse
sentimento, além de usar de muita pedagogia com
o atleta e fornecer informações claras e coerentes
sobre a importância de respeitar os tempos que
toda lesão exige. É fundamental trabalhar esses
aspectos, pois a incerteza quanto ao diagnóstico da
lesão (gravidade e implicações) e as dúvidas sobre a
eficácia do tratamento recebido são preditores da
adesão ao tratamento.
O atleta deve estar envolvido em todo o processo,
tornando-o participante nas decisões sobre o
tratamento a ser seguido, oferecendo-lhe
diferentes alternativas e opções de tratamento
sempre que possível, e mostrando nesses casos que
sua opinião é levada em consideração. Observou-se
que a partir desse procedimento, o jogador reforça
sua autonomia e controle no processo de
recuperação (3). Essa questão não é trivial, pois,
durante a fase aguda da recuperação, os atletas
podem sentir falta de controle do próprio corpo, o
que pode comprometer o curso da recuperação.
Além disso, nessa fase, o ajuste nutricional deve
complementar a reabilitação física. A nutrição e a
psicologia do esporte devem trabalhar juntos para
identificar os atletas que podem estar em risco de
desenvolver distúrbios alimentares (bulimia,
anorexia, compulsão alimentar etc.) ou insatisfação
corporal com o risco de ganho de peso, de modo a
tratar esses problemas se eles surgirem. É essencial
fornecer aos jogadores uma dieta que garanta
energia suficiente para manter a massa muscular e
minimizar os danos da inatividade.
O gasto energético pode ser ainda maior durante a
fase aguda da lesão, como resultado do processo
em combinação com a reabilitação durante a fase
inicial. Consequentemente, recomenda-se não
reduzir a ingestão calórica total abaixo de 2750 kcal
durante essa fase.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 25
ARTIGO
O recomendado é entre 2750 kcal e 3250 kcal,
dependendo do nível de imobilização do atleta. Por
exemplo, o caso de um jogador de futebol do
Liverpool FC. que participa da Premier League com
uma ruptura do ligamento cruzado anterior, que
consumiu 3178 kcal por dia (4), pouco menos do que
as 3500 kcal consumidas, em média, pelos seus
companheiros de equipe, em uma semana com
dois jogos, foi publicado recentemente (5). Embora
a redução de carboidratos possa ser necessária,
ressalvo, dependendo do nível de imobilização, um
estudo de outro jogador da Premier League
mostrou que uma dieta pobre em carboidratos
resultou na perda de 6 quilos de massa muscular e
ganho de 1 quilo em massa gorda, em apenas 8
semanas de inatividade (6). O que deve ser evitado é
que jogadores lesionados reduzam a ingestão de
proteínas durante o processo de recuperação. Seria
até recomendável aumentar a ingestão diária de
proteína para 2,3g/kg de peso para prevenir a
perda de massa muscular.
Outras recomendações a seguir, a fim de reduzir a
atrofia muscular secundária à imobilização, seria o
consumo de suplementos como o óleo de peixe
(ômega-3), vitamina D e creatina monohidratada
(2). Finalmente, embora psicólogos do esporte não
devam fornecer informações nutricionais, os
nutricionistas podem aconselhar os psicólogos do
esporte a reforçar certas mensagens aos atletas
para que eles sigam as orientações nutricionais.
A gelatina e o colágeno são ricos em glicina, prolina,
hidroxilisina e hidroxiprolina, e seu consumo tem
demonstrado aumentar a síntese de colágeno
auxiliando na melhora mecânica ligamentar e
tendinosa. Para lesões na junção miotendinosa, a
ingestão de colágeno hidrolisado poder ser
aconselhável antes da sessão de reabilitação para
facilitar o processo de cicatrização (7). Assim que o
atleta puder começar os treinos novamente, ele
deve se concentrar nos “princípios básicos” da
nutrição esportiva: começar o exercício com
reservar de glicogênio muscular e estar bem
hidratado (8).
Além disso, durante o período de lesão, é
aconselhável eliminar ou reduzir ao máximo o
consumo de álcool. O álcool reduz a síntese
proteica, mesmo se tomado em conjunto com
proteínas, o que pode afetar a recuperação (9).
Além disso, o álcool aumenta o risco de consumir
calorias de forma excessiva e de causar menos
aderência nas estratégias psicológicas que vêm
sendo trabalhadas ao longo do processo de
recuperação do atleta.
Recuperação funcional
Essa é a fase que corresponderia ao retorno ao
esporte. Um problema sério durante essa fase é a
capacidade do atleta buscar motivação,
especialmente no caso de lesões que duraram um
longo período.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 26
ARTIGO
Vamos usar um exemplo nacional, como deve ter
sido para o Ronaldo “Fenômeno” retornar ao
futebol após inúmeras lesões e desempenhar o seu
futebol no mais alto nível? Com certeza ele
trabalhou muito bem todos esses aspectos
biopsicossociais nos clubes onde atuou como
profissional. Quais foram os motivos e as
motivações que o levaram a conseguir manter seu
futebol arte durante tantos anos? Sua família,
esposa? Possivelmente, sim. A motivação dentro do
retorno ao esporte (RE) desempenha um papel
importante, pois muitas vezes o jogador questiona
o seu desempenho após uma lesão e, por isso, tudo
o que se relaciona com a motivação deve ser
adequado para restaurar a confiança após um
longo período de inatividade.
Também existem preocupações quanto
capacidade de enfrentar uma reabilitação difícil,
com exercícios que levarão o atleta explorar seus
limites físicos e mentais. Sentimentos de
isolamento por serem retirados da rotina da equipe
também terão impactos nesses atletas durante a
recuperação funcional. Manter o atleta lesionado
conectado ao resto da equipe pode ajudá-lo a se
sentir importante, podendo aumentar seu
sentimento de pertencer ao grupo (10). Isso pode
ser feito incluindo-o nas reuniões de revisão do
jogo, preleção e até mesmo nas refeições com a
equipe.
Outro fator a ser levado em consideração nas
lesões graves, é que o atleta pode até considerar se
algum dia se recuperar ou se poderá voltar a atingir
o seu desempenho máximo, o que diminui sua
autoestima, podendo trazer questionamentos
sobre sua carreira e muitas vezes de forma
equivocada antecipar sua aposentadoria. Portanto,
nessa fase, mostrar-lhe a experiência de outras
pessoas que conseguiram recuperar sua melhor
forma após uma lesão semelhante, permitirá ao
atleta se convencer de que é possível voltar ao
esporte de elite.
Conclusão
O acompanhamento nutricional e psicológico
durante a lesão muitas vezes faz com que os atletas,
relutantes em trabalhar com especialistas nessas
à disciplinas, se envolvam pelo resto de suas
carreiras, o que lhes trará grandes benefícios.
Fornecer aos atletas orientações nutricionais
adequadas e “ferramentas” psicológicas para
administrar o processo de lesão também pode
permanecer relevante uma vez que o jogador tenha
superado a lesão. Além disso, servirá como medida
preventiva contra uma recaída.
É fundamental que entendamos a reintrodução ao
esporte como um processo contínuo de tomada de
decisões, onde cada decisão tomada condicionará a
seguinte. Nesse sentido, uma abordagem
interdisciplinar será sempre a estratégia mais
adequada para evitar dar passos falsos.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 27
ARTIGO

E embora os clubes e federações esportivas

incluam cada vez mais nutricionistas e psicólogos
esportivos em suas comissões técnicas, ainda há
muito a ser feito pelo grande valor que eles podem
agregar à equipe e ao atleta.
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GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 28

