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ARTIGO

DE OPINIÃO

O papel do fisiologista desportivo


no futebol – Para quê & por quê?
Paulo Roberto Santos Silva1

RESUMO ABSTRACT
A fisiologia desportiva ainda é considerada uma espe- The role of the sports physiologist in soccer (football) –
cialidade relativamente nova no futebol. A figura do fisio- what for and why?
logista desportivo e, conseqüentemente, sua função e for- Sports physiology is still considered a relatively new
mação, é desconhecida pela grande maioria daqueles que specialty in soccer. Small wonder, thus, that a sports phy-
estão envolvidos nesta modalidade, não sabendo caracteri- siologist, with his function and formation, is a personage
zar o papel desse profissional numa equipe de futebol. É unknown to most people engaged in this sport, for they are
importante ressaltar que o especialista desta área trabalha unable to characterize his role as a specialized profession-
diretamente junto ao fisicultor, cabendo a ele funções como: al in a soccer team. So it is important to lay stress on the
1) trabalho em equipe passando informações constantes à fact that the work of such specialist in this area is directly
comissão técnica sobre as condições funcionais dos joga- connected with the trainer, as he performs, among others,
dores; 2) avaliação sistemática dos atletas; 3) acompanha- duties like: 1) team work, conveying constant information
mento longitudinal das adaptações funcionais em decor- about the players’ functional condition to the technical
rência do treinamento dos atletas e 4) capacidade de inves- commission; 2) systematic evaluation of the athletes; 3)
tigação e reflexão sobre diversos aspectos do futebol. Sen- longitudinal follow-up to the functional adaptation resul-
do assim, o fisiologista desportivo requer amplo conheci- ting from the training to which athletes are submitted; 4)
mento de metodologias científicas de avaliação funcional investigation and reflection capacity regarding several as-
e treinamento desportivo, bem como o domínio específico pects of the soccer (football) game. Consequently, it is log-
de conceitos bioenergéticos direcionados para o futebol. ical to infer that a sports physiologist requires ample knowl-
Isso permite identificar o tipo de esforço e selecionar mé- edge of the scientific methodologies about functional eval-
todos adequados para o desenvolvimento do programa de uation and sport training, apart from specific mastery of
treinamento do futebolista. bioenergetic concepts aimed at the soccer (football) game,
Concluindo, o fisiologista desportivo, em sua essência, so as to allow to identify the kind of effort and, starting
é sobretudo um profissional de saúde que tem cada vez from there, adequate methods for the development of the
mais uma função educativa. Ele contribui para melhorar a soccer (football) players’ training program.
informação científica que toda a comunidade esportiva deve In conclusion, the sports physiologist is essentially a
ter sobre diversos aspectos de saúde do corpo humano e, professional concerned with health, whose function is more
em particular, quando submetido à realização de exercí- and more educational and intended to contribute to the
cios. improvement of the scientific information that every com-
munity must possess about several health aspects of the
Palavras-chave: Fisiologista desportivo. Futebol. Medicina espor-
tiva. human body and, particularly, about the performance of
exercises.

Key words: Sports physiologist. Soccer (football). Sports medicine.


