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Decreto 76-2020 (Regulamento Da Lei de Gestão e Redução Do Risco de Desastres)
Decreto 76-2020 (Regulamento Da Lei de Gestão e Redução Do Risco de Desastres)
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ARTIGO 5 SECÇÃO I
h) realização de acções correctivas de modo a se preparar e lubrificantes, bem como o consumo de bens
melhor para gestão de situações futuras; e serviços de primeira necessidade;
i) resposta pronta aos comandos da entidade coordenadora g) proceder à aquisição de bens e serviços de carácter
de gestão e redução do risco de desastres; urgente, usando regras excepcionais, nos termos
j) representação nas reuniões da entidade coordenadora da legislação aplicável;
de gestão e redução do risco de desastres por dirigentes h) determinar a mobilização civil por determinados períodos
autorizados e abalizados e especialistas; de tempo certos, por zonas territoriais ou sectores de
k) preparação de planos previsionais para o restabelecimento actividade caso se mostre necessário; e usar de forma
pós desastre e melhoria da situação visando o proporcional os meios coercivos apropriados para
desenvolvimento da comunidade e a redução da sua garantir o cumprimento das medidas.
vulnerabilidade; 2. Em função da evolução da calamidade pública, o Governo
l) preparação antecipada de contratos-modelo para a pode agravar ou atenuar as medidas constantes do n.º 1
aquisição de bens e serviços de urgência, nos termos do presente artigo.
da legislação aplicável e negociar previamente com
potenciais fornecedores de bens e serviços em períodos ARTIGO 28
de Situação de Calamidade Pública ou Emergência. (Participação dos Serviços de Defesa Civil)
3. No caso da Cidade de Maputo, o Centro Operativo c) monitorar e cumprir os planos plurianuais e anuais
de Emergência e dirigido pelo Secretário de Estado, e integra de gestão de desastres;
o Presidente do Conselho Municipal, representante da entidade d) definir os padrões de qualidade dos sistemas
coordenadora de gestão e redução do risco de desastres, membros de armazenamento e abastecimento de água para
do Conselho de Representação do Estado na cidade e membros as populações;
do Conselho Executivo Municipal. e) conceber e implementar práticas de agricultura alternativa
4. Podem ser convidados às sessões do Centro Operativo que sejam rentável e sustentável para as zonas áridas
de Emergência provincial representantes de outras instituições e semiáridas;
públicas, parceiros de cooperação, Cruz Vermelha, sector f) promover a construção de infra-estruturas resilientes
privado, órgãos de comunicação social, academia e organizações aos eventos extremos;
da sociedade civil.
g) assegurar o funcionamento de centros de coordenação
5. O Centro Operativo de Emergência provincial reúne sempre
de operações de prevenção e socorro, ao nível central
que é activado ou declarados os alertas laranja ou vermelho.
6. Os aspectos técnicos e adaministrativos do funcionamento e local,
do Centro Operativo de Emergência provincial são assegurados h) elaborar os planos de contingência e os relatórios anuais
pela entidade coordenadora de gestão e redução do risco sobre os riscos e ameaças;
de desastres. i) Acompanhar a execução de medidas preventivas
ou de socorro, em casos de iminência ou ocorrência
ARTIGO 37 de acidentes graves ou eventos extremos;
j) operacionalizar as decisões do Centro Operativo
(Conselho Técnico Provincial de Gestão e Redução
de Emergência provincial.
do Risco de Desastres)
1. O Conselho Técnico Provincial de Gestão e Redução 4. Os aspectos técnicos e administrativos do funcionamento
do Risco de Desastres é um órgão multissectorial de aconselhamento do Conselho Técnico Provincial de Gestão do Risco de Desastres
técnico ao Conselho Executivo provincial sobre matérias são assegurados pela entidade de gestão e redução do risco
de gestão e redução do risco de desastres. de desastres.
2. O Conselho Técnico Provincial de Gestão e Redução 5. O Conselho Técnico Provincial de Gestão e Redução
do Risco de Desastres é presidido pelo representante provincial do Risco de Desastres reúne ordinariamente uma vez por mês
da entidade de gestão e redução do risco de desastres e integra e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo Presidente
os directores e representantes das áreas abaixo: do órgão.
a) gestão e redução do risco de desastres; 6. Podem ser convidados para o Conselho Técnico Provincial
b) administração estatal; de Gestão e Redução do Risco de Desastres representantes
c) meteorologia; de parceiros de cooperação, Cruz Vermelha, sector privado,
d) recursos hídricos; órgãos de comunicação social, academia, organizações não
e) geologia; governamentais e a sociedade civil.
f) saúde;
g) agricultura; ARTIGO 38
h) educação; (Centro Operativo de Emergência distrital)
i) ambiente;
1. O Centro Operativo de Emergência distrital é um Órgão
j) acção social;
k) obras públicas; do Governo distrital que tem por objectivo coordenar as acções
l) abastecimento de água; multissectoriais de prevenção, redução de riscos e gestão de
m) defesa e segurança; desastres, socorro às vítimas e reabilitação das infra-estruturas
n) habitação; GDQLÀFDGDVFRQVWUXomRGHUHVLOLrQFLDHDGDSWDomRjVPXGDQoDV
o) energia; climáticas.
p) saneamento; 2. O Centro Operativo de Emergência distrital é dirigido
q) indústria; pelo Administrador distrital e integra o Presidente do Conselho
r) comércio; Autárquico, nos casos em que exista autarquia num distrito,
s) transportes e comunicações; membros do Governo distrital, representante da entidade
t) HFRQRPLDHÀQDQoDV coordenadora de gestão e redução do risco de desastres e membros
u) negócios estrangeiros e cooperação; dos Conselhos Executivos Autárquicos.
v) pescas; 3. Podem ser convidados às sessões do Centro Operativo
w) turismo; de Emergência distrital representantes de outras instituições
x) desporto; públicas, parceiros de cooperação, Cruz Vermelha, sector
y) representantes de outras entidades relevantes privado, órgãos de comunicação social, academia e organizações
para a prossecução dos objectivos que concorrem da sociedade civil.
para o processo de gestão e redução do risco
4. O Centro Operativo de Emergência distrital reúne sempre
de desastres.
que é activado ou declarados os alertas laranja ou vermelho.