ARTIGO

Aplicação clínica da suplementação de

nas doenças cardiometabólicas.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 29
ARTIGO
A glutamina é o aminoácido livre mais abundante
no corpo humano, que é utilizado pelo endotélio
intestinal. É um aminoácido essencial nos estados
catabólicos e também o substrato preferencial de
células que se dividem rapidamente, como os
enterócitos e células imunes (1). Sendo assim, nos
últimos anos tem se estudado a importância deste
aminoácido na fisiologia intestinal e no manejo de
várias doenças intestinais.
Além da promoção da proliferação de enterócitos, a
glutamina tem sido associada a supressão de vias
de sinalização pro-inflamatória e proteção contra
apoptose e estresse celular durante condições
normais e patológicas (2). Dentre todos os
benefícios relacionados a suplementação deste
aminoácido, o de maior destaque envolve a
regulação das proteínas de junções firmes (tight
junctions) que interfere diretamente na integridade
da barreira intestinal (1). Células epiteliais revestem
toda a extensão do trato intestinal e separam o
conteúdo luminal do meio interno do organismo.
Além das tight junctions, outros componentes
atuam na manutenção da homeostase desta
barreira, como o muco, imunoglobulinas e agentes
antimicrobianos que previnem a passagem de
substâncias luminais e antígenos através do espaço
paracelular. Nesse sentido, disfunções na
integridade da barreira intestinal tem sido
associadas a diversos processos patológicos (3).
A microbiota intestinal, que reside no lúmen
intestinal, engloba trilhões de microrganismos
(bactérias, fungos, archaea e vírus) que habitam
principalmente o cólon (4,5). A exata composição
deste ecossistema permanece desconhecida,
porém há consenso de que na maioria dos
indivíduos cerca de 90% das bactérias pertencem
aos filos Bacteroidetes e Firmicutes (6). Neste
contexto, reconhece-se que a disbiose intestinal é
caracterizada por redução da diversidade
bacteriana e aumento da população de bactérias
potencialmente patogênicas (7), normalmente
acompanhada de diminuição da integridade da
barreira intestinal.
Nos últimos anos, evidências têm apontado para o
esclarecimento das ações da microbiota no
metabolismo do hospedeiro e suas associações
com as doenças cardiometabólicas (hipertensão
arterial, diabetes tipo 2, dislipidemia e excesso de
peso) (5,8,9). A inflamação subclínica crônica
participa da gênese destas afecções (10). Sendo
assim, é importante ressaltar que a microbiota
intestinal é a maior fonte de lipopolissacarídeo
(LPS), isto porque esta endotoxina é o principal
componente da membrana externa de bactérias
gram-negativas. A circulação sérica de LPS inicia a
ativação dos receptores Toll-like (TLR) do sistema
imune inato, especialmente o TLR4.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 30
ARTIGO
Quando ativados, estes receptores induzem
reações intracelulares, principalmente via NF-κB e
culminam com a produção de mediadores
inflamatórios que comprometem a sinalização
insulínica, induzindo resistência à insulina (11,12).
Evidências apontam que a exposição crônica à
gordura saturada estimula a proliferação das
bactérias gram-negativas e aumenta
permeabilidade intestinal. Esta permeabilidade
aumentada facilita a translocação do LPS para a
circulação, promovendo a endotoxemia metabólica
(13). Ademais, estudos recentes apontam que o
consumo crônico de frutose advindo de alimentos
processados e ultraprocessados ricos em xarope de
milho, também afeta a permeabilidade intestinal e a
proliferação de bactérias gram-negativas (14).
Os possíveis mecanismos que associam o uso de
glutamina com melhora da permeabilidade
intestinal e consequente redução da inflamação
sistêmica têm sido discutidos tanto
experimentos animais quanto em humanos (15–17).
Um estudo avaliou os efeitos benéficos da
suplementação de glutamina e concluiu que
camundongos com dieta rica em gordura
apresentaram redução do ganho de peso e melhora
da ação da insulina.
A fim de testar essa hipótese, indivíduos com
excesso de peso também foram analisados e
observou-se que a suplementação de 30 gramas
diárias por duas semanas não foi capaz de interferir
na perda de peso, mas reduziu o LPS sérico e a
circunferência da cintura, o que indica uma
modulação da microbiota e da barreira intestinal.
a Os autores sugerem que esta suplementação deve
ser realizada por um maior número de dias para
que os efeitos a longo prazo sejam avaliados (17).
Outro experimento realizado com indivíduos
diabéticos, encontrou uma queda significante da
glicose sanguínea após duas horas da ingestão de
30 gramas de glutamina (18). Resultados similares
foram reportados por Samocha-Bonet et al. (19) que
identificaram uma redução significante da glicemia
pós-prandial em pacientes diabéticos após o uso de
uma dose de 30 gramas de glutamina comparados
ao grupo placebo. Juntos, esses resultados sugerem
que este aminoácido é um composto promissor
em
para o controle glicêmico de curto prazo.
Interessantemente, não foram observados
benefícios do uso de glutamina no perfil lipídico e
nos marcadores de inflamação de indivíduos
estratificados em grupo placebo e grupo
intervenção (30 gramas do suplemento ao dia por
seis semanas) (20).
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 31
ARTIGO

Apesar do avanço nas pesquisas acerca das Yan H, Ajuwon KM. Butyrate modifies intestinal barrier function in IPEC-J2 cells
through a selective upregulation of tight junction proteins and activation of the
associações entre os efeitos positivos do uso de Akt signaling pathway. PLoS One. 2017; 12(6):e0179586.

glutamina sobre a perda de peso, metabolismo da

Sheflin AM, Melby CL, Carbonero F, et al. Linking dietary patterns with gut
glicose ou inflamação subclínica crônica, ainda há microbial composition and function. Gut Microbes. 2017; 8(2):113–29.

lacunas no conhecimento acerca das ações em

Cani PD. Human gut microbiome: hopes, threats and promises. Gut. 2018;
humanos, especialmente quanto a indicação de 67(9):1716–25

dose para prevenção e/ou tratamento das doenças

Belzer C, De Vos WM. Microbes insidefrom diversity to function: The case of
cardiometabólicas. Frente ao exposto, conclui-se Akkermansia. ISME J. 2012; 6(8):1449–58.

que a quantidade de glutamina usualmente

Wilkins LJ, Monga M, Miller AW. Defining dysbiosis for a cluster of chronic
indicada – cinco gramas ao dia – parece não ser diseases. Sci Rep. 2019; 9(1):e12918.

capaz de ter qualquer benefício na integridade da Lazar V, Ditu LM, Pircalabioru GG, et al. Gut microbiota, host organism, and diet
barreira intestinal e nos marcadores trialogue in diabetes and obesity. Front Nutr. 2019; 6:21.

cardiometabólicos, isto porque os estudos Tang WHW, Hazen SL. Microbiome, trimethylamine N-oxide (TMAO), and

encontram resultados positivos com cardiometabolic disease. Transl Res. 2016; 179:108–15.

suplementação a partir de 30 gramas ao dia. Vale Calder PC, Ahluwalia N, Albers R, et al. A consideration of biomarkers to be used

destacar que esta recomendação diária poderia ser
considerada financeiramente inviável para alguns
pacientes. Sendo assim, alterações na dieta com
foco no aumento de fibras e alimentos prebióticos
aliados ao menor consumo de gordura saturada e
alimentos ultraprocessados
for evaluation of inflammation in human nutritional studies. Br J Nutr. 2013;
109(Suppl 1):S1-S34.
Tseng C, Wu C. The gut microbiome in obesity. J Formos Med Assoc. 2018; 118
(Suppl 1):S3–S9.
Morrison DJ, Preston T. Formation of short chain fatty acids by the gut
microbiota and their impact on human metabolism. Gut Microbes. 2016; 7(3):189–
continuam 200.

constituindo as estratégias essenciais para a

Cani PD, Bibiloni R, Knauf C, et al. Changes in gut microbiota control metabolic
melhora da permeabilidade intestinal. diet–induced obesity and diabetes in mice. Diabetes. 2008; 57(6):1470–81.

Sen T, Cawthon CR, Ihde BT, et al. Diet-driven microbiota dysbiosis is associated
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Achamrah N, Dechelotte P, Coeffier M. Glutamine and the regulation of intestinal
permeability: From bench to bedside. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2017;
20(1):86–91.2.