1. Fisiologista Desportivo.

Endereço para correspondência: INTRODUÇÃO


Paulo Roberto Santos Silva
Rua Frederico Bartholdi, 566 – Saúde
A medicina esportiva no Brasil em certos aspectos de
04193-000 – São Paulo, SP organização, recursos humanos e materiais ainda está em
Fone: (11) 6331-64 81 (Residência), 9998-2591 (Celular) fase de crescimento.
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A evolução, conscientização e o desenvolvimento do métodos adequados para o desenvolvimento do programa
desporto em nosso país, como qualquer outro fator socio- de treinamento.
cultural, passa necessariamente por um processo de trans- O presente artigo pretende atingir os seguintes objeti-
formação, ainda que lentamente. A figura de especialistas vos: 1) Caracterizar a presença e intervenção do fisiologis-
compondo o staff em equipes esportivas, que podem dar ta desportivo em equipes de futebol e 2) Justificar junto
ao esporte sua contribuição dentro de uma organização aos dirigentes dessa modalidade esportiva a necessidade
multidisciplinar, tem se constituído numa novidade1-2. deste profissional como parte integrante de uma comissão
É importante ressaltar que a fisiologia do exercício dire- técnica.
cionada para o esporte é apenas uma disciplina do curso de
medicina desportiva. O pretendente ao exercício desta fun- Nível de intervenção geral do fisiologista desportivo no
ção necessita ter sólidos conhecimentos em fisiologia do futebol
exercício, organização e prescrição de treinamento, domí- O fisiologista desportivo, em sua essência, é sobretudo
nio de particularidades próprias no âmbito da modalidade um profissional de saúde que tem cada vez mais uma fun-
esportiva e o conhecimento de metodologias científicas de ção educativa. Ele contribui para melhorar a informação
avaliação em laboratório e campo. científica que toda a comunidade esportiva deve ter sobre
No Brasil, assim como em muitos países desenvolvidos, diversos aspectos funcionais do corpo humano e em parti-
mas de uma forma mais lenta, se começa a dar importância cular quando submetido à realização de exercícios.
ao fisiologista desportivo no futebol.
Considerações sobre a intervenção específica do fisio-
Nos últimos anos o treinamento para jogadores de fute- logista desportivo no futebol
bol de alto nível vem sofrendo modificação substancial em
Durante uma partida de futebol ocorre uma grande va-
relação ao que era feito algumas décadas atrás. O número
riabilidade da demanda fisiológica e metabólica sobre os
de jogos e de horas dedicadas às sessões de treinamentos
jogadores. A maior dificuldade que encontramos em cer-
aumentou significativamente. Desde então a dinâmica das
car as necessidades do futebolista é o fato de que o futebol
cargas de treinamento também foi alterada, em decorrên-
não é uma atividade de código predeterminado, ou seja, as
cia da entrada de novos conceitos para a prática do futebol
solicitações motoras são imprevisíveis e muitas vezes o
na atualidade.
atleta se depara com situações para as quais nem sempre
Atualmente os clubes mais estruturados possuem seus
está preparado.
laboratórios de fisiologia do exercício para dar ao setor de
O maior desafio é conseguir individualizar as necessida-
preparação física um maior suporte na realização de exer-
des específicas de cada jogador de acordo com as caracte-
cícios, com embasamento e controle científico.
rísticas que são impostas pelo futebol, pois a atividade do
O papel do fisiologista desportivo junto ao fisicultor na futebolista é muito dinâmica e as variações e nuances de
análise do programa de treinamento do atleta é de grande cada partida são imprevisíveis.
importância, pois relaciona-se com a dinâmica das cargas A compreensão básica dos sistemas energéticos utiliza-
de trabalho durante a temporada futebolística. As propor- dos no futebol é fundamental para o desenvolvimento ade-
ções entre volume (quantidade) e intensidade (qualidade) quado de programas de treinamentos nos períodos de pre-
dos exercícios realizados nos períodos chamados de pre- paração geral e específica, como também nos requerimen-
paratório e competitivo devem ser focalizadas diferente sob tos individuais de cada posição.
o ponto de vista da organização do treinamento. O futebol moderno requer muitas qualidades físicas que
A avaliação prévia do nível de aptidão física dos atletas, parecem ser independentes da posição do futebolista. Ca-
obtida por meio de testes fisiológicos, fornece condições pacidade de aceleração rápida, alta velocidade de corrida,
objetivas ao fisicultor para realizar o treinamento em fun- boa habilidade para saltar, força explosiva dos músculos
ção das necessidades de cada atleta. De acordo com os re- de membros inferiores, resistência de velocidade são exi-
sultados apresentados pelos jogadores é possível encurtar gidas constantemente dos atletas.
o tempo destinado à preparação geral em troca do trabalho Considerado como uma modalidade esportiva acíclica,
específico, concentrando-se mais no trabalho com bola. o futebol é composto de funções intermitentes em uma ação
Os testes fisiológicos possibilitam verificar com preci- integrada, ou seja, o futebolista realiza durante a partida
são que qualidade física precisa ser desenvolvida em rela- constantes movimentos defensivos e ofensivos.
ção às necessidades da modalidade praticada. Sendo as- Com relação ao sistema metabólico primário utilizado
sim, uma análise minuciosa da atividade desportiva permi- no futebol é importante lembrar que qualquer tipo de con-