3. Compete ao Conselho Técnico Provincial de Gestão
e Redução do Risco de Desastres: ARTIGO 39
a) coordenar os sistemas sectoriais de alerta e aviso
prévio sobre fenómenos de origem meteorológica, (Conselho Técnico Distrital de Gestão e Redução do Risco
hidrológica, geológica, epidemias, pandemias de Desastres)
e impactos na segurança alimentar e nutricional; 1. O Conselho Técnico Distrital de Gestão e Redução do Risco
b) propor o lançamento de apelos de assistência humanitária, de Desastres é um órgão multissectorial de aconselhamento
para acções de socorro e reabilitação pós-desastre, numa técnico ao Conselho Executivo Distrital sobre matérias de gestão
estreita ligação entre emergência e desenvolvimento; e redução do risco de desastres.
1 DE SETEMBRO DE 2020 1261
2. O Conselho Técnico Distrital de Gestão e Redução h) elaborar os planos de contingência e os relatórios anuais
do Risco de Desastres é presidido pelo representante distrital sobre os riscos e ameaças;
da entidade de gestão e redução do risco de desastres ou Director i) acompanhar a execução de medidas preventivas
dos Serviços Distritais de Planeamento e Infra-estruturas, nos ou de socorro, em casos de iminência ou ocorrência
distritos que não haja uma representação da entidade coordenadora de acidentes grave ou eventos extremos;
de gestão e redução do risco de desastres e integra os directores j) operacionalizar as decisões do Centro Operativo
e representantes das áreas abaixo: de Emergência distrital.
a) HFRQRPLDHÀQDQoDV 4. Os aspectos técnicos e administrativos do funcionamento
b) recursos hídricos; do Conselho Técnico Distrital de Gestão do Risco de Desastres
c) agricultura; são assegurados pela entidade de gestão e redução do risco
d) ambiente; de desastres.
e) habitação; 5. Conselho Técnico Distrital de Gestão e Redução
f) obras públicas do Risco de Desastres reúne ordinariamente uma vez por mês
g) acção social; e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo Presidente
h) saúde; do órgão.
i) educação; 6. Podem ser convidados para o Conselho Técnico Distrital
j) pescas; de Gestão e Redução do Risco de Desastres representantes
k) defesa e segurança; de parceiros de cooperação, Cruz Vermelha, sector privado,
l) meteorologia; órgãos de comunicação social, academia, organizações não
m) indústria e comércio; governamentais e a sociedade civil.
n) transportes e comunicações;
o) gestão e redução do risco de desastres; ARTIGO 40
p) energia; (Fiscalização)
q) geologia;
r) representantes de outras entidades relevantes 1. A fiscalização visa monitorar as acções realizadas
para a prossecução dos objectivos que concorrem para por qualquer pessoa, entidade pública ou privada, no âmbito
o processo de gestão e redução do risco de desastres. da prevenção e mitigação do risco de desastres, desenvolvimento
3. Compete ao Conselho Técnico Distrital de Gestão e Redução das zonas áridas e semiáridas e reconstrução pós-desastres.
do Risco de Desastres: 2. A fiscalização referida no número anterior é exercida
SRUÀVFDLVDIHFWRVDHQWLGDGHFRRUGHQDGRUDGHJHVWmRHUHGXomR
a) coordenar os sistemas sectoriais de alerta e aviso do risco de desastres, coadjuvados por outras entidades públicas
prévio sobre fenómenos de origem meteorológica, ou privadas.
hidrológica, geológica, epidemias, pandemias 3. Compete a entidade coordenadora de redução e gestão
e impactos na segurança alimentar e nutricional; do risco de desastres, através das suas estruturas a nível central
b) propor o lançamento de apelos de assistência humanitária, H ORFDO SURFHGHU j ÀVFDOL]DomR YLVDQGR PRQLWRUDU GLVFLSOLQDU
para acções de socorro e reabilitação pós-desastre, numa e orientar programas de resiliência e gestão do risco de desastres,
estreita ligação entre emergência e desenvolvimento; VHPSUHMXt]RGDVFRPSHWrQFLDVHDWULEXLo}HVHVSHFtÀFDVGRVRXWURV
c) monitorar e cumprir os planos plurianuais e anuais órgãos do Estado.
de gestão de desastres; 4. Compete ao Conselho Coordenador sob proposta
d) definir os padrões de qualidade dos sistemas da entidade coordenadora de gestão e redução do risco
de armazenamento e abastecimento de água para GHGHVDVWUHVDUHJXODPHQWDomRGDDFWLYLGDGHGHÀVFDOL]DomR
as populações;
e) conceber e implementar práticas de agricultura alternativa ARTIGO 41
que sejam rentável e sustentável para as zonas áridas (Entrada em vigor)
e semiáridas; O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
f) promover a construção de infra-estruturas resilientes
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 25 de Agosto
aos eventos extremos;
de 2020.
g) assegurar o funcionamento de centros de coordenação
de operações de prevenção e socorro, ao nível central Publique-se.
e local, O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
Preço — 50,00 MT