Perna S, Alalwan TA, Alaali Z, et al. The role of glutamine in the complex
interaction between gut microbiota and health: A narrative review. Int J Mol Sci.
2019; 20(20):1–11.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 32

ARTIGO

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 33

ARTIGO
D efinir o que são as artes marciais e sua
verdadeira
praticamente
origem, se
impossível,
torna
sendo
uma tarefa
necessário
voltarmos aos primórdios dos tempos. Artes como
as indianas, chinesas e gregas são milenares e
extremamente ricas em história e cultura. Tendo
como fundamento inicial a autodefesa,
condicionamento físico e o combate às artes
marciais sofreram alterações com o passar da
história e, nos tempos atuais, ganharam finalidades
extras como o lazer, estilo e filosofia de vida,
modalidade esportiva e, muitas vezes, uma forma
de terapia.
Até chegarmos ao Karatê moderno, precisamos
fazer uma pequena viagem ao passado e buscar
toda a sua base e influência cultural, desde a sua
origem, no final do século XIX. A cidade japonesa de
Okinawa, anteriormente pertencente a China, tinha
como base uma arte indiana trazida por um monge,
que desenvolveu dois estilos marciais o Chun-Fa e
Nan-Pei-Chun, com o objetivo de ser uma arte para
autodefesa sem armas. Após o intercâmbio cultural,
Okinawa foi dominada pelo Japão e, com medo de
possíveis rebeliões, o imperador proibiu o uso de
armas de fogo.
Sem proteção para possíveis saques e assaltos, além
da repreensão sofrida pela elite japonesa, os
aldeões foram forçados a treinar secretamente,
mesclando lutas nativas aos estilos anteriormente
citados, dando origem as duas primeiras escolas de
Karatê que, posteriormente, seriam responsáveis
pela criação dos estilos que conhecemos
atualmente, com o nome de Karatê-do, que
significa “caminho das mãos vazias.”
Foi o mestre Gichin Funakoshi, no ano de 1922, o
responsável por difundir o estilo em Tóquio. Ele
começou a divulgá-lo para mestres e praticantes de
outras artes, influenciando a incorporação dos seus
Katas, aliados aos princípios do Budô, trazendo
uma conotação educacional encontrada na sua
pratica, além da ideia de que ela aperfeiçoava o
caráter e a personalidade de seus praticantes,
tornando-os pessoas dignas de conviver em
sociedade. Assim, ele fundou um dos maiores
estilos de Karatê-do moderno, o Shotokan e,
juntamente com outros estilos que agregam esta
arte, como o WadoRyu,ShorynRyu e kyokushin, fez
da prática uma das mais populares e praticadas
dentro e fora do Japão.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 34
ARTIGO
Karatê como esporte competitivo
Sendo reconhecido como modalidade esportiva no
século XX, o Karatê se caracteriza como uma
atividade intermitente, tendo como parte de seu
treinamento 3 habilidades:
a) Kikon: técnicas de ataque e defesa básica;
b) Kata: simulação de luta real executada em
movimento contra oponente imaginário;
c) Kumite: combate entre dois praticantes de
forma livre.
Suas características vão desde uma
flexibilidade, maestria em técnicas,
movimentos com alta velocidade e impacto,
exigindo um bom condicionamento de força física
e cardiovascular, além de um grande autocontrole
de membros superiores e inferiores.
A classificação de qual a via metabólica
predominante, depende da intensidade e duração
do exercício somados à composição física do
indivíduo. Estudos feitos com karatecas do sexo
masculino demonstraram que a via metabólica
predominante durante o período de treino foi a
aeróbica, com um suporte suplementar da via
anaeróbica, principalmente por apresentar fosfatos
de energia elevados, contrariando o que outros
pesquisadores pensavam.
Melhora na saúde
Entre os benefícios cientificamente conhecidos da
sua prática, temos um aumento de força e massa
muscular, um aumento de capacidade aeróbica e
potência anaeróbica, equilíbrio, flexibilidade, uma
melhora na capacidade cardiorrespiratória, uma
melhora na saúde cardiovascular, um melhor
equilíbrio pró-oxidante e antioxidante, perda de
gordura corporal, diminuição de marcadores de
inflamação e estresse oxidativo, uma melhora na
aptidão física e psicológica, além de um aumento de
alta
autoestima nos seus praticantes.
tendo
Pesagem
Os esportes de combate olímpico exigem a
classificação por categoria de peso, sendo um
hábito comum entre seus praticantes a perda de
última hora, principalmente para se encaixarem nas
categorias pretendidas e não serem
desclassificados. Estudos demonstram que muitos
atletas acabam eliminando grande parte do peso
poucos dias antes das competições, muitas vezes
tentando perder em um período curto, de 3 a 12
horas, em média 8 quilos, ou 5 a 10% do seu peso
habitual.
Os atletas realizam técnicas perigosas e prejudiciais
à saúde, como: ficar em jejum, desidratar, utilizar
laxantes e diuréticos, restrição energética e
nutricional, induzir o vômito, vestir roupas grossas
e se exercitar intensamente em ambientes com
temperatura elevada.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 35
ARTIGO
Um dos riscos apresentados em esportes que
controlam peso e distorção de imagem corporal,
está relacionado com um possível gatilho para o
desenvolvimento de transtornos alimentares
futuros. Outros danos encontrados são:
desequilíbrio hormonal, diminuição do TMB, perda
de força, problemas cardíacos, desequilíbrio
eletrolítico, danos renais, psicológicos e cognitivos,
hipoglicemia e, por fim, até a morte.
Um dos riscos apresentados em esportes que
controlam peso e distorção de imagem corporal,
está relacionado com um possível gatilho para o
desenvolvimento de transtornos alimentares
futuros. Outros danos encontrados são:
desequilíbrio hormonal, diminuição do TMB, perda
de força, problemas cardíacos, desequilíbrio
eletrolítico, danos renais, psicológicos e cognitivos,
hipoglicemia e, por fim, até a morte.
A estratégia mais indicada e segura é a redução
gradual de peso nos atletas, podendo ser utilizado
um protocolo com uma restrição moderada
calórica e hiperproteica. Estudos demonstram que
essa estratégia é eficaz e consegue reduzir 0,7
kg/semana, onde a perda predominante é de
tecido adiposo.
Distribuição de macronutrientes
A nutrição é extremamente importante para o
atleta e, quando realizada incorretamente, pode ser
um fator limitante.
Ela tem o papel de cuidar da ingestão de
macronutrientes e micronutrientes, responsáveis
por recuperar o tecido muscular, realizar a
manutenção do sistema imunológico, equilíbrio do
sistema endócrino, recuperação do estresse
oxidativo, diminuir a fadiga e suprir os estoques
energéticos.
O karatê competitivo apresenta, na maioria das
vezes, um nível equivalente técnico aos lutadores,
levando a competição a ser definida por detalhes.
Sendo assim, a nutrição pode entrar como fator
decisivo pré-competitivo.
Carboidratos
Eles são utilizados pela via anaeróbica para
produção de ATP, tendo um metabolismo com
ritmo de transferência duas vezes maior do que os
lipídeos e proteínas, fazendo dele uma fonte mais
rápida de substrato energético. Sua ingestão pós
atividade permite uma recuperação do glicogênio
muscular mais rápida, combate o excesso dos
hormônios contra regulatórios, aumenta a síntese
proteica, além de ajudar na recuperação dos atletas.
O glicogênio desempenha um papel importante na
atividade física, como diminuição de quadros de
hipoglicemias, diminui a fadiga periférica e a
percepção de esforço e auxilia na hidratação.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 36
ARTIGO

É recomendada uma ingestão referente ao aporte

energético de no mínimo 50% das calorias totais,
sendo utilizado como estratégia, para uma rápida
recuperação pós atividade, uma quantidade que
varia de 9 a 10 g/kg/dia.
Proteínas
Possuem função estrutural que se adéquam às
células, reparam a massa muscular danificada
durante o exercício e realizam adaptações
necessárias para evolução do atleta. Quando
falamos de função energética, a proteína não é
eficaz se comparada ao carboidrato, sendo mais
interessante utilizar níveis mais altos no pré-
competitivo, com a finalidade de aumento de
massa magra, para aumentar a potência do atleta;
no dia da competição é indicada uma ingestão de
moderada a baixa, através de alimentos familiares
ao atleta. As recomendações de proteína giram em
torno dos 15% do VCT correspondente, podendo
ser administrado de 1,4 a 1,8 g/kg/dia.