tirá identificar o tipo de esforço dominante e a seleção de tração muscular só pode ocorrer na presença de adenosina
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trifosfato (ATP). O ATP é desdobrado em adenosina difosfa- considerado o fator primário no aumento da densidade ca-
to (ADP) e fosfato inorgânico (Pi) fazendo com que o mús- pilar e secundariamente na concentração de mioglobina e
culo se contraia. Contudo, apenas uma pequena quantida- mitocôndrias. Conseqüentemente o organismo desenvolve
de de ATP fica armazenada dentro do músculo, não sendo uma melhor habilidade para utilizar o oxigênio periférico
suficiente para cobrir a demanda energética realizada du- durante trabalho muscular, determinando uma menor de-
rante exercícios de alta intensidade, necessitando a cober- pleção de CP e acúmulo de lactato4,5.
tura da CP, pois sua reserva é maior. Após a utilização da A utilização dos sistemas anaeróbios alático e lático,
CP a compensação metabólica deve ser proveniente da gli- como meio de compensar as necessidades específicas do
cólise anaeróbia e do sistema aeróbio, respectivamente. jogo, deve ser desenvolvida com mais ênfase em sua fase
Essa constatação fisiológica é de grande importância competitiva. Ao contrário, o sistema aeróbio deve ser de-
prática, pois, durante uma partida de futebol, a utilização e senvolvido preferencialmente na fase pré-competitiva para
ressíntese rápida do ATP via CP e posteriormente pela gli- aumentar a capacidade cardiorrespiratória. Durante a tem-
cólise anaeróbia torna-se o fator mais importante para for- porada competitiva devem ser desenvolvidos apenas tra-
necer energia ao esforço intenso do futebolista. balhos para a manutenção da curva fisiológica do metabo-
Observou-se que a CP é ressintetizada rapidamente após lismo aeróbio.
realização de um exercício intenso. Contudo, o período de Para vários clubes do futebol brasileiro o tempo dispo-
tempo de recuperação durante uma partida de futebol em nível para preparação de seus jogadores é muito curto. Por-
relação ao esforço de deslocamento e a pausa realizada pelo tanto, é de fundamental importância avaliar previamente
futebolista é muito curto. A CP como um sistema de com- os atletas com objetivo de verificar aqueles que precisam
pensação rápida de produção de energia muscular para exer- ou não de uma base aeróbia maior. Isso dará ao fisicultor
cícios realizados em alta intensidade não tem condições de informações que possibilitarão desenvolver o programa de
compensar adequadamente o volume de energia necessá- treinamento de acordo com as necessidades individuais do
rio que ocorre nesse pequeno espaço de tempo e, assim, atleta.
faz com que o futebolista, em diversos momentos da parti- A verificação prévia do nível de aptidão física trouxe
da, solicite a via metabólica lática para dar continuidade um posicionamento objetivo na preparação do atleta. Nes-
ao esforço. Esses dois sistemas metabólicos são as fontes se aspecto os testes fisiológicos ganharam prestígio e tor-
energéticas primárias de suporte específico para a prática naram-se importantes instrumentos dentro do planejamen-
do futebol. to inicial de treinamento do futebolista. Recentemente uma
Em 1995, Takahashi et al.3 demonstraram que o tempo metodologia que conquistou o seu espaço foi a ergoespiro-
requerido para a reposição intramuscular dos estoques de metria computadorizada6-8, que, por meio da análise de
CP em músculos quadríceps de indivíduos não treinados gases expirados, possibilita verificar funções pulmonares
pode variar de 55 a 90s. Contudo, não podemos esquecer ao esforço (fig. 1). Com esse método podemos quantificar
que a eficiência metabólica da via alática no atleta é au- parâmetros funcionais importantes como o consumo de
mentada pelo treinamento. Atualmente os jogadores se oxigênio (VO2), o limiar anaeróbio (ponto de transição
movimentam em alta velocidade e, dependendo da posi- metabólica), a cinética de oxigênio, etc. Além disso, os re-
ção do atleta, quase não há períodos de recuperação. Essas sultados verificados nos permitem avaliar, controlar e ajus-
evidências mostram que os sistemas energéticos da CP e tar a carga individualizada de treinamento ao longo da tem-
ácido lático devem ser considerados enfaticamente como porada desportiva.
mecanismo de compensação primária em relação às ne-
cessidades específicas do jogo. 1) Trabalho em equipe:
O futebolista moderno cada vez mais realiza atividade
motora prolongada e intermitente de alta intensidade. A a) O trabalho em equipe é de fundamental importância
preferência dominante pelos exercícios fracionados, com quando se trabalha com um grupo de profissionais espe-
ou sem bola, deve ser enfocada como modelo estratégico cializados em busca de um objetivo. O fisiologista despor-
utilizado no desenvolvimento dos sistemas energéticos so- tivo tem autonomia na programação e avaliação fisiológi-
licitados pelo futebol. Essa constitui uma tendência mais ca dos atletas, sendo o único responsável pela tomada de
moderna de orientação no treinamento do futebolista. decisão nessa área. Contudo, cabe a ele partilhar junto à
Outro fator que pode melhorar a performance em joga- comissão técnica, por meio de um diálogo franco, aberto e
dores de futebol é o desenvolvimento de sua capacidade constante, sobre o perfil funcional dos atletas;
aeróbia. O treinamento aeróbio tem demonstrado aumen- b) Cabe ao fisiologista desportivo atender às atribuições
tar a capacidade do músculo para extrair oxigênio, o que é previamente definidas pela comissão técnica;
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CLUBE DESPORTIVO