Lipídios
Exerce funções relacionadas à constituição de
membranas, isolamento térmico, formação de
hormônios não peptídicos e reservas de energia. O
mais indicado é uma ingestão de lipídeos de, no
máximo, 30% do VCT, divididos em 10% ácidos
graxos, 10% monossaturados e 10%
poliinsaturados, demonstrando que dietas abaixo
de 15% de lipídeos totais não demonstram
benefícios algum para a saúde. No dia da
competição é indicado que a oferta desse substrato
seja baixa, priorizando as reservas de glicogênio
corporal, para evitar quadros de hipoglicemia
durante a prova.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 37

ARTIGO
Micronutrientes
Os principais micronutrientes que devem ser
ofertados são:
A) Vitaminas do complexo B - com a finalidade de
auxiliar na produção energética, gerando-a através
do metabolismo aeróbio e diminuir quadros de
lentidão na síntese proteica.
B) Ferro - ligado aos mecanismos fisiológicos
relacionados ao desempenho e resistência física.
C) Zinco - auxilia o crescimento e composição
muscular, a enzima superóxido dismutase, que
possui zinco em sua composição tem um papel
protetor e antioxidante, além de servir como
catalisador estrutural participando das vias
metabólicas.
D) Cálcio - responsável pela modulação e melhora
de densidade óssea.
E) Magnésio - auxilia no crescimento e exercício, para repor a perda hídrica e diminuir a
fortalecimento ósseo, além de apresentar efeito
cardioprotetor.
F) Sódio - auxilia na absorção hídrica e de
carboidratos, ajudando na hidratação.
G) Potássio - principalmente pelo fato que a sua
deficiência pode levar o atleta a óbito devido a
bomba de sódio e potássio estar prejudicada neste
quadro.
H) Vitamina C - auxilia a absorção de ferro, além de
ser antioxidante combatendo os radicais livres.
Hidratação
A água é considerada o solvente universal,
constituindo mais de 70% da composição corporal,
tendo funções ligadas às reações químicas e
celulares além de realizar o controle da
temperatura do corporal. Na nutrição esportiva o
fator de hidratação é amplamente estudado pois,
quando bem hidratado, o atleta tem uma melhor
capacidade técnica e se desenvolve melhor na
prova, porém, quando desidratado isso se torna um
fator limitante, além de trazer prejuízos fisiológicos
como câimbras, palidez alterações visuais, fadiga
generalizada e até morte, como citado
anteriormente, quando falamos de perda de peso.
É recomendado, em atividades de alta intensidade
e com duração de 1 hora ou menos, a administração
de 500 ml a 1 litro/hora de água, durante o
temperatura interna, sendo interessante como
estratégia pré-competição administrar de 30 a 50
gramas de carboidrato, juntamente com 300ml/
hora de água, podendo chegar a 500 ml, com a
finalidade de maximizar os níveis de glicogênio e a
hidratação. O seu cálculo deve respeitar a
individualidade do atleta. Em treinos intensos
podem ser usados isotônicos para auxiliar na
hidratação e atenuar a perda de eletrólitos, sendo
adequada individualmente.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 38
ARTIGO
Suplementação
Os suplementos são grandes ferramentas de
suporte; eles apresentam uma melhora direta no
rendimento e performance, aumentando a massa
muscular e a força, reduzindo a fadiga e a gordura
corporal, além de alguns acelerar a recuperação,
sendo assim, iremos falar dos que possuem
comprovação científica e podem ser usados como
estratégias decisivas.
Cafeína
Ela pode ser encontrada em alimentos como o café,
cacau e chás ou pode ser suplementada com géis,
barras energéticas, termogênicos ou fitoterápicos.
Estudos demonstram que o pico da cafeína no
sangue se dá entre 45-60 minutos após a sua
administração, apresentando como efeito um
aumento do estado de alerta, associado a uma
melhora do humor, reduzindo a sensação de
esforço e elevando o desempenho cognitivo. Em
nível metabólico, apresenta a capacidade de
aumentar a frequência cardíaca, mesmo em
repouso, aumentando a atividade glicolítica,
elevando o suprimento energético muscular, além
de demonstrar uma melhora na função
psicomotora como uma maior agilidade e tomada
de decisão. A dosagem de 3 a 6 mg/kg de cafeína já
apresenta os benefícios citados anteriormente para
lutadores de combate, além de ser comprovado
que essa substância pode melhorar os níveis de
força, potência e resistência muscular.
Bicarbonato
Ele é um tampão extracelular que tem a função de
manter os níveis de PH sanguíneos corretos.
Estudos comprovam que a sua utilização, antes de
atividades de alta intensidade, contribui para o
metabolismo glicolítico e melhora do desempenho.
Supõem-se que isso ocorre porque o bicarbonato
reduz a acidose induzida pelo exercício e retarda a
fadiga. Um estudo realizado com atletas de Karatê
nos Estados Unidos demonstrou que a
administração de 0,1 a 0,3 g/kg de bicarbonato
pode melhorar o desempenho, tendo um efeito
intensificado quando administrado juntamente
com uma dosagem de 6mg/kg de cafeína, pois,
teoricamente, os efeitos sinérgicos dessas
substâncias retardam a fadiga do SNC, assim
realizando uma capacidade tamponante.
Creatina
Popular entre os atletas e praticantes de atividade
física, esse derivado de aminoácido é um dos
suplementos mais estudados nos tempos atuais,
demonstrando diversos benefícios. Ela possui como
efeito ergogênico um possível aumento de massa
muscular e de força/potência. No corpo humano
ela é armazenada principalmente na musculatura
esquelética, sendo recrutada sempre que
necessário.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 39
ARTIGO
Esse suplemento já se mostrou cientificamente
eficaz em esportes de explosão, como as artes
marciais, sendo capaz de otimizar o desempenho
durante exercícios repetitivos com curta duração,
além de uma melhora de força e potência. Não
existe uma forma única de utilizá-la, mas entre os
métodos estão:
a) Ciclagem: utilizando uma sobrecarga no
organismo de 20 gramas durante 5 a 7 dias, e após
usar 3 a 5 gramas durante 3 meses e parando 1;
b) Constante: estudos apresentam que uma
dosagem de 3 a 5 gramas durante 20 dias, já se
torna capaz de saturar os receptores atingindo
todos os benefícios envolvidos com seu uso, sendo
segura a sua ingestão ininterrupta.
Conclusão
A Nutrição quando bem utilizada pode se tornar
uma grande ferramenta para o sucesso do
karateka, sendo assim, concluo este artigo com
uma frase de Masutatsu Oyama, que diz :“O pastor
tem o dever de levar diariamente suas reses ao rio,
mas beber ou não da água dependerá do próprio
animal.” Como nessa frase tudo depende do que
atleta fará para alcançar o sucesso se destacando
entre os outros. Nutricionista e competidor terão
que trabalhar em conjunto, esgotando todas as
ferramentas disponíveis e buscando alcançar a
vitória.
Conclusão
1) ALFLEN, D. et al. Caracterização Das Práticas De Hidratação Em Atletas De
Karatê Do Estado De Rondônia. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 8, n, 4,
2009. ISSN: 1981-4313
2) BADAUY, Y. D., et al. Estratégias de emagrecimento “pré-context” e saúde do
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3) BRITO, I. S.S. et al. Consumo alimentar de macronutrientes por karatecas no
dia anterior e no dia da competição. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. 6, n,
2, 2007. ISSN: 1981-4313
4) BRITO, S. S., et al. Caracterização das práticas de hidratação em karatecas do
estado de Minas Gerais. Fitness & Performance. v. 5, n.1, p. 24-30, 2006.
Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=75117026004. Acesso
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pid=S010128002017000400362&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso: 22 nov.
2020
8) JEMILI, H, et al.. Biochemical status, oxidative and antioxidant responses after
3-month specific training in elite karate athletes. Physiology International. v. 104
n. 4, p. 344-354. Dez. 2017 doi: 10.1556/2060.104.2017.4.5. PMID: 29278029.
9) LAGE, V. et al. Karatê-Do como própria vida. Motriz, Rio Claro, v.13 n.1 p.33-42,
jan.-mar. 2007
10) LÓPEZ-GONZÁLEZ, L.M. et al. Acute caffeine supplementation in combat
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Nutrition v. 15, n. 60 2018 https://doi.org/10.1186/s12970-018-0267-2
11) MARTINS, Y. L. X. et al. Efeitos de diferentes formas de suplementação de
creatina em praticantes de musculação: estudo exploratório. Revista Brasileira de
Nutrição Esportiva. v. 13 n. 82, 2019. Disponível em:
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nov. 2020
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 40
ARTIGO

12) NABUCO, H.C.G., et al. Uso de suplementos alimentares entre atletas

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em:https://www.scielo.br/pdf/rn/v30n2/1415-5273-rn-30-02-00163.pdf.
Acesso: 22 nov. 2020

13) PAULA, A. B.; AZEVEDO, B. M, Suplementação de creatina e a eficácia no

aumento de massa magra, força e desempenho em treinamentos de alta
intensidade. Revista multidisciplinar de saúde. v. 2 n. 2 p. 1-17, 2020. Disponível
https://revistas.anchieta.br/index.php/RevistaMultiSaude/article/view/1539
/1411. Acesso em 22 nov. 2020

14) PINTO, S. M., et al. Avaliação de VO2 máx em atletas de karatê: conhecimento
da capacidade cardiorrespiratória e prescrição de exercício, Cinergis. v. 18, n 1 p.
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15) REZAIE, S. et al. Caffeine and sodium bicarbonate supplementation alone or

together improve karate performance. Journal of the International Society of
Sports Nutrition. v.17, n. 16, n,1 p. 44. out. 2019, doi: 10.1186/s12970-019-0313-8.

16)RIBAS, M. R. et al. Perfil dietético de atletas de karatê da seleção brasileira

durante o período pré-competitivo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. v. 11.
n. 67. Suplementar 1. p.826-835. jan-dez. 2017. ISSN 1981-9927

17) ROSSI, L. Avaliação da composição corporal de atletas do sexo feminino do

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Marciais Asiáticas, 79, p. 373-377, 2019. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7063405. Acesso em: 20
nov. 2020

18) ROSSI, L. et al. Avaliação do estado, conhecimento nutricional e imagem

corporal de lutadores de artes marciais mistas. Revista de Artes Marciais
Asiáticas, v. 12, n. 2, p. 59-65, 2017. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6252792. Acesso em: 20 nov.
2020

19) ROSSI, L. et al. Restrição moderada de energia e dieta hiperproteica

promovem redução ponderal em atletas de elite do Karatê. Revista Brasileira
Ciência e Movimento. Brasília. v. 12 n. 2 p. 69-73 jun. 2004. Disponível em:
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/559/583.
Acesso: 22 nov. 2020

20) ROSSI, L. e TIRAPEGUI, J. Avaliação antropométrica de atletas de Karatê.

Ciência e Movimento. v. 15, n. 3, p. 39-46, 2007.

21) VIERO, F. T. Comportamento da freqüência cardíaca, pressão arterial e

composição corporal de praticantes de karatê shotokan tradicional. EFDeportes.
v. 15, n. 148, set. 2010

22) VOLTARELLI, F. A. et al. Cinética de lactato sanguíneo durante sessões

contínuas de lutas simuladas de karatê: predominância aeróbia ou anaeróbia?

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 41

INGREDIENTES:

500ml de leite desnatado;

200g iogurte natural;
3 limões espremidos;
4 colheres de adoçante sucralose;
1 gelatina incolor;⠀

MODO DE PREPARO:

Faça a gelatina conforme explicação na embalagem. Ao finalizar

acrescente todos os ingredientes e bata no liquidificador;
Coloque em uma forma de sua preferência e leve à geladeira por
aproximadamente 3h!

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 42

EBOOK
GRATUITO

EM BREVE, LANÇAMENTO
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 43
ARTIGO

na primeira infância.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 44
ARTIGO
O Aleitamento Materno (ALM) é de suma
importância e é considerado o alimento mais
completo nos primeiros seis meses de vida, além de
trazer inúmeros benefícios desde a infância até a
vida adulta. O Aleitamento Materno Exclusivo
(ALME) é recomendado até o sexto mês e, a partir
dessa idade, a alimentação complementar deve ser
iniciada, em conjunto ao aleitamento materno até
os dois anos ou mais.
Os benefícios são inúmeros, dentre os quais a
proteção contra infecções e alergias, estimular o
sistema imunológico, favorecer a maturidade do
sistema digestório e neurológico, bem como
desenvolver o vínculo mãe-filho.
Na impossibilidade do ALM, o recomendado é a
utilização das fórmulas infantis (fórmula modificado
à base de leite de vaca), sendo contra indicada a
utilização do leite de vaca na forma integral ou
diluída até os 12 meses devido ao seu potencial
alergênico, excessivo conteúdo protéico e por ser
considerado fator de risco para anemia ferropriva.
Consequência da introdução ao leite de vaca no
primeiro ano de vida
A The European
Gastroenterology
Society
Hepatology
for
and
Paediatric
Nutrition
(ESPGHAN), a American Academy of Pediatrics (AAP)
e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam
fórmulas infantis, na impossibilidade do leite
materno, porque o leite de vaca integral
comprovadamente está associado a um maior
índice de obesidade e várias outras consequências,
especialmente no primeiro ano de vida. Além disso,
as fórmulas infantis estão associadas com o melhor
desenvolvimento do cérebro, do intestino e do
sistema imune. Essa indicação está respaldada em
estudos científicos que evidenciam a inadequação
do leite de vaca integral no primeiro ano (excesso
de proteína, sódio, potássio e cloro, além da falta de
vitaminas, como ferro, e de ácidos graxos
poliinsaturados de cadeias longas (L-PUFAS
precursoras do ômega 3 e 6). O alto índice de
proteínas está associado a maior carga de soluto
renal, a alterações da microbiota intestinal e ao
aumento da prevalência de obesidade.
Os prejuízos na introdução ao leite de vaca, em
crianças menores que 12 meses, são grandes como,
por exemplo, a desidratação, uma vez que o leite de
vaca não fornece água livre. Além disso, o alto
consumo de proteína pode causar hipercalciúria e a
deficiência de ferro pode levar ao desenvolvimento
de anemia.
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ARTIGO

Introdução ao Leite de Vaca dos 12 aos 36 meses Tanto o leite de vaca quanto o leite materno são

A partir do primeiro ano de vida, a criança saudável pobres em ferro (variam entre 0,2 – 0,5 mg de ferro

já está apta a receber a alimentação da família, por litro), porém, o ferro do leite materno está

incluindo todos os grupos alimentares, e deve ser ligado a lactoferrina e consequentemente

estimulada para o consumo de alimentos nutritivos apresentam uma maior biodisponibilidade. O leite

em quantidade e qualidade suficientes para suprir de vaca possui baixo teor de Vitamina C,

as necessidades energéticas de crescimento e considerado um fator estimulador na absorção de

desenvolvimento. Assim, o leite de vaca é permitido ferro, e alto teor em cálcio e fósforo, fatores

a partir dessa faixa etária, como fonte de energia, de inibidores na absorção de ferro. O leite materno

macronutrientes, vitaminas e minerais. maduro contém, em média, 40 ± 10 mg/l de

Vitamina C e apresenta a vantagem de não
A maioria dos estudos afirma que o leite de vaca e
necessitar de manipulação e aquecimento, o que
seus derivados devem ser utilizados como alimento
evita as perdas desses nutrientes.
de uso diário no desjejum e no lanche da tarde, e
não como substitutos das refeições principais Talvez o leite de vaca, integral ou diluído,
(almoço e jantar, por exemplo). adicionado de farinhas e água, seja mais prático,
Propriedades nutricionais do leite de vaca x leite porém, ele não é indicado para crianças menores
materno de 12 meses, pelos inúmeros malefícios que podem
ocasionar à saúde. As manifestações clínicas mais
As proteínas mais encontradas no leite são a
comuns são gastrointestinais, respiratórias,
caseína e as proteínas do soro do leite. No leite de
cutâneas e anafiláticas.
vaca, a caseína constitui cerca de 80% das
proteínas totais, enquanto no leite materno
Contudo, podemos observar na Tabela 1 os
predominam as proteínas do soro do leite, que
diferenciais de macro e micronutrientes do leite de
variam entre 60-70%, cuja digestão é mais fácil em
vaca e o leite materno, em 100 Kcal.
relação à caseína. Em relação aos lipídeos, existem
diferenças significativas na composição dos ácidos
graxos: no leite de vaca predominam os ácidos
graxos saturados e no leite materno os insaturados.
O leite de vaca é pobre em ácido linoléico e
vitamina E, além de conter quantidades excessivas
de sódio, potássio e proteínas.

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ARTIGO

Tabela 1: Composição média de nutrientes entre leite materno e de vaca (Fonte:

FAO, 2013; KOLEZTKO, 2016)

Conclusão
No primeiro ano de vida, na impossibilidade do
aleitamento materno, não é recomendada a
utilização do leite de vaca, pois é pobre
nutricionalmente e pode trazer prejuízos à saúde. A
melhor opção, nesse caso, é a introdução das
fórmulas infantis, pois elas contêm nutrientes
adequados para o crescimento e desenvolvimento
da criança.