FUNÇÃO DO FISIOLOGISTA
DESPORTIVO

⇓ ⇓
TRABALHO EM EQUIPE: TREINADOR, AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA &

FISICULTOR, MÉDICO E ATLETAS CONSTANTE DOS ATLETAS

⇓ ⇓
ACOMPANHAMENTO CAPACIDADE DE
LONGITUDINAL DAS ADAPTAÇÕES
FUNCIONAIS EM DECORRÊNCIA DO
⇔ INVESTIGAÇÃO &
REFLEXÃO SOBRE DIVERSOS
TREINAMENTO DOS ATLETAS ASPECTOS DO FUTEBOL

Fig. 1 – Organograma de atuação do fisiologista desportivo num clube de futebol

c) Planejamento integrado e participante das atividades conjunto faz-se necessário, pois o técnico, na qualidade de
e objetivos traçados pela comissão técnica; coordenador da sua comissão, tem um papel fundamental
d) Avaliação crítica dos resultados atingidos pelos atle- na identificação e levantamento das necessidades dos seus
tas com reflexão sobre possíveis erros cometidos; atletas.
Infelizmente, não é louvável a posição das federações
2) Avaliação sistemática e constante dos atletas: junto aos clubes de futebol, uma vez que essas não estimu-
a) O fisiologista desportivo deve avaliar de modo per- lam a participação desses especialistas em suas equipes.
manente o nível funcional de condicionamento atlético e O fisiologista desportivo é um profissional com forma-
os procedimentos utilizados pela comissão técnica às ne- ção específica, com capacidade para contribuir na melhora
cessidades dos atletas. da prática desportiva, pois o objetivo final é o bem-estar
dos jogadores.
3) Acompanhamento longitudinal das adaptações fun-
cionais em decorrência do treinamento dos atletas: A relação entre o fisicultor e o fisiologista desportivo no
a) Quando falamos de acompanhamento a longo prazo, futebol
ele só será possível nas situações em que o fisiologista des- A preparação física direcionada a jogadores de futebol
portivo se fizer presente em todos os momentos da ativida- modificou-se com decorrer do tempo, estabelecendo no-
de desportiva (avaliação, treinamentos e jogos). vos conceitos e, até mesmo, exigindo uma participação
maior do atleta em campo. Para enfrentar a magnitude des-
4) Capacidade de investigação e reflexão sobre diversos sa transformação, os clubes mais estruturados investiram
aspectos do futebol: em seus departamentos de futebol, contando com o apoio
a) Investigar e refletir sobre a prática diária dos treina- de diversos especialistas e com um maior investimento tec-
mentos fundamentados em metodologias científicas; nológico.
b) Reconhecer limites e limitações pessoais; Essa nova realidade trouxe ao futebol uma necessidade
c) Deve possuir traços de personalidade dirigida à pes- de desenvolver a área científica. Nesse contexto, a presen-
quisa científica. ça do fisiologista desportivo junto ao fisicultor ganhou um
maior destaque. No passado os fisicultores não tinham ao
A relação entre o técnico e o fisiologista desportivo no seu lado a ciência do treinamento desportivo, se fazendo
futebol valer somente do conhecimento prático.
A participação do fisiologista como membro da comis- Na atualidade a metodologia científica com sua preci-
são técnica é relativamente nova. Porém, o trabalho em são predomina no treinamento físico do atleta. Verificou-
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se que o treinamento individualizado trouxe qualidade à De acordo com a interpretação dos testes realizados se
preparação atlética e conseqüentemente um maior benefí- farão programas individuais de treinamento, tornando esse
cio aos jogadores. trabalho de grande responsabilidade. O fisiologista tem a
O fisiologista, assim como o fisicultor, deve ter profun- função de prever, com base num conjunto de resultados,
dos conhecimentos na área de estratégia e organização do de conhecimentos teóricos e fatores limitantes do rendi-
treinamento desportivo, pois somente assim será possível, mento, a evolução funcional dos atletas de acordo com o
dentro de um plano sistemático e individualizado, desen- tempo disponível e o tipo de treinamento mais adequado
volver corretamente o programa de treinamento. para se atingir o nível ideal de condicionamento atlético
dos jogadores.
CONCLUSÃO Portanto, a performance desportiva ou o rendimento de
alto nível está na dependência de um trabalho de equipe
Através desse artigo procuramos mostrar a importância
multidisciplinar.
do fisiologista desportivo como membro efetivo de uma
comissão técnica. Entendemos que esse profissional ocu-
pa um cargo relativamente novo no futebol, relacionando- AGRADECIMENTOS
se diretamente com o fisicultor, aplicando e controlando Agradecemos à Dra. Fabiana Roveda, do Instituto do Coração
metodologias científicas de avaliação e prescrição de trei- do HCFMUSP, pela colaboração na redação deste artigo e ao Prof.
namento aos jogadores de futebol. Humberto Blancato pela tradução do abstract.

REFERÊNCIAS
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