Contudo, a partir do primeiro ano de vida, a criança

saudável já está apta a receber o leite de vaca
(líquido ou em pó), pois ele é fonte de energia,
macronutrientes, vitaminas e minerais e deve ser
incluído nas refeições intermediárias.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 47

ARTIGO

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49
ARTIGO
C om o passar dos anos, a área da Nutrição
associada ao esporte vem se destacando. Cada vez
mais as pessoas querem ter um corpo elegante,
definido ou bem trabalhado esteticamente.
Hipertrofia muscular, perda de peso,
condicionamento físico, melhora no tratamento de
certas patologias, estética são alguns motivos que
aumentam a busca por academias para alcance dos
seus objetivos. (De Jesus e Da Silva, 2008). Para
intensificar os resultados cresce a procura por
suplementos alimentares com ênfase em recursos
ergogênicos.
De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), suplementos alimentares não
são medicamentos, portanto, não tratam, previnem
ou curam doenças. Eles são destinados às pessoas
saudáveis, com a finalidade de fornecer nutrientes,
substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em
complemento à alimentação. Essa categoria foi
criada em 2018 para garantir o acesso da população
a produtos seguros e de qualidade.
O destaque aqui são os suplementos ergogênicos
com ênfase na cafeína. A palavra “ergogênico” vem
do grego ergon (trabalho) + gennan (produção), e
significa melhora na produção de trabalho
(CORTEZ, 2011). Dos ergogênicos nutricionais, a
cafeína é bem utilizada, tanto por ser de fácil acesso
como por ter um baixo custo (VAZ, 2016).
A utilização dessas substâncias tem o propósito de
aumentar a resposta da capacidade corporal, a
potência física, o poder contrátil do músculo
esquelético e cardíaco, de reduzir a fadiga
neuromuscular, aumentar a potência e limite físico
e equilibrar as reservas de sais e eletrólitos (REIS et
al., 2017). A conciliação entre alimentação saudável e
treinamento possibilita uma melhora significativa
no rendimento físico e na saúde como um todo,
seja para atletas ou praticantes regulares de alguma
atividade física, especialmente quando monitorada
por um profissional qualificado na área. Nessa
combinação estão inclusas uma alimentação
equilibrada, um treinamento bem padronizado e
horas de sono adequadas (PELLEGRINI; CORRÊA;
BARBOSA, 2017).
Cafeína como recurso ergogênico
Quimicamente conhecida por 1,3,7-trimetilxantina,
a cafeína é o ingrediente ativo do café e pode estar
presente em vários tipos de comidas e bebidas.
Essa substância pertence ao grupo de compostos
das metilxantinas, onde se inclui também o chá. As
xantinas são substâncias capazes de estimular o
sistema nervoso e produzir um certo estado de
alerta de curta duração. (SILVA, 2013). Uma
substância ou técnica é considerada ergogênica
quando potencializa o rendimento esportivo.
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ARTIGO
O mecanismo nessa potencialização se deve
principalmente ao aumento da eficiência, do
controle e produção de energia (EATON et al.,
2016). Após a sua ingestão, no trato intestinal, a
absorção da cafeína acontece de forma rápida,
atingindo geralmente o pico médio de
concentração plasmática entre 30 a 45 minutos
(DURLAC ET AL, 2002), com uma meia vida
plasmática de aproximadamente 3 a 7 horas
(GRAHAM, 2001). Uma revisão recente publicada
pela ISSN (Sociedade Internacional de Nutrição
Esportiva) recomenda doses de 3 a 6 mg/kg por
peso corporal. Doses >9 mg/kg estão associadas a
uma alta incidência de efeitos colaterais e não
parecem ser necessárias para provocar um efeito
ergogênico. Em termos neurofisiológicos, a cafeína
age como estimulante bloqueando os receptores
de adenosina no cérebro. Ela produz efeitos
psicoestimulantes atuando positivamente sobre o
humor e, especificamente, no desempenho
psicomotor (DUNCAN; OXFORD, 2011). Como a
cafeína bloqueia os efeitos da adenosina isto faz
com que a força contrátil no músculo esquelético
seja potencializada, causando um aumento no
estado de alerta e diminuição da sensação de
fadiga, permitindo um aumento do desempenho
esportivo. (PLASKET e CAFARELLI, 2001; PEREIRA
ET al, 2010; FERREIRA, GUERRA E GUERRA,2006)
A European Food Safety Agency (EFSA), a US
National Academies of Science (NAS), e a Health
Canada concluíram que, para adultos saudáveis, a
ingestão de cafeína de até 400 mg / dia não levanta
quaisquer questões gerais de saúde. Embora possa
consumir mais, 400 mg é a quantidade de cafeína
que a maioria das pessoas saudáveis pode consumir
regularmente por dia, sem efeitos colaterais
negativos indevidos.
Em 2019 temos um estudo de suplementação de
cafeína em boxeadores de nível olímpico, onde foi
observado um aumento da eficiência
neuromuscular em alguns músculos e a melhora da
velocidade de reação. (San Juan, Alejandro F, et AL).
Naquele mesmo ano, temos outro estudo sobre a
ingestão de cafeína em atividade de supino reto,
que concluiu aumento na velocidade de
movimento da barra na fase excêntrica do
movimento, resultando no encurtamento do
tempo sob tensão (TUT) necessário para realizar
um determinado número de repetições, sem
diminuir a potência e a velocidade na fase CON do
movimento. (Wilk, Michal et al).
Em 2018 um estudo com ciclistas observou que a
suplementação aguda de cafeína melhora o tempo
de exaustão em um esforço supramáximo, embora
o E PCr , E [La] e AC [La -] + EPOCfast permaneçam
inalterados.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 51
ARTIGO
No entanto, o efeito da cafeína no desempenho e
na capacidade anaeróbia depende do indivíduo.
(Miyagi, Willian E, et AL). (E PCr: Via de fosfogênio; E
[La]: via glicolítica AC [La -] + EPOCfast: estimativa
alternativa de capacidade anaeróbia).
Em 2016 temos um estudo de exercícios de força
máxima, em que o consumo de cafeína em baixas
doses, 80 mg em dose única (1,3 mg x Kg)
aumentou a força isocinética máxima (teste de
1RM) de membros superiores e inferiores; sendo
superior na parte superior do corpo. Enquanto o
lactato aumentou nos dois grupos estudados, mas
em menor grau quando a cafeína foi consumida. A
ingestão de cafeína pode ser uma ajuda eficaz para
melhorar a força em jovens adultos saudáveis. É
possível que seja utilizada como auxiliar em
processos de reabilitação que envolvem trabalho
forçado, mas é preciso expandir os estudos para a
população não saudável. (Arteaga-Sacro, Amy
Andrea, et al.)
CONCLUSÃO
A cafeína é uma das substâncias que vêm tomando
espaço no mercado e sendo muito utilizada por
esportistas de diferentes modalidades, na tentativa
de otimizar o desempenho físico, e estudada por
vários pesquisadores pelo seu aparente potencial
ergogênico.
A melhoria no desempenho esportivo em esportes
aeróbios e de longa duração, com a ingestão entre
3 a 6 mg por kilo, é a mais utilizada entre
pesquisadores e, aparentemente, a forma mais
segura de se utilizar, mostrando melhoras no
rendimento, porém, faltam dados congruentes
sobre o real efeito ergogênico da cafeína em
esportes de predominância anaeróbia.
A utilização controlada e orientada da cafeína em
atividades física monitoradas propicia bons efeitos
a quem a utiliza. A dosagem utilizada, tipo de
atividade física e o estado nutricional da pessoa
influencia diretamente nos resultados
apresentados, embora todos os mecanismos ainda
não sejam totalmente esclarecidos.
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ergogênico por praticantes de musculação em academias. In: Núcleo de Estudo e
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GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 52
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GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 53

ARTIGO

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 54

ARTIGO
T er sua própria clínica ou consultório é o sonho
de muitos profissionais da área de saúde, porém,
empreender não é uma tarefa fácil. Mesmo com
excelente formação técnica, a falta de tempo ou de
conhecimento pode dificultar o bom desempenho
de seu papel como gestor. O maior desafio do
profissional de saúde, nesse contexto, é conseguir
ter um negócio lucrativo. E isso não está errado.
Como qualquer empresa, consultórios e clínicas
têm um fluxo de caixa a ser administrado, com o
objetivo final de gerar lucro.
É um engano acreditar que para abrir um
consultório basta alugar uma sala e instalar os
móveis e equipamentos. O primeiro passo é
garantir que a atividade seja legal. Para isso, o
profissional tem que estar devidamente habilitado e
ter um registro ativo no conselho responsável pela
categoria. Mas não para por aí. Para começar a
atender, é necessário tirar um alvará de
funcionamento e criar um CNPJ (Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica). Isso sem falar que o profissional
é obrigado a controlar suas receitas por meio de
notas fiscais. O motivo? Prestar contas ao imposto
de renda.
Práticas adequadas de gestão são fundamentais
para a sobrevivência do negócio – e não há exagero
algum nessa afirmação.
O que é gestão de consultório?
É um conjunto de práticas empregadas para que o
consultório atinja seus objetivos com os recursos
disponíveis. Em uma visão ampla, isso compreende
todas as áreas da empresa e não apenas a
administrativa. São as estratégias de gestão que
estabelecem, por exemplo, o planejamento
estratégico do consultório, com a definição de
metas para um determinado período e as ações
necessárias para a sua realização.
Defina a sua empresa – mesmo que ela seja
formada apenas por você. Seu propósito, que
tipo de serviço vai oferecer, onde irá funcionar.
Quais são os objetivos a curto e longo prazo?
Onde quer chegar com o seu trabalho?
Quais são as projeções financeiras? Quanto
você investiu ou vai investir?
Quantas consultas vão ser necessárias para
pagar todas as despesas e ainda ter lucro?
Como precificar corretamente serviços e
atendimentos?
Como destacar o seu diferencial no mercado,
atraindo e fidelizando pacientes?
Como usar o marketing a seu favor para
divulgar o consultório e agregar valor ao
paciente?
Qual o melhor software ou aplicativo para
ajudar na gestão da empresa?
Como as novas tecnologias podem melhorar os
serviços do seu consultório?
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 55
ARTIGO
Em empresas de maior porte, há departamentos
responsáveis pelo gerenciamento de ações em
cada frente de trabalho. Em um consultório ou uma
clínica de pequeno porte tudo acaba passando pela
figura do administrador ou proprietário, embora
seja saudável delegar tarefas e não praticar uma
gestão centralizadora.
Gestão contábil e financeira
As finanças são um grande gargalo para
profissionais que não entendem de gestão. O ideal
seria aprender o mínimo necessário para que as
contas fiquem em dia, os tributos certos sejam
pagos e sua atividade profissional possa seguir sem
problemas. O primeiro passo para conseguir isso é
a elaboração de um plano financeiro. Tente
responder às seguintes perguntas:
Quanto será gasto mensalmente com despesas
fixas?
Quanto será retirado para pagamento de
fornecedores e eventuais funcionários?
Quanto será aplicado para ser revertido em
melhorias e novos projetos para o negócio?
Onde você quer chegar financeiramente no
período de X anos?
Para cumprir o orçamento previsto, é importante
fugir de gastos supérfluos. Comprar um novo
equipamento ou algo que não impactará na
experiência do consultório é o mesmo que jogar
dinheiro fora.
Por outro lado, há alguns momentos que pedem
um pouco mais de disponibilidade. Por isso, é
importante saber a diferença entre gasto e
investimento.Por outro lado, há alguns momentos
que pedem um pouco mais de disponibilidade. Por
isso, é importante saber a diferença entre gasto e
investimento.
Em empresas de maior porte, há departamentos
responsáveis pelo gerenciamento de ações em
cada frente de trabalho. Em um consultório ou uma
clínica de pequeno porte tudo acaba passando pela
figura do administrador ou proprietário, embora
seja saudável delegar tarefas e não praticar uma
gestão centralizadora.
As despesas são valores que você paga e que não
trazem um retorno específico. Pagar a conta de luz
é relevante para manter o serviço funcionando,
mas não gera um efeito direto. Já investir em uma
campanha de marketing na internet, por exemplo,
pode trazer pacientes e aumentar o seu
faturamento. Ao conhecer a diferença, você saberá
o momento de investir e quando será melhor
economizar.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 56
ARTIGO

A desorganização contábil e financeira pode gerar
não só multas, como prejuízos para o negócio. Para
não ter problemas futuros, contrate uma empresa
de contabilidade, principalmente quando não se
tem conhecimento detalhado sobre a área. Além de
se responsabilizar pelas atividades de praxe da
contabilidade, os profissionais oferecem um
suporte para evitar possíveis erros, que resultariam
em multas desnecessárias. Entre outras coisas, o
contador também pode auxiliar no processo de
escolha do regime tributário mais adequado, de
acordo com a realidade do seu negócio.
Quais são os erros mais comuns?
2. Misturar as contas pessoais com as contas do
consultório. Entre todos os erros de gestão,
misturar as finanças pessoais com as da empresa é
um dos mais amadores. Pagar a conta de luz da sua
casa com o dinheiro do consultório, por exemplo,
pode parecer um hábito inofensivo, mas não se
engane.
Ao colocar dinheiro pessoal no caixa da empresa ou
tirá-lo de lá para seus gastos particulares, você
passa a ignorar a realidade financeira do negócio. O
recomendado é fazer seu pró-labore, ou seja, se
incluir como funcionário da empresa e receber um
salário X mensal.

3. Desorganização da agenda de atendimento. Não

1. Não ter controle sobre o fluxo de caixa. O fluxo
é difícil descobrir erros no agendamento. Isso pode
de caixa é um instrumento imprescindível para a
se manifestar na falta de pacientes com horário
gestão financeira de qualquer empresa.
marcado, ausência de intervalo entre as consultas,
Compreende o registro de todas as receitas e
aumento no tempo de espera na recepção. Hoje
despesas do negócio, e pode ser feito tanto em uma
temos tecnologias modernas que podem otimizar
planilha do Excel quanto em softwares contábeis.
esse processo, como a do agendamento online.
Você sabe quanto gasta de papel por mês? Ou com
Esses softwares são multitarefa, ou seja, podem
tintas para impressão? Ou com o cafezinho que
organizar agendas, marcar consultas, realizar
você serve para seus pacientes na sala de espera?
cálculos, manter prontuários eletrônicos e
Pode parecer bobagem, mas esse controle é
cadastros de pacientes organizados e sem erros,
indispensável. Quem pula essa parte (e muita gente
além de backups diários de todos os dados. Eles
faz isso), pratica a gestão no escuro, ignorando que
também podem informar como estão indo as
gasta muito ou gasta mal o dinheiro do consultório.
finanças da clínica. Tudo em um só sistema.
Para fugir dessa cilada, uma dica é anotar toda e
qualquer movimentação financeira (entradas e
saídas) em uma planilha, não importando qual seja a
quantia.

GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 57

ARTIGO
4. Atrasar atendimento ou entrega de prescrições.
Com a grande oferta de profissionais em
consultórios particulares, o paciente já não aceita
esperar um tempo que considera desnecessário e
vital para o seu tratamento. Se ele não se sente bem
atendido, a consulta não acontece no horário
marcado ou mesmo se é preciso esperar longos
dias para ter acesso às prescrições, ele
simplesmente troca de profissional. É preciso
entender que a urgência do paciente sempre é
grande.
5. Não investir em marketing e divulgação. Há
gestores que ignoram ou relativizam essa
necessidade, acreditando que os bons serviços são
suficientes para conquistar o público. De fato, esse
é um passo fundamental, mas não dá para
depender apenas da propaganda que os próprios
pacientes podem fazer. Seu alcance precisa ser
maior. Contudo, quando falamos dos profissionais
de saúde, é necessário ter atenção para que essa
atividade não esbarre nos princípios éticos da
profissão.
6. Deixar de se preocupar com atrasos. Evite
deixar os pacientes esperando por muito tempo.
Isso pode ser conseguido com a organização da
agenda para procurar atender a todos no horário
reservado para cada um.
Outro ponto importante a ser considerado são os
encaixes. Se você notar que os pacientes estão se
atrasando mais ou até mesmo faltando às
consultas, tente otimizar o processo de
remarcações, confirmação e encaixes. Para seu
consultório ter crescimento, é preciso estabelecer
metas e traçar objetivos. Assim, faça um cálculo de
quantos pacientes você gostaria ou precisaria
atender por mês.
7. Não oferecer atendimento eficiente. O contato
com o paciente não se restringe à marcação de
consultas e exames, tampouco começa e acaba no
atendimento. Há toda uma sequência de passos que
precisa ser reconhecida e respondida com
eficiência. Isso vai desde o primeiro contato do
paciente com o consultório, seja por telefone ou e-
mail. Inclui a presença física dele na clínica, com
uma recepção à altura do esperado por ele.
Continua durante o acolhimento, consulta,
realização de exames e outros procedimentos. E se
estende também depois disso, na continuidade do
tratamento, na entrega de resultados e na
preocupação demonstrada com os objetivos e
necessidades dele.
Nunca esqueça que seu paciente é o foco
Muitos profissionais se preocupam tanto com os
procedimentos de gestão e de controle financeiro
que acabam se esquecendo de que estão
trabalhando com pessoas e não com máquinas.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 58
ARTIGO

Por mais que você tenha que administrar a

empresa, nunca se esqueça que sem pacientes
você não chegará a lugar algum. Valorize o
atendimento humanizado de seus pacientes e
esteja sempre disponível. Quanto mais eles
gostarem de você, maior será o sucesso do seu
consultório.

Como você faz a gestão do seu consultório? Essas

dicas foram úteis pra você? Compartilhe sua
opinião com a gente!

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COLUNA

Novas Resoluções do CFN sobre a

atuação do profissional no âmbito das
práticas Integrativas complementares
em saúde, fitoterapia e acupuntura.

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COLUNA

N o dia 20 de janeiro de 2021, foram PUBLICADAS

novas RESOLUÇÕES pelo conselho federal de
nutricionistas sobre a atuação do profissional no
âmbito das práticas Integrativas complementares
em saúde, fitoterapia e acupuntura.
I - apiterapia, exceto apitoxina; II - aromaterapia; III -
arteterapia; IV - ayurveda; V - biodança; VI -
bioenergética; VII - cromoterapia; VIII - dança
circular; IX - homeopatia; X - imposição de
mãos/reiki; XI - medicina

Exemplos de PICS: antroposófica/antroposofia aplicada à saúde; XII -

Medicina Tradicional Chinesa (MTC) de medicina tradicional chinesa:

acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e dietoterapia/fitoterapia, auriculoterapia e práticas

fitoterapia, medicina antroposófica e termalismo corporais; XIII - meditação; XIV - musicoterapia; XV

social/crenoterapia; - reflexoterapia; XVI - shantala; XVII - terapia

arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, comunitária integrativa; XVIII - terapia de florais; e

meditação, musicoterapia, naturopatia, XIX - yoga.

osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki,

shantala, terapia comunitária integrativa e yoga; Conforme sua proximidade com o núcleo de

apiterapia, aromaterapia, bioenergética, atuação profissional do nutricionista, as PICS foram

constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, organizadas nas seguintes categorias:

hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia

e terapia de florais;
Algumas dessas PICS foram autorizadas para a
atuação do nutricionista.
DAS PICS AUTORIZADAS -Para adoção pelo
nutricionista, com intuito de ampliar as abordagens
de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os
clientes/pacientes/usuários em assistência
nutricional, as seguintes PICS são autorizadas:
I - Categoria 1: práticas que lidam com a alimentação
e com o uso de plantas medicinais a partir de
diferentes racionalidades em saúde: a) Ayurveda. b)
Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à
saúde. c) Medicina Tradicional Chinesa, exceto
acupuntura, ventosa e moxabustão.
II - Categoria 2: práticas que incluem prescrições
individualizadas: a) Apiterapia, exceto apitoxina.b)
Aromaterapia. c) Homeopatia. d) Terapia de florais.

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COLUNA
III - Categoria 3: práticas individuais e coletivas que
podem ser utilizadas como ferramentas terapêuticas
integrativas auxiliares, pois podem estimular
mudanças no estilo de vida, promover a saúde e
integrar o processo de educação alimentar e
nutricional, de forma a compor uma abordagem
multidimensional do exercício profissional: a)
Arteterapia. b) Biodança. c) Bioenergética.d)
Cromoterapia. e) Dança circular. f) Imposição de
mãos/reiki. g) Meditação. h) Musicoterapia. i)
Reflexoterapia. j) Shantala.k) Terapia Comunitária
Integrativa. l) Yoga.
GLOSSÁRIO:
I - Apiterapia: prática terapêutica que consiste em
usar produtos derivados de abelhas - como
apitoxinas, mel, pólen, geleia real e própolis - para
promoção da saúde e fins terapêuticos.
II - Aromaterapia: prática terapêutica que utiliza as
propriedades dos óleos essenciais para recuperar o
equilíbrio e a harmonia do organismo visando à
promoção da saúde física e mental.
III - Arteterapia: prática expressiva artística, visual,
que atua como elemento terapêutico na análise do
consciente e do inconsciente, favorecendo a saúde
física e mental do indivíduo.
IV - Auriculoterapia: técnica terapêutica que
promove a regulação psíquico-orgânica do indivíduo
por meio de estímulos nos pontos energéticos
localizados na orelha - onde todo o organismo
encontra-se representado como um microssistema
- por meio de agulhas, esferas de aço, ouro, prata,
plástico, ou sementes de mostarda, previamente
preparadas para esse fim.
V - Ayurveda: abordagem terapêutica de origem
indiana, segundo a qual o corpo humano é composto
por cinco elementos - éter, ar, fogo, água e terra -, os
quais compõem o organismo, os estados energéticos
e emocionais e, em desequilíbrio, podem induzir o
surgimento de doenças.
VI - Biodança: prática expressiva corporal que
promove vivências integradoras por meio da música,
do canto, da dança e de atividades em grupo,
visando a restabelecer o equilíbrio afetivo e a
renovação orgânica, necessários ao
desenvolvimento humano.
VII - Bioenergética: visão diagnóstica que, aliada a
uma compreensão etiológica do
sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia
corporal e os exercícios terapêuticos em grupos, por
exemplo, os movimentos sincronizados com a
respiração.
VIII - Cromoterapia: prática terapêutica que utiliza as
cores do espectro solar - vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, anil e violeta - para restaurar o equilíbrio
físico e energético do corpo.
IX - Dança circular: prática expressiva corporal que
utiliza a dança de roda, o canto e o ritmo para
promover a integração humana, o auxílio mútuo e a
igualdade visando ao bem-estar físico, mental,
emocional e social.
X- Homeopatia:abordagem terapêutica de caráter
holístico e vitalista que vê a pessoa como um todo,
não em partes, e cujo método terapêutico envolve
três princípios fundamentais: a Lei dos Semelhantes;
a experimentação no homem sadio; e o uso da
ultradiluição de medicamentos.
GO A HEAD NUTRITION | 11ªed. 62
COLUNA
XV - Musicoterapia: prática expressiva que utiliza
basicamente a música e/ou seus elementos no seu
mais amplo sentido - som, ritmo, melodia e
harmonia -, em grupo ou de forma individualizada.
XVI - Práticas corporais da MTC: atividades que
envolvem movimento ou manipulação corporal,
atitude mental e respiração com intuito de equilibrar
o Qi, segundo os princípios da MTC. Exemplos: do-
in, lian gong, meditação, Qi gong, shiatsu, tai chi
chuan, tui na.
XVII - Racionalidade em saúde: com base no
conceito de racionalidades médicas, que é todo o
sistema médico complexo construído sobre seis
dimensões: morfologia humana, dinâmica vital,
doutrina médica (o que é estar doente ou ter saúde),
sistema diagnóstico, cosmologia e sistema
terapêutico, entende-se por racionalidade em saúde
a sua ampliação para uma abordagem
multiprofissional de cuidado em saúde incluindo as
práticas tradicionais/populares, ancestrais e/ou
alternativas.
XVIII - Reflexoterapia: prática terapêutica que utiliza
os microssistemas e pontos reflexos do corpo,
existentes nos pés, nas mãos e nas orelhas, para
auxiliar na eliminação de toxinas, na sedação da dor
e no relaxamento. XIX - Reiki: prática terapêutica
que utiliza a imposição das mãos para canalização da
energia vital, visando promover o equilíbrio
energético, necessário ao bem-estar físico e mental.
XX - Shantala: prática terapêutica que consiste na
manipulação (massagem) do corpo do bebê pelos
pais, favorecendo o vínculo entre estes e
proporcionando benefícios em virtude do
alongamento dos membros e da ativação da
circulação. XXI - Terapia comunitária integrativa:
prática terapêutica coletiva que envolve os membros
da comunidade numa atividade de construção de
redes sociais solidárias para promoção da vida e
mobilização dos recursos e competências de
indivíduos, famílias e comunidades.
XXII - Terapia de florais: prática terapêutica que
utiliza essências derivadas de flores para atuar nos
estados mentais e emocionais.
XXIII - Yoga: prática corporal e mental de origem
oriental utilizada como técnica para controlar corpo
e mente, associada à meditação.
Minha conclusão:
Acredito muito em uma medicina preventiva.
Acredito muito no poder do nicho como ferramenta
de desenvolvimento profissional.
Um universo novo de vertentes de atuação se abriu.
Um universo novo de possibilidades. Só depende de
você profissional, estudar, se especializar e ter
sucesso profissional.
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CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA E ESTÉTICA